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Neuroendocrinologia da Reprodução da Fêmea

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MEVB80 – FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO - FÊMEA 
1 
 
 
A regulação da reprodução é feita pelo SNC em contato com o sistema endócrino e 
recentemente vêm se trabalhando cada vez mais com os fatores de crescimento 
(substâncias presentes em tecidos, como no parênquima ovariano) que são responsáveis 
pela regulação da reprodução. 
A regulação da reprodução trata-se de substâncias que são produzidas com o objetivo de 
iniciar, parar e regular determinadas funções, como por exemplo, iniciar o desenvolvimento 
de um folículo, parar o desenvolvimento de outros (atresia), iniciar o processo de luteólise, 
entre outros. 
O eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal controla a reprodução na fêmea – há a comunicação 
entre o hipotálamo, a hipófise e os ovários. 
Controle exercido pelo sistema nervoso: 
O sistema nervoso atua através de reflexos neuronais simples (de forma direta, 
neurotransmissores) e através de reflexos neuroendócrinos (de forma indireta, hormônios 
ou neurohormônios). No caso da fêmea, o sistema nervoso exerce o maior controle através 
desses reflexos neuroendócrinos. 
Controle exercido pelo sistema endócrino: 
Hormônios são substâncias químicas, fisiológicas, orgânicas, sintetizadas e secretadas por 
uma glândula endócrina sem ducto e transportada via corrente circulatória. Tem ação básica 
de inibir, estimular ou regular a atividade funcional de seus órgãos ou tecidos alvos. 
Glândulas endócrinas: hipotálamo – hipófise – gônadas – glândula pineal 
 
a) Hipotálamo 
Tratado como glândula endócrina, mas faz parte do SNC. É a interface entre o SNC e o 
sistema endócrino no controle da reprodução. 
Do ponto de vista reprodutivo, o hipotálamo produz um hormônio muito importante que é o 
GnRH, hormônio liberador de gonadotropina (ou gonadotrofina). 
Ele tem um sistema circulatório específico com a porção anterior da hipófise (adenohipófise) 
e essa comunicação é importante para algumas respostas dentro da reprodução. 
neuroendocrinologia da reprodução da fêmea 
MEVB80 – FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO - FÊMEA 
2 
 
O hormônio que é produzido pelo hipotálamo (GnRH) chega rapidamente nas suas células 
alvo na adenohipófise e vice versa – hormônios produzidos na adenohipófise irão chegar 
rapidamente no hipotálamo – levando informações pelo mecanismo de retroalimentação 
de alça curta (feedback). 
Essa comunicação do hipotálamo com a adenohipófise ocorre por um sistema de pequenos 
vasos, chamado sistema porta hipotalâmico hipofisário. Já com a neurohipófise ou hipófise 
posterior, a comunicação é de forma nervosa – através de axônios de neurônios. 
Um exemplo de neurônio produzido pelo hipotálamo que é armazenado na neurohipófise é 
a ocitocina. 
A depender do centro do hipotálamo que o GnRH é produzido, a liberação das 
gonadotropinas vai ser diferente. 
✓ centro tônico (basal) – GnRH vai ser liberado através de pulsos lentos; 
✓ centro de onda (pré ovulatório) – GnRH vai ser liberado em grandes quantidades; 
Hormônios hipotalâmicos: 
▪ GnRH – que vai agir na adenohipófise, podendo ser produzido e liberado de forma 
lenta (centro basal) ou bruta (centro pré ovulatório); quem regula isso são os 
hormônios produzidos dentro do eixo hipotalâmico hipofisário gonadal. 
▪ AcTH 
▪ PIF – fator inibidor da prolactina 
▪ Ocitocina – armazenada na neurohipófise. 
▪ Vasopressina 
 
b) Hipófise 
 
1) Adenohipófise (hipófise anterior) – possuem células secretoras que a permite, além de 
armazenar hormônios, também os produzir. 
Existem 5 tipos de células secretoras na adenohipófise, que produzem hormônios que irão 
agir em diferentes sistemas do organismo: 
✓ Somatótrofos – GH; 
✓ Corticótrofos – AcTH; 
✓ Tireótrofos – TSH; 
✓ Mamótrofos – prolactina. Age nas mamas e em algumas espécies irão agir a 
nível de ovário, tendo ação de células luteais. 
✓ Gonadótrofos – FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio 
luteinizante). Age nas gônadas – ovários. 
Para reprodução os mais importantes são os mamótrofos e gonadótrofos. 
Além das gonadrotopinas produzidas pela hipófise, existem as que são produzidas pela 
placenta – coriônicas. Por exemplo, gonadotropina coriônica humana (HCG), gonadotropina 
coriônica equina (HCE). Apenas primatas e equídeos produzem, são produzidas pela 
placenta, mas tem ação a nível gonadal. 
MEVB80 – FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO - FÊMEA 
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2) Neurohipófise (hipófise posterior) – não possuem células secretoras, então só armazenam 
hormônios, como a ocitocina, que é produzida no hipotálamo. 
Também pode-se ter ocitocina sendo produzida nos ovários, nos corpos lúteos – ocitocina 
luteal. Mas a principal fonte de produção de ocitocina é no hipotálamo. 
 
c) Glândula pineal 
Para algumas espécies domésticas (equinos e ovinos principalmente, caprinos, búfalos) a 
glândula pineal é muito importante devido a produção de melatonina. 
A melatonina produzida pela glândula pineal está relacionada com o estímulo ou inibição do 
eixo hipotalâmico hipofisário gonadal – em algumas espécies irá estimular a reprodução, em 
outras irá inibir. 
A melatonina é produzida em maior quantidade em período de menor luminosidade – 
inverno. Períodos de mais luminosidade (verão), há menor produção de melatonina. A sua 
produção parte de um mecanismo de reflexo neuro-hormonal, a luminosidade é capitada por 
células nervosas sensitivas da retina e são convertidas na produção de melatonina. Isso 
ocorre independente da espécie. 
No caso das espécies onde a melatonina estimula o eixo hipotalâmico hipofisário gonadal, 
que é o caso dos ovinos e caprinos, elas se reproduzem apenas no período de menor 
luminosidade – inverno. São chamados de animais de fotoperíodo negativo. 
No caso das espécies onde a melatonina inibe o eixo hipotalâmico hipofisário gonadal, que 
é o caso dos equídeos, elas se reproduzem apenas no período de maior luminosidade – 
verão. São chamados de animais de fotoperíodo positivo. 
O efeito da melatonina na reprodução dessas espécies depende de alguns fatores, como 
sazonalidade, fatores nutricionais, entre outros. 
A vaca e a porca são poliéstricas anuais, pois ciclam o ano todo. 
MEVB80 – FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO - FÊMEA 
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d) Gônadas 
São os hormônios produzidos pelos ovários, mais especificamente pelos folículos ou corpo 
lúteo. 
Os hormônios gonadais são: 
✓ Estrógenos – principalmente folículos; 
✓ Progesterona – principalmente corpo lúteo; 
✓ Relaxina; 
✓ Inibinas e ativinas. 
Para ocorrer a produção desses hormônios, é necessário que haja o contato do eixo 
hipotálamo hipofisário. São os hormônios produzidos pela hipófise (LH e FSH) que irão se 
ligar nos receptores das células foliculares ou luteais, trazendo a mensagem de produção 
desses hormônios. 
O corpo lúteo também produz ocitocina. 
Útero: 
✓ Prostaglandinas (prostaglandina F2α); 
✓ Relaxina – corpo lúteo, útero e placenta. 
Placenta: 
✓ Progesterona – em algumas espécies; 
✓ eCG e hCG – hormônios gonadotróficos; 
✓ Lactogênio placentário; 
✓ Proteína B; 
✓ Relaxina. 
Estrutura química dos hormônios: 
I. Peptídeos e proteínas 
Polipeptídeos – GnRH e ocitocina 
Proteínas – prolactina e lactogênio placentário 
II. Glicoproteínas: metade carboidratos + metade proteínas 
Gonadotrofinas – FSH, LH, inibina, eCG e hCG 
III. Esteróides – derivados do colesterol 
Estrógenos, andrógenos (testosterona e diidrotestosterona), progesterona 
IV. Derivados do ácido araquidônico 
PGF2α, PGE2 (prostaglandinas) 
V. Derivados de amina 
Melatonina 
 
 
MEVB80 – FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO - FÊMEA 
5 
 
Funções dos principais hormônios da reprodução da fêmea: 
HORMÔNIO PRODUÇÃO AÇÃO FUNÇÃO 
GnRH Hipotálamo (no 
centro tônico ou no 
centro pré ovulatório) 
Adenohipófise Estimula liberação de 
FSH e LH 
FSH Adenohipófise Folículos Crescimento folicular 
(inicial), secreção de 
estradiol 
LH Adenohipófise Folículos Crescimento folicular 
(final) – ovulação, 
luteinização do CL, 
secreçãode estradiol e 
progesterona 
Estradiol Folículos - Atuar no SNC induzindo 
comportamento de cio; 
desenvolvimento físico 
das características 
sexuais secundárias; 
exercem efeitos de 
retroalimentação no 
controle da liberação de 
FSH e LH; exerce 
mecanismos de feedback 
(retroalimentação), então 
os hormônios produzidos 
nas gônadas agem na 
hipófise e no hipotálamo 
aumentando ou 
diminuindo a liberação de 
LH, FSH ou GnRH. 
Progesterona Células luteínicas do 
corpo lúteo 
- Prepara o endométrio 
para implantação e 
manutenção da prenhez; 
auxilia no 
desenvolvimento do 
tecido secretor da 
glândula mamária; inibe 
motilidade uterina; atua 
por feedback no 
hipotálamo diminuindo a 
produção de FSH e LH. 
eCG e hCG Placenta Folículos Aumenta a produção de 
progesterona. 
Ocitocina Hipotálamo e corpo 
lúteo (ocitocina 
luteal) 
Musculatura lisa 
(útero, células 
mioepiteliais das 
glândulas 
mamárias) 
Contração uterina, 
ejeção do leite e síntese 
de PGF2α 
PGF2α Útero Corpo lúteo Luteólise e contração 
uterina; 
Relaxina Gônadas - Dilatação da pelve e da 
cérvix no parto; 
Inibina Folículos Hipófise Inibição da secreção de 
FSH; 
MEVB80 – FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO - FÊMEA 
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Ativina Folículos Hipófise Estimula secreção de 
FSH; 
Melatonina Glândula pineal Estímulo ou 
inibição do eixo 
hipotalâmico 
hipofisário 
gonadal 
Estimula ou inibe a 
liberação do GnRH; 
 
Produção do estrógeno pelo folículo: células da teca interna tem receptores de LH, 
havendo ligação do LH com esses receptores, as células da teca convertem uma molécula 
de colesterol em andrógeno (testosterona). 
As células da granulosa possuem receptores de FSH, e ao acontecer a ligação do FSH com 
esses receptores, essas células da granulosa irão converter a testosterona que veio do 
colesterol, em estrógeno. 
Esses hormônios vão para a corrente sanguínea e agem no SNC ou no trato reprodutivo.

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