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MAPA DE REVISAO PCSP - LPE

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1 
 
 
 
 
CRIMES TRIBUTÁRIOS, CONTRA A ORDEM ECONÔMICA E RELAÇÕES DE CONSUMO 
- LEI 8.137/90 
 
Crimes materiais contra a ordem tributária: 
Súmula Vinculante 24 do STF, não se tipifica crime material contra a ordem 
tributária antes do lançamento definitivo do tributo 
 
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou 
contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas 
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias; 
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo 
operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal; 
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer 
outro documento relativo à operação tributável; 
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva 
saber falso ou inexato; 
 
O inc. V do art. 1 é crime FORMAL, portanto, não depende do lançamento definitivo 
do tributo: 
 
V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento 
equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente 
realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação. 
 
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no prazo de 10 
(dez) dias, que poderá ser convertido em horas em razão da maior ou menor 
complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao atendimento da exigência, 
caracteriza a infração prevista no inciso V. 
 
Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: 
ATENÇÃO: os crimes do art. 2 são formais. Não dependem da constituição definitiva 
do credito tributário 
I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou 
empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de 
tributo; 
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2 
II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, 
descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria 
recolher aos cofres públicos; 
III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer 
percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição 
como incentivo fiscal; 
IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou 
parcelas de imposto liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento; 
V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito 
passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, 
por lei, fornecida à Fazenda Pública. 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 
Aumento de 1/3 até a metade nos crimes tributários praticados por particulares, 
crimes contra a ordem econômica e crimes contra as relações de consumo, se 
I - ocasionar grave dano à coletividade; 
II - ser o crime cometido por servidor público no exercício de suas funções; 
III - ser o crime praticado em relação à prestação de serviços ou ao comércio de bens 
essenciais à vida ou à saúde. 
 
Colaboração premiada: redução de 1 a 2/3 
a) crimes deste lei cometidos em “quadrilha” ou coautoria 
b) coautor ou participe que revelar à autoridade policial ou judicial toda a trama 
delituosa terá a sua pena reduzida de um a dois terços. 
 
Jurisprudência: 
- Incide o princípio da insignificância aos crimes tributários federais e de descaminho 
quando o débito tributário verificado não ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 (vinte 
mil reais). Não se estende aos demais entes federados (Estados, Municípios e 
Distrito Federal) o princípio da insignificância no patamar estabelecido pela União na 
Lei n. 10.522/2002 previsto para crimes tributários federais, o que somente 
ocorreria na existência de legislação local específica sobre o tema. 
- Para a configuração do delito previsto no art. 2º, II, da Lei nº 8.137/90, deve ser 
comprovado o dolo específico. 
Entendimento que segue a posição do STF que exige dolo de apropriação: 
O contribuinte que deixa de recolher, de forma contumaz e com dolo de 
apropriação, o ICMS cobrado do adquirente da mercadoria ou serviço incide no tipo 
penal do art. 2º, II, da Lei nº 8.137/90 (STF. Plenário. RHC 163334, Rel. Roberto 
Barroso, julgado em 18/12/2019). 
STJ. 6ª Turma. HC 675289-SC, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador Convocado 
do TRF 1ª Região), julgado em 16/11/2021 (Info 718). 
Fonte: dizer o direito 
-Hipóteses de mitigação da SV 24: embaraço a fiscalização tributária ou indícios da 
prática de outros delitos, de natureza não fiscal. 
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NOVA LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE 
 
Os crimes devem ser praticados com elemento subjetivo especial além do dolo: 
a) Mero capricho ou satisfação pessoal; 
b) Prejudicar outrem; 
c) Beneficiar a si mesmo. 
 
Todos os crimes são de ação penal pública incondicionada 
 
Todos os crimes são apenados com DETENÇÃO e multa 
 
Efeitos da condenação: 
a) Tornar certa a obrigação de indenizar o dano. Fixada o valor mínimo pelo juiz por 
requerimento do ofendido; 
b) Inabilitação para exercício do cargo, emprego ou função por 1 a 5 anos 
(CONDICIONADO À REINCIDÊNCIA. NÃO É AUTOMÁTICO) 
c) Perda do cargo, do mandato ou da função pública. (CONDICIONADO À 
REINCIDÊNCIA. NÃO É AUTOMÁTICO) 
Penas restritivas de direitos: 
a) Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas. 
b) Suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato pelo prazo de 1 a 6 
meses, COM perda dos vencimentos e das vantagens. 
 
LEI DE LAVAGEM DE DINHEIRO 
 
A aptidão da denúncia relativa ao crime de lavagem de dinheiro não exige uma 
descrição exaustiva e pormenorizada do suposto crime prévio (infração penal 
antecedente), bastando a presença de de que o objeto material indícios suficientes 
da lavagem (bens, direitos ou valores) seja proveniente, direta ou indiretamente, 
desta infração penal antecedente. (STJ - Info 658 – 2019) 
a) Justa causa duplicada: justa causa não apenas em relação à lavagem, mas indícios 
suficientes do crime antecedente 
b) Lavagem estará configurada ainda que desconhecido ou isento de pena 
(culpabilidade) o autor, ou extinta a punibilidade da infração penal antecedente. 
c) O Brasil adota a teoria da acessoriedade limitada: a infração anterior deve ser 
típica e ilícita 
d) O delito anterior pode ter sido cometido no exterior, desde que respeitado o 
principio da dupla tipicidade 
 
Aumento de 1 a 2/3: 
Lavagem cometida de forma reiterada ou por intermédio de organização 
criminosa. 
 
 
 
4 
Efeitos da condenação 
- perda, de todos os bens relacionados, direta ou indiretamente, à prática dos crimes 
de lavagem, inclusive aqueles utilizados para prestar a fiança, ressalvado o direito do 
lesado ou de terceiro de boa-fé; 
- a interdição do exercício de cargo ou função pública de qualquer natureza e de 
diretor, de membro de conselho de administração ou de gerência das pessoas 
jurídicas referidas no art. 9º, pelo dobro do tempo da pena privativa de liberdade 
aplicada. 
 
 
 
CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO 
 
Todos os crimes cometidos contra o sistema financeiro nacional que estiverem 
previstos na Lei n.º 7.492/1986 são de competência da justiça federal. 
 
Único crime punido com detenção: 
Art. 21. Atribuir-se, ou atribuir a terceiro, falsa identidade, para realização de 
operação de câmbio: 
 Pena - Detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, para o mesmo fim, sonega 
informação que devia prestar ou presta informação falsa. 
 
Gestão fraudulenta Gestão temerária 
-Administração com fraude, ardil, 
manobras desleais.-Com o objetivo de obter indevida 
vantagem para o próprio agente ou 
para outrem 
-Em prejuízo de terceiro de boa-fé 
(acionistas, sócios, credores, etc.). 
 
Reclusão: 3 a 12 anos, e multa 
-O agente excede, voluntariamente, os 
limites legais da sua condição de 
administrador da instituição financeira. 
-Atua com excesso e, por conta e risco 
pessoal, assume a responsabilidade 
pelo ato unilateral de oportunidade e 
de conveniência pessoal. 
 
Reclusão: 2 a 8 anos, e multa 
 
Art. 25. São penalmente responsáveis, nos termos desta lei, o controlador e os 
administradores de instituição financeira, assim considerados os diretores, gerentes 
(Vetado). 
 § 1º Equiparam-se aos administradores de instituição financeira (Vetado) o 
interventor, o liqüidante ou o síndico. 
 
- O delito do art.19 da lei 7.492/86, "obter mediante fraude financiamento em 
instituição financeira não exige, para a sua configuração, efetivo ou potencial abalo 
ao Sistema Financeiro Nacional. 
STJ. 5ª Turma. gRg no AgRg no AREsp 1642491/SP, Rel Min. Joel Ilan, julgado em 
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5 
19/05/2020. 
- A simulação de consórcio por meio de venda premiada, operada sem autorização 
do Banco Central do Brasil, configura crime contra o sistema financeiro, tipificado 
pelo art. 16 da Lei nº 7.492/86, o que atrai a competência da Justiça Federal. 
STJ. 3ª Seção. CC 160077-PA, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 10/10/2018 
(Info 637). 
- A utilização de terceiros (“laranjas”) para aquisição de moeda estrangeira para 
outrem, ainda que tenham anuído com as operações, se subsome à conduta 
tipificada no art. 21 da Lei nº 7.492/86. 
O bem jurídico resta violado com a dissimulação de esconder a real identidade do 
adquirente da moeda estrangeira valendo-se da identidade, ainda que verdadeira, 
de terceiros. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1595546-PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 2/5/2017 (Info 
604). 
- O agente pratica o crime de gestão temerária quando viola deveres impostos por 
normas jurídicas voltadas aos administradores de instituições financeiras e que 
prevêem limites de risco aceitáveis. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1613260-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado 
em 9/8/2016 (Info 588). 
 
 
LEI DE INTERCEPTAÇÃO 
 
Interceptação telefônica: 
a) Requisitos 
-indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal; 
-prova não pode ser feita por outros meios 
-infração punida com reclusão 
b) Prazo para o juiz decidir: 24 horas 
c) Prazo de duração: 15 dias, renováveis, caso comprovada a indispensabilidade 
 
Captação ambiental 
a)Requisitos: 
-Prova não pode ser feita por outros meios disponíveis e igualmente eficazes 
- Elementos probatórios razoáveis de autoria e participação 
-Infrações com pena máxima SUPERIOR a 4 anos ou em infrações conexas 
- O requerimento deverá descrever circunstanciadamente o local e a forma de 
instalação do dispositivo de captação ambiental. 
b) Prazo de duração: 5 (quinze) dias, renovável por decisão judicial por iguais 
períodos, se comprovada a indispensabilidade do meio de prova e quando presente 
atividade criminal permanente, habitual ou continuada. 
 
§ 2º A instalação do dispositivo de captação ambiental poderá ser realizada, quando 
necessária, por meio de operação policial disfarçada ou no período noturno, exceto 
 
 
6 
na casa, nos termos do inciso XI do caput do art. 5º da Constituição Federal. 
4º A captação ambiental feita por um dos interlocutores sem o prévio conhecimento 
da autoridade policial ou do Ministério Público poderá ser utilizada, em matéria de 
defesa, quando demonstrada a integridade da gravação. 
 
- A conversão do conteúdo das interceptações telefônicas em formato escolhido 
pela defesa não é ônus atribuído ao Estado (STJ INFO 731) 
- Admite-se o uso da motivação per relationem para justificar a quebra do sigilo das 
comunicações telefônicas. 
No entanto, as decisões que deferem a interceptação telefônica e respectiva 
prorrogação devem prever, expressamente, os fundamentos da representação que 
deram suporte à decisão - o que constituiria meio apto a promover a formal 
incorporação, ao ato decisório, da motivação reportada como razão de decidir - sob 
pena de ausência de fundamento idôneo para deferir a medida cautelar. 
STJ. 6ª Turma. HC 654131-RS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 
16/11/2021 (Info 723). 
- O artigo 2º da Lei 9.296/1996 não se aplica à obtenção de dados armazenados no 
celular. Não cabe transportar a regra do artigo 2º da Lei nº 9.296/1996 – no que 
inadmitida a interceptação de comunicações telefônicas quando a prova puder ser 
feita por outros meios disponíveis – à obtenção dos dados armazenados em 
dispositivo de telefonia. 
STF. 1ª Turma. HC 173.989 /SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 13.10.2020. 
- A existência de captação de áudio fora do período autorizado pelo juiz resulta na 
nulidade apenas da gravação realizada no dia excedente. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1.861.383/SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 
15.09.2020. 
- É ilegal a quebra do sigilo telefônico mediante a habilitação de chip da autoridade 
policial em substituição ao do investigado titular da linha. A Lei nº 9.296/96 não 
autoriza a suspensão do serviço telefônico ou do fluxo da comunicação telemática 
mantida pelo usuário, tampouco a substituição do investigado e titular da linha por 
agente indicado pela autoridade policial. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1806792-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 11/05/2021 (Info 
696). 
- O prazo de 15 dias das interceptações telefônicas deve ser contado a partir da 
efetiva implementação da medida, e não da respectiva decisão. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no RHC 114.973/SC, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 
19/05/2020. 
- É dever do Estado a disponibilização da integralidade das conversas advindas nos 
autos de forma emprestada, sendo inadmissível a seleção pelas autoridades de 
persecução de partes dos áudios interceptados (info 648 STJ) 
 
 
 
 
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ESTATUTO DESARMAMENTO 
 
Pena aumentada da metade 
 
 
 
Porte ilegal 
 
-praticados por integrante dos órgãos e empresas 
referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei 
-reincidente específico em crimes dessa natureza. 
Disparo 
 
-praticados por integrante dos órgãos e empresas 
referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei 
-reincidente específico em crimes dessa natureza. 
Posse ou porte de uso restrito 
 
-praticados por integrante dos órgãos e empresas 
referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei 
-reincidente específico em crimes dessa natureza. 
Comercio ilegal 
 
-praticados por integrante dos órgãos e empresas 
referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei 
-reincidente específico em crimes dessa natureza. 
-arma de fogo, acessório ou munição forem de 
uso proibido ou restrito. 
Tráfico -praticados por integrante dos órgãos e empresas 
referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei 
-reincidente específico em crimes dessa natureza. 
-arma de fogo, acessório ou munição forem de 
uso proibido ou restrito. 
 
-O crime de porte de arma de fogo, seja de uso permitido ou restrito, na modalidade 
transportar, admite participação. 
- Todos os integrantes das guardas municipais possuem direito a porte de arma de 
fogo, em serviço ou mesmo fora de serviço, independentemente do número de 
habitantes do Município 
-Agente possui arma de fogo de uso permitido mas está com o registro vencido: 
irregularidade administrativa. ENTRETANTO, essa lógica não se aplica se for uma 
arma de uso restrito ou então no caso de porte, já que as elementares são diversas e 
a reprovabilidade mais intensa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LEI DE DROGAS 
 
Prazo conclusão IP (podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público, 
mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária)-Indiciado preso: 30 dias 
-Indiciado solto: 90 dias 
 
Art. 28 – drogas para consumo pessoal 
Penas: 
 
- advertência sobre os efeitos das drogas; 
- Prestação de serviços à comunidade; 
- medida educativa de comparecimento a programa ou curso 
educativo. 
Prazo: máximo de 5 meses. Em caso de reincidência, o máximo será 
10 meses 
Medidas 
coercitivas 
-admoestação verbal 
- multa. 
Prescrição 2 anos 
 
Crime do art 28: 
-Não lavra o APF 
-Autor deve ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta 
deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se TCO 
-Agente deve ser levado a presença do JUIZ. Se não houver juiz, será levado a 
presença da autoridade policial 
 
-Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da 
materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e 
quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa 
idônea. 
ATENÇÃO: o CPP dispõe de forma diversa: 
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito 
oficial, portador de diploma de curso superior 
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, 
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, 
dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. 
 
Destruição de drogas: 
 
a) Plantação ilícita: imediatamente destruídas pelo delegado, que recolhera 
quantidade suficiente para exame pericial 
b) Drogas apreendidas em situação de flagrante: juiz recebe cópia do APF e, em 
10 dias, certifica a regularidade formal do laudo de constatação, 
determinando a destruição das drogas apreendidas, que deverá ser 
 
 
9 
executada em 15 dias. 
c) Drogas apreendidas sem flagrante: 30 dias. Lei não menciona necessidade de 
autorização judicial. 
 
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o 
previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do 
produto, a personalidade e a conduta social do agente. 
 
Pena é aumentada de 1/6 a 2/3: 
- a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as 
circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito; 
- o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de 
missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância; 
- a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de 
estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades 
estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de 
trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de 
qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de 
reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos; 
- o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de 
fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva; 
- caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito 
Federal; 
- sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por 
qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e 
determinação; 
- o agente financiar ou custear a prática do crime. 
 
ATENÇÃO: 
*O agente que comete o tráfico (art.33) em companhia de menor de idade, pratica o 
crime de corrupção de menores? NÃO. O agente maior de idade respoderá pelo art. 
33 com a causa de aumento de pena de 1/6 a 2/3 
*O agente que apenas financia o tráfico, mas não pratica nenhum dos verbos do art. 
33, responderá pelo crime de tráfico com a causa de aumento de pena? Não. 
Responderá apenas pelo art. 36 (crime de punição mais severa da lei) 
*Todos os crimes tipificados nesta lei, são de perito abstrato? Não. O crime de 
conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano 
potencial a incolumidade de outrem é de perigo CONCRETO. 
*Além do crime de porte de droga para consumo pessoal, algum outro tipo penal se 
insere na competência do JECRIM? Sim. O crime de oferecer droga sem intuito de 
lucro para consumirem juntos e o crime de prescrever culposamente drogas 
 
 
 
 
 
10 
Tráfico privilegiado: redução de 1/6 a 2/3 
a) agente primário 
b) bons antecedentes 
c) não se dedica a atividades criminosas 
d) não integra organização criminosa 
 
-Tráfico privilegiado não é equiparado a hediondo. Essa já era a compreensão da 
jurisprudência e foi positivada na LEP com o pacote anticrime 
-O tráfico privilegiado não impede a substituição da PPL por PRD. O O plenário do 
STF declarou inconstitucional a vedação à substituição da PPL por PRD prevista no 
art. 33, §4º da Lei 11.343/2006. Posteriormente, o SF suspendeu a eficácia da parte 
do dispositivo que dizia “vedada a conversão em pena restritiva de direitos”. (HC 
97256 
 
- O crime de associação para o tráfico (art. 35 - Lei 11.343/2006), mesmo formal ou 
de perigo, demanda os elementos "estabilidade" e "permanência" do vínculo 
associativo, que devem ser demonstrados de forma aceitável (razoável), ainda que 
não de forma rígida, para que se configure a societas sceleris e não um simples 
concurso de pessoas, é dizer, uma associação passageira e eventual. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.978.266/MS 
- É possível a valoração da quantidade e natureza da droga apreendida, tanto para a 
fixação da pena-base quanto para a modulação da causa de diminuição prevista no 
art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006, neste último caso ainda que sejam os únicos 
elementos aferidos, desde que não tenham sidos considerados na primeira fase do 
cálculo da pena. 
STJ. 3ª Seção. HC 725.534-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 27/04/2022 (Info 
734). 
- Viola o princípio da proporcionalidade a consideração de condenação anterior pelo 
delito do art. 28 da Lei nº 11.343/2006, “porte de droga para consumo pessoal”, 
para fins de reincidência. 
STF. 2ª Turma. RHC 178512 AgR/SP 
- Não é possível que o agente responda pela prática do crime do art. 34 da Lei 
11.343/2006 quando a posse dos instrumentos configura ato preparatório destinado 
ao consumo pessoal de entorpecente. Para que se configure a lesão ao bem jurídico 
tutelado pelo art. 34 da Lei nº 11.343/2006, a ação de possuir maquinário e/ou 
objetos deve ter o especial fim de fabricar, preparar, produzir ou transformar 
drogas, visando ao tráfico. (INFO 709 STJ) 
- A fração de aumento de pena pela transnacionalidade do delito de tráfico de 
drogas pode levar em consideração a longa distância percorrida (STF. 2ª turma. HC 
191.131/MS) 
- Compete ao Juízo Federal do endereço do destinatário da droga, importada via 
Correio, processar e julgar o crime de tráfico internacional (INFO 698 STJ) 
- É incabível salvo-conduto para o cultivo da cannabis visando a extração do óleo 
medicinal, ainda que na quantidade necessária para o controle da epilepsia, posto 
 
 
11 
que a autorização fica a cargo da análise do caso concreto pela ANVISA. 
STJ. 5ª Turma. RHC 123402-RS 
- O crime de associação para o tráfico é plurissubjetivo e pode ser plurilocal (TJ. 6ª 
Turma. REsp 1845496/SP) 
 
 
CRIMES FALIMENTARES 
 
Art. 168. Praticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a 
recuperação judicial ou homologar a recuperação extrajudicial, ato fraudulento de 
que resulte ou possa resultar prejuízo aos credores, com o fim de obter ou assegurar 
vantagem indevida para si ou para outrem. 
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. 
 
Aumento da pena 
§ 1º A pena aumenta-se de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço), se o agente: 
I – elabora escrituração contábil ou balanço com dados inexatos; 
II – omite, na escrituração contábil ou no balanço, lançamento que deles deveria 
constar, ou altera escrituração ou balanço verdadeiros; 
III – destrói, apagaou corrompe dados contábeis ou negociais armazenados em 
computador ou sistema informatizado; 
IV – simula a composição do capital social; 
V – destrói, oculta ou inutiliza, total ou parcialmente, os documentos de escrituração 
contábil obrigatórios. 
 
Art. 170. Divulgar ou propalar, por qualquer meio, informação falsa sobre devedor 
em recuperação judicial, com o fim de levá-lo à falência ou de obter vantagem: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Art. 172. Praticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a 
recuperação judicial ou homologar plano de recuperação extrajudicial, ato de 
disposição ou oneração patrimonial ou gerador de obrigação, destinado a favorecer 
um ou mais credores em prejuízo dos demais: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o credor que, em conluio, possa 
beneficiar-se de ato previsto no caput deste artigo. 
 
Art. 180. A sentença que decreta a falência, concede a recuperação judicial ou 
concede a recuperação extrajudicial de que trata o art. 163 desta Lei é condição 
objetiva de punibilidade das infrações penais descritas nesta Lei. 
 
Art. 181. São efeitos da condenação por crime previsto nesta Lei: 
I – a inabilitação para o exercício de atividade empresarial; 
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II – o impedimento para o exercício de cargo ou função em conselho de 
administração, diretoria ou gerência das sociedades sujeitas a esta Lei; 
III – a impossibilidade de gerir empresa por mandato ou por gestão de negócio. 
§ 1º Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser 
motivadamente declarados na sentença, e perdurarão até 5 (cinco) anos após a 
extinção da punibilidade, podendo, contudo, cessar antes pela reabilitação penal. 
 
ATENÇÃO: Único crime apenado com detenção: omissão de documentos contábeis 
obrigatórios 
 
Art. 178. Deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois da sentença 
que decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar o plano de 
recuperação extrajudicial, os documentos de escrituração contábil obrigatórios: 
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa, se o fato não constitui crime 
mais grave. 
 
 
CRIMES ELEITORAIS 
 
Compete à Justiça Eleitoral julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem 
conexos. (ENTENDIMENTO CONSOLIDADO STF) Ressalva-se, o caso de existir 
conexão entre uma infração penal eleitoral e um crime doloso contra a vida, 
hipótese em que haverá obrigatoriamente a separação de processos, afinal, a 
competência do Tribunal do Júri vem estabelecida na Constituição Federal, não 
podendo ser subtraída por disposições infraconstitucionais. 
 
Sempre que este código não indicar o grau mínimo: 
a) 15 dias quinze dias para a pena de detenção 
b) 1 ano para a pena de reclusão 
 
Quando a lei determina a agravação ou atenuação da pena sem mencionar o 
quantum: deve o juiz fixá-lo entre um 1/5 e 1/3 , guardados os limites da pena 
cominada ao crime. 
 
A pena de multa consiste no pagamento ao Tesouro Nacional, de uma soma de 
dinheiro, que é fixada em dias-multa. Seu montante é, no mínimo, 1 (um) dia-multa 
e, no máximo, 300 (trezentos) dias-multa. 
 
A multa pode ser aumentada até o triplo, embora não possa exceder o máximo 
genérico (caput), se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do 
condenado, é ineficaz a cominada, ainda que no máximo, ao crime de que se trate. 
 
Art. 323. Divulgar, na propaganda eleitoral ou durante período de campanha 
eleitoral, fatos que sabe inverídicos em relação a partidos ou a candidatos e capazes 
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de exercer influência perante o eleitorado: (novidade legislativa de 2021) 
Pena – detenção de dois meses a um ano ou pagamento de 120 a 150 dias-multa. 
 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem produz, oferece ou vende vídeo com 
conteúdo inverídico acerca de partidos ou candidatos. 
 
§ 2º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até metade se o crime: 
I – é cometido por meio da imprensa, rádio ou televisão, ou por meio da internet ou 
de rede social, ou é transmitido em tempo real; 
II – envolve menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça 
ou etnia. 
 
Art. 326-B. Assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer 
meio, candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo, utilizando-se de 
menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia, com 
a finalidade de impedir ou de dificultar a sua campanha eleitoral ou o desempenho 
de seu mandato eletivo. 
 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço), se o crime é cometido 
contra mulher: 
I – gestante; 
II – maior de 60 (sessenta) anos; 
III – com deficiência. 
 
Art. 327. As penas cominadas nos arts. 324, 325 e 326 aumentam-se de 1/3 (um 
terço) até metade, se qualquer dos crimes é cometido: 
I – contra o presidente da República ou chefe de governo estrangeiro; 
II – contra funcionário público, em razão de suas funções; 
III – na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da ofensa; 
IV – com menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou 
etnia; 
V – por meio da Internet ou de rede social ou com transmissão em tempo real. 
 
Art. 309. Votar ou tentar votar mais de uma vez, ou em lugar de outrem: 
Pena – reclusão até três anos. 
 
Obs: crime de atentado ou de empreendimento 
 
Jurisprudência: 
-Para configurar o delito de calúnia eleitoral,é necessária a comprovação da 
lesividade da conduta e, se o suposto atingido afirma não ter se ofendido, não há 
prova da materialidade (INFO 920 STF) 
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LEI DE EXECUÇÃO PENAL 
Identificação perfil genético: 
art. 9º-A. O condenado por crime doloso praticado com violência grave contra a 
pessoa, bem como por crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por crime 
sexual contra vulnerável, será submetido, obrigatoriamente, à identificação do 
perfil genético, mediante extração de DNA (ácido desoxirribonucleico), por técnica 
adequada e indolor, por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional. 
 
§ 2o A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, 
no caso de inquérito instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de 
perfil genético (NÃO PODE TER ACESSO DE OFÍCIO) 
§ 5º A amostra biológica coletada só poderá ser utilizada para o único e exclusivo 
fim de permitir a identificação pelo perfil genético, não estando autorizadas as 
práticas de fenotipagem genética ou de busca familiar. 
§ 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em submeter-se ao procedimento 
de identificação do perfil genético 
 
Faltas disciplinares: 
a) graves (legislação federal), médias e leves (legislação local define) 
b) tentativa = mesma pena da falta consumada 
 
Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) 
 
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, 
quando ocasionar subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso 
provisório, ou condenado, nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao 
regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: 
 
I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de repetição da sanção por 
nova falta grave demesma espécie; 
 
II - recolhimento em cela individual; 
 
III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem realizadas em instalações 
equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da 
família ou, no caso de terceiro, autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas) 
horas; 
 
IV - direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol, em 
grupos de até 4 (quatro) presos, desde que não haja contato com presos do mesmo 
grupo criminoso; 
 
V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em 
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instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, salvo 
expressa autorização judicial em contrário; 
 
VI - fiscalização do conteúdo da correspondência; 
 
VII - participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência, 
garantindo-se a participação do defensor no mesmo ambiente do preso. 
 
§ 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou 
condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a 
segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. 
 
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios 
ou condenados, nacionais ou estrangeiros 
 
I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal 
ou da sociedade; 
 
II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a 
qualquer título, em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, 
independentemente da prática de falta grave. 
 
§ 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório 
ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou 
participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando. 
 
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, 
associação criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) 
ou mais Estados da Federação, o regime disciplinar diferenciado será 
obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional federal. 
 
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar diferenciado poderá 
ser prorrogado sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo indícios de 
que o preso: 
 
I - continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento 
penal de origem ou da sociedade; 
 
II - mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia 
privada, considerados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no 
grupo criminoso, a operação duradoura do grupo, a superveniência de novos 
processos criminais e os resultados do tratamento penitenciário. 
 
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o regime disciplinar diferenciado 
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deverá contar com alta segurança interna e externa, principalmente no que diz 
respeito à necessidade de se evitar contato do preso com membros de sua 
organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, ou de grupos rivais. 
 
§ 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo será gravada em sistema 
de áudio ou de áudio e vídeo e, com autorização judicial, fiscalizada por agente 
penitenciário. 
 
§ 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de regime disciplinar diferenciado, o preso que 
não receber a visita de que trata o inciso III do caput deste artigo poderá, após 
prévio agendamento, ter contato telefônico, que será gravado, com uma pessoa da 
família, 2 (duas) vezes por mês e por 10 (dez) minutos. 
 
*Quais sanções podem ser aplicadas pelo diretor do presidio? Advertência verbal, 
repreensão, suspensão ou restrição de direitos, isolamento na própria cela, ou em 
local adequado 
Obs: O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exceder a 30 
dias, ressalvada a hipótese do regime disciplinar diferenciado. 
 
Inclusão no RDD: 
-despacho fundamentado do juiz competente 
-A autorização para a inclusão do preso em regime disciplinar dependerá de 
requerimento circunstanciado elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra 
autoridade administrativa. 
-A decisão judicial sobre inclusão de preso em regime disciplinar será precedida de 
manifestação do Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo máximo de 
quinze dias. 
- A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso 
pelo prazo de até dez dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, 
no interesse da disciplina e da averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz 
competente. 
 
Novas frações para progressão de regime: 
 
16% primário + crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; 
20% Reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou grave 
ameaça; 
25% Primário + crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça; 
30% Reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou grave 
ameaça 
40% Primário + crime hediondo ou equiparado 
50% a) primário + hediondo ou equiparado com resultado morte (caso 
em que também será vedado o livramento condicional) 
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b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de 
organização criminosa estruturada para a prática de crime 
hediondo ou equiparado 
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia 
privada; 
60% Reincidente + hediondo ou equiparado 
Tendo em vista a legalidade e a taxatividade da norma penal (art. 5º, 
XXXIX, CF), a alteração promovida pela Lei 13.964/2019 no art. 112 da 
LEP não autoriza a incidência do percentual de 60% (inc. VII) aos 
condenados reincidentes não específicos para o fim de progressão de 
regime. Diante da omissão legislativa, impõe-se a analogia in bonam 
partem, para aplicação, inclusive retroativa, do inciso V do artigo 112 da 
LEP (lapso temporal de 40%) ao condenado por crime hediondo ou 
equiparado sem resultado morte reincidente não específico. (STF INFO 
1032) 
70% Reincidente + hediondo ou equiparado com resultado morte (caso em 
que também será vedado o livramento condicional) 
1/8 Progressão especial das mulheres gestantes ou mãe ou responsável por 
crianças (adolescente não!) ou pessoas com deficiência. Os requisitos 
são cumulativos: 
-Não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; 
-Não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente; 
-Ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior; 
-Ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo 
diretor do estabelecimento; 
-Não ter integrado organização criminosa. 
 
OBS: organização criminosa somente a hipótese de condenação nos 
termos da Lei 12.850/2013, não abrangendo apenada que tenha 
participado de associação criminosa (art. 288 do CP) ou associação para 
o tráfico (art. 35 da Lei 11.343/2006). (STJ) 
 
O cometimento denovo crime doloso ou falta grave implicará a 
revogação do benefício previsto no § 3º deste artigo 
 
- O cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de liberdade 
interrompe o prazo para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da 
pena, caso em que o reinício da contagem do requisito objetivo terá como base a 
pena remanescente. 
- O bom comportamento é readquirido após 1 (um) ano da ocorrência do fato, ou 
antes, após o cumprimento do requisito temporal exigível para a obtenção do 
direito. 
 
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Jurisprudência: 
-A manutenção do monitoramento eletrônico ao apenado agraciado com a 
progressão ao regime aberto não implica constrangimento ilegal, pois atende aos 
parâmetros referenciados na SV 56. 
Súmula vinculante 56: A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a 
manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, 
nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS. 
(...) c) Havendo déficit de vagas, deverá determinar-se: (iii) o cumprimento de penas 
restritivas de direito e/ou estudo ao sentenciado que progride ao regime aberto; (RE 
641320/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/5/2016). 
STJ. 6ª Turma. HC 691963-RS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 
19/10/2021 (Info 715). 
 
- O período em que o réu permanece em livramento condicional deve ser 
considerado para o cálculo do tempo máximo de cumprimento de pena previsto no 
art. 75 do CP. 
Exemplo: Pedro foi condenado a 45 anos de reclusão. Após 15 anos no cárcere, ele 
recebeu o livramento condicional. Isso significa que ele ficará solto (em período de 
prova) até o fim da pena imposta. Logo, o período de prova seria, em tese, de 30 
anos (45 é o total da pena; como já cumpriu 15, teria ainda 30 anos 
restantes).Depois de 25 anos no período de prova, Pedro poderá pedir a extinção da 
pena já que cumpriu o máximo de pena previsto pela legislação brasileira, ou seja, 
40 anos, nos termos do art. 75 do CP. 
STJ. 5ª Turma.REsp 1922012-RS, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 05/10/2021 
(Info 712). 
Fonte: Dizer o Direito 
 
- Não há suspensão dos prazos prescricionais em execução penal no tocante a 
infrações disciplinares, sob pena de analogia in malam partem (STJ. 6ª Turma. HC 
682.633-MG) 
 
- A independência das instâncias deve ser mitigada quando, nos casos de 
inexistência material ou de negativa de autoria, o mesmo fato for provado na esfera 
administrativa, mas não o for no processo criminal (STJ INFO 712) 
 
- Não havendo na sentença condenatória transitada em julgado determinação 
expressa de reparação do dano ou de devolução do produto do ilícito, não pode o 
juízo das execuções inserir referida condição para fins de progressão de regime 
(INFO 709 STJ) 
 
- Não é possível a concessão do indulto ao crime de associação para o tráfico de 
drogas, ainda que não haja proibição no Decreto Presidencial. (STJ. 5ª Turma. AgRg-
HC 670.378) – A proibição está expressamente delineada no art. 44, caput, da Lei n. 
11.343/2006. 
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- Recusar-se em a adentrar à cela consiste em falta grave, pois é ato lesivo e grave 
em descumprimento de ordem legítima e com base no art. 50, inciso VI, c/c art. 39, 
incisos II e V, ambos da Lei de Execuções Penais – LEP, observando-se, inclusive, o 
pleno exercício do contraditório e da ampla defesa no processo administrativo 
disciplinar. 
STJ. 6ª Turma, AgRg no HC 618.666, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 02/03/2021 
 
- Súmula 643-STJ: A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em 
julgado da condenação. 
 
- O reconhecimento de falta grave consistente na prática de fato definido como 
crime doloso no curso da execução penal dispensa o trânsito em julgado da 
condenação criminal, desde que ocorra a apuração do ilícito com as garantias 
constitucionais (STF INFO 1001) 
- A oitiva do condenado pelo Juízo da Execução Penal, em audiência de justificação 
realizada na presença do defensor e do Ministério Público, afasta a necessidade de 
prévio Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), assim como supre eventual 
ausência ou insuficiência de defesa técnica no PAD instaurado para apurar a prática 
de falta grave durante o cumprimento da pena. STF. Plenário. RE 972598, Rel. 
Roberto Barroso, julgado em 04/05/2020 (Repercussão Geral – Tema 941) (Info 985 
– clipping). 
- O descumprimento das condições impostas para o livramento condicional não 
pode ser invocado para impedir a concessão do indulto, a título de não 
preenchimento do requisito subjetivo (STJ INFO 670) 
 
 
LEI MARIA DA PENHA 
 
A Lei Maria da Penha não se aplica a lei do JECRIM. Sendo assim, os institutos 
despenalizadores não são possíveis e a lesão corporal leve não é condicionada à 
representação. Isso significa que TODOS os crimes da Lei Maria da Penha são 
processados por ação penal pública incondicionada? 
Não. Ameaça, por exemplo, é condicionada à representação. 
 
É possível a retratação? SIM, entretanto, existem 2 peculiaridades: 
1. até o RECEBIMENTO da denúncia (e não até o oferecimento como ocorre nos 
demais crimes) 
2. Em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do 
recebimento da denúncia, na presença do juiz e ouvido o Ministério Público. 
 
Art. 9 §2º O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, 
para preservar sua integridade física e psicológica: (...) 
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II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de 
trabalho, por até 6 meses. 
 
Dever de ressarcimento pelo agressor: 
-Ressarcir todos os danos causados, inclusive ressarcir ao Sistema Único de Saúde 
(SUS), de acordo com a tabela SUS 
-dispositivos de segurança destinados ao uso em caso de perigo iminente e 
disponibilizados para o monitoramento das vítimas de violência doméstica ou 
familiar amparadas por medidas protetivas. 
ATENÇÃO: o ressarcimento não poderá importar ônus de qualquer natureza ao 
patrimônio da mulher e dos seus dependentes, nem configurar atenuante ou 
ensejar possibilidade de substituição da pena aplicada. 
 
§ 7º A mulher em situação de violência doméstica e familiar tem prioridade para 
matricular seus dependentes em instituição de educação básica mais próxima de seu 
domicílio, ou transferi-los para essa instituição, mediante a apresentação dos 
documentos comprobatórios do registro da ocorrência policial ou do processo de 
violência doméstica e familiar em curso. 
 
Providencias a serem tomadas pela autoridade policial: (...) 
-garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao 
Ministério Público e ao Poder Judiciário; 
-encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal; 
- fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local 
seguro, quando houver risco de vida; 
- se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences 
do local da ocorrência ou do domicílio familiar; 
- informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis, 
inclusive os de assistência judiciária para o eventual ajuizamento perante o juízo 
competente da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento 
ou de dissolução de união estável. 
- remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com 
o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência; 
- verificar se o agressor possui registro de porte ou posse de arma de fogo e, na 
hipótese de existência, juntar aos autos essa informação, bem comonotificar a 
ocorrência à instituição responsável pela concessão do registro ou da emissão do 
porte 
 
Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade 
física ou psicológica da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de 
seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou 
local de convivência com a ofendida: 
 
I - pela autoridade judicial; 
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II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou 
III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver 
delegado disponível no momento da denúncia. 
 
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado 
no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a 
manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério 
Público concomitantemente. 
§ 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida 
protetiva de urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso. 
 
Art. 14-A. A ofendida tem a opção de propor ação de divórcio ou de dissolução de 
união estável no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. 
§ 1º Exclui-se da competência dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra 
a Mulher a pretensão relacionada à partilha de bens. 
 
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo 
de 48 (quarenta e oito) horas: 
II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, 
quando for o caso, inclusive para o ajuizamento da ação de separação judicial, de 
divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução de união estável perante o 
juízo competente 
IV - determinar a apreensão imediata de arma de fogo sob a posse do agressor. 
 
1º As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, 
independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério 
Público, devendo este ser prontamente comunicado. 
 
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência 
previstas nesta Lei: 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos. 
§ 1º A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que 
deferiu as medidas. 
§ 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá 
conceder fiança. 
§ 3º O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis. 
 
ATENÇÃO: o delegado pode arbitrar fiança em infrações penais com pena não 
superior a 4 anos, SALVO neste caso de descumprimento de medida protetiva de 
urgência, em que apenas o juiz poderá conceder fiança. 
 
 
 
 
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ARMA DE FOGO 
 
DELEGADO 
 
 
 
- verifica se o agressor possui registro de porte ou posse de arma 
de fogo 
-na hipótese de existência, junta aos autos essa informação, bem 
como notifica a ocorrência à instituição responsável pela concessão 
do registro ou da emissão do porte 
 
JUIZ 
 
 
Após receber o pedido da ofendida, em 48 horas: 
- determina a apreensão imediata de arma de fogo sob a posse do 
agressor 
Obs: caso o agressor seja integrante dos órgãos de segurança 
pública ou se enquadre em alguma das situações dos incisos do art. 
6 do estatuto do desarmamento, o juiz comunicará ao respectivo 
órgão, corporação ou instituição as medidas protetivas de urgência 
concedidas e determinará a restrição do porte de armas, ficando o 
superior imediato do agressor responsável pelo cumprimento da 
determinação judicial, sob pena de incorrer nos crimes de 
prevaricação ou de desobediência, conforme o caso. 
 
Jurisprudência: 
-Não cabe o arbitramento de aluguel em desfavor da coproprietária vítima de 
violência doméstica, que, em razão de medida protetiva de urgência decretada 
judicialmente, detém o uso e gozo exclusivo do imóvel de cotitularidade do agressor 
(STJ INFO 724) 
 
- Se foram imputados vários crimes ao acusado e dentre eles está o de lesão 
corporal contra a mulher no contexto da violência doméstica, é possível que o juiz 
indefira a designação da audiência prevista no artigo 16 da Lei 11.340/2006 
(audiência na qual é possível a retratação da ofendida) (STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 
707.726/PA 
 
- O crime de descumprimento de medidas protetivas de urgência não é meio 
necessário ou usual para a realização do delito de ameaça - que, com frequência, é 
praticado em contextos distintos da situação de violência doméstica e familiar. 
Ainda que, quando do cometimento do crime de ameaça, exista medida protetiva de 
urgência em vigor, é plenamente possível que a ameaça de causar mal injusto e 
grave chegue ao conhecimento da ofendida sem que nenhuma das medidas 
impostas venha a ser descumprida, notadamente à vista da possibilidade de 
consumação do delito por "escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico" ou 
até por meio de interposta pessoa. (STJ. 6ª Turma. HC 616.070/MG) 
 
- Lei que impede nomeação de condenados pela Lei Maria da Penha é 
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constitucional. É cabível lei de iniciativa parlamentar que veda a nomeação, pela 
Administração Pública direta e indireta do Município, de pessoas condenadas pela 
Lei Federal nº 11.340 de 07 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha). 
Descabe falar em iniciativa privativa do Chefe do Poder executivo. 
Na verdade, ao vedar a nomeação de agentes públicos, no âmbito da Administração 
Direta e Indireta do município, condenados nos termos da Lei federal nº 
11.340/2006, a norma impugnada impôs regra geral de moralidade administrativa, 
visando dar concretude aos princípios elencados no caput do art. 37 da Constituição 
Federal, cuja aplicação independem de lei em sentido estrito e não se submetem a 
uma interpretação restritiva. 
STF. RE 1.308.883/DF, Rel. Min. Edson Fachin, decisão monocrática, julgado em 
7/04/2021. 
 
- É cabível lei de iniciativa parlamentar que veda a nomeação, pela Administração 
Pública direta e indireta do Município, de pessoas condenadas pela Lei Federal nº 
11.340 de 07 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha). 
Descabe falar em iniciativa privativa do Chefe do Poder executivo. 
Na verdade, ao vedar a nomeação de agentes públicos, no âmbito da Administração 
Direta e Indireta do município, condenados nos termos da Lei federal nº 
11.340/2006, a norma impugnada impôs regra geral de moralidade administrativa, 
visando dar concretude aos princípios elencados no caput do art. 37 da Constituição 
Federal, cuja aplicação independem de lei em sentido estrito e não se submetem a 
uma interpretação restritiva. 
STF. RE 1.308.883/DF, Rel. Min. Edson Fachin, decisão monocrática, julgado em 
7/04/2021. 
 
- A posterior reconciliação entre a vítima e o agressor não é fundamento suficiente 
para afastar a necessidade de fixação do valor mínimo previsto no art. 387, inciso IV, 
do CPP, seja porque não há previsão legal nesse sentido, seja porque compete à 
própria vítima decidir se irá promover a execução ou não do título executivo, sendo 
vedado ao Poder Judiciário omitir-se na aplicação da legislação processual penal que 
determina a fixação do valor mínimo em favor da ofendida. 
CPP/Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória:(...) IV - fixará valor mínimo 
para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos 
sofridos pelo ofendido; 
STJ. 6ª Turma. REsp 1819504-MS, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 10/09/2019 (Info 
657). 
 
- É irrelevante o lapso temporal da dissolução do vínculo conjugal para se firmar a 
competência do Juizados Especiais de ViolênciaDoméstica e Familiar contra a 
Mulher nos casos em que a conduta imputada como criminosa está vinculada à 
relação íntima de afeto que tiveram as partes. 
Assim, é necessário apenas que a conduta delitiva imputada esteja vinculada à 
relação íntima de afeto mantida entre as partes. 
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STJ. 5ª Turma. HC 542.828/AP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 
18/02/2020. 
 
- A medida de afastamento do local de trabalho, prevista no art. 9º, § 2º, da Lei é de 
competência do Juiz da Vara de Violência Doméstica, sendo caso de interrupção do 
contrato de trabalho, devendo a empresa arcar com os 15 primeiros dias e o INSS 
com o restante. STJ. 6ª Turma. REsp 1757775-SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, 
julgado em 20/08/2019 (Info 655). 
 
- Não se pode decretar a preventiva do autor de contravenção penal, mesmo que ele 
tenha praticado o fato no âmbito de violência doméstica e mesmo que tenha 
descumprido medida protetiva a ele imposta (STJ. 6ª Turma. HC 437535-SP, Rel. 
Min. Maria Thereza de Assis Moura, Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 
26/06/2018 (Info 632). 
 
- Em caso de ameaça por redes sociais ou pelo Whatsapp, o juízo competente para 
deferir as medidas protetivas é aquele no qual a mulher tomou conhecimento das 
intimidações. STJ. 3ª Seção. CC 156.284/PR, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 
28/02/2018. 
 
- Nos casos de violência contra a mulher praticados no âmbito doméstico e familiar, 
é possível a fixação de valor mínimo indenizatório a título de dano moral, desde que 
haja pedido expresso da acusação ou da parte ofendida, ainda que não especificada 
a quantia, e independentemente de instrução probatória. 
CPP/Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: IV - fixará valor mínimo para 
reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo 
ofendido. 
STJ. 3ª Seção. REsp 1643051-MS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 
28/02/2018 (recurso repetitivo) (Info 621). 
 
LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA 
 
Definição de ORCRIM: 
-4 ou + pessoas 
-estruturalmente ordenadas e com divisão de tarefas, ainda que informalmente 
-objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza 
-mediante a prática de infrações penas com pena superior a 4 anos ou de caráter 
transnacional 
Obs: a lei se aplica também: 
- às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando, 
iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no 
estrangeiro, ou reciprocamente; 
- às organizações terroristas, entendidas como aquelas voltadas para a prática dos 
atos de terrorismo legalmente definidos. 
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Forma equiparada: Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, 
embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa. 
 
 
Pena aumenta até a 1/2 -emprego de arma de fogo 
Pena agravada - exerce o comando, individual ou coletivo, da 
organização criminosa, ainda que não pratique 
pessoalmente atos de execução. 
 
Pena aumenta de 1/6 a 2/3 - criança ou adolescente; 
- se há concurso de funcionário público, valendo-
se a organização criminosa dessa condição para a 
prática de infração penal; 
- se o produto ou proveito da infração penal 
destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior; 
- se a organização criminosa mantém conexão 
com outras organizações criminosas 
independentes; 
- transnacionalidade da organização. 
 
A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do 
cargo, função, emprego ou mandato eletivo e e a interdição para o exercício de 
função ou cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento 
da pena. 
 
§ 8º As lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à 
disposição deverão iniciar o cumprimento da pena em estabelecimentos penais de 
segurança máxima. 
 
Acordo de colaboração premiada: 
-O recebimento da proposta para formalização de acordo de colaboração demarca o 
início das negociações e constitui também marco de confidencialidade 
-Caso não haja indeferimento sumário, as partes deverão firmar Termo de 
Confidencialidade para prosseguimento das tratativas, o que vinculará os órgãos 
envolvidos na negociação e impedirá o indeferimento posterior sem justa causa 
-Possíveis sanções premiais: 
a) perdão judicial 
b) reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade 
c) substituir a PPL por PRD 
d) se posterior à sentença: reduzir até metade da pena ou progessao de regime 
mesmo que ausentes os requisitos objetivos 
-Considerando a relevância da colaboração prestada, o Ministério Público, a 
qualquer tempo, e o delegado de polícia, nos autos do inquérito policial, com a 
 
 
26 
manifestação do Ministério Público, poderão requerer ou representar ao juiz pela 
concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda que esse benefício não tenha 
sido previsto na proposta inicial 
-O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, 
poderá ser suspenso por até 6 (seis) meses, prorrogáveis por igual período, até que 
sejam cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo-se o respectivo prazo 
prescricional. 
- Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia se a proposta de acordo de 
colaboração referir-se a infração de cuja existência não tenha prévio conhecimento 
e o colaborador: não for o líder da organização criminosa ou for o primeiro a 
prestar efetiva colaboração nos termos deste artigo. 
-juiz NÃO participa das negociações 
 
 
Ação controlada: 
-previamente COMUNICADA ao juiz. Não depende de prévia autorização 
 
Infiltração de agentes: 
-indícios de infração + prova não pode ser obtida por outro meio 
-6 meses (prazo prorrogável, se comprovada necessidade) 
 
Infiltração virtual de agentes: 
-demonstração da sua necessidade e indicados o alcance das tarefas dos policiais, os 
nomes ou apelidos das pessoas investigadas e, quando possível, os dados de 
conexão ou cadastrais que permitam a identificação dessas pessoas. 
-6 meses, prorrogáveis, desde que não ultrapasse 720 dias 
 
 
48 horas O pedido de homologação do acordo será sigilosamente 
distribuído, contendo apenas informações que não possam 
identificar o colaborador e o seu objeto 
 
24 horas As informações quanto à necessidade da operação de infiltração 
serão dirigidas diretamente ao juiz competente, que decidirá no 
prazo de 24 (vinte e quatro) horas, após manifestação do 
Ministério Público na hipótese de representação do delegado de 
polícia, devendo-se adotar as medidas necessárias para o êxito 
das investigações e a segurança do agente infiltrado 
120 dias A instrução criminal deverá ser encerrada em prazo razoável, o 
qual não poderá exceder a 120 (cento e vinte) dias quando o réu 
estiver preso, prorrogáveis em até igual período, por decisão 
fundamentada, devidamente motivada pela complexidade da 
causa ou por fato procrastinatório atribuível ao réu. 
 
 
 
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Jurisprudência: 
- A homologação de acordo de colaboração, em regra, terá que se dar perante o 
juízo competente para autorizar as medidas de produção de prova e para processar 
e julgar os fatos delituosos cometidos pelo colaborador. 
Caso a proposta de acordo aconteça entre a sentença e o julgamento pelo órgão 
recursal, a homologação ocorrerá no julgamento pelo Tribunal e constará do 
acórdão. 
STF. 2ª Turma. HC 192063/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 2/2/2021 (Info 
1004). 
- Cabe habeas corpus contra a decisão que não homologa ou que homologa apenas 
parcialmente o acordo de colaboração premiada (STF INFO 1004) 
- A colaboração premiada, como meio de obtenção de prova, não constitui critério 
de determinação, de modificação ou de concentração da competência (STF INFO 
1004) 
- Crime de embaraçar investigação previstona Lei do Crime Organizado não é 
restrito à fase do inquérito 
 
 
ECA 
Medidas em caso de prática de ato infracional: 
- advertência; 
- obrigação de reparar o dano; 
- prestação de serviços à comunidade: período não superior a 6 meses 
 - liberdade assistida: prazo mínimo de 6 meses, podendo a qualquer tempo ser 
prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o 
Ministério Público e o defensor. 
- inserção em regime de semi-liberdade; 
- internação em estabelecimento educacional: 
*Não prazo determinado. A manutenção deve ser reavaliada no máximo a cada seis 
meses. 
* Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos. 
*A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade 
*Só poderá ser aplicada quando o ato infracional for cometido mediante grave 
ameaça ou violência a pessoa, reiteração no cometimento de outras infrações 
graves ou então descumprimento reiterado e injustificável de medida anteriormente 
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imposta (nesse caso, não poderá ultrapassar 3 meses) 
- Qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI. (acolhimento institucional, 
encaminhamento aos pais mediante termo de responsabilidade, etc) 
Remissão: 
-Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o 
representante do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de 
exclusão do processo 
-A remissão não implica necessariamente o reconhecimento ou comprovação da 
responsabilidade, nem prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir 
eventualmente a aplicação de qualquer das medidas previstas em lei, exceto a 
colocação em regime de semi-liberdade e a internação. 
Apuração ato infracional: 
-flagrante de ato infracional cometido com violência ou grave ameaça. O Delegado 
deverá: 
a) lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o adolescente; 
b) apreender o produto e os instrumentos da infração; 
c) requisitar os exames ou perícias necessários à comprovação da materialidade e 
autoria da infração. 
-flagrante de ato infracional cometido sem violência ou grave ameaça: a lavratura do 
auto poderá ser substituída por boletim de ocorrência circunstanciada. 
-Se, afastada a hipótese de flagrante, houver indícios de participação de adolescente 
na prática de ato infracional, a autoridade policial encaminhará ao representante do 
Ministério Público relatório das investigações e demais documentos. 
Infiltração de agentes: 
–autorização judicial, ouvido o Ministério Público; 
–requerimento do Ministério Público ou representação de delegado de polícia e 
conterá a demonstração de sua necessidade, o alcance das tarefas dos policiais, os 
nomes ou apelidos das pessoas investigadas e, quando possível, os dados de 
conexão ou cadastrais que permitam a identificação dessas pessoas; 
– não poderá exceder o prazo de 90 (noventa) dias, sem prejuízo de eventuais 
renovações, desde que o total não exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e seja 
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demonstrada sua efetiva necessidade, a critério da autoridade judicial 
-As informações da operação de infiltração serão encaminhadas diretamente ao juiz 
responsável pela autorização da medida, que zelará por seu sigilo. 
Jurisprudência: 
-O interrogatório, na apuração de ato infracional, é o último ato da instrução. O 
direito de falar por último, de ser interrogado após as testemunhas, deve ser 
observado no procedimento para apuração de ato infracional. (STF. HC 212.693) 
-Súmula 605-STJ: A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração 
de ato infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, 
inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos. 
-Mesmo que a genitália da criança ou adolescente não esteja desnuda, é possível 
enquadrar a imagem como ‘cena de sexo explícito ou pornográfica’ para os fins do 
art. 241-E do ECA (STJ Info 729) 
 
-Em regra, não há automática consunção quando ocorrem armazenamento e 
compartilhamento de material pornográfico infanto-juvenil (INFO 666 STJ) 
 
-Juiz não pode aumentar a pena-base do crime do art. 241-A do ECA alegando que a 
conduta social ou a personalidade são desfavoráveis, sob o argumento de que o réu 
manifestou grande interesse por material pornográfico (INFO 666 STJ) 
-Se a infração penal envolveu dois adolescentes, o réu deverá ser condenado por 
dois crimes de corrupção de menores (art. 244-B do ECA) (INFO 613 STJ) 
 
LEI DE CRIMES AMBIENTAIS 
 
Penas restritivas de direito: 
a) Cabimento: 
-crime culposo 
-PPL INFERIOR a 4 anos (no CP é não superior a 4 anos) 
b) Quais são? 
- prestação de serviços à comunidade; 
- interdição temporária de direitos; 
*proibição de o condenado contratar com o Poder Público, de receber incentivos 
fiscais ou quaisquer outros benefícios bem como de participar de licitações, pelo 
prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes 
culposos. 
5 anos = crimes dolosos 
3 anos = crimes culposos 
- suspensão parcial ou total de atividades; 
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- prestação pecuniária; 
- recolhimento domiciliar. 
 
Suspensao condicional da pena: pode ser aplicada nos casos de condenação a pena 
privativa de liberdade não superior a três anos. (No CP é não superior a 2 anos) 
 
Penas aplicáveis à PJ 
a)multa; 
b)restritivas de direitos; 
- suspensão parcial ou total de atividades; 
- interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade; 
 - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, 
subvenções ou doações. (não pode exceder a 10 anos) 
c)prestação de serviços à comunidade. 
 
Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim 
de permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada 
sua liquidação forçada, seu patrimônio será considerado instrumento do crime e 
como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional. 
 
Crime de maus tratos: quando se tratar de cao ou gato, a pena é de 2 a 5 anos, ou 
seja, não é possível que o delegado arbitre fianca! 
 
-Se a ré pratica o crime de poluição qualificada e não toma providências para 
reparar o dano, entende-se que continua praticando ato ilícito em virtude da sua 
omissão, devendo, portanto, ser considerado que se trata de crime permanente 
 
-O delito previsto na primeira parte do art. 54 da Lei nº 9.605/98 possui natureza 
formal, sendo suficiente a potencialidade de dano à saúde humana para 
configuração da conduta delitiva, não se exigindo, portanto, a realização de perícia. 
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou 
possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de 
animais ou a destruição significativa da flora. Pena — reclusão, de um a quatro anos, 
e multa. 
STJ. 3ª Seção. EREsp 1417279-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 
11/04/2018 (Info 624). 
 
-O crime de edificação proibida (art. 64 da Lei 9.605/98) absorve o crime de 
destruição de vegetação (art. 48 da mesma lei) quando a conduta do agente se 
realiza com o único intento de construir em local não edificável. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1639723-PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 7/2/2017 (Info 
597). 
 
-Quando praticados no mesmo contexto fático, o delito de impedir a regeneração 
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natural da flora (art. 48 da Lei 9.605/98) configura pós-fato impunível do delito de 
construção em área não edificável sem a respectiva licença ambiental (art. 64 da Lei 
9.605/98). STJ. 6ª Turma. RHC 130.332/DF, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 
15/09/2020. 
 
-O crime previsto no art. 56, caput, da Lei nº 9.605/98é de perigo abstrato, sendo 
dispensável a produção de prova pericial para atestar a nocividade ou a 
periculosidade dos produtos transportados, bastando que estes estejam elencados 
na Resolução nº 420/2004 da ANTT. 
 
Art. 56.Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, 
transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância 
tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo 
com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
STJ. 6ª Turma.REsp 1439150-RS, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, julgado em 
05/10/2017 (Info 613). 
 
 
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