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Legislação de Turismo no Brasil

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92
Unidade II
Unidade II
5 LEGISLAÇÃO DE TURISMO
Até o momento estudamos o sistema legal brasileiro, que tem na Constituição Federal sua norma 
mais importante, e em leis organizadas na forma de códigos ou leis ordinárias, estatutos adequados 
para regular as diferentes áreas da vida em sociedade, como direito internacional, civil, empresarial, do 
consumidor, tributário, do trabalho e ambiental. Agora vamos nos dedicar especificamente ao estudo 
das leis que regem a atividade do turismo no Brasil.
Em conformidade com dados do Ministério do Turismo divulgados em 27 de setembro de 2019, o 
setor de turismo representa 8,1% do produto interno bruto (PIB) brasileiro (SANIELE, 2019). Em 2018, 
o PIB do turismo foi de US$ 152,5 bilhões, um crescimento de 3,7% em relação a 2017.
O setor emprega 6,9 milhões de pessoas em todas as diferentes áreas de atividade.
Esses números refletem a importância do setor, e para que continue crescendo e gerando riquezas 
e empregos, é preciso que a legislação seja capaz de organizar adequadamente as diferentes atividades e 
políticas a serem praticadas. Nesse sentido, o Brasil vive a expectativa de mudança da Lei Geral de 
Turismo, que é de 2008, e seu regulamento geral, que é de 2010.
No momento eles permanecem em vigor, mas já existem projetos de lei para a atualização. Vamos 
verificar todos esses aspectos nesta unidade.
A legislação de turismo no Brasil tem início na década de 1930, quando o Estado brasileiro percebeu 
que essa atividade era importante para a economia nacional e regulamentou a venda de passagens 
aéreas, marítimas e ferroviárias. Na década de 1940, nova lei tratou da regulamentação das empresas e 
agências de turismo para exigir registro prévio dessa atividade perante os órgãos de estado e garantir 
regular funcionamento. A regulação se referiu também às viagens coletivas no modelo excursão, que 
também deveriam ser previamente autorizadas pelo governo.
Em 1958, foi criada a Comissão Brasileira de Turismo (Combratur), à qual foi atribuída a função de 
planejamento da atividade do turismo nacional. Em 1966, foi criado o sistema nacional de turismo. 
Também foram criados o Conselho Nacional de Turismo (CNT) e a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur). 
A Embratur cabia organizar e estimular as atividades de turismo no Brasil, seguindo diretrizes do CNT 
e com recursos econômicos do fundo geral de turismo (Fungetur), que foi implantado em 1971, e, em 
1974, do fundo de investimento setorial do turismo.
Em 1977, foi criada nova lei para atividades e serviços turísticos com a fixação de parâmetros para seu 
funcionamento e fiscalização, a Lei n. 6.505. Além disso, no mesmo ano a Lei n. 6.513 criou nova política 
93
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
estatal para a conservação do patrimônio natural e cultural com valor turístico, de forma que o Brasil 
se tornasse alinhado às determinações oriundas da Convenção do Patrimônio Mundial, da Organização 
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que havia sido realizada em 1972.
Em 1974, foi criada a OMT, cuja sede está localizada em Madri, na Espanha, e que é um órgão 
da ONU, para ser um fórum para tratar as questões das políticas turísticas mundiais com objetivo 
de promover e desenvolver turismo sustentável, responsável e acessível mundialmente. Há especial 
atenção da OMT para o turismo em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. Na atualidade, 
a OMT tem 159 países-membros que participam de suas assembleias e encontros.
A OMT apresenta cinco pilares sobre os quais sua visão de administração está sustentada:
•	 Tornar o turismo mais inteligente, comemorando a inovação e liderando a transformação 
digital do setor.
•	 Tornar o turismo mais competitivo em todos os níveis, promovendo investimentos e o 
empreendedorismo.
•	 Criar mais e melhores empregos e fornecer treinamento relevante.
•	 Construir resiliência e promover viagens seguras e perfeitas.
•	 Aproveitar o potencial único do turismo para proteger o patrimônio cultural e natural e apoiar as 
comunidades tanto econômica quanto socialmente.
No Brasil, a década de 1980 foi marcada pela aprovação de vários textos legais – decretos e 
regimentos – que organizaram os meios de hospedagem de turismo, os restaurantes e acampamentos 
turísticos, e as atividades e serviços de agências de turismo, com especial interesse para as formas de 
registro e funcionamento dessas organizações. Ainda na mesma década foram regulamentadas por 
decreto as empresas de organização de congressos, seminários, convenções e eventos dessa natureza.
Em 1988, a Constituição Federal adotou como princípios da ordem econômica a livre-iniciativa 
e a livre concorrência, dando início a uma fase de maior liberdade para as atividades econômicas 
em geral, incluídas as de turismo. A Constituição Federal também deu ao turismo uma nova 
funcionalidade, conforme está expresso no art. 180 dessa lei: “Art. 180. A União, os estados, o Distrito 
Federal e os municípios promoverão e incentivarão o turismo como fator de desenvolvimento social e 
econômico” (BRASIL, 1988).
Associar o turismo a um elemento de desenvolvimento social e econômico dimensiona a relevância 
que o tema possui para o Estado brasileiro, que vislumbra nas atividades do setor de turismo a 
possibilidade de concretizar os objetivos da nação, seja pela geração de empregos e recolhimento de 
tributos, seja pela possibilidade educativa e cultural que as atividades de turismo propiciam.
94
Unidade II
Em 1991, a Lei n. 8.181 mudou o nome da Embratur para Instituto Brasileiro de Turismo e estabeleceu 
que ela estaria vinculada com a Secretaria do Desenvolvimento Regional da Presidência da República. 
E, em 1993, foi criada pela Lei n. 8.623 a profissão de guia de turismo, regulamentada no mesmo ano 
pelo Decreto n. 946, que definiu guia de turismo e suas atribuições, como veremos neste livro-texto.
Em 2003, foi criado o Ministério do Turismo, órgão com o dever de cuidar da promoção e do apoio 
à comercialização dos produtos turísticos do Brasil em especial no exterior. O Ministério do Turismo tem 
estrutura organizada da seguinte forma:
•	 Secretaria Nacional de Estruturação do Turismo: com foco na infraestrutura turística 
e no planejamento, ordenamento, estruturação e gestão das regiões turísticas do Mapa do 
turismo brasileiro.
•	 Secretaria Nacional de Desenvolvimento e Competitividade: voltada para a promoção 
de eventos, produtos, regulação e qualificação do turismo, atribuindo a essas temáticas 
responsabilidade e conformidade com o meio ambiente.
•	 Secretaria Nacional de Integração Interinstitucional: que tem como objetivo articular 
políticas e ações integradas, definindo áreas especiais de interesse turístico e promovendo a 
gestão integrada do patrimônio mundial cultural e natural no Brasil.
Segundo o Ministério do Turismo, Mapa do turismo brasileiro é:
 
um instrumento de orientação para a atuação do Ministério do Turismo 
no desenvolvimento de políticas públicas, tendo como foco a gestão, 
a estruturação e promoção do turismo, de forma regionalizada e 
descentralizada. A construção do mapa é feita em conjunto com órgãos 
oficiais de turismo dos estados brasileiros e atualizada periodicamente 
(BRASIL, 2016).
 Saiba mais
A última versão do Mapa do Turismo Brasileiro é de 2016 e está 
disponível no portal do Ministério da Justiça:
BRASIL. Ministério do Turismo. Mapa do turismo brasileiro. Brasília: 
Ministério do Turismo, 2016. Disponível em: http://www.turismo.gov.br/images/
pdf/mapa_turismo_brasileiro_jul_2016.pdf. Acesso em: 28 set. 2020.
95
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
Figura 16 
O que são políticas públicas? Segundo Maria Paula Dallari Bucci (2006, p. 241):
 
Políticas públicas são programas de ação governamental visando a coordenar 
os meios à disposição do Estado e as atividades privadas, para realização 
de objetivos socialmente relevantes e politicamente determinados. Políticas 
públicas são “metascoletivas e conscientes” e, como tais, um problema de 
direito público, em sentido lato.
E acrescenta a mesma autora:
 
A função de governar – o uso do poder coativo do Estado a serviço da 
coesão social – é o núcleo da ideia de política pública, redirecionando o eixo 
de organização do governo da lei para as políticas (BUCCI, 2006, p. 241).
96
Unidade II
Assim, o Mapa do turismo brasileiro é um programa de ação do governo federal para o desenvolvimento 
do turismo nas diferentes regiões do país, de forma a respeitar e impulsionar o potencial de cada uma 
delas para atrair os diferentes tipos de turista nacionais e internacionais.
Em novembro de 2019, a Medida Provisória n. 907 tornou a Embratur a Agência Brasileira de 
Promoção Internacional do Turismo. Atualmente, a Embratur é definida como:
 
A Embratur – Instituto Brasileiro de Turismo – é a autarquia especial do 
Ministério do Turismo responsável pela execução da política nacional 
de turismo no que diz respeito à promoção, ao marketing e ao apoio à 
comercialização dos destinos, serviços e produtos turísticos brasileiros no 
mercado internacional (BRASIL, [s.d.]c).
Eventos de grande repercussão internacional ocorridos no Brasil, como a Rio+20 em 2012, a Copa 
do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, propiciaram grande visibilidade para o país e aguçaram o 
interesse dos estrangeiros para o turismo no país.
Figura 17 
6 LEI GERAL DO TURISMO
Em 17 de setembro de 2008, foi aprovada a Lei n. 11.771, que é conhecida como Lei Geral do Turismo.
 Observação
É preciso ficar atento, porque se encontra no Congresso Nacional o 
Projeto de Lei n. 1.829, que tem por objetivo atualizar a Lei n. 11.771 e que, 
atualmente, está no Senado Federal, para ser debatido e votado, tendo como 
relator o senador Randolfe Rodrigues. É muito importante acompanhar 
o desenrolar desse projeto de lei que pretende modificar a legislação de 
turismo brasileira, em especial para atualizar a lei atualmente em vigor.
97
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
 Saiba mais
O acompanhamento do Projeto de Lei n. 1.829 pode ser feito diretamente 
no portal do Senado Federal:
BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei n. 1.829, de 2019. 
Brasília, 2019. Disponível em: https://www25.senado.leg.br/web/atividade/
materias/-/materia/136000. Acesso em: 28 set. 2020.
A lei atualmente em vigor, Lei n. 11.771/2008, dispõe sobre a política nacional de turismo e define as 
atribuições do governo federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo do setor turístico.
Além de tratar da política, do plano e do sistema nacional de turismo, a lei regula as atividades de 
fomento à atividade turística e os prestadores de serviços turísticos. Vamos entender como cada um 
desses pontos foi abordado pela legislação.
6.1 Política nacional de turismo
Uma política é um conjunto de propostas que serão adotadas por um determinado agente – político 
ou econômico – para alcançar resultados que foram escolhidos como desejados. Quase sempre as 
políticas constituem uma visão geral que depois será detalhada em um plano de ação e executado por 
diferentes pessoas previamente designadas. Uma política define normas, diretrizes e procedimentos que 
deverão ser adotados para que os resultados sejam obtidos.
Antes de estabelecer os pontos fundamentais da política nacional de turismo, a Lei n. 11.771/2008 
define turismo como: “as atividades realizadas por pessoas físicas durante viagens e estadas em lugares 
diferentes do seu entorno habitual, por um período inferior a 1 (um) ano, com finalidade de lazer, 
negócios ou outras” (BRASIL, 2008).
Determina ainda que as viagens definidas como turísticas devem gerar movimentação econômica, 
trabalho, emprego, renda e receitas públicas, constituindo-se instrumento de desenvolvimento 
econômico e social, promoção e diversidade cultural e preservação da biodiversidade.
A partir dessa definição de turismo, a lei determina que a política nacional de turismo terá por objetivos:
•	 Democratizar e propiciar o acesso ao turismo no país a todos os segmentos populacionais, 
contribuindo para a elevação do bem-estar geral. Esse objetivo está em consonância com a 
Constituição Federal brasileira, que determina que um dos objetivos da República Federativa do 
Brasil é a construção de uma sociedade livre, justa e solidária que diminua as desigualdades 
sociais e regionais.
98
Unidade II
•	 Reduzir as disparidades sociais e econômicas de ordem regional, promovendo a inclusão social 
pelo crescimento da oferta de trabalho e melhor distribuição de renda. A Constituição Federal 
brasileira expressa esses objetivos e também adota por princípio a liberdade de iniciativa e de livre 
concorrência como forma de desenvolvimento das atividades econômicas privadas com geração 
de emprego, renda e recolhimento de tributos.
•	 Ampliar os fluxos turísticos, a permanência e o gasto médio dos turistas nacionais e estrangeiros 
no país, mediante a promoção e o apoio ao desenvolvimento do produto turístico brasileiro.
•	 Estimular a criação, a consolidação e a difusão dos produtos e destinos turísticos brasileiros, com 
vistas a atrair turistas nacionais e estrangeiros, diversificando os fluxos entre as unidades da 
Federação e buscando beneficiar, especialmente, as regiões de menor nível de desenvolvimento 
econômico e social. É preciso criar condições satisfatórias para o desenvolvimento da atividade de 
turismo, porque não basta apenas que existam lugares agradáveis ou de beleza natural. Necessário 
que seja desenvolvida a estrutura para acolhimento de turistas nacionais e estrangeiros e, em 
regiões de menor desenvolvimento econômico e social, essa estrutura demanda a existência de 
investimentos públicos e privados que sejam destinados a essa finalidade.
•	 Propiciar o suporte a programas estratégicos de captação e apoio à realização de feiras e exposições 
de negócios, viagens de incentivo, congressos e eventos nacionais e internacionais. Esses eventos 
acontecem no mundo e no Brasil com bastante frequência e é necessário captá-los para que sejam 
realizados em áreas turísticas ou que por meio deles se possa desenvolver atividades de turismo.
•	 Promover, descentralizar e regionalizar o turismo, estimulando estados, Distrito Federal e 
municípios a planejar, em seus territórios, as atividades turísticas de forma sustentável e segura, 
inclusive entre si, com o envolvimento e a efetiva participação das comunidades receptoras nos 
benefícios advindos da atividade econômica.
•	 Criar e implantar empreendimentos destinados às atividades de expressão cultural, de animação 
turística, entretenimento e lazer e de outros atrativos com capacidade de retenção e prolongamento 
do tempo de permanência dos turistas nas localidades. São muitas as possibilidades que podem 
reter o turista por mais tempo em um determinado destino, como casas de espetáculo que 
privilegiem a cultura local ou regional, parques para prática de esportes, centros de artesanato etc.
•	 Propiciar a prática de turismo sustentável nas áreas naturais, promovendo a atividade como 
veículo de educação e interpretação ambiental e incentivando a adoção de condutas e práticas 
de mínimo impacto compatíveis com a conservação do meio ambiente natural. O turismo não 
é apenas uma atividade de lazer para quem o realiza ou atividade profissional para quem o 
organiza. É excelente oportunidade de veiculação de conhecimentos educativos, em especial para 
a construção da cultura de preservação do meio ambiente e da sustentabilidade.
•	 Preservar a identidade cultural das comunidades e populações tradicionais eventualmente 
afetadas pela atividade turística. O turismo tem papel fundamental na difusão e preservação 
cultural, e com esse objetivo deve ser exercido.
99
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
•	 Prevenir e combater as atividades turísticas relacionadas aos abusos de natureza sexual e outras 
que afetem a dignidade humana, respeitadas as competências dos diversos órgãos governamentaisenvolvidos. Este é um dos aspectos mais relevantes da política nacional de turismo: prevenir e 
combater todas as atividades turísticas que possam incitar práticas que ofendam a dignidade humana, 
a proteção de crianças e adolescentes e abusos de natureza sexual.
•	 Desenvolver, ordenar e promover os diversos segmentos turísticos. Um país com tanta diversidade 
cultural, geográfica e socioeconômica tem inúmeros segmentos turísticos que podem ser 
desenvolvidos desde que isso seja feito de forma organizada.
•	 Implementar o inventário do patrimônio turístico nacional, atualizando-o regularmente.
•	 Propiciar os recursos necessários para investimentos e aproveitamento do espaço turístico 
nacional de forma a permitir a ampliação, a diversificação, a modernização e a segurança dos 
equipamentos e serviços turísticos, adequando-os às preferências da demanda e, também, às 
características ambientais e socioeconômicas regionais existentes. É preciso que cada região ou 
cada espaço turístico apresente projetos que possam viabilizar investimentos para desenvolvimento 
da atividade turística de forma organizada e eficiente.
•	 Aumentar e diversificar linhas de financiamentos para empreendimentos turísticos e para 
o desenvolvimento das pequenas e microempresas do setor pelos bancos e agências de 
desenvolvimento oficiais. O turismo é atividade que pode ser exercida por grandes grupos e 
conglomerados econômicos, assim como por pequenas e microempresas, em diferentes segmentos 
da atividade. Todos devem ter acesso a linhas de crédito para obter os recursos necessários para o 
progresso de suas atividades.
•	 Contribuir para o alcance de política tributária justa e equânime, nas esferas federal, estadual, 
distrital e municipal, para as diversas entidades componentes da cadeia produtiva do turismo. 
Novamente aqui a carga tributária praticada no Brasil é uma questão que pode impedir o 
desenvolvimento de atividades econômicas, razão pela qual a política nacional de turismo leva 
em conta a necessidade de adequar a política tributária a critérios de equilíbrio com objetivo de 
garantir a atividade econômica e social, sem perder de vista a necessidade de recolhimento de 
tributos para financiamento das atividades de responsabilidade do Estado.
•	 Promover a integração do setor privado como agente complementar de financiamento em 
infraestrutura e serviços públicos necessários ao desenvolvimento turístico. Os setores público e 
privado podem e devem atuar juntos na promoção e no financiamento dos projetos de turismo.
•	 Propiciar a competitividade do setor por meio da melhoria da qualidade, eficiência e segurança 
na prestação dos serviços, da busca da originalidade e do aumento da produtividade dos agentes 
públicos e empreendedores turísticos privados.
•	 Estabelecer padrões e normas de qualidade, eficiência e segurança na prestação de serviços por 
parte dos operadores, empreendimentos e equipamentos turísticos. A atividade de turismo precisa 
100
Unidade II
oferecer qualidade, eficiência e segurança para que os turistas tenham experiências positivas que 
possam ser compartilhadas com outros. Para isso, todos os envolvidos nas atividades de turismo 
devem agir juntos, atendendo as mesmas regras que garantam bons resultados.
•	 Promover a formação, o aperfeiçoamento, a qualificação e a capacitação de recursos humanos 
para a área do turismo, bem como a implementação de políticas que viabilizem a colocação 
profissional no mercado de trabalho. Turismo é atividade para ser desenvolvida por profissionais 
em suas diferentes áreas, com formação e capacitação adequadas para que o trabalho seja 
eficiente e de qualidade.
•	 Implementar a produção, a sistematização e o intercâmbio de dados estatísticos e informações 
relativas às atividades e aos empreendimentos turísticos instalados no país, integrando as 
universidades e os institutos de pesquisa públicos e privados na análise desses dados, na busca da 
melhoria da qualidade e credibilidade dos relatórios estatísticos sobre o setor turístico brasileiro. 
Hoje sabemos que todas as atividades que quiserem alcançar bons resultados deverão construir 
programas de gestão a partir de dados, em especial de dados estatísticos que permitam realizar 
planejamento de projetos e execução com segurança. Para isso, é preciso integrar diferentes 
sistemas que façam captação e tratamento de dados para que eles possam ser confiáveis e 
utilizados de forma eficiente.
Repare que os objetivos da política nacional de turismo, no Brasil, são amplos e diversificados. Para 
que esses objetivos possam ser concretizados, o governo elabora um plano nacional de turismo (PNT), 
que tem por base os objetivos da política nacional de turismo.
Em 11 de abril de 2019, o Decreto n. 9.763 regulamentou o disposto no inciso XI do caput do 
art. 5º da Lei n. 11.771/2008, que dispõe sobre a política nacional de turismo no Brasil, com vistas a 
desenvolver, ordenar e promover segmentos turísticos relacionados com o patrimônio mundial cultural 
e natural do Brasil.
Para adequar a legislação brasileira às determinações da Unesco referentes à classificação de 
patrimônio mundial, o Decreto n. 9.763/2019 definiu e classificou:
 
I – Sítios do Patrimônio Mundial Cultural:
a) monumentos – obras arquitetônicas, de escultura ou de pintura 
monumentais, elementos de estruturas de caráter arqueológico, inscrições, 
grutas e grupos de elementos com valor universal excepcional do ponto de 
vista da história, da arte ou da ciência;
b) conjuntos – grupos de construções isoladas ou reunidas que, em 
virtude da sua arquitetura, unidade ou integração na paisagem tenham 
valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte 
ou da ciência; e
101
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
c) locais de interesse – obras do homem ou obras conjugadas do homem 
e da natureza, e as zonas, incluídos lugares arqueológicos, que tenham 
valor universal excepcional do ponto de vista histórico, estético, etnológico 
ou antropológico.
II – Sítios do Patrimônio Mundial Natural:
a) monumentos naturais constituídos por formações físicas e biológicas ou 
por grupos de tais formações com valor universal excepcional do ponto de 
vista estético ou científico;
b) formações geológicas e fisiográficas e áreas nitidamente delimitadas que 
constituam o habitat de espécies animais e vegetais ameaçadas e que tenham 
valor universal excepcional do ponto de vista da ciência ou da conservação; e
c) locais de interesse naturais ou zonas naturais nitidamente delimitadas, 
que tenham valor universal excepcional do ponto de vista da ciência, da 
conservação ou da beleza natural.
Parágrafo único. Os sítios mistos correspondem àqueles que possuem valores 
tanto culturais como naturais, que podem ensejar um território conciso 
ou vasto segundo os critérios de reconhecimento e de sua delimitação 
decorrente [...] (BRASIL, 2019b).
O Decreto n. 9.763/2019 também atualizou e adotou importantes definições para o trabalho do 
gestor de turismo, que precisam ser conhecidas. Vamos conhecê-las:
 
I – turismo – conjunto de atividades realizadas por pessoas físicas durante 
viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno habitual, por um 
período inferior a um ano, com finalidade de lazer, negócios ou outras;
II – segmentação turística – forma de organizar o turismo para fins de 
planejamento, gestão e mercado, de modo que os segmentos turísticos 
possam ser estabelecidos a partir dos elementos de identidade da oferta e 
também das características e variáveis da demanda;
III – produto turístico – conjunto de atrativos, equipamentos e serviços 
turísticos acrescidos de facilidades, ofertado de forma organizada por um 
determinado preço;
IV – serviços turísticos – conjunto de serviços indispensáveis ao 
desenvolvimento da atividade turística e em função desta, que compreenda 
os serviços de hospedagem, de alimentação, de agenciamento, de transportes 
para eventos, de lazer, entre outros;
102
Unidade IIV – atrativos turísticos – locais, objetos, equipamentos, pessoas, fenômenos, 
eventos ou manifestações capazes de motivar o deslocamento de pessoas 
para conhecê-los, sejam naturais ou culturais, de atividades econômicas, de 
eventos programados e de realizações técnicas, científicas e artísticas;
VI – destinos patrimoniais – destinos turísticos definidos em função de seu 
patrimônio, seja cultural, natural ou misto, como motivação central para 
o turismo, e uma via para o aprendizado, para o conhecimento, para o 
entretenimento e para a experiência;
VII – cidades históricas – sítios urbanos reconhecidos e identificados por 
sua história e que contribuem para o conhecimento e entendimento do 
processo civilizador de determinada sociedade, sendo por ela ou pelo poder 
público valorizados;
VIII – centros de interpretação turística – espaço de acolhimento e recepção 
de turistas e de visitantes, com informações diversas sobre o sítio e seus 
valores preservados que, a partir de uma experiência sensorial, os auxiliam 
a vivenciar a história do lugar e compreender as suas características e o seu 
valor universal e excepcional, além de inteirar-se sobre a oferta cultural e 
natural existente na localidade onde o sítio se encontra, e sobre os produtos 
e serviços turísticos associados aos atrativos patrimoniais existentes;
IX – turismo de base comunitária – modelo de gestão da visitação 
protagonizado pela comunidade, que gera benefícios coletivos, promove a 
vivência intercultural, a qualidade de vida, a valorização da história e da 
cultura dessas populações e a utilização sustentável para fins recreativos e 
educativos, dos recursos da unidade de conservação;
X – povos e comunidades tradicionais – grupos culturalmente diferenciados e 
que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização 
social, ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para 
sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, e utilizam 
conhecimentos, inovações e práticas geradas e transmitidas por tradição;
XI – plano de negócio – documento com informações detalhadas sobre o 
ramo, os produtos e os serviços oferecidos, e possíveis clientes, concorrentes, 
fornecedores e, principalmente, sobre os pontos fortes e fracos do negócio, 
a fim de contribuir para a identificação da viabilidade da ideia e da 
gestão do negócio; e
XII – gestão turística – ação e efeito de gerir a atividade turística 
(BRASIL, 2019b).
103
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
Figura 18 – Vista parcial da cidade de Ouro Preto, Minas Gerais, patrimônio histórico da humanidade desde 1980
Figura 19 – Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Portugal, patrimônio cultural da humanidade desde 2013
 Saiba mais
Além do patrimônio cultural material, a Unesco também elege patrimônio 
cultural imaterial ou intangível. Conheça mais sobre esse assunto em:
UNESCO. Patrimônio mundial no Brasil. [s.d.]. Disponível em: https://
pt.unesco.org/fieldoffice/brasilia/expertise/world-heritage-brazil. 
Acesso em: 28 set. 2020.
104
Unidade II
O Decreto n. 9.763/2019 estabelece ainda os objetivos da gestão turística do patrimônio mundial, 
conforme art. 5º. Entre esses objetivos destacam-se:
 
I – apoiar a preservação e a promoção dos sítios do patrimônio mundial;
II – proporcionar o acesso da sociedade aos sítios do patrimônio mundial;
III – valorizar e fomentar o turismo, de forma sustentável, nos patrimônios 
mundiais, e aprimorar sua gestão turística;
IV – difundir os valores universais excepcionais dos sítios do patrimônio 
mundial por meio da gestão turística sustentável;
V – estimular o desenvolvimento e a implantação de produtos e serviços 
turísticos associados aos patrimônios mundiais, de forma sustentável, com 
vistas a incrementar a experiência dos turistas e visitantes;
VI – estimular a integração do setor privado como agente complementar de 
financiamento em infraestrutura e serviços necessários ao desenvolvimento 
turístico relacionados com os sítios declarados patrimônios mundiais;
VII – propiciar a competitividade do setor turístico por meio da ampliação e 
do aprimoramento da oferta de produtos e de serviços turísticos associados 
aos patrimônios mundiais, como destinos patrimoniais de primeira ordem;
VIII – garantir agenda de convergência entre cultura, meio ambiente, 
desenvolvimento urbano e de turismo, a fim de alcançar os objetivos do 
desenvolvimento sustentável; e
IX – valorizar o conhecimento de povos e comunidades tradicionais e de 
populações locais, e estimular o desenvolvimento de produtos e serviços a 
estes associados ou por estes ofertados, a fim de privilegiar a implementação 
do turismo de base comunitária, sempre que possível (BRASIL, 2019b).
Para que esses objetivos possam ser concretizados, o decreto fixa as seguintes diretrizes a 
serem alcançadas:
 
I – parcerias interdisciplinares entre as esferas de governo, com vistas ao 
melhor aproveitamento e ordenamento turístico dos patrimônios mundiais;
II – descentralização da gestão turística dos patrimônios mundiais, 
por meio do incentivo ao programa de regionalização do turismo, de 
forma a implementar ações coordenadas e integradas entre iniciativas 
governamentais, do setor privado e da comunidade;
105
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
III – estruturação de destinos para conferir-lhes competitividade no âmbito 
da atividade turística no país;
IV – desenvolvimento sustentável nas dimensões econômica, social, cultural, 
urbana e ambiental, por meio da prática do turismo responsável, de maneira 
a garantir a preservação do patrimônio mundial, a integridade das comunidades 
visitadas e a observação ao Código de Ética Mundial para o Turismo;
V – inovação e tecnologia, com vistas a ampliar o acesso, o conhecimento 
e a apropriação dos recursos culturais e naturais pela sociedade no 
desenvolvimento da atividade turística; e
VI – participação social e o respeito à cultura dos povos e comunidades 
tradicionais (BRASIL, 2019b).
Todas essas medidas precisam ser planejadas, implementadas e gerenciadas por profissionais que 
conheçam a área de turismo, razão pela qual se torna tão importante a formação em gestão de turismo.
Vamos conhecer agora como o PNT funciona.
6.2 Plano nacional de turismo (PNT)
A Lei n. 11.771/2008 estabelece, em seu art. 6º, um plano nacional de turismo (PNT), que o Ministério 
do Turismo tem incumbência de apresentar após ouvir as áreas públicas e privadas interessadas na 
atividade de turismo.
O PNT terá suas metas e programas revistos a cada quatro anos ou sempre que necessário para ordenar 
ações e recursos do setor público para o desenvolvimento do turismo, respeitado o interesse público.
O PNT deverá ser aprovado pela presidência da República e terá o intuito de promover:
 
I – a política de crédito para o setor, nela incluídos agentes financeiros, 
linhas de financiamento e custo financeiro;
II – a boa imagem do produto turístico brasileiro no mercado nacional 
e internacional;
III – a vinda de turistas estrangeiros e a movimentação de turistas no 
mercado interno;
IV – maior aporte de divisas ao balanço de pagamentos;
V – a incorporação de segmentos especiais de demanda ao mercado interno, 
em especial os idosos, os jovens e as pessoas portadoras de deficiência 
106
Unidade II
ou com mobilidade reduzida, pelo incentivo a programas de descontos e 
facilitação de deslocamentos, hospedagem e fruição dos produtos turísticos 
em geral e campanhas institucionais de promoção;
VI – a proteção do meio ambiente, da biodiversidade e do patrimônio cultural 
de interesse turístico;
VII – a atenuação de passivos socioambientais eventualmente provocados 
pela atividade turística;
VIII – o estímulo ao turismo responsável praticado em áreas naturais 
protegidas ou não;
IX – a orientação às ações do setor privado, fornecendo aos agentes 
econômicos subsídios para planejar e executar suas atividades; e
X – a informação da sociedade e do cidadão sobrea importância econômica 
e social do turismo (BRASIL, 2008).
Para aferir se os resultados do PNT estão sendo alcançados e para poder agir com eficiência, 
o Ministério Público em parceria com outros órgãos integrantes do sistema nacional de turismo, deverá 
publicar, todos os anos, relatório, estatísticas e balanços que consolidem dados e informações sobre:
•	 Movimento turístico receptivo e emissivo.
•	 Atividades turísticas e seus efeitos sobre o balanço de pagamentos.
•	 Efeitos econômicos e sociais advindos da atividade turística.
O PNT atualmente em vigor no Brasil foi elaborado para o período de 2018 a 2022 e será 
tratado mais adiante.
 Observação
Existiram outros PNTs anteriores a este atual. Verifique no portal do 
Ministério do Turismo aspectos relevantes de planos anteriores e os 
compare com o atual.
6.3 Sistema nacional de turismo
A Lei n. 11.771/2008 determina que o sistema nacional de turismo, no Brasil, é composto pelos 
seguintes órgãos e entidades:
107
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
•	 Ministério do Turismo.
•	 Embratur.
•	 CNT.
•	 Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur).
O órgão central do sistema é o Ministério do Turismo, e foi criado pela lei um Comitê Interministerial 
de Facilitação Turística, que tem por finalidade compatibilizar a execução da política nacional de turismo 
e as metas do PNT com as demais políticas públicas, de forma a integrar os diferentes planos, programas e 
projetos das diversas áreas do governo federal.
A complexidade das ações de governo em um país como o Brasil obriga a criação de entidades 
facilitadoras que viabilizem formas de integração entre os ministérios, secretarias de governo federal e 
todos os entes políticos dos estados federativos e das regiões.
O sistema nacional de turismo deve trabalhar com o objetivo de promover o desenvolvimento das 
atividades turísticas, de forma sustentável, a partir da coordenação e integração das iniciativas oficiais 
com as do setor produtivo. Esse objetivo geral fixado pela lei deve ser concretizado de modo a:
•	 Atingir as metas do PNT.
•	 Estimular a integração dos diversos segmentos do setor, atuando em regime de cooperação com 
os órgãos públicos, entidades de classe e associações representativas voltadas à atividade turística.
•	 Promover a regionalização do turismo, mediante o incentivo à criação de organismos autônomos 
e de leis facilitadoras do desenvolvimento do setor, descentralizando sua gestão.
•	 Promover a melhoria da qualidade dos serviços turísticos prestados no país.
Para que esses objetivos sejam alcançados e para que as diferentes entidades que compõem o sistema 
tenham eficiência em suas realizações, a lei determina que elas deverão orientar suas ações para:
 
I – definir os critérios que permitam caracterizar as atividades turísticas e 
dar homogeneidade à terminologia específica do setor;
II – promover os levantamentos necessários ao inventário da oferta turística 
nacional e ao estudo de demanda turística, nacional e internacional, 
com vistas em estabelecer parâmetros que orientem a elaboração e 
execução do PNT;
III – proceder a estudos e diligências voltados à quantificação, 
caracterização e regulamentação das ocupações e atividades, no âmbito 
108
Unidade II
gerencial e operacional, do setor turístico e à demanda e oferta de pessoal 
qualificado para o turismo;
IV – articular, perante os órgãos competentes, a promoção, o planejamento e 
a execução de obras de infraestrutura, tendo em vista o seu aproveitamento 
para finalidades turísticas;
V – promover o intercâmbio com entidades nacionais e internacionais 
vinculadas direta ou indiretamente ao turismo;
VI – propor o tombamento e a desapropriação por interesse social de bens 
móveis e imóveis, monumentos naturais, sítios ou paisagens cuja conservação 
seja de interesse público, dado seu valor cultural e de potencial turístico;
VII – propor aos órgãos ambientais competentes a criação de unidades 
de conservação, considerando áreas de grande beleza cênica e interesse 
turístico; e
VIII – implantar sinalização turística de caráter informativo, educativo e, 
quando necessário, restritivo, utilizando linguagem visual padronizada 
nacionalmente, observados os indicadores de sinalização turística utilizados 
pela Organização Mundial de Turismo (BRASIL, 2008).
Repare o quanto a lei é detalhista e fixa regras e diretrizes para que os objetivos do PNT sejam 
atendidos e com resultados eficientes. O gestor de turismo precisa conhecer muito bem todos esses 
aspectos para que o planejamento e as ações a serem executadas estejam em consonância com os 
propósitos da lei, e organizadas em interação e cooperação com outras entidades públicas e privadas 
para que todos trabalhem de forma conjunta, a fim de que os melhores resultados sejam alcançados 
com menos custos e mais eficiência.
6.4 Suporte financeiro às atividades turísticas
A Lei n.11.771/2008 determina de onde virão os recursos financeiros que darão suporte ao setor 
turístico. Em conformidade com a lei, os recursos serão canalizados a partir:
•	 Da Lei Orçamentária Anual, alocada ao Ministério do Turismo e à Embratur.
•	 Do Fungetur.
•	 De linhas de crédito de bancos e instituições federais.
•	 De agências de fomento ao desenvolvimento regional.
•	 De alocação pelos estados, Distrito Federal e municípios.
109
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
•	 De organismos e entidades nacionais e internacionais.
•	 Da securitização de recebíveis originários de operações de prestação de serviços turísticos, por 
meio da utilização de fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC) e de fundos de 
investimento em cotas de fundos de investimento em direitos creditórios (FICFIDC), observadas as 
normas do Conselho Monetário Nacional (CMN) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Determina a lei, ainda, que o poder público federal poderá viabilizar a criação de mecanismos de 
investimentos privados para o setor turístico, solução muito utilizada em várias outras áreas de atividades 
públicas e que se tornam possíveis por meio de concessões para exploração de serviços públicos (administração 
de parques, por exemplo) ou por parcerias público-privadas. Na atualidade a participação conjunta do setor 
público e privado é usual e pode ser monitorada por meio de instrumentos de governança corporativa que 
garantem a transparência e as boas práticas de gestão.
O Fungetur tem por objeto o financiamento, o apoio ou a participação financeira em planos, projetos, 
ações e empreendimentos reconhecidos pelo Ministério do Turismo como de interesse turístico. O aporte 
financeiro do Fungetur será feito apenas nos casos em que o interesse turístico esteja em consonância com 
a política nacional de turismo e com as metas traçadas no PNT.
6.5 Prestadores de serviços turísticos
A Lei n. 11.771/2008 (Lei Geral de Turismo) regulamenta, ainda, os prestadores de serviços turísticos. 
Ela define que serão considerados prestadores de serviços turísticos as sociedades empresárias, as 
sociedades simples, os empresários individuais e os serviços sociais autônomos que prestem serviços 
turísticos remunerados e que exerçam atividades econômicas relacionadas à cadeia produtiva do turismo.
O art. 21 da Lei n. 11.771/2008 elenca como atividades econômicas relacionadas à cadeia 
produtiva de turismo:
•	 Meios de hospedagem.
•	 Agências de turismo.
•	 Transportadoras turísticas.
•	 Organizadoras de eventos.
•	 Parques temáticos.
•	 Acampamentos turísticos.
A mesma lei determina que poderão ser cadastradas no Ministério do Turismo as sociedades 
empresárias (empresas) que prestem serviços de:
110
Unidade II
• Restaurantes, cafeterias, bares e similares.
• Centros ou locais destinados a convenções e/ou feiras e a exposições e similares.
• Parques temáticos aquáticos e empreendimentos dotados de equipamentos de entretenimento 
e lazer.
• Marinas e empreendimentos de apoio ao turismo náuticoou à pesca desportiva.
• Casas de espetáculos e equipamentos de animação turística.
• Organizadores, promotores e prestadores de serviços de infraestrutura, locação de equipamentos 
e montadoras de feiras de negócios, exposições e eventos.
• Locadoras de veículos para turistas.
• Prestadores de serviços especializados na realização e promoção das diversas modalidades dos 
segmentos turísticos, inclusive atrações turísticas e empresas de planejamento, bem como a 
prática de suas atividades.
É importante destacar que o art. 22 da Lei n. 11.771/2008 obriga todos os prestadores de serviços 
turísticos a se cadastrarem no Ministério do Turismo, nas condições em que a lei determina e em 
conformidade com sua regulamentação, que foi feita pelo Decreto n. 7.381/2010. Cada prestador 
cadastrado comprovará sua condição com o recebimento de um certificado emitido pelo Ministério 
do Turismo. O cadastro terá validade de dois anos contados da data da emissão do certificado e 
somente prestadores de serviços turísticos devidamente cadastrados poderão operar regularmente no 
mercado nacional.
7 REGULAMENTOS DECORRENTES DA LEI GERAL DO TURISMO
Como o próprio nome indica, a lei do turismo é geral, ou seja, trata de vários aspectos relevantes para 
organização da atividade de turismo no Brasil, porém nem todos podem ser abordados com a especificidade 
necessária, por isso foram criados regulamentos que cuidam do detalhamento de cada tema.
Neste momento, temos três regulamentos importantes que tratam de aspectos da Lei n. 11.771/2008 
(Lei Geral do Turismo), que precisam ser analisados. Outros poderão surgir ao longo do tempo e conforme 
as necessidades próprias do desenvolvimento da atividade de turismo, e é normal que isso aconteça, 
porque as leis gerais sempre utilizam regulamentos para tratar do detalhamento.
111
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
 Saiba mais
É recomendável que os gestores de turismo tenham como prática 
acompanhar mudanças legislativas por meio de portais especializados como:
•	 www.planalto.gov.br: que é um repositório de toda a legislação em 
vigor no país, sempre atualizado.
•	 www.camara.leg.br: para consultar leis da Câmara dos Deputados.
•	 www12.senado.leg.br: para consultar leis de iniciativa do Senado 
da República.
Há ainda o portal do Congresso Nacional, que tem notícias sobre as 
decisões adotadas pela união das casas legislativas – Câmara e Senado – 
e sempre dispõe de importantes informações para quem precisa estar 
atualizado com a legislação brasileira:
www.congressonacional.leg.br
 Lembrete
Regulamentos são atos criados pela administração pública para garantir 
a aplicação de uma lei.
7.1 Decreto n. 7.381/2010
O Decreto n. 7.381/2010 regulamenta a Lei n. 11.771/2008, que dispõe sobre a política nacional 
de turismo e, para isso, define as atribuições do governo federal no planejamento, desenvolvimento e 
estímulo ao setor turístico.
O decreto especifica, por exemplo, os componentes do Comitê Interministerial de Facilitação 
Turística, que é tratado no art. 11 da Lei Geral de Turismo, suas funções e a periodicidade que deve 
obedecer para realizar suas reuniões. Dedica atenção também ao Fungetur e suas especificidades de 
organização e funcionamento. Trata ainda de modo detalhado de cada um dos prestadores de serviços 
em turismo e do Sistema Nacional de Cadastramento, Classificação e Fiscalização dos Prestadores de 
Serviços Turísticos (Sisnatur).
É importante destacar que os arts. 53 e seguintes do regulamento tratam das punições que poderão 
ser aplicadas aos prestadores de serviços de turismo diante da falta de cumprimento de seus deveres 
legais. Assim, o referido artigo determina que:
112
Unidade II
Art. 53. A inobservância das disposições contidas na Lei n. 11.771, de 2008, 
e neste decreto sujeitará os prestadores de serviços turísticos às seguintes 
penalidades, aplicadas isolada ou cumulativamente, inclusive por medida 
cautelar antecedente ou incidente de processo administrativo, sem prejuízo 
das sanções de natureza civil, penal e outras previstas em legislação específica:
I – advertência por escrito;
II – multa;
III – cancelamento da classificação;
IV – interdição de local, atividade, instalação, estabelecimento empresarial, 
empreendimento ou equipamento; e
V – cancelamento do cadastro.
Parágrafo único. Responderá pela prática infratora, sujeitando-se às sanções 
administrativas previstas neste decreto, o prestador de serviço turístico que, 
por ação ou omissão, lhe der causa, concorrer para sua prática ou dela se 
beneficiar (BRASIL, 2010a).
É possível constatar que há uma gradação nas sanções que vão da mais branda – advertência por 
escrito – até a mais severa, que é o cancelamento do cadastro e, consequentemente, a impossibilidade 
de exercer atividade produtiva na área de turismo. Isso não ocorre, no entanto, somente pela vontade 
dos órgãos públicos. É preciso que ocorra um processo administrativo no qual o prestador de serviços 
turísticos terá direito de apresentar sua defesa, nos termos do que garante a Constituição Federal.
Assim, nos arts. 68 a 89, o Decreto n. 7.381/2010 trata especificamente do processo administrativo, 
dos procedimentos que obrigatoriamente deverão ser adotados para que as partes possam se manifestar, 
para que documentos e argumentos sejam analisados e, ao final, a autoridade administrativa possa 
decidir se houve a infração e qual a pena a ser aplicada. Haverá possibilidade de apresentação de recurso 
para que novos argumentos possam ser apresentados e discutidos, de forma que ao final tenham sido 
garantidos os princípios constitucionais da ampla defesa, do contraditório e do devido processo legal, 
fundamentais para a concretização da justiça.
E quais seriam as infrações passíveis de punição? Segundo os arts. 61 a 65, são elas:
•	 Prestar serviços de turismo sem o devido cadastro no Ministério do Turismo ou não renovar o cadastro 
com prazo de validade vencido. Pena: advertência, multa, interdição do local, atividade, instalação, 
estabelecimento empresarial, empreendimento ou equipamento ou cancelamento da classificação.
•	 Deixar de fornecer os dados e informações relativos ao perfil dos hóspedes recebidos, 
distinguindo-os por nacionalidades, e ao registro quantitativo de hóspedes, taxa de ocupação, 
113
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
permanência média e números de hóspedes por unidade habitacional, conforme previsto no 
art. 26 da Lei n. 11.771/2008. Pena: advertência, multa, cancelamento de classificação ou 
cancelamento de cadastro.
•	 Deixar de mencionar ou utilizar, em qualquer forma de divulgação e promoção, o número de 
cadastro, os símbolos, expressões e demais formas de identificação determinadas pelo Ministério 
do Turismo. Pena: advertência, multa, cancelamento de classificação ou cancelamento de cadastro.
•	 Deixar de apresentar, na forma e no prazo estabelecido pelo Ministério do Turismo, informações 
e documentos referentes ao exercício de suas atividades, empreendimentos, equipamentos e 
serviços, bem como ao perfil de atuação, qualidades e padrões dos serviços por eles oferecidos. 
Pena: advertência, multa, cancelamento de classificação ou cancelamento de cadastro.
•	 Deixar de manter, em suas instalações, livro de reclamações e, em local visível, cópia do certificado 
de cadastro. Pena: advertência, multa, cancelamento de classificação ou cancelamento de cadastro.
Além dessas infrações, existem ainda as hipóteses de práticas que contrariem os dispositivos de 
proteção e defesa do consumidor, tratados na Lei n. 8.078/1990, que estudamos neste livro-texto. 
Também existem infrações contra a legislação ambiental, igualmente estudada aqui. Nesses casos serão 
aplicadas as leis específicas de proteção do consumidor e do meio ambiente, que poderão ser cumuladas 
com as infrações anteriormente referidas.
Em poucas palavras, o melhor a fazer é ter certeza de que as práticas dos prestadores de serviços 
de turismo estão adequadas a todalegislação em vigor no Brasil e, para isso, quase sempre é preciso a 
assessoria técnica de um profissional de área jurídica. É um investimento necessário para a garantia da 
legalidade e da segurança jurídica da atividade de gestão em turismo.
7.2 Decreto n. 6.705/2008
O Decreto n. 6.705/2008 cria o CNT e regula sua composição e funcionamento. Trata-se de um órgão 
colegiado de assessoramento e que integra a estrutura regimental do Ministério do Turismo. Ao CNT, 
segundo o decreto ora em análise, compete:
•	 Propor diretrizes, oferecer subsídios e contribuir para a formulação e implementação da política 
nacional de turismo.
•	 Assessorar o ministro de estado do Turismo na avaliação da política nacional de turismo.
•	 Zelar pela efetiva aplicação da legislação que regula a atividade turística em geral.
•	 Emitir pareceres e recomendações sobre questões do turismo nacional, quando solicitado.
•	 Propor ações objetivando a democratização das atividades turísticas para a geração de emprego 
e renda e a redução das desigualdades regionais.
114
Unidade II
•	 Propor ações que visem ao desenvolvimento do turismo interno e ao incremento do fluxo de 
turistas do exterior para o Brasil.
•	 Zelar para que o desenvolvimento da atividade turística no país se faça sob a égide da 
sustentabilidade ambiental, social e cultural.
•	 Propor normas que contribuam para a adequação da legislação turística à defesa do consumidor 
e ao ordenamento jurídico da atividade turística.
•	 Buscar, no exercício de suas competências, a melhoria da qualidade e produtividade do setor.
•	 Manifestar-se sobre questões relacionadas ao turismo, objeto de consultas do ministro de estado 
do Turismo e de entidades públicas e privadas.
Em conformidade com o decreto, o CNT será composto por representantes de vários ministérios do 
governo federal e também por órgãos federais, representantes designados pela presidência da República 
entre pessoas de notório saber na área de turismo e representantes de entidades da sociedade civil 
indicados pelo CNT e designados pelo Ministério do Turismo. O presidente do CNT será o ministro do 
Turismo, que poderá convidar outros representantes para participar sempre com vistas à concretização 
de uma gestão plural e democrática que permita ouvir profissionais e representantes da sociedade 
interessados no desenvolvimento da atividade de turismo no país.
Todos os participantes do CNT terão dois anos de mandato e poderão ser substituídos a qualquer 
momento. A participação no CNT é considerada, por força do disposto no art. 7º do Decreto n. 6.705/2008, 
um serviço público relevante e não será remunerado.
Espaços de diálogo e construção conjunta de projetos são parte do que se denomina democracia 
participativa, e todos os profissionais da área de turismo, quando convidados a integrarem órgãos 
coletivos, devem participar de forma dedicada, porque somente assim poderemos construir soluções 
plurais e que sejam fruto do debate de pessoas comprometidas com as melhores soluções.
7.3 Decreto n. 6.170/2007
O Decreto n. 6.170/2007 será aplicado a todas as situações em que ocorra a transferência de recursos 
financeiros da União mediante convênios e contratos de repasse para órgãos ou entidades públicas ou 
privadas sem fins lucrativos, para execução de programas, projetos e atividades.
O decreto define como convênio o acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a 
transferência de recursos financeiros de dotações consignadas nos orçamentos fiscal e da seguridade 
social da União e tenha como partícipe, de um lado, órgão ou entidade da administração pública federal, 
direta ou indireta, e, de outro lado, órgão ou entidade da administração pública estadual, distrital ou 
municipal, direta ou indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos, visando à execução de 
programa de governo, envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou 
evento de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação.
115
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
O decreto também define como contrato de repasse o instrumento administrativo, de interesse 
recíproco, por meio do qual a transferência dos recursos financeiros se processa por intermédio de 
instituição ou agente financeiro público federal, que atua como mandatário da União.
O concedente dos recursos será o órgão ou entidade da administração pública federal direta ou 
indireta, responsável pela transferência dos recursos financeiros destinados à execução do objeto 
do convênio. O contratante será o órgão ou entidade da administração pública direta e indireta da 
União que pactua a execução de programa, projeto, atividade ou evento, por intermédio de instituição 
financeira federal (mandatária) mediante a celebração de contrato de repasse. E o convenente será 
o órgão ou entidade da administração pública direta e indireta, de qualquer esfera de governo, bem como 
entidade privada sem fins lucrativos, com o qual a administração federal pactua a execução de programa, 
projeto/atividade ou evento mediante a celebração de convênio.
Assim, se um projeto de interesse do Ministério do Turismo puder ser executado por uma ONG, 
ou seja, uma entidade privada sem fins lucrativos, poderá haver repasse de um órgão ou entidade da 
administração pública direta ou indireta, por exemplo o Banco do Brasil, na qualidade de concedente 
para a ONG, que será o convenente, e o Ministério do Turismo será o contratante.
Nos contratos ocorre a mesma situação, ou seja, não há um convenente, mas um contratado, sempre 
com disponibilidade técnica para realização de uma atividade de interesse da administração pública e 
para a qual ela disponibiliza recursos.
O decreto define como prestação de contas o procedimento de acompanhamento sistemático que 
conterá elementos que permitam verificar, sob os aspectos técnicos e financeiros, a execução integral 
do objeto dos convênios e dos contratos de repasse e o alcance dos resultados previstos.
O decreto é bastante detalhado nas exigências necessárias para que os convênios ou contratos sejam 
celebrados, porque é preciso garantir o cumprimento dos princípios constitucionais da administração 
pública que estão fixados no art. 37 da Constituição Federal e são:
•	 Legalidade.
•	 Impessoalidade.
•	 Moralidade.
•	 Publicidade.
•	 Eficiência.
Todos os atos da administração pública precisam atender a esses princípios, em especial aqueles que 
vão garantir o repasse de verbas oriundas do recolhimento de tributos.
116
Unidade II
7.4 Decreto n. 7.500/2011
O Decreto n. 7.500/2011 alterou o Decreto n. 7.381/2010 para determinar que os tipos e categorias 
dos empreendimentos de hospedagem terão padrão de classificação oficial estabelecido pelo Ministério 
do Turismo, que adotará critérios regulatórios equânimes e públicos, ou seja, critérios que traduzam 
imparcialidade e sejam conhecidos de todos. A classificação oficial hoteleira no Brasil utilizará o símbolo 
“estrela” de uso e concessão de caráter estrito e exclusivo do Ministério do Turismo.
O decreto determina, ainda, que a não observância das disposições contidas na Lei n. 11.771/2008 
e também no próprio decreto ora em comento sujeitará os prestadores de serviços turísticos a 
penalidades que poderão ser aplicadas de forma isolada ou cumulativamente, e que são aquelas que 
estudamos anteriormente.
7.5 Leis de turismo
Existem várias leis que regulam atividades de turismo no Brasil além da Lei Geral de Turismo 
que estudamos aqui.
Assim, fique atento para:
•	 Lei n. 12.974/2014: dispõe sobre as atividades das agências de turismo.
•	 Lei n. 12.591/2012: reconhece a profissão de turismólogo e disciplina seu exercício.
E fique atento também para a votação do Projeto de Lei n. 2.724/2015, que no dia 20 de março 
de 2019 foi aprovado na Câmara dos Deputados e seguiu para debate e votação no Senado Federal. 
O projeto modifica a Lei n. 11.771/2008 (Lei Geral de Turismo), em especial em quatro aspectos que eram 
bastantereivindicados pelos operadores do setor e que são:
•	 Aumento do teto máximo de capital estrangeiro para linhas aéreas.
•	 Fim da tributação do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) por direitos autorais 
dentro das unidades habitacionais.
•	 Regulamentação da hospedagem de menores acompanhados por responsável legal.
•	 Diminuição do número obrigatório de quartos acessíveis em meios de hospedagem.
Essas reivindicações poderão não ser mantidas pelo Senado Federal, que igualmente poderá realizar 
outras modificações no projeto aprovado na Câmara dos Deputados. É muito importante acompanhar o 
andamento do debate e da votação desse projeto e, principalmente, os termos de sua aprovação e data 
de entrada em vigor.
117
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
7.6 Plano nacional de turismo (PNT) atual – 2018-2022
 Saiba mais
O PNT pode ser encontrado na íntegra em:
BRASIL. Ministério do Turismo. Plano nacional de turismo 2018-2022: 
mais emprego e renda para o Brasil. Brasília: Ministério do Turismo, 2018. 
Disponível em: http://www.turismo.gov.br/images/pdf/PNT_2018-2022.
pdf. Acesso em: 28 set. 2020.
O Ministério do Turismo (2015) esclarece que:
 
O Plano Nacional de Turismo 2018-2022 é o instrumento que estabelece 
diretrizes e estratégias para a implementação da política nacional de 
turismo. O objetivo principal desse documento é ordenar as ações do setor 
público, orientando o esforço do Estado e a utilização dos recursos públicos 
para o desenvolvimento do turismo.
O PNT foi elaborado de forma coletiva, com o apoio das áreas técnicas do 
Ministério do Turismo, Embratur e agentes públicos e privados, por meio 
da Câmara Temática do Plano Nacional de Turismo, constituída dentro do 
Conselho Nacional de Turismo. Esse documento espelha os anseios do setor 
e do cidadão que consome turismo. Neste contexto, o conjunto de medidas 
propostas neste documento contribui para consolidar o turismo como um 
eixo estratégico efetivo de desenvolvimento econômico do país.
Figura 20 – Capa do e-book do PNT 2018-2022
118
Unidade II
Para o período de 2018 a 2022, o PNT terá como metas (BRASIL, 2018):
•	 Aumentar a entrada anual de turistas estrangeiros de 6,5 para 12 milhões.
•	 Aumentar a receita gerada pelos visitantes internacionais no país de US$ 6,5 para US$ 19 bilhões.
•	 Ampliar o número de brasileiros em viagens internas, passando de 60 para 100 milhões.
•	 Ampliar de 7 para 9 milhões o número de empregos no turismo.
O PNT (BRASIL, 2018) estabelece que as diretrizes a serem cumpridas são:
•	 Fortalecimento da regionalização.
•	 Melhoria da qualidade e competitividade.
•	 Incentivo à inovação.
•	 Promoção da sustentabilidade.
As linhas de atuação, iniciativas e estratégias definidas pelo PNT são (BRASIL, 2018):
•	 Ordenamento, gestão e monitoramento.
•	 Estruturação do turismo brasileiro.
•	 Formalização e qualificação no turismo.
•	 Incentivo ao turismo responsável.
•	 Marketing e apoio à comercialização.
No trecho a seguir, confira detalhadamente as linhas de atuação do PNT 2018-2022:
Linha de Atuação: Ordenamento, Gestão e Monitoramento
Iniciativa: fortalecer a gestão descentralizada do turismo
Estratégias
a) Fortalecer o sistema nacional de turismo.
b) Estimular a formação de redes para a gestão do turismo.
119
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
c) Estimular as parcerias no turismo e a gestão compartilhada dos recursos 
destinados ao setor.
Iniciativa: apoiar o planejamento do turismo, integrado ao setor de 
segurança pública
Estratégias
a) Estimular e apoiar o planejamento do turismo, em âmbitos estadual, regional e municipal.
b) Incentivar soluções de segurança pública que desenvolvam o setor turístico.
Iniciativa: aperfeiçoar o ambiente legal e normativo do setor turístico
Principal estratégia
a) Aperfeiçoar a legislação do setor, com vistas a estruturar a atividade turística, melhorar 
o ambiente de negócios e estimular investimentos.
Iniciativa: ampliar e aprimorar estudos e pesquisas em turismo
Estratégias
a) Efetivar e apoiar a estruturação de uma rede de observatórios de turismo em 
âmbito nacional.
b) Ampliar a divulgação e o acesso às informações e aos dados relacionados ao 
setor de turismo.
c) Estimular a realização de estudos, com a finalidade de conhecer os mercados-alvo.
Iniciativa: fortalecer e aperfeiçoar o monitoramento da atividade turística no país
Estratégias
a) Padronizar os indicadores de monitoramento do turismo.
b) Monitorar o desempenho da economia do turismo nos municípios brasileiros.
c) Monitorar o ordenamento e a estruturação dos segmentos e o desempenho das 
atividades econômicas direcionadas ao turismo.
120
Unidade II
ESTRUTURAÇÃO DO TURISMO BRASILEIRO
Iniciativa: melhorar a infraestrutura nos destinos e nas regiões turísticas do país
Principais estratégias
a) Estimular projetos de sinalização turística inteligente e interativa.
b) Promover a infraestrutura necessária para permitir o acesso de pessoas com deficiência 
ou mobilidade reduzida aos atrativos turísticos.
c) Elaborar plano integrado de desenvolvimento da infraestrutura logística para o turismo.
Iniciativa: promover e facilitar a atração de investimentos e a oferta de linhas de 
crédito para o turismo
Estratégias
a) Ampliar a oferta de recursos para fomento e incentivo ao setor de turismo.
b) Criar e implementar um novo modelo que reduza a burocracia nas transferências 
intergovernamentais.
Iniciativa: aprimorar a oferta turística nacional
Estratégias
a) Promover a valorização do patrimônio cultural e natural para visitação turística.
b) Estimular o desenvolvimento de destinos turísticos inteligentes.
c) Estimular o desenvolvimento segmentado dos produtos turísticos brasileiros.
FORMALIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO NO TURISMO
Iniciativa: ampliar a formalização dos prestadores de serviços turísticos
Estratégias
a) Ampliar as parcerias para fortalecer e intensificar as ações de fiscalização dos 
prestadores de serviços turísticos.
b) Fortalecer o relacionamento com os prestadores de serviços turísticos e com o turista.
121
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
Iniciativa: intensificar a qualificação no turismo
Estratégias
a) Estimular a qualificação do turismo nos setores público e privado.
b) Estimular a modernização e a atualização contínua da grade curricular dos cursos 
relacionados ao setor de turismo.
c) Incentivar a constituição de parâmetros para a certificação de empresas e 
atividades do turismo.
INCENTIVO AO TURISMO RESPONSÁVEL
Iniciativa: estimular a adoção de práticas sustentáveis no setor turístico
Estratégias
a) Promover o desenvolvimento de políticas de turismo responsável nos níveis estadual, 
distrital, regional e municipal.
b) Premiar e disseminar boas práticas de turismo sustentável.
c) Intensificar a realização de campanhas de sensibilização para o consumo consciente.
Iniciativa: promover a integração da produção local à cadeia produtiva do turismo 
e o desenvolvimento do turismo de base local
Estratégias
a) Estimular o desenvolvimento de novas atividades turísticas que incorporem aspectos 
da produção local, da cultura e da culinária regional.
b) Apoiar e articular ações para promover e ampliar os canais de comercialização dos 
produtos associados ao turismo e das iniciativas de turismo de base local.
Iniciativa: possibilitar o acesso democrático de públicos prioritários à 
atividade turística
Estratégias
a) Definir as diretrizes para o desenvolvimento do turismo social.
b) Estimular o desenvolvimento de um turismo acessível a todos.
c) Sensibilizar o setor para a inclusão das pessoas idosas.
122
Unidade II
Iniciativa: intensificar o combate à violação dos direitos de crianças e 
adolescentes no turismo
Estratégias
a) Intensificar parcerias institucionais com agentes governamentais, organismos 
internacionais e setor privado para a definição e implementação de agenda conjunta para 
o combate à violação dos direitos de crianças e adolescentesno turismo.
b) Incentivar a adoção de códigos de conduta profissional ou outras práticas responsáveis 
em conformidade com o Código de Ética Mundial para o Turismo da OMT.
MARKETING E APOIO À COMERCIALIZAÇÃO
Iniciativa: promover, em âmbito nacional e internacional, os destinos e produtos 
turísticos brasileiros
Estratégias
a) Redefinir os destinos brasileiros prioritários para a promoção nacional e internacional.
b) Desenvolver novas ferramentas para armazenamento e divulgação de informações 
turísticas e mercadológicas dos destinos brasileiros.
c) Ampliar a utilização da inteligência de mercado no turismo para fins promocionais.
d) Promover projetos de relacionamento com a imprensa.
e) Incentivar eventos geradores de fluxo turístico.
f) Fortalecer a cooperação na promoção do turismo.
Iniciativa: definir o posicionamento estratégico do Brasil como produto turístico
Estratégias
a) Definir o posicionamento estratégico do país como produto turístico e elaborar um 
plano integrado de posicionamento de imagem do Brasil.
Iniciativa: intensificar ações para facilitação de vistos e promover diálogo com 
países considerados estratégicos
Fonte: Brasil (2018, p. 6-10).
123
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
Projetos bem definidos como esse que acabamos de conhecer permitem que os operadores e gestores 
de turismo planejem suas ações em consonância com o PNT, para que exista harmonia de propósitos 
entre atividades públicas e privadas e, consequentemente, todos alcancem resultados positivos, 
especialmente os turistas brasileiros e estrangeiros.
Figura 21 – Praia de Porto de Galinhas, Pernambuco
7.7 Políticas públicas em turismo
Aprendemos neste livro-texto uma visão introdutória sobre políticas públicas a partir da lição de Maria 
Paula Dallari Bucci (2006), que definiu políticas públicas como programas de ação governamental que 
têm por objetivo coordenar os meios que se encontram à disposição do Estado e as atividades privadas, 
para a consecução de objetivos considerados socialmente relevantes e politicamente determinados. Ela 
denomina mais objetivamente como “metas coletivas e conscientes” a serem concretizadas e que são 
determinadas a partir da análise de relevância.
Nessa definição compreendemos a relevância do papel do Estado na escolha, planejamento, 
implementação e monitoramento das políticas públicas em todas as áreas sociais: papel de organizar e 
aglutinar os recursos necessários para que as políticas públicas sejam bem-sucedidas.
Por vezes, os recursos serão econômicos, e em outras ocasiões se concentrarão nas parcerias possíveis 
de serem construídas para que os objetivos sejam alcançados. Na maioria das vezes o Estado terá a 
incumbência de organizar recursos econômicos e pessoas (naturais ou jurídicas) que possam trabalhar 
de forma coordenada para que os objetivos sejam concretizados e as políticas públicas realizadas.
No cotidiano estamos mais acostumados a analisar e experimentar as políticas públicas das 
áreas de segurança pública, saúde, educação, moradia, assistência social, entre outras mais afetas à 
concretização dos direitos sociais constitucionalmente previstos. Mas o turismo é também uma área 
de grande relevância por constituir parte do direito social ao lazer, igualmente previsto na Constituição 
Federal brasileira, seja por se tratar de importante atividade de interação social realizada por pessoas 
que em decorrência dela ampliam seus conhecimentos, cultura e experiência de vida.
124
Unidade II
Assim, ao tratarmos de políticas públicas de turismo estamos no mesmo patamar de todas as outras 
políticas de Estado, que exigem capacidade técnica e conhecimento para que sejam realizados planejamento, 
implementação e resultados positivos como em qualquer outra área de relevância para a sociedade.
Luciano Zanetti Pessôa Candiotto e Lucas Araújo Bonetti (2015) pesquisaram políticas públicas em 
turismo e nos esclarecem que:
 
O turismo passou a integrar a vida da população, estando em permanente 
expansão pelo fato de ser uma forma rápida de expansão do capital, de 
consolidação de valores verticais (globais) e do consumismo nos lugares 
onde se instala, seja em grandes ou pequenas cidades, áreas rurais ou 
mesmo em áreas protegidas.
O tema políticas públicas de turismo pode ser definido como um conjunto 
de intenções, diretrizes, normas e estratégias estabelecidas no âmbito 
do poder público, com o propósito de alcançar e dar continuidade ao 
desenvolvimento da atividade turística em um determinado território. No 
entanto, não é apenas o Estado o responsável pelo direcionamento das 
políticas públicas. O setor empresarial e, em menor proporção a sociedade 
civil, têm uma importante influência nos rumos das políticas públicas.
E acrescentam:
 
As políticas públicas estão relacionadas ao Estado, o qual determina as 
diretrizes e ações prioritárias dos diversos setores econômicos, sociais, 
políticos e ambientais, direcionando também como os recursos públicos 
serão utilizados para o benefício dos cidadãos (Meksenas, 2002). Elas 
são caracterizadas por duas dimensões que se complementam: a 
técnica-administrativa e a política (Fernandes, 2007).
Cruz (2002) enfatiza a política pública como instrumento norteador 
do processo de planejamento, de modo que aponta para três formas de 
intervenção do Estado: participação; indução e controle. A participação 
ocorre quando o Estado exerce alguma atividade econômica no setor, como 
a administração de um meio de hospedagem. A indução, quando o Estado 
orienta o comportamento dos agentes de mercado, como por meio de 
incentivos financeiros e fiscais. Já o controle, diz respeito à regulação pelo 
poder público, sobre a forma pela qual a iniciativa privada poderá explorar 
determinada atividade econômica (CANDIOTTO; BONETTI, 2015).
Dois aspectos são relevantes nessas lições:
•	 As políticas públicas devem ser desenvolvidas em conjunto entre o Estado, o setor 
empresarial e a sociedade.
125
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
•	 Elas são uma forma de intervenção do Estado para participar, induzir ou controlar atividades em 
uma determinada área – que, no caso do nosso estudo, é de turismo.
Há uma consideração a ser feita sobre o papel do Estado como participante. Nos últimos 
anos, no Brasil o modelo de Estado é gerencial e não incentiva que haja participação direta, salvo 
em setores estratégicos ou que envolvam a segurança do país. Assim, os sucessivos governos após a 
redemocratização ocorrida em 1985 trabalharam no sentido de privatizar e conceder aos particulares 
atividades que antes eram realizadas pelo Estado, com objetivo de tornar a atividade estatal mais focada 
nas áreas que realmente impactam a vida dos cidadãos que são aquelas de direito social como saúde, 
educação, segurança e assistência social. A essa mudança do Estado brasileiro se deu o nome de estado 
gerencial, que substitui o modelo em que as atividades eram executadas diretamente pelos órgãos da 
administração pública.
Na atualidade, portanto, o Estado não é mais detentor de capacidade de ser participante em áreas como 
turismo porque não possui mais equipamentos como hotéis ou similares. Mas possui responsabilidade 
na formulação, execução, gerenciamento e monitoramento de resultados de programas de ação que 
tenham por objetivo desenvolver o turismo em suas diferentes áreas, inclusive na prospecção de grupos 
econômicos privados que se interessem, por exemplo, em construir meios de hospedagem em áreas de 
interesse para o desenvolvimento de polos turísticos em todo o país.
Nesse sentido, o modelo adotado é muito mais de cooperação entre setor público e privado no 
desenvolvimento de políticas públicas. Ensina Bruno Martins Augusto Gomes (2020, p. 48):
 
Nas políticas públicas de turismo a cooperação é identificada na 
disponibilidade dos empresários de arcarem com custos financeiros de 
uma ação em conjunto com o setor público. Os empresários com uma 
trajetória de cooperação com o setor públicoapresentam maior disposição 
para as ações que requerem recursos financeiros deles. Também afetam a 
predisposição para este tipo de iniciativa a visão de futuro sobre o destino 
turístico e as recompensas que a ação trará. Os agentes menos dispostos 
à cooperação envolvendo recursos financeiros apresentam uma incerteza 
sobre os seus resultados, associada a uma baixa frequência de interação e 
uma baixa confiança em relação ao setor público.
Todavia, há também cooperação que não envolve recursos financeiros. 
Nesses casos o órgão público de turismo pode cooperar, por exemplo, 
apoiando eventos realizados pelos empresários, garantindo a estes uma 
maior legitimidade. Outra possibilidade de cooperação dos empresários com 
o setor público diz respeito à rede de relacionamentos que eles possuem, em 
nível nacional ou internacional, facilitando a defesa de políticas públicas. 
Empresários e setor público também cooperam, sem envolver recursos, na 
defesa de ideias [...], ou na construção do conhecimento sobre políticas 
públicas direta ou indiretamente relacionadas com turismo, como as 
ligadas ao urbanismo.
126
Unidade II
Na atualidade, essas diferentes formas de cooperação entre o setor público e o setor privado devem ser 
utilizadas para que o turismo esteja sempre na agenda de ambos os setores, o que contribuirá para atrair 
a participação e o apoio da sociedade, em especial em um país com tantas possibilidades de concretização 
da atividade de turismo como é o Brasil, seja para o público interno, seja para o público externo.
Bruno M. A. Gomes (2020, p. 21), em sua pesquisa sobre o tema das políticas públicas e o 
turismo, enfatiza:
 
No turismo, segundo Dredge e Jenkins (2007), a investigação das políticas 
públicas foi incipiente até a década de 1980. Todavia, segundo os autores, 
o estudo das políticas de turismo possibilita a compreensão de aspectos 
úteis não só para a academia como também para o setor público e privado, 
tais como: o papel do Estado perante o turismo, a participação da sociedade 
na formulação destas políticas, a influência dos grupos de pressão e de 
líderes, além da efetividade das políticas públicas.
Assim, Velasco (2016) afirma que a política de turismo é um conjunto 
de discursos, decisões e práticas realizadas pelo governo – às vezes em 
colaboração com atores privados ou sociais – com a intenção de atingir 
objetivos relacionados ao turismo, historicamente visto sob o prisma do 
aspecto econômico. Contudo, a autora citada ressalta que apesar de ainda ser 
comum compreender o turismo como parte da política econômica, o setor 
também se integra às dinâmicas das culturas envolvidas, tem implicações 
ambientais e gera efeitos sociais.
Assim, é possível compreender que no âmbito das políticas públicas de turismo o desenvolvimento da 
atividade econômica não é o único objetivo a ser alcançado. As políticas públicas de turismo podem ser 
planejadas e implementadas em coordenação com políticas públicas de preservação do meio ambiente 
e de desenvolvimento social e cultural das comunidades, de forma a ampliar os resultados positivos a 
serem alcançados.
No âmbito da preservação ambiental, é preciso destacar que o turismo não deve ser atividade 
predatória do meio ambiente, e sim contribuir para a preservação do patrimônio natural e como meio 
de educação para a criação da cultura de proteção do meio ambiente, inclusive cultural.
No plano social, o turismo não deve se constituir em elemento de perturbação da vida das 
comunidades em que ele é praticado, devendo ser desenvolvido de forma a respeitar o modo de vida e 
os valores sociais, em convivência harmônica e pacífica.
E no plano cultural, a atividade de turismo deve respeitar as diferentes manifestações culturais 
das comunidades, com objetivo de preservá-las e de servir de instrumento de divulgação do 
patrimônio cultural.
127
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
Políticas públicas de desenvolvimento do turismo deverão ser construídas em diálogo aberto entre 
os vários atores que têm interesse nessa área – governos, empresas privadas, organizações sociais e 
comunitárias –, com objetivo de possibilitar que o desenvolvimento do turismo em uma determinada 
área seja, também e ao mesmo tempo, uma forma de política pública de preservação do meio ambiente, 
da cultura e da sociedade.
 Observação
Uma política pública social de turismo que pode ser bem-sucedida é a 
formação de guias de turismo mirins entre estudantes de escolas públicas 
de cidades que tenham atividade em turismo, para distribuir material 
de informação sobre proteção ambiental, por exemplo. É uma forma de 
aliar educação, proteção ao meio ambiente e turismo em uma política 
pública integrada.
8 ÉTICA E ÉTICA PROFISSIONAL
8.1 Conceito de ética
Ética é um elemento essencial para a vida em sociedade. É o conjunto de valores que serão adotados 
pelos diferentes grupos sociais para que possam conviver em harmonia.
No âmbito das atividades profissionais, a ética também cumpre relevante papel. Ela abriga os valores 
morais que impedem os profissionais de agir de forma incorreta e prejudicial a toda a sociedade.
São os princípios morais aos quais atribuímos importância essencial para nossas vidas que nos 
impedem de praticar atos irregulares, mesmo quando temos a certeza de que ninguém poderá saber 
disso. É sobre essa visão prática de aplicação da ética que vamos tratar.
8.2 Ética e moral
Há divergência entre os estudiosos sobre conceitos de ética e moral, e até mesmo se essas palavras 
podem traduzir um mesmo significado. Para alguns, ética e moral são expressões que podem ser 
utilizadas indistintamente, e para outros há clara distinção entre seus significados. A esse debate se 
dedicaram estudiosos de grande valor intelectual nos campos da filosofia, ciências sociais, ciência 
política e do direito etc.
Na atualidade, a ética e a moral são também temas estudados e pesquisados no campo da atividade 
profissional e da gestão empresarial, e a experiência demonstra que cada vez mais essas áreas serão 
relevantes, porque a sociedade está mais exigente para que profissionais e empresas adotem práticas 
éticas com alicerce em valores morais.
128
Unidade II
Há certo consenso entre os estudiosos no sentido de que a moral é o conjunto de valores que 
uma determinada sociedade aprova em um determinado período de tempo e que, portanto, poderão 
ser modificados à medida que igualmente se modificam as relações sociais nessa mesma sociedade. 
Há vários exemplos que podemos analisar para podermos compreender melhor.
Marilena Chaui (2002, p. 334) propõe interessantes situações para nossa reflexão sobre 
moral. Acompanhe:
 
Quantas vezes, levados por algum impulso incontrolável ou por alguma 
emoção forte (medo, orgulho, ambição, vaidade, covardia), fazemos alguma 
coisa de que, depois, sentimos vergonha, remorso, culpa. Gostaríamos de 
voltar atrás no tempo e agir de modo diferente. Esses sentimentos também 
exprimem nosso senso moral.
[...]
Um pai de família desempregado, com vários filhos pequenos e a esposa 
doente, recebe uma oferta de emprego, mas que exige que seja desonesto e 
cometa irregularidades que beneficiem seu patrão. Sabe que o trabalho lhe 
permitirá sustentar os filhos e pagar o tratamento da esposa. Pode aceitar o 
emprego, mesmo sabendo o que será exigido dele? Ou deve recusá-lo e ver 
os filhos com fome e a mulher morrendo?
[...]
Uma mulher vê um roubo. Vê uma criança maltrapilha e esfomeada roubar 
frutas e pães numa mercearia. Sabe que o dono da mercearia está passando 
por muitas dificuldades e que o roubo fará diferença para ele. Mas também 
vê a miséria e a fome da criança. Deve denunciá-la, julgando que com isso a 
criança não se tornará um adulto ladrão e o proprietário da mercearia não 
terá prejuízo? Ou deverá silenciar, pois a criança corre o risco de receber 
punição excessiva, ser levada para a polícia, ser jogada novamente às ruas e, 
agora, revoltada, passar do furto ao homicídio? Que fazer?Situações como essas – mais dramáticas ou menos dramáticas – surgem 
sempre em nossas vidas. Nossas dúvidas quanto à decisão a tomar não 
manifestam nosso senso moral, mas também põem à prova nossa consciência 
moral, pois exigem que decidamos o que fazer, que justifiquemos para nós 
mesmos e para os outros as razões de nossas decisões e que assumamos as 
consequências delas, porque somos responsáveis por nossas opções.
Todos os exemplos mencionados indicam que o senso moral e a consciência 
moral referem-se a valores (justiça, honradez, espírito de sacrifício, 
integridade, generosidade), a sentimentos provocados pelos valores 
129
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
(admiração, vergonha, culpa, remorso, contentamento, cólera, amor, dúvida, 
medo) e as decisões que conduzem a ações com consequências para nós e 
para os outros. Embora o conteúdo dos valores varie, podemos notar que 
estão referidos a um valor mais profundo, mesmo que apenas subentendido: 
o bom ou o bem. Os sentimentos e as ações, nascidos de uma opção entre o 
bom e o mau ou entre o bem e o mal, também estão referidos a algo mais 
profundo e subentendido: nosso desejo de afastar a dor e o sofrimento e de 
alcançar a felicidade, seja por ficarmos contentes conosco mesmos, seja por 
recebermos a aprovação dos outros.
O senso e a consciência moral dizem respeito a valores, sentimentos, intenções, 
decisões e ações referidas ao bem e ao mal e ao desejo de felicidade. Dizem 
respeito às relações que mantemos com os outros e, portanto, nascem e 
existem como parte de nossa vida intersubjetiva.
Exemplo de aplicação
As situações propostas são muito interessantes para a reflexão sobre o papel da moral em nossa vida. 
Pense em outras situações concretas vividas ou das quais você teve conhecimento e para as quais seja 
preciso utilizar senso moral ou consciência moral na tomada de decisões.
Adolfo S. Vásquez (2005, p. 63) afirma que moral é um conjunto de normas, aceitas livre e 
conscientemente, que regulam o comportamento individual e social dos homens. E define a ética como 
a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. E acrescenta:
 
[...] moral vem do latim mos ou mores, “costume” ou “costumes”, no sentido 
de conjunto de normas ou regras adquiridas por hábito. A moral se refere, 
assim, ao comportamento adquirido ou modo de ser conquistado pelo 
homem. Ética vem do grego ethos, que significa analogamente “modo de 
ser”, ou “caráter” enquanto forma de vida também adquirida ou conquistada 
pelo homem. Assim, portanto, originariamente, ethos e mos, “caráter” e 
“costume”, assentam-se num modo de comportamento que não corresponde 
a uma disposição natural, mas que é adquirido ou conquistado por hábito.
[...]
Como teoria de uma forma específica do comportamento humano, a ética 
não pode deixar de partir de determinada concepção filosófica do homem. 
O comportamento moral é próprio do homem como ser histórico, social e 
prático, isto é, como um ser que transforma conscientemente o mundo que 
o rodeia; que faz da natureza externa um mundo à sua medida humana, 
e que, desta maneira, transforma a sua própria natureza. Por conseguinte, 
o comportamento moral é a manifestação da natureza humana eterna e 
130
Unidade II
imutável, dada de uma vez para sempre, mas de uma natureza que está 
sempre sujeita ao processo de transformação que constitui precisamente a 
história da humanidade (VÁSQUEZ, 2005, p. 63).
E Thadeu Weber e Jayme Paviani (2014, p. 445) conceituam:
 
Ética e moral: a moral refere-se a costumes, crenças e valores de uma 
determinada cultura ou comunidade. A ética investiga a legitimidade da 
moralidade e os princípios do agir humano. Cada autor, a respeito das 
relações entre ética e direito, define em seu sistema as conexões existentes 
entre moralidade, ética e direito. Cada teoria jurídica situa de diferentes 
maneiras as implicações dessas diferentes esferas do agir e do ser humano.
Eticidade: pode também ser chamada de moralidade objetiva. Diz respeito à 
realização da liberdade nas instituições sociais. Hegel a distingue da moralidade 
para chamar a atenção das repercussões e consequências da concretização 
da vontade livre.
Moralidade: trata da fundamentação subjetiva da liberdade; pergunta pelas 
condições da responsabilidade subjetiva. O sujeito agente sabia o que estava 
fazendo e quis fazer o que fez?
Moral e ética se tornaram áreas de grande relevância na vida brasileira nos últimos anos. Inúmeros 
casos de prática de corrupção foram investigados pela polícia federal e muitas pessoas conhecidas, 
políticos e empresários foram levados a julgamento e condenados por práticas que contrariam a 
transparência, a legalidade, a moralidade e a ética. Todos esses casos foram fortemente noticiados pela 
imprensa, fartamente debatidos nas redes sociais e, com certeza, provocaram reflexões em todos nós 
que vivemos no país.
Afirmações como “a política é corrupta” ou “todos os políticos são corruptos” não dão conta de 
explicar o fenômeno da flexibilização dos princípios morais em prol de resultados individuais de caráter 
egoísta. Em outras palavras, a pergunta que a sociedade brasileira precisa responder após profunda 
reflexão é: a corrupção é uma prática apenas de políticos, agentes públicos ou empresários que desejam 
receber benefícios? Ou, ao contrário, a flexibilização dos princípios morais ocorre com frequência na vida 
privada, em ambientes como da família, do trabalho e das relações sociais? Em que medida a prática da 
corrupção em suas diferentes formas é encontrada no cotidiano da sociedade brasileira?
Furar a fila, estacionar em local proibido, parar em fila dupla; oferecer dinheiro para o guarda de 
trânsito que flagrou um comportamento contrário à lei; oferecer dinheiro para obtenção de rapidez 
na entrega de certidões na repartição pública; comprar produtos com preço muito inferior sem 
saber a origem nas feiras que se espalham por todo o país e que recebem o sugestivo apelido de 
“robauto”; comprar mercadoria contrabandeada vendida na beira da estrada ou na rua, sem pedir nota 
fiscal ou comprovação da origem, por exemplo cigarros e eletrônicos; utilizar ligações de luz ou de TV 
a cabo sem pagar por meio de um sistema que recebeu o apelido de “gato”. Todas essas são práticas 
131
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
comuns no dia a dia da sociedade brasileira e, muitas vezes, são ensinadas de pai para filho como se 
fossem parte da aprendizagem da vida social.
A realidade é que o fato de serem comuns não significa que sejam práticas corretas. Ao contrário, 
são práticas ensejadoras dos piores resultados para a vida moral da sociedade brasileira. Ao banalizar 
a falta de ética estamos criando condições adequadas para que as autoridades públicas e os políticos 
façam o mesmo conosco, e não temos sequer envergadura moral para criticá-los se agirmos como nos 
exemplos anteriores.
Não há padrão de flexibilidade aceitável para a moral e a ética. Ou um comportamento é ético ou 
não é. Não existe meio-termo.
Compreendidos esses aspectos da moral e da ética, vamos analisar a aplicação ao campo da atividade 
profissional de gestão de turismo e também na atividade empresarial.
8.3 Ética profissional no turismo e na hotelaria: Código de Ética Mundial para 
o Turismo
Existem muitos aspectos relevantes para aplicação da ética no campo da atividade de turismo no 
Brasil e no mundo.
Leia atentamente as notícias a seguir.
Notícia 1:
Turismo sexual, um flagelo que parece não ter mais fim
Meninas recrutadas nas favelas de Nairóbi, crianças prostituídas em bares de Bangcoc 
e nas praias do Rio de Janeiro... o turismo sexual prossegue com sua devastação, alertaram 
neste sábado dirigentes de ONG e viajantes que fazem uma frente comum contra este flagelo.
Cerca de três milhões de crianças são vítimas a cada ano da exploração sexual no mundo 
e, num total de 842 milhões de turistas, 10% escolhem seu destino em função da “oferta” 
em matéria de sexo,segundo um relatório publicado por ocasião do primeiro Dia Mundial 
por um Turismo Responsável.
“Apesar de uma tomada de consciência que aumenta, o turismo sexual progride na 
medida em que o número de viajantes no mundo não para de crescer”, comentou Frédéric 
Leroy, coordenador de uma conferência organizada neste sábado sobre o assunto no 
auditório da Air France no aeroporto parisiense de Roissy-Charles de Gaulle.
O turismo mundial está em plena florescência: o número de turistas no mundo deverá 
passar para 1 bilhão em 2010 e 1,6 bilhão em 2020, segundo a Organização Mundial 
do Turismo (OMT).
132
Unidade II
A democratização das viagens nos países do Norte, conjugada à miséria crescente e a 
fraca escolarização de crianças nos países do Sul, favorecem o turismo sexual, segundo os 
participantes da conferência.
O fenômeno se espalha em numerosos países emergentes que desenvolvem sua oferta 
turística como Marrocos, Hungria, República Tcheca ou Lituânia; a Ásia (Tailândia, Filipinas, 
Indonésia...) é o continente mais atingido.
No Camboja, 44% das meninas prostituídas tiveram a primeira relação sexual com 
turistas, encontrados nos bares, nas casas de massagem, segundo um estudo apresentado pela 
associação AidéTous, comprometida na luta contra o turismo sexual que envolve crianças.
“A demanda de turistas pela satisfação da fantasia de deflorar uma mulher virgem faz 
aumentar o número de meninas que entram na prostituição”, acusa Frédéric Sorge, pediatra 
e membro da associação.
Homens em maioria, os turistas sexuais são provenientes de todas as camadas sociais. 
Têm a atitude de “donos do mundo” e “se deixam tentar pelo que consideram uma experiência 
exótica”, sem terem necessariamente antecedentes pedófilos, segundo as associações.
“Em alguns países, como nos Estados Unidos, agências de viagem continuam a propor 
aos clientes +a aventura e o exotismo+, uma oferta que esconde verdadeiros circuitos de 
turismo sexual”, revela Leroy, fundador da APSEC, uma organização de ajuda a crianças 
chinesas e cambojanas.
Na França, o Sindicato nacional de agências de viagem (SNAV) se dispõe a sensibilizar 
seus clientes através de folders distribuídos durante as viagens. “Manter relações sexuais 
com menores leva à prisão”, alerta um filme divulgado nos aviões da Air France.
O Dia Mundial está também sendo observado na África, com conferências na República 
dos Camarões, Senegal, Togo, Níger e em Burkina Faso. A “Coalizão internacional para um 
turismo responsável e respeitoso” reúne 277 associações em 85 países.
Fonte: G1 (2007).
Notícia 2:
Brasil teve 351 denúncias de turismo sexual infantil
6,62 milhões de turistas estrangeiros visitaram o Brasil em 2018, segundo dados do 
Ministério do Turismo e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Infelizmente, alguns destinos brasileiros se consolidaram nas últimas décadas como 
rotas de sexo fácil e barato. Em partes, essa visão foi resultado de desastradas campanhas 
133
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
de divulgação do país no exterior, realizadas pela Embratur nas décadas de 1970 e 1980. 
Essas campanhas vendiam o Brasil como um lugar de praia, samba e mulheres.
Até hoje essa visão não foi completamente superada. O próprio presidente Jair Bolsonaro 
chegou a dizer, em abril do ano passado, que “quem quiser vir aqui [ao Brasil] fazer sexo com 
uma mulher, fique à vontade”. A declaração gerou polêmica, uma nota de repúdio assinada 
por mais de 100 entidades e campanhas de governos de diversos estados do Nordeste contra 
o turismo sexual.
Crianças e adolescentes
Crianças e adolescentes brasileiros foram inseridos em um comércio muito bem 
estruturado, articulado em rede e que muitas vezes conta com o apoio de atores como 
taxistas, garçons e profissionais do setor hoteleiro.
Um balanço geral divulgado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos 
Humanos mostra que, no período de janeiro de 2011 a junho de 2019, o Disque 100 recebeu 
351 denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes no turismo.
As denúncias de turismo sexual envolvendo vítimas crianças e adolescentes vieram de 
todos os estados brasileiros, mostrando que o problema atinge todo o país. Os estados que 
tiveram mais denúncias foram Pará e Rio de Janeiro.
Os números, no entanto, estão longe da realidade. A exploração sexual de crianças e 
adolescentes no turismo é muito maior.
Uma pesquisa realizada pelo Datafolha em 2018 mostrou que 24% dos entrevistados 
declararam ter testemunhado alguma situação de exploração sexual infantil. Mas 72% 
deles não denunciaram.
Além disso, um levantamento divulgado pela empresa especializada em monitoramento 
de riscos digitais Axur, na esteira da Copa, mostrou que mais de 3 mil sites haviam sido 
criados entre 2013 e 2015 para vender pornografia ou turismo sexual no Brasil.
Fonte: Garcia (2020).
Repare que uma notícia é de 2007 e a outra de 2020. Apesar disso, o problema continua a existir e 
tem dimensões preocupantes. E essa não é a única preocupação quando se trata de boas práticas de 
turismo, embora seja sem dúvida uma das mais relevantes. Também na área da preservação do meio 
ambiente, da correta utilização dos monumentos públicos, museus e áreas de preservação histórica, 
utilização racional dos recursos naturais, descarte de lixo, respeito às manifestações culturais dos 
diferentes grupos sociais visitados por turistas, combate a todas as formas de discriminação – em 
todos esses temas a necessidade das práticas éticas dos gestores de turismo é muito importante.
134
Unidade II
A partir da análise e debate desses temas tão relevantes para a área de turismo, a OMT criou o 
Código de Ética Mundial para o Turismo. Esse código foi aprovado por votação unânime de todos 
os países participantes da assembleia geral da OMT realizada em outubro de 1999 e tem por objetivo as 
melhores práticas de governos, empresas de viagens e turismo e as comunidades que em todo mundo 
recebem fluxo de turismo de forma frequente.
 Observação
O Código de Ética Mundial para o Turismo deverá ser sempre um 
instrumento de orientação de suas práticas como gestor de turismo. 
Atuando individualmente ou em empresas, o que se espera do gestor de 
turismo é que ele cumpra e faça cumprir as regras éticas do turismo com 
objetivo de combater todas as práticas ilegais e imorais, contribuindo 
de forma ativa para a preservação das comunidades, para o respeito à 
dignidade da pessoa humana e do meio ambiente.
Leia atentamente os principais pontos do Código de Ética Mundial para o Turismo:
Princípios
CÓDIGO MUNDIAL DE ÉTICA DO TURISMO
1. CONTRIBUIÇÃO DO TURISMO PARA A COMPREENSÃO E O RESPEITO MÚTUO ENTRE 
HOMENS E SOCIEDADES
1.1. A compreensão e a promoção dos valores éticos comuns à humanidade, num 
espírito de tolerância e de respeito pela diversidade das crenças religiosas, filosóficas e morais, 
são ao mesmo tempo fundamento e consequência de um turismo responsável. Os agentes 
do desenvolvimento e os próprios turistas devem ter em conta as tradições e práticas 
sociais e culturais de todos os povos, incluindo as das minorias e populações autóctones, 
reconhecendo a sua riqueza.
1.2. As atividades turísticas devem conduzir-se em harmonia com as especificidades e 
tradições das regiões e países receptores, observando as suas leis, seus usos e costumes.
1.3. As comunidades receptoras de turistas por um lado, e os agentes profissionais 
locais por outro, devem aprender a conhecer e a respeitar os turistas que os visitam, e 
informarem-se sobre os seus modos de vida, gostos e expectativas. A educação e a formação 
ministradas aos profissionais contribuem para um acolhimento hospitaleiro dos turistas.
1.4. As autoridades públicas têm por missão assegurar a proteção dos turistas e 
visitantes, bem como dos seus bens. Neste sentido, devem conceder especial atenção à 
segurança dos turistas estrangeiros, devido a sua particular vulnerabilidade. Assim, devem 
135
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICASPÚBLICAS
disponibilizar meios específicos de informação, prevenção, proteção, seguro e assistência 
específica que corresponda às suas necessidades. Os atentados, agressões, raptos ou ameaças 
visando os turistas ou os trabalhadores da indústria turística, bem como as destruições 
voluntárias de instalações turísticas ou de elementos do patrimônio cultural ou natural, 
devem ser severamente condenadas e reprimidas, em conformidade com as respectivas 
legislações nacionais.
1.5. Os turistas e visitantes devem evitar, quando de seus deslocamentos, praticar atos 
criminosos ou considerados delituosos pelas leis do país visitado, bem como comportamentos 
considerados chocantes ou que firam as populações locais, ou ainda suscetíveis de atentar 
contra o meio ambiente local. Eles também, devem abster-se de todo o tráfico de drogas, 
armas, antiguidades, espécies protegidas, bem como de produtos ou substâncias perigosas 
ou proibidas pelas legislações nacionais.
1.6. Os turistas e visitantes têm a responsabilidade de obterem informações, antes mesmo 
da sua partida, sobre as características dos países que pretendem visitar. Devem ainda, ter 
consciência dos riscos em matéria de saúde e segurança inerentes a todo deslocamento 
para fora do seu meio habitual, e ter um comportamento de modo a minimizar estes riscos.
2. TURISMO, INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E COLETIVO
2.1. O turismo, atividade geralmente associada ao repouso, à diversão, ao desporto, ao 
acesso à cultura e à natureza, deve ser concebido e praticado como meio privilegiado de 
desenvolvimento individual e coletivo. Praticado com a necessária abertura de espírito, 
constitui-se em um fator insubstituível de autoeducação, de tolerância mútua e de 
aprendizagem das diferenças legítimas entre povos e culturas, e da sua diversidade.
2.2. As atividades turísticas devem respeitar a igualdade entre homens e mulheres, 
devem tender a promover os direitos humanos e, especialmente, os particulares direitos dos 
grupos mais vulneráveis, especificamente as crianças, os idosos, os deficientes, as minorias 
étnicas e os povos autóctones.
2.3. A exploração dos seres humanos sob todas as suas formas, principalmente sexual, 
e especialmente no caso das crianças, vai contra os objetivos fundamentais do turismo e 
constitui a sua própria negação. Portanto, e em conformidade com o direito internacional, 
ela deve ser rigorosamente combatida com a cooperação de todos os Estados envolvidos e 
sancionadas sem concessões pelas legislações nacionais, quer dos países visitados, quer dos 
países de origem dos atores desses atos, mesmo quando estes são executados no estrangeiro.
2.4. Os deslocamentos por motivo de religião, de saúde, de educação e de intercâmbios 
culturais ou linguísticos constituem formas particularmente interessantes de turismo que 
merecem ser encorajadas.
136
Unidade II
2.5. A introdução do conteúdo relativo ao valor dos intercâmbios turísticos, dos seus 
benefícios econômicos, sociais e culturais, e também dos seus riscos, deve ser incentivada 
nos programas de educação.
3. O TURISMO, FATOR DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
3.1. É dever de todos os agentes envolvidos no desenvolvimento turístico, salvaguardar 
o ambiente e os recursos naturais, na perspectiva de um crescimento econômico sadio, 
contínuo e sustentável, capaz de satisfazer equitativamente as necessidades e as aspirações 
das gerações presentes e futuras.
3.2. Todos os tipos de desenvolvimento turístico que permitam economizar os recursos 
naturais raros e preciosos, principalmente a água e a energia, e que venham a evitar, na 
medida do possível, a produção de dejetos, devem ser privilegiados e encorajados pelas 
autoridades públicas nacionais, regionais e locais.
3.3. Deve ser equacionada a distribuição no tempo e no espaço dos fluxos de turistas 
e de visitantes, especialmente a que resulta das licenças de férias e das férias escolares, e 
buscar-se um melhor equilíbrio na frequência, de forma a reduzir a pressão da atividade 
turística sobre o meio ambiente e a aumentar o seu impacto benéfico na indústria turística 
e na economia local.
3.4. As infraestruturas devem estar concebidas e as atividades turísticas programadas 
de forma a que seja protegido o patrimônio natural constituído pelos ecossistemas 
e a biodiversidade, e que sejam preservadas as espécies ameaçadas da fauna e da flora 
selvagens. Os agentes do desenvolvimento turístico, principalmente os profissionais, devem 
permitir que lhes sejam impostas limitações ou obstáculos às suas atividades quando elas 
sejam exercidas em zonas particularmente sensíveis: regiões desérticas, polares ou de altas 
montanhas, zonas costeiras, florestas tropicais ou zonas úmidas, propícias à criação de 
parques naturais ou reservas protegidas.
3.5. O turismo de natureza e o ecoturismo são reconhecidos como formas de turismo 
especialmente enriquecedoras e valorizadoras, sempre que respeitem o patrimônio natural 
e as populações locais e se ajustem à capacidade de carga dos locais turísticos.
4. O TURISMO, FATOR DE APROVEITAMENTO E ENRIQUECIMENTO DO PATRIMÔNIO 
CULTURAL DA HUMANIDADE
4.1. Os recursos turísticos pertencem ao patrimônio comum da humanidade. As 
comunidades dos territórios onde eles se situam têm, face a eles, direitos e obrigações especiais.
4.2. As políticas e atividades turísticas serão desenvolvidas respeitando o patrimônio 
artístico, arqueológico e cultural, que devem ser preservados e transmitidos às gerações 
futuras. Uma atenção especial deve ser concedida à preservação e restauração dos 
137
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
monumentos, santuários e museus, bem como de locais históricos e arqueológicos, que 
devem estar abertos à frequência turística. Deve ser encorajado o acesso do público aos 
bens e monumentos culturais privados, respeitando-se os direitos dos seus proprietários, 
bem como aos templos religiosos, sem prejudicar as necessidades de culto.
4.3. Os recursos obtidos pela frequência dos locais e monumentos culturais devem 
ser empregados, pelo menos em parte, preferencialmente, na manutenção, salvaguarda, 
valorização e enriquecimento desse patrimônio.
4.4. A atividade turística deve ser concebida de forma a permitir a sobrevivência e o 
desenvolvimento de produções culturais e artesanais tradicionais, bem como do folclore, e 
que não provoque a sua padronização e empobrecimento.
5. O TURISMO, ATIVIDADE BENÉFICA PARA OS PAÍSES E PARA AS COMUNIDADES 
DE DESTINO
5.1. As populações e comunidades locais devem estar associadas às atividades turísticas 
e participar equitativamente nos benefícios econômicos, sociais e culturais que geram, e 
sobretudo na criação de empregos diretos ou indiretos resultantes.
5.2. As políticas turísticas devem ser conduzidas de tal forma que contribuam para 
a melhoria do nível de vida das populações das regiões visitadas e respondam às suas 
necessidades A concepção urbanística e arquitetônica e o modo de exploração das estâncias 
e alojamentos turísticos devem visar a sua melhor integração no contexto econômico e 
social local. Em caso de igualdade de competências, deve ser dada prioridade à contratação 
de mão de obra local.
5.3. Uma particular atenção deve ser dada aos problemas específicos das zonas costeiras 
e aos territórios insulares, bem como às zonas rurais e serranas, frágeis, onde o turismo 
representa, muitas vezes, uma das raras oportunidades de desenvolvimento face ao declínio 
das tradicionais atividades econômicas.
5.4. Os profissionais do turismo, especialmente os investidores, devem, conforme 
regulamentação estabelecida pelas autoridades públicas, proceder a estudos sobre o 
impacto dos seus projetos de desenvolvimento em relação ao entorno e aos meios naturais 
existentes. Devem, na mesma forma prestar informações quanto aos seus futuros programas 
e aos impactos previstos, com a maior transparência e objetividade requerida, abrindo-se ao 
diálogo, nessas matérias, com as populações interessadas.6. OBRIGAÇÕES DOS AGENTES DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO
6.1. Os agentes profissionais do turismo têm por obrigação fornecer aos turistas uma 
informação objetiva e sincera sobre os destinos, as condições de viagem, de receptivo e de 
estadia. Devem ainda assegurar uma transparência perfeita das cláusulas dos contratos 
138
Unidade II
propostos aos seus clientes, tanto no que se refere a sua natureza, preço e qualidade dos 
serviços que se comprometem fornecer, como das contrapartidas financeiras que lhes 
incumbem em caso de ruptura unilateral, por sua parte, dos referidos contratos.
6.2. Os profissionais do turismo, quando lhes couber, irão dar assistência, em cooperação 
com as autoridades públicas, quanto à segurança, prevenção de acidentes, proteção sanitária 
e higiene alimentar dos que recorrerem aos seus serviços. Zelarão pela existência de sistemas 
de seguro e de assistência apropriados. Da mesma forma, aceitam a obrigação de prestar contas, 
segundo as modalidades previstas nas regulamentações nacionais e, se necessário, pagar 
uma indenização equitativa no caso do não cumprimento de suas obrigações contratuais.
6.3. Os profissionais do turismo, enquanto deles depender, contribuirão para o pleno 
desenvolvimento cultural e espiritual dos turistas e permitirão o exercício de suas práticas 
religiosas durante os deslocamentos.
6.4. As autoridades públicas dos Estados de origem e dos países de destino, em coordenação 
com os profissionais interessados e suas associações, zelarão pelo estabelecimento de 
mecanismos necessários ao repatriamento dos turistas, no caso do não cumprimento das 
empresas organizadoras de suas viagens.
6.5. Os governos têm o direito – e o dever –, especialmente em caso de crise, de informar 
aos seus cidadãos das condições difíceis, e mesmo dos perigos que eles possam encontrar, 
por ocasião de seus deslocamentos ao exterior. No entanto, incumbe-lhes fornecer tais 
informações sem prejudicar, de forma injustificada ou exagerada, a indústria turística 
dos países receptores de fluxos turísticos e os interesses dos seus próprios operadores. O 
conteúdo de eventuais avisos deve, portanto, ser previamente discutido com as autoridades 
dos países de destino e com os profissionais interessados. As recomendações que sejam 
formuladas serão estritamente proporcionais à gravidade real das situações e limitadas às 
zonas geográficas onde a insegurança estiver comprovada. Essas recomendações devem ser 
atenuadas ou anuladas logo que o retorno à normalidade o permitir.
6.6. A imprensa, sobretudo a imprensa especializada em turismo, e os outros meios de 
comunicação, incluindo os modernos meios de comunicação eletrônica, devem fornecer 
uma informação honesta e equilibrada sobre os acontecimentos e situações suscetíveis 
de influência na frequência turística. Igualmente, devem ter por missão o fornecimento de 
indicações precisas e fiáveis aos consumidores de serviços turísticos. As novas tecnologias 
de comunicação e o comércio eletrônico devem ser desenvolvidos e utilizados para esse fim, 
não devendo, de forma alguma, assim como a imprensa e os outros meios de comunicação, 
incentivar o turismo sexual.
7. DIREITO DO TURISMO
7.1. A possibilidade de acesso direto e pessoal à descoberta das riquezas de nosso mundo 
constituirá um direito aberto, igualmente, a todos os habitantes do planeta. A participação 
cada vez mais ampla no turismo nacional e internacional deve ser considerada como uma 
139
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
das melhores expressões possíveis do crescimento contínuo do tempo livre, e não deve 
ser dificultada.
7.2. O direito ao turismo para todos deve ser visto como consequência ao direito ao 
descanso e aos tempos livres, e, em particular, a uma razoável limitação da duração do 
trabalho e licenças periódicas pagas, conforme é garantido no artigo 24 da Declaração 
Universal dos Direitos Humanos, e no artigo 7.1 do Pacto Internacional relativo aos Direitos 
Econômicos, Sociais e Culturais.
7.3. O turismo social, sobretudo o turismo associativo que permite o acesso da maioria 
dos cidadãos ao lazer, às viagens e às férias, deverá ser desenvolvido com o apoio das 
autoridades públicas.
7.4. O turismo das famílias, dos jovens e estudantes, das pessoas idosas e dos deficientes 
deverá ser encorajado e facilitado.
8. LIBERDADE DO DESLOCAMENTO TURÍSTICO
8.1. Os turistas e visitantes se beneficiarão, respeitando-se o direito internacional e as 
legislações nacionais, da liberdade de circulação, quer no interior do seu país, quer de um 
Estado para outro, em conformidade com o artigo 13 da Declaração Universal dos Direitos 
Humanos; e poderão ter acesso às zonas de trânsito e de estada, bem como aos locais 
turísticos e culturais, sem exageradas formalidades e sem discriminações.
8.2. Os turistas e visitantes devem ter reconhecida a faculdade de utilizar todos os meios 
de comunicação disponíveis, interiores ou exteriores, devem beneficiar-se de um pronto e 
fácil acesso aos serviços administrativos judiciários e de saúde locais, bem como ao livre 
contato com as autoridades consulares do seu país de origem, em conformidade com as 
convenções diplomáticas vigentes.
8.3. Os turistas e visitantes serão beneficiados com os mesmos direitos dos cidadãos 
do país visitado quanto à confidencialidade dos dados e informações pessoais que lhes 
respeitem, sobretudo as armazenadas sob forma eletrônica.
8.4. Os procedimentos administrativos do cruzamento de fronteira, estabelecidos pelos 
Estados ou resultantes de acordos internacionais, como os vistos, ou as formalidades 
sanitárias e alfandegárias, devem ser adaptados de modo a facilitar ao máximo a liberdade 
de viajar e o acesso do maior número de pessoas ao turismo internacional. Os acordos entre 
grupos de países visando harmonizar e simplificar tais procedimentos devem ser encorajados. 
Os impostos e os encargos específicos que penalizem a indústria turística e atentem contra 
a sua competitividade turística, devem ser progressivamente eliminados ou reduzidos.
8.5. Desde que a situação econômica dos países de origem o permita, os turistas devem 
dispor do crédito de divisas conversíveis necessário aos seus deslocamentos.
140
Unidade II
9. DIREITO DOS TRABALHADORES E DOS EMPRESÁRIOS DA INDÚSTRIA TURÍSTICA
9.1. Os direitos fundamentais dos trabalhadores assalariados e autônomos da indústria 
turística e das atividades afins devem ser assegurados pelas administrações, quer dos Estados 
de origem, quer dos países de destino, com especial atenção, tendo em vista as limitações 
específicas vinculadas à sazonalidade da sua atividade, à dimensão global de sua indústria 
e à flexibilidade muitas vezes imposta pela natureza do seu trabalho.
9.2. Os trabalhadores assalariados e autônomos da indústria turística e das atividades 
afins têm o direito e o dever de adquirir uma formação ajustada, inicial e contínua. A eles 
será assegurada uma proteção social adequada e a precariedade do emprego deve ser 
limitada ao máximo possível. Deverá ser proposto aos trabalhadores sazonais do setor um 
estatuto especial, visando a sua proteção social.
9.3. Toda a pessoa física e jurídica, sempre que demonstrar possuir as disposições e 
qualificações necessárias, deve ter reconhecido o direito de desenvolver uma atividade 
profissional no âmbito do turismo, de acordo com a legislação nacional vigente. Os 
empresários e os investidores – especialmente das pequenas e médias empresas – devem 
ter reconhecido o livre acesso ao setor turístico com um mínimo de restrições legais ou 
administrativas.
9.4. As trocas de experiência oferecidas aos quadros de trabalhadores de diferentes 
países, assalariados ou não, contribuem para o desenvolvimento da indústria turística 
mundial. Assim, devem ser incentivadas sempre que possível, de acordo com as legislações 
nacionais e as convenções internacionais aplicáveis.
9.5. Fator insubstituível de solidariedade no desenvolvimento e de dinamismo nas trocas 
internacionais,as empresas multinacionais da indústria turística não devem abusar das 
situações de posição dominante que por vezes detêm. Estas devem evitar tornarem-se 
modelos culturais e sociais artificialmente impostos às comunidades receptoras de fluxos 
turísticos. Em troca da liberdade de investir e operar comercialmente, que lhes deve ser 
plenamente reconhecida, devem comprometer-se com o desenvolvimento local evitando, 
pelo repatriamento excessivo dos seus benefícios ou pelas importações induzidas, reduzir a 
contribuição que dão às economias de onde estão instaladas.
9.6. A colaboração e o estabelecimento de relações equilibradas entre empresas dos 
países emissores e receptores contribuem para o desenvolvimento sustentável do turismo e 
para uma distribuição equitativa dos benefícios do seu crescimento.
10. APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO CÓDIGO MUNDIAL DE ÉTICA DO TURISMO
10.1. Os setores públicos e privados do desenvolvimento turístico cooperaram na 
aplicação dos presentes princípios e devem zelar pelo controle da sua efetivação.
141
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
10.2. Os agentes do desenvolvimento turístico reconheceram o papel dos organismos 
internacionais, na primeira linha das quais a Organização Mundial do Turismo, e das 
organizações não governamentais competentes em matéria de promoção e desenvolvimento 
do turismo, na proteção dos direitos humanos, do meio ambiente e da saúde, respeitando os 
princípios gerais do direito internacional.
10.3. Os mesmos agentes manifestam a intenção de submeter, para efeitos de conciliação, 
os litígios relativos à aplicação ou interpretação do Código Mundial de Ética do Turismo a 
um terceiro organismo imparcial denominado: Comitê Mundial de Ética do Turismo.
Fonte: Paraná (s.d.).
Todos os aspectos tratados no Código de Ética Mundial para o Turismo são relevantes, por isso 
sugerimos que sejam feitas várias leituras de forma a ampliar a compreensão e a reflexão sobre as 
possibilidades de aplicação prática desse importante instrumento.
Recomendável ter especial atenção com os temas tratados nos itens:
•	 Item 3: o turismo, fator de desenvolvimento sustentável.
•	 Item 6: obrigações dos agentes de desenvolvimento turístico.
•	 Item 9: direitos dos trabalhadores e dos empresários da indústria turística.
•	 Item 10: aplicações dos princípios do Código Mundial de Ética do Turismo.
Pense sempre no Código de Ética Mundial para o Turismo como um instrumento de aplicação prática, 
capaz de conduzir e orientar suas ações na área de gestão de turismo. Nenhum projeto ou iniciativa na 
área de turismo deve contrariar ou flexibilizar os aspectos contidos no Código de Ética Mundial para o 
Turismo, que não são passíveis de negociação porque são demasiadamente relevantes para que possamos 
desenvolver o turismo em condições dignas e de verdadeiro desenvolvimento social e econômico.
 Saiba mais
A íntegra do Código de Ética Mundial para o Turismo pode 
ser encontrada em:
BRASIL. Ministério do Turismo. Código de Ética Mundial para o Turismo: 
por um turismo responsável. Brasília: Ministério do Turismo, [s.d.]. Disponível 
em: http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/
publicacoes/downloads_publicacoes/PREVIEW_MTUR_Codigo_de_
Etica_Turismo_120_210mm_Portugues.pdf. Acesso em: 29 set. 2020.
Consulte-o e o tenha sempre à mão.
142
Unidade II
No Brasil, em 26 de agosto de 2019, foi aprovada a Portaria Interministerial n. 272, que instituiu 
o Código de Conduta destinado à prevenção e ao enfrentamento à exploração sexual de crianças e 
adolescentes no turismo. Determina o art. 2º que:
 
Art. 2º O Código de Conduta é de livre adesão e tem por objetivo orientar e 
estabelecer padrões de comportamento ético de empresas e prestadores de 
serviços turísticos, seus funcionários e colaboradores que trabalhem direta 
ou indiretamente no contexto do turismo para que, no desempenho de 
suas atividades, adotem ações de prevenção e enfrentamento à exploração 
sexual de crianças e adolescentes (BRASIL, 2019d).
Muito embora o Código de Conduta não seja de adesão obrigatória, será sempre uma ótima medida 
a ser adotada pelos profissionais de turismo, porque terá o significado de um selo de qualidade, uma 
comprovação de que empresas e prestadores de serviços em turismo estão comprometidos oficialmente 
com as práticas de prevenção e enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes, um dos 
problemas mais graves que a atividade de turismo enfrenta em nosso país.
A portaria prevê ainda que as empresas e prestadores de serviços turísticos que exercem suas 
atividades pautadas em conduta ética que respeita a confiabilidade, responsabilidade, justiça, zelo 
e cidadania, e que se comprometerem com a prevenção e o enfrentamento à exploração sexual de 
crianças e adolescentes deverão assinar um termo de compromisso e ficarão cadastradas no cadastro 
de empresas que atuam no setor de turismo (Cadastur). Após assinar o termo de compromisso e serem 
cadastradas, as empresas receberão do Ministério do Turismo um selo de reconhecimento que poderá 
ser utilizado em material promocional e também na sede do estabelecimento, de forma a comprovar o 
compromisso assumido.
 Saiba mais
A íntegra da portaria interministerial que estabeleceu o código de 
conduta à prevenção e ao enfrentamento da exploração sexual de crianças 
e adolescentes no turismo pode ser encontrada em:
BRASIL. Ministério do Turismo. Portaria Interministerial n. 272, 
de 26 de agosto de 2019. Institui o código de conduta destinado 
à prevenção e ao enfrentamento à exploração sexual de crianças 
e adolescentes no turismo. Brasília, 2019. Disponível em: https://
www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-interministerial-n-272-de-
26-de-agosto-de-2019-212910388#:~:text=2%C2%BA%20O%20
C%C3%B3digo%20de%20Conduta,suas%20atividades%2C%20adotem%-
20a%C3%A7%C3%B5es%20de. Acesso em: 29 set. 2020.
E para adesão, a empresa pode consultar o seguinte portal:
http://www.codigodeconduta.turismo.gov.br/index.php/pt/
143
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
É importante conhecer também o Código de Ética do Turismólogo, adotado pela Associação Brasileira 
de Turismólogos e Profissionais do Turismo (ABBTUR), que determina que a atuação profissional na área de 
turismo deve ser pautada pela verdade, dignidade, independência e probidade, e que o exercício da 
atividade profissional nesse setor não pode ser usado por terceiros com objetivos exclusivos de lucro, 
finalidade política, religiosa ou racial.
O Código de Ética do Turismólogo da ABBTUR imputa aos profissionais a responsabilidade por 
denunciar às autoridades e aos órgãos da categoria todos os atos e práticas que coloquem em risco a 
integridade do turista, devendo ser adotada a mesma conduta para produtos e serviços comercializados 
por meio de propaganda enganosa.
 Lembrete
A publicidade enganosa ou abusiva é expressamente vedada pela 
Lei n. 8.078/1990 (CDC).
Também incentiva a denúncia de atos e práticas que depredem ou comprometam os bens naturais 
e/ou culturais das comunidades que recebem os turistas, e a denúncia de violação dos direitos das 
crianças e adolescentes nas práticas de turismo.
O Código possui ainda um capítulo voltado a regular as práticas da atividade profissional de turismo, 
com objetivo de que elas sejam sempre destinadas ao turismo sustentável.
 Saiba mais
É muito importante ler atentamente o código de ética desenvolvido pela 
ABBTUR, para que a atividade profissional esteja sempre em consonância 
com os pressupostos ali determinados:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TURISMÓLOGOS E PROFISSIONAIS DE 
TURISMO (ABBTUR). Código de Ética do Turismólogo. Rio de Janeiro: 
ABBTUR, 2018. Disponível em: http://abbtur.com.br/admin/editor/userfiles/
file/codigo_etica_turismologo_2018(1).pdf. Acesso em: 29 set. 2020.
8.4 Ética empresarial
O estudo da ética e da moral chegou à vida empresarial em razão da grande importância que as 
empresas adquiriram a partir da segunda metade do século XX, no Brasil,quando se tornaram os principais 
meios de produção em razão do uso dos processos industrializados, do avanço tecnológico e do fato de 
se organizarem de maneira a constituir uma pessoa jurídica diferente da pessoa natural de seus sócios ou 
acionistas, e assim não colocando em risco o patrimônio deles, como já estudamos em direito empresarial.
144
Unidade II
Newton De Lucca (2009, p. 312) afirma, sobre a importância das empresas, que:
 
[...] os efeitos do fenômeno empresarial não se limitaram à subsistência da 
maior parte da população ativa do país, à produção da maior parte dos bens 
e serviços consumidos pelo povo, à parcela maior de arrecadação das receitas 
fiscais por parte do Estado e à gravitação dos vários agentes econômicos 
não assalariados (tais como investidores de capital, os fornecedores e os 
prestadores de serviços). Esse fenômeno também terá sido decisivo na 
conformação comportamental de outras instituições que, até há bem pouco 
tempo, passaram a latere (ao lado) do alcance da vida empresarial.
A presença da atividade empresarial em todos os campos da produção econômica e a influência dessa 
forma de organização em todas as demais áreas sociais provocaram o debate sobre a necessidade de 
engajamento ético das empresas e não apenas dos profissionais que exercem suas atividades. Assim, na 
área do turismo, não é suficiente que os gestores cumpram o código de ética de sua profissão. É preciso 
que a organização empresarial na qual eles atuam também cumpra sua função social e se organize com 
objetivo de respeitar valores éticos para agir corretamente de forma a garantir bons resultados para 
todos, ou seja, sócios, profissionais, empregados, prestadores de serviços, fornecedores e sociedade.
No Brasil e em todo o mundo a sociedade passou a exigir que a atividade empresarial respeite valores 
morais, ou seja, que atue de forma ética para concretizar no cotidiano de suas atividades esses 
valores morais. A evolução da concepção da atividade empresarial foi benéfica para toda a sociedade, 
porque essa será a garantia de que a empresa atuará para respeitar seus empregados, a comunidade na 
qual está inserida e o meio ambiente.
Hoje a sociedade tem clareza de que não é mais aceitável que uma empresa suborne funcionários 
públicos para não ser fiscalizada, sonegue impostos, pratique poluição ambiental em troca de 
financiamento de campanha política, use o assédio moral como forma de obter maior produção de seus 
empregados, coloque no mercado de consumo produtos que sabe ou deveria saber serem nocivos à 
saúde do consumidor, entre outras inúmeras práticas antiéticas ou ilegais que não são mais admitidas 
em empresas de pequeno, médio ou grande porte.
Veloso (2005, p. 5) explica:
 
As organizações terão de aprender a equacionar a necessidade de obter lucros, 
obedecer às leis, ter um comportamento ético e envolver-se em alguma 
forma de filantropia para com as comunidades em que se inserem. Além 
disso, mudanças, como nas formas que são concebidos e comercializados 
os produtos e serviços, trazem consigo novas questões éticas com as quais 
as organizações têm de aprender a lidar – principalmente porque, cada 
vez mais, as novas tecnologias de informação e oportunidades comerciais 
e empresariais são abertas pela globalização e tendem a levar todas as 
organizações a abraçar padrões globais de operação.
145
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
[...]
A responsabilidade social corporativa é a característica que melhor define 
esse novo ethos. Em resumo, está se tornando hegemônica a visão de que 
os negócios devem ser feitos de forma ética, obedecendo a rigorosos valores 
morais, de acordo com comportamentos cada vez mais universalmente 
aceitos como apropriados. As atitudes e atividades de uma organização 
precisam, desse ponto de vista, caracterizar-se por:
– preocupação com atitudes éticas e moralmente corretas que afetam 
todos os públicos/stakeholders envolvidos (entendidos da maneira mais 
ampla possível);
– promoção de valores e comportamentos morais que respeitem os padrões 
universais de direitos humanos e de cidadania e participação na sociedade;
– respeito ao meio ambiente e contribuição para a sustentabilidade 
de todo o mundo;
– maior envolvimento nas comunidades em que se insere a organização, 
contribuindo para o desenvolvimento econômico e humano dos indivíduos 
ou até atuando diretamente na área social, em parceria com governos 
ou isoladamente.
As práticas éticas são muito importantes para as empresas na sociedade contemporânea. 
Empregados, autoridades públicas, consumidores, fornecedores, investidores esperam que as empresas 
adotem regulamentos e códigos de ética que não sejam apenas documentos formais, mas que sejam 
integralmente vivenciados no cotidiano, de forma a viabilizar a efetividade da cultura de ética empresarial.
A área de gestão de turismo tem participação vital para a implementação da cultura da ética 
empresarial, porque o turismo é uma atividade social que pode contribuir para a educação e para 
a cultura ética.
Por isso, é obrigação essencial das empresas de turismo:
•	 Organizar códigos de conduta ética.
•	 Capacitar empregados e prestadores de serviços para obedecer ao código.
•	 Monitorar suas atividades para aferir se estão sendo praticadas de forma adequada e eficiente.
Arruda, Whitaker e Ramos (2009, p. 53) analisam:
 
146
Unidade II
Programas de ética são desenvolvidos por meio de um processo que envolve 
todos os integrantes da empresa e que passa pelas etapas de sensibilização, 
conscientização, motivação, capacitação e, finalmente, adoção de um código 
de conduta baseado em princípios e valores perenes. Cada organização 
deve contemplar em seu código situações e características próprias de suas 
operações, segundo o ramo de atuação. Essas diferenças podem ser vistas em 
publicações e nos websites das respectivas empresas. Uma vez implantado 
o código de ética, deve ser desenvolvido um trabalho de acompanhamento 
e adequação às circunstâncias internas e externas da organização, fruto das 
contínuas mudanças inerentes ao desenrolar dos negócios.
[...]
Os principais tópicos abordados na maioria dos códigos são: conflitos de 
interesse, conduta ilegal, segurança dos ativos da empresa, honestidade nas 
comunicações dos negócios da empresa, denúncias, suborno, entretenimento 
e viagem, propriedade da informação, contratos governamentais, 
responsabilidades de cada stakeholder, assédio profissional, assédio sexual, 
uso de drogas e álcool.
A relação de temas habitualmente abordados em um código de ética empresarial varia a depender 
da atividade profissional exercida, mas em atividades profissionais de gestão de turismo é preciso 
estar muito atento para que sejam contempladas áreas como probidade no relacionamento com 
o poder público em todos os níveis, dos ministros de Estado aos prefeitos e secretários municipais, 
sem esquecer administradores de parques e áreas de lazer. Com todos eles o relacionamento deve se 
pautar pela ética, moralidade, transparência e legalidade.
Também é preciso que o código de ética profissional da área de gestão de turismo trate do 
comportamento esperado dos profissionais da empresa em relação a clientes, colaboradores de hotéis, 
restaurantes, parques, museus, teatros, casas de espetáculos, entre outros locais em que habitualmente 
são exercidas atividades de turismo. É preciso que haja vedação expressa para práticas de assédio moral 
ou sexual e incentivo a comportamentos que respeitem a diversidade, a identidade de gênero, etnias, 
culturas e opção religiosa.
Os códigos de ética empresarial são células vivas da empresa e devem ser tratados como processo em 
permanente construção, que precisa ser continuamente revisitado para estar em conformidade com as 
melhores práticas. Deve ser tratado como processo de constante implementação e aprimoramento, com 
motivação dos funcionários e direção da empresa, por meio de palestras, aulas, vídeos, rodas de conversa 
e encontrosque viabilizem a troca de experiências, para que todas as áreas da empresa conheçam, 
respeitem e façam cumprir as determinações do código de ética.
147
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
Figura 22 – Cabo de Hornos, Chile
Figura 23 – Monumento que homenageia os viajantes que naufragaram na travessia do Cabo de Hornos, Chile. 
Nessa escultura do albatroz, que tem sete metros de altura, foi gravado um poema de Sara Vial que diz: 
“Sou o albatroz que te espera no fim do mundo. / Sou a alma esquecida dos marinheiros mortos que cruzaram / 
O Cabo de Hornos desde todos os mares da Terra. / Mas eles não morreram nas furiosas ondas, hoje voam 
em minhas asas / Até a eternidade, na última fenda dos ventos antárticos.”
 Resumo
Nesta unidade, tratamos da legislação de turismo, com especial 
destaque para a legislação nacional, embora também tenhamos estudado 
aspectos internacionais.
Estudamos o sistema nacional de turismo brasileiro, principalmente o 
Ministério do Turismo e as demais entidades que compõem o sistema, com 
destaque para a Embratur.
Conhecemos a Lei Geral de Turismo e os diferentes aspectos que ela 
regula, destacando a política nacional de turismo, o PNT, o suporte técnico 
e financeiro e como são definidos os prestadores de serviços em turismo.
148
Unidade II
Também estudamos os regulamentos da Lei Geral de Turismo e 
algumas leis esparsas que tratam de aspectos específicos das atividades de 
turismo no Brasil.
Analisamos detalhadamente o PNT vigente para o período de 2018 a 
2022, detendo-nos em suas linhas de atuação e nas estratégias escolhidas 
para concretizar diferentes pontos que integram o PNT. Em seguida, 
tratamos das políticas públicas de turismo e compreendemos não apenas 
o significado de uma política pública, mas, principalmente, pudemos 
entender que no caso específico do turismo, todas as políticas públicas se 
consolidam com a integração a políticas de desenvolvimento social e de 
proteção ao meio ambiente.
Turismo não é atividade que possa ser desenvolvida sem que sejam 
considerados aspectos sociais e ambientais, como pudemos aprender.
Tratamos também da ética como conceito e da ética profissional 
como instrumento para as melhores práticas em turismo. Estudamos 
detalhadamente o Código de Ética Mundial para o Turismo, aprovado 
pela OMT, órgão da ONU, e também analisamos o Código de Ética do 
Turismólogo da ABBTUR.
Refletimos sobre a importância da ética para as empresas que atuam no 
setor de turismo e como ela deve ser pensada como cultura da empresa, 
a ser implementada de forma contínua e monitorada para que se possa 
aferir se os melhores resultados têm sido concretizados.
 Exercícios
Questão 1. (Enade 2012) A Lei n. 11.711, de 17 de setembro de 2008, intitulada Lei Geral do Turismo, 
tornou-se um marco regulatório para o setor turístico brasileiro.
Sobre a lei geral do turismo, avalie as afirmações a seguir.
I – A lei estabelece normas sobre a política nacional de turismo e define atribuições do governo 
federal para o planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor.
II – A lei cria o Comitê Interministerial de Facilitação Turística, que deve compartilhar a execução 
da política nacional de turismo e a consecução das metas do plano nacional de turismo com as demais 
políticas públicas.
149
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS
III – A lei institui o sistema nacional de turismo que tem como órgão central o Ministério do Turismo 
e será composto por esse ministério, pela Embratur, pelo Conselho Nacional de Turismo e pelo Fórum 
Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo.
IV – A lei extingue o fundo nacional de turismo (Fungetur), que tem a finalidade de financiar 
ou de apoiar planos, projetos, ações e empreendimentos reconhecidos pelo Ministério do Turismo como de 
interesse turístico.
V – A lei disciplina a prestação de serviços turísticos, o cadastro, a classificação e a fiscalização dos 
prestadores de serviços, tais como meios de hospedagem, agências de turismo, transportes turísticos, 
organizadores de eventos, parques temáticos e acampamentos turísticos.
É correto o que se afirma em
A) I, IV e V, apenas.
B) I, II, III e IV, apenas.
C) I, II, III e V, apenas.
D) II, III, IV e V, apenas.
E) I, II, III, IV e V.
Resposta correta: alternativa C.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
Justificativa: a Lei n. 11.771/2008, conhecida como lei geral do turismo, dispõe sobre a política 
nacional de turismo e define as atribuições do governo federal no que se refere ao planejamento, 
ao desenvolvimento e ao estímulo ao setor turístico e à prestação de serviços turísticos. Essa lei 
também prevê que cabe ao Ministério do Turismo estabelecer a política nacional de turismo, planejar, 
fomentar, regulamentar, coordenar e fiscalizar a atividade turística, bem como promover e divulgar 
institucionalmente o turismo em âmbito nacional e internacional. Vale notar que há, no Congresso 
Nacional, o Projeto de Lei n. 1.829, que visa atualizar a Lei n. 11.771.
II – Afirmativa correta.
Justificativa: na Lei n. 11.771, no art. 11, é criado o Comitê Interministerial de Facilitação Turística, 
que deve compartilhar a execução da política nacional de turismo e a consecução das metas do plano 
nacional de turismo com as demais políticas públicas.
150
Unidade II
III – Afirmativa correta.
Justificativa: a Lei n. 11.771 institui, no art. 8º, o sistema nacional de turismo, que tem como órgão 
central o Ministério do Turismo e é composto por esse ministério, pela Embratur, pelo Conselho Nacional 
de Turismo e pelo Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo. O objetivo do sistema 
nacional de turismo é promover o desenvolvimento das atividades turísticas, de forma sustentável, pela 
coordenação e pela integração das iniciativas oficiais com as iniciativas do setor produtivo.
IV – Afirmativa incorreta.
Justificativa: a lei não extingue o fundo nacional de turismo (Fungetur), que tem a finalidade de 
financiar ou de apoiar planos, projetos, ações e empreendimentos reconhecidos pelo Ministério do 
Turismo como de interesse turístico.
V – Afirmativa correta.
Justificativa: a Lei n. 11.771, em seu capítulo V, seção I, subseção I, disciplina a prestação de serviços 
turísticos, o cadastro, a classificação e a fiscalização dos prestadores de serviços, por exemplo os meios de 
hospedagem, as agências de turismo, os transportes turísticos, os organizadores de eventos, os parques 
temáticos e os acampamentos turísticos.
Questão 2. (Enade 2012, adaptada) Leia o texto a seguir.
O manejo ou a gestão de unidades de conservação (UCs) compreende o conjunto 
de ações e atividades necessárias ao alcance dos objetivos de conservação das 
áreas protegidas. De forma mais específica, o manejo de impactos da visitação 
envolverá uma série de ações técnicas e de gestão para minimizar os 
impactos da visitação no ambiente e maximizar a qualidade da experiência 
dos visitantes.
A lógica que orientou a estruturação dos procedimentos de manejo de impactos 
da visitação considerou que, para algumas UCs, é importante controlar a 
quantidade de pessoas que visitam determinado atrativo em função da limitação 
das condições de manejo da UC, dos serviços oferecidos e da grande demanda 
pela visitação naquele lugar. Destaca-se que a maior parte dos impactos 
não é decorrente da quantidade de visitantes e sim de seu comportamento. 
Desse modo, o fator-chave do trabalho é a definição e o monitoramento de 
indicadores de impactos da visitação na qualidade do ambiente e da experiência 
do visitante. O monitoramento dos indicadores permitirá identificar alterações 
na qualidade do ambiente e da experiência, requerendo ações de manejo e 
também a alteração do fator numérico estabelecido inicialmente.
INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Roteiro metodológico 
 para o manejo de impactos da visitação. Brasília: ICMBIO, 2011. Adaptado.
151
LEGISLAÇÃO TURÍSTICA, ÉTICA E POLÍTICAS PÚBLICASCom relação à necessidade de planejamento turístico sustentável em UCs, deve-se:
I – Planejar o manejo de impactos da visitação como previsto no Estatuto da Terra, que normatiza 
as questões fundiárias.
II – Adotar uma referência numérica para a capacidade de manejo de visitação como elemento 
balizador e de apoio à tomada de decisões, pois a proteção de recursos naturais e culturais e a 
melhoria da qualidade da experiência dos visitantes dependem do monitoramento de indicadores e da 
implementação de ações de manejo.
III – Promover a participação de pesquisadores, excursionistas, praticantes de esportes de aventura, 
especialistas, lideranças comunitárias envolvidas com ecoturismo, conhecedores das atividades de 
visitação de determinada UC, no seu Conselho Gestor e no manejo de impactos de visitação.
É correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Resposta correta: alternativa D.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa incorreta.
Justificativa: o planejamento do manejo de impactos da visitação em áreas protegidas está 
previsto no sistema nacional de unidades de conservação (SNUC), e não no Estatuto da Terra, como 
dito na afirmativa.
O SNUC foi aprovado pela Lei n. 9.985/2000, que define, em seu art. 2º, as unidades de conservação 
(UCs) conforme segue: “espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, 
com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo poder público, com objetivos de 
conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias 
adequadas de proteção”.
152
Unidade II
II – Afirmativa correta.
Justificativa: a capacidade de manejo de visitação deve ser um elemento balizador e de apoio à 
tomada de decisões. A proteção de recursos naturais e culturais e a melhoria da qualidade da experiência 
dos visitantes dependem do monitoramento de indicadores e da implementação de ações de manejo, 
como apresentado nas metodologias propostas.
III – Afirmativa correta.
Justificativa: a conservação das áreas naturais somente terá efeito a partir da integração e da 
participação de pesquisadores, excursionistas, praticantes de esportes de aventura, especialistas, 
lideranças comunitárias envolvidas com ecoturismo e conhecedores das atividades de visitação de 
determinada UC, no seu Conselho Gestor e no manejo de impactos de visitação.
153
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
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Figura 2
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Disponível em: https://www.jota.info/justica/stf-mantem-ensino-religioso-publico-ligado-a-
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Figura 8
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Figura 20
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de 2008, que dispõe sobre a política nacional de turismo, define as atribuições do governo federal no 
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Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7381.htm. Acesso 
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remaneja cargos em comissão e funções de confiança e substitui cargos em comissão do grupo-
direção e assessoramento superiores (DAS) por funções comissionadas do Poder Executivo (FCPE). 
Brasília, 2019a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/
D9672.htm. Acesso em: 29 set. 2020.
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5º da Lei n. 11.771, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre a política nacional de turismo, com 
vistas a desenvolver, a ordenar e a promover os segmentos turísticos relacionados com o patrimônio 
mundial cultural e natural do Brasil. Brasília, 2019b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
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BRASIL. Decreto-lei n. 4.657, de 4 de setembro de 1942. Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro. Brasília, 1942. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/
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Brasília, 1943. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso 
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normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, estados e municípios. Brasília, 1966. Disponível 
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156
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Sites
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http://www.codigodeconduta.turismo.gov.br/index.php/pt/
http://www.stj.jus.br/sites/portalp/Inicio
www12.senado.leg.br 
www.camara.leg.br
www.congressonacional.leg.br
www.planalto.gov.br
Exercícios
Unidade I – Questão 1: INEP. Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2009: Direito. 
Questão 15. Disponível em: http://public.inep.gov.br/enade2009/DIREITO.pdf. Acesso em: 30 set. 2020.
Unidade II – Questão 1: INEP. Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2012: Turismo. 
Questão 21. Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2012/11_
TURISMO.pdf. Acesso em: 30 set. 2020.
Unidade II – Questão 2: INEP. Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2012: Turismo. 
Questão 26. Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2012/11_
TURISMO.pdf. Acesso em: 30 set. 2020.
160
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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