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Inervação do pescoço

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Na região anterolateral e mais superficialmente no 
pescoço, um músculo dérmico é o platisma, inervado 
pelo nervo facial (VII). Em um plano mais profundo, 
estão o músculo esternocleidomastóideo e, 
posteriormente, o músculo trapézio. 
O músculo esternocleidomastóideo movimenta a 
cabeça, inclinando-a lateralmente e também a 
flexionando contra a resistência. O músculo trapézio 
relaciona-se com movimentos do ombro. Na região 
anterior e com relação ao osso hioide, estão os músculos 
supra e infrahióideos, que agem estabilizando o osso 
hioide, importante para os movimentos de mastigação, 
deglutição e da laringe. 
Inervação dos músculos trapézio e 
esternocleidomastóideo | Nervo acessório (XI) 
Origem 
O nervo acessório é motor, origina-se do sulco lateral 
posterior do bulbo e deixa o crânio pelo forame jugular, 
junto com os nervos glossofaríngeo (IX) e vago (X). 
Trajeto e ramos 
Em sua origem, apresenta uma raiz craniana e outra 
espinal, que, juntas, emergem do crânio pelo forame 
jugular. O nervo acessório desce profundamente ao 
processo estiloide e ao ventre posterior do músculo 
digástrico. 
Emite um ramo que perfura a superfície profunda do 
músculo esternocleidomastóideo, para inervá-lo. 
Continua-se em direção posterior, cruzando 
obliquamente o trígono posterior do pescoço sobre o 
músculo levantador da escápula, para alcançar e inervar 
o músculo trapézio. 
Inervação 
Inerva os músculos trapézio e esternocleidomastóideo e 
contribui na formação do plexo faríngeo (X e XI), que 
inerva a faringe. 
Inervação dos músculos supra-hióideos 
Os músculos supra-hióideos são inervados pelos nervos 
trigêmeo (V3), facial (VII) e hipoglosso (XII). 
Nervo trigêmeo (V3) 
Inerva o ventre anterior do músculo digástrico e o 
músculo milohióideo, por meio do nervo milohióideo, 
que é ramo do nervo alveolar inferior. 
Nervo facial (VII) 
Inerva o ventre posterior do músculo digástrico e o 
músculo estilohióideo, por meio dos ramos musculares 
do nervo facial, que alcançam esses músculos logo 
depois da emergência do nervo facial pelo forame 
estilomastóideo. 
Nervo hipoglosso (XII) 
Inerva o músculo gêniohióideo, além de inervar os 
músculos intrínsecos e extrínsecos da língua. 
Inervação dos músculos infrahióideos 
Os músculos infrahióideos são inervados pela alça 
cervical (C1, C2, C3), exceto o músculo tíreohióideo, 
que é inervado por um ramo direto do nervo hipoglosso 
(XII). 
Inervação dos músculos da língua 
A língua é um órgão importante para a gustação, a 
fonação, a trituração do bolo alimentar e a deglutição. 
Apresenta músculos esqueléticos intrínsecos e 
extrínsecos. Sua inervação motora é fornecida pelo 
nervo hipoglosso (XII). 
Nervo hipoglosso (XII) 
Origem 
O nervo hipoglosso origina-se do sulco lateral anterior 
do bulbo e deixa o crânio pelo canal do hipoglosso. 
Trajeto e ramos 
O nervo hipoglosso desce a partir do canal do 
hipoglosso, passando entre a artéria carótida interna e a 
veia jugular interna, em frente ao nervo vago. Passa 
profundamente ao ventre posterior do músculo 
digástrico e descreve uma alça em torno da artéria 
occipital, dirigindo-se anteriormente ao pescoço. 
Cruza, então, a artéria carótida interna e a artéria 
lingual. Sobre o músculo hioglosso, ele se situa 
inferiormente ao ducto da glândula submandibular e ao 
nervo lingual. Aí, emite seus ramos terminais. 
O nervo hipoglosso emite os seguintes ramos: 
meníngeos, ramo para o músculo gêniohióideo, ramo 
para o músculo tíreohióideo, ramos para os músculos 
extrínsecos e intrínsecos da língua e a raiz superior da 
alça cervical. 
Inervação 
Inerva os músculos extrínsecos e intrínsecos da língua. 
Inerva, ainda, os músculos gêniohióideo (suprahióideo) 
e tíreohióideo. Além disso, o nervo hipoglosso contribui 
Inervação do pescoço 
para a inervação dos outros músculos infrahióideos, por 
meio da raiz superior da alça cervical. 
Nervos espinais cervicais 
Os nervos espinais, após emergirem dos forames 
intervertebrais, dividem-se em ramos posteriores 
(dorsais) e ramos anteriores (ventrais). 
Os ramos posteriores dirigem-se para o dorso e a região 
posterior da cabeça. Os ramos anteriores de C1 a C4 
unem-se para formar o plexo cervical que se dirige para 
o pescoço. Já os ramos anteriores de C5 a T1 formam o 
plexo braquial, que inerva o membro superior. 
Ramos posteriores (dorsais) dos nervos espinais 
Inervação 
Os ramos dorsais dos nervos espinais inervam os 
músculos do dorso. 
Ramos anteriores (ventrais) dos nervos espinais 
Plexo cervical 
O plexo cervical é misto (sensitivo e motor). Forma-se 
pelos ramos anteriores dos nervos espinais de C1 a C4. 
Ele se localiza no pescoço, na frente do músculo 
levantador da escápula, coberto pela veia jugular interna 
e pelo músculo esternocleidomastóideo. 
 Os nervos cervicais originam ramos ventrais, que se 
misturam em várias alças das quais originam diversos 
ramos, sendo os ramos terminais sensitivos para a pele. 
Estes ramos sensitivos suprem a pele do ombro, da parte 
posterior da cabeça e do pescoço. 
Os principais ramos sensitivos do plexo cervical são os 
nervos occipital menor, auricular magno, transverso do 
pescoço e nervos supraclaviculares. Os ramos motores 
do plexo cervical são o nervo frênico e a alça cervical. 
Nervo frênico 
O nervo frênico é originado dos segmentos medulares 
C3, C4 e C5. Ele se inicia ao nível da margem superior 
da cartilagem tireóidea da laringe, tem um trajeto 
descendente sobre o músculo escaleno anterior e passa 
entre artéria e veia subclávias, para entrar no tórax, 
dirigindo-se ao músculo diafragma. 
Inervação 
O nervo frênico é o único nervo motor para o músculo 
diafragma. 
Alça cervical 
O plexo cervical contribui para a formação da alça 
cervical. Esta se localiza no pescoço, na bainha carótica. 
Apresenta uma raiz superior que a liga com o nervo 
hipoglosso (XII); e uma raiz inferior que a liga com o 
plexo cervical (C1 a C3). 
Inervação 
A alça cervical inerva os músculos infrahióideos, com 
exceção do músculo tíreohióideo, que é inervado 
diretamente pelo nervo hipoglosso (XII). 
Plexo braquial 
O plexo braquial é misto, sendo formado pela união dos 
ramos anteriores dos nervos espinais dos segmentos de 
C5 a T1. Os troncos formados a partir desta união 
descem no trígono posterior do pescoço, situando-se 
acima da clavícula, posterior e lateralmente ao músculo 
esternocleidomastóideo. 
Inervação 
O plexo braquial origina nervos que apresentam fibras 
sensitivas e motoras para a inervação dos membros 
superiores. 
Inervação autônoma da cabeça 
O sistema nervoso autônomo (SNA) é responsável pela 
inervação do músculo estriado cardíaco, dos músculos 
lisos (vasos sanguíneos, músculo eretor do pelo, 
músculo ciliar, músculo esfíncter da pupila), das 
glândulas cutâneas (sudoríparas, sebáceas), das 
glândulas lacrimais, das glândulas salivares e das 
glândulas mucosas. 
O hipotálamo é considerado o centro regulador do 
sistema nervoso autônomo. Do hipotálamo, partem 
fibras que vão até os núcleos de nervos cranianos no 
tronco encefálico ou até a medula espinal. Para fins 
didáticos, divide-se o sistema nervoso autônomo em 
uma porção que constitui o sistema nervoso simpático 
e, em outra, o sistema nervoso parassimpático. 
No caso do SNA simpático, os neurônios pré-
ganglionares estão localizados na medula espinal 
torácica (T1 a L2), emergem através do nervo espinal e 
formam o tronco simpático. O tronco simpático é 
constituído por uma cadeia de gânglios localizados ao 
longo da coluna vertebral, sendo que, no pescoço, 
destacam-se os gânglios cervicais. 
Os neurônios pósganglionares para a cabeça localizam-
se nestes gânglios cervicais, principalmente no gânglio 
cervical superior. As fibras pósganglionares daí 
originadas acompanham vasos sanguíneos, para 
alcançarem seu território de inervação. 
 Formamplexos em torno destes vasos, por exemplo, o 
plexo carotídeo interno. Já no caso do SNA 
parassimpático, os neurônios préganglionares da cabeça 
estão localizados em núcleos de nervos cranianos, e os 
neurônios pósganglionares, em gânglios a eles 
associados. 
Músculos intrínsecos do olho | Nervo oculomotor 
(III) 
A inervação parassimpática para os músculos 
intrínsecos do olho é feita pelo nervo oculomotor (III). 
Estas fibras fazem sinapse no gânglio ciliar na órbita. 
Daí, alcançam estes músculos através dos nervos 
ciliares curtos (V1). 
A inervação simpática para os músculos intrínsecos do 
olho é feita através de fibras originadas do tronco 
simpático (gânglio cervical superior). Tais fibras 
acompanham o trajeto das artérias até o gânglio ciliar, 
onde passam sem manter sinapse, e alcançam os 
músculos intrínsecos pelos nervos ciliares curtos. 
Ações Parassimpático: acomodação do cristalino e 
contração da pupila (miose) 
Simpático: dilatação da pupila (midríase). 
Glândulas lacrimais | Nervo facial (VII) 
A inervação parassimpática para as glândulas lacrimais 
é feita pelo nervo petroso maior (nervo facial [VII]). 
Estas fibras fazem sinapse no gânglio pterigopalatino. 
Daí, alcançam a glândula por meio dos nervos 
zigomático (V2) e lacrimal (V1). 
A inervação simpática para a glândula lacrimal é feita 
através de fibras originadas do tronco simpático 
(gânglio cervical superior). Tais fibras acompanham o 
trajeto das artérias até o gânglio pterigopalatino, onde 
passam sem manter sinapse. Também alcançam a 
glândula através dos nervos zigomático (V2) e lacrimal 
(V1). 
Ações Parassimpático: secretomotor para as glândulas 
lacrimais, nasais e palatinas 
Simpático: vasoconstrição, pouco efeito na secreção da 
glândula. 
Glândulas submandibulares e sublinguais | Nervo 
facial (VII) 
A inervação parassimpática para as glândulas 
submandibular e sublingual é feita pelo nervo corda do 
tímpano (facial [VII]). Estas fibras fazem sinapse no 
gânglio submandibular. 
Daí, alcançam estas glândulas através do nervo lingual 
(V3). A inervação simpática para as glândulas 
submandibular e sublingual é feita através de fibras 
originadas do tronco simpático (gânglio cervical 
superior). 
Tais fibras acompanham o trajeto das artérias até o 
gânglio submandibular, onde passam sem manter 
sinapse. Também alcançam as glândulas através do 
nervo lingual (V3). 
Ações Parassimpático: secretomotoras para as 
glândulas submandibular e sublingual 
Simpático: vasoconstrição, pouco efeito na secreção das 
glândulas. 
Glândulas parótidas | Nervo glossofaríngeo (IX) 
A inervação parassimpática para a glândula parótida é 
feita pelo nervo glossofaríngeo (IX). Estas fibras fazem 
sinapse no gânglio ótico. Daí, alcançam a glândula 
através do nervo auriculotemporal (V3). 
A inervação simpática para a glândula parótida é feita 
através de fibras originadas do tronco simpático 
(gânglio cervical superior). Tais fibras acompanham o 
trajeto das artérias até o gânglio ótico, onde passam sem 
manter sinapse. Também alcançam a glândula através 
do nervo auriculotemporal (V3). 
Ações Parassimpático: secretomotoras para a glândula 
parótida. 
Simpático: vasoconstrição, pouco efeito na secreção das 
glândulas

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