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TESE LAUDO - INCORRETA ATUALIZAÇÃO - DA CORREÇÃO MONETÁRIA

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1. DA CORREÇÃO MONETÁRIA. INAPLICABILIDADE DE ÍNDICE DIVERSO DA SELIC.
O Sr. Perito ao elaborar os cálculos de liquidação não observou a recente decisão do STF.
Temos que, diante de importante fato superveniente, nos termos do art. 493 do CPC e da Súmula 394 do C. TST, deve ser aplicada a tese obrigatória fixada pelo E.STF após julgamento da ADC nº 58, no dia 18/12/2020, que determinou a incidência do IPCA-E na fase pré-judicial e, a partir da citação, a taxa SELIC, sob pena de alegação futura de inexigibilidade de título judicial fundado em interpretação contrária ao posicionamento do STF.
 				Ressalte-se que o E. STF modulou os efeitos da decisão – ao entendimento de que a taxa Selic deve ser aplicada também em execução definitiva cujo título executivo não fez nenhuma manifestação expressa quanto aos índices de correção monetária e taxa de juros (omissão expressa ou simples consideração de seguir os critérios legais). Cite-se trecho da r. decisão, in verbis:
 				“(...)
iii) igualmente, ao acórdão formalizado pelo Supremo sobre a questão dever-se-á aplicar eficácia erga omnes e efeito vinculante, no sentido de atingir aqueles feitos já transitados em julgado desde que sem qualquer manifestação expressa quanto aos índices de correção monetária e taxa de juros (omissão expressa ou simples consideração de seguir os critérios legais), vencidos os Ministros Alexandre de Moraes e Marco Aurélio, que não modulavam os efeitos da decisão. Impedido o Ministro Luiz Fux (Presidente). Presidiu o julgamento a Ministra Rosa Weber (Vice-Presidente). Plenário, 18.12.2020 (Sessão realizada por videoconferência - Resolução 672/2020/STF).” (g.n)
 				Assim, requer a reclamada seja aplicada a taxa SELIC desde a sua citação, sem incidência autônoma de um índice de correção monetária e de juros mensais desde o ajuizamento da ação, com incidência do IPCA-E na fase pré-judicial. 
 				Este fato superveniente determina que se torne sem efeito a execução promovida até o momento, em virtude do disposto no inciso II do artigo 520 do CPC.
 				Ainda, considerando que a r. decisão tomada pelo E. STF (sessão de julgamento de 18/12/2020), possui eficácia erga omnes e efeito vinculante, “deve ser observada desde a sessão em que foi proferida”, sem necessidade de aguardar-se o trânsito em julgado (STF, Rcl 16031 MC / SP, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, j. 21/08/2013, pub. DJE nº 167, divulgado em 26/08/2013, g.n.), requer-se digne-se Vossa Excelência de tornar sem efeito a execução provisória que se processa, com ordem para que o exequente seja intimado a apresentar sua nova conta de liquidação, respeitando os limites impostos pelo E. STF no julgamento da ADC 58, nos termos do artigo 879 da CLT, § 1º-B, com posterior intimação do executado para se manifestar acerca do novo cálculo. 
 				Por fim, é o caso de realçar que o pedido de aplicação da tese vinculante fixada pelo E. STF na ADC 58 decorre do art. 927, I, do CPC c/c os princípios da segurança jurídica (Constituição, art. 5º, caput) e da isonomia (idem, art. 5º, caput e inciso I).
 
Diante do exposto, impugna-se a conta apresentada pelo Sr. Perito, eis que não respeitou os limites impostos pelo E.STF no julgamento da ADC nº 58.
Desse modo, resta desde já impugnado as contas apuradas pelo Sr. Perito, pelo que deve ser retificado conforme exposto acima.

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