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Relatotio Estagio Clinico

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MEMORIAL REFLEXIVO DO ESTÁGIO CLÍNICO 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL
FIORINI, Bianca Regina Betholdo 
RU: 1200475
O estágio é um ciclo que nos permite crescer e aprender, ele contribui para o nosso desenvolvimento pessoal e nosso aprendizado, é onde vamos vivenciar de modo prático o que tanto estudamos. Ele nos proporciona conhecimentos, nos habilita e nos ensina.
Venho por meio deste manual relatar as experiências por mim vividas nesse estádio de psicopedagogia clínica. Por fim este memorial é “um documento de natureza autobiográfica, em que o narrador retoma sua trajetória de vida, a partir de objetivos previamente definidos (Bragança e Mauricio, 2008, p. 263)”.
1 DADOS INICIAIS
1.1 Identificação da Instituição
O estágio que se segue foi realizado na Escola Municipal Jardim da Colina, localizada nas Rua das Orquídeas, 219- Jardim da Colina, Dois Vizinhos –Paraná, Fone (046) 3536-4129. A instituição conta com 236 alunos, 7 salas, tendo os turnos matutino e Vespertino, seus níveis de ensino são referentes ao Ensino Fundamental anos iniciais. Seu regime jurídico é de caráter público, no que tange a concepção de ensino na escola rege o fundamento do coletivo, todas as decisões tomadas necessitam da participação de todos os atores, com reflexões da comunidade escolar. Destaca-se nesse processo o papel da equipe de gestão como articuladora de espaços democráticos de discussões para que todos os segmentos participem das decisões e assumam-se corresponsáveis pelos resultados. É necessário enfrentar os desafios da participação na gestão democrática com a abertura de canais efetivos de comunicação com e entre os envolvidos.
1.2 Dados do avaliando 
A avaliação clínica tem por objetivo diagnosticar uma criança que apresenta uma dificuldade no aprendizado, Y.K.B apresentou relevantes dificuldades cognitivas, afetivas e na sua oralidade. O discente é nascido no dia 20/11/2014, do sexo masculino, tendo como filiação apenas a parte materna E.H.B, frequenta o 1 ano do ensino fundamental anos inicias na escola já citada acima, tendo como professora regente V.D, que junto a a equipe pedagógica constatou as dificuldades esmiuçadas nesse presente relatório.
2.1 Registro de queixa 
Na primeira sessão com a genitora contatou-se as seguintes queixas relacionadas ao Y.K.B, dificuldade no aprendizado, a mãe citou que ele não consegue realizar as tarefas que lhe são encaminhadas pela escola, e quando ele consegue é porque lhe foi explicado mais de uma vez. Relatou também que ele não gosta de ir à escola e demonstra muita hiperatividade. 
A Docente me relatou que Y.K.B demonstra ansiedade extrema, muita das vezes morde seu lápis e sua borracha, não acompanha a turma nas atividades relacionadas a classe, possui dificuldade em parar quieto, está sempre em movimento, coisas simples o tiram de seu foco principal, 
Dispersa-se com muita facilidade seus materiais escolares estão sempre caindo no chão, possui dificuldade na escrita, possui uma ampla dificuldade em associar as cores, números e letras, quando consegue é por vinculação a determinados objetos ou coisas do seu dia a dia. A docente disse que é como se ele vivesse em um mundo com realidade paralela, tendo suas próprias regras.
Em minha entrevista com a instituição e com a docente ouvi atentamente a cada reclamação, a coordenação se demonstrou muito preocupada com a situação do aluno, disposta a ajudar no que fosse necessário, me possibilitou fazer todas as atividades, relatou as reclamações da professora regente e me encaminharam para ela. A professora solicitou ajuda, pois nota a um bom tempo que Y.K.B tem dificuldades bem abrangentes, dificuldades essas que se sobressaem aos seus colegas, que o estão atrasando com relação ao rendimento escolar, relatou que ele está atrasado nas matérias, possui muitas dificuldades no aprendizado e não tem costume de fazer as tarefas que são designadas para casa. A professora me relatou que para conseguir uma atenção melhor do discente o colocou na parte da frente da sala, onde seus olhos pudessem o observar, para que ela pudesse o auxiliar nas atividades, os materiais didáticos de Y.K.B ficam na mesa da professora, ela os entrega à medida que ele precisa para desempenhar as atividades pedidas. Constantemente ela chama sua atenção para que sente, volte para sua carteira, e preste atenção, pois dispersa com muita facilidade.
2.2 Registro descritivo dos encontros realizados
Em minhas primeiras sessões fui para observar como ele se portava em relação aos colegas e a professora e também para que pudéssemos nos familiarizar. 
Notei que ele possui muita dificuldade em parar em sua carteira e manter suas coisas em cima da mesma, a professora leva controlado seus materiais, ela entrega a ele o que vai ser usado no momento. Percebi muita dificuldade em realizar as tarefas dadas pela professora, não assimila o que ela está explicando, e ela precisa repetir diversas vezes, algumas até mesmo vai até a mesa dele para que possa ajudar de modo mais prático. Reparei que segura seus lápis da forma correta, sem dificuldade, nesse dia em específico era dia da secretaria, então a turma se organizou para presenteá-la com um cartaz de agradecimento pelo serviço, Y.K.B estava muito animado, não demonstrou rejeição nem repulsa quanto ao barulho e o abraço, fez questão de abraçar a secretaria, tomando a iniciativa na ação mais de uma vez. Correu com os colegas, bateu palma, conversou, mostrando interação. Adentrando a sala, foram trabalhar com massinha de modelar, observei que Y.K.B não possuía dificuldades em fazer bolinhas e bichinhos, trabalhou normalmente como seus colegas com a massinha.
		Quando realizei nossa primeira sessão não se demonstrou tímido, ao me acompanhar para a sala e recurso se demonstrou bem animado, pegou na minha mão e queria saber o porquê de eu estar ali, conversou bastante, fez inúmeras perguntas, falou sobre a professora com muito carinho, citou o que gosta de fazer, falava sobre seus jogos de videogame, o que ama comer, sem se sentir acanhado.
		Em seguida realizei a E.O.C.A. (Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem), com o objetivo de investigar a conduta e as dificuldades do aluno.
	Em minha Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem, não apresentou nenhuma rejeição ao vir comigo, foi perceptível a curiosidade em saber o que seria feito naquele momento, me interrogou com inúmeros questionamentos, queria saber o que era aquela caixa, porque eu a estava carregando, o que faríamos com ela, se ele poderia ver o que continha dentro. Ao chegarmos na sala, coloquei os objetos da caixa na mesa, enquanto eu arrumava ele me observava em silêncio atentamente.
	Estava em sua disposição livros, uma caixa de lápis coloridos, folhas, lápis de escrever sem ponta, apontador, borracha, tesoura, régua e cola. Quando disse que ele poderia sentir-se à vontade para usar o que quisesse, tomou a iniciativa em fazer, disse sem titubear que faria uma carta para sua professora com as folhas que estavam na mesa, enquanto ele desenhava não parou um segundo, demonstrou muita agitação, dificuldade de associar as cores e letras, queria escrever “Eu te amo prof. V.”, mas ele não sabia quais letras usar, por isso me perguntava se estava certo, e se tal letra era a de determinado objeto ou bicho, para q pudesse associar e lembrar a letra que precisava. Assim ocorreu também com as cores, queria pintar o coração de vermelho, mas não sabia pronunciar a cor, disse laranja entre outras cores, até que conseguiu acertar. Não demonstrou dificuldade ao segurar os lápis, os fez da forma correta. Nesse processo todo ele não parou em sua carteira, enquanto desenhava, ficou correndo pela sala, falando sobre outros assuntos, falando sobre o que comeu, citando o que queria fazer quando fosse para casa, e falou sobre seus jogos de videogame. Ao escutar sons diferentes como por exemplo o cantar dos pássaros, parava e ficava olhando para a janela, quando ouvia vozes no corredor, me olhava e dizia quem será? Em seguida ficava olhandopara a porta, se fez muito curioso, e com atenção bem dispersa. Perguntei algumas vezes sobre sua família em específico sua mãe, ele não quis falar e mudava de assunto.
	Notei uma grande dificuldade em escrever, lembrar das cores, das vogais, foi bem sucinto ao falar sobre sua família, tem grande carinho pela professora, cita o pai ausente, demonstra muita inquietação, dificuldade na pronúncia de algumas palavras.
	Y.K.B iniciou sua trajetória na educação aos dois anos quando frequentou a educação infantil, frequentou CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil), e atualmente aos 7 anos está no 1° ano do Ensino Fundamental. A anamnese foi realizada com o responsável pela criança, conversei com a mãe de Y.K.B em uma de nossas sessões. Y.K.B nasceu no dia 20 de novembro de 2014, na cidade de Dois Vizinhos, Paraná. Nasceu aos 9 meses de cesariana.
	A gravidez não foi nada fácil, pois sua genitora tinha apenas 14 anos de idade. Ambos sofreram muito preconceito e julgamentos. Mas Y.K.B nasceu saudável, com 59cm, 2.715Kg de peso. Mamou no peito por 6 meses e logo em seguida passou usar a mamadeira, da qual fez uso até seus 3 anos de idade.
	Em relação ao seu desenvolvimento psicomotor, começou a sentar por volta dos 5 meses, com o auxílio do andador a mão recorda levemente que por volta dos seus 7 meses começou a engatinhar, de maneira sutil com a bundinha fazia movimentos para o lado. E aos seus 11 meses começou a dar seus primeiros passos, caia bastante, pela insegurança e por experimentar o novo. Sua dominância manual é destra. 
	Fez uso de fraldas até os 1.8 meses, e nos dias atuais têm total controle sobre seus esfíncteres. Seu desenvolvimento da linguagem começou aos 12 meses, com seus primeiros balbucios. Desde cedo já demonstrou pequenos problemas e algumas dificuldades com respeito a oralidade. Não conseguia pronunciar determinadas letras e as trocava por outras. A mãe cita como exemplo a letra R, a qual Y.K.B não conseguia pronunciar. Em seus primeiros meses e vida com relação ao sono tinha as dificuldades que estavam adequadas a sua faixa etária. Atualmente sua responsável fez menção a um sono tranquilo, porém tem o costume de ranger os dentes e conversar em quanto dorme. 
Como mencionado Y.K.B começou a frequentar a escola bem cedo, seus primeiros anos foram em alguns CMEIs, especificamente dois, nos períodos de 2017 a 2020. Em seu primeiro contato com a escola chorou muito, mas com o tempo se adaptou muito bem. Hoje frequenta a E.M.J.C lá tem um bom relacionamento com seus colegas, direção e professores. 
	Não apresenta dificuldade em conversar, se demonstra bem-falante, mas quando discorda de algo em algumas situações quer resolver os problemas com choro, segundo a mãe tem dificuldade em aceitar não, por isso acha q o choro é a solução. Em seu comportamento Y.K.B apresenta um humor tranquilo, de riso fácil e um menino bem conversante. Gosta de brincar com seus amigos da rua e seus vizinhos, não apresenta ser uma acriança agressiva, apresenta fortes traços de teimosia. Juntamente com seus amigos gosta de andar de bicicleta e jogar o famoso futebol das ruas.
	Dentro de casa demonstra o mesmo comportamento, agitado e teimoso. Mora com sua mãe seu padrasto que tem dois filhos, um casal, a menina reside na casa de modo fixo, já o menino ocasionalmente se faz presente. Y.K.B tem um relacionamento bem difícil com a enteada da sua mãe, a diferença de idade entre eles contribui para os desentendimentos, a menina está na adolescência enquanto Y.K.B ainda é uma criança. Seu pai biológico é ausente, em seu registro de nascimento conta apenas com a filiação de sua mãe. A mãe diz, que o pai nunca quis conhecer a criança, mas sabe da existência dela. A partir disso realizei então as provas operatórias, com o objetivo de investigar e identificar as condições do aluno.
	Esse processo ocorre por meio de conversas e reflexões com base nas respostas do discente. Devido a isso se faz necessário dar mais do que a devida atenção a criança, para que no final da investigação se possa interpretar o processo da forma correta. Silva et. al (2015, p. 401) traz que para Piaget não existem respostas erradas ou certas, elas devem ser interpretadas para que o processo seja entendido, e assim capturar a essência do pensamento da criança e então classificá-la de acordo com um estágio determinado de desenvolvimento cognitivo. Desta forma, tem-se a estrutura das provas: com o objetivo final de descobrir algo sobre os raciocínios que se escondiam nas respostas certas, mas com interesse pelos processos que estavam intrínsecos nas respostas erradas.
	Realizei a prova intersecção de classes. Essa prova tem como objetivo avaliar a capacidade de estabelecer que um conjunto de elementos possua, simultaneamente atributos dos dois. 
	Y.K.B ficou bem curioso e ansioso para a realização da atividade, ela contava com seis perguntas, Y.K.B raciocinou e se demonstrou bem atencioso no início da atividade, depois de algumas perguntas se dispersou e tive que cativar sua atenção novamente. Em minha avaliação constatei que ele respondeu de forma coerente as questões, mas em seu tempo e espaço. Suas respostas atingiram o nível 3 – operatório concreto, seus acertos foram precisos, porém para que isso fosse possível, inúmeras vezes precisei chamar sua atenção para que se concentrasse na atividade.
	Em outra sessão trabalhei as técnicas projetivas, com o objetivo de investigar a rede de vínculos do aluno, ela possui três domínios o escolar, familiar e o consigo mesmo. Quando aplicamos esse tipo de técnicas esperamos que o sujeito projete para fora de si a forma como vê a si próprio e o que está a sua volta.
	Dei início a atividade pedindo para que Y.K.B desenhasse a forma como observa a instituição a qual frequenta, de modo mais específico sua sala de aula, enquanto desenhava foi me falando sobre a escola e seus colegas, disse que não os conhece bem, que prefere ficar sozinho, pois dentro da sua cabeça consegue criar um mundo imaginário onde faz o que quer e o que acha melhor. 
	Em seu primeiro desenho sobre o domínio escolar desenhou um homem entrando dentro da sala de aula armado, logo em seguida disse que não havia gostado e pediu se poderia começar de novo. Então dei a ele novamente uma folha em branco para que pudesse desenhar, nesse segundo desenho fez uma mesa e disse que era a mesa de sua professora regente, falou para mim imaginar uma sala repleta de alunos, mas que ele desenharia poucos. Desenhou a colega que senta próximo dele dentro da sala, mas disse que não sabia o nome dela, desenhou também alguns outros colegas, perguntei então quem eram, ele disse que não eram colegas que estudavam em sua sala, e sim outros de seus amigos. Perguntei onde ele estava no desenho, ele disse que não o fez porque nesse momento ele estava no banheiro.
	Logo em seguida fizemos os quatro momentos do dia, quis desenhar o dia que vou à escola para conversar com ele, então me desenhou sentada em uma cadeira acompanhada de uma mesa, desenhou também um barco e disse que representa o dia que ele vai ao rio. Desenhou-se tomando banho, comentou que é uma das partes do dia que mais gosta porque pode cantar suas músicas no chuveiro. Depois disso, disse que não queria mais desenhar. Não quis forçá-lo, encerrei então a sessão e continuei em outro momento. 
	Em nossa próxima sessão demos continuidade para a atividade de técnicas projetivas, onde trabalhamos a postura do sujeito consigo mesmo. Pedi para Y.K.B desenhar o dia de seu aniversário, ele pegou os lápis e fez um bolo com algumas velas, novamente ele não se desenhou e o indaguei por isso, ele disse que estava fotografando o bolo. O questionei de o porquê não ter se desenhado, ele me olhou e disse “Já que você quer vou me desenhar então”. 
	Em seguida pedi para que me desenhasse suas férias, falou que nunca teve, pedi para que desenhasse então o que mais gosta de fazer em seu tempo livre, se desenhou no sofá de sua casa jogando videogame.
	Em minhas observações com relação as provas e testes, relato que Y.K.B temmuita dificuldade em se sentir aceito nos meios em que se encontra o que inclui sua escola e família, sente falta do pai biológico, projetou aspectos de insegurança e ansiedade.
	Realizei em seguida o ditado topológico, para poder avaliar melhor o desenvolvimento de algumas habilidades cognitivas, dentro desse teste poderia avaliar de forma mais abrangente sua Coordenação motora, a relação numeral/quantidade, se o sujeito tem conhecimento sobre Tamanhos, Cores, avaliar seu raciocínio lógico e Lateralidade.
	Observei atentamente cada passo do sujeito durante a atividade desenvolvida, notei que Y.K.B segura o lápis da forma correta, possui muita dificuldade em associar cores, tem sua coordenação motora mediana, soube fazer traços finos e traços mais grosseiros, interpretou muito bem o que lhe foi solicitado para desenhar, sem precisão de repetição, pegou de primeira os comandos e os fez. Do seu jeito e no seu tempo.
2.3 Levantamento de hipóteses
Em meu primeiro sistema de hipóteses percebi que o aluno não se demonstrou tímido, se sentiu bem à vontade para interagir comigo bem como com o que lhe foi proposto. 
Área Cognitiva
Constatei dificuldade na escrita, dificuldade de contração, entretanto demonstra facilidade em se comunicar e se expressar, seu raciocínio lógico é bom, mas dentro do seu próprio tempo.
Área emocional 
Embora tenha facilidade em se relacionar com pessoas, notei que se sente inseguro para tomar decisões, sente falta da figura paterna, não demonstra violência e não se inibe quando alguém lhe demonstra carinho, mas muitas vezes prefere ficar sozinho.
Área funcional 
Notei que seu lado funcional está em construção, tem uma percepção rápida das coisas, se apressa em fazer tudo que lhe é proposto. Com relação a coordenação está se desenvolvendo de acordo com seu próprio tempo e esforço. Gosta de correr, brincar e está sempre em movimento. 
2.4 Informe Psicopedagógico
I. DADOS PESSOAIS
Nome: Y.K.B.
Data de Nascimento: 20 de novembro 2014
Idade na Avaliação: 7 anos
Estabelecimento de Ensino: E. M. J. D. C. ANO: 1º ANO
II. MOTIVO DA AVALIAÇÃO
	O encaminhamento psicopedagógico, fez-se necessário devido a queixa de que o discente encontra dificuldades no âmbito escolar, constatou-se limitações com relação a escrita, coordenação motora, hiperatividade e desatenção ao realizar tarefas simples.
III. PERÍODO DE AVALIAÇÃO E NÚMERO DE SESSÕES
A avaliação teve início: dia 04 de Outubro de 2021
Término em: dia 05 de novembro de 2021, (total de 12 sessões), assim descritos:
1ª sessão: 04/10/2021 – Conversa com a coordenação;
2ª sessão: 06/10/2021 – Entrevista com a professora e Registro da queixa;
3ª sessão: 08/10/2021 – Anamnese com a presença da mãe;
4ª sessão: 11/10/2021 – com o educando – Observação dentro da sala de aula;
5ª sessão: 13/10/2021 – EOCA;
6ª sessão: 18/10/2021 – Intersecção de classes; 
7ª sessão: 20/10/2021 – Técnicas projetivas; 
8ª sessão: 22/10/2021 – Finalização das técnicas projetivas;
9ª sessão: 25/10/2021 – Ditado topológico;
10ª sessão: 27/10/2021 – Análise do material escolar;
11ª sessão: 29/10/2021 – Devolutiva para instituição;
12ª sessão: 05/11/2021 – Devolutiva junto a equipe pedagógica para a mãe.
IV. INSTRUMENTOS UTILIZADOS
· Anamnese;
- Análise do material escolar
- Observação
- E.O.C.A
- Ditado topológico
- Provas Piagetianas
· Técnicas projetistas
V. ANÁLISE DOS RESULTADOS
ÁREA PEDAGÓGICA
· Matemática: O educando trabalha com dificuldade quanto se trata de números, reconhece os números, os conta até uma determinada quantia, mas não tem total domínio sobre eles.
· Leitura: O aluno está em seu nível silábico, apresenta dificuldades para juntar as palavras; Ainda não desenvolveu o ato de ler em si, mas caminha com lentidão nesse processo.
· Escrita: seus textos apresentam desordem, seu caderno escolar mostra palavras bagunçadas, letras desiguais e algumas vezes incompreensíveis.
ÁREA AFETIVA
Constatou-se que as atitudes e o comportamento no que tange o afetivo-social sugere insegurança, não se sente pertencente a nenhum espaço que frequenta, e nem vinculado a família e a escola e fora marcado pela ausência protetora paterna.
ÁREA COGNITIVA
Em relação ao cognitivo observasse dificuldade na escrita como já citado, falta de atenção, dispersa-se com muita facilidade, possui uma ampla dificuldade de concentração, é muito comunicativo, se expressa com facilidade, seu raciocínio lógico é bom, mas ocorre em seu tempo.
PROGNÓSTICO
O sujeito possui um bom desempenho quando se trabalha de forma individual, porém sua atenção é curta, devido sua extrema dificuldade em concentração não consegue acompanhar a turma, o que decorre um nível não correspondente a alfabetização que se espera para a sua faixa etária.
INDICAÇÕES
À FAMÍLIA
a- Criação de uma rotina;
b- Horário de estudo, em especial para a realização das tarefas escolares
c- Momentos em família.
À ESCOLA
Junto a família, a escola precisa tomar medidas cabíveis com relação ao aprendizado do aluno, e fazer os encaminhamentos necessários
PARECER DIAGNÓSTICO CLÍNICO
	Ao desenvolver o presente trabalho, pelo levantamento de dados escolares do educando, através de conversas com a professora regente e a aplicação dos instrumentos investigativos, conclui-se que o educando necessita de acompanhamento psicológico para que se possa trabalhar os traumas e o lado afetivo, sala de recurso para aguçar e trabalhar os processos cognitivos e, por fim, fonoaudiólogo que trabalhará os aspectos que envolvem a comunicação oral.
2.5 Devolutivas
	Ao término desse estágio, para a genitora foi esclarecido com base na queixa inicial apresentada pela instituição e pala própria, que Y.K.B é uma criança saudável, que possui suas limitações, um menino com muito carisma que tem um enorme potencial de mudança, quando trabalhamos cedo as dificuldades mais fácil fica para acharmos um tratamento adequado que supra as necessidades do sujeito. Foi lhe explicado cada passo tomado no decorrer das sessões, cada atividade desenvolvida e o objetivo de terem sido realizadas. No término um dos prognósticos relatados foi o de que a família precisa trabalhar os traumas o lado afetivo e questões emocionais importantes que vem prejudicando o rendimento escolar do aluno.
	Y.K.B ficou empolgado e muito feliz com a atenção que lhe foi dada nesses últimos dias, se sentiu amado e protegido. Ele sabe que é um menino inteligente, e nossas sessões mostraram isso, sua alegria e sua vontade de melhorar seroa o combustível para seu sucesso futuro.
	A instituição se demonstrou muito grata ao fim do estágio. Relatei as observações feitas, os relatórios, as atividades desenvolvidas, as conversas e com base nisso a proposta de intervenção, que foi entregue em mãos a coordenação. 
4. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
1. Caracterização do problema 
	Foi perceptível que o aluno Y.K.B demonstrou demasiada dificuldade no que tange a área escolar, sua dificuldade no aprendizado era muito evidente, tanto em questões simples quanto situações mais complexas.
2. Justificativa para execução do projeto na escola 
	O processo que se iniciou com esse estágio, teve como objetivo a avaliação do discente Y.K.B, obtendo como justificativa uma boa proposta de intervenção para que o aluno em questão tenha um melhor desempenho em seus próximos anos, que ele obtenha também uma qualidade significativa em seu aprendizado, o trabalho do psicopedagogo frente ao que me foi apresentado seria coletar informações, processá-las, estudá-las e da forma mais eficaz achar uma proposta de trabalho com uma metodologia produtiva que me pontuasse um bom método de intervenção para que pudesse dar a escola, ao aluno e seus responsáveis uma avaliação segura.
3. Objetivos
	Obter informações que me auxiliassem na investigação das dificuldades detectadas no aluno.
	Meu objetivo ao executar este estágio era primeiramente constatar as dificuldades relatadas pelos profissionais da educação, e por meio de testes e conversação verificar o que me foi passado, em seguida trabalhar em prol do que obtive e com muito afincoajudar o aluno. Proporcionar aos discentes, condições de se abrir e expressar o que estava sentindo tanto dentro ambiente escolar quanto ao de sua casa. Segundo trabalhei com métodos pedagógicos que me proporcionaram averiguar questões afetivas, níveis do seu conhecimento lógico, sua relação com a escrita, com as cores, me aprofundei em seu mundo didático e no seu mundo afetivo. Procurei de forma branda e paciente entender os motivos de suas ações. Terceiro procurei envolver a instituição, sua professora regente bem como sua família nas atividades propostas, tudo foi relato a eles, os testes realizados as atividades feitas e as brincadeiras. Os encaminhamentos sugeridos tiveram uma aceitação de ambas as partes.
4 Metodologia
	Depois de obter as informações que precisava com a regência, direção e família formulei um pré-relatório para poder proceder com o trabalho. O processo deu-se início com o objetivo de ajudar o aluno em si e trabalhar suas limitações para que futuramente pudesse se ver livre delas. Constatei que Y.K.B tinha traços muito forte de inquietação, ansiedade, expressou muita dificuldade com as atividades dentro da sala de aula.
	De acordo com (Barbosa, 2010, p. 182) “Tanto a brincadeira quanto o jogo são marcados pela ludicidade” sendo assim fez-se necessário trabalhar de forma lúdicas brincadeiras que o fariam se expressar, como por exemplo a ação de desenhar onde o objetivo era exercitar a sua criatividade e descobrir o que ele sentia através de seus desenhos. 
4.1 Elaboração das atividades 
	Após analisar o comportamento e refletir sobre o que me foi passado pude pensar em como proceder as atividades e o que seria apropriado no caso do sujeito. De início preparei atividades que me proporcionariam descobrir a conduta e as dificuldades como a E.O.C.A, precisaria também investigar seus vínculos com a escola, com seu lar e consigo mesmo, meu objetivo era notar a forma como o sujeito via a si próprio e o mundo a sua volta, analisar sua capacidade com respeito a coordenação motora, habilidades cognitivas, sua percepção de cores, espaço, letras, a forma como se expressa, suas palavras, suas ações, para examinar como um todo, precisarei usar métodos como Intersecção de classes, técnicas projetivas e Ditado topológico.
4.2 Recursos 
	Será necessário como recursos utilizar de livros, caixa de lápis coloridos, folhas, lápis de escrever, apontador, borracha, tesoura, régua e cola. Usarei também uma sala de recurso fechada e uma sala ao livre.
5. Cronograma
	Este projeto terá como propósito de desenvolvimento o período de 04/10/2021 a 05/11/2021 sendo realizado três encontros semanais, segundas, quartas e sextas-feiras. 
Considerações finais 
	Ao findar este estágio pude ter a ciência da importância que o psicopedagogo exerce no desenvolvimento de alunos, que de alguma forma precisam de apoio. O estágio de psicopedagogia clínica me deu a oportunidade de pôr em prática os conhecimentos que obtive nas aulas, pude compreender melhor o que significa ser um psicopedagogo e olhar com mais afinco o imensurável trabalho que precisa ser realizado dentro do ambiente escolar. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, Laura Monte Serrat. Intervenção Psicopedagógica no Espaço da Clínica. Curitiba: Ibpex, 2010.  
BRAGANÇA, Ines Ferreira; MAURÍCIO, Lúcia Velloso. Histórias de vida e práticas de formação. In: PASSEGGI, Maria da Conceição; SOUZA, Elizeu Clementino de (Org.). 
SILVA, Carla Regina; SILVESTRINI, Marina Sanches. A interação durante as provas operatórias: considerações para a avaliação infantil. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, v. 26, n.3, p.  399-408, 2015.

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