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Atividade Discursiva SAUDE RUBIANA

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Atividade Discursiva
ACADÊMICA: RUBIANA FERREIRA DE SOUZA DELGADO
6º SEMESTRE – MATUTINO 
CURSO PSICOLOGIA
U4 - SEÇÃO 4
AVALIAÇÃO
O Sistema Único de Saúde (SUS) na perspectiva de mudar a lógica da assistência curativa para o modelo de atenção integral, vem ao longo dos anos investido na Atenção Primária em Saúde, tendo a Saúde da Família como estratégia para reorganizar a Atenção Básica. Os sistemas de saúde no mundo são diversos, alguns têm preconizado a Atenção Primária em Saúde, porém cada país tem modelo próprio.  
Discuta as atribuições da Estratégia de Saúde da Família e como é o processo de trabalho. Pensando nos sistemas Comparados em Saúde, como é o sistema de saúde no Brasil e cite quais os países que apresentam modelo de Atenção Primária em Saúde semelhantes ao brasileiro.
RESPOSTA
O processo de reorganização dos serviços de saúde no Brasil teve seu início a partir da promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil, no ano de 1988, que assegurou o direito à saúde a todos os cidadãos brasileiros e o dever do estado em provê-la. No Capítulo II, que trata da Seguridade Social, os Art. 196, 197 e 198 definem a amplitude e a abrangência do Sistema Único de Saúde (SUS) como delineador das ações e serviços de saúde e apresentam as suas diretrizes organizacionais.
O mercado de planos de saúde no Brasil, por sua vez, possui hoje pouco mais de mil operadoras que assistem 47 milhões de pessoas 1 e se concentra em atendimentos de média e alta complexidade, o que traz um elevado custo para o sistema. Historicamente, a resposta das operadoras para tal aumento de custos tem sido o reajuste de mensalidades e a burocratização ou simplesmente negativa de autorização de procedimentos mais caros. Num movimento recente, alguns planos têm investido na contratação de médicos de família a fim de evitar que usuários busquem especialistas focais e os hospitais como primeiro atendimento.
A Medicina de Família e Comunidade no Brasil ainda é exercida predominantemente na atenção primária à saúde do SUS. A especialidade foi reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica em 1981 (à época com o nome de Medicina Geral Comunitária), três anos após a Conferência de Alma-Ata (Cazaquistão), num contexto caracterizado pelo esforço de diversas nações e da Organização Mundial da Saúde na busca por saídas para a crise do modelo hegemônico de atenção à saúde, entendido como fragmentado, caro e ineficiente.
O Programa Saúde da Família (PSF) surge no Brasil como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial a partir da atenção básica, em conformidade com os princípios do Sistema Único de Saúde. Acredita-se que a busca de novos modelos de assistência decorre de um momento histórico-social, onde o modelo tecnicista/hospitalocêntrico não atende mais à emergência das mudanças do mundo moderno e, conseqüentemente, às necessidades de saúde das pessoas. Assim, o PSF se apresenta como uma nova maneira de trabalhar a saúde, tendo a família como centro de atenção e não somente o indivíduo doente, introduzindo nova visão no processo de intervenção em saúde na medida em que não espera a população chegar para ser atendida, pois age preventivamente sobre ela a partir de um novo modelo de atenção.
Por modelo de atenção entende-se: "um conceito que estabelece intermediações entre o técnico e o político. Como uma dada concretização de diretrizes de política sanitária em diálogo com um certo saber técnico. Uma tradução para um projeto de atenção à saúde de princípios éticos, jurídicos, organizacionais, clínicos, socioculturais e da leitura de uma determinada conjuntura epidemiológica e de um certo desenho de aspirações e de desejos sobre o viver saudável. Modelo, portanto, seria esta coisa tensa, que nem é só política e tampouco só tecnologia".
As estratégias de saúde propostas pelo governo, tal como mostra a história, nem sempre visavam o bem-estar da população. As políticas de saúde no Brasil refletiam o momento vivido, a economia vigente e as classes dominadoras. Durante a Primeira República, as metas eram o saneamento de portos e núcleos urbanos, no intuito de manter condições sanitárias mínimas para implementar as relações comerciais com o exterior.
O processo de trabalho, apresentado na sua concepção histórico-social, tem por objetivo atender às demandas dos homens numa conjuntura de produção comprometida com o aprimoramento de ações voltadas para si ou para a coletividade (MARX,1983). Com essa disposição, buscam-se transformar as habilidades e práticas profissionais para que estejam em sintonia com as práticas reais das organizações do trabalho, notadamente na área da saúde, criando ambientes de solidariedade e resolutividade, em conformidade com o nível de complexidade.
Encontrar um modelo de atenção à saúde para o SUS significa conviver com as mais diversas possibilidades de se produzir saúde. No Brasil, a pluralidade dos processos de trabalho é a mola propulsora para atender aos objetivos a que se destina o SUS.
O processo de trabalho na ESF tem por base as diretrizes e os fundamentos definidos na PNAB, como norteadores das ações e serviços a serem desenvolvidos, na garantia de que os princípios do SUS sejam garantidos na Atenção Básica (AB) à população e que o modelo assistencial reveja as suas práxis.
O médico de família português: uma narrativa, artigo de André Rosa Biscaia, Amanda Cavada Fehn e António Pereira, diz que a vida profissional de um médico de família português, neste início do século XXI, tem aquele sabor agridoce do que foi feito de um modo bem pensado, mas que não consegue escapar às armadilhas de um sistema em que os fatores econômicos falam muito alto. No entanto, ao longo dos últimos quase cinquenta anos, ora a ciência, ora a ideologia, mais ou menos utópica, conseguiram sobrepor-se e, assim, foram permanecendo os pilares de um sistema de saúde em que a atenção primária à saúde (cuidados em saúde primários em Portugal) é o centro, não do sistema, mas do que realmente interessa: da saúde das pessoas, daquilo que enquadra um dia a dia pessoal, familiar e social com saúde. Mesmo em momentos de grande crise econômica e social, como em 2008-2014, o sistema de segurança social, de educação e da saúde não só se mantiveram, como foram um fator importante na recuperação social, evitando maiores perdas e potenciando a inovação. O SNS do futuro precisa lidar com desafios múltiplos e complexos relacionados não só com a economia e a sustentabilidade financeira, mas também com a disponibilidade de uma força de trabalho em saúde em número adequado e com as competências ajustadas às necessidades da população e às mudanças demográficas, epidemiológicas e tecnológicas.
A atenção primária à saúde no Canadá: realidade e desafios atuais, de José Ricardo de Mello Brandão, relata que a universalidade do sistema canadense não quer dizer que, necessariamente, todos os serviços são cobertos. Contrariamente ao Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro, sem entrar no mérito das suas imensas limitações, o sistema canadense não cobre, em geral, saúde bucal, medicamentos extra-hospitalares e outros profissionais de saúde (fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos). Como é de praxe nos sistemas de saúde mais desenvolvidos, a rede de atenção primária é a base do modelo. O profissional médico por excelência dessa rede, aqui no Canadá, é o médico de família. A atuação do médico de família é altamente centrada na clínica e focada no indivíduo, com uma perspectiva familiar variada (a escolha do médico de família sendo do indivíduo, não implica necessariamente que todos os membros familiares sejam vistos pelo mesmo profissional). Por mais que o sistema seja público, os médicos ainda agem de maneira autônoma, nos moldes dos profissionais liberais. Continuamos, como médico de família, com o enorme desafio de nos aprimorarmos e nos mantermos atualizados no cuidado aos nossos pacientes, procurando sempre combinar o olhar clínico individualizado com o acompanhamento das questões profissionais e sociais mais amplas, cumprindonossa responsabilidade de advogar pela população, papel inalienável da profissão médica.
Perspectiva da medicina da família no Chile: desafios da prática profissional é o artigo de Ana Maria León Romero, que relata que as origens do sistema de saúde chileno datam da organização de serviços de caridade, após a promulgação da Lei do Seguro Obrigatório, em 1924, que lançou as bases para a posterior criação do Serviço Nacional de Saúde, uma iniciativa liderada pelo médico e então presidente Salvador Allende, em que o Estado assumiu o papel de liderança e começou a implementar políticas de saúde, que levaram aos determinantes sociais da saúde. Anos posteriores, durante a ditadura militar, assistiu a uma profunda mudança na administração, com a fragmentação do sistema através da divisão do Serviço Nacional de Saúde no Sistema Nacional de Serviços de Saúde, com 27 serviços distribuídos de acordo com os territórios. Ao longo desse processo histórico, a profissão médica via os serviços de saúde secundários como o nível com as melhores oportunidades de desenvolvimento profissional, uma vez que a atenção primária era vista como um espaço com escasso potencial de crescimento e complexidade limitada e capacidade de resolução de casos. Na década de 1980, a administração dos serviços de saúde passou a ser transferida para os municípios. Nos anos 2000, a reforma da saúde surgiu como uma política para apoiar o desenvolvimento de um sistema de saúde cujos pilares eram duas novas leis para permitir a reorganização dos serviços e garantir à população um atendimento decente. Em 2014, o Ministério da Saúde criou um incentivo para fomentar a formação em medicina familiar como especialidade e, por sua vez, para melhorar o desenvolvimento profissional na especialidade de atenção primária. No Chile, a formação de médicos de família é atualmente uma das metas da estratégia nacional de saúde, onde se espera que aproximadamente 50% dos médicos alocados aos centros de saúde sejam médicos de família.
Há exatos 32 anos, celebrados 19/09/2022, a saúde pública universal e igualitária para todos os brasileiros se tornou realidade com a instituição do Sistema Único de Saúde (SUS). O que antes era um serviço para poucos e de responsabilidade federal, passou a ser descentralizado e de gestão compartilhada entre União, estados e municípios.
“O Brasil tem um dos maiores sistemas de saúde de acesso universal do mundo. Há 3 décadas, o SUS dá todo o suporte necessário a quem precisa de ajuda, de graça, por meio dos Centros de Atenção Psicossocial, Unidades de Saúde, UPAs 24h, SAMU 192 e hospitais”, destaca o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
A Constituição Federal de 1988 consagrou a saúde como direito de todos e dever do Estado. Dois anos depois, em 1990, a Lei nº 8.080 regulamentou o Sistema Público de Saúde em todo território nacional. O SUS não é simplesmente um serviço médico-hospitalar. Também promove serviços como prevenção, vacinação e controle das doenças, além de atuar na assistência farmacêutica, educação, promoção e gestão da Saúde.
Para que todos tenham assistência garantida, o SUS se baseia em três princípios. A universalização: em que a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e dever do Estado. Depois, a equidade. O objetivo desse princípio é diminuir desigualdades e garantir que todos tenham acesso aos mesmos serviços. Em terceiro, vem a integralidade, princípio que considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades.
Composição do SUS
• União:
A gestão federal da saúde é realizada por meio do Ministério da Saúde. O governo federal é o principal financiador da rede pública de saúde. O Ministério da Saúde formula políticas nacionais de saúde que são pactuadas e executadas em parceria com estados e municípios. O Governo Federal também tem a função de planejar, elaborar normas, avaliar e utilizar instrumentos para o controle do SUS.
• Estados e Distrito Federal:
Os estados possuem secretarias específicas para a gestão de saúde. O gestor estadual também deve aplicar recursos próprios, inclusive nos municípios, e os investimentos repassados pela União. Ele coordena e planeja o SUS em nível estadual, respeitando a normatização federal. Os gestores estaduais são responsáveis pela organização do atendimento à saúde em seu território.
• Municípios:
São responsáveis pela execução das ações e serviços de saúde no âmbito do seu território. O gestor municipal deve aplicar recursos próprios e os repassados pela União e pelo estado. O município formula suas próprias políticas de saúde e também é um dos parceiros para a aplicação de políticas nacionais e estaduais de saúde. Ele coordena e planeja o SUS em nível municipal, respeitando a normatização federal.
Pandemia e legado do SUS
Diante da maior emergência sanitária da história mundial, a pandemia de Covid-19, o SUS passou por uma grande reestruturação e teve fortalecida a vigilância epidemiológica. O Brasil passou a produzir imunizantes com Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional, o que garantiu o processo de incorporação tecnológica, conferindo autossuficiência na produção nacional.(Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/setembro/maior-politica-publica-de-acesso-a-saude-sus-celebra-32-anos-nesta-segunda-19).

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