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Produção de medicamentos estéreis na Farmácia Hospitalar 2 Preparação · Procedimento farmacotécnico para obtenção de produto manipulado, compreendendo a avaliação farmacêutica da prescrição, a manipulação, fracionamento de produtos industrializados, envase rotulagem e conservação das preparações. Preparação Magistral · Preparada na farmácia, a partir de uma prescrição de profissional habilitado, destinada a um paciente individualizado, e que estabeleça em detalhes sua composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar. Preparação Oficinal · Preparada na farmácia e cuja fórmula consta no Formulário Nacional ou em Formulários Internacionais reconhecidos pela ANVISA. Manipulação · Conjunto de operações farmacotécnicas, com a finalidade de elaborar preparações magistrais e oficinais e fracionar especialidades farmacêuticas para uso humano. RDC no 17/2010 · Dispões sobre as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos (BPF) E DESCREVE Todas as operações envolvidas no preparo de determinado produto farmacêutico desde o recebimento de materiais do almoxarifado, passando pelo processamento e embalagem, até obtenção do produto terminado. RDC no 67/2007 · Regulamento técnico que institui Boas Práticas de Manipulação em Farmácias (BPMF). RDC n°. 220/2004 (ANVISA) · Regulamento técnico de funcionamento para os serviços de terapia antineoplásica. RDC n°. 344/1998 (ANVISA) · Regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial RDC n°. 272/1998 (ANVISA) · Regulamento técnico para a terapia de nutrição parenteral PRODUÇÃO VS MANIPULAÇÃO · Existe uma linha tênue que separa a manipulação da produção; · Caso venha a produzir medicamentos, o hospital realizará uma atividade de maior amplitude se comparada à manipulação; · A produção configura uma atividade semi ou industrial (produção em maior escala). · A farmácia hospitalar pode, em situações justificáveis, manipular ou até produzir seus próprios medicamentos TAIS COMO : · Assegurar o abastecimento de produto com comprovada vantagem terapêutica desviando assim de problemas como a falta no · Mercado ou fornecedores que realizam fabricação descontinuada fazendo com que o produto fique em falta; · Ausência de fornecedores tanto no que se diz em questões de qualidade ou inexistência de fornecedor; · Custos levando em conta se o custo da produção própria é inferior ao da Industrializada ; · Adequação da dose e da forma farmacêutica (dose: pediatria e UTIs neonatais; formas farmacêuticas com baixa estabilidade, utilização imediata). Critérios para instalação de produção/ manipulação de uma farmácia magistral · Adequação às exigências legais; · Área apropriada; · Equipamentos; · Protocolos operacionais padrão (POPs); · Especificações de produtos e instrução de trabalho (Its); · Qualificação técnica dos profissionais envolvidos; · Programação para a produção; · Análise de custos (produção e fixos); · Política de qualidade. REQUISITOS ESSENCIAIS DE PRODUTOS ESTEREIS · Ausência de contaminação >> ser estéril · Ausência de toxinas residuais (apirogênico) · Ausência de material particulado · Condições ambientais adequadas; · Equipamentos apropriados; · Utilização de técnicas assépticas; · Obs: Caso haja a contaminação desses produtos há um aumento da morbidade e mortalidade de pacientes. esterilização por meios fisicos Esterilização por calor úmido sob pressão · A esterilização por calor úmido requer temperaturas superiores a de água fervente que são atingidas por meio de vapor sob pressão em autoclave. Esse equipamento é uma câmara de pressão de isolamento em que o vapor é usado para elevar a temperatura. Esterilização por calor seco · A esterilização por calor seco é realizada por condução. O calor é absorvido pela superfície externa do item e passa para o centro do item, camada por camada. Todo o item acabará por atingir a temperatura necessária para a esterilização. · A esterilização por calor seco pode ser feita ainda em Vidrarias, instrumentos, agulhas, seringas de vitro e Pós inorgânicos (talco, argila), óleos (vaselina); Esterilização por radiação ionizante · A esterilização e a descontaminação por energia ionizante através de raios gama consiste na exposição dos produtos à ação de ondas eletromagnéticas curtas. Ao encontrar os micro-organismos, a energia rompe a cadeia de DNA desses seres, levando-os à morte ou à incapacidade de reprodução. Esse tipo de radiação possui alto poder de penetração mesmo em produtos embalados, não deixa resíduos porem pode ocorrer alterações químicas ou físicas e alterações em polímeros e proteínas Esterilização por filtração esterilizante · A filtração envolve a remoção de células de microrganismos de soluções líquidas ou de gases através do atravessamento de membranas filtrantes. Esterilização por meios químicos · Essa esterilização se dá pelo uso de esterilizantes químicos ex: EtOH; H2O2 e glutaraldeído Desinfecção e anti-sepsia no ambiente hospitalar · Essas atitudes auxiliam no controle da contaminação do ambiente DESIFENTANTES · Os desinfetantes tem como objetivo: · A desinfecção de áreas e equipamentos. · A redução e eliminação do bioburden que é o número de microrganismos presentes em uma superfície que não tenha sido esterilizada.) · Os desifentantes devem ser adequados ao cenário produtivo · Para se encontrar o desinfetante ideal para o uso deve se levar em conta alguns pontos, tais como: Natureza do microrganismo; Número e localização dos microrganismos; Propriedades físico-químicas do desinfetante; Potência do agente desinfetante; Substâncias incompatíveis; Metodologia de detecção. DEGERMANTES ANTI-SÉPTICOS E SOLUÇÕES ALCOOLICAS · Tem o objetivo de minimizar a contaminação proveniente da higienização inadequadas das mãos. · Para que esse uso seja correto é necessário um treinamento sobre a correta lavagem de mãos. · Um dos exemplos de agentes antissépticos é o digluconato de clorexidina, apesar de ter incompatibilidade com alguns tensoativos aniônicos ele é ideal para antissepsia das mãos antes do início do processo produtivo · Além do clorexidina tem-se as soluções alcoólicas que são voláteis não deixam resíduos e o uso desse produto em desinfecções periódicas · reduz de forma significativa o risco de contaminação. · OBS: A associação da clorexidina com a solução alcoólica traz efeitos muito bons quando relacionados (efeito sinérgico) TECNICAS ASSEPTICAS · Essas técnicas englobam métodos para a manipulação de produtos estéreis · Além disso, também engloba procedimentos que evitam a contaminação do produto por microrganismo e partículas CONTAMINAÇÃO POR PESSOAS · A contaminação por pessoas pode ser a partir da descamação, a respiração, fumo, alimentação e de roupa, e cosméticos e sofre interferência do movimento, sendo uma pessoa em movimento pode liberar uma quantidade maior de partículas CONSTRUÇÃO DA SALA LIMPA · A construção e adequação da sala limpa segue a RDC n°67/2007 · Deve-se ter o movimento mínimo de pessoa e a observação e controle deve ser facilitados. · Possui uma área chamada de área Grau B que é a área onde todas as operações são visíveis de fora. Além disso possui a área limpa ( possui 100 particulas/pé cubico de ar), nessa sala as superfícies expostas devem ser lisas e impermeáveis e os matérias empregados devem minimizar o acumulo ou liberação de partículas ou microrganismo além de serem resistentes ao agentes de limpeza e desinfetantes. · A sala limpa deve conter instalações com o mínimo de saliências, armários, prateleiras e equipamentos. · As portas de correr não devem ser empregadas nesse tipo de ambiente. · As superfícies contidas ali devem ser superfícies que permitam a limpeza desses locais · Esse ambiente deve possuir forro selado. · As tubulações e dutos não devem possui espaços que dificultem a limpeza dos mesmos. · No caso das áreas para a realização de operações assépticas quando possível há ausência de ralo e pia deve ser mantida porém se caso for necessário deve se dispor em locais de menor risco. Os sifões devem ser eficientes sem refluxo de ar elíquidos e de fácil limpeza. Além disso, deve ser ter canaletas abertas e conectadas a ralos externos. · No caso das áreas destinadas ao vestiário deve ser uma antecâmara fechada, insuflada de modo eficaz com ar filtrado e com disposição interna que viabilize a mudança de roupa em vários estágios sendo separados a entrada da saída além de ter que possui um local para a higienização das mãos. · As antecâmaras devem possuir sistemas de alarme quando houver a abertura simultânea das portas para evitar possíveis contaminações. · O sistema de ventilação da área limpa deve funcionar da maneira que o ar filtrado insuflado deve manter pressão positiva em comparação com o exterior. · Deve-se manter uma atenção especial em zonas críticas que são aquelas com área de contato entre o ar filtrado com produtos e ou componentes limpos · OS PISOS : Devem ser um sistema de revestimento de alto desempenho a base de resinas epoxidicas e agregados minerais que deve ser de textura lisa, porém como a rotina da sala limpa inclui derramamento constante de líquidos é recomendado o uso de uma textura antiderrapante adequada. As pinturas podem ser com epóxi, resinas poliuretanicas, ester vinílicas e matacrilicias ou usar pisos em cristais de quartzo ou microesferas vidro seladas. · TETOS E FORROS :O forro deve promover uma estanqueidade, ou seja, deve evitar vazamento e uma provável contaminação proveniente da parte superior.O forro filtrante é o mais utilizado em salas ISO classe 5. Além dele, usa-se também forro falso portante e forro leve de fechamento em chapa de aço. CRITERIO DE ACEITABILIDADE NA DEFINIÇÃO DOS MATERIAS · Não serem favoráveis à proliferação microbiana · Ter alta resistência aos impactos · Possuir estabilidade Física · Promover estanqueidade, ou seja, não causar vazamento · Possuir superfícies lisas e contínuas · Possuir resistência aos agentes de limpeza e sanitização(corrosão) · Garantir estabilidade ao longo do tempo
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