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05 - Aula Farmacia Hospitalar - Farmacias Satelites

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Farmácia Hospitalar
Farmácias Satélites
Petrolina, 2024
Farmácias Satélites Hospitalar
Em um hospital, existem setores diferenciados, com características 
específicas e necessidades próprias de um sistema de dispensação de 
materiais e medicamentos. São exemplos de setores hospitalares: centro 
cirúrgico (CC), unidade de terapia intensiva (UTI), ambulatório e 
pronto-socorro.
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● estoques elevados de materiais e medicamentos sem controle efetivo (por 
exemplo: fios cirúrgicos, no CC; sondas, seringas e agulhas, na UTI); 
● o consumo, tanto de materiais como de medicamentos, é excessivo; 
● o custo unitário do que é consumido é alto; 
● o uso inadequado de alguns itens determina a ocorrência de desperdícios;
● muitos itens necessitam de cuidados especiais no armazenamento e no 
controle.
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Podemos conceituar farmácia-satélite como farmácia localizada no 
próprio setor da dispensação com a finalidade de estocar 
adequadamente materiais e medicamentos e de proporcionar assistência 
farmacêutica efetiva e direta.
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O centro cirúrgico – setor no qual os pacientes permanecem apenas o 
tempo necessário para a intervenção cirúrgica – localiza-se em área isolada no 
hospital, onde se tenha bom planejamento de circulação dos recursos 
humanos que exercerão as técnicas cirúrgicas e assépticas já conhecidas e 
também de aprimoramento das diferentes clínicas do hospital.
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● número de salas no centro cirúrgico; 
● número de salas no centro obstétrico;
● número de cirurgias e números de partos por mês;
● analisar a planta física do setor junto com um engenheiro.
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A análise dos critérios de escolha desse setor também é muito 
importante. Quanto ao centro cirúrgico, podemos citar:
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● geralmente apresenta estoque periférico elevado de fios, agulhas, 
seringas, soros etc.;
● consumo excessivo de materiais;
● alto custo unitário de válvulas, cateteres, clips de aneurisma etc.;
● armazenamento inadequado de materiais e medicamentos;
● necessidade de assistência farmacêutica efetiva.
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Antes de efetuar a implantação:
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● o farmacêutico deve visitar o setor, para conhecer e acompanhar a rotina e, 
posteriormente, fazer um projeto de melhoria e adequação da área. Um 
recurso de grande auxílio é a documentação fotográfica do setor antes do início 
do projeto; 
● é essencial a escolha de um local de fácil acesso a toda a equipe. Se o centro 
cirúrgico e o centro obstétrico localizam-se na mesma área, é importante a 
farmácia situar-se em local estratégico aos dois setores; 
● deve-se fazer a escolha do tipo de sistema de dispensação: a sugestão seriam 
os kits cirúrgicos.
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O próximo passo é a elaboração dos kits, em conjunto com as 
equipes médicas. Essa etapa é concluída em médio ou longo prazo e, 
portanto, o ideal é que seja iniciada junto com a elaboração do 
planejamento da área física.
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A elaboração dos kits segue um padrão muito parecido com o da 
padronização de medicamentos. Assim, deve ser montada uma equipe 
responsável pela análise dos kits; a presença do farmacêutico é 
imprescindível, além do chefe de cada equipe cirúrgica, juntamente com 
a direção clínica do hospital, da enfermagem e também do clínico 
responsável pelo centro cirúrgico.
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● kit postectomia (Cirurgia Infantil);
● kit laparotomia exploradora (Cirurgia Geral);
● kit histerectomia (Ginecologia);
● kit safenectomia (Cirurgia Vascular);
● kit fêmur (Ortopedia); • kit facectomia (Cirurgia Oftalmológica);
● kit correção de cicatriz (Cirurgia Plástica);
● kit parto normal (Ginecologia e Obstetrícia);
● kit cesariana (Ginecologia e Obstetrícia);
● kit anestesia geral (Clínica de Anestesiologia);
● kit anestesia peridural (Clínica de Anestesiologia);
● kit psicotrópicos.
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O farmacêutico atua na elaboração dos kits com as diferentes clínicas 
e, ao mesmo tempo, inicie o treinamento da equipe farmacêutica que irá 
atuar na farmácia-satélite do centro cirúrgico (FSCC).
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Mapa cirúrgico contendo os dados importantes, para que os kits 
sejam montados pela equipe de farmácia. Esse mapa deverá conter: 
horário da cirurgia, nome do paciente, número da sala cirúrgica, nome da 
clínica, nome do kit, espaço para a cir-culante assinar a retirada e 
devolução do kit.
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Rotina da Farmácia Satélite:
1. O mapa cirúrgico é encaminhado à farmácia-satélite um dia antes da 
cirurgia eletiva (agendada).
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2. Os funcionários da farmácia manipulam os kits de cada cirurgia por 
clínica (de acordo com a padronização implantada pelas clínicas, que 
deverá ser mantida em uma pasta na farmácia), identificando o nome do 
paciente e o horário da cirurgia (geralmente os kits são colocados em 
bandejas plásticas e fechados com plástico).
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3. Os kits de anestesiologia já podem ser previamente preparados, 
pois, para todas as cirurgias, será encaminhado um deles, de acordo com 
o tipo de anestesia (geral, raquidiana, peridural). Portanto, não é preciso 
que esse kit contenha o nome do paciente.
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4. O kit psicotrópico pode seguir a rotina de anestesio-ogia; no 
entanto, pode-se encaminhar o receituário em branco para o médico 
preencher após o ato cirúrgico.
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5. A circulante de sala, na data da cirurgia, retira na farmácia: o kit 
específico do paciente, o kit de anestesiologia, o kit psicotrópico e a taxa 
de sala que será preenchida por ela, com os materiais e medicamentos 
utilizados pelo paciente, assinando a retirada no mapa cirúrgico.
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6. Ao término da cirurgia, a circulante devolve os kits utilizados, 
juntamente com as anotações na taxa de sala, e assina a devolução no 
mapa cirúrgico.
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7. O funcionário da farmácia confere os kits utilizados com as 
anotações feitas na taxa de sala, para encaminhar à cobrança 
informatizada. Assim, aquilo que foi utilizado em cirurgia deverá estar 
cobrado na taxa e retirado do estoque.
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8. O faturamento é feito com base na taxa de sala, previamente 
conferida com a devolução dos kits.
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São resultados vantajosos da implantação da farmácia-satélite no 
centro cirúrgico:
● racionalização do estoque de materiais e medicamentos;
● redução do desperdício de materiais e medicamentos;
● salas cirúrgicas sem estoques;
● melhoria do faturamento;
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● redução de contaminação cruzada entre as salas cirúrgicas, em 
decorrência da menor circulação para retirada de materiais e 
medicamentos na farmácia;
● interação entre as equipes multiprofissionais;
● efetiva assistência farmacêutica;
● controle e acesso à produtividade por meio de relatórios periódicos, 
por exemplo: número de kits dispensa-dos/clínica; número de kits 
dispensados/clínica/mês.
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