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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. RESUMO DA UNIDADE É importante que os professores atuem de forma coordenada. Não é aceitável que dois professores ensinem o mesmo curso, e os conteúdos sejam diferentes, ou que o nível das avaliações seja muito diferente entre dois professores, ou que professores da mesma área não compartilhem recursos e conhecimentos. É tarefa do coordenador pedagógico fazer com que os professores atuem de forma coordenada, como as engrenagens de um relógio. Planejamento de horários de aula: em um setor tão complexo quanto este, com cursos pertencentes a diferentes programas, salas de aula credenciadas apenas para determinados cursos, professores com horário limitado e que também trabalham em outros centros de treinamento, e com recursos limitados, horários correspondentes dos cursos é uma tarefa terrível, em que você tem que fazer um monte malabarismos. Se adicionarmos os limites definidos pela Administração, é importante trabalhar em coordenação com o departamento técnico para não exceder limites legais ou marcos específicos. Palavras-chave: Coordenação; planejamento; pedagógico. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DO MÓDULO .........................................................................................3 CAPÍTULO 1 – INTEGRAÇÃO ESCOLAR: PAPÉIS E FUNÇÕES DOS PROFISSIONAIS .....................................................................................................................5 1.1 Conceitos iniciais e funções ....................................................................................5 1.2 Integração escolar.................................................................................................. 14 1.2.1 Benefícios da colaboração do professor ............................................................ 20 CAPÍTULO 2 – A GESTÃO ESCOLAR E SEUS CONCEITOS E APLICAÇÕES.... 21 2.1 Conceitos e aplicações ......................................................................................... 21 2.2 Responsabilidades da gestão escolar ................................................................ 29 CAPÍTULO 3 – A GESTÃO ESCOLAR E O USO DAS TECNOLOGIAS.................. 39 3.1 As tecnologias de informação e comunicação (TICS) e a cordenação pedagógica: conceitos e definições ................................................................................... 39 3.2 As novas tecnologias na educação ..................................................................... 50 REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 56 3 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. APRESENTAÇÃO DO MÓDULO Considerar o perfil profissional do educador no domínio da formação profissional e ocupacional não é uma tarefa fácil ou simples, porque, neste campo de atuação, prolifera um conjunto de profissionais com papéis definidos e tarefas dentro do trabalho organizacional. Além disso, pode-se até falar em subprofissionais que, de uma forma ou de outra, podem incluir o pedagogo como profissional e, ao mesmo tempo, servir de referência tanto para a formação inicial, quanto para a formação continuada desse profissional. A repercussão na formação do professor é evidente pela importância que o contexto possui e seu conhecimento na articulação de qualquer ação formativa. A partir dessa lógica, poderíamos até questionar o atual modelo de formação, o desenho curricular colocado em cena, o papel das práticas ou do estágio, o papel dos formadores de "pedagogos", etc. Mas, tudo isso está além do escopo do nosso trabalho. Nosso desafio e nosso objetivo, ao mesmo tempo, não afetam tal problema, ao contrário, queremos analisar esses profissionais a partir dos meios profissionais, posicionando-nos em uma abordagem inicial de formação e da universidade. Daí a necessidade, em primeiro lugar, de aludir minimamente aos possíveis campos de atuação profissional (oportunidades profissionais) de nossos egressos. Apesar de estarmos imersos em uma realidade de formação inicial, não desprezamos a formação continuada por meio de cursos, pós-graduação ou mestrado, etc. dos ditos profissionais. Em segundo lugar, queremos focar nossa análise em uma área específica de atuação profissional, que é a formação profissional e ocupacional, delimitando papéis e contextos específicos de atuação. Terceiro, enfocando o contexto de ação, torna-se necessário levantar algumas características do perfil profissional a partir do pressuposto das funções profissionais dos técnicos de formação. Por fim, não podemos deixar de apontar algumas implicações do futuro em relação à qualificação profissional de nossos "pedagogos" neste contexto de intervenção. Em princípio, consideramos o perfil profissional não só como a referência do treinamento a ser realizado, mas também como o resultado das 4 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. necessidades que devem ser atendidas. A partir desta perspectiva, começamos com um estudo das necessidades políticas, potencialidades por diferentes especialistas e documentos existentes sobre o assunto, mas não negligenciar as necessidades sentidas ou percebidas, que deve ser considerado na análise do grupo de defesa. A consideração do perfil será fundamental na formulação dos objetivos, assim como na seleção e sequenciamento do conteúdo do referido treinamento. Dando continuidade a uma linha de pesquisa sobre o futuro profissional do pedagogo no Departamento de Ensino e Organização Escolar, neste estudo analisaremos as reais oportunidades profissionais o pedagogo, com o objetivo de obter um relacionamento de trabalhos apropriados para que os pedagogos verifiquem a relação das ocupações, com a especialidade estudada, que propõem áreas de atuação para o pedagogo. 5 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 1 – INTEGRAÇÃO ESCOLAR: PAPÉIS E FUNÇÕES DOS PROFISSIONAIS 1.1 Conceitos iniciais e funções Ao longo dos anos, a educação especial tem sido uma das áreas de educação que mais sofreu discriminação no sistema social, educacional e trabalhista. Considerando que houve progresso na atenção educacional,mas, ainda, há crianças e jovens que não tiveram a oportunidade de frequentar um estabelecimento de ensino ou que não possuem o suporte técnico necessário para aprender em igualdade de condições com o restante do ensino; estudantes para alcançar sua plena integração social. Por volta do ano 1965, criam-se carreiras universitárias na área de Educação Especial e formam-se grupos de pesquisa sobre o assunto, com esses primeiros passos na educação chilena, começa a consolidar a Educação Especial como ramo da pedagogia. No que diz respeito ao desenvolvimento do professor, são ensinados formas em que percebem a necessidade imperiosa de investigar e ser capaz de ter soluções concretas para alguns déficits que já foram definidos. A especialização destes profissionais produziu uma tendência nacional que resultou na criação de novas escolas especiais e o mais importante foi o desenvolvimento de vários estudos e pesquisas neste campo. Com base nisso, é possível formar profissionais especializados nessa área, bem como profissionais e professores relacionados, que possam optar por ter cargos de educação especial. Também nessa mesma década, o espectro de atenção é alargado e não apenas a educação especial para crianças com deficiências físicas ou intelectuais, mas, também, acolhe crianças com problemas de aprendizagem. A partir dessa nova abordagem, inicia-se a incorporação na educação regular de alunos com deficiência sensorial. Para favorecer seu acesso e permanência nos estabelecimentos de ensino regular, ditam-se normas, como a avaliação diferenciada e a isenção de um assunto. Esses primeiros passos para a integração foram marcados por uma série de dificuldades, como o isolamento e o desligamento 6 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. da educação especial regular, a falta de recursos materiais e a insuficiente formação de professores nessas disciplinas. Com todos esses avanços no final dos anos 80, são criadas as primeiras diretrizes, que, finalmente, são decretadas e iniciam os planos e programas de estudo para a educação especial e diferenciada. Uma importante ação de melhoria levada a cabo nestes anos foi a especialização de professores de base no tema dos problemas de aprendizagem; facilitando a atenção múltipla, com profissionais (Centros de Diagnóstico) de pessoas com deficiência; promovendo a participação da família nos programas educacionais estabelecidos para crianças e jovens. Embora a área de Educação Especial tenha se desenvolvido de forma eficiente em aspectos teóricos e práticos da última vez, adicionando as novas necessidades que estudantes e jovens com deficiência expressa, deixa clara a importância de criar novas condições administrativas e técnicas para fornecer respostas educacionais ajustadas e de qualidade que favoreçam o acesso, a permanência e a graduação desses alunos no sistema escolar. (OLIVEIRA, 2015) Da mesma forma, a ausência de mecanismos regulatórios para a educação especial, referidos na supervisão das funções ou papéis que deveriam ser desempenhados pelos profissionais participantes de um projeto ou programa de integração, constitui um novo obstáculo para o sucesso e bom funcionamento das intervenções que são realizadas com as crianças beneficiadas com essa modalidade educacional. No sistema educacional, pode haver uma preocupação por parte dos professores de educação geral e básica para a questão da integração escolar, uma vez que não há regulação legal das funções daqueles que apoiam e dão tratamento especializado aos alunos beneficiados. A educação especial, por sua vez, é definida como aquela destinada a alunos com necessidades educacionais especiais, devido à superdotação intelectual ou às deficiências mentais, físicas ou sensoriais. Em um sentido amplo, a educação especial inclui uma globalidade de ações voltadas a compensar as necessidades apresentadas pela criança ou jovem portador de deficiência, seja em um centro especializado ou integrado ao ensino regular. A adoção legal do termo educação especial é recente, substituindo outros ainda em vigor em certos países latino- 7 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. americanos, como defeitos, que possuem óbvias conotações negativas. (OLIVEIRA, 2015) Nos últimos anos, e em todo o mundo, tem sido proposto substituir o termo educação especial por educação inclusiva, seguindo as recomendações do relatório Warnock, publicado em 1978 e divulgado ao longo da década seguinte. Esta nova definição implica enfatizar a concepção da educação básica como um serviço prestado aos cidadãos para atingir seu potencial máximo e, portanto, a obrigação do sistema de fornecer recursos técnicos e humanos para compensar os déficits estudantis, no acesso à aprendizagem essencial básica para enfrentar. (OLIVEIRA, 2015) A figura 01 traz um esquema do relatório Warnock Figura 1 – Relatório Warnock Fonte: Elaborado pela autora (2019) A educação que é fornecida a todos aqueles sujeitos que, devido a circunstâncias genéticas, familiares, organizacionais, psicológicas e sociais, são considerados sujeitos excepcionais em uma esfera específica de sua pessoa. A ideia de que os fins da educação são os mesmos para todas as crianças, independentemente dos problemas que enfrentam, seus processos de desenvolvimento e, consequentemente, a educação se configura como um continuum de esforços para responder às diversas necessidades educacionais dos alunos, para que possam alcançar os objetivos propostos. (OLIVEIRA, 2015) A partir desses argumentos, progressivamente, o objetivo desta modalidade educacional começa a mudar, no sentido de que não é apenas para otimizar o progresso no desenvolvimento da pessoa com base em sua deficiência, mas, Educação • Especial Educação • Conhecimento 8 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. também, é especialmente para fornecer um conjunto de apoios e recursos que devem ser implementados no sistema regular de ensino, para fornecer uma resposta educacional adequada, que promova o desenvolvimento global máximo. Para a Educação na Diversidade, ele aponta que essa mudança de perspectiva afeta uma concepção mais ampla de Educação Especial associada à ação educativa para pessoas de todas as idades e em contextos educativos formais e não formais. Pouco a pouco, as visões que consideram a Educação Especial e a Educação Geral como realidades distintas começarão a convergir, entendendo que a educação especial deve ser colocada a serviço dos alunos para satisfazer suas necessidades educacionais especiais, destacando seu papel no estudo e análise dos processos de ensino aprendizagem desta população. É bem verdade que, a partir de agora, vamos destacar como nascem os projetos de integração escolar. De acordo com Oliveira (2015), esses nascem com a preocupação de não marginalizar as crianças com necessidades educativas especiais (NEE) adiante, porquehavia alguns professores e pesquisadores que pensavam que "tinham de estar preparado para", neste caso, para enfrentar a vida, e, por isso, as crianças com NEE tinham de ter um tipo especial de educação, a fim de compensar a lacuna. Mas, ao mesmo tempo, existiam outros profissionais que argumentavam que as crianças com NEE tinham que ter e aprender os objetivos fundamentais e os conteúdos mínimos da educação, porque é o direito de todas as crianças deste país. Portanto, em termos gerais, a integração escolar era um processo de cruzamento de ideias sobre o que seria a melhor educação para eles, que não os marginalizasse, e que também lhes dariam algumas habilidades que compensavam o resto. É bem verdade que a integração escolar é baseada no currículo regular, que é adaptado para atender às necessidades educacionais especiais dos alunos, com o apoio e recursos adicionais necessários para as crianças e adolescentes. Os jovens podem ter acesso, permanecer e se formar no ensino regular, a integração é concebida como parte integrante de todo o processo educacional e ocorre desde cedo.Outra definição técnica que é a integração escolar, onde a integração escola é vista como o princípio educacional como ferramenta de normatização, o que resultará no direito das pessoas com deficiência a participar em todas as áreas da 9 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. sociedade, receber o apoio de que necessitam no âmbito das estruturas educativas comuns. O princípio de integração baseia-se no direito de cada pessoa com deficiência a desenvolver-se na sociedade sem ser discriminada. Assim, sobre a integração escolar, primeiro, vamos ver as diferenças individuais de cada aluno e, segundo, o uso humano, material e recursos técnicos que podem existir, tanto na instituição de ensino, quanto em seu ambiente. Objetivamente, a política de integração escolar do Ministério da Educação responde ao direito à educação, participação e não-discriminação. Esses objetivos foram especificamente baseados em uma série de acordos internacionais entre países que desejam melhorar sua educação. Graças à execução da subvenção Projeto de Integração Escola de educação especial, que são recursos que permitem financiar a contratação de profissionais especializados apoiar a compra de materiais pedagógicos específicos, é obtida a formação de professores, os ajustes de infraestrutura necessária e a implementação de uma opção de formação profissional, no caso de estudantes que não podem entrar no ensino secundário. Definitivamente, a importância de ter projetos de integração escolar, em certas escolas (já que nem todos podem acessá-los), é que um ou mais especialistas, em meio período ou em período integral, podem ser contratados para apoiar os processos de integração. A aquisição de profissionais que conhecem e aplicam o tema é um grande benefício para o desenvolvimento de casos de trabalho colaborativo com o professor em sala de aula, bem como ver e monitorar todos os aspectos do cumprimento dos objetivos curriculares e participação social. Isso dá lugar aos professores que precisam se atualizar e estudar, portanto, novamente expor as iniciativas que os professores devem exigir e aprender, a fim de proporcionar uma educação de qualidade e igual para todos. Em todos os documentos lidos e revisados, é sempre escrito e pesquisado sobre o professor "especial" que está ensinando crianças com NEE, assim como os profissionais chamados de educadores diferenciais, que também são professores. Em vez disso, há profissionais que fazem aulas, mas que não estão qualificados para ensinar para crianças com NEE. 10 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. O professor comum, que ensina em todos os níveis, básico e médio, de diferentes disciplinas, apenas aprende sobre como, quando e o que ensinar, mas não sabe ao certo o que fazer. Lamentavelmente, e como explicado acima, na formação inicial de professores, anteriormente, existiam apenas algumas disciplinas eletivas, um currículo que não sofreu grandes mudanças, porque, atualmente, inclui um curso bianual sobre necessidades especiais. Os temas abordados são: Como não discriminar? Como dar-lhes ensino de qualidade? Como avaliá-los? Mas isso pode ser facilmente esquecido, os alunos - para professores - devem ter a clareza de que todos os alunos são diferentes e têm diferentes graus de velocidade para aprender. O professor deve saber moldá-los, mas, também, ser moldado como profissional, adaptando-se a cada realidade, no caso específico de alunos com NEE. O professor deve saber atendê-los e não marginalizá-los, integrá- los na turma, pois, serão eles que farão a diferença, visto que esse professor que se adaptar aos alunos com NEE será modelo para seus pares e, também, para o tratamento entre colegas. FIQUE ATENTO O professor comum, que ensina em todos os níveis, básico e médio, de diferentes disciplinas, apenas aprende sobre como, quando e o que ensinar, mas não sabe ao certo o que fazer, caso tenha um aluno com alguma necessidade de educação especial. Como explicado acima, uma das principais dificuldades para a atenção do NEE é a formação inicial de professores de educação comum, que não estavam adequadamente preparados para atender a diversidade de alunos, uma vez que, infelizmente, esta questão começou a ser levada em conta nos últimos tempos. Neste caso, o Brasil não está longe, porque ao contrário de outros países, a formação inicial de professores de educação especial é realizada de direcionada para várias deficiências (MIZIARA, 2014). Há tanta segregação de profissionais, pois, são poucos os que podem cobrir a maior parte das deficiências, como profissionais tendem se envolver em uma única deficiência, levando a pensar que os professores da sua formação inicial, têm um 11 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. equívoco de educação especial, acreditar que atua como um sistema paralelo ao ensino comum, gerando diferentes culturas entre os professores que dificultam, posteriormente, o trabalho colaborativo (MIZIARA, 2014). No entanto, atualmente, várias universidades e institutos profissionais iniciaram uma mudança na formação de professores de educação especial e ensino básico e fundamental, incorporando o curso aos currículos em como "satisfazer as necessidades educativas especiais", "atenção à diversidade", "integração escolar", "educação inclusiva" e oficinas de educação especial. Segundo o Ministério da Educação, "todas as instituições de formação serão incentivadas a assumir as novas abordagens descritas nos seus programas de formação". O que nos dá a entender que o Ministério da Educação deve assegurar Educação Especial no Brasil e também deve garanti-la, porque, nas escolas que fornecem carreira relacionada à educação especial, estes objetivos são alcançados através da apresentação de novos cursos em suas diretrizescurriculares e preparando os seus profissionais em formação, que terão a missão de ensinar crianças com NEE, que possam fazer boas apropriações curriculares e que possam atender a todos os tipos de crianças (MIZIARA, 2014). Dentro dos pontos contemplados para desenvolver a partir de 2006, existem vários planos e estratégias a serem cumpridos, sobre como os professores de educação comum podem integrar seus alunos com NEE da melhor maneira, um deles se refere à melhoria do formação inicial e em serviço para professores e profissionais em educação especial e regular. Para conseguir isso, somente esforços devem ser reunidos, onde outros atores do sistema nacional de educação, como universidades, institutos, o mesmo Ministério da Educação que regulariza, currículos acadêmicos - onde eles incluem mais de um assunto sobre Educação Especial, como foi dito anteriormente, e, para o resto, é o papel do Ministério da Educação, estar atento à qualidade dos professores (MIZIARA, 2014). Na maioria dos professores sem preconceitos sobre a necessidade de educação para crianças com diferentes habilidades especiais, há sempre alguma desculpa para não assistir a uma criança SEN, sobretudo em escolas particulares ou subsidiadas ou porque os próprios professores estão sobrecarregados com essa demanda, o que, segundo eles, acham que vai fazê-los trabalhar mais. 12 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Entre as desculpas dadas pelos professores, estão o número excessivo de alunos por sala de aula, esse aspecto é recorrentemente levantado por professores de educação regular; não ter tempo suficiente para atender a esses casos "especiais"; não se sentem capazes de cumprir essa função, como tal, derivam ou, simplesmente, não lhes dão matrícula; os papéis de colaboração não são definidos entre os professores de Educação Especial e os de educação regular. Em muitos estabelecimentos as práticas tradicionais ainda são mantidas, onde alunos com alguma dificuldade são atendidos por profissionais afins, o que é um tremendo erro, é uma dificuldade significativa que afeta não apenas o acesso, mas também a qualidade da educação no país. Estudos realizados no Brasil mostram que os projetos de integração escolar, em muitos estabelecimentos, não são concebidos no âmbito de projetos educacionais institucionais. É comum ver estabelecimentos que integram alunos com deficiência e que expulsam os outros por diferentes razões. Embora, nos últimos anos, o trabalho tenha sido feito para que profissionais de educação especial e regular atuem de forma colaborativa entre si, em grande parte dos estabelecimentos, permanecem os especialistas que assumem a responsabilidade dos alunos que apresentam o NEE, prevalecendo essas modalidades que eles privilegiam a atenção do aluno de uma perspectiva individual, com pouca participação de professores em sala de aula. Esta referência é tão contrária com os objetivos propostos e metas de integração que o Ministério da Educação nos dá (MIZIARA, 2014). O processo de educação é holístico, onde os professores regulares trabalham em união com aqueles que são especialistas e podem integrar totalmente a criança nas salas de aula. De acordo com Miziara (2014), refere-se à baixa participação de sala de aula comum em relação ao Projeto de Integração Escolar. Frequentemente, há dois grupos claramente definidos: um dos professores que apoiam o processo, enquanto outro subtrai ou desconsidera. Casos de maior participação de professores no Projeto de Integração Escolar estão associados a experiências de projetos com maior foco inclusivo, para que se entenda que os professores de ensino regular não pretendem trabalhar extra, pois consideram que não é o seu trabalho. 13 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. No mesmo estudo, é apresentada a existência de uma significativa distância conceitual entre professores de sala de aula comum e especialistas, o que gera problemas de aplicabilidade de grande parte das adaptações curriculares. feito pelo professor regular. A figura 02 traz um esquema do projeto de integração escolar. Figura 2 – Projeto de integração escolar Fonte: Elaborado pela autora (2019) A ênfase é colocada no trabalho colaborativo entre professores e eles ocorrem apenas no início do processo (elaboração de adaptações curriculares) e no final (avaliação e promoção). Em geral, o professor especialista é aquele que é responsável pela situação escolar do aluno com NEE durante o processo. Professores de sala de aula ou professores de educação regular tendem a superestimar ou superestimar as ações do professor especialista, transferindo a responsabilidade para si do sucesso ou fracasso do aluno com NEE. O que também chama a atenção do relatório do CEAS é que se revela a discriminação de professores, especialmente, aqueles que não possuem alunos integrados em suas salas de aula. Isto pode ser devido à maneira isolada em que os suportes são ensinados. Quanto mais medidas o estabelecimento implementar para fazer a diferença (por exemplo, classes especiais, recesso diferido, excesso de trabalho na sala de recursos, tratamento "especial" do integrado, etc.), maior a incidência de atitudes discriminatórias por parte do professores, o que os mesmos pares raramente acreditam quando perguntados se existe algum tipo de marginalização nas escolas com projeto de integração. Finalmente, no que diz respeito ao grau em que professores regulares estão envolvidos na aprendizagem de crianças com NEE é mínimo, pode-se dizer que os Aplicabilidade Efetividade Adaptações 14 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. professores têm capacidades mínimas instaladas, suficientes para apoiar o processo de integração educacional em andamento, mas não assumiram as tarefas pedagógicas que o processo de integração exige e têm a percepção de que necessitam de um nível de treinamento mais alto. Internacionalmente, a integração escolar é uma questão que preocupa a opinião pública desde as décadas anteriores. Já em 1948, na Declaração Universal dos Direitos Humanos, um consenso foi alcançado em todo o mundo sobre a igualdade de oportunidades na educação, embora o movimento para a integração de estudantes com deficiência só começou na década de 1960 (MIZIARA, 2014). 1.2 Integração escolar Nos países desenvolvidos, há uma nova abordagem educacional para cuidar de pessoas diferentes, com base no princípio da integração educacional. O referencial teórico da integração é o princípio de padronização, proposto em 1959 pelo banco dinamarquês Mikkelsen. Esse princípio diz a respeito da necessidade para a vida de uma pessoa com deficiência mental que é o mais próximo possível ao de outros cidadãos da comunidade, em termos de ritmo, oportunidades e opções, e as diversas esferas de vida. A consequência social mais marcante do princípio de normalização assume o nome deintegração. Esse é o processo de incorporação física e social dentro da sociedade às pessoas segregadas e isoladas de nós. Significa ser um membro ativo da comunidade, vivendo onde os outros vivem, vivendo como os outros e tendo os mesmos privilégios e direitos que os cidadãos não deficientes. A integração social envolve basicamente duas ideias: a integração tem a ver com uma mudança nos valores sociais, que significa a valorização da diversidade e a heterogeneidade das pessoas que compõem a sociedade, e que esta sociedade está questionando sobre como ela se confronta, regula, coordena e responde às relações entre as pessoas, independentemente de suas peculiaridades. A integração escolar é um processo dinâmico e em mudança que reúne em um só contexto educacional de um aluno heterogêneo em suas necessidades educacionais e pode desenvolver através de várias modalidades e organizações 15 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. institucionais. A diversidade de possíveis alternativas de ação educativa responde às características e necessidades dos alunos (MIZIARA, 2014). Outra definição de integração refere-se ao processo de educação e ensino com crianças com e sem deficiência durante parte ou todo o tempo. De preferência, começa em nível da educação pré-escolar, continuando a formação profissional ou ensino superior. A integração escolar tem sido baseada, principalmente, em uma opção ideológico-cultural em favor das minorias e da demanda social e econômica para conceder igualdade de oportunidades para as pessoas que, estando em um sistema educacional especializado, acabaram sendo socialmente excluídas (MIZIARA, 2014). Desde os anos 90, os "Projetos de Integração Escolar" foram instalados no sistema educacional, definindo-os como uma estratégia ou meios disponíveis no Sistema Educacional. Por meio dos Projetos de Integração Escolar, obtém-se o subsídio de Educação Especial, recursos que permitem financiar a contratação de profissionais de apoio especializado, a aquisição de material didático específico, a melhoria dos professores, os ajustes de infraestrutura necessários e a implementação de uma opção de formação profissional, no caso de alunos que não podem entrar no ensino secundário. Existem diversas alternativas para o desenvolvimento de projetos de integração escolar, dentre os quais podemos citar: Projetos de Integração Comunitária, Projetos de Integração Escolar de estabelecimentos com diferentes dependências e titulares e Projetos de Integração Escolar por estabelecimento. Atualmente, a modalidade de projetos comunitários é a mais frequente, pois permite o acesso a mais recursos e responde a estabelecimentos que possuem um pequeno número de alunos integrados. Deve-se notar que essas diretrizes evoluíram de sugestões focadas, principalmente, na atenção do aluno para indicações que revelam o valor do trabalho colaborativo entre professores e especialistas, a participação dos pais na aprendizagem de seus filhos e a consideração do projeto de integração como parte do projeto educacional institucional de cada estabelecimento, segundo Oliveira (2008): a) Projetos Comunitários de Integração: 16 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Diferentes estabelecimentos de ensino regular da mesma comunidade e dependência formulam um projeto de integração como um todo. Estabelece-se um acordo entre a Secretaria Regional Ministerial e o titular dos estabelecimentos, que receberão o subsídio da modalidade de Educação Especial. IMPORTANTE Existem diversas alternativas para o desenvolvimento de projetos de integração escolar, dentre os quais podemos citar: Projetos de Integração Comunitária. b) Projetos de Integração Escolar de estabelecimentos com diferentes dependências e apoiadores: São estabelecimentos de ensino de diferentes comunas de dependência igual ou diferente, associadas à formulação e execução de projetos de integração. Os detentores dos estabelecimentos comuns recebem o subsídio correspondente ao nível educacional. O portador do Centro de Recursos ou escola que concede o apoio especializado percebe a diferença da outorga especial. Os Projetos de Integração Escolar por estabelecimento são, de acordo com Oliveira (2008): Eles são estabelecimentos de ensino regular que decidem elaborar um Projeto de Integração individualmente. O estabelecimento receberá o subsídio da modalidade e se comprometerá a entregar os recursos necessários para o seu desenvolvimento. As condições de integração, em cada uma das escolas, são indicadas em graus de participação na sala de aula e recursos regulares, a que se alude ao currículo, onde o aluno e indica a necessidade de especialistas de suporte, que, embora não sejam regulamentados, foram configurados através de várias modalidades, entre as quais, podemos destacar o seguinte: Suporte itinerante de especialistas. Eles são especialistas que trabalham com alunos integrados de várias escolas. As horas de atenção na sala de aula de recursos, na sala de aula, bem como o tempo de aconselhamento ao professor e à família variam em cada projeto. Da mesma forma, existem diferentes formas de abordar os suportes especializados, que variam desde um trabalho centrado no 17 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. aluno até um trabalho que enfatiza a colaboração entre o especialista, o professor da sala de aula e a família. Suporte de centros de recursos especializados. Outra forma de apoio é fornecida pelas escolas especiais que assumem o papel de "Centros de Recursos". Nessa modalidade, os professores e profissionais da escola especial prestam apoio de forma itinerante ou na escola especial. Isso também implica o fornecimento de material didático específico. O apoio de profissionais que fazem parte do estabelecimento educacional caracteriza-se pela contratação, pela escola, de um ou mais professores especialistas em meio período ou em período integral, para apoiar os processos de integração. Isso favorece o desenvolvimento de instâncias de trabalho colaborativo com o professor em sala de aula, bem como todos os aspectos relacionados à participação curricular e social dos alunos integrados. Oliveira (2008) observa que, para muitos atores no campo da educação, a integração é um desafio distante a ser colocado em prática, com muitos custos de vários tipos e vários problemas associados à gestão organizacional e ao desempenho profissional. Estas dificuldades são um obstáculo para o desenvolvimento da integração escolar, para inibir a criação de projetos de integração nas escolas, para desencorajar as escolas que já começaram a estes projetos e tornar-se consciente da falta de capacidades que eles têm de enfrentar este desafio educacional. Este último é explicado nos casos em que o trânsito de alunos da escola especial para a regular começou sem as condições necessárias nas instituições de ensino ounos professores. O que levou a uma falta de motivação na escola e resposta educacional inadequada para integração e que continua segregada, que são chamadas de "integração estudantes" e para a qual não foi a capacidade de adaptar as práticas de ensino que promovam sua inclusão real. Isto é consistente com a experiência internacional no sentido da integração, quando erroneamente tentou responder, a partir de uma racionalidade técnica à diversidade humana, ver isso como um problema que complica o ensino - aprendizagem e não como um recurso e integrado na experiência cotidiana das pessoas, em um sistema 18 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. educacional que tendeu a oferecer uma educação homogeneizadora centrada em um "tipo de aluno". A crítica que foi forjada por esta forma de implementação da integração escolar é o que levou a repensar o conceito de integração escolar para inclusão. Este último refere-se à manutenção de um currículo comum para todos, em um currículo repensado para garantir igualdade e respeito às características individuais, com estratégias de aprendizagem que considerem a atenção às diferenças individuais e a flexibilidade. A ênfase nos aspectos comuns da aprendizagem ressalta o aspecto mais rico e positivo das escolas inclusivas. A figura 03 traz um esquema da crítica no ambiente escolar. Figura 3 – Crítica Fonte: Elaborado pela autora (2019) Criar e implementar um descritor de papéis e/ou funções de especialistas que trabalham em projetos de integração escolar permitirá regular o desempenho e que os professores do sistema de ensino possam conhecer e regular o trabalho da equipe e estabelecer parâmetros administrativos fundamentais para a positiva inserção de profissionais responsáveis pela aprendizagem de crianças e jovens com deficiência e beneficiários de um programa ou projeto de integração escolar (OLIVEIRA, 2008). Para isso, faz-se um perfil de ensino de especialistas que atuam na integração escolar, a fim de melhorar a gestão curricular, a partir da clareza das funções; incorporar as regulamentações atuais no nível da comunidade em relação aos papéis/funções dos especialistas para facilitar o trabalho colaborativo; melhorar o trabalho pedagógico e especializado para otimizar o processo de tratamento e diminuir o desconhecimento que essa deficiência causa. Características Currículo Integração 19 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. A colaboração é o processo de mesclar o conhecimento, a experiência e as habilidades de todos os parceiros para atingir objetivos comuns. Embora a colaboração ocorra entre todos parceiros educacionais, esta seção se concentra na colaboração entre instrutores professores de recursos e professores de sala de aula / disciplina. Isso pode acontecer tanto formalmente, como uma reunião agendada, e informalmente, como uma sala de trabalho conversação. Essa colaboração pode envolver: Resolução de problemas em torno do planejamento do programa, escolha de instruções estratégias, interpretação dos dados da avaliação para informar as instruções. Participação em equipes de prestação de serviços, equipes de planejamento de programas. Preparação e/ou acompanhamento das conferências de pais e professores. Compartilhar recursos. Planejamento comum, como nível escolar ou reuniões de departamento. A colaboração de cada um ocorre quando membros de uma comunidade de aprendizagem trabalham juntos para aumentar a aprendizagem e o desempenho dos alunos. Se o nosso destino final como educadores é a conquista dos alunos, pense na colaboração dos professores como a jornada. A colaboração não é uma tarefa a ser concluída, mas é um processo contínuo e em constante mudança que é aprimorado apenas pelas redes sociais e pelo acesso a novas tecnologias. A beleza da colaboração não é apenas a capacidade de explorar várias perspectivas e ideias, mas também compartilhar a responsabilidade pelo aprendizado de nossos alunos. Quanto mais pessoas investem na educação de um aluno, maior a chance de ele ter sucesso. Então, por que a colaboração eficaz entre professores não está acontecendo de maneira formal ou regular, apesar dos benefícios óbvios? Pode ser que alguns educadores não tenham conhecimento dos inúmeros benefícios ou simplesmente não dedicaram tempo ou esforço ao processo de colaboração. Vamos analisar mais detalhadamente como a colaboração de professores beneficia todos os envolvidos. 20 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 1.2.1 Benefícios da colaboração do professor Quando os professores se reúnem para compartilhar informações, recursos, ideias e conhecimentos, o aprendizado se torna mais acessível e eficaz para os alunos. Colaborar significa construir intencionalmente relacionamentos interpessoais e trabalhar para uma interdependência saudável, que ocorre quando os professores se sentem confortáveis em dar e receber ajuda sem perder a responsabilidade. Quando obtemos o co-planejamento e o co-ensino dos professores com base em uma visão compartilhada, eis alguns dos benefícios que podemos esperar: Maior esforço acadêmico - como os professores que colaboram na instrução estão todos na mesma página, eles podem aumentar o nível de rigor acadêmico para corresponder às principais competências que desejam que os alunos encontrem. Maior compreensão dos dados dos alunos - os professores estão melhores equipados para desconstruir dados relevantes (e implementar soluções eficazes) a partir de avaliações formativas e sumativas. Eles também têm um senso de responsabilidade compartilhada por celebrar o sucesso e analisar o fracasso. Planos de aula mais criativos - quando os professores se comunicam e compartilham ideias, eles também compartilham um repertório ampliado de estratégias instrucionais que estimulam a instrução criativa. Os colegas podem ser influenciados a tentar abordagens diferentes ou ter oportunidades de ajudar um colega com uma nova abordagem. Menos isolamento do professor - embora os professores não devam se sentir forçados a colaborar para evitar qualquer "simpatia artificial", a oportunidade de compartilhar ideias e informações combate a solidão e a frustração profissionais, o que melhora o moral e a satisfação profissional dos funcionários. A melhor parte dos benefícios da colaboração de professores é que eles podem ser uma realidade - como em muitas comunidades de aprendizagem em todo o mundo. A chave é reconhecer, entender e trabalhar diligentemente para superar os desafios e obstáculos que impedem a colaboração de professores de alta qualidade. 21 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemasde armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 2 – A GESTÃO ESCOLAR E SEUS CONCEITOS E APLICAÇÕES 2.1 Conceitos e aplicações A gestão escolar é um processo que enfatiza a responsabilidade do trabalho em equipe e envolve a construção, desenho e avaliação do trabalho educacional. Entende-se por capacidade de gerar novas políticas institucionais, envolve toda a comunidade escolar com formas de participação democrática que apoiem a atuação de professores e gestores, através do desenvolvimento de projetos educacionais adequados às características e necessidades de cada escola. Envolve a geração de diagnósticos, o estabelecimento de objetivos e metas, a definição de estratégias e a organização de recursos técnicos e humanos para atingir os objetivos propostos. Dependendo do foco, é possível identificar grandes áreas de gestão escolar: gestão acadêmica, gestão, gestão administrativa e gestão comunitária. De acordo com Coelho (2015), os processos envolvidos são: Apoio ao desenvolvimento de uma cultura de qualidade em todos os projetos a serem realizados, criando consciência de melhoria, trabalho em equipe e participação. Incentivar o uso de ferramentas na tomada de decisões, organização e monitoramento dos processos que são implementados na instituição. Apoio na articulação de projetos, com o objetivo de dar sentido às atividades à luz dos propósitos estabelecidos na instituição de ensino. Implementação de indicadores de gestão, com o objetivo de visualizar o estado de desenvolvimento dos processos. Sistematização e documentação de todos os processos, com o objetivo de alcançar a aprendizagem organizacional dos erros e consolidar a sustentabilidade. O conceito de gestão, como atualmente utilizado, vem do mundo dos negócios e da gestão de preocupações. A gestão é definida como a execução e monitoramento dos mecanismos, ações e medidas necessárias para atingir os 22 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. objetivos da instituição. A gestão, portanto, implica um forte compromisso de seus atores com a instituição e também com os valores e princípios de eficácia e eficiência das ações executadas. Saiba mais Filme sobre o assunto: Além da sala de aula (2011) Acesse o link: https://youtu.be/4BUOV6-L8Mo (Acesso em 24 de abril de 2020) Observação: Sobre a temática, é importante que o aluno note a relevância do assunto dentro do seu campo de atuação. A partir deste marco conceitual, entende-se que a gestão de qualquer instituição envolve a aplicação de técnicas gerenciais para o desenvolvimento de suas ações e o alcance de seus objetivos. Ao abordar a questão da gestão relacionada à educação, é necessário estabelecer distinções conceituais entre gestão educacional e gestão escolar. Enquanto o primeiro está relacionado a decisões de política educacional, na mais ampla escala do sistema de governo e na administração da educação, este último está ligado às ações empreendidas pela equipe de gestão de um determinado estabelecimento educacional. Tanto os processos de gestão educacional como os processos de gestão escolar são deliberadamente escolhidos e planejadas sequências de ações baseadas em determinados objetivos que possibilitam a tarefa de dirigir. A gestão educacional envolve as ações e decisões das autoridades políticas e administrativas que influenciam o desenvolvimento das instituições educacionais de uma sociedade particular. O escopo de operação dessas decisões pode ser todo o sistema educacional de um município, partido ou departamento, província, estado ou nação. Geralmente, as medidas incluídas na gestão educacional são articuladas com outras políticas públicas implementadas pelo governo ou autoridade política, como parte de um projeto político maior. As medidas relacionadas à gestão escolar correspondem ao escopo institucional e envolvem objetivos e ações ou diretrizes compatíveis com esses objetivos, que visam atingir uma influência direta sobre uma determinada instituição de qualquer natureza. É, em suma, um nível de gestão que abrange a escola única e https://youtu.be/4BUOV6-L8Mo 23 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. sua comunidade educacional de referência. Toda medida gerencial supõe um componente político, na medida em que tende à concretização de uma intencionalidade. Quando o escopo de aplicação é a instituição escolar, o interesse da ação é obter certos resultados pedagógicos por meio do que é usualmente compreendido pela atividade escolar educacional, realizada por cada comunidade educacional em particular. A gestão institucional, em particular, envolve o direcionamento da instituição escolar para determinados objetivos baseados no planejamento educacional, para os quais são necessários conhecimentos, habilidades e experiências em relação ao ambiente em que se pretende operar, bem como às práticas e mecanismos utilizados por pessoas envolvidas em tarefas educacionais. Nesse ponto, em estreita relação com a atividade motriz, o conceito de planejamento torna-se importante, pois permite o desenvolvimento de ações gerenciais - administração e gestão, seja educacional ou escolar. Na gestão escolar, o planejamento possibilita a direção de todo o processo institucional e é muito necessário na tentativa de produzir mudanças no cotidiano do trabalho. Em relação às dimensões da gestão escolar, para a análise e fundamentação da prática gerencial, são apresentadas as seguintes dimensões da gestão da educação, que estão presentes em três módulos e são articuladas a partir do eixo propulsor Planejamento-Avaliação do projeto educacional. As dimensões são as seguintes: Pedagógico-didática. Comunidade. Administração. É bem verdade que a estrutura organizacional na dimensão educacional- didático cooperativa refere-se às atividades da instituição de ensino que as diferenciam de outras e são caracterizadas por agentes que se empenham na construção de ligações com conhecimento e modelos didáticos: as modalidades de ensino, as teorias de ensino e aprendizagem subjacentes às práticas de ensino, o 24 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. valor e significado dado ao conhecimento, os critérios de avaliação de processos e resultados. A figura 04 traz um esquema do planejamento e avaliação escolar. Figura 4 – Planejamento e avaliação Fonte: Elaborado pela autora (2019) Como aspecto central e relevante que orienta ou deve orientar os processos e práticas educativas, dentro e fora das escolas, está o currículo. De identificar, analisar, refletir e discutir coletivamente em comunidades educativas os objetivos, intenções e finalidades decorrentes do primeiro nível de especificidade do currículo, é possível chegar em primeiro lugar, como muitos consensos para entender o que, quando, como e porquê da aprendizagem dos alunose, consequentemente, da sua avaliação. Em segundo lugar, é necessário partir das propostas curriculares para identificar, analisar e sistematizar os problemas que precisam ser abordados para o desenvolvimento e concretização da aprendizagem nos alunos. Por fim, com essa base de reflexão coletiva, é possível chegar a um consenso sobre a pertinência das propostas curriculares prescritas e propor os propósitos e intencionalidades educacionais sob os quais a escola e sua comunidade orientarão sua estratégia de intervenção educativa. A fim de orientar o trabalho colaborativo em comunidades na prática, durante o desenvolvimento de seu projeto educacional, é essencial que os gestores identifiquem e analisem as propostas curriculares determinadas para o nível de Educação Básica e, a partir daí, localizem seus processos e práticas (dentro e fora das escolas). É importante analisar e refletir sobre os níveis de concretização que o Dimensão Didático Educacional 25 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. currículo possui. No primeiro nível, apenas as prescrições correspondentes são feitas, mas as características particulares de cada escola não são consideradas, muito menos os problemas que ela enfrenta para a aprendizagem dos alunos. O segundo nível é onde ocorre desenho, desenvolvimento, avaliação e monitoramento do projeto educacional da escola. Neste segundo nível de concretização, ocorre as interpretações, análises e consensos que a comunidade educacional deve construir sobre intencionalidades e propósitos educacionais levantados, a partir do primeiro nível de concretização. É na escola, localizada em nível de desenvolvimento curricular, onde parte a necessidade de construir e reconstruir uma cultura colaborativa, que gera atores comprometidos e responsáveis nos processos educacionais e práticas de participação educacional. O terceiro nível de concreção curricular é a sala de aula, onde com os consensos sobre o que, como, quando e porque ensinar e avaliar, a aprendizagem dos alunos não depende do acaso e da arbitrariedade no processo de ensino-aprendizagem. Não se trata de chegar ao conhecimento exaustivo da teoria curricular, em termos de design, desenvolvimento e avaliação, mas à identificação dos elementos centrais dessas abordagens para poder contextualizar os problemas que estão determinados a atender. FIQUE LIGADO É na escola, localizada em nível de desenvolvimento curricular, onde parte a necessidade de construir e reconstruir uma cultura colaborativa, que gera atores comprometidos e responsáveis nos processos educacionais e práticas de participação educacional. Em relação à dimensão comunitária, esta é o conjunto de atividades que promovem a participação dos diferentes atores na tomada de decisão e nas atividades de cada centro. Inclui também o modo ou perspectivas culturais em que cada instituição considera as demandas e os problemas que recebe de seu ambiente (vínculos entre escola e comunidade, participação: níveis, formas, limites, 26 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. organização regras de coexistência). Nesta dimensão, é essencial analisar e refletir sobre a cultura de cada escola. Tendo identificado, caracterizado, organizado e hierarquizado os problemas educacionais da escola, zona escolar ou supervisão, é importante a construção coletiva de um projeto que permita atender de diferentes cenários, áreas e níveis as causas e consequências desses problemas. Para tanto, é conveniente considerar a cultura que as comunidades construíram, desenvolveram e reproduziram ao longo de sua prática educacional em um determinado tempo e espaço (COELHO, 2015). Uma vez definida a cultura da comunidade que iniciará um projeto específico, é possível selecionar conjuntamente o tipo de estratégias a serem seguidas durante o desenvolvimento, avaliação e monitoramento do projeto educacional em questão. Nesse sentido, é importante conhecer as interações significativas que ocorrem consciente e inconscientemente entre os indivíduos de uma determinada instituição social, como a escola, e que determinam suas formas de pensar, sentir e agir. É importante decodificar a realidade social que constitui esta instituição para coletivamente encontrar o caminho para a melhoria dos processos educacionais na escola. Ou seja, compreender e interpretar o conjunto de significados e comportamentos gerados pela escola como instituição social, para a realização dos objetivos e intenções educacionais e sociais atribuídos e alcançar maior compromisso e responsabilidade na resolução dos problemas educacionais diagnosticados. Para entender e compreender as interações é necessário identificar a relação entre as práticas da política da educação e da escola, realizadas dentro e fora da escola, valorizando as correspondências e discrepâncias causadas pela interação dinâmica entre as características das estruturas organizacional e as atitudes, interesses, papéis e comportamentos de indivíduos e grupos. Comunidades educativas das escolas não aceitam tão facilmente a imposição de formas e estilos de trabalho diferentes das suas tradições, costumes, rotinas, rituais e inércia que se esforçam para preservar e reproduzir, como uma parte significativa de sua identidade institucional, como são fortemente determinadas por seus valores, expectativas e crenças. 27 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Por esta razão, através de pesquisa e experiência reflexiva sobre a cultura da comunidade educativa propociona a reconstrução para gerar natural e espontaneamente a necessidade de trabalho de colaboração na realização de aprendizagem significativa dos alunos. Entender o que acontece na escola supõe um tratamento interdisciplinar, já que as múltiplas dimensões estão interligadas através das influências mútuas de natureza muito diversa (COELHO, 2015). Essas dimensões são caracterizadas por elementos particulares que tornam sua análise, reflexão e discussão necessárias. É claro que, para intervir na realidade escolar, é essencial partir dessa visão integral e provocar mudanças nesse mesmo sentido. Em relação à dimensão administrativa, analisa as ações do governo que incluem estratégias para gerenciar recursos humanos e financeiros e requisitos de tempo, bem como o gerenciamento de informações significativas que, tanto retrospectiva, quanto prospectivamente, contribuem para a tomada de decisões. Esta dimensão refere-se a todos os processos técnicos que apoiarão a elaboração e implementação do projeto educativo, bem como a prestação de contas. A dimensão administrativa está vinculada às tarefas que devem ser realizadas com o objetivo de proporcionar, com oportunidade, os recursos humanos, materiais e financeiros disponíveis para alcançar os objetivos de uma instituição, bem como as múltiplas demandas, negociações cotidianas e conflitos, a fim de conciliar interessesindividuais e institucionais (COELHO, 2015). Nesse sentido, gerenciar envolve tomar decisões e executá-las para especificar ações e, assim, atingir os objetivos. No entanto, quando essas tarefas são distorcidas em rituais e práticas mecânicas de acordo com as normas, só para responder a controles e formalidades, como atualmente entendida a burocracia, então, promove efeitos nocivos que estão longe de seus princípios originais de atenção, cuidado, fornecimento e provisão de recursos para o bom funcionamento da organização. Nesse contexto, a dimensão administrativa é uma ferramenta para planejar estratégias, considerando o uso adequado dos recursos e do tempo disponíveis. A figura 05 traz um esquema da dimensão administrativa. 28 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 5 – Dimensão administrativa Fonte: Elaborado pela autora (2019) Como a educação básica existe, é a primeira vez que as escolas públicas recebem e receberão apoio financeiro dos governos estaduais e do governo federal para operar recursos financeiros, razão pela qual é necessário que o diretor desse nível educacional seja apoiado no operação e distribuição dos referidos recursos. É importante notar que essas dimensões não são desarticuladas na prática diária, de modo que as ações ou decisões que são realizadas em qualquer uma delas têm seu impacto específico sobre as outras; a desagregação que é feita aqui é por razões didáticas e de sistematização. Já em relação à Dimensão Organizacional, os professores e gerentes, bem como alunos e pais, desenvolvem sua atividade educacional no âmbito de uma organização, juntamente com outros colegas, sob certas regras e requisitos institucionais. Essa dimensão oferece um arcabouço para a sistematização e análise das ações referentes aos aspectos de estrutura que, em cada centro de ensino, dão conta de um estilo de atuação (COELHO, 2015). Estes aspectos incluem aqueles que pertencem à estrutura formal (os organogramas, a distribuição de tarefas e a divisão do trabalho, o uso do tempo e espaços) e aqueles que compõem a estrutura informal (links e estilos nos quais os atores da instituição dão corpo e significado à estrutura formal, através dos papéis assumidos por seus membros). Nesta dimensão é relevante para avaliar o desenvolvimento das capacidades individuais e coletivas e facilitando as condições estruturais e organizacionais para a escola para decidir de forma autónoma e com competência e sem perder de vista seus fins educacionais, as transformações exigidas pela evolução da contexto escolar (COELHO, 2015). Esse processo envolve uma experiência de aprendizado e experimentação àqueles que participam dele. Provocando a modificação consciente e autonomamente decidida de ambas as práticas e estruturas organizacionais da Funcionamento Organização Estratégia 29 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. escola e as percepções de gerentes, professores e alunos sobre seus papéis, compromissos e responsabilidades na complexa tarefa de educar novas gerações. O principal é facilitar o alcance de propósitos educacionais por meio de um esforço sistemático e sustentado, destinado a modificar as condições de aprendizagem e outras condições climáticas internas, organizacionais e sociais (COELHO, 2015). Por isso, é necessário falar em melhoria, inovação e melhoria dos processos educacionais nas instituições escolares, tomando como referência o grau de realização e prática de valores que consideramos educacionais, a partir de nossa dimensão ética e profissional. Nesse sentido, a reflexão sobre a organização, sobre sua flexibilidade, sobre a dinâmica da mudança organizacional deve ser colocada em primeiro plano, e não relegada a um segundo. Além disso, as organizações que educam precisam desenvolver características como racionalidade e colegialidade, mas fundamentalmente flexibilidade, o que requer processos de conscientização para a necessidade de mudança, estruturas capazes de mudar autonomia e agilidade e mais pessoas com atitudes abertas para promover e realizar adaptações e especificar concretamente as intenções educacionais das escolas. Por fim, os melhores desenhos e projetos curriculares, se não levarem em conta o contexto organizacional em que vão ser desenvolvidos e se as demandas de mudança a serem realizadas nas organizações não surgirem, não terão o aprimoramento e a transformação. 2.2 Responsabilidades da gestão escolar A Gestão Escolar coordena uma grande diversidade de serviços estudantis e está presente desde o processo de admissão até o grau. Entre suas principais funções estão as seguintes: Realizar o processo de admissão. Realizar e atualizar os registros de cada aluno. É o elo com a Secretaria de Educação Pública, tanto para realizar os procedimentos individuais por aluno, quanto para manter atualizados os registros e atualizações dos planos de estudo. 30 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. ATENÇÃO As organizações que educam precisam desenvolver características como racionalidade e colegialidade, mas fundamentalmente flexibilidade. É responsável por organizar e coordenar os processos de registro e reinscrição. É a única entidade oficial que pode emitir registros de estudos e qualificações, pois é o Escritório que registra e protege a história acadêmica de todos os alunos. É a Diretoria que monitora o cumprimento do Regulamento do Estudante, por isso também é responsável pela aplicação de sanções acadêmicas quando um aluno entra em problemas com a Instituição, seja devido ao baixo desempenho acadêmico, ou devido à falta de integridade, que pode até levar o aluno a ser temporariamente ou permanentemente dispensado. Ela é responsável pelo escritório do Serviço Social. É a área encarregada de processar o título profissional e o certificado, uma vez que o aluno passa todos os seus assuntos e seu exame profissional. Anteriormente, essa posição era assumida por uma pessoa que estava encarregada de organizar programas, modelos de ensino, regras da escola, atenção aos alunos e questões administrativas. Atualmente, a participação é um conceito que permeia a maioria das instituições e, a partir desse entendimento, a gestão escolar tem se constituído em dependências que permitem agilizar o trabalho, e é assim que se concebe uma organização participativa, designada com o nome da gestão escolar, formada por pequenas equipes de apoio. Já em se tratando das etapas da gestão da escola de controleo controle, é uma etapa fundamental na administração, pois, embora uma empresa tenha planos magníficos, uma estrutura organizacional adequada e uma gestão eficiente e não pode verificar qual é a real situação da organização e não há mecanismo para garantir e relatar se os fatos estão de acordo com os objetivos: 31 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas,de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. PLANEJAMENTO: O planejamento é um processo gradual que estabelece o esforço necessário para atender aos objetivos de um projeto em um horário ou cronograma que deve ser atendido, para que o planejamento seja bem-sucedido. Neste processo, também permite refinar os objetivos que deram origem ao projeto. ORGANIZAÇÃO: Organizações são sistemas sociais projetados para atingir metas e objetivos, através de recursos humanos, ou da gestão de talentos humanos e outros. Eles também são definidos como um acordo sistemático entre pessoas, para alcançar um propósito específico. As Organizações são consideradas objeto de estudo da Ciência da Administração e, por sua vez, de algumas áreas de estudo de outras disciplinas como Sociologia, Economia e Psicologia. TOMADA DE DECISÕES: É o processo pelo qual é feita uma escolha entre alternativas ou formas de resolver diferentes situações da vida, estas podem ser apresentadas em diferentes contextos: no trabalho, familiar, sentimental, empresarial (usando metodologias quantitativas fornecidas pela administração), etc, isto é, as decisões são tomadas em todos os momentos, a diferença entre cada uma delas é o processo ou a maneira pelas quais são alcançadaa. A tomada de decisão consiste, basicamente, em escolher uma alternativa entre as disponíveis para resolver um problema atual ou potencial (mesmo que não haja evidência de um conflito latente). Para tomar uma decisão, independentemente da sua natureza, é necessário conhecer, compreender, analisar um problema, para poder resolvê-lo; em alguns casos, por serem tão simples e cotidianos, esse processo é realizado de forma implícita e é resolvido muito rapidamente, mas há outros casos em que as consequências de uma escolha boa ou ruim podem ter repercussões na vida e se estiverem em um contexto para trabalhar no sucesso ou fracasso da organização para o qual é necessário realizar um processo mais estruturado, que possa dar mais segurança e informação para resolver o problema. 32 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. As decisões dizem respeito a todos, pois, graças a elas, podemos ter uma opinião crítica. Deste modo, pode-se concluir que a gestão escolar e as responsabilidades da gestão escolar são um processo fundamental para o nosso ambiente educacional, uma vez que, sem elas, perderíamos a série de tarefas que elas proporcionam para solucionar as dificuldades do trabalho educativo. É importante conhecer todo o processo que se diz gestão e, além disso, tudo o que envolve, um elemento fundamental é a geração de novas políticas institucionais, incluindo toda a comunidade escolar, entendida como essa participação social das interações para desenvolver e estabelecer projetos educacionais que melhoram a instituição. É essencial que a cada um dos membros de uma comunidade (escola, neste caso) fique claro que os processos permitem uma série de atividades conjuntas, que possibilitam o bom funcionamento de uma escola, onde as tarefas bem elaboradas e responsáveis por cada uma permitam o desenvolvimento adequado do sistema em que se encontram. Para tanto, envolve-se a geração de diagnósticos, o estabelecimento de objetivos e metas, a definição de estratégias e os recursos, de tal forma que os objetivos propostos possam ser alcançados. É necessário que a análise e a fundação da prática diretiva levem em conta as dimensões da gestão educacional que estão presentes nos quatro etapas e são articuladas a partir do eixo motriz Planejamento-Avaliação do projeto educacional. Essas dimensões são: organização pedagógico-didática, comunitária, administrativo- financeira e cooperativa que se unem para proporcionar efetividade no âmbito já mencionado, proporcionando modalidades de ensino, valores a esse conhecimento, critérios de avaliação dos processos e resultados, bem como conjunto de atividades que promovema participação de todas as figuras da escola, levando em conta a cultura, problemas, demandas etc., que aparecem dentro dele. Da mesma forma, são analisadas as ações governamentais que incluem estratégias de gestão de recursos humanos e financeiros e requisitos de tempo, bem como o gerenciamento de informações significativas que, tanto retrospectiva quanto prospectivamente, contribuem para a tomada de decisões. Eles também oferecem uma estrutura para a sistematização e análise das ações referidas àqueles aspectos da estrutura que em cada centro educacional dão conta de um estilo funcional. A figura 06 traz um esquema das ações governamentais. 33 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 6 – Ações governamentais Fonte: Elaborado pela autora (2019) Deste modo, geramos a conscientização para a gestão de sites escolares, utilizando a experiência existente entre seus membros, de forma que eles sejam implementados a partir de programas, treinamentos e atualizações para que possam cumprir as atividades e manter os sites educativos atualizados e proativos. Isto será sempre realizado se forem promovidas demonstrações assertivas e superadoras, implementando todas as responsabilidades da gestão escolar, seguindo da mesma forma cada uma das suas etapas. Sendo assim, esperamos perceber a grande importância da gestão escolar e suas responsabilidades, tendo em conta que é essencial para as nossas instituições de ensino. Logo, de acordo com as informações disponíveis até o presente, podemos considerar que a disciplina conhecida como gestão educacional tem sido desenvolvida em várias partes do mundo há aproximadamente trinta anos, embora isso sempre tenha sido implícito ou explicitamente ligado às diversas ações educativas, especialmente no campo da educação, campo da administração educacional amplamente conhecida. A gestão educacional tem surgido de necessidades práticas reais, especificamente acadêmicas, o que faz uma diferença importante na administração educacional, que tem sido responsável pela gestão e direção das escolas. Sua diferença substancial é que a administração educacional assume, essencialmente, instituições educacionais como empresas que apresentam serviços educacionais a um grupo de pessoas, que são geralmente consideradas clientes, enquanto a gestão educacional, obviamente, adquire outra conotação, mais humana, acadêmica e institucional, diminuindo, assim, a ideia comercial da educação. (FERNANDES, 2011) Pode-se pensar, ao contrário, que o conceito de gestão educacional vai além do conceito de administração educacional, mesmo considerando que este último Gerenciamento Informações Decisões 34 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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