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almanaque da a l m a n a q u e d a h i s t ó r i a a n t i g a antiga HISToRIA´ fatos, curiosidades e descobertas que definiram o destino da humanidade 567 P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 3 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 2 :3 1 - 0 1 _ C A D Uma viagem às origens Reunir numa única revista mais de 400 informações diferentes sobre a história da Antiguidade parece uma tarefa difícil. E seria mesmo, não fosse tão divertida. Buscar, selecionar e editar informações úteis, curiosas e apresentá-las em forma de almanaque nasceu de uma ideia da diretora de redação de AVENTURAS NA HISTÓRIA, Patricia Hargreaves, no ano passado. Com base numa sólida bibliografi a e com a ajuda dos arquivos da revista, o trabalho se transformou em fonte de aprendizado. O objetivo era levar ao leitor, por meio de notas curtas, bem-humoradas e sem se prender demais à cronologia, os principais fatos de um período que vai do surgimento do homem até a queda do Império Romano. No meio da tarefa, surgiram algumas questões curiosas. Por exemplo: por que o rio Amarelo, na China, é amarelo? Ou: o que trafegava na Rota da Seda além de seda? Ou: qual é o maior poema do mundo? Nas próximas páginas você vai encontrar histórias de grandes batalhas, invenções que mudaram o mundo, o surgimento e a decadência de impérios, embalados de uma forma gostosa de ler. O ALMANAQUE DA HISTÓRIA ANTIGA é apenas o primeiro. Em breve virão novas edições, sobre a história do mundo e a história do Brasil. Boa leitura. CARTA Diretora Superintendente: Brenda Fucuta Diretora de Núcleo: Alda Palma Diretora de Redação: Patricia Hargreaves Editora de Arte: Débora Bianchi Colaboraram nesta edição: Wagner Gutierrez Barreira (edição), Casa36 (arte), Paulo dos Santos (revisão), Sidney Gil (tratamento de imagens) SERVIÇOS EDITORIAIS Apoio Editorial: Carlos Grassetti (Arte), Luiz Iria (Infografia) Dedoc e Abril Press: Grace de Souza Pesquisa e Inteligência de Mercado: Andrea Costa Treinamento Editorial: Edward Pimenta Almanaque Esp. História, ed. 1 EAN 789361407536, fevereiro de 2011, é uma publicação da Editora Abril S.A. Edições anteriores: venda exclusiva em bancas, pelo preço da edição atual. Solicite ao seu jornaleiro. Distribuída em todo o país pela Dinap S.A. Distribuidora Nacional de Publicações, São Paulo. Aventuras na História não admite publicidade redacional. Serviço ao Assinante: Grande São Paulo: (11) 5087-2112 Demais localidades: 0800-775-2112 www.abrilsac.com Para assinar: Grande São Paulo: (11) 3347-2121 Demais localidades: 0800-775-2828 www.assineabril.com.br IMPRESSA NA DIVISÃO GRÁFICA DA EDITORA ABRIL S.A. Av. Otaviano Alves de Lima, 4400, Freguesia do Ó, CEP: 02909-900, São Paulo, SP Editor: Roberto Civita Presidente Executivo: Jairo Mendes Leal Conselho Editorial: Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo, Victor Civita Diretor de Assinaturas: Fernando Costa Diretor Digital: Manoel Lemos Diretor Financeiro e Administrativo: Fábio d’Avila Carvalho Diretora Geral de Publicidade: Thais Chede Soares Diretor Geral de Publicidade Adjunto: Rogerio Gabriel Comprido Diretora de Recursos Humanos: Paula Traldi Diretor de Serviços Editoriais: Alfredo Ogawa Fundador: VICTOR CIVITA (1907-1990) Pre si dente do Conselho de Administração: Roberto Civita Pre si dente Executivo: Giancarlo Civita Vice-Presidentes: Arnaldo Tibyriçá, Douglas Duran, Marcio Ogliara, Sidnei Basile PUBLICIDADE CENTRALIZADA Diretores: Marcos Peregrina Gomez, Mariane Ortiz, Robson Monte, Sandra Sampaio Executivos de Negócios: Alessandra D´Amaro, Ana Paula Moreno, Ana Paula Teixeira, Ana Paula Viegas, Caio Souza, Camila Folhas, Carla Andrade, Cidinha Castro, Claudia Galdino, Cleide Gomes, Daniela Serafim, Eliane Pinho, Emiliano Hansenn, Fabio Santos, Jary Guimarães, Juliana Vicedomini, Karine Thomaz, Marcello Almeida, Marcelo Cavalheiro, Marcio Bezerra, Marcus Vinicius, Maria Lucia Strotbek, Nilo Bastos, Regina Maurano, Renata Miolli, Rodrigo Toledo, Selma Costa, Susana Vieira, Tati Mendes, Virginia Any PUBLICIDADE DIGITAL Diretor: André Almeida Gerente: Luciano Almeida Executivos de negócios: Alexandra Mendonça, André Bortolai, André Machado, Bruno Fabrin Guerra, Camila Barcellos, Carlos Sampaio, Daniela Alexandra Batistela, Elaine Collaço, Fabíola Granja, Guilherme Bruno de Luca, Guilherme Oliveira, Herbert Fernandes, Laura Assis, Luciana Menezes, Rafael de Camargo Moreira, Renata Carvalho, Renata Simões, Rodrigo Scolaro, Veronica Souza PUBLICIDADE REGIONAL Diretores: Alex Foronda, Paulo Renato Simões Gerentes:Andrea Veiga, Cristiano Rygaard, Edson Melo, Francisco Barbeiro Neto, Ivan Rizental, João Paulo Pizarro, Ricardo Mariani, Sonia Paula, Vania Passolongo Executivos de Negócios: Adriano Freire, Ailze Cunha, Beatriz Ottino, Caroline Platilha, Celia Pyramo, Clea Chies, Daniel Empinotti, Gabriel Souto, Ítalo Raimundo, José Castilho, José Rocha, Josi Lopes, Juliana Erthal, Leda Costa, Luciene Lima, Maribel Fank, Paola Dornelles, Ricardo Menin Henri Marques, Samara Sampaio de O. Reijnders PUBLICIDADE NÚCLEO JOVEM Diretor de Publicidade: Alberto Simões de Faria Gerentes de Publicidade: Fernando Sabadin e Sandra Fernandes Executivos de negócio: Alessandra Calissi, Alice Ventura, Ana Carolina Kanj, Analucia Bertola, Bia Macineli, Cinthia Curty, David Padula, Eduardo Chedid, Flavia Magalhães, João Eduardo Dias, Juliana Compagnoni, Leila Raso, Luis Caldas, Luis Fernando Lopes, Mara Marques, Reinaldo Murino, Shirlene Pinheiro, Thaira Ferro, Vera Reis Assistentes: Liliana Moura e Monise Barbosa DESENVOLVIMENTO COMERCIAL Diretor: Jacques Baisi Ricardo MARKETING E CIRCULAÇÃO Diretora de Marketing: Louise Faleiros Gerente de Marketing: Angelica Garcia Gerente de Núcleo: Edson Bottura Gerente Marketing Leitor: Dennis Costa Analista: Thays Panizza Estagiária: Carolina Padilha Gerente Marketing Publicitário: Cezar Almeida Analista: Carolina Silva Estagiário: Paulo Victor Gouvêa Gerente de Eventos: Mônica Romano Agostinho Analistas: Adriana Paolini, Carolina Fioresi, Luciana Balieiro Estagiária: Mariana Camargo Gerente de Circulação Avulsas: Magali Superbi Gerente de Circulação Assinaturas: Gina Trancoso PLANEJAMENTO, CONTROLE E OPERAÇÕES Gerente: André Vasconcelos Consultor: Edson Marques Oliveira Processos: Fabiano Valim ASSINATURAS Atendimento ao Cliente: Clayton Dick Recursos Humanos Consultora: Marizete Ambran PUBLICAÇÕES DA EDITORA ABRIL: Alfa, Almanaque Abril, Ana Maria, Arquitetura & Construção, Aventuras na História, Boa Forma, Bons Fluidos, Bravo! , Capricho, Casa Claudia, Claudia, Contigo! , Delícias da Calu, Dicas Info, Publicações Disney, Elle, Estilo, Exame, Exame PME, Gloss, Guia do Estudante, Guias Quatro Rodas, Info, Lola, Loveteen, Manequim, Máxima, Men’s Health, Minha Casa, Minha Novela, Mundo Estranho, National Geographic, Nova, Placar, Playboy, Quatro Rodas, Recreio, Revista A, Runner’s World, Saúde! , Sou Mais Eu! , Superinteressante, Tititi, Veja, Veja Rio, Veja São Paulo, Vejas Regionais, Viagem e Turismo, Vida Simples, Vip, Viva! Mais, Você RH, Você S/A, Women’s Health Fundação Victor Civita: Gestão Escolar, Nova Escola REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA: Av. das Nações Unidas, 7221, 14º andar, Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05425-902, tel. (11) 3037-2000. Publicidade São Paulo e informações sobre representantes de publicidade no Brasil e no Exterior: www.publiabril.com.br almanaque da antiga HISToRIA´ O ESPECIAL ALMANAQUE DA HISTÓRIA ANTIGA foi publicado em fevereiro de 2011 pela Editora Abril S/A e republicado pela Editora Caras S.A. em Setembro de 2020 Redatora-chefe: Patricia Hargreaves Editora de Arte: Débora Bianchi Colaboraramnesta edição: Wagner Gutierrez Barreira (edição), Casa36 (arte), Paulo dos Santos (revisão), Sidney Gil (tratamento de imagens) Apoio Editorial: Carlos Grassetti (Arte), Luiz Iria (Infografia) Dedoc e Abril Press: Grace de Souza Pesquisa Treinamento Editorial: Edward Pimenta P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 4 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 2 :3 1 - 0 1 _ C A D 04 05/ SUMÁRIO PRÉ-HISTÓRIA CIVILIZAÇÕES ORIENTE GRÉCIA 022 3233 4444 0600 O Homo sapiens domina o fogo, inventa a roda, a agricultura... O surgimento das cidades, da escrita e dos primeiros impérios Indianos e chineses criam suas grandes civilizações As cidades-Estado que legaram os grandes valores do Ocidente P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 5 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 2 :3 1 - 0 1 _ C A D ROMA RELIGIÕES AMÉRICA BIBLIOGRAFIA 5655 6666 7477 8288 Um grande império baseado na força militar e na cultura Abraão, patriarca de três religiões, e o monoteísmo As grandes civilizações do México e dos Andes P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 6 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 3 :0 2 - 0 1 _ C A D História O Homo sapiens começa a se espalhar pelo mundo O homem domestica plantas e animais e deixa de ser nômade A irrigação é inventada na Mesopotâmia Surgem as primeiras cidades no Egito e na Mesopotâmia O Egito cria o primeiro império 10 00 00 a .C . 10 00 0 a. C. 50 00 a .C . 30 00 a .C . 35 00 a .C . Pré- pelo mundopelo mundo de ser nômadede ser nômade Egito e na Egito e na MesopotâmiaMesopotâmia impérioimpériopelo mundope o mu d de ser nômadede s r nômade J A M E S W . P O R T E R / C 0 R B I S P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 7 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 3 :0 2 - 0 1 _ C A D O Homo sapiens domina o fogo, inventa a roda, a agricultura... Aparecem as pirâmides Civilizações da Europa à China Começa a Idade do Ferro Os fenícios fundam colônias no Mediterrâneo As cidades- Estado gregas afl oram 25 50 a .C . 15 00 a .C . 10 00 a .C . 22 20 a .C . 50 0 a. C. as as Civilizações daCivilizações da Europa à ChinaEuropa à China Começa a Começa a Idade do FerroIdade do Ferro Os feníciosOs fenícios fundamfundam cc MM Estado gregasEstad g egas afl oramafl oram oo fundamu dam colônias no colônias no MediterrâneoMediterrâneo P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 8 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 1 7 :3 7 - 0 1 _ C A D Os bebês humanos estão entre os mais des- preparados e precisam da mãe o tempo todo para sobreviver. Por quê? A culpa é do cérebro. Se a mãe esperasse o cérebro do feto se desenvolver completamente, ele não passaria por sua bacia na hora do parto. O bebê humano, ao contrário da maioria dos mamíferos, nasce com moleira, para o crânio suportar o crescimento do tamanho do cérebro.u s a n d o a c a b eç aO antepassado mais antigo do Homo sapiens é uma mulher e se chama Lucy. Foi desco- berto em 24 de novembro de 1974, na Etiópia, pelo antropólogo americano Donald Johanson e sua equipe. Por que não se chama Eva? Na comemoração a equipe bebeu, dançou e não parou de ouvir Lucy in the Sky With Diamonds, dos Beatles. Também é conhecida como Dinkenesh (“você é maravilhosa”). O nome ofi cial é AL 288-1 (Localidade de Afar #288). é o tamanho da caverna de Altamira Lucy 2 6922 66 LUCY Espécie: Australopithecus afarensis Idade: 3,2 milhões de anos Altura: 1,1 metro Peso: 19 quilos Ossos encontrados: 40% do esqueleto Característica principal: bipedismo Artistas primitivos mas pode me chamar de AL 288-1 Pinturas primitivas nas cavernas de Altamira, na Espanha, foram descobertas em 1880. Gera- ram polêmica. Até então, não se acreditava que o homem pré-histórico tivesse capacidade de usar a arte como forma de expressão. O arqueólogo amador Marcelino Sanz de Sau- tuola estava acompanhado de sua fi lha de 9 anos quando encontrou as pinturas, que têm entre 25 mil e 35 mil anos. metros ebê humano, ao contrário da maioriaeb uman , o c n r r a m i r mamíferos, nasce commamíferos nasce com eira, para o crânioeira, para o crânio ortar o crescimentoortar o crescimento tamanho do cérebro.tamanho do cérebro. 08 09/ PRÉ-HISTÓRIA C R E A T I V E C O M M O N S S X C .H U C R E A T I V E C O M M O N S C R E A T I V E C O M M O N S P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 9 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 1 7 :3 7 - 0 1 _ C A D Para muita gente, o primeiro contato com a pré-história veio com as aventuras de Fred Flintstone. O desenho animado da Hanna-Barbera foi produzido originalmente entre 1960 e 1966 e exibido pela rede americana ABC. FICHA DE FRED Nome completo: Frederick Joseph Flintstone Endereço: 345, Cave Stone Road, Bedrock Mulher: Vilma Flintstone Filha: Pedrita Flintstone Vizinhos: Barney e Betty Rubble Ocupação: operador de dinoguindaste na Slate Rock and Gravel Co. Hobby: boliche Erro histórico: humanos não conviveram com dinossauros Ya b b a -D a b a -D o o Aqueles que aprenderam a colaborar e improvisar de forma mais efi caz prevaleceram. Charles Darwin clã de antropólogos ntatotaton aventurasturasaven nimado daamad riginalmente ealmr redeede Cientistas evoluídos No século 19, três dos maiores evolucionistas de seu tempo, Charles Darwin, Jean-Baptiste Lamarck e Ernest Haeckel não usaram a palavra “evolução” nas primeiras edições de seus trabalhos mais importantes. Darwin, o maior deles, falou em “descendência com modifi cação”. es n, el as ções hos ntes. ior deles, scendência ção”. A familia inglesa Leakey é o maior clã de antropólogos do planeta, respon- sável por grandes descobertas. Louis e Mary, na Tanzânia, revelaram que a humanidade nasceu na África. Ri- chard, filho dos dois nascido no Quênia, continuou a pesquisa e en- controu fósseis de 2 milhões de anos. E salvou o casamento dos pais quando tinha 11 anos. Louis estava quase tro- cando a mulher pela secretária quan- do o fi lho caiu de um cavalo e teve traumatismo craniano. O acidente uniu outra vez o casal. D I V U L G A Ç Ã O C R E A T I V E C O M M O N S P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 1 0 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 1 :5 8 - 0 1 _ C A D Em primeiro lugar: não foi só o Homo sapiens que saiu por aí. Há fósseis de outros hominídeos espalhados pelo mundo, antes das caminhadas do homem moderno. O Homo erectus, nosso ancestral, saiu da África, para o Oriente Médio, Ásia e, mais tarde, Europa, por volta de 1,8 milhão de anos atrás. Em alemão, pode ser traduzido como “Valedo Homem Novo” Andar comfé A CAMINHADA DO HOMO SAPIENS Ötzi é a múmia masculina de um caçador com prováveis 5 300 anos. Foi encontrado nos Alpes, em 1991, por turistas alemães. Quando morreu tinha entre 30 e 45 anos. Tinha tatuagens e sofria de artroses. Usava uma capa de grama, calçados e casaco de couro. Tinha arco e flechas e um machado de cobre. Morreu vítima de um ferimento no ombro causado por uma flechada. A ponta ficou em sua múmia. Velho como uma múmia NEAN ER Controvérsia brasileira A antropóloga franco-brasileira Niède Guidon, explorando o sítio arqueológico de São Raimundo Nonato, no Piauí, defende ter en- contrado evidências de presença humana datadas de 45 mil anos atrás, o que colocaria o mapa que você vê de cabeça para baixo. Sua tese divide opiniões entre os aca- dêmicos. São Raimundo Nonato foi declarado Patrimônio da Hu- manidade pela Unesco. 1 600 anos: ilha de Páscoa 70 mil anos: Oriente Médio 14 mil anos: América do Norte 50 mil anos: Austrália 12 mil anos: América do Sul 33 mil anos: Europa 4 500 anos: Ártico 30 mil anos: Filipinas 1 600 anos: Havaí 30 mil anos: Japão 14 mil anos: Sibéria 1 000 anos: Nova Zelândia C R E A T I V E C O M M O N S o, pode se aduzido do Homem ovo” , pp NDER 10 11/ PRÉ-HISTÓRIA P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 1 1 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 1 :5 8 - 0 1 _ C A D A Ilha de Páscoa foi um dos últimos locais a ser conquis- tados pelos humanos (com exceção da Antártida, que ainda hoje não tem ocupação humana permanente). A cultu- ra polinésia colonizava ilha a ilha do Pacífico, mas quan- do chegaram a Páscoa, apa- rentemente, encontraram um beco sem saída. É o ponto mais isolado do planeta: fica a 2 mil quilômetros da ilha Pit- cairn e a 3,5 mil quilômetros do Chile continental. É famo- sa por suas esculturas, os moais. A única água doce é encontrada nas crateras de seus três vulcões. R a p a N u i As pessoas que encontraram os primeiros fósseis de neandertais no vale de Neander, na Alema- nha, em 1856, pensaram que fossem ossos de urso. O profes- sor e naturalista Johann Carl Fuhlrott enviou o material para o anatomista Hermann Schaa- fhausen. Eles anunciaram a descoberta no ano seguinte. Os neandertais se adaptaram ao clima frio da Europa. Caçavam mamutes e usa- vam peles de animais para se proteger do clima. Seu cérebro era equivalente ao do Homo sapiens, mas ele não dominava bem a fala – ambos se encontraram a partir de 40 mil anos atrás. Dúvidas O neandertal é uma espécie diferente ou uma subespécie humana? Os homens os dizimaram ou os assimilaram? Fóssil Primos extintos O homem dominou o fogo, um gigantesco passo evolutivo. 100 000anos C R E A T I V E C O M M O N S C R E A T I V E C O M M O N S C R E A T I V E C O M M O N S P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 1 2 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 1 :5 9 - 0 1 _ C A D Mortos O ritual de enterrar e prantear os mortos é a primeira expressão de religiosidade dos humanos A humanidade se espalhava pelo mundo ca- çando e colhendo o que encontrava, mas por volta de 10 mil anos atrás resolveu parar. Passou a domesticar animais e descobriu a agricultura. Era o fi m dO nomadismo como regra. Os homens puderam estocar alimentos e surgiram os primeiros assentamentos, na Mesopotâmia, onde hoje é o Iraque. CERÂMICA A invenção da cerâmica, a argila aquecida que se torna dura e resistente, remonta a 29 mil anos atrás. Curiosamente, ela surgiu em vários lugares diferentes: há exemplos na China, na Índia, no Oriente Médio e no Norte da África. Os melhores amigos Quando o homem domesticou os animais Cachorro: 14 mil a 18 mil anos Ovelha: 10 mil anos Cabra: 10 mil anos Porco: 9 mil anos Gado: 10,5 mil anos Abelha: 6 mil anos Camelo: 6 mil anos Burro: 6 mil anos Cavalo: 5,5 mil anos Gato: 3,5 mil anos Galinha: 3,5 mil anos Bicho-da-seda: 3 mil anos Pombo: 3 mil anos Coelho: 1,5 mil anos a g r ic u lt u r a mica, a 29 mil mente,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, s na, na édio a. S X C .H U C R E A T I V E C O M M O N S C R E A T I V E C O M M O N S 12 13/ PRÉ-HISTÓRIA P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 1 3 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 1 :5 9 - 0 1 _ C A D Defi nições do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (1º edição, 2001) Paleolítico Diz-se de ou período mais antigo da Pré-História, ca- racterizado pela indústria da pedra lascada, ou seja, pedaços de rocha quebrados grosseiramente. A palavra estreou em por- tuguês em 1881. Neolítico Última divisão da Idade da Pedra. Período da Pré- História que se estende de 7 mil a.C. a 2,5 mil a.C. caracterizado pelo uso de artefatos de pedra polida. Entrou no idioma portu- guês em 1899. Paralelo bíblico Há relação entre o fi m do modelo de vida de caçadores/coletores com a história bíblica de Adão e Eva. O Jardim do Éden oferecia tudo o que o casal precisava, mas quando Deus expulsou a dupla foi categórico: Adão teria de lavrar a terra para conseguir o próprio sustento. A Era do Gelo durou dez milênios, entre 20 mil e 10 mil anos atrás, no fi nal da Pré-História. Com a água do mar congelada, os oceanos recuaram, serviram como pontes e os humanos puderam se espalhar pelo planeta. A capacidade de adaptação às condições climáticas adversas ajudou a espécie a evoluir. Caçar mamutes, por exemplo, exigia estratégia e jogo de equipe. No fi nal da Era do Gelo, os huma- nos passaram a enterrar seus mortos com armas, ferramentas e co- mida, o que mostra a crença em vida após a morte. Era do gelo ções do nário aiss da Língua uguesa dição, 2001) ítico de ou período mais da Pré-História, ca- zado pela indústria ra lascada, ou seja, de rocha quebrados mente. estreou em por- 1881. dade da é- A Er no re p a e n j p ratégia e jogo de equipe. No fi ram a enterrar seus mortos c z milênios, en Com a águ po t m ue mostra a crença em vida a Era do Sid C R E A T I V E C O M M O N S D I V U L G A Ç Ã O Quer saber? Essa coisa de Era do Gelo está fi cando velha. Sabe o que eu queria? Um aquecimento global. P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 1 4 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 1 :5 9 - 0 1 _ C A D Antes do fogo: frutos, raízes, ovos, peixes e insetos Depois do fogo: churrasco de caça, direto na chama Com a invenção da panela (10 mil anos atrás): sopa de cereais e carne assada em panelas de barro a ddi etaatt pprriimmiittiivvaavvvv G eree rrruGG ee Há 29 mil anos os homenss já combatiam seus semelhanc ntes j com armas, como facas e lc lanças de pedra, além de bastõesd s ,, Pré-Ti-ti-ti Ok, sabemos que o homem pré-histórico se cobria com peles. Mas o acabamento era feito com ajuda de agulhas de costura, feitas de espinhas de peixe. A descoberta, de 15 mil anos, só poderia ter ocorrido na França. ásás):): eeeeee asasasasasasssssasasasaas dadadadadadadaaaaaadaaaaadadaaaaaaaaadaaaadadaaaadaaadadadaaaaadaaadadaaaaadaadadaadaaaadadadadaadadadadadaadaadadadadadaaadadaadadadaddaadddadadddddaadddaadadddddadddddaadddaddddaddddrrrrrrrrrrooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo A argila cozida lentamente deu origem à estátua de terracota mais famosa do mundo, a Vênus de Willendorf, achada na Áustria e datada entre 24 mil e 22 mil anos. b a ix a c o m b u s tã o (e popozão) O HOMEM FORA DAS CAVERNAS As primeiras casas surgiram no atual Iraque. Eram feitas de palha, madeira e barro cozido. õess. O HOMEM FORA DAS CAVERNAS A i i As plantações mais antigas: Centeio e Cevada sosssosssssssssossssssssossossssssssososososososssssosssosossossssossssosssssosssososososssssossssosossssosssosssososssosssososososo a C R E A T I V E C O M M O N S C R E A T I V E C O M M O N S C R E A T I V E C O M M O N S M A R C E L O Z O C C H I O 14 15/ PRÉ-HISTÓRIA P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 1 5 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 1 :5 9 - 0 1 _ C A D Alguém inventou a roda A roda é a invenção mecânica mais impor- tante da humanidade. Ela surgiu na Meso- potâmia, 3,5 mil anos atrás. Qual é o segredo? Ela reduz a fricção e facilita o movimento. Se vai mais longe fazendo menos força. IRO USOPRIMEI , segundo A roda, mas impressos diagram ila, nasceu para em argi na fabricação ajudar n mica em Ur, de cerâ opotâmia.na Mes O mundo é como uma roda numa roda. Nicolau de Cusa, cardeal católico (1401-1464) NO TRANSPORTE Aí, a paternidade da roda fi ca complicada. Há evidências do uso em veículos, puxados por humanos ou animais, no Oriente Médio, no sul da Rússia, nos Bál- cãs e na Europa Central. Como viver sem ela? Pergunte aos povos americanos. Incas e maias construíram grandes cidades, criaram impérios e não inventaram a roda. Imagine qualquer máquina. Pode apostar, tem uma roda em algum lugar. Do relógio ao avião, o princípio do círculo ainda faz as coisas funcionarem. Ainda por aqui C R E A T I V E C O M M O N S P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 1 6 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 1 7 :3 7 - 0 1 _ C A D MELHOR SOBRAR DO QUE FALTAR Com a ajuda de um velho amigo Quando o homem misturou o fogo à terra, descobriu que podia criar metais. A Idade da Pedra fi cou para trás A agricultura trouxe uma grande novidade para a humanidade: comida sobrando. O estoque, que garantia a sobrevivência, gerou especializações e hierarquias nas sociedades antigas. Ceramista Tecelão Padeiro Cervejeiro Sacerdote Autoridade IDADE DO COBRE (c. 3200-2300 a.C.) O primeiro metal obtido pelo homem não foi usado para fazer armas, mas para embelezar. O cobre servia para a criação de adornos. IDADE DO BRONZE (2300-700 a.C.) O homem se sofi sticava. O bronze é uma liga, ou seja, uma mistura de dois metais (cobre e estanho), o que mostra o domínio da metalurgia. IDADE DO FERRO (700-1 a.C.) O ferro servia para armas, mas também para a agricultura. Nessa época, há registros de trocas comerciais entre várias regiões da Europa. Na Mesopotâmia, surgem os primeiros pães, uma espécie de bolacha feita de farinha de grãos e água. “Foram os primeiros cookies da história”, afi rma o historiador Reay Tannahill. pãozinho? p , g pães, uma espécie de b farinha de grãos e á primeiros cookies o historiado zinho Na Mesopotâmia, surgem Vai um S X C .H U 16 17/ PRÉ-HISTÓRIA P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 1 7 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 1 7 :3 7 - 0 1 _ C A D Gente com tarefas diferentes, troca de mercadorias por serviços, autori- dades e sacerdotes. Falta o cenário. Ele atendia pelo nome de cidade. A pa- lavra civilização tem origem na pala- vra latina para “cidade”. Algumas delas chegaram a ter 10 quilômetros quadrados e população na casa dos milhares de habitantes. A cer vej a fei ta de cev ad a na sc eu da s m ão s d e u m gên io su mé rio o u ba bil ôn ico qu e r eso lve u m ist ur ar o cer eal co m ág ua e bo tar a mis tu ra pa ra se ca r. Ess e b olo fe rm ent av a pel a a çã o d e m icr o-o rg an ism os e u m do s r esu lta do s e ra o álc oo l. A lo ur a ge la da n ão e ra lo ur a ne m g el ad a O lugar mais antigo do mun- do habitado continuamente fi ca hoje na Cisjordânia. É a cidade de Jericó. Escavações encontraram indícios de pre- sença humana desde 9 mil anos antes de Cristo. Existem poucas referências e evidências de prostituição pré-histórica. A arte de trocar o próprio corpo por dinheiro, em seus primórdios, era um ritual de puberdade em algumas sociedades anti- gas. Em certas religiões, a sacerdotisa era obrigada a se prostituir. jericó en fi m , c id a d es Pedras circulares Stonehenge, na atual Inglaterra, ainda é um mistério. Começou a ser erguido 2 mil anos antes de Cristo, servia como observatório astronômico e local de culto religioso. O círculo está alinhado com o pôr do sol no último dia do inverno, o que demonstra o conhecimento astronômico de seus construtores. E a “mais antiga profi ssão do mundo”? É a data da construção das muralhas de Jericó. 8000a.C. S X C .H U S X C .H U P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 1 8 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 2 :0 2 - 0 1 _ C A D UMA QUESTÃO DE GEOGRAFIA Para Jared Diamond, em seu livro Armas, Germes e Aço, o desenvolvimento de Europa e Ásia foi mais fácil do que o das Américas. A culpa é da geografia Os povos gentis não venceram Ronald Wright, em Uma Breve História do Progresso O homem passou pela Era do Gelo, mas perdeu companhia. Alguns animais extintos da cha- mada megafauna M eg a fa u n a O homem passou pela Era do Gelo, mas perdeu perdeu, mas pdo Geloa Erasou peem pasO hom companhia. Alguns animais extintos da cha-ha-s da cxtintomais euns ana. Algumpanhicom mada megafaunaunamega amad ENQUANTO ISSO, NO JAPÃO Quando a Era do Gelo chegou ao fi m e isolou o atual Japão do continente asiático,sua população era de 30 mil pessoas. Dois mil anos antes de Cristo havia chegado a 200 mil. JJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJTO ISSO, NO JAPÃOPÃOEra do Gelo chegou ao fi m e isolou o u ao fi m e isolou o o do continente asiático,sua siático,sua era de 30 mil pessoas. Dois mil anos soas. Dois mil anos risto havia chegado a 200 mil. do a 200 mil. Marco Pólo De leste a oeste... As primeiras cidades e civilizações esta- vam na mesma latitude. Era mais fácil, por exemplo, reproduzir culturas agríco- las – a incidência do sol era igual. Também não existiam obstáculos (Marco Polo foi andando, centenas de anos depois, da Itália até a China). ...de norte a sul Os americanos não conseguiam adaptar a agricultura. O cacau mexicano não nascia onde fi cam os Estados Unidos, por exemplo. Era difícil transitar de norte a sul (Che Guevara tentou, de moto, no século 20, e mal chegou ao meio do caminho). Mamute Leão-americano Preguiça-gigante Rinoceronte lanudo Urso das cavernas Alce gigante Gliptodonte S I L V I O F I O R E / G E T T Y I M A G E S C R E A T I V E C O M M O N S 18 19/ PRÉ-HISTÓRIA P R O JE T OS A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 1 9 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 2 :0 2 - 0 2 _ C A D Escrever dá mais prazer que pão e cerveja, mais que roupas e unguentos Texto do Egito antigo, escrito por um professor de escribas VALE O QUE ESTÁ ESCRITO Hamurabi, da Babilônia, publicou as primeiras leis, um código que leva seu nome. A população sabia o que podia ou não fazer. O adultério era punido com os amantes amarrados e atirados ao rio. Alfabeto No Mediterrâneo, graças aos fenícios, surgiu o alfabeto, com letras que representam fonemas. O nome deriva das duas primeiras letras gregas: alfa e beta. Ler e escrever fi cou mais fácil. FIM DE UMA ERA A escrita permite o registro do que acontece. Portanto, marca o fi m de um período: a Pré-História. O que pode ser lido é história. Ela começa virando esta página. A escrita surgiu em poucas regiões, mas se espalhou rápido pelo mundo. Era algo tão importante e estratégi- co que passou séculos restrita a um grupo muito seleto de autoridades, sacerdotes e escribas. Só para poucos Na lama Os pioneiros foram os sumérios, e sua escrita, em placas de argila que depois eraM cozidas, FICOU conhecida como cuneiforme – em forma de cunha. cuneiforme – em forma de cunha. cune forme – em forma de cunha. Cadernos de antanho Onde os textos eram escritos Pedra (Egito e Oriente Médio) Argila (Babilônia) Papiro (Egito) C R E A T I V E C O M M O N S C R E A T I V E C O M M O N S S X C .H U P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 2 0 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 3 :0 2 - 0 2 _ C A D Os sumérios desenvolvem uma sociedade complexa, com áreas urbanas construídas ao redor de templos Os sumérios criam a escrita O rei Narmer unifi ca o Egito e estabelece a capital em Mênfi s O faraó Khufu, ou Quéops, ordena a construção da grande pirâmide em Gizé A civilização minoica surge na ilha de Creta, notabilizada pelo comércio ce rc a de 35 00 a .C . ce rc a de 33 00 a .C . ce rc a de 30 00 a .C . ce rc a de 20 00 a .C . ce rc a de 25 50 a .C . Civilizações construídas ao construídas ao redor de templosredor de templos ememem Mênfi sem Mênfis grande pirâmidegrande pirâmide em Gizéem Gizé P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 2 1 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 3 :0 2 - 0 2 _ C A D O surgimento das cidades, da escrita e dos primeiros impérios Hamurabi cria seu sistema de leis e estabelece o Império da Babilônia Os olmecas criam o primeiro império na América A cidade murada de Troia é destruída A colônia fenícia de Cartago, no norte da África, é o centro de um império comercial Atenas e outras cidades-Estado gregas tornam-se centros de cultura, arte e política 17 92 a .C . ce rc a de 12 50 a .C . ce rc a de 75 0 a. C. ce rc a de 15 00 a .C . ce rc a de 55 0 a. C. BabilôniaBabilônia P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 2 2 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 2 :0 2 - 0 2 _ C A D As duas primeiras grandes civi- lizações nasceram na beira de grandes rios. Os egípcios se va- leram do Nilo. Os sumérios, dos rios Tigre e Eufrates, que for- mam uma meia-lua, o Crescen- te Fértil, que passa pelos atuais Iraque, Turquia e Síria. TAMANHO (em km) Nilo 6 650 Tigre 1 900 Eufrates 2 800 Um rio, uma cidade Os sumérios foram os primeiros a usar a irrigação, abrindo longos canais para a agricultura. Os pri- meiros líderes eram religiosos e a comida fica estocada nos templos, os zigurates. Ali era distribuída à população, o que conferia muito poder aos religiosos. Os canais sumérios Não só os religiosos mandavam. As famílias ricas se reuniam em um conselho. Nas crises, esse con- selho elegia um lugal, ou homem grande, para liderar a cidade. “Os homens grandes” O império egípcio começa quan- do o rei Narmer conquista o Baixo Egito, onde fi ca o delta do Nilo, no Mediterrâneo, 3 mil anos a.c. Mas onde o rio come- ça? Em 2006, exploradores in- gleses e neozelandeses crava- ram que a nascente fi ca na fl oresta Nyungwe, em Ruanda. há controvérsias. é í começo e o undavam.vam.niam emm emesse con-e con-u homemmemidade. de. sses”s”s uu Escravos Ur e Uruk As metrópoles da Antiguidade: Ur tinha 30 mil habitantes e Uruk, 50 mil. Em Ur, se adorava a deusa da Lua, Nanna. O fi m Sim, os sumérios tinham escravos. Em sua língua, escravo significa es- trangeiro. Mas alguns nativos endividados se vendiam (ou alguém da família) como escravos para acertar a conta. R A C H E L S T R O H M / C R E A T I V E C O M M O N S C R E A T I V E C O M M O N S L A R S S U N D S T R Ö M / S X C .H U 22 23/ CIVILIZAÇÕES P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 2 3 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 2 :0 2 - 0 2 _ C A D O CÓDIGO DE HAMURABI A primeira lei im- pressa, criada por Hamurabi, oferecia direitos até para es- cravos. Caso se casassem com al- guém livre, por exemplo, os fi lhos não seriam cativos. Olho no céu O Crescente Fértil foi uma região amigável para artistas, juristas, arquitetos e cientistas. Em 2300 antes de Cristo seus astrônomos já eram capazes de prever eclipses. Sai o bronze, entra o ferro A mudança do metal não diz respeito apenas à idade histórica. O bronze era caro. Imagine armar um exército com espadas, lanças e capacetes de bronze. O ferro era muito mais barato – e funcionava melhor no campo de batalha. gião stas, 2300 mos ses. JARDINS SUSPENSOS A Babilônia foi a terra dos Jardins Suspensos, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Mas nin- guém, jamais, encontrou vestígios de sua existên- cia. O rei Nabucodonosor criou os jardins para sua esposa, Amitis. C R E A T I V E C O M M O N S C R E A T I V E C O M M O N S C R E A T I V E C O M M O N S Outra de Nabucodonosor. Um prédio para arranhar o céu, a Torre de Babel. Ela teria chega- do a 250 metros de altura, um fenômeno até para os dias de hoje – daria para fazer um pré- dio de 80 andares. Segundo a Bíblia, Deus deu uma língua a cada operário, a origem da di- versidade linguística atual. A torre nunca foi completada. Para o alto e além P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 2 4 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 2 :0 2 - 0 2 _ C A D QUEM AS ESCOLHEU? O poeta grego Antípatro de Sídon. Não houve júri, como na eleição do Cristo Redentor para maravilha contemporâ- nea. Alguns autores apontam para o engenheiro grego Phi- lon de Bizâncio, no livro De sentem orbes miraculis. ÁGUA DAS MONTANHAS Uma das capitais do assírios, Nínive, era abastecida com água fresca das montanhas. Para fazer o canal, que passava por um vale, foi criada uma ponte em700 antes de Cristo com 2 milhões de blocos de pedra: seria possível passar três trens por cima dela. O QUE SOBROU? Só mesmo a pirâmide. E só a Grande Pirâmide era uma maravilha. As outras duas, ao seu lado, não. Pirâmide de Quéops Jardins Suspensos da Babilônia Estátua de Zeus em Olímpia Templo de Artemis em Éfeso Mausoléu de Halicarnasso Colosso de Rodes Farol de Alexandria maravilhas As sete da Antiguidade As pirâmides eram uma espécie de blefe Joyce Marcus, antropólogo, para quem as pirâmides não existiam para homenagear deuses, mas como propaganda dos faraós O calendário era lunar. Um ano tinha 354 dias. E os outros 11 dias? Sem problema: os astrÔnomos adicionaram um décimo terceiro mês a cada três anos. Jeitinho babilônico S X C .H U S X C . H U 24 25/ CIVILIZAÇÕES P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 2 5 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 2 :0 2 - 0 2 _ C A D A medicina fl oresceu no Egito graças à religião. Embalsamar corpos ajudou a entender a anatomia do corpo humano. Os egípcios inventaram a tala e as ataduras. E usavam gordura de cobras e de ratos como unguentos. Canais, árvores derrubadas, erosão do solo. A parte baixa do Crescente Fértil sofreu uma crise ecológica e os lençóis de água fi caram salobros. O trigo virou artigo raro na região. ESTILINGUE PODEROSO Imagine um estilin- gue do tamanho de um braço. Pois os sol- dados da Mesopotâ- mia usavam isso como arma. E arma pode- rosa: podia jogar pe- dras a uma distância de 100 metros. existiam leões onde hoje é o Iraque. Para azar deles, a diversão principal dos reis do lugar, os assírios, era caçar leões. foram extintos. numa caçada, um nobre teria matado 800. DE ONDE VEIO TANTA GENTE? A maioria era escrava. Mas agricultores ociosos também trabalhavam nas pirâmides. Obrigado, doutor Crise ambiental trabalhadores ajudaram a construir a Grande Pirâmide, da altura de um prédio de 50 andares. 1011 0000 000 000 Leões na Mesopotâmia S X C .H U S X C .H U P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 2 6 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 3 :0 0 - 0 2 _ C A D Só para catalogar tudo o que o faraó Tutancâmon levou para a tumba foram necessários dez anos de trabalho. Ele vestia uma máscara de 11 quilos de ouro maciço e pedras preciosas. As sandálias, nada humildes, eram de ouro também. Maldição do faraó Em 1923, Howard Carter descobriu a tumba de Tut. Seis anos depois, 22 exploradores envolvidos nas escavações estavam mortos, até o patrocina- dor, lorde Carnarvon. Em 1969, um dos poucos sobreviventes deu uma entrevista na TV dizen- do que não acreditava na maldição. Foi atrope- lado quando saiu do estúdio e quase morreu. Mudança de religião O marido de Nefertiti, Akhenaton, resolveu mudar de religião e passou a adorar o Sol, na forma do deus Aton. Foi fácil. Escanteou todos os sacerdotes de Tebas e construiu uma ci- dade no deserto a partir do zero: Amarna. A construção levou quatro anos. O culto a Aton é considerado o primeiro de caráter monoteísta. Akhenaton era pai de Tutancâ- mon. A mãe era Kia, a rainha secundária, não Nefertiti, que só lhe deu fi lhas: 6 no total. metros de largura tinha a rua que cortava Amarna, a maior avenida da Antiguidade. 3833 O a c er vo d e Tu t MISS ANTIGUIDADE A rainha Nefertiti, casada com o faraó Akhenaton, é um modelo de beleza. Seu busto, em calcário, com 3,3 mil anos, pode ser visto no museu Neues, em Berlim. Os egípcios de hoje o querem de volta. Nefertiti quer dizer “a bela chegou”. fi lho De pai para C R E A T I V E C O M M O N S P H I L I P P I K A R T / C R E A T I V E C O M M O N S 26 27/ P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 2 7 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 3 :0 0 - 0 2 _ C A D Durante o Reino Novo egípcio (1570 a.C. a 1070 a.C.), um processo contra assaltantes de uma tumba foi suspenso: as investigações chegaram a altos funcionários do governo. Só houve punição para cidadãos comuns. O persa Astíages sonhou que seu neto Ciro conquistaria toda a Ásia e tentou matá-lo quando ele ainda era bebê. Adulto, Ciro matou o avô. E cumpriu a profecia. Parece Édipo, mas é CiroUMA HISTÓRIA QUE VEM DE LONGE Comida de primeira é o número de fi lhos de Ramsés II, o faraó que levou o Egito ao seu ápice como potência econômica e militar. Reinou por incríveis 67 anos. Conquistou a Núbia, a Síria e a Líbia. A FORÇA DOS PERSAS Sob a liderança de Ciro, o Grande (580 ou 590 a.C. a 529. a.C.), os persas dominaram todos os povos da Mesopotâmia. Os reis persas que o sucederam, Cambises e Dario, adicionaram o Egito e a Lídia (a atual Turquia). Cevada Trigo Uvas Alho salsinha amêndoas Ervilha Favas Lentilha Azeitona Tâmara Romã Os faraós já comiam trufas, um cogumelo subterrâneo caríssimo até hoje. Outros itens da culinária egípcia: G . E L L I O T S M I T H / C R E A T I V E C O M M O N S C R E A T I V E C O M M O N S P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 2 8 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 1 7 :3 7 - 0 2 _ C A D O Egito antigo tinha uma infi nidade de deuses. Alguns dos principais Osíris: deus da fertilidade Íris: de suas lágrimas nasceu o Nilo Thot: inventou a forma das pirâmides Anúbis: o chefão do Submundo Hórus: seus olhos representavam o Sol e a Lua Seth: deus do caos e do deserto Pequeno panteão egípicio LÍNGUA DIFÍCIL Os hierógli- fos egípcios tinham mais de 7 mil sinais diferentes. Foram decifrados em 1823 pelo fran- cês Jean-François Champollion, que usou a Pedra de Roseta, descoberta em Alexandria, que continha uma tradução do egípcio para o grego e registra um decreto de 196 a.C. Anos de grandeza Falando em franceses, até a construção da Torre Eiffel, em 1889, a Grande Pi- râmide era o maior edifício do mundo. Ainda os franceses Há um obelisco egípcio de 230 to- neladas de granito rosa em Paris. Foi presente do vice-rei egípcio Mehmet Ali aos franceses, em 1829. está até hoje no lugar onde eram armadas as guilhotinas, na praça da concórdia. Do alto dessas pirâmides, 40 séculos vos contemplam Napoleão Bonaparte, em 1798 R A M A / C R E A T I V E C O M M O N S S X C .H U R E P R O D U Ç Ã O D A R I U S Z M A N / S X C .H U 28 29/ CIVILIZAÇÕES P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 2 9 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 1 7 :3 7 - 0 2 _ C A D tumbas e câmaras foram encontradas no Vale dos Reis, uma região do outro lado do Nilo, em Tebas. Os túmulos foram construídos em um período de 500 anos. EXPECTATIVA DE VIDA Em Çatal Hüyük, na Anatólia, uma das pri- meiras grandes cidades do mundo, a expecta- tiva de vida era de 29 anos para as mulheres e 34 para os homens.CCCCCCCCCCCCCCCCCCCC na pri-- adeses cta-ta- e 29 29 ereseres ns.ns. Antigo ou recente? Nenhuma cidade ou monumento, ob- serva o historiador Ronald Wright, tem mais de 5 milanos. São 70 gera- ções de pessoas que viveram até os 70 anos, vividas uma depois da outra, desde o início da civilização. Esqueça Hollywood Os olhos lascivos de Elisabeth Taylor não ajudam a reconhecer a verdadeira Cleópatra. Ela co- governou o Egito com seu irmão e depois com seu fi lho entre 51 a.C. e 30 a.C. Era feia, mas foi uma grande estrategista militar, falava seis idiomas e conhecia fi losofi a e literatura. A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA O disco de Festos, de Creta, data de 1700 a.C. e é o primeiro exemplo de impressão no mundo. Foi feito com 45 carimbos. 7677 Questão de estilo Por que todas as representações humanas egípcias mostram o rosto vis- to de lado e o olho visto de frente? não há resposta conclusiva. D I V U L G A Ç Ã O B E R N D U N T I E D T / C R E A T I V E C O M M O N S P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 3 0 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 2 :0 2 - 0 2 _ C A D SEGUINDO O VENTO À noite, em mar aberto, os marinheiros usavam as estrelas e os ventos para se orientar. No Mediterrâneo, o mais famoso era o zéfi ro, que apontava para o ocidente. MESTRE DOS MARES Os fenícios viviam numa região montanhosa do Oriente Médio, no Mediter- râneo. Com uma área ruim para o plantio, se dedica- vam à pesca. Mais tarde viraram grandes comer- ciantes e espalharam colô- nias pelo mundo. Há quem acredite que os fenícios foram muito além do Mediterrâneo. A Pedra da Gávea, no Rio, que lembra uma cabeça, já foi atribuída a eles. É um erro. Os fenícios nunca foram famosos por esculpir pedras. E seus barcos dificilmente sobrevive- riam ao Atlântico. PEDACINHO DISPUTADO Jerusalém, uma das mais antigas cida- des, é também um dos primeiros campos de batalha da humanidade nos últimos quatro milênios. O registro mais antigo de barco a vela está num vaso egípcio de 3100 antes de Cristo. Os barcos navegavam pelo Nilo e ganharam tempos depois velas de linho, em 2000 a.C. Navegar é preciso A té a q u i? ataques 5255 sítios 2322 trocas de dono 4444 M I C H A E L G W Y T H E R - J O N E S / C R E A T I V E C O M M O N S C R E A T I V E C O M M O N S JJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJ MESTRE DOS MARESMARES Os fenícios viviam numaviam numa região montanhosa doanhosa do Oriente Médio, no Mediter- no Mediter- râneo. Com uma área ruimma área ruim para o plantio, se dedica-, se dedica- vam à pesca. Mais tardeMais tarde viraram grandes comer-des comer- ciantes e espalharam colô-haram colô- nias pelo mundo.do. PEDACPEDAC JerusaJerus des, é tdes, é de batade b quatrq vvvvevvevevvevevelalalalalalalalalalaasssssss s s s dededdededdedededeeddedd éé 5255 30 31/ CIVILIZAÇÕES P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 3 1 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 2 :0 2 - 0 2 _ C A D Redonda Cinco séculos antes de Cristo os gregos descobriram que a Ter- ra era redonda. A comprovação na prática veio só entre 1519 e 1522, quando uma expedição comandada pelo português Fernão de Magalhães deu a volta ao mundo pela primeira vez. Mas Erastótenes (276?-195? a.C.), usando a sombra projetada em um poço na cidade egípcia de Siene para calcular a circunferência da Terra, errou por apenas 15%. O primeiro relógio de água foi criado no Egito antigo. Diz a lenda que foi um presente do deus Thot. Era um vaso de alabastro com um peque- no furo embaixo. Para regular a pressão da água, os egípcios dimi- nuíam o diâmetro do vaso perto da base. Falando em relógios BASE 60 Hoje organizamos a matemática pela base 10. Os sumérios usavam base 60. Parece complicado. Nem tanto. A base 60 ainda permanece nos relógios e nas horas – e no círculo, de 360 graus. 46200 quilômetros é o tamanho da circunferência da Terra N S Fazendo mapas O geógrafo grego Ptolemeu foi o primeiro a desenhar mapas nos quais o norte fi ca em cima e o sul, embaixo. Seguimos o mesmo modelo até hoje. S X C . H U P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 3 2 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 2 :0 2 - 0 2 _ C A D Oriente A civilização harappa se desenvolve no vale do rio Indo A civilização chinesa emerge ao longo do rio Amarelo Os arianos entram no vale do Indo pelo norte e criam um sistema de castas Comerciantes circulam pela Rota da Seda Os arianos expandem seu domínio para o vale do Rio Ganges ce rc a de 25 00 a .C . ce rc a de 22 00 a .C . ce rc a de 15 00 a .C . ce rc a de 10 00 a .C . ce rc a de 10 00 a .C . emaema asas GangesGanges P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 3 3 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 2 :0 2 - 0 2 _ C A D Indianos e chineses criam suas grandes civilizações Professores reinterpretam as crenças arianas e lançam as bases do hinduísmo Nasce Sidarta Gautama, o Buda, perto do Himalaia Na China, nasce o fi lósofo Confúcio Nasce Mahavira, criador do jainismo, na Índia Qin Shi Huandi é o primeiro imperador da dinastia Qin ce rc a de 70 0 a. C. ce rc a de 55 0 a. C. ce rc a de 54 0 a. C. ce rc a de 56 0 a. C. 22 1 a .C . e as as momo HimalaiaH malaia jainismo, najainismo, na ÍndiaÍndia P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 3 4 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 2 :0 2 - 0 2 _ C A D A CAMINHO DO GANGES Os arianos se espalharam pelo subcontinente indiano e chegaram ao vale do rio Ganges. Foi uma festa. Ali havia arroz e outros grãos em abundância e, mais importante, muito ferro para a fabricação de armas e ferramentas. O SÂNSCRITO A tradução literal é “linguagem refi nada”. Para os povos do subcontinente indiano, o sânscrito é o que equivale ao grego e ao latim para os ocidentais. Os grandes textos religiosos da região foram escritos em sânscrito. No século 6 antes de Cristo, a região tornou-se berço de três religiões: o hinduísmo, o jainismo e o budismo. Estão entre as mais antigas do planeta. Berço de religiões Lá vêm os persas Em 520 a.C., os persas invadiram o vale do Indo e transformaram a região em uma de suas províncias. As castas AAAA AAAAA ÍnÍnÍnÍnÍnÍndididdididd aaa a sesesesses d dd d dddddiiivivivivvivivi idiididdiddiuiuuuiuiu emememememememememem 116 6 6 66666 rererereerreeeinininininii ososososossos aaaaaaaarriririrr anaaannnnnoooooooosossssss ememmmmmmmmmmmemm 7777777777 77 7 70000000000000000 aaaa a aa.C.C.CCCCCCCCCC.. .. CaCaCCCCaCaaCadadaddada umumummu dddddddd d dd deeeee eeeeee seseseseseseseseseseseususususususuu r r rreieieieieeieie ssssss ererererereererererererererererereraaaaaa aaaaaaa cocococococococooonhnhnnhnhnhnhnhnhnnheeececececececececececcididididdiddi o oooooo cococccocococcommmommomoooo raraaararararararararaaajájájájájájájájájáájájájájájájáá..... .. MaMaMaMaMaMaMaMaMaMaaaMaMaMaaMMarrararararararararararajájájájájájájájájájájáááááj ssssssssssss erererrrereraaaaaa a oooo ooo nononononoononnonoonononnooommmemememememememememeemd d d ddddddd dadadadadadaadadddddooooooooo aoaooss s gggrgrgrgrgrrrgrrrranananananananannannanannnnnndddddedededededededddddd sssssss s s rerereeeererererr isisisissssssi ......... A m ÍÍÍ A Na mitologia védica, Purusha era o homem/mulher primor- dial, que deu origem à vida. Seu corpo foi esquartejado e dele nasceram as castas in- dianas Cabeça: sacerdotes Braços: guerreiros Coxas: artistas, comerciantes e fazendeiros Pés: os sudras, ou trabalhadores S X C .H U C R E A T I V E C O M M O N S C R E A T I V E C O M M O N S 34 35/ ORIENTE P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 3 5 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 2 :0 2 - 0 3 _ C A D A civilização harappa fi cou famosa pela capacidade de comércio, que chegava até a Mesopotâmia. Alguns produtos exportados: Padrão exportação Quinhentos anos depois de florescer, a civilização Harappa sumiu. A região continou povoada, mas as grandes cidades à beira do Indo foram abandona- das e o comércio acabou.a b a n d o n o OS ARIANOS O Irã tem esse nome por causa deles. Os arianos eram um povo que falava uma língua indo- europeia e desceu do Irã e do Afeganistão até a Índia atual. Ficaram no vale do Indo e trouxeram uma enorme novidade: versos que eram transmitidos oralmente e, mais tarde, registrados em texto, os Vedas. CLARO E ESCURO Os arianos tinham a pele clara comparado aos lo- cais, que chamavam de dasas, ou negros. Ariano signifi ca “nobre”. Eles criaram um sistema de castas no lugar. Fica- ram, claro, com os me- lhores lugares: os sacer- dotes e os guerreiros. Os arianos usavam cavalos, o que lhes dava uma grande vantagem nas batalhas. A invenção do banheiro Em 2500 a.C., a cidade de Harappa, berço da pri- meira civilização da Ín- dia, tinha casas com ba- nheiros ligados a um sistema de esgoto primi- tivo. Com 40 mil habitan- tes, a cidade tinha ruas retas, tal como a Nova York contemporânea. algodã pimen algodãlg marfi pimenp en joia marfi m r S X C .H U C O M R O G U E S / C R E A T I V E C O M M O N S M A R I L Y N P E D D L E / C R E A T I V E C O M M O N S P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 3 6 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 1 7 :3 7 - 0 3 _ C A D No hinduísmo a vaca é considerada mais “pura” que os sacerdotes e não podem ser molestadas. Seu leite, sua urina e suas fezes são usadas em rituais de purificação. Vacas sagradas Em sânscrito, guru quer dizer professor, “aquele que remove a escuridão da igno- rância”. Os gurus vivem em ashrams com seus discípulos, mas alguns deles levavam uma vida reclusa e isolada. E â it did f O que é um guru? Agni: o mensageiro dos deuses Brahma: criador do universo Durga: deusa da guerra Ganesha: Fonte de prosperidade Shiva: o poder de destruição e criação Vishnu: Protetor da ordem cósmica Alguns (mas só alguns) deuses hindus 4 vezes maior que a Bíblia, com mais de 100 mil versos e considerado o poema mais longo do mundo, o Mahabharata (“a grande história da humanidade”) tem em seu interior o Bhagavad Gita, que contém os preceitos morais do hinduísmo. C R E A T I V E C O M M O N S R I C A R D O M O N C A D A / C R E A T I V E C O M M O N S D O R I S A N D E D W I E N E R / C R E A T I V E C O M M O N S W E N - Y A N K I N G / C R E A T I V E C O M M O N S 36 37/ ORIENTE P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 3 7 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 1 7 :3 7 - 0 3 _ C A D POR QUE O RIO AMARELO É AMARELO? O vento empurra um tipo de calcário do deserto de Gobi que vira limo no fundo do rio e tem a cor amarela. O Império do Meio Os chineses acreditavam que tudo ao seu redor estava mergu- lhado no caos. E eles eram o cen- tro estável disso tudo, daí tra- tar o território com esse nome. CAMINHO FECHADO A China é fechada por mon- tanhas a oeste. Tem mar no sul e no leste. No su- doeste há uma selva impe- netrável. O norte era o calcanhar de aquiles, e os ataques de tribos nômades eram frequentes. A s 3 p r im ei r a s d in a s ti a s Zhou (1050 a.C. a 221 a.C.) Qin (221 a.C. a 206 a.C.) Han (206 a.C. a 220 d.C.) O SEGREDO DA LAGARTA Até ser contrabandeada para o Ocidente, a larva da mariposa Bombyx mon era a maior riqueza da China. Ela atende pelo nome de bicho-da- seda e come folhas de amoreira. O casulo do bicho rende 1 quilômetro de seda. Patanjali é o autor (ou um dos autores, ou vários autores usando um nome só), no século 2 a.C., dos Yogas-sutras. A tradução literal de ioga é “união”. Yama (retenção) Niyama (observância) Asana (sentar) Pranayama (controle da respiração) Pratyahara (retiro) Dharana (exploração) Dhyana (meditação concentrada) Samadhi (autorrecolhimento) OS OITO ESTÁGIOS DA IOGA IOGA C R E A T I V E C O M M O N S R O N S O M B I L O N G A L L E R Y / C R E A T I V E C O M M O N S C R E A T I V E C O M M O N S P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 3 8 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 2 :0 2 - 0 3 _ C A D A região do rio Amarelo costuma enfrentar cheias anuais, tal como o Nilo. Os chineses aprenderam a plantar arroz em terraços. Segundo antigos textos chineses, foi um líder len- dário, Yu, o Grande, quem ensinou a técnica. Terraços de comida Na Antiguidade chinesa, o jade valia muito mais que o ouro CARRUAGENS IMPORTADAS Os chineses absorveram pouco dos vizinhos distantes. Achavam que não precisavam. Uma invenção importada que fez sucesso foi a car- ruagem, usada em batalhas. BICHOS DOENTES Recentemente, cientistas descobri- ram um mapa da migração do vírus da gripe e apontaram que em geral ela vem do Oriente. Deve ter sido assim desde o começo. O vírus chegou ao homem pelo porco, e o primeiro povo a domesticá-lo foi o chinês. Grande queima O primeiro imperador da dinastia Qin, que dá nome à China, mandou queimar todos os livros históricos por consi- derá-los inúteis. Negros na Ásia? O sudeste tropical da China, afi rma o historiador Jared Diamond, tinha parte da população com pele escura e cabelo pixaim – tal como a população que colonizou a Nova Guiné. Os chineses os esmagaram. us ral ido egou iro Um escritor chinês, no primeiro milênio a.C., descreveu a vizinhança do sul, oeste e norte (o leste era o mar): viravam os pés para dentro, tatuavam a testa, vestiam peles, moravam em cavernas, não comiam cereais e ingeriam alimentos crus. Bárbaros por todos os lados C R E A T I V E C O M M O N S C R E A T I V E C O M M O N S C R E A T I V E C O M M O N S 38 39/ ORIENTE P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 3 9 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 2 :0 2 - 0 3 _ C A D Os chineses foram os pioneiros no cultivo da laranja, do pês- sego e da pera. Na cidade de Pompeia, soterrada sob as cin- zas do Vesúvio em 79 d.C, háum mosaico que representa uma laranja. Os chineses gostavam da fruta e usavam a madeira da laranjeira para fazer arcos. O ê Os chineses foram os pioneiroseiros poraneseOs c Laranjas do Oriente Texto difícil A escrita nasceu separadamente em apenas três lu- gares na Terra: na Mesopotâmia, na América Central e na China. Os únicos textos da primeira dinastia chinesa, a Shang, que chegaram até nós foram escri- tos em vasos de bronze e em cascos de tartaruga. MANDATO DIVINO... A dinastia Shang foi des- troçada por chineses do oeste que lideraram uma rebelião cerca de 1100 a.C. e fundaram a dinastia Zhou – eles diziam que haviam recebido um mandato divi- no para governar o país. E foram mesmo gentis e sá- bios por 200 anos. …GOVERNO TERRENO Os reis da dinastia Shang eram tão generosos que seus súditos tinham mais terra e poder que eles (res- tritos a pequeno distrito ao redor da capital). O sábio chinês Confúcio, o fi lósofo chinês mais conhecido, nasceu em cerca de 550 a.C. Suas ideias não fi zeram muito sucesso enquanto era vivo. Os valores de Confúcio Os princípios do fi lósofo eram simples, mas tive- ram forte impacto social e entre os poderosos. Altruísmo Cortesia Conhecimento Integridade Fidelidade Honradez des- do uma a.C. hou iam divi- s. E sá- O ang que mais reeees- o ao G E T T Y I M A G E S S X C . H U P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 4 0 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 1 7 :3 7 - 0 3 _ C A D Dois séculos antes de Cristo, os xiongnu cercaram a China pelo norte e pelo oeste. No oeste, o imperador Han Wu Ti tinha um aliado, os yuezhi (os nômades usavam o crânio do antigo rei vizinho como taça de bebida). Os primeiros passos da Rota Seda O imperador mandou um mensageiro até os yuezhi chamado Zhang Chien, que foi capturado pelos invasores. Foi bem tratado e fi cou dez anos em cativeiro com os nômades. Mas conseguiu escapar. Zhang Chien foi para Báctria, no noroeste da Índia. Ficou decepcionado. O rei dos yuezhi não queria saber de guerra, ainda que o crânio usado como taça fosse do seu irmão. O mensageiro voltou para a China sem um aliado para a guerra, mas cheio de informações preciosas. Descobriu que uma rota comercial por terra era possível. O imperador usou o conhecimento para criar rotas comerciais de longa distância que com o tempo se transformaram numa rede de caravanas e ganhou o nome com que entrou para a história. da pppppppppppppppppppaaaaaaaaaaaaassssssssssssssssssssssssssssooooooooooooooooo 111111111111111111111........ ppppppppppppppppaaaaaaaaaaaaaaaassssssssssssssssssssssssssssssssoooooooooooooooooooooo 2222222222222222........passo 2. ppppppppppppppppaaaaaaaaaaaaaaaasssssssssssssssssssssssssssoooooooooooooooo 333333333333333333..........passo 3. ppppppppppppppaaaaaaaaaaaaasssssssssssssssssssssssssssooooooooooooooooooo 44444444444444...........passo 4. ppppppppppppaaaaaaaaaaassssssssssssssssoooooooo 555555555.....passo 5. S A N D Y S E E K / C R E A T I V E C O M M O N S 40 41/ ORIENTE P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 4 1 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 1 7 :3 7 - 0 3 _ C A D leste da Ásia Europa Índia Ásia Central 1 4 3 Muitas rotas Mercadorias, cultura, pes- soas e doenças passaram pela rota da seda, uma janela en- tre oriente e ocidente. Canela Cravo Noz-moscada Gengibre 1 Pimenta Pérolas Óleo de gergelim Têxteis Corais Marfi m 2 Cavalos Jade 3 Lã Ouro Prata Gemas Azeite de oliva Vinho 4 2 S X C .H U R I C A R D O B H E R I N G / F O T O L I A S X C .H U S X C .H U S X C .H U S X C .H U S X C .H U J A N S C H O E N E P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 4 2 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 1 7 :3 7 - 0 3 _ C A D Caminho longo, trecho curto As caravanas não faziam o cami- nho de cabo a rabo. Os trajetos eram parciais, novos mercadores compravam os produtos e os leva- vam adiante. Em geral, voltavam com mercadoria do Ocidente. AJUDA DA NATUREZA Um quarto do trajeto da Muralha da China consiste em barreiras naturais, como rios e cadeias de montanhas. Setenta por cento dela é feita de muros e 5% de valas e fossos. 400 anos durou o apogeu da Rota da Seda, de 200 a.C. a 200 depois de Cristo. O caminho só seria retomado 1 000 anos depois. O PRIMEIRO SANTO DE PAU OCO Os chineses perderam o monopólio da seda quando dois monges bizantinos descobriram o segredo e contrabandearam ovos de lagartas para o Ocidente no século 6 em bengalas ocas, segundo o historiador Procópio. O budismo usou a Rota da Seda para se espalhar da Índia para o leste da Ásia. CAMINHO DO LESTE ESTRADA CONTAGIOSA A Praga de Antoninus, que se abateu sobre Roma entre 165 e 180 da Era Cristã, foi uma epidemia de varíola que começou na China. Milhares morreram. E nós com isso? O caminho para o Oriente por terra estava fechado pelos muçulmanos. Por causa disso, os portugueses pro- curaram vias marítimas, mapea- ram a costa da África e chegaram ao Brasil em 1500. FR A N C I S C O D I E Z / C R E A T I V E C O M M O N S C R E A T I V E C O M M O N S S X C .H U 42 43/ ORIENTE P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 4 3 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 1 7 :3 7 - 0 3 _ C A D é o comprimento da Muralha quilômetros da China. Ela tem em média 8 metros de altura. 8850 A muralha começou a ser cons- truída no século 7 a.C. ao norte da capital de Chu. Nos três sécu- los seguintes, estados vizinhos seguiram o exemplo. Remodelada A versão atual foi restaurada entre os séculos 14 e 16. Em geral a muralha era feita de terra recoberta por tijolos. DEFESA SEGURA AJUDA DOS SATÉLITES Imagens do espaço mostram traços de que a muralha pode ser ainda maior que seu tamanho ofi cial. P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 4 4 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 2 :0 3 - 0 3 _ C A D Grécia Os micênicos, do continente, invadem Creta e dão fi m à civilização minoica Começam as guerras contra os persas, com a vitória dos gregos 20 anos depois É fundada a Liga de Delos, sob a liderança de Atenas Construção do Partenon em Atenas ce rc a de 14 50 a .C . 49 2 a. C. 47 8 a. C. En tr e 44 7 a 43 2 a. C. e dão fi m àe dão fi m à ivilizaçãovilização oicaoica a vitória dosa vitória dos gregos 20 anosgregos 20 anos depoisdepois b a liderança a liderança de Atenasde Atenas AtenasAtenas P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 4 5 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 2 2 :0 3 - 0 3 _ C A D As cidades-Estado que legaram os grandes valores do Ocidente Fim da Guerra do Peloponeso: Esparta derrota Atenas Nasce Alexandre, o Grande, em Pella, na Macedônia Na pequena cidade de Olímpia nascem os Jogos da Antiguidade As vitóriasmilitares de Péricles levam Atenas a uma era de ouro, com o surgimento de artistas e fi lósofos 40 4 a. C. En tr e 44 5 a 42 9 a. C. 35 6 a. C. 77 6 a. C. Fim da GuerraFim da Guerra do Peloponeso:do Peloponeso: Esparta derrotaEsparta derrota AtenasAtenas NasceNasce Alexandre, oAlexandre, o Grande emGrande em Na pequenaNa pequena cidade decidade de OlímpiaOlímpia As vitórias militaresAs vitórias militares de Péricles levamde Péricles levam Atenas a uma eraAtenas a uma era o, com oo, com o mento deento de s e fi lósofoss e filósofos de ourode ouro surgimsurgim artistasartistas Grande, emG ande, em Pella, naPella, na MacedôniaMacedônia OlímpiaOlímpia nascem ossnascem os Jogos dadaJogos daddada AntiguidadadeeAnttititttt gug ididadadadadeee P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 4 6 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 1 7 :3 7 - 0 3 _ C A D V Tiro pro alto Dario I, da pérsia, atirou uma fl e- cha para cima ao saber que os gregos haviam atacado Sárdis, na atual Turquia. Foi o início das Guerras Persas, em 492 a.C. EMBATE ENTRE DOIS MUNDOS A Pérsia era o maior império da época, ia dos Bálcãs ao Afeganistão e seu exército era considerado à prova de derrotas. Os gregos, reunidos em cidades-Estado, eram ricos comerciantes, unidos por traços culturais. Vencedor da Maratona Em 490 a.C., 20 mil persas chegaram à Grécia. Des- truíram Erétria e foram para Atenas. Desembarcaram em Ática, a 42 quilômetros da cidade. Os atenienses estavam em desvantagem, mas venceram. Morreram 6 mil invasores, contra apenas 192 gregos. A vitória veio pelo mar. Xerxes e seu exército foram para Atenas, mas a cidade estava vazia. O general ateniense Temístocles pre- parou uma grande batalha naval no estreito de Salamina. Os pe- sados navios persas se amontoaram no estreito e viraram presa fácil para as trirremes gregas. A guerra acabou no ano seguinte e nunca mais se ouviu falar de persas na Europa. AS CORRIDAS DE FIDÍPEDES Ele não correu só de Maratona até Atenas. Antes, correu de Atenas até Esparta (220 quilômetros) em um único dia. Foi pedir ajuda, mas os esparta- nos se recusaram por razões religiosas. Alegrai-vos, atenienses, nós vencemos Supostamente Fidípedes, que depois caiu morto de cansaço Uma década depois, Xerxes, rei da Pérsia, levou 200 mil soldados. Em terra, os gregos, coman- dados por Leônidas, de Esparta, com 7 mil homens, enfrentaram o inimigo no desfiladeiro de Termópilas. Resistiu por dois dias, até ser traído: os persas encontraram uma passagem pela tri- lha de Amôpaia. Leônidas mandou o exército recuar e segurou o inimigo o quanto pôde com os 300 solda- dos de sua guarda pessoal. Os 300 de Esparta s a la m in a J A M E S C R A M / C R E A T I V E C O M M O N S C R E A T I V E C O M M O N S D I V U L G A Ç Ã O 46 47/ GRÉCIA P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 4 7 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 1 7 :3 7 - 0 3 _ C A DV UMA CASA PRA MORAROs deuses viviam no monte Olimpo, de 2 919 metros de altitude, uma das maiores montanhas da Europa. Fica perto da cidade de Salônica, na região do mar Egeu. O PAI DA HISTÓRIA Ainda que muitos antes dele tenham escrito sobre o passado, como Hecateu de Mileto, Heródoto passou à história como… o pai da história. O labirinto de Creta Os gregos venceram os cretenses e criaram o mito do Minotauro, um bicho metade humano e metade touro que vivia em um labirinto do palácio do rei Minos se alimentando de carne humana. O ateniense Teseu o matou com a ajuda de Ariadne, a fi lha de Minos. O Partenon, na Acrópole de Atenas, foi construído no sé- culo 5 a.C. para homenagear a padroeira da cidade, a deu- sa atena. Hoje é uma joia da Humanidade, e em sua história foi igreja católica e mesquita – e até paiol de pólvora, du- rante a guerra entre otomanos e venezianos. UM GRANDE PRÉDIO PARA A DEUSA Pequeno panteão grego ZEUS: o deus dos deuses HERA: mulher e irmã de Zeus AFRODITE: deusa do amor e da beleza POSÊIDON: deus do mar APOLO: deus da música e das artes DEMÉTER: deusa das colheitas HEFESTO: deus do fogo HÉSTIA: deusa protetora dos lares ARES: deus da guerra HADES: deus dos mortos ÁRTEMIS: deusa da caça ATENA: deusa da sabedoria HERMES: o mensageiro dos deuses DIONÍSIO: o deus do vinho L E N N I E Z / C R E A T I V E C O M M O N S T I M F L A C H / G E T T Y I M A G E S C R E A T I V E C O M M O N S P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 4 8 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 1 7 :3 7 - 0 3 _ C A D passos o Grande de 10 PELA, 356 A.C. Nasce Alexandre III, fi lho de Filipe II, rei da Ma- cedônia, e da rainha Olím- pia. Segundo Plutarco, no mesmo dia em que o templo de Ártemis, em Éfeso, ar- deu em chamas. ALEXANDRIA, 331 A.C. No Egito, o macedônio fun- da Alexandria, no estraté- gico delta do Nilo. A cidade irá tornar-se uma das me- trópoles mais importantes do mundo helenístico. BUKHARA, 328 A.C. Após o assassinato de Dario III, Alexandre faz o exército partir no encalço do assassino, Bessus. Ele é cap- turado perto de Bukhara, em direção ao noroeste, e depois é executado. BABILÔNIA, 323 A.C. Alexandre, o Grande, esta- belece-se na Babilônia, tornada a capital de seu imenso império. Lá ele pas- saria seus últimos e amar- gurados dias. TEBAS, 335 A.C. Já entronado, Alexan- dre enfrenta rebeliões e ordena que Tebas seja des- truída. O rei se arrependeu depois e, daí para a frente, jamais negaria o pedido de um tebano. BABILÔNIA, 331 A.C. Alexandre retorna à Ásia e volta a derrotar Dario em Gaugamela. O conquistador penetra triunfalmente na cidade da Babilônia, cujo povo sempre detestou o do- mínio persa. FRONTEIRA DA ÍNDIA, 327 A.C. Alexandre chega ao lugar que Aristóteles considerava o fi m do mundo habitado. No ano seguinte, às margens do rio Hífaso, as tropas re- cusam-se a seguir adiante. RIO GRANICO, 334 A.C. É a primeira batalha com a Pérsia. Em 335 a.C., Ale- xandre derrota o exército inimigo na Batalha de Is- sus. Dario III, rei dos per- sas, consegue escapar. PERSÉPOLIS, 330 A.C. Os macedônios invadem a capital persa, grandiosa e opulenta. Durante uma bacanal, Alexandre ordena que os magnífi cos palácios sejam incendiados. DESERTO DE GEDRÓSIA, 325 A.C. No caminho de volta, as tropas atravessam o pavo- roso deserto de Gedrósia, onde o calor causou mais mortes que qualquer ini- migo, cerca de 15 mil. Alexandre, 1 2 3 4 5 789 10 6 F P G / G E T T Y I M A G E S 48 49/ GRÉCIA P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - P R O JE T O S A - 4 9 - 2 5 /0 2 /1 1 - C o m p o si te - D B IA N C H I - 2 8 /0 1 /1 1 1 7 :3 7 - 0 3 _ C A D e, 11 20 Infantaria: 30 mil soldados Cavalaria: 5 mil soldados O exército de Alexandre, o Grande ANOS, FOI O TEMPO QUE ALEXANDRE LEVOU PARA CRIAR SEU IMPÉRIO, O MAIOR DA ANTIGUIDADE. IDADE EM QUE SE TORNOU REI DA MACEDÔNIA. Parece ter saqueado o Império Persa em boa medida por prazer John Keegan, em Uma História da Guerra C R E A T I V E C O M M O N S Bucéfalo era o cavalo de Alexandre. Diz a lenda que ninguém era capaz de mon- tá-lo. Alexandre conseguiu
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