Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

Prévia do material em texto

FACULDADE ALPHAVILLE 
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E 
PROCESSUAL CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIVANDO JOSÉ CONCEIÇÃO DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 VÍCIOS DE CONSENTIMENTO EM NEGÓCIOS 
JURÍDICOS: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DO NOVO 
CÓDIGO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alagoinhas – Bahia 
 2022 
https://faculdadealphaville.com.br/
 
 
FACULDADE ALPHAVILLE 
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E 
PROCESSUAL CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 VÍCIOS DE CONSENTIMENTO EM NEGÓCIOS 
JURÍDICOS: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DO NOVO 
CÓDIGO CIVIL 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado à Faculdade Alphaville como 
requisito para obtenção do diploma do 
Curso de Pós-graduação em Direito Civil 
e Processual Civil, sob orientação do 
professor Sandro Silva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alagoinhas - Bahia 
 2022 
https://faculdadealphaville.com.br/
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
‘ 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho a minha esposa, 
Evany Santos e a minha filha Rayane 
Santos, pelo incentivo, carinho e apoio 
irrestrito, propiciando mais uma vitória 
nesta minha caminhada. 
https://faculdadealphaville.com.br/
 
 
 AGRADECIMENTOS 
 
 
 
À Deus, pela minha vida e por me ajudar a ultrapassar todos os obstáculos 
encontrados ao longo do curso, além de todas as conquistas que possibilitou na minha 
vida! 
 
Aos meus pais, que me permitiram a vida. 
 
Aos irmãos, pelo processo interativo. 
 
Aos colegas, pelas trocas de experiências, pelo convívio, pelas alegrias e incertezas, 
por todos esses momentos vividos juntos e partilhados. 
 
Aos professores, pela disponibilidade de passar os conteúdos, subsidiando na 
minha formação profissional. 
 
Por fim, a todos que de alguma forma me ajudaram a vencer mais uma etapa da 
minha vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://faculdadealphaville.com.br/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Eu não troco a justiça pela soberba. 
 Eu não deixo o direito pela força. 
 Eu não esqueço a fraternidade 
 pela tolerância. 
 Eu não substituo a fé pela 
 superstição, 
 a realidade pelo ídolo.” 
 [ Rui Barbosa ] 
https://faculdadealphaville.com.br/
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 7 
1. BREVE REFLEXÃO SOBRE DEFEITOS DO NEGÓCIO JURIDICO ................... 11 
1.1 A incidência do erro como um vicio de consentimento . Error! Bookmark not 
defined. 
2. DESMONTANDO O CONCEITO DOS DEFEITOS JURIDICOS 
INTENCIONAIS .................................................... Error! Bookmark not defined. 
2.1 Dolo como vicio de consentimento .................. Error! Bookmark not defined. 
2.2 Coação como defeito juridico .......................................................................... 21 
3. PROTEÇÃO JURIDICA PERPETRADA PELO NOVO CÓDIGO CIVIL ......... Error! 
Bookmark not defined. 
3.1 Estado de Perigo: uma obrigação demasiadamente onerosa ...................... 27 
3.2 Lesão como fator preponderante de nulidade................................................30 
3.3 Invalidade do negócio juridico ......................................................................... 33 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 35 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://faculdadealphaville.com.br/
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A presente monografia trata de um trabalho de conclusão do Curso da Pós-Graduação 
em Direito Civil e Processual Civil, para isso, se debruça sobre o tema: “Vícios de 
Consentimento em Negócios Jurídicos: Uma Análise sob a Perspectiva do Novo 
Código Civil”, para tanto, perpassa pelos vícios de consentimento ressaltando os 
defeitos jurídicos como: erro ou ignorância, dolo, coação, estado de perigo e lesão, 
apontando-os como elementos capazes de causar um desequilíbrio na consumação 
dos negócios jurídicos, haja vista o entendimento da possibilidade de interferência na 
manifestação da vontade real do agente por meio de fatores adversos da livre vontade. 
Nessa esteira pontua-se que o negócio jurídico válido é aquele que tem sua origem 
na dinâmica da vontade pratica do agente com fulcro no objetivo de produção de 
efeitos de acordo com a vontade das partes. Sendo assim, para a construção desse 
trabalho ressalta-se que foram tomados como referência a Legislação do Direito Civil 
hodierno brasileiro através de livros, artigos científicos, monografias e decisões 
proferidas nos tribunais superiores para o enfrentamento das demandas sociais 
contemporânea. 
 
 
 
Palavras-chave: Vícios de Consentimento. Defeitos Jurídicos. Novo Código Civil. 
Livre vontade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://faculdadealphaville.com.br/
https://ava.faculeste.com.br/course/docencia-do-ensino-superior-e-teologia/
7 
 
INTRODUÇÃO 
 
 O presente trabalho visa discorrer sobre os vícios de consentimento em 
negócios jurídicos através de um olhar sob a perspectiva do Novo Código Civil, 
tendo em vista a percepção da existência da vontade espontânea para a real 
consolidação das atividades jurídicas, atentando para isso, o fato de que a 
vontade é tida como elemento indispensável para a consolidação dos atos e 
negócios jurídicos, além da necessidade de se observar os critérios da 
espontaneidade e da liberdade do sujeito. 
Nesse sentido pode-se perceber que o Novo Código Civil pontua de forma 
taxativa os vícios de consentimento exemplificando-os como: erro ou ignorância, 
dolo, coação, estado de perigo e lesão. Portanto, apontando-os como defeitos 
jurídicos capazes de causar desequilíbrios na consumação dos negócios lícitos, 
tendo em vista o poder de interferência na manifestação volitiva do agente 
negociador divergindo assim da vontade real do sujeito. 
Nesse aspecto, cabe ressaltar a existência de um fato jurídico, haja vista 
a percepção de uma ocorrência, seja de forma natural ou humana capaz de 
modificar ou extinguir direitos e obrigações, haja sabido que este: 
 
 Abrange não apenas os acontecimentos naturais (fatos jurídicos em 
sentido estrito), mas também as ações humanas lícitas e ilícitas (ato 
jurídico em sentido amplo e ato ilícito), bem como aqueles fatos que, 
embora haja a atuação humana, esta é desprovida de manifestação de 
vontade, mas mesmo assim produz efeitos jurídicos (ato-fato jurídico). 
(NETO, 2016, p.01) 
 
Desse modo, pode-se afirmar que esse trabalho busca perpassar pela 
configuração dos vícios de consentimento nos negócios jurídicos, tendo em vista 
a questão das mudanças ocorridas no novo Código Civil que fora celebrado no 
ano de 2002, para tanto busca-se analisar os possíveis defeitos jurídicos que 
pode existir em um contrato celebrado. 
Ainda cabe ressaltar a existência dos vícios sociais como defeito jurídico, 
entretanto aqui por questões didáticas será reportado apenas aos vícios de 
consentimentos que podem ser percebidos através da simples constatação da 
análise de negócios jurídicos celebrados que não respeita a livre vontade do 
agente. Tendo em vista que: 
8A ilicitude ocorre quando in concreto a pessoa se comporta fora desses 
padrões. Em sentido lato, sempre que alguém se afasta do programa 
de comportamento idealizado pelo direito positivo, seus atos 
voluntários correspondem, genericamente, a atos ilícitos (fatos do 
homem atritantes com a lei). Há, porém, uma idéia mais restrita de ato 
ilícito, que se prende, de um lado ao comportamento in jurídico do 
agente, e de outro ao resultado danoso que dessa atitude decorre para 
outrem. Fala-se, então, em ato ilícito em sentido estrito, ou 
simplesmente ato ilícito, como se faz no art. 186 do atual Código Civil. 
(JUNIOR, 2003, p.18) 
 
Por conseguinte, cabe ressaltar que o presente trabalho está dividido em 
três capítulos. O primeiro capítulo intitulado Uma Breve Reflexão sobre 
Defeitos do Negócio Jurídico com o objetivo de apresentar, de forma breve, 
sob o olhar do Código Civil de 2002, os possíveis defeitos existentes no 
ordenamento jurídico vigente, possuindo como subdivisão o seguinte tópico: a 
incidência do erro como um vício de consentimento. 
Pois esse vício de consentimento incide sobre a falsa percepção da 
realidade produzida por tal defeito jurídico, além de perpassar pela questão da 
“ignorância” em que o agente não tem conhecimento algum da realidade, para 
tanto se debruça sobre o artigo 138 do Código Civil. 
Já o segundo capítulo tem como título, Desmontando o conceito dos 
Defeitos Jurídicos Intencionais com os seguintes desdobramentos: dolo como 
vicio de consentimento e coação como defeito jurídico. 
Contudo, acerca do dolo, por tratar-se também de uma falsa percepção 
da realidade, entretanto, tendo sua diferença pautada na percepção de ser 
desviada por outra pessoa. Sendo assim, sobre esse instituto, esse capitulo 
discorre sobre o fato de que o agente é assessorado por outra pessoa, assim 
levado a ter uma falsa percepção da realidade. 
Todavia, no caso do defeito jurídico “coação” tem-se sua característica 
pautada sobre, em um caso concreto, tem sua aplicabilidade recheada de 
pressão psicológica, além de possibilitar a probabilidade de progressão para 
ameaças físicas e com isso forçando o agente a celebrar negócios jurídicos 
contra a vontade, assim anulando a espontaneidade do sujeito, para tanto far-
se-á menção ao artigo 151 do código civil de 2002. 
Enquanto no terceiro capítulo será apresentado ao leitor uma discursão 
sólida com o título de Proteção Jurídica perpetrada pelo Novo Código Civil, 
9 
 
tendo como subdivisão: Estado de Perigo: Uma Obrigação Demasiadamente 
Onerosa, Lesão como fator preponderante de nulidade em negócios jurídico e 
invalidade do negócio jurídico. 
De tal modo, que será arrazoado sobre a questão do defeito jurídico 
“estado de perigo” através de uma análise sobre o fato do agente ser impelido a 
realizar um negócio jurídico com fito em salvar ou resguardar sua vida ou de 
alguém da sua família, nesse caso, será voltado o olhar para artigo 156 do código 
civil. 
Além disso, o capitulo também discorre sobre a “lesão” que também se 
pauta na questão da realização de negócio jurídico, no entanto, nesse caso, 
verifica-se que tal ato se dá por inexperiência ou por necessidade, tornando-se 
extremamente dispendioso em conferição com a contraprestação que receberá, 
como discorre o artigo 57 do código civil. 
Diante do exposto, percebe-se que o Novo Código Civil traz em seu bojo 
institutos singulares com o objetivo de proteger as partes envolvidas em um 
negócio jurídico de possíveis abusos que possam advir na celebração de um 
contrato, portanto trazendo a possibilidade de nulidades a negócios jurídicos que 
porventura contenha vícios de consentimento. 
Destarte, pode-se afirmar que essa monografia tem como objetivos fazer 
uma reflexão da grande importância dos defeitos que podem afetar os negócios 
jurídicos, tendo em vista que o tema aqui discutido alcança as relações jurídicas 
patrimoniais que permeia o cotidiano da sociedade. 
Desse modo, ficando perceptível a relevância de se conhecer as normas 
legais que gerem tais institutos através do Código Civil 2002, para que assim, 
haja maior segurança jurídica. Portanto: 
 
 Nesse sentido, a criação de deveres jurídicos anexos e recíprocos que 
perpassam as obrigações principais fixadas pelas partes é 
consentânea com a imposição de condutas pautadas pela ética, 
lealdade, informação e cooperação, exigido que as partes adotem 
práticas que cumpram o escopo do contrato e evitando aspirações não 
legítimas por quaisquer dos contratantes. (Konder; Oliveira, 2020, 
p.17) 
 
Sendo assim, será trabalhado a problemática do pensamento pós-
moderno no que se reporta a licitude no negócio jurídico pela superação dos 
defeitos positivados no Código Civil, fator que ainda desafia tanto a 
10 
 
jurisprudência como também os doutrinadores, tendo em vista a grande 
capacidade desses vícios comprometerem as relações negociais. 
Desse modo, essa pesquisa se justifica pela necessidade cogente de 
conhecer a legislação que rege o país e suas atualizações para que se possa ter 
maior segurança nas relações jurídicas sociais, tendo em vista as constantes 
transformações da humanidade, de tal modo que para buscar responder a essa 
inquietação foi-se lançado mão da pesquisa exploratória, através de 
levantamento bibliográfico e cientifico. 
Para tanto, buscou-se investigar a legislação brasileira do Direito Civil 
hodierno através de livros, artigos científicos, monografias e decisões proferidas 
nos tribunais superiores para o enfrentamento das demandas sociais hodierna. 
Por fim, tem-se as considerações finais, onde busca-se deixar em 
evidência o fato de que se pode ainda ampliar a discussão sobre o tema em 
questão e que as conclusões aqui chegadas são, também, inconclusivas visto 
que a sociedade contemporânea sofre constantes mutações e o entendimento 
do direito busca-se molda-se a realidade da sociedade em transformação. 
Ainda cabe informar ao amigo (a) leitor (a), que essa monografia, diante 
da complexidade do contexto pesquisado, não tem a pretensão de esgotar o 
assunto, portanto, ressalta-se que por questões metodológicas de delimitação, 
para que fosse possível dá conta desse trabalho, buscou se ater aos principais 
episódios dos defeitos em negócios jurídicos, através dos principais teóricos 
encontrados sobre o assunto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
1. BREVE REFLEXÃO SOBRE DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO 
 
 A partir de uma análise sobre a eficácia do negócio jurídico observa-se 
de início a necessidade da real existência da declaração da vontade, 
posteriormente busca-se saber se essa declaração seguiu o rito legal do 
ordenamento jurídico, portanto verifica-se se para isso não sofreu interferências 
no sentido de examinar possíveis coercibilidades ou ambiguidades no contrato, 
tendo em vista a percepção de que a manifestação da vontade de forma 
espontânea e livre em um negócio jurídico representam elementos essenciais 
para a efetivar a legalidade de uma relação negocial. 
Portanto, cabe dizer que: 
 
 O conceito de negócio jurídico é, na interessante observação de um 
autor, “o momento final de uma sequência que parte da mais ampla 
categoria do fato jurídico e, procedendo por classificações sucessivas, 
chega primeiramente à subcategoria do ato jurídico e, em seguida, 
àquela do negócio jurídico”. (GOMES,1983, p. 79) 
 
 
Sendo assim, percebe-se a necessidade de clareza nas relações 
negociais para que possa ter validade incontestável e livre de vícios, haja vista 
que os defeitos no negócio jurídico podem causar invalidade na transação 
comercial, já que é sabido que um negócio jurídico viciado pode alterar os efeitos 
desejados afastando, dessa forma, as partes do princípio da legalidade que 
aprecia a autonomia do agente. 
Pois: 
 
 Agarantia constitucional da autonomia privada dirige-se àqueles atos 
de iniciativa particular que implicam relações com outros sujeitos na 
esfera patrimonial e se praticam através de negócios jurídicos, 
designadamente de contratos, tal como disciplinados nos Códigos e 
em algumas leis especiais. (GOMES, 1983, p. 83) 
 
Nesse sentido, pode-se afirmar que os defeitos jurídicos também podem 
ser chamados de vícios jurídicos por trata-se de imperfeições que podem ocorrer 
devido às aberrações na construção da vontade do agente ou até mesmo na 
declaração da vontade de uma das partes, fator esse, que tem capacidade de 
tornar-se um negócio jurídico relativamente ou absolutamente nulo. 
12 
 
Nessa perspectiva, podem-se apontar dois tipos ou espécies de vícios ou 
defeitos jurídicos, assim podendo ser nomeados como: vícios de consentimento 
e vícios sociais, em que os vícios de consentimento são tidos como aqueles 
voltados a questão da vontade das partes, portanto quando a manifestação da 
vontade não é vista de forma plenamente livre e espontânea, nesse caso, são 
tidas como sendo: erro ou ignorância, dolo, coação, estado de perigo e lesão. 
Enquanto, os vícios sociais são vistos como aqueles relacionados com a 
questão da boa-fé, portanto existe nesse caso a manifestação da vontade, 
embora esta se encontre diversa dos princípios legais preestabelecidos no nosso 
ordenamento jurídico, logo pode-se afirmar que os vícios sociais estão 
permeados de intenções ruins, por conseguinte podendo ser classificados como: 
fraude contra credores e simulação. 
Sendo a assim, pode-se afirmar que para o direito positivado, retificado e 
ratificado pelo Novo Código Civil (NCC) o que de fato interessa sobre o negócio 
jurídico é a questão de ser considerado válido ou invalido, para isso, devendo 
ser observado as condições em que aconteceu tal ato, para então poder produzir 
seus efeitos em obediência ao que se espera como efeito jurídico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
1.1 A INCIDÊNCIA DO ERRO COMO UM VÍCIO DE CONSENTIMENTO 
 
No que se refere a questão do erro como vicio de consentimento pode-se 
afirmar que no direito civil tal instituto é tido como uma falsa percepção da 
realidade, assim sendo, nesse caso, não há uma terceira pessoa, já que o agente 
não é levado a falsa percepção da realidade por ninguém ou seja engana-se. 
No entanto, embora seja esse instituto um vício com previsão legal nos 
artigos 138 a 144 do Código Civil, verifica-se que não existem muitas demandas 
de ação em juízo anulatórias, tendo em vista a questão da dificuldade de 
construção de provas que demonstre tal ato, tendo em conta trata-se de algo 
muito íntimo do agente, portanto não sendo assim externado o que se passou 
na mente do agente quando da celebração negocial, tendo em vista a sua 
capacidade de participar em um negócio jurídico. 
No entanto, é sabido que: 
 
 A capacidade de ser parte, permitida a toda pessoa natural, foi 
diferenciada da capacidade processual (ou capacidade de estar em 
juízo) e da legitimação ad causam. O pedido, considerado pelos 
italianos como l’oggetto dell’azione, assume, também, um papel de 
grande relevância como um dos elementos identificadores da ação, já 
que é nos seus exatos limites que o julgador deverá decidir a causa. 
(CHEKER, 2014, p. 10) 
 
Assim sendo, pode-se afirmar que não existe diferença entre erro e 
ignorância, pois a distinção acontece simplesmente de forma doutrinária 
pautando o erro como o desconhecimento de forma parcial enquanto a 
ignorância é tida como o desconhecimento total, porém os efeitos na prática não 
diferem. 
Desse modo: 
 
 O erro difere-se de alguns institutos como a ignorância, (por mais que 
sejam equiparados seus efeitos) vício redibitório, falso motivo e 
interesse negativo. Para a nova teoria do erro, não se avalia mais o 
critério da escusabilidade mas sim o da cognoscibilidade. O grande 
equívoco da nova teoria é que o erro é confundido com o dolo, que são 
institutos diferentes por mais que ambos tornem o negócio anulável. 
Portanto, o critério que o nosso código civil de 2002 adotou foi da 
escusabilidade e não da cognoscibilidade, no qual é consagrado em 
seu artigo 138. (OLIVEIRA; TEBAR, 2015, p. 14) 
 
14 
 
Nesse sentido, pode-se até afirmar que para se ter um negócio jurídico 
em uma situação anulatória é preciso ser substancial, escusável e real, assim 
nesse caso verifica-se a necessidade de se ponderar nos citados quesitos, 
portanto no instituto substancial recai sobre o fato da incidência da causa do 
negócio jurídico que se pratica, visto que sem a qual o negócio jurídico não teria 
sido realizado, ou seja, o fato da existência de uma compra de um objeto com a 
crença de ser outro ou ser de outra constituição, mas ainda: 
 
 Assim, a possibilidade de o autor ter a sua demanda acolhida, como 
bem destaca Leonardo Greco, “é aferida a partir dos fatos afirmados 
pelo autor, in statu assertionis, porque se desses fatos 
categoricamente não puder vir a resultar o acolhimento do pedido, o 
autor deverá ser julgado carecedor da ação”. (CHEKER, 2014, p. 29) 
 
Já no quesito escusável pode-se afirmar que se trata de uma comparação 
a respeito da atitude do agente em relação a conduta do padrão do homem 
médio, logo se busca analisar a percepção da maioria das pessoas em relação 
ao fato concreto. “Este “homem médio”, portanto, representa uma abstração 
criada pelo Direito, para que sirva de parâmetro quanto à 
realização/concretização ou não do dever objetivo de cuidado e quanto à 
ocorrência ou não da culpa imputável. “ (GRANT, (2010?) p. 1615). Enquanto no 
quesito real refere-se ao fato do erro ter, de certo modo, produzido um prejuízo 
de forma concreta ao sujeito. 
Entretanto, percebe-se que o vício no negócio jurídico pode ter 
convalescimento, ou seja, se o erro não produzir prejuízo no negócio jurídico que 
fora acertado, tal vicio não causará anulabilidade a situação concreta, fato que 
pode ser visto no artigo 144 do Código Civil que diz: “O erro não prejudica a 
validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de 
vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real 
do manifestante. ” 
No entanto, cabe pontuar que o código civil de 1916 rezava a possibilidade 
de invalidar uma declaração de vontades destinadas a um efeito jurídico, pois no 
caso de anulabilidade de um negócio jurídico o erro precisava ser escusável, 
embora o texto positivado não possuísse tal exigência expressamente, contudo 
a doutrina recaia sobre essa compreensão, entretanto o erro esdrúxulo não 
causava anulabilidade. 
Portanto, se tem o entendimento que: 
15 
 
 
 O Código Civil de 1916 era omisso quanto ao erro de direito, gerando 
controvérsia na doutrina. CLÓVIS BEVILÁQUA, dentre outros, refutava 
essa espécie de erro, com base no art. 3º da Lei de Introdução às 
Normas do Direito Brasileiro – LINDB (Decreto-Lei nº 4.657/42): 
ninguém pode se escusar de descumprir a lei alegando seu 
desconhecimento. (FERREIRA, (2010?), p.06) 
 
Nesse sentido o código civil de 2002 reforça esse entendimento quando 
traz no artigo 138 a declaração de escusabilidade desse defeito jurídico, dizendo 
que “ São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade 
emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de 
diligência normal, em face das circunstâncias do negócio. ” 
Ainda sobre esse assunto o artigo 140 do código civil esclarece que 
quando expresso como razão determinante o falso motivo vicia a declaração da 
vontade no negócio jurídico, tendo em vista a seguinte redação do artigo, 
preceituando que “O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando 
expresso como razão determinante. ”16 
 
2. DESMONTANDO O CONCEITO DOS DEFEITOS JURÍDICOS 
INTENCIONAIS 
 
No que concerne a questão dos defeitos jurídicos intencionais, nesse 
capitulo, referir-se, tão somente, ao dolo e a coação, tendo em vista, que o 
Código Civil conduz o agente ao entendimento conceitual de que tais institutos 
são tidos como vícios de consentimentos, portanto capazes de contaminar um 
negócio jurídico válido, podendo advir de uma relação negocial formada por duas 
ou mais pessoas com intuito de adquirir, alterar ou até mesmo abolir direitos e 
obrigações. 
Portanto, cabe dizer que, embora na elaboração de um negócio jurídico 
haja a necessidade do respeito a manifestação da vontade das partes 
envolvidas, sendo desse modo, tidas em via de regra, como bilaterais ou 
plurilaterais, entretanto, pode-se afirmar que esses defeitos jurídicos induzem, 
de certo modo, a formação negocial através da manifestação unilateral de 
vontade, por meio de anulação da espontaneidade da outra parte por fatores 
reprováveis juridicamente. 
Nesse sentido percebe-se que há anulabilidade da vontade de uma das 
partes, embora se saiba que a vontade plena e espontânea das partes sejam 
elementos indispensáveis na efetividade legal do negócio jurídico, haja vista o 
apontamento da necessidade da manifestação idônea da vontade na atividade 
jurídica, logo qualquer contaminação é tida como verdadeiras anomalias. 
Destarte, tem-se a divisão desses defeitos jurídicos, porquanto o dolo é 
tido como um artificio malicioso usado para induzir o agente a concluir um 
negócio jurídico desvantajoso, por isso pode ser classificado como: dolo principal 
e dolo acidental. 
De tal modo, que pode-se afirmar que o dolo principal (dolus causans dans 
contratui) trata-se do instituto que é a causa peremptória da ratificação do 
negócio jurídico, enquanto o dolo acidental refere-se a situação em que o 
negócio jurídico seria realizado independente desse vicio, embora o 
comportamento do outro tenha influenciado na concretização negocial. 
Portanto, cabe afirmar que: 
 
17 
 
 A boa fé é princípio que, mesmo em relações desequilibradas como as 
de consumo, se aplica a ambas as partes, e assim seria abusivo, por 
sua vez, impugnar um negócio pela ausência de uma informação que 
não estivesse diretamente vinculada ao negócio ou que já devesse ser 
de conhecimento da outra parte. 
 Neste sentido, já a doutrina tradicional indicava uma distinção entre 
dois tipos de dolo: o dolus bônus e o dolus malus. Enquanto este seria 
idôneo, de fato, a permitir a anulação do negócio, aquele não importaria 
perturbação no negócio jurídico. O dolus bônus seria um dolo 
admissível, a simples solércia, a astucia usual que, na vida real, faz 
parte dos negócios jurídicos. (OLIVEIRA et al, 2011, p. 622) 
 
Enquanto a coação é tida como um certo tipo de pressão, seja física, seja 
psicológica, portanto, “Cabe recuperar aqui a distinção tradicional entre vis 
absoluta e vis compulsiva. A primeira é a violência física, em que o agente é 
literalmente forçado a assina, falar ou sinalizar, de qualquer forma, a sua 
declaração. ” (OLIVEIRA et al, 2011, p. 625) 
Assim sendo, “A vis compulsiva é que caracteriza a coação defeito do 
negócio jurídico, diante da pressão exercida para que concorde, a declaração é 
perturbada, mas sem que haja a total aniquilação da vontade. ” (OLIVEIRA et 
al, 2011, p.625) 
Desse modo, fica evidente que a coação tem por finalidade obrigar a 
vítima a praticar atos jurídicos indesejáveis, ou seja, forçada a realização de 
negócio jurídico, cuja classificação pode-se também receber o nome de: coação 
absoluta e de coação relativa ou moral. 
 Sendo assim, “Exige-se ainda, para caracterizar a coação que vicio do negócio 
jurídico, que o dano ameaçado seja iminente e considerável. Iminente seria o 
dano prestes a acontecer e que, portanto, não haveria como evitá-lo, a não ser 
celebrando o negócio indesejado. (OLIVEIRA et al, 2011, p. 627) 
 
 
 
 
 
18 
 
2.1 DOLO COMO VICIO DE CONSENTIMENTO 
 
Acerca desse defeito do negócio jurídico percebe-se que o Código Civil 
não traz em seu bojo um conceito taxativo no rol dos seus artigos, posto isso, 
fica perceptível que nesse documento positivado, tão somente, indica as 
pressuposições de negócios jurídicos que podem ser anulados. No entanto é 
sabido que o dolo no direito civil se trata de estratagemas com o objetivo de 
induzir o sujeito ao erro, visando obter vantagem pessoal ou para terceiro na 
realização do negócio jurídico. 
Dessa forma, percebe-se que o dolo se diferencia de o erro pelo fato 
desse defeito ser motivado por um terceiro com o objetivo de obtenção 
vantajosa, enquanto o erro se pauta, tão somente, em um equívoco do agente 
através de uma interpretação errônea, portanto sem motivação de uma terceira 
pessoa. Assim, cabe pontuar que “O dolo também pode ser dividido em dolus 
malus e dolus bonus. O dolus malus é a regra, é o dolo que gera anulabilidade.” 
(FERRREIRA, (2010?), p. 12) 
Além dessa diferenciação pode-se pontuar também como um outro fator 
preponderante para o aparecimento do dolo através do erro é a questão do 
silêncio propositado, ou seja, a percepção do erro por uma das partes de um 
negócio jurídico sem, contudo, alertar a outra parte envolvida sobre o percebido 
equívoco, tendo em conta a necessidade da livre vontade, de forma consciente, 
está presente na realização do negócio jurídico. 
Tendo em vista que: 
 
 A vontade é a mola propulsora dos atos e dos negócios jurídicos. Essa 
vontade deve ser manifesta ou declarada de forma idônea para que o 
ato tenha vida normal na atividade jurídica e no universo negocial. Se 
essa vontade não corresponder ao desejo do agente, o negócio jurídico 
torna-se susceptível de nulidade ou anulabilidade. (AQUINO, 1013, p. 
01) 
 
Portanto, cabe dizer que o dolo é tido como um tipo de conduta eivada de 
malicias por uma das partes ou até mesmo de uma terceira pessoa com 
finalidade diversa dos basilares legais, portanto capaz de conduzir o outro a erro 
fazendo despontar na parte uma vontade desfavorável, ou seja enganando-o. 
 
19 
 
 No entanto, a doutrina tende a atentar para a análise do caso concreto. 
É preciso que o dolo induza o consumidor em erro. Se o vendedor 
afirma que o produto é o melhor do mundo, tal afirmação não deve ser 
apta a induzir o consumidor em erro, configurando-se o dolus bonus. 
Por outro lado, se o vendedor afirma que o produto tem 92% de 
aceitação popular, quando ele possui apenas 20%, o consumidor pode 
ser induzido em erro, configurando-se dolus malus. (FERRREIRA, 
(2010?), p. 12) 
 
Nesse aspecto tem-se o Novo Código Civil com a previsão desse defeito 
jurídico e suas possíveis consequências como pode ser visto no artigo 186 que 
preceitua dizendo assim, “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito. ” 
Assessorado pelo artigo 171 que preceitua: 
 
 Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável 
o negócio jurídico: 
 I - por incapacidade relativa do agente; 
 II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão 
ou fraude contra credores. 
 
Além de regular a obrigatoriedade de reparação do dano no caso do dolo, 
como se vê: 
 
 Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a 
outrem, fica obrigado a repará-lo. 
 Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, 
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou 
quando a atividade normalmentedesenvolvida pelo autor do dano 
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
 
Desse modo, verifica-se nitidamente a diferença entre o erro e o dolo, 
tendo em vista que esse último é resultante de um comportamento maldoso de 
um indivíduo, portanto, o Código Civil vigente buscou pautar seus preceitos na 
ética e na lealdade, assim trazendo em seus artigos a possibilidade do 
reconhecimento do negócio válido, tão somente, pela manifestação real da livre 
vontade do sujeito. 
Assim sendo, tornando anuláveis os negócios jurídicos que não 
satisfazerem esses requisitos, como pode ser visto nos artigos 145 aa 150: 
 
 Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for 
a sua causa. 
20 
 
 Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, 
e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, 
embora por outro modo. 
 Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma 
das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja 
ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio 
não se teria celebrado. 
 Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de 
terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter 
conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio 
jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a 
quem ludibriou. 
 Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o 
representado a responder civilmente até a importância do proveito que 
teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o 
representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos. 
 Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode 
alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização. 
 
 
Ficando perceptível a possibilidade de invalidação do negócio jurídico até 
mesmo por dolo diminuto, tendo em vista o prejuízo da liberdade de escolha de 
forma consciente, devido a distorção da realidade intencionalmente, assim 
fazendo com que a vontade seja manifestada de forma inconsciente. 
No entanto, diante do exposto fica perceptível que: 
 
 Nem sempre é o beneficiário que pratica o dolo, mas sim um terceiro. 
No caso de dolo de terceiro, a determinação se o negócio jurídico será 
anulável ou não dependerá do conhecimento do beneficiário: 
  Beneficiário conhecia – Negócio Jurídico Anulável 
  Beneficiário não conhecia – Negócio Válido, mas o terceiro que 
praticou o dolo responderá pelas perdas e danos. (MENDONÇA, 2014, 
p. 05) 
 
Além disso, percebe-se que em um negócio jurídico há uma exigência da 
atuação da boa-fé objetiva, ou seja, há existência da intolerância ao 
comportamento ilícito em um negócio jurídico como pode se ver no artigo 423 do 
Código Civil que prescreve dizendo: “Quando houver no contrato de adesão 
cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais 
favorável ao aderente. ”. 
 
 
 
 
 
 
21 
 
2.2 COAÇÃO COMO DEFEITO JURÍDICO 
 
 
No caso da coação pode-se afirmar que esse vício jurídico é caracterizado 
por pressão, seja ela de ordem psicológica ou de ordem moral, nessa 
perspectiva a coação pode ainda ser vista como ameaças ao sujeito ou a um 
membro familiar visando forçar o agente a praticar determinado negócio jurídico. 
Diante dessa análise pode-se classificar a coação como absoluta ou 
relativa em que a absoluta debruça seu olhar sobre a coação física, assim 
retirando do sujeito toda e qualquer possibilidade de escolha de forma 
espontânea, portanto contaminando o negócio jurídico, logo dando origem a 
nulidade absoluta. 
Já a coação relativa trata-se da coação moral que é praticada de forma 
psicológica, portanto, nesse caso causando grande influência sobre o indivíduo, 
entretanto, a vontade do sujeito não é totalmente eliminada, consequentemente 
cabendo ao agente decidir praticar o ato jurídico ou enfrentar a possibilidade de 
torna-se vítima de ameaças intimidatórias. 
Vejamos o entendimento jurisprudencial sobre a existência da coação 
moral na hipótese de superendividamento do agente, diante da sua 
hipossuficiência, tomando por base o acórdão do Tribunal de Justiça do Rio 
grande do Sul: 
 
 APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO DE 
NULIDADE DE DÉBITO CUMULADA COM PEDIDO DE DANOS 
MORAIS E MATERIAIS. QUANTUM. SUPERENDIVIDAMENTO. 
HIPOSSUFICIÊNCIA. CONCESSÃO DE CRÉDITO 
IRRESPONSÁVEL. DEVER DO CREDOR DE MITIGAR OS 
PRÓPRIOS PREJUÍZOS. - SENTENÇA ULTRA PETITA - questão de 
ordem pública reconhecida, desconstituindo-se parcialmente a decisão 
de ofício. Reconhece-se que a sentença é ultra petita ao extinguir os 
contratos objeto da presente demanda, pois tal pedido não foi 
formulado na inicial. Sendo vedado ao julgador o reconhecimento de 
abusividade ou legalidade de cláusulas, de ofício, em contratos 
bancários, sendo necessária a especificação das cláusulas tidas por 
abusivas. Exegese da Súmula n. 381 do STJ. Redução aos limites em 
que a ação foi proposta, ficando prejudicada a análise quanto à 
extinção do contrato. Inteligência dos arts. 128 e 460 do CPC. - 
SUPERENDIVIDAMENTO: Superendividamento caracterizado no 
caso concreto. Situação de hipossuficiência da autora devidamente 
comprovada e da concessão, por parte da ré, de crédito de forma 
irresponsável. Nulidade de contratações sucessivas para cobrir saldo 
devedor, realizadas sob o manto da coação moral. Instituição bancária 
que concede crédito sem averiguação da capacidade econômica do 
consumidor, contrata sob a égide da temeridade ou alto risco, devendo 
arcar com os prejuízos daí resultantes. Culpa in iligendo e in vigilando 
22 
 
que de forma flagrante e incontroversa qualifica a relação contratual 
das partes litigantes. Concessão de crédito a quem não tem condições 
de realizar sua prestação obrigacional, importa em contratação viciada 
principalmente em razão de simular e induzir em erro o cliente fazendo 
parecer que terá ele condições de pagamento. Situação de lesão 
irreversível ao consumidor. Conduta contratual das instituições 
bancárias que estabelecem extrema facilidade na concessão de 
crédito de consumo, sem quaisquer exigências de garantia. O Estado-
Juiz tem a responsabilidade de dar os parâmetros para as 
contratações, no sentido de apresentar limitações ao direito de 
contratar das instituições bancárias, que devem ser responsabilizadas 
na medida de sua conduta imprudente de propor crédito com tantas 
facilidades, colocando em risco a própria perfectibilização do contrato, 
diante da incapacidade flagrante de pagamento do contratante. Dever 
de mitigar os próprios danos não observado. Enunciado n. 169 da III 
Jornada de Direito Civil, promovida pelo Conselho da Justiça Federal. 
- DO QUANTUM INDENIZATÓRIO: o montante fixado pelo juízo 
singular está de acordo com os parâmetros estabelecidos por este 
Tribunal em casos semelhantes, devendo ser mantida a indenização 
ali arbitrada. - DANOS MATERIAIS E DEVOLUÇÃO DE VALORES: a 
cobrança indevida enseja repetição do valor pago em dobro quando 
não há prova de erro justificável. Aplicação do parágrafo único do art. 
42 do CDC. - SUCUMBÊNCIA: mantidos os ônus sucumbenciais. 
DESCONSTITUÍDA EM PARTE A SENTENÇA, FOI PROVIDO 
PARCIALMENTE O RECURSO DA AUTORA E, POR MAIORIA, 
PROVIDO EM PARTE O RECURSO DO RÉU.(Apelação Cível, Nº 
70060010568, Vigésima Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do 
RS, Relator: Ana Paula Dalbosco, Julgado em: 25-11-2014) (grifo 
nosso). 
 
No entanto, há possibilidade de exige-se para o reconhecimentoda 
existência da coação relativa e assim poder, de certo modo, anular o negócio 
jurídico algumas características como, por exemplo: deve ser causa 
determinante do negócio; ser grave; ser injusta; dizer respeito ao dano atual e 
iminente; e/ou ameaça de prejuízo à pessoa ou a bens da vítima ou a pessoa de 
sua família. 
 
 Contudo, pela teoria tradicional, que persiste ao lado da tese 
kelseniana, a coação é nódoa que pode macular até irremediavelmente 
o ato jurídico em qualquer dos ramos do Direito, nacional e 
internacional, seja público ou privado, tanto substantivo como 
processual. (VASCONCELOS, 2010, p. 396) 
 
 
Nesse aspecto, tem-se a coação como um dos defeitos jurídico mais 
gravoso, haja vista a possiblidade de, em alguns casos, existir agressão física, 
pois prevalece o entendimento que uma vontade manifestada devido a algum 
tipo de coação não corresponde a livre vontade. 
Portanto, pode-se afirmar que: 
23 
 
 
 Em relação à causa determinante do ato, deve haver uma relação de 
causalidade entre a coação e o ato extorquido, ou seja, o negócio deve 
ter sido realizado somente por ter havido grave ameaça ou violência, 
que provocou na vítima fundado receio de dano à sua pessoa, à sua 
família ou aos seus bens. Sem ela, o negócio não se teria concretizado. 
(SOUZA; JOBIM, 2020, p. 10) 
 
Ainda cabe pontuar que além dos possíveis efeitos jurídicos que pode 
advir desse tipo de vicio de consentimento há também de se mencionar a 
questão das consequências nocivas ao psicológico da vítima, já que se trata de 
um tipo de ameaça aos direitos individuais do sujeito. 
Nessa esteira, em análise a um caso concreto, pode-se aqui fazer menção 
ao acórdão também do Tribunal de justiça do Rio Grande do Sul, que acabou 
por entender a existência de coação moral exercida por uma certa igreja 
evangélica sobre uma determinada fiel para que esta dizimasse, ou seja, fizesse 
doações em prejuízo ao patrimônio, portanto, considerado como um vício de 
consentimento. 
Assim, apontando a inaceitabilidade da prestação do dizimo em 
decorrência de sanções religiosas através de discursos subliminares 
ameaçador, portanto para melhor compreensão vejamos o acordão: 
 
 “Responsabilidade civil. Doação. Coação moral exercida por discurso 
religioso. Ameaça de mal injusto. Promessa de graças divinas. 
Condição psiquiátrica preexistente. Cooptação da vontade. Dano moral 
configurado. Indenização arbitrada. 1. Análise do artigo 152 do Código 
Civil. Critérios para avaliar a coação. A prova dos autos revelou que a 
autora estava passando por grandes dificuldades em sua vida afetiva 
(separação litigiosa), profissional (divisão da empresa que construiu 
junto com seu ex-marido), e psicológica (foi internada por surto 
maníaco, e diagnosticada com transtorno afetivo bipolar). Por conta 
disso, foi buscar orientação religiosa e espiritual junto à Igreja Universal 
do Reino de Deus. Apegou-se à vivência religiosa com fervor, 
comparecia diariamente aos cultos e participava de forma ativa da vida 
da igreja. Ou seja, à vista dos critérios valorativos da coação, nos 
termos do art. 152 do Código Civil, ficou claramente demonstrada sua 
vulnerabilidade psicológica e emocional, criando um contexto de 
fragilidade que favoreceu a cooptação da vontade pelo discurso 
religioso. 2. Análise dos arts. 151 e 153 do Código Civil. Prova da 
coação moral. Segundo consta da prova testemunhal e digital, a autora 
sofreu coação moral da igreja que, mediante atuação de seus 
prepostos, desafiava os fiéis a fazerem doações, fazia promessa de 
graças divinas, e ameaçava-lhes de sofrer mal injusto caso não o 
fizessem. No caso dos autos, o ato ilícito praticado pela igreja 
materializou-se no abuso de direito de obter doações, mediante coação 
moral. Assim agindo, violou os direitos da dignidade da autora e lhe 
casou danos morais. Compensação arbitrada em R$ 20.000,00 (vinte 
mil reais), à vista das circunstâncias do caso concreto. 3. Multa por 
24 
 
litigância de má-fé afastada. 4. Redefinida a sucumbência. Recurso da 
autora conhecido em parte, e nessa parte, provido parcialmente. 
Prejudicado o recurso da ré. Unânime” (TJRS, Apelação Cível 583443- 
30.2010.8.21.7000, Esteio, Nona Câmara Cível, Rel.ª Des.ª Iris Helena 
Medeiros Nogueira, j. 26.01.2011, DJERS 11.03.2011) (grifo nosso). 
 
Entretanto cabe ressaltar que não é considerada coação pelo 
ordenamento jurídico brasileiro quando se trata do exercício regular do direito, 
portanto pode-se afirmar que uma ameaça pode ser considerada dentro do 
princípio da legalidade, sendo possível exemplificar nesse caso quando alguém 
ameaça acionar a justiça para dirimir uma lide, pois esse tipo de ameaça é 
considerada justa. 
Isso pode ser percebido na leitura do artigo 153 do código civil que diz 
“Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o 
simples temor reverencial. ”. Dessa forma verifica-se que a coação é tida como 
um vício de manifestação diversa da natureza do vício do erro e do dolo. 
Sendo assim, na questão da coação verifica-se que esse defeito afeta a 
autonomia do sujeito através do medo e do temor em que evidencia algum tipo 
de violência como instrumento norteador de maculação da declaração da 
vontade. 
Vejamos o artigo 51 do Código Civil: 
 
 Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal 
que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável 
à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens. 
 Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à 
família do paciente, o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se 
houve coação. 
 
 
Ainda cabe mencionar o dispositivo na lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002 
com a instituição do Código Civil prescrevido pelo artigo 171, ll, para melhor 
compreender essa questão da anulabilidade que diz: 
 
 Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável 
o negócio jurídico: 
 II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão 
ou fraude contra credores. 
 
 Nesse sentido, pode-se ser percebido que a coação moral na atual 
legislação é também chamada de vis compulsiva cuja característica é tida como 
qualquer tipo de amaças contra um sujeito, seja contra a honra ou contra os bem 
25 
 
materiais, portanto pode-se até afirmar a existência de uma certa dubiedade 
quanto a questão de tê-la como um simples vício de consentimento por ser 
resultando em um negócio jurídico sobre pressões físicas ou morais, assim 
anulando a vontade do sujeito. 
Diante do exposto, pode-se destacar que a coação como defeito jurídico 
implica na possibilidade de anulação de um negócio jurídico que pode ser 
combatida pela parte molestada em um prazo decadencial de quatro anos, haja 
vista a percepção do vicio por meio de ameaças coercitivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
3. PROTEÇÃO JURÍDICA PERPETRADA PELO NOVO CÓDIGO CIVIL 
 
 
É certo afirmar que diante da busca preponderante por segurança jurídica, 
tendo ciência do surgimento de possíveis defeitos jurídicos numa celebração 
negocial, em que se tem várias facetas apresentadas em um negócio jurídico 
que podem se formar através de divergências da livre manifestação da vontade 
real, afastando-os as partes da essência do efeito desejado, deu-se origem ao 
novo Código Civil através da Lei 10.406/2002. 
Portanto, pode-se pontuar, no que se refere a questão da limitação 
contratual no novo Código Civil, que embora essa nova norma admita um certo 
tipo de liberdade aos contraentes, no entanto impõe-vos a observação dos 
princípios como: da probidade e da boa-fé e assim se adequando a novadinâmica do direito positivado. 
Assim, a antiga norma norteada pelo princípio “pacta sunt servanda” 
expressão em latim significa “os contratos devem ser cumpridos” disciplinando a 
obrigatoriedade dos pactos dos negócios jurídicos considerando-os lei para as 
partes foi aprimorado na hodiernidade, assim podendo-se afirmar que 
atualmente os contratos são disciplinados pelo princípio “rebus sic standibus”, 
expressão em latim pode ser traduzido como “estando assim as coisas”. 
Portanto, pode-se afirmar sobre essa cláusula que disciplina os negócios 
jurídicos atuais que trata tal questão pelo entendimento de que as obrigações, 
somente terão validade, enquanto a coisa ou situação estiverem nas mesmas 
condições que deram origem ao ato jurídico. 
Entretanto, cabe ressaltar que essa teoria norteadora está intimamente 
ligada a teoria da imprevisão, já que é sabido que tal proposição visa a proteção 
dos contratantes em situações inesperadas, tendo em vista a existência de 
contrato longos em que fica susceptível a mudanças durante a validade de um 
contrato. 
Assim sendo, pode-se afirmar que a cláusula rebus sic stantibus comporta 
a resolução de situações que foram, pelo passar do tempo alteradas, e, portanto, 
não eram previstas quando o negócio jurídico fora formalizado, podendo então 
ser revisados pelas partes para que desse modo seja possível garantir o 
acordado. “Consequentemente, a imprevisão tende a alterar ou a excluir a força 
obrigatória dos contratos. ” (LYNCH, 2009, p. 14) 
27 
 
3.1 ESTADO DE PERIGO: UMA OBRIGAÇÃO DEMASIADAMENTE 
ONEROSA 
 
O defeito jurídico “estado de perigo” é percebido quando o agente realiza 
negócio jurídico visando livrar-se de um dano muito grave por estar em 
condições excessivamente onerosas. Pois, nesse caso, o agente está 
influenciado por tamanha circunstância antagônica capaz de induzir o sujeito a 
praticar negócio jurídico por grande pressão psicológica. 
Destarte: 
 
 Não se pode esquecer, entretanto, que, atualmente, o negócio jurídico 
deixa de ser instrumento exclusivo da liberdade individual e passa a 
ser encarado como importante fator de equilíbrio social, no sentido de 
que só os atos de iniciativa privada, considerados idôneos, podem 
compor o suporte fático da espécie negocial que tem validade na tutela 
da ordem jurídica e de que os vícios de consentimento foram ampliados 
para a proteção dos contratantes hipossuficientes por meio do estado 
de perigo (art. 156) e da lesão (art. 157). (FARIAS, 2004, p. 241) 
 
Nesse sentido, pode-se pontuar como elementos característicos do 
estado de perigo o surgimento das seguintes características: perigo de dano 
grave e atual; obrigação excessivamente onerosa; perigo deve ter sido a causa 
do negócio e que a parte contrária tenha ciência da situação de perigo e dela se 
aproveita. 
Portanto, “Torna-se importante esta análise, pois o disposto no art. 156 da 
Lei 10.406/ 2002 constrói-se pela prática do Direito, por tratar-se de cláusula 
geral. Mostra-se fundamental a apreciação de outras fontes além da legislativa. 
” (FARIAS, 2004, p. 239) 
Diante disso, pode-se afirmar que a diferença principal entre o estado de 
perigo e a coerção é o fato de, no caso de estado de perigo, não haver 
constrangimento, conquanto nesse último ser evidente tal característica, 
portanto confirmado a situação de estado de perigo o negócio jurídico pode ser 
considerado nulo ou ser anulado de forma relativa. 
Entretanto, cabe ressaltar que esse instituto era discutido juntamente com 
o instituto de coação, porém com o advento no novo código civil de 2002 ocorreu 
a separação, tendo para isso uma definição própria no artigo 156: 
 
28 
 
 Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da 
necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano 
conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente 
onerosa. 
 Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do 
declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias. 
 
 
Sendo assim, pode-se perceber que a aplicabilidade desse instituto se 
apresenta carregado de compromisso extravagante, cuja situação não comporta 
uma atitude diferente do agente, embora tal comprometimento com a respectiva 
situação possa acarreta-lhe a consolidação de um determinado dano, ou seja, a 
situação compele o sujeito a praticar o negócio jurídico exorbitante. 
Destarte, conclui-se que o agente, diante das condições apresentadas, 
viu-se obrigado a contratar prestação de obrigação demasiadamente 
desfavorável, portanto capaz de viciar a exposição da sua livre vontade de forma 
consciente que em situação comum não teria sido praticada. 
No entanto, cabe ressaltar que “o estado de perigo é duplo, exigindo a 
combinação de elementos objetivos e subjetivos, porquanto somente a situação 
de periclitância não pode atrair sua força anulatória sobre os negócios 
entabulados entre as partes. ” (HSIAO et al, 2021, p. 903) 
Assim sendo, pode-se afirmar que se trata de um vício de consentimento 
em que a parte não deseja de fato praticar o negócio jurídico de forma errada e 
onerosa, contudo diante da situação apresentada, não teve outra alternativa, 
diante disso, a legislação concorre para invalidar tal atitude negocial, tendo em 
vista o entendimento que não houve a livre manifestação da vontade. 
Assim sendo: 
 
 Com efeito, não se pode admitir que se tire proveito do desespero 
alheio das pessoas em busca do lucro excessivo, sob pena de 
incidência dos vícios do consentimento acima mencionados, capazes 
de gerar a anulação posterior do contrato, sua revisão e a condenação 
por ressarcimento pelos danos materiais e morais causados às 
verdadeiras vítimas do oportunismo e dos abusos cometidos. (HSIAO 
et al, 2021, p. 905, 906) 
 
Nesse contexto há o entendimento que esse defeito do negócio jurídico é 
formado diante de situações em que o agente avoca obrigações 
demasiadamente onerosa com vista a salvar-se ou até mesmo visando salvar 
um integrante da sua família de possíveis danos gravosos, nesse caso, se tem 
29 
 
o entendimento que esse negócio jurídico está com anomalias na expressão de 
vontade do agente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
3.2 LESÃO COMO FATOR PREPONDERANTE DE 
NULIDADE 
 
No que tange a questão do defeito jurídico “lesão” pode-se afirmar 
que se trata de um vício que possui como característica a aquisição de 
um ganho excessivo de um dos lados em um negócio jurídico, seja devido 
a questão da inexperiência ou seja pela questão da necessidade 
econômica. 
Diante da questão relativa a necessidade econômica pode-se 
afirmar que: 
 
 A lesão vai se passara no negócio puramente patrimonial. É ainda um 
estado de necessidade, mas um estado de necessidade econômico. A 
vítima da lesão é aquele que precisa de dinheiro e, para isso, se 
submete a uma venda, por exemplo, de uma bem a baixíssimo custo 
ou a aquisição de um bem com excesso de ônus para se sair de uma 
situação de carência econômica. (JUNIOR, 2002, p. 138) 
 
 Portanto, pode-se afirmar que esse vício jurídico tem seu florescimento 
pautado na questão da existência de uma grande necessidade, como também 
pode ser decorrente de inexperiência do agente que é seduzido a realizar uma 
relação negocial inteiramente desproporcional, assim causando-lhe real 
prejuízos financeiros a uma das partes. 
Nesse aspecto pode-se pontuar dois tipos de requisitos que gera a lesão, 
o subjetivo e o objetivo, assim como requisito subjetivo tem-se a questão da 
possibilidade de existência de uma deficiência ou um certo desequilíbrio 
psicológico por parte de um dos agentes que compõem a constituição do negóciojurídico ou até mesmo impulsionado por uma pressagia necessidade econômica, 
enquanto o requisito objetivo desponta na desproporção entre as prestações. 
Desse modo, percebe-se que o novo Código Civil admite a lesão como 
um vício de consentimento no intuito de gerar anulabilidade quando enxerga a 
existência desse instituto e para tanto, analisa-se se está pautado na extrema 
necessidade ou na inexperiência de uma das partes envolvidas em um negócio 
jurídico acrescido por uma evidente desproporcionalidade. 
Nesse sentido o Novo Código Civil no seu artigo 156 conceitua esse 
instituto da seguinte forma, dizendo que “ Configura-se o estado de perigo 
quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua 
31 
 
família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação 
excessivamente onerosa. ”. 
No entanto, cabe ressaltar a existência de juristas que tem uma visão 
diferente sobre o instituto lesão como vicio de consentimento: 
 
 Portanto, mesmo que o Código Civil de 2002 tenha positivado a lesão 
como “defeito do negócio jurídico”, uma leitura atenta da obra de 
Fernando Noronha possibilita inferir que, na sua visão, trata-se mais 
de uma questão de justiça substancial que de vício de consentimento. 
(VEIGA, 2016, p. 56) 
 
Todavia pode-se destacar que o Código Civil de 2002 institui sobre a 
ocorrência da lesão dizendo que: 
 
 Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente 
necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação 
manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. 
 § 1º Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores 
vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. 
 § 2º Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido 
suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a 
redução do proveito. 
 
Diante do exposto pode-se afirmar que a aplicabilidade desse instituto 
recai sobre o contrato de um negócio jurídico entre duas ou mais pessoas, 
entretanto cabe pontuar que não se aplica a contratos gratuitos e nem tão pouco 
a contratos unilaterais, dessa forma fica perceptível que os pressupostos para o 
devido reconhecimento da aplicação desse instituto recai sobre os contratos 
bilaterais, onerosos e comutativo. 
Nesse sentido, no que se refere ao instituto da lesão, convém afirmar que: 
 
 Pode situar-se na fase pré-contratual (como quando a empresa 
entrevistadora de um candidato lesa a honra deste ao divulgar que o 
mesmo não foi admitido, por algum defeito específico físico ou de 
personalidade ou de criação ou orgânico; na fase contratual, quando a 
empresa descumpre normas referentes à higiene e segurança no 
trabalho e na fase pós-contratual, quando o empregado foi despedido 
por fato extremamente grave e tal fato não foi provado. (HUSEK, 2009, 
p. 85) 
 
Portanto, cabendo ressaltar que o elemento objetivo, nesse caso, é a 
desproporcionalidade exorbitante capaz de afetar aos princípios éticos e morais, 
no entanto cabe dizer que para seja possível a percepção desse elemento é 
32 
 
necessária que essa desproporcionalidade tenha ocorrido na época em que o 
contrato fora celebrado, tendo em vista que possíveis surgimento de 
desproporção exorbitante após ao contrato celebrado estaria conectado a 
fatores externos. 
Logo, é importante destacar que para haver o reconhecimento desse 
instituto entre a prestação e contraprestação em um contrato celebrado é 
necessário a percepção da existência da necessidade contratual, bem como a 
inexperiência da parte lesionada. 
Portanto, entende-se que o agente que age na celebração de um negócio 
jurídico eivado pelo instituto da lesão como vicio de consentimento atua impelido 
por iminente necessidade ou por inexperiência, portanto é decerto que, nesse 
caso, a vontade que fora declarada está desvirtuada do seu verdadeiro intento. 
Logo: 
 
 Assim, a desproporção deve ser – consoante previsão legal – 
manifesta, sob pena de ser entendida como o justo lucro advindo da 
negociação, sendo certo que não é este que a lei visa coibir, não 
viciando o negócio. Em verdade o elemento objetivo da lesão não 
reside na desigualdade das prestações, mas sim na manifesta, aguda, 
demasiada desproporção entre elas, que, presente, torna anulável o 
negócio jurídico. (SOUZA, 2012, p. 295) 
 
Enfim, embora anulável, não se pode afirmar que o negócio jurídico 
celebrado, nesse caso, é inexistente, haja vista que, ainda que não preencha os 
requisitos necessários para que se tenha o princípio da legalidade atendido 
devido a percepção da presença da inexperiência ou da necessidade, ainda 
assim, verifica-se a existência do consentimento, portanto vê-se a existência de 
um negócio jurídico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
3.3 INVALIDADE DO NEGOCIO JURIDICO 
 
No que concerne a validade de um negócio jurídico cabe pontuar que 
comumente se utiliza o termo nulo ou anulável para descrever a validade do ato. 
Nesse sentido, o termo nulo geralmente é usado quando a relação negocial é 
integralmente inválida, enquanto o termo anulável é usado quando o negócio 
jurídico é visto como parcialmente inválido. 
Portanto, é sabido que a validade ou invalidade de um negócio jurídico 
está pautado sobre a observância do atendimento aos requisitos previsto em lei. 
Desse modo, pode-se afirmar que a ausência de elementos que são expressos 
em lei e que não perpasse pela vontade humana, nem pela idoneidade do objeto 
e tão pouco pela finalidade negocial torna o negócio jurídico inexistente. 
Nesse aspecto a manifestação da vontade é imprescindível para a 
construção do negócio jurídico e para isso é necessário que não esteja eivada 
de erro, dolo ou até mesmo coação. Outra situação que pode ser tida como um 
negócio jurídico nulo é a questão da relação negocial em que uma das partes 
seja um agente absolutamente incapaz. 
Logo, embora exista a relação negocial e que haja manifestação da 
vontade sem erro, dolo ou coação, ainda assim o negócio jurídico não pode ser 
concretizado devido a questão de o agente ser absolutamente incapaz. 
Assim, percebe-se que o negócio jurídico é nulo por contrariar os preceitos 
considerados de ordem pública, nesse sentido a sociedade rechaça os atos que 
de certo modo é capaz de lesar o interesse público, portanto impedindo de tal 
ato produzir o efeito esperado pelo sujeito. 
 
 Por fim, a nulidade pode ser reconhecida a qualquer tempo (art. 169, 
2ª parte, do Código Civil). Esta é a chamada “imprescritibilidade do ato 
nulo”. O Código Civil de 1916, omisso, gerava controvérsia. Havia o 
entendimento predominante na época no sentido de que a nulidade 
prescrevia em vinte anos (prazo residual de prescrição), já que a 
prescrição (assim como a nulidade) também é tema de ordem pública. 
 O Código Civil de 2002 adotou a corrente minoritária à época do código 
anterior, prevendo a sua imprescritibilidade. Por conta disso, há 
entendimento doutrinário no sentido de que o reconhecimento da 
nulidade é imprescritível, mas os reflexos patrimoniais decorrentes da 
nulidade prescrevem. Assim, se o sujeito pleiteia a nulidade de contrato 
cumulado com perdas e danos, as perdas e danos prescrevem. Esse 
entendimento tende a ser dominante na jurisprudência, de forma a 
preservar a mínima segurança jurídica nas relações privadas. 
(FERREIRA, (2014?), p. 03) 
34 
 
Nesse sentido o Código Civil possui artigos que falam sobre a questão da 
nulidade, como pode ser visto no artigo 166 e no artigo 167. Assim no artigo 166 
está positivado que: 
 
 É nulo o negócio jurídico quando:I – celebrado por pessoa absolutamente incapaz; 
 II – for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; 
 III – o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; 
 IV – não revestir a forma prevista em lei; 
 V – for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para 
a sua validade; 
 VI – tiver por objetivo fraudar a lei imperativa; 
 VII – a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem 
cominar sanção. 
 
Enquanto, no artigo 167 institui que “É nulo o negócio jurídico simulado, 
mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma”. 
Sendo assim, pode-se perceber que o dispositivo nulidade trata-se de, certo 
modo, sobre um tipo de sanção que está positivado no ordenamento jurídico 
visando a proteção da lisura dos atos jurídicos, para isso não se admite 
prescrição por tratar de uma agressão a ordem pública. 
Nesse sentido, pode-se mencionar a nulidade de forma absoluta quando 
o negócio jurídico é atingido no todo e consequentemente falar de nulidade 
relativa quando atinge parte da transação negocial, ou seja, somente aquela que 
estão contaminados de vícios, além disso que pudesse ser textual em que a lei 
traz positivado e virtual em que embora não esteja de forma expressa na lei 
pode-se facilmente ser deduzida. 
Portanto, é sabido que a anulabilidade pode atingir atos jurídicos 
efetivados por pessoas relativamente incapaz ou aqueles atos eivados de algum 
tipo de vicio de consentimento ou até mesmo de vicio social. Para tanto, o Código 
Civil traz em seu bojo especificamente no artigo 171 hipóteses de anulabilidades 
de um negócio jurídico dizendo que “é anulável o negócio jurídico, além dos 
casos expressamente declarados na lei, por incapacidade relativa do agente e 
por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude 
contra credores. ” 
 
 
 
35 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Diante do exposto nesse trabalho percebe-se que a discursão ocorreu 
perpassando pelos vícios de consentimentos pontuando como verdadeiros 
defeitos jurídicos, para tanto debruçou-se nos vícios da vontade classificados no 
Novo Código Civil como: erro ou ignorância, dolo, coação, estado de 
necessidade e lesão, que por serem detentores de peculiaridades teve atenção 
singular nesta monografia. 
No entanto ficou notório que embora tais assuntos não seja novo no 
instituto civilista, exigem do operador do direito uma atenção diferenciada devido 
a sua constante incidência no cotidiano da sociedade hodierna que por ser 
volúvel evidencia verdadeiros desafios, provocando até entre os doutrinadores 
divergências de opiniões, assim dando origem a correntes diversas a respeito do 
tema. 
Portanto, viu-se que o negócio jurídico perpassa pela imperatividade da 
livre declaração da vontade humana que é tida como resultado da pretensão de 
um sujeito capaz, levando em consideração que o objeto seja licito e que tenha 
previsão em lei, podendo assim ser percebida pela exteriorização dos anseios 
individuais. 
Nesse sentido, viu-se que estando presente os pressupostos dos vícios 
de consentimento o negócio jurídico poderá ser anulado devido a contaminação 
da manifestação da livre vontade, portanto viciando o negócio jurídico, fator que 
viola os preceitos legais. 
Por fim, podemos concluir que os vícios do consentimento no negócio 
jurídico são de extrema importância para a validade e eficácia do negócio, já que 
sendo realizado de forma viciada poderá ser anulado e os efeitos produzidos 
poderão ser inviabilizados mediante a provocação daquele que se viu 
prejudicado. Dessa forma, percebe-se que a responsabilidade civil está baseada 
no princípio da boa-fé para aplicabilidade das relações obrigacionais visando 
proteção do agente. 
 
 
 
 
36 
 
REFERÊNCIAS 
 
AQUINO, Leonardo Gomes de. Guia dos defeitos do negócio jurídico e 
suas repercussões. Disponível em: 
https://www.direitodefamilia.adv.br/2020/wp-content/uploads/2020/07/leonardo-
gomes-guia-dos-defeitos.pdf. Acesso em: 05/11/2022. 
 
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário 
Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 139, n. 8, p. 1-74, 11 jan. 2002. 
CHEKER, Monique. Reflexões sobre a causa de pedir: no direito processual 
brasileiro. Brasília: ESMPU, 2014. Disponível em: 
https://escola.mpu.mp.br/publicacoes/obras-avulsas/e-books/reflexoes-sobre-a-
causa-de-pedir-no-direito-processual-
brasileiro/@@download/arquivo/Reflex%C3%B5es%20sobre%20a%20causa%
20de%20pedir%20no%20direito%20processual%20brasileiro.pdf. Acesso em: 
04/11/2022. 
 
BRASIL, Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Apelação Cível, Nº 
70060010568, Vigésima Terceira Câmara Cível, Relator: Ana Paula Dalbosco, 
Julgado em: 25-11-2014. Disponível em: https://tj-
rs.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/904069465/apelacao-civel-ac-70060010568-
rs. Acesso em: 13/11/2022. 
 
BRASL, Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Apelação Cível 583443- 
30.2010.8.21.7000, Esteio, Nona Câmara Cível, Rel.ª Des.ª Iris Helena 
Medeiros Nogueira, j. 26.01.2011, DJERS 11.03.2011. Disponível em: 
https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/tj-rs/22931597. Acesso em: 
13/11/2022. 
 
FARIAS, Paulo José Leite. O estado de perigo no novo Código Civil e os 
seus reflexos no endividamento por contas hospitalares. Rev. Minist. 
Público, Rio de Janeiro, RJ, (19), 2004. Disponível em: 
https://www.mprj.mp.br/documents/20184/2791465/Paulo_Jose_Leite_Farias.p
df. Acesso em: 06/11/2022. 
 
FERREIRA, Rafael Medeiros Antunes. Defeitos dos Negócios Jurídicos 
(Parte 1): Erro, Dolo e Coação. Disponível em: 
https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/artigo_07_-
_defeitos_dos_negocios_juridicos_parte_1.pdf. Acesso em: 05/11/2022. 
 
FERREIRA, Rafael Medeiros Antunes. Invalidade dos Negócios Jurídicos. 
Disponível em: https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/artigo_09_-
_invalidade_dos_negocios_juridicos.pdf. Acesso em:14/11/2022. 
 
GOMES, Orlando. Novos Temas de Direito Civil. 1ª ed., Rio de Janeiro: 
Editora Forense, 1983 
 
GRANT, Carolina. A Manipulação Discursiva e a Figura do “Homem 
https://www.direitodefamilia.adv.br/2020/wp-content/uploads/2020/07/leonardo-gomes-guia-dos-defeitos.pdf
https://www.direitodefamilia.adv.br/2020/wp-content/uploads/2020/07/leonardo-gomes-guia-dos-defeitos.pdf
https://escola.mpu.mp.br/publicacoes/obras-avulsas/e-books/reflexoes-sobre-a-causa-de-pedir-no-direito-processual-brasileiro/@@download/arquivo/Reflex%C3%B5es%20sobre%20a%20causa%20de%20pedir%20no%20direito%20processual%20brasileiro.pdf
https://escola.mpu.mp.br/publicacoes/obras-avulsas/e-books/reflexoes-sobre-a-causa-de-pedir-no-direito-processual-brasileiro/@@download/arquivo/Reflex%C3%B5es%20sobre%20a%20causa%20de%20pedir%20no%20direito%20processual%20brasileiro.pdf
https://escola.mpu.mp.br/publicacoes/obras-avulsas/e-books/reflexoes-sobre-a-causa-de-pedir-no-direito-processual-brasileiro/@@download/arquivo/Reflex%C3%B5es%20sobre%20a%20causa%20de%20pedir%20no%20direito%20processual%20brasileiro.pdf
https://escola.mpu.mp.br/publicacoes/obras-avulsas/e-books/reflexoes-sobre-a-causa-de-pedir-no-direito-processual-brasileiro/@@download/arquivo/Reflex%C3%B5es%20sobre%20a%20causa%20de%20pedir%20no%20direito%20processual%20brasileiro.pdf
https://tj-rs.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/904069465/apelacao-civel-ac-70060010568-rs
https://tj-rs.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/904069465/apelacao-civel-ac-70060010568-rs
https://tj-rs.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/904069465/apelacao-civel-ac-70060010568-rs
https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/tj-rs/22931597
https://www.mprj.mp.br/documents/20184/2791465/Paulo_Jose_Leite_Farias.pdf
https://www.mprj.mp.br/documents/20184/2791465/Paulo_Jose_Leite_Farias.pdfhttps://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/artigo_07_-_defeitos_dos_negocios_juridicos_parte_1.pdf
https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/artigo_07_-_defeitos_dos_negocios_juridicos_parte_1.pdf
https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/artigo_09_-_invalidade_dos_negocios_juridicos.pdf
https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/artigo_09_-_invalidade_dos_negocios_juridicos.pdf
37 
 
Médio” no Direito Penal. Disponível em: 
http://www.publicadireito.com.br/conpedi/manaus/arquivos/anais/salvador/caroli
na_grant_pereira.pdf. Acesso em: 04/11/2022. 
 
HSIAO, Marcelo. Análise do Estado de Perigo no Contrato de Prestação de 
Serviços Médico-Hospitalares. Empreendedorismo, Gestão e Negócios - 
Edição Especial, v. 10, n. 10, Mar. 2021, p. 899-911. Disponível em: 
https://fatece.edu.br/arquivos/arquivos-
revistas/empreendedorismo/volume10/Marcelo%20Hsiao%20et%20al.pdf. 
Acesso em:06/11/2022. 
 
HUSEK, Carlos Roberto. A Vontade Contratual/Vícios do 
Consentimento/Fraude. Revista do TRT da 2ª Região, São Paulo, n. 3/2009, 
p. 71-111. Disponível em: 
https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/handle/20.500.12178/78801/2009_husek_c
arlos_vontade_contratual.pdf?sequence=1. Acesso em: 07/11/2022. 
 
JÚNIOR, Humberto Theodoro. Comentários ao Novo Código Civil: Dos 
defeitos do negócio jurídico ao final do livro III. Rio de Janeiro: Forense, 2003. 
 
JUNIOR, Humberto Theodoro. Os Contratos e os Vícios de Consentimento. 
Anais do “EMERJ Debate o Novo Código Civil” 2002. Disponível em: 
https://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/anais_onovocodigocivil
/anais_especial_1/Anais_Parte_I_revistaemerj_129.pdf. Acesso em: 
07/11/2022. 
 
KONDER, Carlos Nelson; OLIVEIRA, Williana Nayara Carvalho de. A 
interpretação dos negócios jurídicos a partir da Lei de Liberdade 
Econômica. Belo Horizonte, ano 9, n. 25, p. 13-35, set./dez. 2020. Disponível 
em: http://konder.adv.br/wp-content/uploads/2021/03/CNK-e-WNCO-A-
interpretacao-dos-negocios-juridicos-a-partir-da-LLE.pdf. Acesso em: 
14/10/2022. 
 
LYNCH, Maria Antonieta. Da cláusula rebus sic stantibus à Onerosidade 
excessiva. Revista de Informação Legislativa. Brasília a. 46 n. 184 out./dez. 
2009. Disponível em: 
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/194943/000881699.pdf?se
quence=3&isAllowed=y. Acesso em: 13/11/2022. 
 
MENDONÇA, Rafael da Motta. Defeitos do Negócio Jurídico: Erro, Dolo, 
Coação, Fraude contra Credores. Master//Juris, 2014. Disponível em: 
http://tribcast-midia.s3-sa-east-1.amazonaws.com/wp-
content/uploads/2014/12/08183238/CAM-Flex-A-Civil-Parte-Geral-Aula-13.pdf. 
Acesso em: 05/11/2022. 
 
NETO, Paulo Byron Oliveira Soares. Direito Civil: Atos, Fatos e Negócios 
Jurídicos. Disponível em 
https://paulobyron.jusbrasil.com.br/artigos/448747103/direito-civil-atos-fatos-e-
negocios-juridicos. Acesso em: 11/11/2022. 
 
http://www.publicadireito.com.br/conpedi/manaus/arquivos/anais/salvador/carolina_grant_pereira.pdf
http://www.publicadireito.com.br/conpedi/manaus/arquivos/anais/salvador/carolina_grant_pereira.pdf
https://fatece.edu.br/arquivos/arquivos-revistas/empreendedorismo/volume10/Marcelo%20Hsiao%20et%20al.pdf
https://fatece.edu.br/arquivos/arquivos-revistas/empreendedorismo/volume10/Marcelo%20Hsiao%20et%20al.pdf
https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/handle/20.500.12178/78801/2009_husek_carlos_vontade_contratual.pdf?sequence=1
https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/handle/20.500.12178/78801/2009_husek_carlos_vontade_contratual.pdf?sequence=1
https://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/anais_onovocodigocivil/anais_especial_1/Anais_Parte_I_revistaemerj_129.pdf
https://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/anais_onovocodigocivil/anais_especial_1/Anais_Parte_I_revistaemerj_129.pdf
http://konder.adv.br/wp-content/uploads/2021/03/CNK-e-WNCO-A-interpretacao-dos-negocios-juridicos-a-partir-da-LLE.pdf
http://konder.adv.br/wp-content/uploads/2021/03/CNK-e-WNCO-A-interpretacao-dos-negocios-juridicos-a-partir-da-LLE.pdf
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/194943/000881699.pdf?sequence=3&isAllowed=y
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/194943/000881699.pdf?sequence=3&isAllowed=y
http://tribcast-midia.s3-sa-east-1.amazonaws.com/wp-content/uploads/2014/12/08183238/CAM-Flex-A-Civil-Parte-Geral-Aula-13.pdf
http://tribcast-midia.s3-sa-east-1.amazonaws.com/wp-content/uploads/2014/12/08183238/CAM-Flex-A-Civil-Parte-Geral-Aula-13.pdf
https://paulobyron.jusbrasil.com.br/artigos/448747103/direito-civil-atos-fatos-e-negocios-juridicos
https://paulobyron.jusbrasil.com.br/artigos/448747103/direito-civil-atos-fatos-e-negocios-juridicos
38 
 
OLIVEIRA, Alexandre Miranda et al. Manual de Teoria Geral do Direito Civil. 
1ª ed. Rio de Janeiro: Editora: Del Rey, 1 janeiro 2011. 
 
OLIVEIRA, Marina Santos; TEBAR, Wilton Boigues Corbalan. Para uma Nova 
Interpretação do Erro. Programa de Iniciação Científica 2015. Disponível em: 
http://intertemas.toledoprudente.edu.br/index.php/ETIC/article/viewFile/5064/47
57. Acesso em: 12/11/2022. 
 
SOUZA, Rafael Menegazzi de; JOBIM, Marco Félix. A Invalidação dos 
Negócios Jurídicos Processuais por Coação: Aplicação Analógica do Artigo 
151, do Código Civil C/C Artigo 190, Parágrafo Único, do Código de Processo 
Civil. Disponível em: https://www.pucrs.br/direito/wp-
content/uploads/sites/11/2021/01/rafael_souza.pdf. Acesso em: 06/11/2022. 
 
SOUZA, Wendell Lopes Barbosa de. A Lesão como Defeito do Negócio 
Jurídico. Revista de Direito Brasileira, 2012. Disponível em: 
https://www.indexlaw.org/index.php/rdb/article/view/2665. Acesso em: 
07/11/2022. 
 
VASCONCELOS, Arnaldo. Sobre a Coação Jurídica: Verbete para um 
Dicionário de Filosofia do Direito. Pensar, Fortaleza, v. 15, n. 2, p. 385-400, 
jul./dez. 2010. Disponível em: 
https://ojs.unifor.br/rpen/article/download/2132/1730/0. Acesso em: 06/11/2022. 
 
VEIGA, Paulo Bernardo Cunha Pereira da. A Lesão no Código Civil de 2002. 
Monografia de Ciências Jurídicas, Curitiba 2016. Disponível em: 
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/45873/21.pdf?sequence=1&i
sAllowed=y. Acesso em: 07/11/2022. 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://intertemas.toledoprudente.edu.br/index.php/ETIC/article/viewFile/5064/4757
http://intertemas.toledoprudente.edu.br/index.php/ETIC/article/viewFile/5064/4757
https://www.pucrs.br/direito/wp-content/uploads/sites/11/2021/01/rafael_souza.pdf
https://www.pucrs.br/direito/wp-content/uploads/sites/11/2021/01/rafael_souza.pdf
https://www.indexlaw.org/index.php/rdb/article/view/2665
https://ojs.unifor.br/rpen/article/download/2132/1730/0
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/45873/21.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/45873/21.pdf?sequence=1&isAllowed=y
	SUMÁRIO
	INTRODUÇÃO
	1. BREVE REFLEXÃO SOBRE DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
	1.1 A INCIDÊNCIA DO ERRO COMO UM VÍCIO DE CONSENTIMENTO
	No que se refere a questão do erro como vicio de consentimento pode-se afirmar que no direito civil tal instituto é tido como uma falsa percepção da realidade, assim sendo, nesse caso, não há uma terceira pessoa, já que o agente não é levado a falsa p...
	No entanto, embora seja esse instituto um vício com previsão legal nos artigos 138 a 144 do Código Civil, verifica-se que não existem muitas demandas de ação em juízo anulatórias, tendo em vista a questão da dificuldade de construção de provas que dem...
	No entanto, é sabido que:
	A capacidade de ser parte, permitida a toda pessoa natural, foi diferenciada da capacidade processual (ou capacidade de estar em juízo) e da legitimação ad causam. O pedido, considerado pelos italianos como l’o...
	Assim sendo, pode-se afirmar que não existe diferença entre erro e ignorância, pois a distinção acontece simplesmente de forma doutrinária pautando o erro como o desconhecimento de forma parcial enquanto a ignorância é tida como o desconhecimento tota...
	Desse modo:
	Nesse sentido, pode-se até afirmar que para se ter um negócio jurídico em uma situaçãoanulatória é preciso ser substancial, escusável e real, assim nesse caso verifica-se a necessidade de se ponderar nos citados quesitos, portanto no instituto subst...
	Assim, a possibilidade de o autor ter a sua demanda acolhida, como bem destaca Leonardo Greco, “é aferida a partir dos fatos afirmados pelo autor, in statu assertionis, porque se desses fatos categoricamente nã...
	Já no quesito escusável pode-se afirmar que se trata de uma comparação a respeito da atitude do agente em relação a conduta do padrão do homem médio, logo se busca analisar a percepção da maioria das pessoas em relação ao fato concreto. “Este “homem m...
	Entretanto, percebe-se que o vício no negócio jurídico pode ter convalescimento, ou seja, se o erro não produzir prejuízo no negócio jurídico que fora acertado, tal vicio não causará anulabilidade a situação concreta, fato que pode ser visto no artigo...
	No entanto, cabe pontuar que o código civil de 1916 rezava a possibilidade de invalidar uma declaração de vontades destinadas a um efeito jurídico, pois no caso de anulabilidade de um negócio jurídico o erro precisava ser escusável, embora o texto pos...
	Portanto, se tem o entendimento que:
	O Código Civil de 1916 era omisso quanto ao erro de direito, gerando controvérsia na doutrina. CLÓVIS BEVILÁQUA, dentre outros, refutava essa espécie de erro, com base no art. 3º da Lei de Introdução às Normas d...
	Nesse sentido o código civil de 2002 reforça esse entendimento quando traz no artigo 138 a declaração de escusabilidade desse defeito jurídico, dizendo que “ São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substa...
	Ainda sobre esse assunto o artigo 140 do código civil esclarece que quando expresso como razão determinante o falso motivo vicia a declaração da vontade no negócio jurídico, tendo em vista a seguinte redação do artigo, preceituando que “O falso motivo...
	2. DESMONTANDO O CONCEITO DOS DEFEITOS JURÍDICOS INTENCIONAIS
	Sendo assim, “Exige-se ainda, para caracterizar a coação que vicio do negócio jurídico, que o dano ameaçado seja iminente e considerável. Iminente seria o dano prestes a acontecer e que, portanto, não haveria como evitá-lo, a não ser celebrando o neg...
	2.1 DOLO COMO VICIO DE CONSENTIMENTO
	2.2 COAÇÃO COMO DEFEITO JURÍDICO
	3. PROTEÇÃO JURÍDICA PERPETRADA PELO NOVO CÓDIGO CIVIL
	3.2 LESÃO COMO FATOR PREPONDERANTE DE NULIDADE
	No que tange a questão do defeito jurídico “lesão” pode-se afirmar que se trata de um vício que possui como característica a aquisição de um ganho excessivo de um dos lados em um negócio jurídico, seja devido a questão da inexperiência ou seja pela qu...
	Diante da questão relativa a necessidade econômica pode-se afirmar que:
	A lesão vai se passara no negócio puramente patrimonial. É ainda um estado de necessidade, mas um estado de necessidade econômico. A vítima da lesão é aquele que precisa de dinheiro e, para isso, se submete a u...
	Portanto, pode-se afirmar que esse vício jurídico tem seu florescimento pautado na questão da existência de uma grande necessidade, como também pode ser decorrente de inexperiência do agente que é seduzido a realizar uma relação negocial inteirament...
	Nesse aspecto pode-se pontuar dois tipos de requisitos que gera a lesão, o subjetivo e o objetivo, assim como requisito subjetivo tem-se a questão da possibilidade de existência de uma deficiência ou um certo desequilíbrio psicológico por parte de um ...
	Desse modo, percebe-se que o novo Código Civil admite a lesão como um vício de consentimento no intuito de gerar anulabilidade quando enxerga a existência desse instituto e para tanto, analisa-se se está pautado na extrema necessidade ou na inexperiên...
	Nesse sentido o Novo Código Civil no seu artigo 156 conceitua esse instituto da seguinte forma, dizendo que “ Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela ...
	No entanto, cabe ressaltar a existência de juristas que tem uma visão diferente sobre o instituto lesão como vicio de consentimento:
	Portanto, mesmo que o Código Civil de 2002 tenha positivado a lesão como “defeito do negócio jurídico”, uma leitura atenta da obra de Fernando Noronha possibilita inferir que, na sua visão, trata-se mais de uma...
	Todavia pode-se destacar que o Código Civil de 2002 institui sobre a ocorrência da lesão dizendo que:
	Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
	§ 1º Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.
	§ 2º Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.
	3.3 INVALIDADE DO NEGOCIO JURIDICO
	No que concerne a validade de um negócio jurídico cabe pontuar que comumente se utiliza o termo nulo ou anulável para descrever a validade do ato. Nesse sentido, o termo nulo geralmente é usado quando a relação negocial é integralmente inválida, enqua...
	Portanto, é sabido que a validade ou invalidade de um negócio jurídico está pautado sobre a observância do atendimento aos requisitos previsto em lei. Desse modo, pode-se afirmar que a ausência de elementos que são expressos em lei e que não perpasse ...
	Nesse aspecto a manifestação da vontade é imprescindível para a construção do negócio jurídico e para isso é necessário que não esteja eivada de erro, dolo ou até mesmo coação. Outra situação que pode ser tida como um negócio jurídico nulo é a questão...
	Logo, embora exista a relação negocial e que haja manifestação da vontade sem erro, dolo ou coação, ainda assim o negócio jurídico não pode ser concretizado devido a questão de o agente ser absolutamente incapaz.
	Assim, percebe-se que o negócio jurídico é nulo por contrariar os preceitos considerados de ordem pública, nesse sentido a sociedade rechaça os atos que de certo modo é capaz de lesar o interesse público, portanto impedindo de tal ato produzir o efeit...
	Nesse sentido o Código Civil possui artigos que falam sobre a questão da nulidade, como pode ser visto no artigo 166 e no artigo 167. Assim no artigo 166 está positivado que:
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS

Mais conteúdos dessa disciplina