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Sara Monteiro de Moura − Anel beta: estrutura (apontada na seta) comum a todos os antibióticos da classe ▪ Obs.: é nesse anel que as bactérias resistentes atuas, promovendo a degradação do anel − Inibidores de beta lactamase: subclassificação dos antibióticos que atuam na inativação das enzimas hidrolases produzidas pelas bactérias a fim de produzir resistência ▪ Sozinhos não atuam como antibióticos, mas ajudam os ATBs sensíveis a aumentar o seu espectro de ação Obs.: esse mecanismo é de acordo com o manual de ATB do medcurso. O mecanismo de a cordo com Gisele está no resumo de introdução aos ATBs. − Os beta-lactâmicos são antibióticos caracterizados quimicamente pela presença do anel beta-lactâmico ▪ Por intermédio desse anel, esses antibióticos inibem a síntese da parede bacteriana • Parede bacteriana: − A parede bacteriana é um componente estrutural essencial para a vida das bactérias, evitando sua lise por osmose − Gram-positivos: é formada apenas por uma camada de peptideoglicano mais espessa ▪ Streptococcus, Staphylococcus, Enterococcus, Clostridium, etc. − Gram-negativo: a parede dos gram-negativos é constituída por uma dupla camada. ▪ A camada mais interna possui a mesma constituição da parede dos gram-positivos, uma camada fina de peptideoglicano Antibióticos que inibem a parede celular Beta lactâmicos Penicilinas Cefalosporinas Carbapenemas Monobactâmicos Glicopeptideos Vancomicina Teicoplamina Fosfomicina Bacitracina ▪ A membrana externa é composta por lipopolissacarideos ▪ Haemophillus, Pseudomonas, Enterobacter, etc. • Mecanismo: − Atuação bactericida − Os antibióticos se ligam a um grupo de proteinas da membrana plasmática, denominadas proteinas ligadoras de penicilina ▪ Essas enzimas são necessárias para a síntese das peptideoglicanas da parede bacteriana − A ligação do antibiótico à PBP inibe a síntese da parede → com fragilidade da parede as bactérias sofrem lise osmótica − Os beta lactâmicos alcançam facilmente a PBP dos Gram-positivos, mas precisam atravessas canais proteicos (porinas) na membrana externa dos gram-negativos para atingir a camada de peptideoglicano e se ligar à PBP − Os principais mecanismos de resistência bacteriana aos beta- lactamicos são: ✓ Produção de beta lactamase → enzima capaz de clivar o anel beta lactâmico ✓ PBP com baixa afinidade pelo antibiótico ✓ Porinas que dificultam ou impedem a passagem do antibiótico • Betalactamases − As betalactamses são enzimas capazes de inativar um determinado antibiótico beta-lactamico por hidrolisar o seu principal anel − Podem clivar, predominantemente as penicilinas (penicilinases) e as cefalosporinas (cefalosporinases) ▪ A bactéria produtora de penicilinase inativa as penicilinas, mas não as cefalosporinas A penicilinase promove a quebra de radicais pouco volumosos (penicilina, ampicilina, amoxicilina) As penicilinas de radical volumoso não sofrem ação dessas enzimas (meticilina e oxacilina) ▪ A bactéria produtora de cefalosporinase faz quebra de penicilina e cefalosporinas Essas enzimas atuam somente nas cefalosporinas de 1ª e 2ª geração As cefalosporinas de 3ª, 4ª e 5ª geração são resistentes aàs cefalosporinases − É produzida pela maioria das cepas de Staphylococcus aureus, que é resistente a todas as penicilinas, exceto às do grupo da oxacilina ▪ Como não produz nenhuma cefalosporinase, essa bactéria costuma ser sensível à maioria das cefalosporinas, principalmente de 1ª geração − A Klebisiella pneumoniae também produz uma penicilina que a torna resistente às penicilinas, mas não às cefalosporinas − A associação de antibióticos betalactamicos com inibidores de betalactamases (clavulanato, sulbactam, tazobactam) tem ampliado o espectro desses antibióticos → possuem absorção mais rápida, conseguindo inibir as enzimas de resistência ▪ Essa associação é feita quando a bactéria tem resistência ao antibiótico sozinho ▪ Clavulanato + amoxicilina ▪ Sulbactam + ampicilina ▪ Tazobactam + piperacilina • Outros mecanismos de resistência − PBP com baixa afinidade pelo antibiótico: apesar de o antibiótico não ser clivado por nenhuma beta lactamase, ele não consegue inibir a PBP por ligar-se fracamente a essa proteína ▪ Esse é o mecanismo de resistência do S. aureus MRSA (meticillin resistant S. aureus), do ‘pneumococo’ resistente à penicilina (e cefalosporina) e do Enterococcus fecalis aos betalactamicos − Presença de porinas: as porinas dificultam ou impedem a passagem do beta lactâmico que não pode atingir o seu sitio de ação ▪ Esse mecanismo de ação só pode existir em bactérias Gram- negativas pois são as únicas que possuem membrana externa em sua parede ▪ A penicilina G e a oxacilina são ineficazes contra a maioria dos Gram- negativos justamente por não conseguirem atravessar as porinas da membrana externa Penicilinas naturais: − As penicilinas naturais foram descobertas pelo cientista Flaming, e eram produzidas a partir de enzimas sintetizadas por fungos − Espectro de ação: baixo espectro Beta lactâmicos Penicilinas Penicilinas naturais penG Cristalina – IM 4/4h **IV Procaína – IM 24/24h Benzilpenici lia Dias 7-21 penV fenoximetilp enicilina Penicilinas sintéticas Baixo espectro e sensíveis Baixo espectro e resistentes Largo espectro e sensíveis* Antipseudo monas Penicilinas de espectro ampliado ▪ Na sua origem, a Penicilina G possuía um espectro amplo de aço, no entanto grande parte dessa ação antimicrobiana perdeu-se ao longo do tempo, devido ao surgimento de estirpes resistentes ▪ Na atualidade, pegam idealmente bacilos gram-positivos, principalmente estafilo e estrepto Treponema , sífilis, clostridium, tetanie e neisseria • Penincilina G − Possui absorção oral errática e incompleta − É administrada por via intramuscular ou endovenosa (IM é a mais comum) − Cristalina: rapidamente absorvida e rapidamente excretada ▪ É constituída por cristais muito pequenos e solúveis, que se dissolvem bem em meio acido → o que é ideal em processos inflamatórios ▪ Pico de ação em 4h Em 30 minutos já está na corrente sanguínea fazendo efeito ▪ Administração intra muscular ou endovenosa (única penicilina que pode ser feita EV) A administração IV da penicilina G pode ser feita pelo método de gotejamento, dissolvida em soro glicosado ou fisiológico (diminui a sensação de dor causada pela penicilina) ▪ Obs.: os beta-lactâmicos são uma classe de medicamento tempo- dependente, por isso é necessário fazer a posologia da Pen. cristalina de 4 em 4h, para que sua concentração permaneça acima do CIM de forma continua − Procaína: é sintetixada a partir da associação da molécula da penicilina cristalina com uma molécula de procaína (anestésico local) ▪ O anestésico local promove vasoconstrição no local da aplicação diminuindo a sensação de dor Alem disso, a vasoconstrição diminui a perfusão e, consequentemente, a absorção da droga, tornando esse processo mais lento ▪ A concentração sanguínea máxima é alcançada em 2 a 4h ▪ Mantem níveis sérico por 18 a 24h A posologia ideal seria de 1 injeção por dia ▪ Administração via intramuscular ▪ O aumento da dose provoca pequena elevação da concentração nos níveis séricos, mas prolonga o tempo durante o qual a penicilina pode ser detectada − Benzatina (Benzilpenicilina): possui absorção muito lenta e efeito perene durante 7 dias ▪ A benzetacil possui um depósito grande de droga O aumento da dose não provoca elevação significativa da concentração sanguínea, mas sim o alongamento do tempo de circulação da droga ▪ Primeira escolha para o tratamento de faringite super-sensível devido a alta especificidade para estrepto e estafilo − As doses necessárias desses antibióticospara combater as bactérias são doses muito baixas, porem, quanto maior o tempo que permanecerem em contato com a colônia, maior será seu efeito ▪ A P. Cristalina possui um pico com concentração alta e rapidamente vai embora ▪ A P. Procaína não possui um pico tao alto (mas é suficiente para atingir o microrganismo) e sua absorção é mais lenta ▪ A P. Benzatina atinge seu pico em mais ou menos de 8 a 10 horas e segue constante em dose menor durante um tempo maior − Difusão e metabolismo: a Penicilina G se distribui facilmente pela maioria dos tecidos e líquidos orgânicos (músculos, pulmões, rins, fígado, gânglios, amigdalas, pele baço, parede intestinal, liquido siovial, pleural e pericárdio, secreção brônquica, sêmen e bile) ▪ A passagem da penicilina pela barreira hematoencefálica parece ocorrer normalmente, porem a Pen. G é rapidamente retirada do líquor por mecanismo ativo de transporte da membrana meníngea ▪ A Pen. G cristalina atravessa a barreita placentária, atingindo concentração fetal e no liquido aminiotico semelhante à materna A procaína e a benzatina produzem baixos níveis de penicilina no feto, mas suficientes para tratamento da sífilis congênita • Efeitos adversos: A penicilina G é um dos antibióticos mais seguros em uso clinico, sendo mínima sua toxicidade Meningoencefalite: os níveis liquoricos são elevados, permitindo maior passagem da penicilina do sangue para o líquor, bem como interfere no mecanismo de transporte que remove a penicilina do espaço subaracnoide. A inflamação também altera outras barreiras naturais, permitindo a obtenção de níveis terapêuticos em abcessos, ouvido médio, seios da face, peritônio e cérebro. ▪ Pode provocar paraefeitos de natureza irritativa, toxica, superinfecção e, sobretudo, alérgica Os paraefeitos se manifestam no local da injeção IM sob forma de dor, abcessos estéreis e flebite. • Penicilina V − Também chamada de fenoximetilpenicilina − Seu espectro de atividade e mecanismo de ação é semelhante ao da penicilina G. − Sua administração é por via oral, devido à maior estabilidade em meio acido − A prescrição desse medicamento é diminuída ▪ Seu uso é limitado em adultos devido à intolerância gástrica que provoca − A Pen. V é uma alternativa à procaína em casos de infecções de pequena gravidade causadas por estreptococos (amigdalite, impetigo) Penicilinas sintéticas − Penicilinas semelhantes às naturais, porem com processo de produção laboratorial − São classificadas quanto ao seu espectro e sensibilidade ▪ Espectro: é dado de acordo com o Gram das bactérias atingidas pelo antibiótico Baixo espectro → somente Gram-positivas Amplo-espectro → Gram-positivas e uma ou mais gram-negativa ▪ Sensibilidade: determina se o antibiótico pode ou não ser utilizado em bactérias resistentes • Baixo espectro e sensível − Não existem mais no Brasil − Poderiam ser comparadas com as Penicilinas naturais G − Pegam apenas Gram-positivos − São sensíveis aos mecanismos de resistência (penicilinases) • Largo espectro e sensível − Aminopenicilinas ou penicilinas de segunda geração − Pega Gram-positivos e Gram-negativos − Não possuem ação em bactérias produtoras de penicilinase − Amoxicilina: possui ótima absorção por via oral → ideal para tratar processo infeccioso nos sistemas (faringite, pneumonia, otite) ▪ Alta biodisponibilidade ▪ É um antibiótico bactericida sobre os germes sensíveis, agindo por mecanismos de ação semelhantes ao da penicilina G ▪ O espectro de ação da amoxicilina é idêntico ao da ampicilina e há resistência cruzada entre os dois antimicrobianos • Igualmente, a amoxicilina não tem ação sobre estafilococos produtores de penicilinase ▪ É escolha em processo infeccioso sistêmico ▪ Possui boa ação contra Streptococos pyogenes e Streptococcus penumoniae − Ampicilina: má distribuição e baixa biodisponibilidade por via oral (sofre interferência dos alimentos na absorção) ▪ Devido à má absorção, a ampicilina fica mais disponível no trato gastrointestinal ▪ Por isso, vai ser uma boa opção para tratar infecções do TGI ▪ Em infecção generalizada é uma boa opção, mas sua administração será endovenosa ▪ Atua bem contra Salmonella ▪ Dose: 40 – 90 mg/kg/dia Infecção em local com alta perfusão opta por doses menores Infecção em local com baixa perfusão opta por doses maiores A posologia é de 8 em 8h ▪ Indicação clinica: é uma alternativa para infecções causadas por cocos e bacilos gram-positivos e cocos gram-negativos (embora se prefira o uso da Penincilina G) A ampicilina isolada tem poucas indicações nos dias atuais, devido à resistência demonstrada por inúmeros microrganismos ▪ Não apresenta ação contra Klebisiela-Enterobacter, Proteus, Serratia, Pseudomonas, riquétisias, micoplasma e clamídia. − Em relação às penicilinas G, a amoxicilina e a ampicilina são inferiores quanto aos Gram-positivos e superiores contra Gram-negativos (Shiguela, Salmonella, E. coli, Proteus e Haemophilus) Inibidores de beta-lactamase ✓ Acido clavulânico / clavulanato + amoxicilina ✓ Sulbactam + ampicilina − A associação das penicilinas sensíveis com o inibidor de beta- lactamase permite o uso do ATB em bactérias que oferecem mecanismo de resistência pela produção de penicilinases • Baixo espectro e resistente Paciente com infecção (ex.: faringite) → 1º tto: amoxicilina 50mg/kg/dia – 8 em 8h Após 5 dias o paciente volta, ainda com febre e sinais flogísticos → amoxicilina (em dose aumentada) + clavulanato − São as penicilinas antiestafilocócicas − Apresentam pequeno espectro de ação, atuando sobre as bactérias bram-positias ▪ Sua potencia antimicrobiana é menor do que a da penicilina G, contudo agem sobre estafilococos que resistem à Penicilina G − São resistentes à produção de penicilinase − Meticilina: é inativada pelo suco gástrico ▪ Ativa contra Staphilococcus aureus, a maioria dos estreptos (a Benzilpenicilina é mais potente que a meticilina no caso dos estreptos) ▪ Pode causar nefrite intersticial − Oxacilina: ótima droga, principalmente contra Staphilococcus aureus ▪ Embora resistente à inativação pela penicilinase, esses antibióticos sofrem inativação por outras beta-lactamases produzidas por enterobacter e pseudomonas ▪ É ativa contra cocos e bacilos gram-positivos, aeróbios e anaeróbios, no entando não age contra enterococos, e é pouco ativa contra os cocos gram-negativos ▪ Importância clinica: atividade contra estafilococos produtores de penicilinase Sua indicação clinica é para infecções estafilocócicas graves, tais como impetigo bolhoso, celulite flegmonosa, osteomelite, meningite, etc. Na sepse estafilococica, pode haver vantagem na associação da oxacilina com a gentamicina ou a amicacina ▪ Preferível à meticilina pela possibilidade de nefrite ▪ Excelente distribuição em tecidos moles, infecções da pele, articulações, trato respiratório e genitourinario ▪ Dose: é utilizada na dose de 100 mg/mg/dia de 4 em 4h ou 6 em 6h − Posologia: 4 em 4h • Anti pseudomonas − São as carboxipenicilinas ou penicilinas de 3ª geração − Piperacilina E ticarcilina − Ticarcilina: derivado da carbenicilina (primeiro antibiótico ativo contra Pseudomonas aeruginosa) ▪ É uma penicilina de largo espectro e inativada por beta-lactamases ▪ Com o surgimento de bacilos gram-negativos resistentes a estas penicilinas pela produção de beta-lactamases, a ticarcilina passou a ser empregada em associação com o clavulanato. ▪ Possui ação também contra a Klebisiella ▪ Indicação clinica: o uso desse antibiótico na pratica clinica atual é limitado pela resistência demonstrada pelos bacilos gram-negativos. MRSA – Stafilococos aureus meticilina resistente: manifestam sua resistência por alterações nas proteinas ligadoras de enicilina (PBPs),receptores de ação dos ATBs beta-lactâmicos. Deve ser feito o uso da vancomicina Em casos de bactérias resistentes à meticilina ou oxacilina não pode ser feito o uso de mais nenhum medicamento da classe dos beta-lactâmicos ▪ Sua administração é IV − Piperacilina: destaca-se por sua atividade potente contra Pseudomonoa areuginosa, Serratia, Acinobacter, Klebisiella- Enterobacter, Proteus e anaeróbios ▪ Entretanto, é inativada por beta-lactamasesproduzidas por bacilos gram-negativos → a associação com Tazobactam restaura sua ação contra esses microrganismos ▪ A piperacilina quando combinada com tazobactam (inibidor de beta lactamase) tem o espectro mais amplo entre todas as penicilinas • Imediatas − 2 – 30 minutos − Urticaria, angioedema, broncoespasmo, hipotensão ou choque anafilático • Aceleradas − 1 – 72h − Urticaria, angioedema, broncoespasmo • Tardias − > 72h − Erupções cutâneas, artralgia, doença do soro, febre isolada • Raras − Anemia hemolítica, pneumonite e nefrite, vasculite, síndrome Stevens- Johnson − As cefalosporinas vieram para ajudar no tratamento das bactérias produtoras de beta lactamase ▪ Responde às bactérias produtoras de penicilinase, mas não responde quando a bactéria é produtora de cefalosporinase (no caso da 1ª e 2ª geração) ▪ Se a bactéria for produtora de cefalosporinase, as únicas opções são as cefalosporinas resistentes (não adianta administrar uma penicilina) Primeira geração ✓ Cefalotina ✓ Cefazolina ✓ Cefalexina ✓ Cefadroxila − Podem substituir o uso da amoxicilina + clavulanato ▪ São primeira escolha em casos de pacientes que já usaram penicilina nos últimos 3 meses ou em infecções de pele (impetigo, celulite, etc) • Espectro − Agem principalmente contra Gram-positivos − Minimamente contra gram-negativos − São utilizados contra bactérias produtoras de penicilinases − São sensíveis às cefalosporinases • Microrganismos − Gram-positivos: S. aureus e Staphylococcus epidermis produtores de beta-lactamase; S. pneumoniae, Streptococcus agalactiae, Streptococcus pyogenes Via parenteral Via oral − Gram-negativos: Klebisiella pneumoniae, E. coli. Shigella. ▪ Com o surgimento de bactérias resistentes, na atualidade, grande parte das Klebisiella e Enterobacter são resistentes a essas drogas • Indicação clinica − Cefalotina e cafazolina: na época do lançamento eram indicadas em infecções por bactérias sensíveis ▪ Eram sugeridas em infecções causadas por gram-positivos, cocos gram-negativos e E. Coli, Klebisiella e Proteus mirabilis Hoje não são mais sugeridas no tratamento de gram-negativos, devido a resistência adquirida ▪ Tratamento de infecções biliares e pulmonares, peritonites e infecções em pacientes imunocomprometidos ▪ Podem ser, ainda, utilizadas nas infeções urinarias não complicadas ▪ Podem substituir a oxacilina, sendo utilizadas para infecções estafilococicas graves adquiridas na comunidade ▪ Não possuem ação contra MRSA ▪ São recomendados também como antibióticos profilatics em varias cirurgias vasculares e ortopédicas, como implantação de próteses − Cefalexina e cefadroxila: são especialmente indicadas na terapia de infecções estafilocócicas extra-hospitalares de pequena ou media gravidade, especialmente as piodermites e ferimentos infectados. ▪ São uma alternativa para o tratamento de faringoamigdalite purulenta, sobretudo na falha das penicilinas devida à produção de penicilinases ▪ São utilizadas no tratamento de infecção urinaria não complicada devido a sua elevada concentração em vias urinarias ▪ Não atuam MRSA Segunda geração ✓ Cefoxitina ✓ Cefprozila ✓ Cefuroxima • Espectro − Possuem menor cobertura contra gram-positivos do que as de 1ª geração − Demonstram atividade contra maior numero de microrganismos gram- negativos − São resistentes às penicilinases e sensíveis às cefalosporinases • Microrganismos − Gram negativo: Haemophillus influenzae, Enterobacter, Citobacter, Acinobacter, Serratia, Neisseria − Não são ativas contra a Pseudomona areuginosa • Indicações clinicas − Cefuroxima: está indicada em infecções causadas por estreptococos, pneumococo, hemófilo e enterobactérias ▪ Administração parenteral na terapêutica depneumonias, broncopneumonias, sepse, infecções urinarias, etc. − Cefprozila e cefaclor: cefalosporina oral com propriedades semelhantes a cefuroxima − Cefoxitina: por possuir ação sobre bacilos gram-negativos e anaeróbios, a cefoxitina era amplamente utilizada na terapêutica de infecções de origem abdominal ▪ Devido a sua capacidade de induzir resistência em alguns gram- negativos, seu uso foi diminuído ▪ Ainda é utilizada para profilaxia de cirurgias abdominais Terceira geração ✓ Cefotaxima ✓ Ceftriaxona ✓ Cefixima ✓ Ceftazidima • Espectro − Tem mínima cobertura contra gram-positivos, se comparado com as demais cefalosporinas − Se destacam pela atividade contra microrganismos gram-negativos, especialmente os produtores de beta-lactamase − São eficazes contra microrganismos produtores de cefalosporinases − Algumas cefalosporinas de 3ª geração são capazes de agir contra Pseudomonas areuginosa • Microrganismos − Gram-negativos: Enterobacter, Providencia, Acinobacter, Serratia, Proteus, Neisseria, Pseudomonas, E. Coli, Klebisiella, Proteus • Indicações clinicas − Cefotaxima, Ceftriaxona e cefitaxima: é indicado para o tratamento de infecções causadas por bacilos gram-negativos que se mostrem resistentes às cefalosporinas de primeira geração ▪ Sua indicação principal é o tratamento de sepses por bacilos gram- negativos hospitalares ▪ É considerado droga de escolha para tratamento de meningite em neonatos quando associado com ampicilina ▪ Administração parenteral (cefotaxima e Ceftriaxona) ▪ Administração oral (cefixima) ▪ Opção na profilaxia de infecção por bactérias gram-negativas em pacientes de unidade de terapia intensiva ▪ A ceftriaxona diferencia-se da cefotaxima apenas por sua farmacocinética mais favorável − Ceftazidima: tem sido empregada com bons resultados no tratamento de infecções causadas por bacilos gram-negativos de infecções hospitalares ▪ Deve ser preservado principalmente para o tratamento de infecções causadas por Pseudomonas aeruginosa Quarta geração ✓ Cefepima • Espectro − Eficaz contra um amplo espectro de microrganismos gram-positivos e gram-negativos • Microrganismos Pequena ação anti- pseudomonas Potente ação anti-pseudomona − Geralmente é reservada para infecções graves envolvendo bacilos gram-negativos e espécies de Pseudomonas • Indicação clinica − Cefepima: tratamento de pacientes hospitalizados com infecções respiratórias, urinarias, ginecológicas e da pele e tecido subcutâneo. ▪ Um fator de importância epidemiológica e clinica é sua pequena atividade indutora de beta-lactamases Carbapenemas − Essa classe possui a propriedade de agir com elevada potencia contra microrganismos gram-positivos e negativos − Possuem estabilidade na presença da maioria das beta-lactamases produzidas por microrganismos bacterianos • Imipenem − Derivado da tinamicina, se mantem estável em soluções e em estado solido − Exerce ação bactericida sobre as bactérias sensíveis, por inibir a síntese da parede celular dos germes em crescimento − Possui a habilidade de passar pelos canais porinicos das bactérias, podendo atravessar de maneira mais rápida os envoltórios das bactérias − Tem capacidade de induzir a produção de beta-lactamase em algumas espécies − Espectro de ação: possui amplo espectro, sendo capaz de agir contra os cocos e bacilos gram-positivos e gram-negativos, aeróbios e anaeróbios ▪ Dessa forma, é ativo contra estreptococos, pneumococos, estafilococos, meningococo, hemófilos, E.coli, Klebisiella,Proteus, Salmonella, Shigella, etc. ▪ É resitente à degradação pela quase totalidade de beta lactamase ▪ Pode ser observada resistência adquirida ao imipenem na Psedomonas areuginosa ▪ Não age contra MRSA − Indicações clinicas: a principal indicação são as infecções graves hospitalares por microrganismos com resistência selecionada a outros medicamentos ▪ Tratamento de infecções pós operatórias graves, sepses hospitalares, infecções em pacientes com neoplasias e diabetes melittus descompensado. • Meropenem Cefolosporinas Gram + Gram - Aeróbio Anaeróbio 1ª Geração +++ + +++ + 2ª Geração +(+) ++ +++ ++ 3ª Geração ++ +++ +++ + 4ª Geração +++ +++ ++ +++ − Espectro de ação: Se diferencia do imipenem apenas por ter maior potencia contra bacilos gram-negativos, inclusive a Pseudomonas areuginosa ▪ Existe resistência cruzada entre imipenem e meropenem ▪ Não age contra MRSA − Indicação clinica: tem sido indicado como monoterapia no tratamento de sepses e infecções respiratórias, urinarias, ginecológicas e intra-abdominais graves, adquiridas em hospital ou em pacientes imunocomprometidos. Monobactamicos • Aztreonam − Possui especificidade de ação contra bactérias gram-negativas e estabilidade em relação às beta-lactamases produzidas por eles. − Não tem ação sobre as bactérias gram-positivas, nem sobre os anaeróbios − As enterobactérias comunitárias são habitualmente sensíveis ao aztreonam em baixas concentrações ▪ E. coli, Klebisiella, Proteus, Salmonella, Providencia − O Gonococo e o Haemophilus influenzae, produtores ou não de beta- lactamases, também são sensíveis − A atividade contra Pseudomonas areuginosa exige concentração mais elevada − Não age contra Legionella, clamídia e micoplasma − Não possui atividade indutora da produção de beta lactamase − Indicações clinicas: tem indicação em infecções causadas por bacilos gram-negativos, especialmente as determinadas por germes comunitários ▪ Pode ser eficaz em infecções causadas a bactérias gram-negativas hospitalares, dependendo da sensibilidade do agente Paciente com faringite: − No PSF: prescrever benzetacil → pega bem gram positivo, em especial, estrepto e estafilo sensíveis É a primeira escolha para infecção bacteriana comunitária leve − Na UPA: amoxicilina + clavulanato → largo espectro e resistente Geralmente é a escolha feita quando há falha no tratamento empírico com benzilpenicilina Quando o paciente entra em um serviço de urgência, a ideia que se tem é que o paciente já fez outras tentativas Pode-se fazer opção por uma cefalosporina de primeira geração (suspeita de gram-positivo) ou segunda geração (suspeita de gram-negativo) − Paciente voltou pior: bactéria resistente → cefalosporina de terceira geração
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