@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700); DIREITO CONSTITUCIONALTEORIA DA CONSTITUIÇÃOPoder ConstituinteÉ o poder de constituir, criar e reformar a Constituição; Estabelece uma nova ordem constitucional.O Poder Constituinte será estabelecido a partir dos interesses populares do momento da criação do texto constitucional, podendo atingir em sua estrutura elementos que diversifique a sua formação de maneira independente atendendo aos dogmas daquele momento. No entanto, haverá a viabilidade de formação de um constituinte derivado, capaz de estabelecer a forma de sua modificação, pelo reformador, e a obrigação de complementação da estrutura de Estado pela existência de Constituições Estaduais a partir do Constituinte decorrente, tudo em atendimento a vontade do titular (povo).Inicio na Revolução Francesa, por meio de um ato de solicitação do povo reivindicando a participação na estrutura do Estado.A Teoria do Poder Constituinte foi desenvolvida no séc. XVIII por Sieyès, autor da obra "O que é o terceiro Estado?". O manifesto dele é visto como o ponto de deflagração da Revolução Francesa. Sieyès, vislumbrava a existência de um poder imanente à nação, superior aos poderes ordinariamente constituídos e por eles imodificáveis:o poder constituinte; Além disso, ele legitimou a ascenção do Terceiro Estado (povo) ao poder político.Esse poder constituinte surge como forma de realizar uma luta contra o regime monárquico absolutista que existia no país. Nesse sentido, a nação é titular do exercício desse poder constituinte, sendo ele, originário e soberano. Assim, a nação estaria livre para criar uma constituição, já que não se sujeitaria a formas, limites e condições preexistentes. Titular: povo (manifestador da vontade de alteração da Constituição por um novo texto constitucional - vide art. 1°, parágrafo único da CF)Classificação do Poder ConstituinteORIGINÁRIOCaracterísticas:a) Autônomo: Não deve obediência a Constituição, pois não está submetido a nenhuma norma. Logo, a estrutura da Constituição é por ele determinado.b) Soberano: Está acima da própria Constituição; acima da própria vontade normativa do Estado.c) Inicial: A partir dele vai dar origem a Constituição e toda ordem jurídica ( Estado)d) Permanente: É permanente sua possibilidade de manifestação, pois a qualquer momento ele pode se manifestar e criar um novo texto constitucional. Logo, não se esgota com a realização da Constituição.e) Ilimitado: Não tem regra anteriorf) Incondicionado: Não há condição prévia para agir, não tem processo a seguir, não tem forma de procedimento previamente escolhido.Formas de manifestação: depende da realidade, dogmas, e da situação social/histórica daquele momento.a) Revolução: manifestação popular a fim de que essa vontade se torne legítima dentro do Estado. São as manifestações posteriores do poder constituinte originário, rompendo por completo com a antiga ordem e instaurando um novo Estado, isto é, uma nova Consituilão em substituição a anterior. É um ato radical/ruptura com a ordem política anterior. Geralmente ocorre na passagem de um elemento ditatorial, república. Ex: Guerra Civil, Diretas já.b) Assembleia Nacional Constituinte: normalmente occorre em atos pacíficos, onde há coesão de interesses em porduzir um novo texto consitucional. Isso vai depender de cada Estado e cada realidade.DERIVADOConceito: tem origem na Constituição. É o poder de modificar, reformar e alterar uma constituição. No Brasil, pela Constituição ser rígida, é necessário um processo chamado de Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que deve ser votado em dois turnos por cada casa do Congresso Nacional antes de virar uma emenda constitucional e assim modificar a CFRBCaracterísticas: secundário (vem depois a constituição); limitado (tem limites para alterar); condicionada (tem processo para agir, e condições de exercício pré estabelecida).Formas de manifestação:a) Poder Constituinte Derivado Reformador: é o poder que possibilita a alteração do texto constitucional, respeitando os limites e as formas estabelecidas pelo poder constituinte originário, representado pelo Congresso Nacional (no caso do Brasil) em caráter representativo.b) Poder Constituinte Derivado Decorrente: é o poder que possibilita aos Estados-membros, uma autonomia político-administrativa, de se auto-organizarem dentro dos limites dados pela Constituição Federal. É o ato de criar as constituições dos Estados membrosLIMITAÇÕES AO PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR a) Limitações circunstanciais: são situações vivenciadas em que não se pode alterar uma Constituição, sob pena de causar uma violação muito maior do que a própria realidade que está sendo vivenciada. Ex: guerra, ditadura.b)Limitações formais: são os procedimentos de organização e estruturação da emenda. Com efeito, a proposta precisa passar nas duas Casas do Congresso, sendo que em ambas ocorrerão dois turnos de votação, exigindo-se, em cada um deles, a aprovação de 3/5 dos membros. Art. 60, I, II, III; parágrafo 2°, 3°, 5°. c) Limitações materiais: relativo a matéria/conteúdo (cláusulas pétreas, princípios sensíveis, normas de caráter estrutural). Existem limites materiais: explícitos( cláusula pétrea - é declarado conforme prevê o art. 60, § 4°); e implícitos (não está descrito claramente no texto constitucional, mas não pode alterar, pois muda a natureza do texto constitucional - ex: art. 1° - alterar o poder constituinte).PODER CONSTITUINTE DIFUSO (MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL)Consiste na alteração informal de uma norma da Constituição. Em outras palavras, seria a modificação da interpretação sem alteração no texto, através das interpretações que serão baseadas nos métodos que servem de ferramenta para análise do texto constitucional em relação ao caso concreto, proporcionando assim ampla efetividades das normas constitucionais justificadas pelos princípios de interpretação que servirão de alicerce para a mutação.A mutação constitucional é feita pelo Poder Difuso - doutrinadores
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