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QUÍMICA
CIÊNCIAS DA NATUREZA 
E SUAS TECNOLOGIAS
Antonio César Baroni Santoro
Refl etir sobre a importância da Química para a sociedade moderna. Descrever a evolução da estrutura atômica até os dias de 
hoje, além de compor um breve histórico da tabela periódica moderna, com suas particularidades e propriedades periódicas. 
Conhecer os estados físicos da matéria e as transformações a que podem ser submetidos. Diferenciar substâncias químicas e 
misturas, conhecendo alguns processos de separação.
PROPRIEDADES GERAIS DA MATÉRIA / 
ATOMÍSTICA
Capítulo 1 O surgimento da Química 2
Capítulo 2 Átomo 20
Capítulo 3 Classifi cação periódica dos elementos 41
Capítulo 4 Substâncias e transformações 62
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 ► Empregar corretamente 
a palavra "Química" e 
identifi car o uso incorreto no 
cotidiano.
 ► Compreender como a 
Química pode se relacionar 
com outras áreas do 
conhecimento.
Principais conceitos 
que você vai aprender:
 ► Teoria dos quatro elementos
 ► Método científi co
 ► Matéria
 ► Sistema
 ► Corpo
 ► Substância
2
OBJETIVOS
DO CAPÍTULO
A
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O SURGIMENTO 
DA QUÍMICA
Você já se perguntou como ocorre a formação do nosso pensamento na complexa má-
quina cerebral? Ou de que forma é possível que o olho humano seja capaz de enxergar 
tantas cores distintas? E como podem existir cheiros tão diferentes na natureza?
A maior parte das respostas a essas perguntas apresenta uma explicação baseada no 
conhecimento da Química. A formação da visão, por exemplo, passa por um complexo 
sistema de reações químicas que se iniciam com o efeito da luz sobre as células da reti-
na. A formação do pensamento é fruto de uma interação extensa entre a estrutura dos 
neurônios e sua capacidade de reagir a estímulos de sinalização química, formando um 
verdadeiro espetáculo de reações envolvendo liberação de energia na forma de luz, calor 
e até mesmo som. Os cheiros são interpretados por nosso sistema nervoso central por 
estímulos gerados por complexas substâncias.
No curso da História, a evolução da humanidade esteve sempre ligada, direta ou indi-
retamente, à evolução do conhecimento científi co. A Ciência Química sempre progride e 
infl uencia, seja por experimentos esclarecedores, seja por “felizes” acidentes de laborató-
rio que resultam em descobertas.
Tentemos sempre, a partir de agora, olhar para além dos cálculos e dos nomes compli-
cados que compõem a linguagem química. Tentemos enxergar a beleza química em todos 
os fenômenos do Universo!
• Você consegue pensar em outros fenômenos que possam ser explicados com base em 
reações químicas?
Ilustração da transferência de 
neurorreceptores entre neurônios 
do sistema nervoso central.
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Desenvolva
 H3 Confrontar interpretações científi cas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes 
culturas.
Confrontando interpretações científi cas com interpretações baseadas no senso comum, o que podemos pensar que Brand 
tenha considerado para tentar obter a pedra fi losofal da urina humana?
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Da alquimia à Química
Os alquimistas podem ser considerados os primeiros químicos, uma vez que muitas 
das técnicas por eles iniciadas são usadas até hoje. No entanto, os alquimistas não se 
orientavam pelo método científi co do modo como o fazemos. Eles atuavam de uma forma 
quase mística, cercada de símbolos e cifras, no intuito de guardar seus intermináveis se-
gredos. Henning Brand, um dos últimos alquimistas, acreditava que poderia encontrar a 
pedra fi losofal – aquela capaz de transformar qualquer metal em ouro – a partir da urina 
humana. Para isso, não hesitou em colher 5 mil litros de urina de soldados, para depois 
fermentar, ferver e destilar, até obter 300 gramas de uma pasta branca. 
Evidentemente essa pasta não era 
a pedra fi losofal ou o elixir da longa 
vida – insistentemente buscados pe-
los alquimistas – mas, sim, um mate-
rial brilhante que Brand denominou 
fósforo, que em grego signifi ca “o que 
traz luz”. Na época, era um material 
extremamente raro e, por isso, ven-
dido a preços exorbitantes por causa 
de sua forma de obtenção. Em 1780, o 
químico sueco Karl Scheele conseguiu 
extraí-lo de ossos, por um método bem 
menos malcheiroso e repulsivo, com 
um rendimento superior ao de Brand. 
Além disso, o procedimento usado por 
Brand provocava a perda de grande 
parte do fósforo (a quantidade de fós-
foro na urina humana é de aproxima-
damente 1,4 g por litro).
Desde os primórdios, nossos ancestrais miram com seus olhares novas experiências, 
sempre buscando algo mais. Mais alimento, mais segurança, mais calor, mais riqueza. 
Tudo isso por causa de nossas necessidades, aliadas eternas de nossa curiosidade. Dos 
utensílios pré-históricos às nanopartículas, o ser humano sempre esteve à espreita de no-
vas descobertas e, para isso, empregou todos os artifícios e recursos disponíveis. Usou 
as ciências – entre elas, a Química – para auxiliá-lo e percebeu que tudo começou a fazer 
sentido. As respostas fi caram mais claras, e o ser humano pôde, então, com a evolução 
dessa Ciência, descobrir e tornar a Química uma forma de conhecimento tão presente que 
se torna difícil nomear alguma parte de nossa vida que não a contenha.
O alquimista moderno, de 
Joseph Wright. A imagem mostra 
a descoberta do fósforo por 
Henning Brand, em 1669.
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4 CAPÍTULO 1
Um pouco de história
O surgimento e o desenvolvimento de qualquer Ciência podem ser vistos como de-
pendentes de duas características do ser humano: a curiosidade e a necessidade. Isso tem 
sido observado desde os primórdios da vida na Terra. Logo, para compreendermos o apa-
recimento e a evolução das Ciências, devemos entender os vários aspectos do desenvolvi-
mento da vida humana ao longo da história.
De nômade a sedentário
No início, o ser humano vivia em 
busca de satisfazer suas necessidades. 
Habitava em cavernas, as quais, por 
muitas vezes, ele tinha de disputar com 
outros animais. Alimentava-se da caça e 
da pesca, de frutos e de algumas raízes. 
Sempre migrava em busca de alimento. 
Com o passar do tempo, já dominava a 
manufatura de alguns utensílios e, por 
causa de sua curiosidade, o ser humano 
pré-histórico dominou o fogo e pôde, 
assim, avançar rumo ao desenvolvimen-
to e à sobrevivência. Com o fogo, nossos 
ancestrais conseguiram trazer seguran-
ça, luz e calor para seu cotidiano, além 
de introduzirem as primeiras noções so-
bre o cozimento dos alimentos. Então, 
satisfeitos com seus avanços, não havia mais a necessidade de novas locomoções. Com 
isso, verifi cou-se também o surgimento, ainda que muito distante dos padrões atuais, de 
técnicas agrícolas e da criação de animais. Assim, eis que, com a fi xação do ser humano, 
viu-se instaurado o sedentarismo.
A Idade dos Metais
Considerada um período curto (cerca de 3 500 anos), a Idade dos Metais ocorreu ime-
diatamente antes do aparecimento da escrita, próximo de 3000 a.C., sendo descrita como 
a última fase da Pré-História.
Com o uso mais frequente do fogo, e aguçado pela própria curiosidade, o ser hu-
mano começou a transformar tudo o que encontrava na natureza. Logo conseguiu 
desenvolver técnica para obter metais, por meio de processos de fusão de certos mi-
nerais, ainda que de forma rudimentar. Esse período foi tão importante para o início 
do desenvolvimento histórico-científico que sua divisão recebeu o nome dos metais 
em questão.
• Idade do Cobre: aquecendo-se algumas pedras verdes (minérios de cobre) no fogo, 
percebeu-seque havia formação de uma substância avermelhada brilhante (cobre 
metálico).
• Idade do Bronze: misturando-se algumas pedras verdes (minérios de cobre) com 
outras pedras (minérios de estanho), havia a formação de um material marrom 
brilhante (bronze), mais resistente que o cobre metálico. Mais tarde, o bronze foi 
empregado na fabricação das primeiras armas, como armaduras e lanças. Até hoje 
esse material é usado na fabricação de diversos utensílios, por exemplo, sinos de 
igrejas.
• Idade do Ferro: a quantidade de minério de ferro encontrada na natureza é maior 
que a de minério de cobre, mas a obtenção de ferro metálico é mais difícil que a de 
cobre metálico, porque a temperatura necessária para o forjamento do ferro é maior 
que a do bronze; por isso, a produção de artefatos de ferro foi um avanço para o ser 
humano. 1
Observação
1 Por meio do domínio sobre 
os metais – como as técnicas de 
fundição –, o ser humano teve 
condições de criar instrumentos 
mais efi cazes para o cultivo 
agrícola, a derrubada de 
fl orestas e a prática da caça. 
Esse domínio infl uenciou as 
disputas entre as comunidades 
que competiam pelo controle 
das melhores pastagens e de 
áreas férteis. Dessa maneira, 
o processo de dominação de 
uma comunidade sobre outra 
(como a guerra) contou com o 
desenvolvimento de armas de 
metal.
Defi nição
 Bronze : liga de cobre e estanho, 
a que por vezes se adicionam 
outros metais, como o zinco.
 Forjamento : trabalho na forja.
 Forja : conjunto dos 
instrumentos de trabalho do 
ferreiro, tais como fornalha, 
bigorna, fole, malho, etc.
O ser humano migrou em busca 
de alimento e melhorias em sua 
qualidade de vida.
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 H3 Confrontar interpretações científi cas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes 
culturas.
O desenvolvimento das atividades humanas ao longo da História está interligado a vários fatores, entre eles as técnicas 
destinadas à extração, à transformação e ao manuseio dos metais. Por sua vez, a descoberta de procedimentos para o tra-
tamento dos metais está relacionada ao desenvolvimento de diversas áreas da Ciência, principalmente a Química. A tabela 
a seguir mostra parcialmente o desenvolvimento e a evolução da metalurgia ao longo dos anos.
Quinto milênio a.C. Conhecimento do ouro e do cobre nativos.
Quarto milênio a.C.
Conhecimento da prata e das ligas de ouro e prata. Obtenção de 
cobre e chumbo a partir de seus minérios.
Segundo milênio a.C. Início do uso do ferro.
Podemos observar que a extração e o uso de diferentes metais ocorreram em diferentes épocas.
a) Aponte uma possível razão para que o ouro, o cobre e a prata tenham sido os primeiros metais a serem manuseados 
pelo ser humano.
b) Escreva uma justifi cativa para a extração e o uso do ferro terem acontecido após o cobre e/ou estanho.
A infl uência da Filosofi a
Os povos, até então, não se preocupavam em achar explicações para as transforma-
ções que promoviam. Quando o faziam, relegavam aos deuses tais fenômenos. Assim, gre-
gos e romanos, povos de imaginação fértil e inteligência incontestável, criavam diversas 
personagens e fi guras mitológicas para tentar explicar os fatos ocorridos na natureza, 
na sociedade e até mesmo na política. Com isso, fi zeram surgir teorias fi losófi cas para 
as mais variadas situações. Observe este exemplo da mitologia grega: Pandora foi dada 
como uma oferenda à humanidade por Zeus como punição por Prometeu ter roubado o 
fogo dos deuses e dado aos humanos, em uma alusão clara ao domínio do fogo pelo ser 
humano. 
Todavia, uma das grandes discussões que permeavam a Grécia antiga, muito antes 
ainda do nascimento de Cristo, era sobre a natureza da matéria. 
No século V a.C., um fi lósofo grego chamado Empédocles criou a teoria dos quatro 
elementos. De acordo com essa teoria, tudo o que existia na natureza seria formado a 
partir da água, do fogo, do ar e da terra, que se combinariam por meio de duas forças: o 
amor e o ódio. Enquanto o ódio separava os elementos, o amor unia-os, formando novas 
substâncias.
Ainda no século V a.C., Leucipo e Demócrito, também fi lósofos gregos, disseram que 
os materiais encontrados na natureza eram formados por partículas muito pequenas, in-
visíveis e indivisíveis: os átomos. Dependendo do tipo de átomo e da maneira como eles 
fossem combinados, seriam formadas substâncias diferentes. Afi rmavam também que, 
durante a respiração, a alma trocava átomos que estavam dentro do organismo por ou-
tros que estavam fora dele, e, caso essa troca fosse interrompida, ocorreria a morte do 
indivíduo. Apesar disso, os átomos continuariam os mesmos.
Fogo
Água
Ar
Terra
Os quatro elementos representados 
por Empédocles.
Água
Ar Terra
Fogo
Os quatro elementos de 
Empédocles representados por 
ícones em tempos de internet.
Defi nição
 Átomo : do grego a (não) e 
tomo (divisão).
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6 CAPÍTULO 1
Poucos acreditavam que os átomos realmente existissem, principalmente quando 
Aristóteles, um dos mais conhecidos filósofos gregos, discordou das ideias de Leucipo 
e Demócrito, afirmando que Empédocles, com sua teoria dos quatro elementos, era 
quem estava certo. Aristóteles, por volta de 350 a.C., aperfeiçoou a teoria dos quatro 
elementos, dizendo que cada elemento era formado pela combinação de duas entre 
quatro características: quente, seco, úmido e frio. Assim, quente e seco formavam o 
fogo, enquanto quente e úmido formavam o ar. Além disso, Aristóteles afirmou que, 
combinando os elementos – água, fogo, terra e ar –, seria possível obter qualquer mate-
rial existente na natureza. Por exemplo: seria possível transformar qualquer metal em 
ouro.
Decifrando o enunciado Lendo o enunciado
Transições: signifi ca que haverá 
mudança, portanto fi que 
atento às alterações que podem 
aparecer.
Macroscópicas: está relacionado 
ao que podemos ver.
Transformações: associa-se à 
ideia das transições.
Microscópico: relacionado ao 
que não podemos ver a olho nu.
Associadas: signifi ca que 
teremos de relacionar a algum 
evento. Nesse caso, a explicação 
de uma transformação 
macroscópica em nível 
microscópico.
Enem
Primeiro, em relação àquilo a que chamamos água, quando congela, parece-nos estar a 
olhar para algo que se tornou pedra ou terra, mas quando derrete e se dispersa, esta tor-
na-se bafo e ar; o ar, quando é queimado, torna-se fogo; e, inversamente, o fogo, quando 
se contrai e se extingue, regressa à forma do ar; o ar, novamente concentrado e contraído, 
torna-se nuvem e nevoeiro, mas, a partir destes estados, se for ainda mais comprimido, 
torna-se água corrente, e de água torna-se novamente terra e pedras; e deste modo, como 
nos parece, dão geração uns aos outros de forma cíclica.
PLATÃO. Timeu-Cr’tias. Coimbra: CECH, 2011.
Do ponto de vista da ciência moderna, os “quatro elementos” descritos por Platão corres-
pondem, na verdade, às fases sólida, líquida, gasosa e plasma da matéria. As transições 
entre elas são hoje entendidas como consequências macroscópicas de transformações 
sofridas pela matéria em escala microscópica.
Excetuando-se a fase de plasma, essas transformações sofridas pela matéria, em nível 
microscópico, estão associadas a uma:
a) troca de átomos entre as diferentes moléculas do material.
b) transmutação nuclear dos elementos químicos do material.
c) redistribuição de prótons entre os diferentes átomos do material.
d) mudança na estrutura espacial formada pelos diferentes constituintes do material.
e) alteração nas proporções dos diferentes isótopos de cada elemento presente no material.
Resolução
Resposta: D
As mudanças de estado são fenômenos físicos que acontecem por causa de mudanças na 
estrutura do material, como distância entrepartículas e grau de agitação.
A alquimia e a Idade Média
Construída na crença dos quatro elementos básicos (fogo, ar, terra e água) e em três 
princípios essenciais (sal, enxofre e mercúrio), a alquimia nasceu em Alexandria, cidade do 
Egito fundada em 332 a.C. pelo macedônio Alexandre, o Grande. 1
Quente Seco
Úmido Frio
Os quatro elementos de Aristóteles 
e suas combinações.
Curiosidade
1 Sal: representava o corpo.
Enxofre: representava o espírito.
Mercúrio: representava a alma.
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Ruínas do local em que Aristóteles 
ensinava o jovem Alexandre, o 
Grande.
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No Egito, a cultura grega levada por Alexandre encontrou uma nova forma de arte, tipi-
camente egípcia, denominada kymiâ – que signifi ca “terra preta”, numa tradução livre do 
egípcio, em referência ao solo negro das margens do rio Nilo. A kymiâ era eventualmente 
associada à feitiçaria, pois era envolvida em processos químicos usados no embalsama-
mento dos mortos.
Além disso, na Índia, por volta de 3000 a.C., acreditava-se haver um vínculo entre a imor-
talidade e o ouro. Essa ideia provavelmente foi adquirida pelos gregos, quando Alexandre, o 
Grande, invadiu essa região no ano 325 a.C. e teria procurado também a fonte da juventude.
Muito tempo depois, os árabes acrescentaram o prefi xo “al”, equivalente aos nossos 
artigos “a” e “o”, à palavra kymiâ, fazendo surgir posteriormente o termo “alquimia”. No en-
tanto, enquanto no Oriente a alquimia – conjunto de técnicas experimentais cercadas de 
mistérios religiosos que tinha como objetivo a busca da pedra fi losofal e do elixir da longa 
vida – já estava muito difundida e diversifi cada, na Europa a situação era diferente. Os 
mouros (árabes do Saara Ocidental) ocuparam a península Ibérica por volta do século VIII, 
mas somente depois de mais de 400 anos é que o povo europeu veio a conhecer a alqui-
mia. Isso porque, na Europa medieval, a maioria dos intelectuais morava em mosteiros, 
não estabelecendo contato com os invasores árabes. Com isso, os europeus foram fi nal-
mente apresentados à alquimia apenas quando chegaram ao Oriente Médio, com o avan-
ço das Cruzadas.
Assim, o desejo de transformar metais comuns em ouro e a esperança de chegar à 
imortalidade, por meio de crenças espirituais e novas técnicas de manuseio de mate-
riais e ferramentas, não só revelaram novas perspectivas de estudo e conhecimentos, 
mas também criaram novas tecnologias, usadas até hoje no progresso da ciência.
As contribuições dos alquimistas podem ser vistas em alguns importantes exemplos, 
tais como:
• receitas de produção da pólvora;
• técnicas de destilação, por exemplo, do álcool;
• técnicas para a determinação de propriedades físicas e químicas de várias substâncias;
• desenvolvimento de equipamentos de laboratório.
Um alquimista em seu ateliê, 
David Teniers, o Jovem 
(1610-1690).
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8 CAPÍTULO 1
Por volta do ano de 1500, houve uma mudança nos objetivos da alquimia. Um suíço co-
nhecido como Paracelso afi rmou que a criação do Universo, incluindo os seres humanos, 
tinha sido uma obra de alquimia feita por Deus. Essa ideia fez com que Paracelso empre-
gasse processos alquímicos para produzir medicamentos a partir de vegetais e minerais. 
Ficou muito conhecido na Europa como médico e fabricante de remédios. Aprendeu, por 
tentativa e erro, que doses muito pequenas de substâncias tóxicas – como mercúrio e 
chumbo – poderiam ajudar na cura de algumas doenças. O uso da alquimia para fi ns me-
dicinais fi cou conhecido como iatroquímica.
Assim, a alquimia foi uma “arte secreta” que colocava na mesa de ensaios magia e ciên-
cia, considerada até hoje muito além de um sonho impossível. 1
Interação
Muitas das práticas experimentais conhecidas hoje, como a transmutação nuclear, podem ter 
sido descobertas pelos alquimistas. Mas por que essas práticas não foram divulgadas quando 
descobertas? Existem várias hipóteses para a não divulgação. Entre elas, pode-se citar a peste 
negra, que assolou a Europa entre 1347 e 1351, e pode ter aniquilado grupos de alquimistas 
que viviam em comunidades isoladas do restante da população. A infl uência da Igreja tam-
bém pode ter impedido a disseminação do conhecimento, pois proibiu a prática da alquimia 
pela bula papal de João XXII, em 1317. Esse período histórico será estudado no capítulo 3 do 
caderno 2.
A Química como Ciência
A ligação entre Química e magia começou a desaparecer no século XVII, quando novos 
equipamentos, como a balança, passaram a ser usados pelos cientistas da época. Em 1661, 
Robert Boyle publicou o livro O químico cético, no qual mostrou que a Química é uma ciên-
cia experimental e, por isso, é importante que o químico seja cuidadoso e organizado du-
rante a realização de uma experiência. Ser cuidadoso signifi ca repetir a experiência várias 
vezes até se ter certeza de que os resultados estão certos e são confi áveis. Ser organizado 
signifi ca interpretar esses resultados e, se for necessário, fazer outras experiências até 
se conseguir elaborar teorias que expliquem o que foi observado. Esse procedimento é 
denominado método científi co.
Boyle disse também que a teoria dos quatro elementos e a teoria dos três princípios 
não serviam para explicar o que ele observava na prática e que, na verdade, tudo o que 
existia na natureza era formado por átomos. Assim, 2 mil anos depois, ele percebeu que 
Leucipo e Demócrito estavam certos.
Outros químicos também estudaram as propriedades dos gases durante o século XVII. 
Um deles, o alemão Georg Stahl, criou uma teoria para explicar por que a massa de um ma-
terial diminuía depois de sua queima. Stahl dizia que, quando ocorria a queima, “algo”, a 
que ele chamou de fl ogístico, era liberado. Assim, todo combustível teria muito fl ogístico, 
e sua liberação durante a queima causaria a diminuição da massa. O problema é que um 
metal, quando queimado, tem sua massa aumentada ao invés de diminuída. Para Stahl, 
nesse caso, o fl ogístico teria massa negativa e, depois de liberado durante a queima, a 
massa fi nal seria maior que a inicial. Em razão da hipótese de massa negativa, muitos 
deixaram de acreditar nessa teoria.
No século XVIII, Lavoisier tentou explicar o que acontecia durante a combustão de um 
material, queimando tudo o que fosse possível. Era muito organizado e sempre usava uma 
balança, pesando tudo antes e depois da queima. Fazendo experiências em recipientes fe-
chados, percebeu que, ao queimar um metal, sua massa aumentava e a massa de ar contido 
no recipiente diminuía. Assim, pôde concluir que algo do ar se combinava com o metal du-
rante a queima. Ele mostrou também que havia diminuição da massa de alguns materiais 
que eram queimados – madeira, por exemplo – porque havia formação de gases. Concluiu 
que em toda combustão há união da substância com o ar vital (o oxigênio, que ainda não 
era conhecido), determinando que a hipótese do fl ogístico era inútil e, portanto, rejeitável.
Em 1774, Lavoisier elaborou a lei da conservação da massa, totalmente baseada em 
observações experimentais. De acordo com ele, a soma das massas dos reagentes (substâncias 
Curiosidade
1 Seduzidas pela alquimia, 
algumas das mentes mais 
brilhantes da humanidade 
foram estimuladas pela 
prática medieval que envolvia 
ganância, misticismo e Ciência 
na procura de riqueza e da 
vida eterna. Entre eles, Boyle, 
Paracelso e até religiosos, 
como Santo Tomás de Aquino, 
podem ser citados. O físico 
Isaac Newton (1643-1727), 
precursor da Física Clássica, 
dedicou-se com tal magnitude 
à alquimia que, enquanto 
escrevia uma de suas mais 
importantes obras, Princípios 
matemáticos da fi losofi a 
natural, chegou a ter 169 
livros sobre o tema em suabiblioteca.
Defi nição
 Cético : que não confi a, que 
duvida.
 Flogístico : do grego phlogistós 
(infl amável).
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que existem antes da transformação) é igual à soma das massas dos produtos (substân-
cias formadas durante a transformação). Ou dito de outra maneira: “Na natureza nada se 
cria, nada se perde; tudo se transforma”. 
Lavoisier passou a buscar evidências para comprovar que a teoria do fl ogístico, es-
tabelecida por Stahl, se fundamentava em hipótese errônea. Mostrou que os metais, ao 
serem queimados, se combinavam com o oxigênio do ar, resultando em um material 
(hoje conhecido como óxido) de massa maior; diferentemente do modo como explicavam 
os fl ogisticistas, dizia que os metais perdiam o fl ogístico para se converterem em seus 
derivados.
Em 1789, ano da tomada da Bastilha, Lavoisier publicou o livro Tratado elementar de 
Química, em que estavam estabelecidas as bases de toda a Química moderna. Depois dis-
so, os químicos passaram a estudar as regularidades envolvidas nas reações químicas e a 
expressá-las na forma de leis. Essas leis de combinações químicas permitem a elaboração 
de cálculos entre as quantidades de substâncias envolvidas em uma reação e a previsão 
da quantidade das substâncias formadas. São denominados cálculos estequiométricos 
e são de fundamental importância até hoje, principalmente em processos industriais e 
em análises laboratoriais. Essa obra é considerada por muitos como a responsável pela 
aceitação da Química como Ciência, ou, simplesmente, pelo desenvolvimento da Química 
moderna. Lavoisier, pela importância de seus trabalhos, é considerado o “pai da Química”.
Antoine Lavoisier (1743-1794), 
em gravura de C. E. Wagstaff, 
publicada em The Gallery 
Of Portraits With Memoirs, 
encyclopedia, Reino Unido, 1835.
Conexões
A descoberta do oxigênio
A controvérsia para defi nir quem foi o descobridor do oxigênio começou em um jantar que Lavoisier ofereceu ao quí-
mico inglês Joseph Priestley, em outubro de 1774. Durante o jantar, Priestley comenta os avanços sobre os experimentos 
com um “ar de propriedades ígneas”, sendo ouvido atentamente por Lavoisier. Logo após o jantar, Lavoisier executa o 
célebre experimento com o aquecimento de óxido vermelho de mercúrio, obtendo um gás com as mesmas característi-
cas descritas por Priestley durante o jantar. Para terminar com seu raciocínio científi co, Lavoisier reverteu o experimento 
aquecendo mercúrio com oxigênio. Depois de medir meticulosamente todas as massas envolvidas nos experimentos, ele 
constatou que as massas eram exatamente iguais.
Com esse experimento, Lavoisier prova que as substâncias químicas podem ser decompostas e formadas novamen-
te. Quanto ao “ar de propriedades ígneas” de Priestley, Lavoisier o batiza de oxigênio, levando o inglês a um ataque de 
nervos.
Na verdade, o cientista pioneiro na produção de oxigênio não foi Priestley e nem Lavoisier, mas Carl Scheele, um 
químico sueco que aqueceu o óxido de mercúrio em 1772 e é tido como um dos maiores químicos de todos os tempos.
Lavoisier tinha na época um dos melhores laboratórios de toda a Europa, graças a uma grande fortuna herdada e a uma 
outra profi ssão: era cobrador de impostos. Por esse motivo, era uma fi gura bem impopular. Morreu guilhotinado no dia 
8 de maio de 1794, em Paris. Qual era o movimento popular que a França passava nesse período? Faça uma pesquisa e um 
breve resumo sobre esse movimento. Caso seja necessário, peça ajuda ao professor de História.
Atividades
 1. A Idade dos Metais caracteriza-se pela capacidade do ser humano de manusear alguns metais para utilizá-los na fabricação 
de armas e ferramentas. Isso foi possível, principalmente, pelo domínio sobre:
a) o conhecimento em relação à estrutura dos átomos.
b) a capacidade de controlar o fogo.
c) o motor a vapor.
d) o conhecimento sobre as ligações metálicas.
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10 CAPÍTULO 1
 2. Empédocles foi um filósofo grego responsável pela teoria 
dos quatro elementos, segundo a qual tudo que existia era 
formado necessariamente pelos elementos terra, ar, fogo 
e água. Embora a noção química de “elemento” tenha 
mudado até atingir o que conhecemos hoje, há uma noção 
importante nessa teoria. Comente.
 3. O conhecimento químico atual faz com que possamos 
entender, à luz dos conceitos de radioatividade, a trans-
formação de um elemento químico em outro, por meio 
da desintegração nuclear. No passado, os alquimistas já 
possuíam a crença (embora esta tivesse pouco embasa-
mento científico) de que era possível transformar diferen-
tes elementos em ouro. Como é denominado o processo 
descrito no texto acima que os alquimistas almejavam?
 4. Quais eram os principais objetivos dos alquimistas? Cite 
algumas contribuições da alquimia para o progresso da 
ciência que ainda podem ser vistas.
 5. Segundo Robert Boyle, a Ciência deve ter um caráter ex-
perimental. Como foi denominado esse método? Por que 
devem ser realizados experimentos?
 6. Lavoisier sempre usava uma balança em seus experimentos. 
Durante a combustão de um material em um recipiente 
fechado, observou que, ao queimar um metal, sua massa 
aumentava e a massa de ar contido no recipiente diminuía. 
Qual foi a conclusão a que ele chegou com essa observação?
 7. Ao queimar 20 g de pólvora com uma massa de x g de 
oxigênio, mantendo-se o sistema totalmente fechado, qual 
deve ser a massa total do sistema, em função de x, ao final 
da reação? Justifique sua resposta.
 8. +Enem [H3] Ao longo da História ocorreu uma marcha gra-
dual do ser humano em direção à interpretação científica dos 
fenômenos, distanciando-se do misticismo. Isso não significa, 
no entanto, que as crenças populares são sempre despidas 
de verdade científica. Em alguns momentos, como na época 
dos alquimistas, a mística e a Ciência chegaram a ser, em 
alguns aspectos, quase que indissociáveis. Isso implica que:
a) os alquimistas não foram responsáveis por nenhuma 
contribuição ao conhecimento científico.
b) o termo “sabedoria popular” não deve ser usado, já 
que o único conhecimento válido é aquele que pode-
mos quantificar e medir sob o rigor científico. 
c) a visão crítica a respeito de todos os fenômenos que 
presenciamos não auxilia a obtenção de conhecimen-
to científico.
d) a compreensão das diversas formas de conhecimento 
do passado e do presente é fundamental para auxiliar 
a construção da verdade científica.
e) os alquimistas eram líderes religiosos que não tinham 
compromisso com o desenvolvimento da Ciência, 
atendendo apenas aos seus próprios interesses.
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 9. (UTPR) Tradicionalmente, podemos defi nir a Pré-História como o período anterior ao aparecimento da escrita. Portanto, esse 
período é anterior há 4000 a.C., pois foi por volta desta época que os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme. Com 
base nesse entendimento, qual a alternativa que apresenta características das atividades do homem na fase paleolítica?
a) Os homens aprenderam a polir a pedra. A partir de então, conseguiram produzir instrumentos (lâminas de corte, ma-
chados, serras com dentes de pedra) mais efi cientes e mais bem acabados.
b) Os homens descobriram uma forma nova de obter alimentos: a agricultura, que os obrigou a conservar e cozinhar os 
cereais.
c) Semeando a terra, criando gado, produzindo o próprio alimento, os homens não tinham mais por que mudar constan-
temente de lugar e tornaram-se sedentários.
d) Os homens conheciam uma economia comercial e já praticavam os juros.
e) Os homens ainda não produziam seus alimentos, não plantavam e nem criavam animais. Em verdade, eles coletavam 
frutos, grãos e raízes, pescavam e caçavam animais.
 10. O desenvolvimentoda Filosofi a foi importante, do ponto de vista científi co, para que a humanidade tenha atingido o nível 
atual de desenvolvimento tecnológico. Comente uma contribuição da Filosofi a nesse sentido.
 11. Por que a capacidade de manuseio do ferro foi considerada um avanço para a humanidade?
 12. (Vunesp) Numa viagem, um carro consome 10 kg de gasolina. Na combustão completa desse combustível, na condição de 
temperatura do motor, formam-se apenas compostos gasosos. Considerando-se o total de compostos formados, pode-se 
afi rmar que estes:
a) não têm massa.
b) pesam exatamente 10 kg.
c) pesam mais que 10 kg.
d) pesam menos que 10 kg.
e) são constituídos por massas iguais de água e gás carbônico.
Qu’mica em todo lugar
Quando falamos em Química, estamos nos baseando diretamente na defi nição da 
Química como Ciência.
Assim, ao avaliarmos tudo o que nos cerca, estruturas inertes ou em constantes trans-
formações, que se movimentam ou não, compostos macios ou ásperos, enfi m, o todo que 
nos é apresentado pela natureza (e até os reconhecidamente artifi ciais) está relacionado 
e é dependente da defi nição que acabamos de mencionar. Portanto, podemos concluir 
que a Química está em todo lugar!
Para facilitarmos esse entendimento, organizaremos nosso pensamento de maneira 
mais técnica. Para isso, é necessário que saibamos algumas determinações científi cas, 
para que possamos ter uma visão científi ca da natureza. Portanto, seguem algumas defi -
nições úteis para nossa análise:
• Matéria: nome dado a todos os tipos de materiais que existem no Universo. Água, por 
exemplo.
• Sistema: parte do Universo selecionada para ser objeto de estudo. Água de um rio, por 
exemplo.
• Corpo: defi nido como uma porção limitada de um sistema e, consequentemente, da 
matéria. Copo de água, por exemplo.
• Objeto: porção limitada de matéria que, por sua forma especial, se presta a determina-
do uso. Gelo em cubo, por exemplo.
• Substância: material essencial que forma qualquer estrutura da natureza. H
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O, por 
exemplo, forma a água, estrutura do cubo de gelo.
A partir de agora, para onde quer que olhemos, “enxergaremos” Química, e nossa ava-
liação dependerá somente da amplitude de nossa curiosidade. Ou seja, ao olharmos, por 
exemplo, a paisagem de um litoral com belas praias, podemos concluir que existe a areia 
(matéria) que as compõe, que a praia mais bonita tem um formato de ferradura (sistema), 
que esta é constituída de centenas de milhares de minúsculos grãos de areia e que cada 
grão (corpo) é constituído de sílica (SiO
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 – substância).
Defi nição
 Qu’mica : Ciência responsável 
pelo estudo das substâncias 
da natureza e dos elementos 
que as formam. Avalia as 
características dessas substâncias 
e suas eventuais combinações. 
Trata dos processos de obtenção 
e identifi cação e também 
de suas aplicações. Estuda as 
ligações estabelecidas entre 
os elementos, bem como a 
energia envolvida durante essas 
transformações.
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12 CAPÍTULO 1
Produto químico faz mal?
Algumas pessoas acham que todo produto químico é artificial e faz mal. Assim, uma 
propaganda que anuncia um “alisante sem química” pretende passar a ideia de um produ-
to totalmente natural, sem substâncias perigosas e prejudiciais à saúde. A associação da 
química com o que é artificial é errada, pois, como vimos, todos os materiais que existem, 
naturais ou artificiais, são formados por substâncias químicas, e o mal causado por um 
produto químico – seja natural ou artificial – depende da forma como ele é usado.
O caso dos plásticos na natureza
Não podemos pensar no nosso dia a dia sem a presença de algum tipo de plástico. Os 
plásticos fazem parte de um grupo de substâncias formado por materiais orgânicos de 
constituição macromolecular, dotada de grande maleabilidade (com a qual se conseguem 
as mais distintas formas), de fácil transformação mediante o emprego de calor e pressão, 
e que também servem de matéria-prima para a fabricação de vários objetos: vestuário, 
painéis de automóveis, cortinas, bijuterias e até próteses ósseas.
A origem da matéria-prima para a produção dos plásticos geralmente é o petróleo. 
Este é uma complexa mistura de substâncias químicas, entre as quais se encontram, ma-
joritariamente, os hidrocarbonetos (compostos formados exclusivamente pelos elemen-
tos químicos carbono e hidrogênio), que se diferem basicamente pela volatilidade, a qual 
possibilita a separação dos distintos compostos por um processo chamado de destilação 
fracionada, que será estudado oportunamente.
Esses plásticos, conhecidos cientificamente por polímeros, produzidos a partir dessas 
frações, são subdivididos em termofixos (que podem sofrer decomposição se submetidos 
a altas temperaturas) e termoplásticos (muito versáteis e de grande facilidade de uso, 
além de serem recicláveis). Têm as mais variadas aplicações e estruturas, sendo os mais 
comuns os exemplos que seguem.
Politereftalato de etileno: nome científico do PET, um 
termoplástico que pode ser reduzido a fibras e filmes. É o plástico 
principal das embalagens com fecho (para alimentos) e das 
garrafas de refrigerantes.
Poliestireno: capaz de formar um plástico rígido e resistente a 
impactos. Compõe móveis, monitores de computador e TVs, 
copos plásticos e outros utensílios. Quando aquecido com tipos 
específicos de gases na mistura, forma o isopor, material leve, 
moldável e um excelente isolante.
Politetrafluoroetileno: nome científico do Teflon®. Este polímero 
é estável, resistente a altas temperaturas e a várias substâncias 
químicas. Apresenta uma superfície quase sem atrito. O Teflon® 
é usado como fita de vedação de roscas de torneiras e em 
utensílios para a cozinha, canos, revestimentos à prova de água 
e filmes.
Policloreto de vinila: o PVC é um termoplástico que após a 
produção torna-se frágil. Para corrigirem isso, os fabricantes 
adicionam um líquido plastificante, tornando-o macio e maleável. 
O PVC é muito usado em tubulações e encanamentos, por 
ser durável, de difícil corrosão e mais barato que tubulações 
metálicas.
Alisante sem química
O anúncio afirma tratar-se de 
um alisamento de cabelo “sem 
química”. Para que tenhamos um 
bom aproveitamento da matéria 
“cosmético”, temos de entender 
que o sistema “alisante” está 
inserido numa embalagem que 
constitui o corpo e que é formado, 
nesse caso, por várias substâncias, 
entre elas, a glicerina.
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Apesar de sua importância para as nossas necessidades diárias, os polímeros sintéti-
cos não são biodegradáveis, ou seja, permanecem inalterados, química e fi sicamente, por 
muitos e muitos anos na natureza após serem jogados fora.
O que impede sua degradação é o fato de sua estrutura química não permitir que ocor-
ra a necessária absorção de radiação ultravioleta (UV), ou mesmo que sofram decomposi-
ção por ação de microrganismos, como bactérias, fungos e algas. Cabe salientar que nos 
próprios projetos originais de formulação desses materiais ocorre adição de substâncias 
foto e termoestabilizantes, que atuam para difi cultar sua degradação e atestar seu alto 
desempenho.
Na tentativa de amenizar o problema e reduzir o impacto causado pelo descarte dos 
utensílios à base de polímeros, a indústria vem atuando na forma de produzir estruturas 
que agridam menos o meio ambiente. Por exemplo, tenta-se hoje intensifi car a produção 
das sacolas oxibiodegradáveis, cujo tempo de decomposição é mais rápido, de aproxima-
damente 18 meses. Nesse caso, o que poucos sabem é que o material oxibiodegradável 
contém um aditivo que entra em funcionamento apenas na presençadireta de luz e calor 
acima de 40 °C, fazendo o plástico se decompor, ou seja, isso só acontece em condições de 
luz e temperatura específi cas! Portanto, é a reação fotoquímica que promove a degrada-
ção por interferência de um fator físico, e não os seres vivos, por isso é errado dizer que 
tais sacolas são biodegradáveis.
Soluções
Diante desse cenário, vários estudos com plásticos obtidos de matérias-primas vege-
tais ganham espaço, impulsionados tanto pelos preços do petróleo quanto pela crescente 
consciência ecológica. Assim, além de dispensar o uso do petróleo, uma fonte não renová-
vel e sabidamente poluidora, o bioplástico tem a característica de se degradar rapidamen-
te. Enquanto o produto tradicional demora até 500 anos para desaparecer na natureza, o 
bioplástico leva apenas 18 semanas.
Pesquisas recentes mostram que já existe a possibilidade de substituição dos “anti-
gos” plásticos por novos materiais biodegradáveis, sem perda da qualidade. Como exem-
plo, podemos citar novas estruturas que estão sendo testadas com êxito na construção 
civil, em aplicações como telas de proteção de fachada.
No entanto, o maior empecilho ainda é o preço, calculado entre o dobro e o triplo do 
plástico tradicional, cuja origem é o petróleo. Esse alto custo dos bioplásticos não se justi-
fi ca apenas pelo elevado custo da matéria-prima para sua produção; é atribuído, principal-
mente, ao baixo volume de sua produção, fato associado à ainda pequena diversidade de 
aplicação e também à difi culdade no processamento desses polímeros. Contudo, quando 
os plásticos biodegradáveis apresentarem novas e emergentes aplicações, sua produção 
certamente vai aumentar. E o planeta agradecerá. 1
Defi nição
 Biodegradável : todo material 
que após o seu uso pode 
ser decomposto de maneira 
espontânea pela ação do meio 
ambiente.
Curiosidade
1 Tempo de degradação dos 
materiais
Resíduo
Tempo de 
decomposição
Jornais de 2 a 6 semanas
Embalagens 
de papel
de 1 a 4 meses
Guardanapos 
de papel
3 meses
Pano de 6 a 12 meses
Pontas de 
cigarro
2 anos
Palito de 
fósforo
2 anos
Chiclete 5 anos
Cascas de 
frutas
3 meses
Madeira 
pintada 
13 anos
Nylon de 30 a 40 anos
Copinhos de 
plástico
de 200 a 450 anos
Latas de 
alumínio
de 100 a 500 anos
Tampinhas 
de garrafa
de 100 a 500 anos
Pilhas e 
baterias 
de 100 a 500 anos
Garrafas de 
plástico
mais de 500 anos
Fralda 
descartável
600 anos
Vidro indeterminado
Pneus indeterminado
Fonte: GRIPPI, S. Lixo, reciclagem e sua 
hist—ria: guia para as prefeituras brasileiras. 
Rio de Janeiro: Interciência, 2001. p. 134.
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As garrafas plásticas são feitas 
de um polímero denominado 
politereftalato de etileno, cujo 
tempo de degradação pode 
chegar a mais de 500 anos. Além 
disso, podem causar a morte de 
animais, como a tartaruga, por 
intoxicação ou mesmo por asfi xia.
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14 CAPÍTULO 1
Reciclagem do PET no Brasil
Características do PET
O politereftalato de etileno (PET) é classificado como um polímero termoplástico e pode, por isso, ser reprocessado 
diversas vezes pelo mesmo processo de transformação ou por outro. Sabe-se que, quando são aquecidos a temperaturas 
adequadas, esses plásticos tendem a amolecer até chegar à fusão, podendo, então, ser novamente moldados. 
O PET apresenta algumas características importantes, como:
• grande transparência;
• resistência a impactos;
• mais leveza em relação às embalagens tradicionais;
• brilho intenso.
As embalagens de PET são ideais para o acondicionamento de alimentos, uma vez que impossibilitam a troca de gases e 
a absorção de odores externos, mantendo as características originais dos produtos. Além disso, são leves e muito versáteis.
Para se encontrar em condições adequadas para a reciclagem – o PET é 100% reciclável –, a embalagem deverá estar 
amassada, torcida, sem ar e sem resíduos em seu interior. No caso de garrafas, basta torcer e amassar bem o recipiente e 
depois colocar de volta a tampa de rosca bem vedada, para impedir a entrada de ar. Se a tampa não for de rosca, basta sim-
plesmente torcer ou amassar bem a embalagem. Ironicamente, ainda não existe um amassador doméstico desenvolvido 
para compactar embalagens PET.
Características do processo de reciclagem
Desde a entrada da embalagem de PET no Brasil, em 1988, são indiscutíveis os benefícios que o consumidor conquistou. 
Em contrapartida, trouxe também o desafio de sua reciclagem, que fez o brasileiro despertar para a questão do tratamen-
to das mais de 200 mil toneladas de lixo descartadas diariamente em todo o país. Com o problema da destinação do lixo 
batendo à porta, ficou inevitável tratá-lo com responsabilidade. Eis que a reciclagem assumiu um papel vital no equilíbrio 
economia-natureza.
O PET é um dos plásticos mais reciclados em todo o mundo por causa da sua grande variedade de aplicações e de seu 
baixo custo de reciclagem em comparação a outros polímeros. Tais embalagens, quando recicladas, têm várias vantagens 
sobre as outras do ponto vista da energia necessária, do consumo de água, do impacto ambiental, dos benefícios sociais, 
entre outras.
Pode-se resumir o processo de reciclagem de qualquer material da seguinte maneira:
• Coleta: obtenção do material para reciclagem.
• Seleção: separação dos vários tipos de material em classes.
• Revalorização: descontaminação e adequação.
• Transformação: processo final que gera outro produto vendável.
As etapas de coleta e seleção são as que representam o grande desafio da reciclagem do PET descartado. Enquanto a 
indústria gasta milhões de dólares em logística, distribuição e marketing para que, no final, os consumidores comprem pro-
dutos embalados em PET e os levem até suas casas, é a organização adequada da logística para o retorno das embalagens 
pós-consumo que vai viabilizar a reciclagem de qualquer material, inclusive o PET. Somente nas regiões metropolitanas do 
Brasil são 15 milhões de domicílios, 50 milhões de pessoas e 6 bilhões de embalagens de PET anualmente. Logo, por não 
termos uma logística de coleta e seleção eficaz e adequada, por causa da falta de políticas públicas e também da escassa 
consciência ecológica da sociedade brasileira, o Brasil deixa de economizar 6 bilhões de dólares/ano por não reciclar os 
materiais presentes nas 200 mil toneladas de lixo geradas diariamente. No fim das contas, isso acaba acarretando, também, 
um significativo custo ao meio ambiente e às condições sociais de vida da população, o que torna urgente a prática de uma 
política nacional de resíduos sólidos, de ações estaduais e municipais para a viabilização da logística de coleta e seleção, 
além do fortalecimento da indústria da reciclagem no Brasil.
Benefícios da reciclagem do PET
Requer, em média, apenas 30% da energia necessária para a produção de matéria-prima. Reduz o volume de lixo coleta-
do, proporcionando melhorias sensíveis no processo de decomposição da matéria orgânica.
Economiza energia elétrica e petróleo. Gera empregos (catadores, sucateiros, operários, etc.). Barateia aproximadamen-
te 30% o produto, em comparação aos fabricados com matéria-prima virgem.
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Atividades
 16. A produção de plásticos é feita por meio de reações de 
polimerização. Essas reações utilizam como matéria-prima, 
principalmente:
a) madeira.
b) alimentos.
c) vidro.
d) petróleo.
e) óleo mineral.
 17. Como podemos defi nir um produto não biodegradável? 
Quais são os males ao meio ambiente que eles podem 
causar?
 18. Explique por que a capacidade de produzir plásticos foi 
importante para o desenvolvimento tecnológico e o coti-
diano do ser humano.
 19. As 4 etapas principais que resumem qualquer processo de 
reciclagem são, nesta ordem:
a) coleta, revalorização, seleção e distribuição.
b) coleta, seleção, distribuição e revalorização.c) coleta, seleção, revalorização e transformação.
d) coleta, transformação, seleção e distribuição.
 13. Defi na, em poucas palavras, o que é um material biode-
gradável. Dê dois exemplos.
 14. (Fuvest-SP) A embalagem de um produto comestível “na-
tural” traz impressos os dizeres: “Isento de elementos 
químicos”.
a) Explique por que essa informação é incorreta.
b) Como ela poderia ser enunciada corretamente?
 15. (Faap-SP) No texto: “Um escultor recebe um bloco retan-
gular de mármore e habilmente o transforma na estátua de 
uma celebridade do cinema”, podemos identifi car matéria, 
corpo e objeto e, a partir daí, defi nir esses três conceitos.
 I. Matéria (mármore): tudo aquilo que tem massa e ocu-
pa lugar no espaço.
 II. Corpo (bloco retangular de mármore): porção limitada 
de matéria que, por sua forma especial, se presta a um 
determinado uso.
 III. Objeto (estátua de mármore): porção limitada de 
matéria.
Assinale:
a) se somente a afi rmativa I é correta.
b) se somente a afi rmativa II é correta.
c) se somente a afi rmativa III é correta.
d) se somente as afi rmativas I e II são corretas.
e) se as afi rmativas I, II e III são corretas.
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16 CAPÍTULO 1
 20. +Enem [H8] Observe a fi gura, que representa o processo 
de purifi cação da água para consumo.
Reservatório elevado
Floculação Decantação Filtração
Rede de distribuição
Cloro e fl úor
Represa
AdutoraAdutora de 
captação
Sulfato de alumínio, 
cal, cloro
Canal de água 
fi ltrada Carvão ativado
Areia
Cascalho
Reservatório de 
água tratada
Fonte: <www.aquastore.com.br/default.aspx?code=62>
A importância desse processo reside no fato de que:
a) a água é um recurso fundamental e inesgotável, de 
modo que a sua purifi cação é um processo dispensável.
b) a água própria para consumo humano não é abun-
dante em todos os territórios do mundo, e sua purifi -
cação é um processo estratégico para diversos países.
c) a purifi cação é um processo empírico, não dependen-
te de conhecimento técnico-científi co.
d) o processo esquematizado envolve apenas transfor-
mações químicas, não passando por nenhum tipo de 
processo físico.
e) a existência desse processo torna dispensável a preo-
cupação com a poluição e as outras formas de perda 
dos cursos-d’água no mundo.
Complementares Tarefa proposta 15 a 24
 21. Dê um exemplo de substância que, dependendo 
do contexto, pode ser benéfica ou trazer prejuízos. 
Justifique.
 22. Classifi que as estruturas a seguir como matéria, sistema, 
corpo, objeto ou substância.
 I. Botijão de gás
 II. Gás
 III. Oxigênio do ar da cidade de São Paulo
 IV. Gás de cozinha
 23. Qual é uma das principais críticas à utilização de plásticos 
pelo ser humano?
 24. Paracelso, que viveu de 1493 a 1541, afi rmava que “a di-
ferença entre um remédio e um veneno está na dose de 
prescrição”. Cite um exemplo que justifi que essa afi rmação.
Tarefa proposta
 1. (UFAL) Os hititas, por volta de 2000 a.C., conquistaram o 
Egito usando armas de ferro superiores às armas egípcias 
confeccionadas em bronze. Sobre esses materiais pode-se 
afi rmar corretamente que:
a) ferro e bronze são exemplos de substâncias puras.
b) o bronze, uma liga de ferro e carbono, é menos resis-
tente que o ferro puro.
c) o bronze é muito frágil por ser um não metal.
d) somente o bronze é um exemplo de substância pura.
e) o bronze é uma liga metálica constituída principal-
mente de cobre e estanho.
 2. A noção de “átomo” foi apresentada por dois fi lósofos 
gregos. Dê seus nomes e comente sucintamente sobre 
essa teoria.
 3. (Enem) Na fabricação de qualquer objeto metálico, seja um 
parafuso, uma panela, uma joia, um carro ou um foguete, 
a metalurgia está presente na extração de metais a partir 
dos minérios correspondentes, na sua transformação e sua 
moldagem. Muitos dos processos metalúrgicos atuais têm 
em sua base conhecimentos desenvolvidos há milhares de 
anos, como mostra o quadro:
Milênio antes de 
Cristo
Método de extração 
e operação
Quinto milênio 
a.C.
Conhecimento do ouro e do cobre 
nativo
Quarto milênio 
a.C.
Conhecimento da prata e das ligas de 
ouro e prata
Obtenção do cobre e chumbo a partir 
de seus minérios
Terceiro milênio 
a.C.
Obtenção do estanho a partir do 
minério
Uso do Bronze
Segundo milênio 
a.C.
Introdução do fole e aumento da 
temperatura de queima
Início do uso do ferro
Primeiro milênio 
a.C.
Obtenção de mercúrio e dos amálgamas
Cunhagem de moedas
Podemos observar que a extração e o uso de diferentes 
metais ocorreram a partir de diferentes épocas. Uma das 
razões para que a extração e o uso do ferro tenham ocor-
rido após a do cobre ou estanho é: 
a) a inexistência do uso de fogo que permitisse sua mol-
dagem. 
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b) a necessidade de temperaturas mais elevadas para sua 
extração e moldagem. 
c) o desconhecimento de técnicas para a extração de 
metais a partir de minérios. 
d) a necessidade do uso do cobre na fabricação do ferro. 
e) seu emprego na cunhagem de moedas, em substitui-
ção ao ouro.
 4. (UEPC-SP) Uma observação é simplesmente um registro do 
que ocorreu na experiência ou no fenômeno. Uma inter-
pretação inclui referência ao signifi cado, a implicações ou 
a relações indiretas com outras observações. Com relação 
à combustão de uma vela, qual das afi rmações é mais uma 
interpretação do que uma observação? 
a) A parte superior da vela toma a forma de uma concha 
na qual há um líquido incolor. 
b) O barbante, ou pavio, acende quando um palito de 
fósforo aceso fi ca perto dele por alguns segundos. 
c) A forma da chama assemelha-se a uma lágrima alongada. 
d) A vela arde, produzindo dióxido de carbono e água. 
e) A vela arde, fornecendo luz e calor.
 5. (Enem)
Quando defi nem moléculas, os livros geralmente apre-
sentam conceitos como: “a menor parte da substância ca-
paz de guardar suas propriedades”. A partir de defi nições 
desse tipo, a ideia transmitida ao estudante é a de que o 
constituinte isolado (moléculas) contém os atributos do 
todo. 
É como dizer que uma molécula de água possui 
densidade, pressão de vapor, tensão superfi cial, ponto de 
fusão, ponto de ebulição, etc. Tais propriedades pertencem 
ao conjunto, isto é, manifestam-se nas relações que as 
moléculas mantêm entre si. 
Adaptado de OLIVEIRA, R. J. O mito da substância. 
Qu’mica Nova na Escola, n. 1, 1995.
O texto evidencia a chamada visão substancialista que 
ainda se encontra presente no ensino da Química. A se-
guir estão relacionadas algumas afi rmativas pertinentes 
ao assunto. 
 I. O ouro é dourado, pois seus átomos são dourados. 
 II. Uma substância “macia” não pode ser feita de molé-
culas “rígidas”. 
 III. Uma substância pura possui pontos de ebulição e fu-
são constantes, em virtude das interações entre suas 
moléculas. 
 IV. A expansão dos objetos com a temperatura ocorre 
porque os átomos se expandem. 
Dessas afi rmativas, estão apoiadas na visão substancialis-
ta criticada pelo autor apenas:
a) I e II. 
b) III e IV. 
c) I, II e III. 
d) I, II e IV. 
e) II, III e IV.
 6. O bronze é uma liga metálica composta, basicamente, de 
dois metais distintos. Dê o nome desses metais e mais dois 
exemplos de ligas metálicas.
 7. A capacidade do ser humano de fi xar-se a determinados 
locais em vez de perpetuar o comportamento nômade 
foi importante para o desenvolvimento tecnológico? 
Comente.
 8. A alquimia antiga teve suas bases determinadas por ideias 
que vinham da Grécia antiga. Comente sobre alguns fi ló-
sofos que contribuíram para as ideias gerais que serviram 
de base para o desenvolvimento da alquimia.
 9. A lei da conservação das massas de Lavoisier está funda-
mentada em observações experimentais. Suas conclusões, 
além de colocarem um ponto fi nal na teoria do fl ogístico, 
também determinaram uma ruptura com as explicações 
fi losóficas dos antigos gregos para as transformações da 
natureza. Assim, que elementos científi cos proporciona-
ram a Lavoisier criar tal mudança de paradigma?
 10. (Fuvest-SP) Os pratos A e B de uma balança foram equili-
brados com um pedaço de papel em cada prato e efetuou-
-se a combustão apenas do material contido no prato A. 
Esse procedimento foi repetido com palha de aço em lugar 
de papel. Após cada combustão, observou-se:
 Com papel: Com palha de aço:
a) A e B no mesmo nível. A e B no mesmo nível.
b) A abaixo de B. A abaixo de B.
c) A acima de B. A acima de B.
d) A acima de B. A abaixo de B.
e) A abaixo de B. A e B no mesmo nível.
 11. (Fuvest-SP) O conjunto esquematizado contém inicialmen-
te os reagentes A e B separados. Utilizando dois conjuntos 
desse tipo, são realizados os experimentos 1 e 2, misturan-
do-se A e B, conforme descrito a seguir.
Experimento 1
Reagente A: solução aquosa de nitrato de prata.
Reagente B: pó de cloreto de sódio.
Produtos: cloreto de prata sólido e solução aquosa de ni-
trato de sódio.
Experimento 2
Reagente A: solução aquosa de cloreto de hidrogênio.
Reagente B: pó de carbonato de sódio.
Produtos: água líquida, gás carbônico e solução aquosa 
de cloreto de sódio.
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18 CAPÍTULO 1
Designando por I a massa inicial de cada conjunto (antes 
da mistura) e por F1 e F2 suas massas finais (após mistu-
rar), tem-se:
a) Experimento 1: F1 = I; experimento 2: F2 = I
b) Experimento 1: F1 = I; experimento 2: F2  I
c) Experimento 1: F1 = I; experimento 2: F2 , I
d) Experimento 1: F1  I; experimento 2: F2  I
e) Experimento 1: F1 , I; experimento 2: F2 , I
 12. +Enem [H3] Dentro do estudo da Química, existem as 
chamadas leis ponderais, que regem os princípios definido-
res da maneira como as reações químicas se organizam do 
ponto de vista quantitativo. A lei ponderal da conservação 
da massa:
a) é um conceito que não tem validade atualmente.
b) deve-se ao cientista Antoine Lavoisier, tendo sido 
revisitado e reafirmado pelo conhecimento químico 
atual.
c) afirma que a massa de um átomo é sempre constante, 
salvo quando o mesmo sofre decaimento radioativo.
d) é válida somente para os casos em que um produto 
gasoso é obtido em um ambiente fechado.
e) é um princípio que depende de imaginar experimentos 
químicos.
 13. Você acredita que o ceticismo constitui uma característica 
importante para o desenvolvimento da Ciência? Defenda 
sua posição.
 14. É uma característica do processo científico:
a) A verdade absoluta quanto a fenômenos observados.
b) A repetição e reprodutibilidade de experimentos.
c) A desorganização criativa.
d) A interpretação unilateral de fenômenos observados.
 15. A palavra “química” muitas vezes é usada para identificar 
uma substância artificial. A Química só estuda materiais 
que não são naturais? Explique.
 16. (UPM-SP) Certas propagandas recomendam determinados 
produtos, destacando que são saudáveis por serem natu-
rais, isentos de química. Um aluno atento percebe que essa 
afirmação é:
a) verdadeira, pois o produto é dito natural porque não é 
formado por substâncias químicas.
b) falsa, pois as substâncias químicas são sempre benéficas.
c) verdadeira, pois a química só estuda materiais artificiais.
d) enganosa, pois confunde o leitor, levando-o a crer que 
“química” significa não saudável, artificial.
e) verdadeira, somente se o produto oferecido não conti-
ver água.
 17. Existe diferença entre os conceitos de corpo e objeto? 
Explique.
 18. Observe o anúncio exposto na porta de um salão de beleza. 
Aqui fazemos escova sem química.
Faça uma reflexão crítica do significado desse anúncio, 
explicando uma inconsistência nessa afirmação.
 19. (Vunesp) Todos os dias, o lixo é produzido em todas as ci-
dades. Existem formas mais adequadas para o encaminha-
mento desses resíduos. Isso trará benefício econômico e 
ambiental. Por exemplo, restos de alimentos, lixo hospita-
lar (de clínicas médicas e odontológicas) e resíduos sólidos 
(vidros, plásticos, papéis, metais) devem ser encaminhados, 
respectivamente, para:
a) usina de compostagem, aterro sanitário e reciclagem.
b) biodigestor, lixão e usina de compostagem.
c) usina de compostagem, incineração e reciclagem.
d) incineração, incineração e lixão.
e) lixão, incineração e biodigestor.
 20. Comente alguns benefícios trazidos pelos processos de 
reciclagem.
 21. (UPM-SP) Seathl, chefe indígena americano, em seu 
famoso discurso, discorre a respeito dos sentimentos 
e dos cuidados que o homem branco deveria ter para 
com a Terra, à semelhança com os índios, ao se as-
senhorear das novas regiões. E ao final, diz: “Nunca 
esqueças como era a terra quando dela tomaste posse. 
Conserva-a para os teus filhos e ama-a como Deus nos 
ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o 
mesmo Deus. Nem mesmo o homem branco pode evitar 
nosso destino comum”.
O discurso adaptado, publicado na revista Norsk Natur, 
Oslo, em 1974, nunca esteve tão atual. O homem, procu-
rando tornar sua vida mais “confortável”, vem destruin-
do e contaminando tudo ao seu redor, sem se preocupar 
com os efeitos desastrosos posteriores. Esses efeitos po-
dem ser causados por:
 I. liberação desenfreada de gases-estufa.
 II. destruição da camada de ozônio.
 III. uso descontrolado de agrotóxicos e inseticidas.
 IV. desmatamento e queimadas.
É correto afirmar que contribuem para o agravamento 
dos problemas as causas citadas em:
a) I, II e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) I, II, III e IV.
e) II e IV, apenas.
 22. As várias vantagens do plástico, como sua durabilidade e 
resistência à ação de muitos produtos químicos, se trans-
formam em desvantagens, quando o objeto de plástico 
é jogado fora, pelo fato de sua biodegradabilidade ser 
muito baixa. A fim de que não ocorra poluição ambiental, 
tem-se recomendado a reciclagem de produtos plásti-
cos industriais. Nesse contexto, assinale a alternativa 
incorreta.
a) O objetivo de dar-se o código de identificação aos 
plásticos é facilitar a sua separação dos outros políme-
ros, para serem incinerados.
b) A matéria-prima usada na produção de polímeros sin-
téticos é não renovável e limitada.
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c) Na reciclagem de plásticos, os polímeros são trans-
formados em novos materiais, menos tóxicos para o 
ambiente.
d) Os produtos obtidos por reciclagem têm uma vida útil 
mais curta.
e) Os cabos de panela feitos com o polímero baquelite 
podem ser reciclados.
 23. (FGV-SP) 
Segundo relatório sobre o IDH, a proporção de pes-
soas que vivem em habitações sem água potável no Bra-
sil caiu apenas quatro pontos percentuais: de 17% em 
1990 para 13% em 2001. A meta é atingir 8% em 2015. 
A situação é ainda mais grave se forem levadas em con-
ta as diferenças regionais. O acesso à água potável vem 
crescendo nas áreas urbanas e retrocedendo nas áreas 
rurais. Em 1990, 46% da população residente no campo 
não tinham acesso à água. Dez anos depois, o número 
cresceu para 47%.
Fonte: Instituto Brasileiro de Produção Sustentável 
e Direito Ambiental.
Sobre os dados enunciados no texto é válido afi rmar:
 I. Todos têm acesso à água, porém alguns não recebem 
água pura, ou seja, água sem qualquer substância quí-
mica misturada.
 II. Parte dos brasileiros não tem acesso à água potável, 
ou seja, aquela que não possui substâncias tóxicas 
nem organismos patogênicos.
 III. 13% dos brasileiros têm acesso à água potável por-
que estão na região mais favorecida em termos de 
mananciais.
 IV. Brasileiros que vivem nas áreas urbanas podem ter 
maior acesso à água sem quaisquer elementos noci-
vos à saúde do que os que vivem em algumas áreas 
rurais.
A alternativa que contém todas as afi rmações válidas é:
a) apenas I. 
b) apenas I e II.
c) apenas I e V.
d) apenas II e III.
e) apenas II eIV.
 24. +Enem [H9] Observe a tabela a seguir.
Material Tempo de decomposição*
Casca de banana ou laranja de 2 a 24 meses
Papel de 3 meses a vários anos
Papel plastifi cado de 1 a 5 anos
Pano de 6 meses a 1 ano
Ponta de cigarro de 3 meses a 20 anos
Meias de lã de 10 a 20 anos
Chiclete 5 anos
Madeira pintada de 13 a 14 anos
Fralda descartável 600 anos
Nylon de 3 a 30 anos
Sacos plásticos de 30 a 40 anos
Plástico 450 anos
Garrafas plásticas indefi nido
Metal mais de 100 anos
Couro até 50 anos
Borracha tempo indeterminado
Alumínio de 80 a 1 000 anos
Vidro de 4 mil a 1 milhão de anos
Embalagem longa-vida 100 anos
Palito de fósforo 6 meses
*O tempo de decomposição varia segundo as condições do ambiente em que está.
Fonte: <www.lixo.com.br>
Os dados da tabela revelam que:
a) apenas grandes objetos apresentam tempo de decom-
posição prolongado.
b) alguns polímeros, como as garrafas plásticas e a bor-
racha, estão entre os dejetos que necessitam de mais 
tempo para serem processados pelo ambiente.
c) não há exemplares de lixo orgânico que tenham tem-
po de decomposição maior do que alguns dias.
d) a maior parte das substâncias feitas ou aprimoradas pelo 
ser humano decompõe-se rapidamente na natureza.
e) não há indícios da necessidade de o ser humano aten-
tar-se para as formas corretas de dispensação e mane-
jo do lixo.
 Vá em frente 
Acesse
No link a seguir, você poderá assistir a um episódio da série “Legendas da Ciência”. Nela, os fi lósofos Michel Serres e 
Robert Pansard-Besson mostram vários experimentos de Newton e Lavoisier e comentam a interação entre as Ciências 
da Natureza e a Filosofi a.
<www.youtube.com/watch?v=bnrSv4ZPQo8>. Acesso em: 4 out. 2017
Autoavaliação:
V‡ atŽ a p‡gina 95 e avalie seu desempenho neste cap’tulo.
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 ► Perceber que o átomo não é 
indivisível.
 ► Relacionar as diferentes 
características das partículas 
subatômicas (massa e carga).
 ► Comparar os conceitos de 
número atômico e número 
de massa. 
 ► Reconhecer as semelhanças 
na composição de átomos e 
o conceito de íons.
 ► Aplicar o diagrama das 
diagonais em qualquer 
situação-problema.
Principais conceitos 
que você vai aprender:
 ► Evolução dos modelos 
atômicos
 ► Relações entre as partículas 
subatômicas
 ► Semelhanças na composição
 ► Íons
 ► Distribuição eletrônica
 ► No infográfi co selecionado 
para este capítulo, você vai 
conhecer o átomo e sua 
estrutura em detalhes.
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OBJETIVOS
DO CAPÍTULO
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ÁTOMO
A Suíça abriga a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern), um dos maiores 
centros geradores de conhecimento em Física e Química do mundo. Dentre os vários de-
partamentos que formam esse grande centro, o responsável pelo estudo das partículas 
tem uma das maiores máquinas do mundo: o Large Hadron Collider (ou Grande Colisor 
de Hádrons). Trata-se do maior acelerador de partículas construído e operante do mundo. 
Pela colisão entre dois átomos, com incrível precisão, ocorre a fragmentação de toda a es-
trutura nuclear atômica, permitindo o estudo individualizado das menores subpartículas 
que os instrumentos de medição conseguem alcançar.
Para conseguirmos reconstruir de forma precisa a estrutura de tudo aquilo que enxer-
gamos (ou não) à nossa volta, é necessário, portanto, destruir! Muitas vezes, assim funcio-
na o método científi co – os resultados nem sempre partem de experimentos óbvios.
• Você consegue pensar em algum processo – na área da saúde, da engenharia, ou algo 
semelhante – que também necessita de destruição para atingir seu objetivo fi nal?
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Rastreamento de partículas 
observado do Grande Colisor de 
Hádrons.
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Histórico
O desenvolvimento do conhecimento científi co encontra referência desde a Antigui-
dade até a busca pela pedra fi losofal, pelos alquimistas, durante a Idade Média. Entre 
propostas e questionamentos, viu-se notável evolução do volume de informações dispo-
níveis. Para se ter uma ideia, antes de 1700, Robert Boyle já contrariava a teoria dos qua-
tro elementos, defendida por Aristóteles, argumentando que tudo deveria ser realmente 
formado por átomos, retomando o que originalmente havia sido proposto por Leucipo e 
seu discípulo, Demócrito, por volta do século V a.C.
A partir da segunda metade do século XVIII e por todo o século seguinte, ocorreu um 
dos mais brilhantes períodos em termos de desenvolvimento científi co de toda a História. 
Os conceitos das propriedades dos gases, o conhecimento sobre meteorologia, a atmos-
fera e a eletricidade, as exigências experimentais de análise e, principalmente, as proposi-
ções a respeito da constituição da matéria datam dessa época.
Teoria atômica de Dalton
Em 1789, ano da publicação de seu livro Tratado elementar de qu’mica, Antoine Lavoi-
sier relata que, durante uma transformação química, a massa total permanecia constante. 
Todavia, por ainda não dispor de informações mais precisas sobre a origem da matéria, 
nem mesmo Lavoisier, cuja obra origina o que se costuma chamar de “química moderna”, 
quis se aprofundar no assunto. Logo, seu rigor em afi rmar somente aquilo que poderia 
ser determinado experimentalmente, fugindo do que era baseado apenas em hipóteses, 
fez com que suas ideias demorassem um pouco mais para serem integralmente aceitas.
Em 1808, baseando-se na lei da conservação da massa e em suas próprias experiên-
cias com gases, o inglês John Dalton, professor de ciências, remontou à ideia original dos 
gregos e posteriormente defendida por Boyle, afi rmando que tudo era constituído por 
pequenas partículas denominadas átomos, elaborando a primeira teoria atômica. Eis a 
seguir as defi nições de Dalton.
• A matéria seria formada por átomos, que são esferas maciças, indivisíveis, imutáveis, 
imperecíveis e que não podem ser criadas nem destruídas.
• Átomos com tamanhos e massas diferentes apresentariam propriedades diferentes. 
Átomos com tamanhos e massas iguais e que têm, portanto, as mesmas propriedades 
seriam átomos de um mesmo elemento.
• Os átomos poderiam se unir, formando novas substâncias.
• Numa transformação química, os átomos não seriam criados nem destruídos; seriam 
rearranjados, produzindo outras substâncias.
Esse modelo atômico hoje é conhecido como modelo bola de bilhar.
De acordo com Dalton, os átomos não são criados nem destruídos numa transforma-
ção química – eles são apenas rearranjados. Assim, os átomos que existiam antes conti-
nuam existindo depois da transformação e, se os átomos são os mesmos, a massa total 
também é a mesma.
O sucesso da teoria de Dalton acabou com a procura pela pedra fi losofal – aquela que 
transformaria qualquer metal em ouro. Segundo ele, os átomos são imutáveis, ou seja, um 
átomo de um elemento não pode ser transformado em outro elemento. Átomos de chum-
bo, por exemplo, nunca poderiam ser transformados em átomos de ouro. 1
Dalton concebeu a ideia do átomo 
sendo uma esfera maciça (como 
analogia, imagine uma bola de 
bilhar).
Curiosidade
1 Dalton apresentava 
incapacidade de diferenciar 
algumas cores, manifestando-se 
muitas vezes pela difi culdade 
em distinguir o verde do 
vermelho. Por ter sido o 
primeiro cientista a conhecer 
essa condição de que ele 
mesmo era portador, esta 
foi denominada daltonismo. 
Normalmente tem causa 
genética, mas lesões de origem 
neurológica ou nos órgãos 
responsáveis pela visão também 
são frequentes. Infelizmente, 
ainda não existe nenhum tipo 
de tratamento efi caz contra 
isso.
Defi nição
 Modelo atômico : forma 
esquemática, representativa, 
didática de se apresentar uma 
ideia sobre a estrutura atômica.
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22 CAPÍTULO 2
Teoria atômica de Thomson
Você já avaliou seu comportamentoquando um novo aluno chega de surpresa e se 
matricula em sua sala de aula? Qual é a sua primeira impressão? Que tipo de análise você 
faz a respeito do aluno recém-chegado? Será que você tem informações sufi cientes e ade-
quadas para conceituar com precisão tal pessoa nessas condições?
De modo geral, fazemos primeiro uma avaliação física da pessoa, não é? Bonita, ma-
gra, baixa, etc. Com o convívio, passamos a descobrir novas informações, como seus me-
dos, seus sonhos, seus gostos. Com isso, formamos outra impressão dela. Mas isso nunca 
acaba! Quanto mais informações obtemos, melhores são nossos diagnósticos.
Logo, a descoberta de novos “itens” sempre nos faz questionar o modelo determinado 
anteriormente. Isso também ocorreu com a estrutura do átomo, como veremos a seguir.
A descoberta do elétron
Considerando-se o fato de que descargas de energia já chamavam a atenção dos cientis-
tas desde o século XVII, experimentos realizados na época envolvendo tubos de vidro a baixa 
pressão e ligados a alguma fonte de cargas teriam como resultado um feixe de luzes no inte-
rior do tubo. Assim, à medida que cresciam os estudos com essa energia, chamada de raios 
catódicos, crescia também o debate científi co sobre a natureza e a constituição desses raios. 
Alguns cientistas, como William Crookes, defendiam a tese de que esses raios seriam forma-
dos por partículas. Em oposição, Eugene Goldstein dizia serem ondas eletromagnéticas.
Enfi m, essa foi uma questão bastante debatida no século XIX, só sendo resolvida com 
a publicação dos trabalhos, em 1897, de J. J. Thomson. Seu estudo consistia em tentar des-
viar os raios catódicos por meio de campo elétrico. Se tais desvios fossem observados, isso 
constituiria uma grande prova de que tais raios tinham cargas elétricas. Como o resultado 
foi um desvio para o lado positivo, essa observação veio provar que se tratava de partícu-
las minúsculas e de carga negativa: os elétrons. 1
Um novo modelo atômico
Pense agora: como explicar essa natureza “elétrica” pelo modelo atômico de Dalton? 
Como dissemos anteriormente, “quanto mais informações obtemos, melhores são nossos 
diagnósticos”. Fez-se necessário, então, além da criação de um novo conceito de matéria, 
o desenvolvimento de um novo modelo atômico.
Foi o próprio Thomson quem propôs esse novo modelo em 1898. De acordo com ele, o 
átomo seria uma esfera com elétrons na sua superfície. Para compensar as cargas negati-
vas dos elétrons, a esfera teria uma carga positiva sufi ciente para deixar o átomo neutro, e 
cada elemento químico teria um número diferente de elétrons. Esse modelo é conhecido 
como “pudim com passas”: a esfera positiva é o pudim e os elétrons que estão sobre ela 
são as passas.
O “pudim com passas” foi bem aceito pelos cientistas da época, que realmente confi a-
vam nas ideias de Thomson. Com isso, Thomson escreve novas páginas da história, inse-
rindo um novo paradigma da ciência: a divisibilidade da matéria! 2
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Tubo de raios catódicos usados 
por William Crookes.
Observações
1 No fi m do século XVIII, 
o estadunidense Benjamin 
Franklin, precursor dos 
estudos que deram origem 
ao para-raios, observou 
que há dois tipos de cargas 
elétricas na natureza. Essas 
cargas foram chamadas por 
ele, arbitrariamente, positivas 
ou negativas, nomes que são 
usados até hoje.
2 Os prótons foram 
descobertos por Eugene 
Goldstein, em 1886, usando 
um equipamento chamado 
tubo de raios canais, no qual 
era introduzido hidrogênio a 
baixa pressão, que produzia 
uma luminosidade por trás de 
um eletrodo chamado ânodo, 
que era atraído para um campo 
elétrico com carga negativa. 
À menor parte dos raios canais, 
Eugene Goldstein deu o nome 
de próton.
Elétrons
carregados
negativamente
Esfera carregada
positivamente
O átomo na visão de Thomson.
Defi nição
 Elemento químico : conjunto 
de átomos de mesmo número 
atômico.
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Teoria atômica de Rutherford
Na virada do século XIX para o XX, vendo a descoberta dos raios X 
e da radioatividade, o químico neozelandês Ernest Rutherford com 
seus colaboradores, Geiger e Marsden, começaram a trabalhar com 
emissões radioativas, principalmente aquelas denominadas partícu-
las alfa (α). Após alguns experimentos, a equipe de cientistas concluiu 
que a carga específi ca para as partículas alfa era positiva. Então, como 
explicar agora a existência de partículas positivas considerando-se o 
modelo de Thomson?
Pensando sobre isso, a equipe de Rutherford preparou o arranjo 
experimental apresentado ao lado.
Uma pequena amostra de polônio, colocada dentro de uma caixa de chumbo, fun-
cionava como fonte radioativa, emitindo partículas alfa. Esse feixe incidia sobre uma 
finíssima folha de ouro. De tão fina, as partículas alfa poderiam atravessá-la comple-
tamente, sem dificuldade. As partículas seriam mostradas, então, com a ajuda de um 
detector de partículas alfa, que consistiria numa camada de composto fluorescente 
(ZnS).
Para ilustrar, a montagem feita por Rutherford simula uma rajada de balas disparada 
por uma metralhadora numa folha de papel. As balas (na experiência, as partículas alfa) 
saem da metralhadora (caixa de chumbo) em linha reta em alta velocidade e atravessam 
a folha de papel (lâmina de ouro). No entanto, esperava-se que apenas a parte do detector 
de partículas localizada na linha de propagação do feixe fosse marcada, e os resultados 
até mostraram que a maioria das partículas alfa atravessou a lâmina de ouro sem sofrer 
desvios. Mas não a totalidade. Surpreendentemente, algumas sofreram desvios, enquanto 
uma pequena quantidade foi ricocheteada.
Partículas alfa
Núcleo do
átomo
Átomo de ouro
Assim, se o “pudim com passas” de Thomson não conseguia explicar o que acontecera, 
deveria ser criado outro modelo. E foi o próprio Rutherford quem propôs um novo modelo 
atômico em 1911, depois de analisar os resultados de sua experiência e concluir o que se 
segue.
• Como algumas partículas alfa são rebatidas, podemos dizer que elas se chocam 
com algo de massa maior que a delas. Portanto, o átomo deve ter uma região mais 
“pesada”. Essa região foi chamada núcleo e tem praticamente toda a massa do 
átomo.
• Se algumas partículas alfa – que são positivas – são desviadas, o núcleo também deve 
ter carga positiva. As que passam perto do núcleo são desviadas por causa da repulsão 
entre cargas iguais.
• Os elétrons giram numa região praticamente vazia ao redor do núcleo. Como a maio-
ria das partículas alfa atravessou diretamente a lâmina de ouro, Rutherford afi rmou 
que essa região é muito maior que o núcleo. Por meio de cálculos matemáticos, ele 
estimou que o diâmetro do átomo é 10 mil vezes maior do que o diâmetro do núcleo. 
Assim sendo, se o diâmetro do núcleo de um átomo fosse de 1 cm (que absurdo!), o 
diâmetro do átomo seria de 100 m! Ou seja, o átomo é um grande vazio.
Novamente, reconhecendo que a ciência está sempre em evolução, concluímos que os 
resultados dos experimentos de Rutherford provaram de forma cabal a descontinuidade 
da matéria!
Espalhamento das partículas 
alfa na lâmina de ouro, de 
acordo com Rutherford, 
provando que o átomo não 
é maciço.
O modelo atômico proposto por 
Rutherford é conhecido como 
modelo sistema solar, em que o 
núcleo seria o Sol e os planetas 
girariam ao redor do núcleo.
Caixa de
chumbo
Feixe de
partículas α
Fonte de
partículas α
Folha de
ouro
Tela
fluorescente
Et_EM_1_Cad1_Qui_c02_20a40.indd 23 2/27/18 8:58 AM
24 CAPÍTULO 2
Partículas atômicas
Com base nesse novo modelo atômico, podemos perceber que a maior contribuição 
de Rutherford para o conhecimento do átomo é, sem dúvida, a divisão de sua estrutura 
em duas partes distintas: núcleo e eletrosfera. As informações a respeito da eletrosfera 
eram poucas e dizia-se, então, que os elétrons giravam aleatoriamenteao redor do núcleo.
Estudos posteriores demonstraram que o núcleo do átomo apresentava dois tipos 
fundamentais de partículas: os prótons, partículas relativamente pesadas e que eram 
responsáveis pela característica positiva observada na experiência de Rutherford, e os 
nêutrons, de carga neutra e de massa praticamente idêntica à dos prótons.
Resumidamente, podemos dizer que os elétrons apresentam carga negativa e giram ao re-
dor do núcleo, numa região periférica do átomo chamada eletrosfera, e os prótons e os nêutrons 
estão no núcleo, na região central do átomo. Cada próton tem carga exatamente igual à do elé-
tron, porém de sinal contrário; logo, no átomo considerado neutro, o número de prótons presen-
tes no núcleo será igual ao número de elétrons que circundam a eletrosfera. Veja, no quadro a 
seguir, as características das diferentes partículas, em relação à carga elétrica e à massa relativa.
Partícula Carga elétrica (coulomb) Massa relativa
Núcleo 
(região central)
Prótons +1,6 . 10–19 C 1
Nêutrons – 1
Eletrosfera 
(região periférica) 
Elétrons –1,6 . 10–19 C
1
1 840
 1
Número atômico (Z)
Número atômico é o número de prótons no núcleo de um átomo. Como várias proprie-
dades dependem desse número, ele é considerado a “identidade” do átomo. Assim, todos os 
átomos que apresentarem o mesmo número atômico serão átomos do mesmo elemento 
químico. Para um átomo eletricamente neutro, o número de carga positivas – prótons – tem 
de ser igual ao número de cargas negativas – elétrons. Assim, podemos escrever: Z = p = e–.
Cada elemento é representado por um símbolo, formado por uma letra maiúscula ou por 
uma letra maiúscula e uma minúscula, com base no nome do elemento. Veja alguns exemplos:
Número atômico 1 6 8 11 16 20
Elemento Hidrogênio Carbono Oxigênio Sódio Enxofre Cálcio
Símbolo H C O Na S Ca 1
Número de nêutrons (n)
Corresponde à quantidade de nêutrons no núcleo do átomo. É uma propriedade que 
não aparece representada junto ao símbolo do elemento.
Número de massa (A)
É a soma do número de prótons (Z) com o número de nêutrons (n) no núcleo de um átomo:
A = Z + n ou A = p + n
Usamos a representação a seguir para mostrar, ao mesmo tempo, o elemento químico, 
seu número atômico e seu número de massa.
A
Z
X
número de massa
número atômico
símbolo do elemento químico ou 
Z
XA
Nessa representação, X é o símbolo do elemento químico. Por exemplo, a representa-
ção de um átomo de carbono, que emite radiação β, cujo número atômico é igual a 6 e cujo 
número de massa é 14 seria: 
C
6
14 2
Atenção
1 Elétron: descoberto em 1897, 
por J. J. Thomson.
Próton: descoberto em 1886, 
por Eugene Goldstein, e 
confi rmado em 1904, por Ernest 
Rutherford.
Nêutron: descoberto em 1932, 
por James Chadwick.
Curiosidade
1 Os símbolos dos elementos, 
muitas vezes, são derivados de 
seu nome em latim. Exemplo: 
sódio – símbolo: Na; origem: 
natrium, que signifi cava o 
que hoje conhecemos como 
carbonato de sódio.
2 O que é conhecido hoje por 
radioatividade é a emissão 
espontânea de partículas 
e/ou onda eletromagnética 
pelo núcleo de um átomo. 
Ocorre por existir um excesso 
de matéria e/ou energia 
num espaço muito pequeno. 
Trata-se de um fenômeno 
exclusivamente nuclear, ou seja, 
não acontece na eletrosfera. 
Essas radiações, em quantidades 
elevadas, são muito perigosas 
aos seres vivos, chegando ao 
limite de destruição dos tecidos. 
Em contrapartida, quando 
convenientemente dosadas, 
podem ser usadas na medicina, 
por exemplo, no tratamento 
de algumas espécies de câncer, 
atuando na destruição das 
células cancerosas.
Símbolo de radiação.
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25
QU
ÍM
IC
A
Decifrando o enunciado Lendo o enunciado
Partícula fundamental: for-
mada por outras partículas.
Partícula elementar: forma-
rá uma partícula fundamental.
Carga de 1 próton: +e
Carga de 1 nêutron: zero
Carga de 1 quark up: +
2
3
e
Carga de 1 quark down: −
1
3
e
As partículas fundamentais (prótons e nêutrons) são formadas por partículas menores, 
denominadas quarks. Logo, podemos afi rmar que tais partículas são subatômicas. Os seis 
quarks existentes no modelo atual, e suas respectivas cargas, estão apresentados na tabela 
a seguir.
Quark Up Down Charm Strange Top Bottom
Carga +
2
3
e −
1
3
e +
2
3
e −
1
3
e +
2
3
e −
1
3
e
Na formação de uma partícula fundamental, os quarks devem se combinar de tal forma 
que o total da carga seja um valor inteiro. Sabendo que os prótons e nêutrons são for-
mados, exclusivamente, por 3 quarks do tipo up e/ou down, determine quais e quantos 
quarks são necessários para a formação de um próton e um nêutron.
Resolução
A quantidade total de quarks para formação de um próton ou de um nêutron é igual a 3. 
Assim, teremos:
Formação de um próton: + + −
2
3
e
2
3
e
1
3
e = e
Logo, teremos dois quarks up e um down.
Formação de um nêutron: + − −
2
3
e
1
3
e
1
3
e = 0
E se fosse possível? Tema integrador Trabalho, ciência e tecnologia
Se algumas partículas não apresentam massa, mas estão presentes em grande número, como podemos sentir seus efeitos?
Interação
A denominação Física moderna refere-se à Física desenvolvida nas três primeiras décadas do 
século XX. Pode ser dividida em dois grandes tópicos: teoria da relatividade, proposta por 
Einstein, e teoria quântica, que tem Max Planck como grande incentivador. Mais detalhes 
sobre os aspectos históricos, o comportamento e as características das partículas subatômicas 
serão estudados na disciplina de Física, unidade 12.
Propriedades interat™micas
Átomos diferentes podem ter mesmo número de prótons, nêutrons, elétrons ou mes-
mo número de massa. Vamos conhecer cada um desses casos.
Isotopia
Átomos com o mesmo número atômico, ou seja, átomos do mesmo elemento químico, 
mas com números de massa diferentes, são chamados isótopos. Os isótopos são átomos com 
propriedades químicas iguais, porque são átomos de um mesmo elemento químico, mas com 
propriedades físicas diferentes, porque são átomos cujo número de nêutrons é diferente. Veja 
o exemplo do elemento urânio, que tem três isótopos encontrados na natureza:
U
92
234 U
92
235 U
92
238
O nome do isótopo é o nome do próprio elemento, seguido do seu número de massa. 
Assim, os isótopos de urânio são: urânio-234, urânio-235 e urânio-238. Os isótopos do hidro-
gênio são os únicos que recebem nomes especiais:
1
1
H
Hidrogênio leve ou prótio
0 nêutron
abundância natural: 99,99% 
2
1
H
Hidrogênio pesado ou deutério
1 nêutron
abundância natural: 0,0026% 
3
1
H
Trítio, trício ou tritério
2 nêutrons
abundância natural: traços
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26 CAPÍTULO 2
Isobaria
Átomos que têm o mesmo número de massa, mas com números atômicos diferentes (por-
tanto, átomos de elementos químicos diferentes), são chamados isóbaros. Veja os exemplos:
14
6
C
8 nêutrons 
14
7
N
7 nêutrons
Isotonia
Átomos com o mesmo número de nêutrons, mas com número atômico e número de 
massa diferentes, são chamados isótonos. Veja os exemplos:
19
9
F
10 nêutrons 
20
10
Ne
10 nêutrons
Cálculo do número de nêutrons: A = Z + n s n = A – Z
Para o F: n = 19 – 9 = 10
Para o Ne: n = 20 – 10 = 10 1
Íons
Sabe-se que, em um átomo, os elétrons apresentam carga negativa e os prótons, carga 
positiva. Quando o número de elétrons for igual ao número de prótons, a carga total do 
átomo será nula, pois as cargas positivas dos prótons neutralizam as cargas negativas dos 
elétrons. Pode-se dizer que um átomo nessa situação está eletricamente neutro.
Os átomos, em determinadas situações, po-
dem ganhar ou perder elétrons. Quando isso 
acontece, ocorrerá um desequilíbrio de cargas e 
o átomo deixa de ser eletricamente neutro e pas-
sa a ter carga elétrica. Nesse caso ele será deno-
minado de íon. Quando um átomo se transforma 
em um íon, seu núcleo permanece inalterado.
Ao receberelétrons, um átomo eletrica-
mente neutro passa a ter excesso de cargas 
negativas, ou seja, transforma-se em um íon 
negativo, sendo denominado ânion. Ao perder 
elétrons, um átomo eletricamente neutro pas-
sa a ter excesso de prótons, isto é, transforma-
-se em um íon positivo que recebe o nome de 
cátion.
Veja os exemplos ao lado.
Isoeletrônicos
Átomos e íons que têm o mesmo número de elétrons são chamados isoeletrônicos. 
Veja os exemplos:
39
19
K+
18 elétrons 
32
16
S2−
18 elétrons 
40
18
Ar
18 elétrons
Resumidamente, as propriedades interatômicas podem ser apresentadas da seguinte 
maneira: 1
çtomos
Isótonos
Mesmo número 
de prótons (Z)
Mesmo número
de nêutrons (n)
Mesmo número
de massa (A)
Mesmo número de
elétrons (e)
Isóbaros IsoeletrônicosIsótopos
Observação
1 As propriedades físicas e 
químicas dos isóbaros e isótonos 
são diferentes porque são 
elementos químicos diferentes, 
logo são átomos diferentes.
Atenção
1 Na formação de um íon, 
somente o número de elétrons 
muda; o número de prótons 
permanece o mesmo.
37
17
Cl
20 nêutrons
17 prótons
17 elétrons
37
17
Cl−
20 nêutrons
17 prótons
18 elétrons
Acrescentando 1 elétron Indica excesso de 
1 carga negativa.
Excesso de 1 
carga negativa.
Partículas nucleares não 
sofrem alteração.
Átomo neutro Ânion
23
11
Na
12 nêutrons
11 prótons
11 elétrons
23
11
Na+
12 nêutrons
11 prótons
10 elétrons
Retirando 1 elétron Indica excesso de 
1 carga positiva.
Excesso de 1 
carga positiva.
Partículas nucleares não 
sofrem alteração.
Átomo neutro Cátion
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27
Q
U
ÍM
IC
A
Atividades
 4. (Fuvest-SP) O átomo constituído de 17 prótons, 18 nêu-
trons e 17 elétrons apresenta, respectivamente, número 
atômico e número de massa iguais a: 
a) 17 e 17.
b) 17 e 18.
c) 18 e 17.
d) 17 e 35.
e) 35 e 17.
 5. Para o átomo representado a seguir, 238
92
U, pedem-se:
a) o número atômico;
b) o número de massa;
c) o número de prótons;
d) o número de elétrons;
e) o número de nêutrons;
f) o total de partículas com carga positiva;
g) o total de partículas sem carga;
h) o total de partículas.
 1. (Unifor-CE) Os átomos: 
 I. diferem de elemento para elemento; 
 II. são as unidades envolvidas nas transformações químicas; 
 III. são indivisíveis; 
 IV. consistem de unidades com um núcleo e uma eletros-
fera onde se localizam os elétrons. 
Dessas afi rmações, estão incluídas na teoria atômica de 
Dalton (1808), somente: 
a) I 
b) I e II 
c) III e IV 
d) II, III e IV 
e) I, II e III
 2. (UFJF-MG) Associe a coluna da esquerda, que descreve os 
modelos atômicos, com a da direita, em que se encontram 
os cientistas que os propuseram.
A. Os átomos são partículas esfé-
ricas, maciças e indivisíveis.
 I. Modelo atômico 
de Rutherford
B. O átomo é formado por uma 
“pasta” positiva recheada por 
elétrons de carga negativa.
 II. Modelo atômico 
de Dalton
C. O átomo é formado por um pe-
queno núcleo denso e positivo 
e por elétrons que giram em 
torno desse núcleo.
 III. Modelo atômico 
de Thomson
A alternativa correta é:
a) A-I, B-II, C-III 
b) A-II, B-III, C-I 
c) A-III, B-I, C-II 
d) A-III, B-II, C-I 
e) A-II, B-I, C-III
 3. (UFVJM-MG) Em relação à estrutura atômica, pode-se 
afi rmar que a massa do átomo:
a) está igualmente repartida entre o núcleo e as camadas 
eletrônicas.
b) está toda concentrada nos prótons.
c) está toda concentrada nos elétrons.
d) está praticamente toda concentrada no núcleo.
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28 CAPÍTULO 2
 6. (Ufac) Dois átomos X e Y são isótopos, tais que 
+
X3x 2
7x 
e 
+
+ Y2x 7
7x 2 . Os números de massa e de prótons dos átomos 
X e Y são: 
a) 
17
X35 e 
17
Y17. 
b) 
17
X35 e 
17
Y40. 
c)
 17
X35 e 
17
Y38. 
d) 
17
X35 e 
17
Y37. 
e) 
17
X38 e 
17
Y39.
 7. (UFVJM-MG) O elemento “A”, de número atômico 11, é 
isótopo de “B” que tem 13 nêutrons, e isótono de “C” de 
Z = 12. O elemento “B” é isóbaro de “C”. Qual o número 
de massa de “A”? 
a) 20 
b) 21 
c) 22 
d) 23 
e) 24
 8. +Enem [H24] Em uma brincadeira, Júlia e Marcos coleta-
ram, individualmente, várias pedrinhas amarelas e pretas 
que guardaram em sacos plásticos. Ficou acordado que as 
pedrinhas amarelas representariam os prótons e as pretas 
representariam os nêutrons de átomos representados pelos 
sacos. Em determinado momento, Júlia disse:
— Olha só! Se você me der duas pedrinhas amarelas, nos-
sos átomos se tornarão isótopos!
Marcos, então, respondeu:
— Sim, mas se você me der 1 pedrinha preta, nossos áto-
mos se tornarão isóbaros!
Sabendo-se que Júlia tinha 28 pedrinhas amarelas e Marcos 
21 pedrinhas pretas, qual é o número de pedrinhas amarelas 
de Marcos e pedrinhas pretas de Júlia, respectivamente?
a) 30 e 27.
b) 32 e 28.
c) 30 e 28.
d) 32 e 27.
e) 32 e 26.
Complementares Tarefa proposta 1 a 8
 9. (Fuvest-SP) Thomson determinou, pela primeira vez, a 
relação entre a massa e a carga do elétron, o que pode 
ser considerado como a descoberta do elétron. É reco-
nhecida como uma contribuição de Thomson ao modelo 
atômico: 
a) o átomo ser indivisível. 
b) a existência de partículas subatômicas. 
c) os elétrons ocuparem níveis discretos de energia. 
d) os elétrons girarem em órbitas circulares ao redor do 
núcleo. 
e) o átomo possuir um núcleo com carga positiva e uma 
eletrosfera.
 10. (U. F. Lavras-MG) Observe a representação de um elemento 
químico (X) e marque a alternativa correta.
A
Z
X
A = número de massa; Z = número atômico.
a) O resultado (A – Z) é igual ao número de nêutrons no 
núcleo.
b) O número A serve para identifi car o elemento químico.
c) O número de nêutrons dos isótopos A
Z
Cl e A
Z
Ca é diferente.
d) Se o elemento X tem A = 80, ele tem 40 prótons.
 11. (FEI-SP) Um íon de carga –3 tem o mesmo número de 
elétrons que um certo átomo neutro cujo número atômico 
é 14. Sabendo-se que o íon possui 20 nêutrons, o número 
atômico e o número de massa do átomo que dá origem a 
esse íon são, respectivamente: 
a) 11 e 31 
b) 14 e 34 
c) 17 e 37 
d) 37 e 17 
e) 34 e 14
 12. (Emescam-ES) Um íon com carga 2+ apresenta um total 
de 15 elétrons e o seu número de prótons é duas unidades 
menor que seu número de nêutrons. Logo, o número de 
massa do elemento é de:
a) 17
b) 21
c) 32
d) 36
e) 39
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29
QU
ÍM
IC
A
Teoria atômica de Rutherford-Bohr
Em 1913, o dinamarquês Niels Bohr aprimorou o modelo atômico de Rutherford, ana-
lisando o espectro do átomo de hidrogênio, explicando como os elétrons estão distribuí-
dos ao redor do núcleo. 1
Assim como Rutherford, Bohr disse que os elétrons têm trajetórias circulares ao re-
dor do núcleo. Nomeou cada trajetória circular como órbita, ou seja, os elétrons estão 
em órbitas circulares (denominadas camadas ou níveis) e afi rmou que um elétron fi ca no 
mesmo nível enquanto em movimento. Se esse elétron recebe energia, ele “muda” para 
um nível mais distante do núcleo (diz-se que o elétron está em um estado excitado). Essa 
situação é instável, ou seja, o elétron tende a voltar para níveis mais internos. Para que 
isso aconteça, é necessário liberar a energia recebida. 1
Veja esses saltos eletrônicos nas fi guras a seguir.
Absorve
energia
Libera energia
na forma de f—ton
A B
Isso acontece nos fogos de artifício: durante a queima, os elétrons dos átomos das 
substâncias usadas nos fogos recebem energia, fi cam excitados e “saltam” para outro ní-
vel (A). Para voltar ao nível original, cada elétron libera essa energia na forma de luz (B). 
Dependendo da substância usada, haverá luzes de cores diferentes.
Interação
As transições eletrônicas que originam os fótons são resultado da interação entre a radiação e 
a matéria, assunto que será estudado em Física, unidade 8, capítulos 2 e 3.
G
in
o
 S
a
n
ta
 M
a
ri
a
/S
h
u
tt
e
rs
to
c
k
Atenção
1 Postulados de Bohr
 ► Primeiro postulado: os 
elétronsmovem-se em 
órbitas de trajetória circular 
ao redor do núcleo.
 ► Segundo postulado: 
somente certas órbitas são 
permitidas e, ao circular 
em uma mesma órbita, o 
elétron não emite nem 
absorve energia.
 ► Terceiro postulado: ao 
mudarem de órbita, os 
elétrons absorvem ou 
emitem uma quantidade 
de energia bem defi nida 
denominada quantum.
Observação
1 O modelo proposto por Bohr 
também é conhecido como 
modelo de Rutherford-Bohr.
As diferentes cores dos fogos 
de artifício são decorrentes 
das transições eletrônicas que 
acontecem em vários elementos 
químicos.
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30 CAPÍTULO 2
A estrutura da eletrosfera
A grande contribuição de Bohr para o entendimento do átomo foi o estudo da estrutu-
ra da eletrosfera. Como vimos, os elétrons presentes nessa região estão distribuídos em 
camadas, defi nidas cada uma por uma quantidade específi ca de energia, sendo mais bem 
denominadas de níveis de energia. 1
Para os elementos químicos conhecidos até então, seus átomos apresentam eletrosfe-
ras com, no máximo, sete níveis de energia (ou camadas eletrônicas). Assim, os níveis são 
classifi cados em ordem crescente de energia, do centro para a extremidade do átomo, 
sendo representados por números de 1 a 7. Correspondentemente, as camadas eletrôni-
cas são concebidas em ordem crescente de distância do núcleo, sendo estas denomina-
das por letras maiúsculas, do K ao Q.
Segue uma representação esquemática da eletrosfera incluindo a quantidade máxima de 
elétrons que pode ocorrer em cada nível (camada) para os elementos químicos conhecidos.
Ordem crescente de energia
Núcleo Camadas eletrônicas
Níveis de energia
Capacidade eletrônica
K L M N O P Q
1 2 3 4 5 6 7
2 8 18 32 32 18 8
Os números da capacidade eletrônica aplicam-se aos elementos 
conhecidos até o momento. O número máximo teórico obedece à 
equação de Rydberg (X = 2 ∙ n2: 2 – 8 – 18 – 32 – 50 – 72 – 98), em que 
n é o número de camadas eletrônicas.
Posteriormente, percebeu-se que cada um desses níveis de energia apresentava sub-
divisões, podendo ser formados por um ou mais subníveis. São conhecidos quatro sub-
níveis de energia, designados pelas letras minúsculas s (sharp), p (principal), d (difuse) e 
f (fundamental).
A tabela a seguir mostra os subníveis conhecidos e o número máximo de elétrons que 
cada um comporta.
Subnível Número máximo de elétrons
s 2
p 6
d 10
f 14
Na tabela a seguir, estão relacionados os subníveis presentes em cada nível de ener-
gia, respeitando-se a capacidade eletrônica de cada um. Assim, por exemplo, o nível 3 tem 
uma capacidade total de 18 elétrons. Dessa forma, apresenta em sua estrutura os subní-
veis s (2 elétrons), p (6 elétrons), d (10 elétrons) e f (14 elétrons). Esse raciocínio é válido para 
a composição de todos os níveis. Repare que na coluna dos subníveis aparece um número 
na frente de cada letra minúscula indicando o nível a que ele pertence. Isso deve ser res-
peitado para todos os subníveis.
Nível de energia Camada eletrônica Subníveis
1 K 1s
2 L 2s 2p
3 M 3s 3p 3d
4 N 4s 4p 4d 4f
5 O 5s 5p 5d 5f
6 P 6s 6p 6d
7 Q 7s 7p
Observação
1 Por causa de sua grande 
energia em comparação a 
sua pequeníssima massa, o 
elétron se “confunde”, às 
vezes, entre ser partícula ou 
onda eletromagnética. Isso 
lhe confere a condição de 
partícula dual, ou seja, pode 
ser considerado uma partícula 
ou uma onda eletromagnética. 
Assim, quando tratamos a 
eletrosfera por camadas, 
estamos tratando o elétron 
como corpo; quando a tratamos 
por níveis, ele é considerado 
energia.
Niels Bohr (1885-1962), prêmio 
Nobel de Física em 1922, aplicou 
conceitos quânticos, para explicar 
o movimento dos elétrons na 
eletrosfera.
R
e
p
ro
d
u
ç
ã
o
/C
o
le
ç
ã
o
 P
a
rt
ic
u
la
r
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Distribuição eletrônica
Como os elétrons se encontram distribuídos na eletrosfera? Sabe-se que um princípio 
fundamental de estabilidade das estruturas é que estas apresentam a menor quantidade 
de energia possível. Decorre daí o fato de os elétrons ocuparem preferencialmente os sub-
níveis de menor energia.
Depois de muito estudo, o químico estadunidense Linus Pauling propôs um dia-
grama, também conhecido como diagrama das diagonais, em que as setas indicam a 
ordem crescente de energia dos subníveis, conhecido por diagrama das diagonais de 
Pauling.
Assim, podemos interpretar a representação abaixo da seguinte maneira:
Quantidade
de elétrons
Subnível de energia
Nível de energia p3
6
Observando o diagrama, percebemos que o subnível de menor energia é o 1s e o de 
maior energia é o 7p (conhecido até o momento).
Quando os elétrons estão nos subníveis de menor energia, dizemos que o átomo está 
no estado fundamental. Assim, podemos observar a distribuição eletrônica de diversas 
maneiras, como no esquema a seguir.
Pela distribuição em ordem de energia:
26
Fe: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6
Número de elétrons no subnível
de maior energia
Subnível de maior energia
Pela distribuição em ordem geométrica:
26
Fe: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6 4s2
Subnível mais externo 
(mais afastado do núcleo)
Camada
Elétrons
Nível s
Número de elétrons 
no subnível mais 
externo
1 2 3 4
2 8 14 2
K L M N
s s s s
Para a distribuição do ferro, podemos inferir ainda:
• nível de valência (nível mais afastado do núcleo) s 4
• camada de valência (camada mais afastada do núcleo) s N
Vamos conhecer a distribuição eletrônica por ordem de energia dos subníveis de al-
guns elementos.
Para o hidrogênio (H), com Z = 1, temos 1s1.
Para o hélio (He), com Z = 2, temos 1s2.
No caso do lítio (Li), com Z = 3, os primeiros dois elétrons estão no subnível 1s; o tercei-
ro elétron deve fi car no subnível 2s (o seguinte na ordem de energia); portanto, a distribui-
ção eletrônica do lítio é 1s2 2s1.
Veja, a seguir, outros exemplos.
Carbono (C) Z = 6: 1s2 2s2 2p2
Enxofre (S) Z = 16: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4
Cálcio (Ca) Z = 20: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 1
Rutênio (Ru) Z = 44: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d6
No caso do rutênio, o subnível 5s aparece antes do subnível 4d. Podemos reescrever 
essa distribuição colocando juntos os subníveis pertencentes à mesma camada. Assim, 
teremos a distribuição eletrônica do rutênio por ordem de distância (geométrica): 
44
Ru: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6 3d10 4s2 4p6 4d6 5s2 2 1
Esta representação mostra que 
existem 6 elétrons no subnível p 
do 3º nível de energia (3ª camada).
3d10
4d10 4f14
5f145d10
6d10
4p6
5p6
6p6
7p67s2
6s2
5s2
4s2
3s2
2s2
1s2
3p6
2p6
As setas mostram o sentido 
em que aumenta a energia do 
subnível.
Observações
1 Quando um subnível atinge 
sua capacidade máxima, 
preenchemos o subnível 
imediatamente posterior na 
ordem crescente de energia, 
mesmo que esse último nível 
fi que incompleto.
2 O cerne de um átomo indica 
sua distribuição eletrônica. É 
muito usado para simplifi car 
a distribuição eletrônica de 
átomos. Isso signifi ca que o 
símbolo [Ne], por exemplo, 
indica a confi guração eletrônica 
de um átomo de neônio: 1s2 
2s2 2p6. Assim, ao escrever que 
a confi guração de um átomo 
de 
17
Cl é [Ne] 3s2 3p5, estamos 
escrevendo de forma resumida 
a confi guração eletrônica do 
cloro, que é 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5. 
Costuma-se chamar o símbolo 
[Ne] de cerne de átomo de 
neônio.
Atenção
1 A distribuição eletrônica em 
ordem de distância sempre será 
baseada nos níveis de energia, 
não necessariamente em ordem 
crescente dos subníveis.
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INFO + ENEM
32 CAPÍTULO 2
H
á muito tempo o átomo perdeu o rótulo de partícula elementar e indivisível que conservou durante 
muitos anos. Entretanto, apesar de hoje em dia sabermos que ele é formado por partículas menores 
que podem se dividir em outras mais elementares, o átomo continua sendo considerado como a porção 
mínimade um elemento químico que conserva as particularidades de tal elemento. Por exemplo, o átomo de 
ouro é a menor porção de matéria que conserva as propriedades do ouro. Se este se divide, os prótons, elétrons e 
nêutrons resultantes não se diferenciam em nada dos que formam os átomos de outros elementos.
Um sistema em miniatura
Os átomos são formados por três tipos de partículas: os 
prótons, os nêutrons e os elétrons, que se diferenciam 
entre si, especialmente, pelo tipo de carga elétrica que 
apresentam. Os dois primeiros (prótons e nêutrons) formam 
o núcleo atômico. Os elétrons, em contrapartida, orbitam 
ao redor dos núcleos em velocidades muito altas.
Elétrons
Orbitam ao redor do núcleo e sua 
carga é negativa. São muito menores 
do que os prótons e os nêutrons. 
Um átomo eletricamente neutro tem 
tantos elétrons em órbita quanto 
prótons em seu núcleo.
O número atômico
O número de prótons (+) defi ne o 
número atômico. Por exemplo, 
o nitrogênio, que tem 7 prótons.
Níveis de energia
Os elétrons se agrupam 
em camadas localizadas 
a diferentes distâncias 
do núcleo. Dois elétrons 
de uma mesma camada 
orbitam a igual distância 
do núcleo, apesar de as 
órbitas serem diferentes.
Núcleo
É formado por prótons 
(de carga positiva) e 
nêutrons (de carga 
neutra), que geralmente 
se apresentam 
em quantidades 
semelhantes.
Segunda camada
Admite até 8 elétrons.
Primeira camada
Admite até 2 elétrons.
Apesar de, neste esquema, as 
órbitas serem semelhantes, 
na verdade podem ser mais 
ou menos excêntricas.
É o número de 
prótons, nêutrons 
e elétrons que o 
hidrogênio apresenta, 
sendo o elemento 
mais leve e abundante 
da natureza.
1
Próton
Nêutron
JOSEPH JOHN THOMSON
Nascido em 1856, esse físico 
britânico descobriu o elétron, 
em 1897, acontecimento que 
provocou enormes consequências 
para a Ciência, já que confi rmava 
a suspeita de que o átomo não era 
uma entidade indivisível como se 
havia acreditado durante muitos 
anos. Apesar de Thomson ter até 
conseguido calcular a massa do 
elétron, ele não foi capaz de gerar 
um modelo convincente de estrutura 
atômica, trabalho que completaram 
seus colegas anos mais tarde. Morreu 
em 1940 e obteve o prêmio Nobel de 
Física em 1906 por suas experiências 
sobre a passagem de eletricidade 
através dos gases.
O ‡tomo
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S
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9
0
 I
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Os isótopos
Em alguns casos, apesar de os átomos do mesmo elemento terem o 
mesmo número de prótons, podem diferenciar-se na quantidade de 
nêutrons. Assim, trata-se de isótopos que, inclusive, costumam ter 
propriedades muito diferentes entre si.
Cálculo de probabilidades
A partir de desenvolvimentos científi cos mais 
complexos, como a Mecânica Quântica e o 
princípio de incerteza, entre outros, considera-se 
impossível medir a posição exata de um 
elétron em determinado momento. Por isso, a 
representação de um átomo com seus elétrons 
pode ser mais exata se for usado um esquema 
de “probabilidades”, ou seja, de todos aqueles 
lugares nos quais é possível encontrar os 
elétrons em um dado momento.
Quarks
Ligados entre si por forças 
muito poderosas, jamais 
se encontram “livres” 
na natureza. Podem ser 
separados por uma fração 
de segundo durante os 
choques de partículas 
sob altas energias 
que se produzem nos 
aceleradores de partículas.
Glúons
São partículas sem 
massa nem carga 
elétrica que interagem 
com os quarks e são, 
em parte, responsáveis 
para que se 
mantenham unidos.
As forças que mantêm 
os elétrons orbitando ao 
redor do núcleo são as mais 
poderosas da natureza.
ISÓTOPOS DO OXIGÊNIO
O oxigênio, que apresenta em seu 
núcleo 8 prótons e 8 nêutrons, além 
de 8 elétrons em órbita, tem 3 isótopos 
conhecidos estáveis e 14 instáveis.
Um isótopo, o oxigênio-18, tem 
8 prótons e 10 nêutrons, além de 
8 elétrons em órbita.
O isótopo radiativo oxigênio-12 
tem 8 prótons e somente 4 nêutrons, 
além de 8 elétrons em órbita.
Cálculo de probabilidades para 
o átomo de hidrogênio, que 
apresenta um único elétron.
90% da 
probabilidade total
Quase todo o espaço que um átomo 
ocupa corresponde às órbitas dos 
elétrons. A maioria de sua massa 
concentra-se no núcleo. Se um 
átomo tivesse o tamanho de uma 
bola de golfe, o elétron giraria a 
uma d istância semelhante à 
altura da Torre Eiffel: 324 m. 
Para se ter uma ideia de 
tamanho, na superfície da 
cabeça de um alfi nete existem, 
em média, 10 bilhões de átomos.
Os prótons e os nêutrons por dentro
Durante muito tempo se pensou que os prótons e nêutrons eram 
partículas elementares e indivisíveis. Hoje, sabe-se que cada um é 
formado por três quarks unidos entre si por glúons. Os elétrons, em 
contrapartida, são partículas elementares e indivisíveis.
elétrons juntos ocupam o espaço de 
apenas um próton. O diâmetro de um 
átomo é, em média, 0,0000001 mm.
1 840
8 nêutrons
8 nêutrons
8 nêutrons
4 nêutrons
8 nêutrons
10 nêutrons
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34 CAPÍTULO 2
Contextualize
O que são e para que servem os aceleradores de partículas?
Eles são os maiores laboratórios já construídos pelo homem. Por fora, parecem grandes túneis, que podem ser retos ou em 
forma de anel e ter vários quilômetros de extensão. Dentro deles, as partículas que compõem os átomos – como prótons e elé-
trons – são aceleradas a velocidades próximas à da luz. Durante o trajeto pelo grande túnel, elas se chocam contra obstáculos ou 
até mesmo umas com as outras. Para quê? Para os cientistas entenderem melhor os mais ínfi mos componentes da matéria. Os 
quarks, por exemplo, que formam prótons e nêutrons, só foram descobertos em aceleradores. Só com esse tipo de equipamento 
é possível quebrar partículas incrivelmente densas e milhões de vezes menores que o átomo. Por um lado, dá para dizer que os 
aceleradores são uma espécie de gigantesco microscópio, já que permitem ao observador saber o que há dentro das menores 
partículas. Por outro, podem ser considerados um tipo de máquina do tempo.
Afi nal, eles nos mostram do que era composto o universo antes de os próprios átomos terem se formado. Outra função desse 
sofi sticado equipamento é pesquisar o que acontece no mundo das velocidades relativísticas – assim chamadas por causa da Teo-
ria da Relatividade, criada pelo grande físico alemão Albert Einstein (1879-1955). A famosa teoria prevê acontecimentos bizarros 
para a matéria caso sua velocidade chegue próxima à da luz. Nessas condições, as partículas fi cam com massa 20 vezes maior 
e vivem dez vezes mais tempo. Para um múon, tipo de partícula que vive só dois milionésimos de segundo, isso é pouco. Mas 
se fosse possível manter um ser humano a essa velocidade ele teoricamente viveria quase 1 000 anos! Enfi m, apenas os grandes 
aceleradores são capazes de trazer para a prática esse mundo pra lá de estranho das teorias físicas. Aceleradores menores, do 
tamanho de uma sala, têm outras aplicações.
Eles criam jatos de partículas úteis, por exemplo, na medicina. “Um tumor de câncer pode ser combatido com feixes de prótons 
criados em aceleradores”, diz o físico Alejandro Szanto, chefe do Departamento de Física Nuclear da Universidade de São Paulo (USP).
Disponível em: <https://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/o-que-sao-e-para-que-servem-os-aceleradores-de-particulas>. Acesso em: 19 set. 2017.
Globo da ciência e inovação no centro de pesquisa da Organização 
Europeia para a Pesquisa Nuclear (antigo Cern), onde está situado o 
Grande Colisor de Hádrons (LHC). 
Interior do Grande Colisor de Hádrons.
 1. A palavra ‡tomo quer dizer partículas indivisíveis. A partir do átomo de Thomson, sabemos que o átomo é divisível e formado 
por partículas ainda menores, chamadas de partículas elementares. Cite o nome de três dessas partículas.
 2. Admitindoque um átomo de hidrogênio tem diâmetro de 10,6 ⋅ 10-11 m, qual seria o raio dentro do Grande Colisor de 
Hádrons?
 3. Além de pesquisas científi cas para determinar a composição da matéria, esses equipamentos e similares podem ser usados 
para melhorar as condições da sociedade humana. Cite pelo menos um uso que justifi que isso.
Distribui•‹o eletr™nica de ’ons
Como vimos, um átomo pode ganhar ou perder elétrons, formando íons. Lembrando que, 
se um átomo ganha elétrons, fi ca com excesso de carga negativa, porque haverá mais elétrons 
que prótons. Nesse caso, dizemos que se forma um ânion, ou seja, um íon com carga negativa. 
Se um átomo perde elétrons, fi ca com excesso de carga positiva, porque haverá mais prótons 
que elétrons. Nesse caso, dizemos que se forma um cátion, ou seja, um íon com carga positiva.
Para conhecermos a distribuição eletrônica de um íon, devemos antes fazer a distri-
buição para o átomo neutro e, em seguida, transformá-lo em íon, adicionando ou retiran-
do elétrons sempre na camada de valência.
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Atenção
1 Cuidado com a distribuição 
eletrônica de cátions de átomos 
com muitos elétrons. Tomemos 
como exemplo o ferro (Fe).
ERRADO!!
CERTO!!
Cátion
Átomo
Cátion
Átomo
26
Fe: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6
26
Fe2+: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d4
26
Fe: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6
Retiram-se 2 elétrons da 
camada mais distante.
Retiram-se 2 elétrons do subnível 
de maior energia.
26
Fe2+: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6
Distribuição eletrônica de ânions
• Fazer a distribuição do átomo neutro.
• Acrescentar os elétrons ganhos em ordem crescente de energia de subníveis.
Por exemplo:
9
F: 1s2 2s2 2p5
9
F–: 1s2 2s2 2p6
Acrescenta-se
1 elétron.
Átomo
Flúor (F) Oxigênio (O)
Ânion
8
O: 1s2 2s2 2p4
8
O2–: 1s2 2s2 2p6
Acrescentam-se
2 elétrons.
Átomo
Ânion
Distribuição eletrônica de cátions
• Fazer a distribuição do átomo neutro.
• Retirar os elétrons perdidos em ordem decrescente de distância de camadas.
Por exemplo:
11
Na: 1s2 2s2 2p6 3s1
11
Na+: 1s2 2s2 2p6
Retira-se
1 elétron.
Retiram-se
2 elétrons.
Átomo
Sódio (Na) Cálcio (Ca)
Cátion
20
Ca: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2
20
Ca2+: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
Átomo
Cátion 1
Atividades
 13. (UFPR) De acordo com o modelo atômico de Bohr, elétrons 
giram ao redor do núcleo em órbitas específi cas, tais como 
os planetas giram em órbitas específi cas ao redor do Sol. 
Diferentemente dos planetas, os elétrons saltam de uma 
órbita específi ca para outra, ganhando ou perdendo ener-
gia. Qual das afi rmações a seguir está em discordância com 
o modelo proposto por Bohr?
a) Ao saltar de uma órbita mais próxima do núcleo para 
outra mais afastada, o elétron absorve energia.
b) Ao saltar de uma órbita mais afastada do núcleo para 
outra mais próxima, o elétron emite energia.
c) Dentro de uma mesma órbita, o elétron se movimenta 
sem ganho ou perda de energia.
d) O processo no qual o elétron absorve energia sufi cien-
te para escapar completamente do átomo é chamado 
ionização.
e) O modelo proposto é aplicado com êxito somente ao 
átomo de hidrogênio.
 14. (UnB-DF) Julgue (V ou F) os itens a seguir:
( ) O modelo atômico de J. J. Thomson foi rejeitado de-
pois que se comprovou, experimentalmente, a exis-
tência dos núcleos dos átomos.
( ) Os experimentos de Rutherford estabeleceram que 
os elétrons são partículas constituintes de todos os 
átomos.
( ) De acordo com o modelo atômico proposto por Niels 
Bohr, os elétrons podem ocupar órbitas, de quais-
quer raios, ao redor do núcleo.
( ) O modelo atômico de Dalton incluiu a noção de 
eletrosfera.
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36 CAPÍTULO 2
15. (UFPR) Sobre o modelo atômico de Niels Bohr, proposto 
em 1913, indique a alternativa correta.
a) No átomo, somente é permitido ao elétron estar em 
certos estados estacionários, e cada um desses estados 
possui uma energia fixa e definida.
b) Quando um elétron passa de um estado estacionário 
de baixa energia para um de alta energia, há a emissão 
de radiação (energia).
c) O elétron pode assumir qualquer estado estacionário 
permitido sem absorver ou emitir radiação.
d) No átomo, a separação energética entre dois estados 
estacionários consecutivos é sempre a mesma.
e) No átomo, o elétron pode assumir qualquer valor de 
energia.
 16. (FEI-SP) Sabendo-se que o subnível mais energético de um 
átomo é o 4s1, determine: 
a) o número total de elétrons; 
b) o número de camadas da eletrosfera.
 17. (Ufla-MG) Temos as seguintes configurações eletrônicas 
dos átomos A, B, C, D e E no estado fundamental. 
A. 1s2 2s2 
B. 1s2 2s2 2p6 3s2 3p3 
C. 1s2 2s2 2p5 
D. 1s2 2s2 2p6 
E. 1s2 2s2 2p6 3s2 
É correto afirmar que: 
a) o átomo que tem mais elétrons na última camada ele-
trônica é o D. 
b) o átomo C apresenta 3 camadas eletrônicas ocupadas. 
c) o átomo A tem o mesmo número de camadas eletrô-
nicas que o átomo E. 
d) o átomo B tem 3 elétrons na última camada eletrônica. 
e) os átomos A e E têm suas últimas camadas eletrônicas 
completas.
 18. (ITE-SP) Sabendo que o número atômico do ferro é 26, 
responda: Na configuração eletrônica do íon Fe3+, o último 
subnível ocupado e o número de elétrons do mesmo são, 
respectivamente: 
a) 3d, com 6 elétrons 
b) 3d, com 5 elétrons 
c) 3d, com 3 elétrons 
d) 4s, com 2 elétrons
 19. (PUC-RS) Quando se salpica um pouco de cloreto de sódio 
ou bórax diretamente nas chamas de uma lareira, obtêm-
-se chamas coloridas. Isso acontece porque nos átomos 
dessas substâncias os elétrons excitados: 
a) absorvem energia sob forma de luz, neutralizando a 
carga nuclear e ficando eletricamente neutros. 
b) retornam a níveis energéticos inferiores, devolvendo 
energia absorvida sob forma de luz. 
c) recebem um quantum de energia e distribuem-se ao 
redor do núcleo em órbitas internas. 
d) emitem energia sob forma de luz e são promovidos 
para órbitas mais externas. 
e) saltam para níveis energéticos superiores, superando a 
carga nuclear e originando um ânion.
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 20. +Enem [H17]
A imagem apresentada faz alusão a um modelo que tenta 
dar sentido à forma como o átomo e seus componentes 
organizam-se no espaço. Esse modelo é conhecido como:
a) modelo de Dalton, que considera os átomos como 
grãos de areia em uma praia.
b) modelo de Thomson, que considera os átomos esferas 
maciças incrustradas de prótons, nêutrons e elétrons.
c) modelo de Rutherford, que considera que as estrelas são 
grandes átomos com planetas orbitando à sua volta.
d) modelo de Thomson, que considera que a massa dos 
átomos é constante quando estes participam de uma 
reação química.
e) modelo de Rutherford, que considera os átomos como 
grandes espaços vazios, com núcleo denso positivo e 
elétrons orbitando o núcleo.
Complementares Tarefa proposta 9 a 24
 21. (UEPG-PR) O conhecimento atômico atual é fruto de mui-
tos estudos anteriores. A seguir estão descritas algumas 
conclusões sobre os estudos da estrutura atômica.
 I. Quando um elétron do átomo recebe energia, salta 
para um nível de maior energia e, quando retorna ao 
nível anterior, cede a energia recebida sob forma de 
radiação eletromagnética (Bohr).
 II. Rutherford, ao fazer incidir partículas radioativas em 
uma lâmina de ouro, observou que a maioria das par-
tículas atravessava a lâmina, algumas se desviavam e 
poucas se refl etiam.
 III. Átomos do mesmo elemento químico apresentam a 
mesma massa (Dalton). 
Nesse contexto, dê a soma dos números dos itens corretos.
(01) A afi rmação II permitiu concluir que no centro do 
átomo existe um núcleo pequeno e denso.
(02) Os estudos de Bohr implicaram o modelo de partícu-
la-onda para o elétron.
(04) A afi rmação II permitiu concluir queno átomo há 
grandes espaços vazios.
(08) A afi rmação III está incorreta, o que pode ser com-
provado pela existência dos isótopos.
(16) Os fogos de artifício e os letreiros de neon são aplica-
ções do princípio de Bohr.
22. (UFPE) Em 1913, Niels Bohr propôs um modelo para o 
átomo de hidrogênio que era consistente com o modelo 
de Rutherford e explicava o espectro do átomo daquele 
elemento. A teoria de Bohr já não é a última palavra para 
a compreensão da estrutura do átomo, mas permanece 
como o marco do advento da teoria atômico-quântica. 
Em relação aos postulados e aplicações dessa teoria, jul-
gue (V ou F) os itens a seguir.
 I. O elétron movimenta-se ao redor do núcleo em órbi-
tas circulares.
 II. Somente um número limitado de órbitas com deter-
minadas energias é permitido.
 III. Ocorre necessariamente emissão de luz quando o elé-
tron salta de uma órbita para outra.
 IV. A teoria de Bohr explica com precisão, exclusivamen-
te, o espectro do átomo de hidrogênio.
 V. A teoria de Bohr pode ser aplicada com sucesso na 
interpretação do espectro de íons como He+ e Li2+, que 
contêm um único elétron.
 23. (Fuvest-SP) Considere os seguintes elementos e seus res-
pectivos números atômicos: 
 I) Na(11) 
 II) Ca(20)
 III) Ni(28) 
 IV) Al (13)
Dentre eles, apresenta (ou apresentam) elétrons no subní-
vel d de suas confi gurações eletrônicas apenas: 
a) I e IV 
b) III 
c) II 
d) II e III 
e) II e IV
 24. (UFRGS-RS) Assinale a alternativa que apresenta correta-
mente os símbolos das espécies que possuem, respectiva-
mente, as seguintes confi gurações eletrônicas: 
 I. [Ar] 4s2 3d10 4p4 
 II. [Ar] 4s1 3d10 
 III. [Ne] 3s2 3p5 
Dados: Números atômicos: Ne (Z = 10), Cl (Z = 17), 
Ar (Z = 18), Cu (Z = 29), Zn (Z = 30), As (Z = 33), Se (Z = 34) 
a) Se, Zn, Cl 
b) Se, Cu, Cl 
c) As–, Zn, Cl 
d) As, Cu+, Cl– 
e) As, Zn2+, Cl–
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38 CAPÍTULO 2
Tarefa proposta
 7. (FEI-SP) Um átomo do elemento Y apresenta número atô-
mico igual a (2x – 6) e número de massa igual a (x + 25). 
Sabendo-se que este átomo possui 20 nêutrons no interior 
do seu núcleo, pede-se determinar o número de elétrons 
presentes no íon Y2–.
a) 12 b) 14 c) 18 d) 20 e) 24
 8. +Enem [H17] 
+
+
Cátodo Ânodo
Sombra
Amostra de 
sulfeto de zinco
Para vácuo
Alta tensão
–
–
–
+
A fi gura é um esquema do funcionamento de um tubo de 
raios catódicos, usado por Thomson no desenvolvimento 
de sua teoria sobre a organização do átomo. Esse modelo 
atômico:
a) foi o primeiro a usar a palavra átomo para fi ns de 
nomenclatura.
b) teve como ideia inédita a hipótese de os átomos apre-
sentarem natureza elétrica.
c) previa que os átomos eram todos iguais entre si, tra-
tando-se de esferas maciças e indivisíveis.
d) entendia que o átomo tem um núcleo e uma eletros-
fera contendo elétrons.
e) trouxe o conceito da existência de uma partícula sem 
carga, denominada nêutron.
 9. (PUC-MG) Relacione a primeira e a segunda colunas, as-
sociando os nomes dos cientistas aos modelos atômicos.
1. Dalton
2. Rutherford
3. Niels Bohr
4. J. J. Thomson
A. Descoberta do átomo e seu tamanho relativo.
B. Átomos esféricos, maciços, indivisíveis.
C. Modelo semelhante a um “pudim com passas” com 
carga positiva e negativa em igual número.
D. Os elétrons giram em torno do núcleo em determina-
das órbitas.
a) 1 - 2 - 4 - 3
b) 1 - 4 - 3 - 2
c) 2 - 1 - 4 - 3
d) 3 - 4 - 2 - 1
e) 4 - 1 - 2 - 3
 1. (UPM-SP) Se o isótopo do chumbo que apresenta número 
de massa 210 forma íons Pb2+ e Pb4+, que possuem respec-
tivamente 80 e 78 elétrons, então o número de nêutrons 
desse átomo neutro é: 
a) 138 b) 130 c) 132 d) 128 e) 158
 2. (UFV-MG) O enxofre é um elemento químico vital para 
o organismo humano, encontrado em ossos, gorduras, 
queratina da pele, cabelos e unhas. Os isótopos de enxofre 
existentes na natureza são os seguintes:
32
16
S 33
16
S 34
16
S 36
16
S
Considerando o átomo neutro de enxofre, assinale a afi r-
mativa correta.
a) O 36S apresenta 16 elétrons e 20 prótons.
b) O 33S apresenta 17 elétrons e 16 prótons.
c) O 34S apresenta 17 nêutrons e 17 elétrons.
d) O 32S apresenta 16 prótons e 16 nêutrons.
 3. (Unifor-CE) O modelo do átomo nuclear foi resultado de 
uma das interpretações dos experimentos de:
a) Rutherford.
b) Faraday.
c) Chadwick.
d) Thomson.
e) Lavoisier.
 4. (Urcamp-RS) Considerando a experiência de Rutherford, 
assinale a alternativa verdadeira: 
a) A experiência constitui em bombardear películas me-
tálicas delgadas com elétrons.
b) Algumas partículas alfa foram desviadas do seu trajeto 
devido à atração exercida pelo núcleo positivo do metal.
c) Observando o espectro de difração das partículas alfa, 
Rutherford concluiu que o átomo é nucleado.
d) Essa experiência permitiu descobrir os elétrons e sua 
massa relativa. 
e) Rutherford desconhecia a natureza das partículas alfa.
 5. (UFGD-MS) Assinale a alternativa que corresponde apenas 
a espécies isoeletrônicas, independentemente dos proces-
sos que as originaram.
a) 
10
Ne0; 
11
Na1+, 
9
F1–, H
2
O
b) 
18
Ar0; 
17
Cl1– 
16
S2–, 
19
K2+
c) 
33
As2–, 
34
Se2–, 
35
Br1–, 
36
Kr0
d) 
51
Sb3–, 
52
Te2–, 
53
I0,
54
Xe1−
e) CO; NO; FO; N
2
 6. (Vunesp) Dentre as alternativas abaixo, indicar a que con-
tém a afi rmação correta: 
a) Dois átomos que possuem o mesmo número de nêu-
trons pertencem ao mesmo elemento químico. 
b) Dois átomos com o mesmo número de elétrons em suas 
camadas de valência pertencem ao mesmo elemento 
químico. 
c) Dois átomos que possuem o mesmo número de pró-
tons pertencem ao mesmo elemento químico. 
d) Dois átomos com iguais números de massa são isótopos. 
e) Dois átomos com iguais números de massa são 
alótropos.
A
B
C
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39
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A
 10. (Aman-SP) O elemento hipotético com número atômico 
(Z = 116) apresenta na camada mais externa (camada de 
valência) um número de elétrons igual a: 
a) 2 
b) 4 
c) 6 
d) 8 
e) 18
 11. (PUCC-SP) A corrosão de materiais de ferro envolve a trans-
formação de átomos do metal em íons (ferroso ou férrico). 
Quantos elétrons há no terceiro nível energético do átomo 
neutro de ferro? Dado: 
26
Fe. 
a) 2 
b) 14 
c) 18 
d) 6 
e) 16
 12. (UFRGS-RS) Sobre o elemento químico hidrogênio são 
feitas as seguintes afi rmações: 
 I. Apresenta apenas 1 elétron em sua camada de valên-
cia; sendo, portanto, um metal alcalino. 
 II. Ao ganhar um elétron, adquire confi guração eletrôni-
ca semelhante à do gás nobre hélio. 
 III. Os átomos do isótopo mais abundante não apresen-
tam nêutrons em seu núcleo. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas II. 
b) Apenas I e II. 
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
 13. (UCDB-MS) Considere as seguintes afi rmações:
 I. Rutherford propôs um modelo atômico no qual os 
átomos seriam constituídos por um núcleo muito 
denso e carregado positivamente, onde praticamente 
toda a massa estaria concentrada. Ao redor do nú-
cleo, estariam distribuídos os elétrons.
 II. No modelo de Rutherford-Bohr, os elétrons encon-
tram-se em órbitas circulares ao redor do núcleo; os 
elétrons podem ocupar somente órbitas com determi-
nadas quantidades de energia.
 III. Se um elétron passa de uma camada para outra mais 
afastada do núcleo, ocorre absorção de energia.
Assinale a alternativa correta, a respeito dessas afir-
mações.
a) Todas estão corretas.
b) Somente I e III estão corretas.
c) Somente II e III estão corretas.
d) Somente I está correta.
e) Somente I e II estão corretas.
 14. (FEI-SP) Num exercício escolar, um professor pediu a seus 
alunos que imaginassem um átomo que tivesse número 
atômico igual ao seu número de chamada e número de 
nêutrons 2 unidades a mais que o número de prótons. 
O aluno número 15 esqueceu de somar 2 para obter o 
número de nêutrons e, consequentemente, dois alunos 
imaginaram átomos isóbaros. 
Determine os númerosde chamada dos alunos com 
quem este fato ocorreu.
 15. (Unimontes-MG) Alguns sais de metais, quando aqueci-
dos, apresentam coloração característica. Essa proprie-
dade pode ser usada para a obtenção das diversas cores 
vistas na queima de fogos de artifício. Sais de chumbo 
(Pb), por exemplo, têm coloração azul, quando aqueci-
dos. Considere o elemento químico chumbo nas suas 
formas:
Pb82
204 Pb82
206 Pb82
207 Pb82
208
Sobre as propriedades desse elemento e a cor dos seus 
sais de metais, quando aquecidos, é incorreto afi rmar que:
a) os sais do Pb82
208 não apresentam coloração azul ao 
serem aquecidos.
b) a confi guração eletrônica dos quatro isótopos do 
chumbo é a mesma.
c) o isótopo Pb82
204 possui a menor densidade entre os 
quatro isótopos.
d) as propriedades químicas dos quatro isótopos do 
chumbo são idênticas.
16. (UEPG-PR) Quando um átomo está eletricamente neutro, 
ele possui prótons e elétrons em igual número. Contudo, 
quando um átomo neutro perde ou ganha elétrons, ele se 
transforma em um íon. Baseado nisso, assinale o que for 
correto.
(01) Um íon negativo é chamado de ânion e um íon posi-
tivo é chamado de cátion.
(02) Quando o átomo neutro de sódio origina seu cátion 
monovalente, observa-se a diminuição de uma uni-
dade em sua massa atômica.
(04) O cátion Ca2+ (
20
Ca) é constituído por 20 prótons e 
18 elétrons.
(08) Para Cl, Z = 17, a distribuição eletrônica do ânion 
Cl– é 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6.
Dê a soma dos números dos itens corretos.
17. (Ueba) O número de elétrons do cátion X3+ é igual ao 
número de prótons do átomo Y, que por sua vez é isótopo 
do átomo W, que apresenta número atômico e número de 
massa, respectivamente, 36 e 84. O número atômico do 
elemento X é: 
a) 33 
b) 36 
c) 39 
d) 45 
e) 51
18. (UEL-PR) Dentre os números atômicos 23, 31, 34, 38, 54, 
os que correspondem a elementos químicos com dois elé-
trons de valência são:
a) 23 e 38.
b) 31 e 34.
c) 31 e 38.
d) 34 e 54.
e) 38 e 54.
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40 CAPÍTULO 2
19. (PUC-RS) 
1. Átomo como partícula descontínua com eletrosfera 
dividida em níveis de energia. 
2. Átomo como partícula maciça indivisível e indestrutível. 
3. Átomo como modelo probabilístico sem precisão es-
pacial na localização do elétron. 
4. Átomo como partícula maciça com carga positiva in-
crustada de elétrons. 
5. Átomo formado por núcleo positivo com elétrons gi-
rando ao seu redor na eletrosfera. 
A alternativa que corresponde cronologicamente à evolu-
ção do modelo atômico é: 
a) 2 – 4 – 1 – 3 – 5 
b) 2 – 4 – 5 – 1 – 3 
c) 3 – 1 – 5 – 4 – 2 
d) 4 – 1 – 5 – 3 – 2 
e) 4 – 5 – 2 – 1 – 3
 20. (ITA-SP) Um átomo de hidrogênio com o elétron inicial-
mente no estado fundamental é excitado para um estado 
com número quântico principal (n) igual a 3. Em correlação 
a este fato qual das opções a seguir é a correta? 
a) Este estado excitado é o primeiro estado excitado per-
mitido para o átomo de hidrogênio. 
b) A distância média do elétron ao núcleo será menor no 
estado excitado do que no estado fundamental. 
c) Será necessário fornecer mais energia para ionizar o 
átomo a partir deste estado excitado do que para ioni-
zá-lo a partir do estado fundamental. 
d) A energia necessária para excitar um elétron do estado 
com n = 3 para um estado com n = 5 é a mesma para 
excitá-lo do estado com n = 1 para um estado com n = 3. 
e) O comprimento de onda da radiação emitida quando este 
elétron retornar para o estado fundamental será igual ao 
comprimento de onda da radiação absorvida para ele ir 
do estado fundamental para o mesmo estado excitado.
 21. (Fuvest-SP) Supondo que 1 nêutron apresenta massa 1 kg, 
qual seria a massa de um átomo com 11 prótons, 12 nêu-
trons e 11 elétrons? 
a) 1 kg 
b) 11 kg 
c) 12 kg 
d) 23 kg 
e) 34 kg
 22. (Uesc-BA) As partículas Ne, F–, Na+, O2– e Mg2+ são isoele-
trônicas, isto é, possuem as mesmas configurações ele-
trônicas. Dentre elas, a que apresenta maior número de 
prótons é:
a) Ne
b) F–
c) O2–
d) Mg2+
e) Na+
 23. (IMT-SP) A distribuição eletrônica no último nível de um 
certo íon X2+ é 3s2 3p6. Qual o número atômico desse íon? 
Qual a distribuição eletrônica do último nível do íon As3–, 
cujo número atômico é 33?
 24. +Enem [H15] Analise o espectro de ondas de três ele-
mentos.
H
He
Hg
l = comprimento de onda
1 nm = 10–9 m
l, nm
400 500 600 700
A partir do espectro de linhas apresentado, segundo o 
modelo atômico proposto por Bohr:
a) ao mudar de órbita o elétron mantém o seu estado de 
energia. 
b) um átomo tem certo número de órbitas, com energia 
constante, onde os elétrons movimentam-se sem va-
riação de energia.
c) os elétrons se organizam em camadas circulares ao re-
dor do núcleo, sendo que cada camada abriga apenas 
2 elétrons.
d) o átomo é uma esfera sem carga e a emissão de ondas 
justifica-se pela colisão dos elétrons na eletrosfera.
e) quando um átomo é exposto a uma fonte de ener-
gia, os elétrons saltam para órbitas mais próximas do 
núcleo.
 Vá em frente 
Acesse
<www.e-quimica.iq.unesp.br/index.php?option=com_content&view=article&id=72:experimento-de-rutherford&catid=36:
videos&Itemid=55> e <http://e-quimica.iq.unesp.br/index.php?option=com_content&view=article&id=73:experimento-de-
thonson>. Acesso em: 24 set. 2017.
Assista aos vídeos dos modelos atômicos de Thomson e Rutherford para conhecer como eram os equipamentos usados 
por esses cientistas ao formularem suas teorias atômicas.
Autoavaliação:
Vá até a página 95 e avalie seu desempenho neste capítulo.
Et_EM_1_Cad1_Qui_c02_20a40.indd 40 2/27/18 8:58 AM
 ► Estabelecer relações entre a 
estrutura da tabela periódica 
e a distribuição eletrônica 
em subníveis.
 ► Classifi car os elementos 
químicos sob diversos 
parâmetros.
 ► Reconhecer as principais 
propriedades periódicas e 
relacioná-las às propriedades 
das substâncias químicas.
Principais conceitos 
que você vai aprender:
 ► Grupo
 ► Período
 ► Metal e ametal
 ► Raio atômico e raio iônico
 ► Energia de ionização
 ► Afi nidade eletrônica e 
eletronegatividade
41
3
CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA 
DOS ELEMENTOS
OBJETIVOS
DO CAPÍTULO
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ck
De fato, a minha tabela periódica escolar não trazia fotografi as de cada elemento. Só fui 
perceber que aquelas cifras possuíam uma substância real diante da enorme tabela dos ele-
mentos químicos que costumava fi car exposta no Museu de Ciências de Londres. Esta tinha 
espécimes reais. Em cada retângulo da malha familiar havia uma pequena bolha de vidro, 
dentro da qual uma amostra do elemento relevante tremeluzia ou se aninhava.
[...]
Eles eram quase todos cinzentos, ainda que uma coluna com cobre, prata e ouro desse 
algum colorido; que os não metais, mais variados em cor e textura, fi cavam no canto superior 
direito. 
Com isso, tive de começar a minha própria coleção, o que não seria fácil. Poucos elementos 
são encontrados em estado puro na natureza. Em geral, estão quimicamente contidos em 
minerais e minérios.
[...]
Defi nitivamente, aquilo era um aperfeiçoamento do Museu de Ciências. Eu não só podia 
ver os meus próprios espécimes de perto como também manuseá-los e sentir se eram mornos 
ou frios ao toque – um lingote brilhante de estanho, que fora um rolo de solda antes que eu o 
fundisse num pequeno recipiente de cerâmica, era incrivelmente pesado.
Hist—rias peri—dicas: a curiosa vida dos elementos, 
de Hugh Aldersey-Williams. p. 15.
• No texto, o autor traz algumas impressões sobre as características de elementos de 
uma tabela periódica diferente. Você é capaz de imaginar outras propriedades que 
diferenciam os elementos químicos?
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42 CAPÍTULO 3
A tabela periódica
Devemos ter em mente que a tabela periódica é um instrumento deconsulta e, por 
isso, é ela que deve nos fornecer as informações das quais necessitamos. Para conseguir-
mos entender essas informações, precisamos compreender como elas serão reveladas 
pela tabela. Por exemplo, precisamos conhecer todos os livros de uma biblioteca quando 
queremos apenas um? Precisamos conhecer todas as casas de uma cidade se queremos 
encontrar apenas uma específi ca? Então, precisamos mesmo conhecer todos os elemen-
tos da tabela periódica? 
O que precisamos é saber como é que essas informações – a biblioteca, as ruas e, no 
nosso caso, a tabela periódica – estão organizadas. Conhecendo a estrutura, fi ca fácil en-
contrar a informação desejada. 1
Histórico
Até 1650, eram apenas 11 os elementos químicos conhecidos: prata, arsênio, ouro, carbo-
no, cobre, estanho, ferro, mercúrio, enxofre, chumbo e antimônio. No começo do século XIX, 
porém, esse número já tinha sido triplicado, o que fez com que os químicos buscassem 
formas de organizar os elementos, levando em consideração suas características e suas 
propriedades, criando classifi cações e tabelas que pudessem facilitar a utilização das in-
formações adquiridas até então.
O químico alemão Johann Döbereiner, em 1829, verifi cando que poderia reunir os ele-
mentos químicos em grupos de três, por causa de suas propriedades semelhantes, organi-
zou o que se pode considerar a primeira classifi cação científi ca dos elementos químicos: 
as tríades.
Tríades de Döbereiner
Tríade 1 Tríade 2 Tríade 3
Lítio (Li) Cloro (Cl) Fósforo (P)
Sódio (Na) Bromo (Br) Arsênio (As)
Potássio (K) Iodo (I) Antimônio (Sb)
Em 1862, Béguyer de Chancourtois desenvolveu o parafuso 
telúrico, uma estrutura em forma de linha espiralada ao redor 
de um cilindro, na qual ele dispunha os elementos com caracte-
rísticas semelhantes sobre uma mesma linha vertical. Esse dis-
positivo, no entanto, funcionava bem apenas até o elemento de 
número atômico 40, deixando de atender a outros 20 elementos 
conhecidos na época.
Logo depois, em 1866, John Newlands, músico e cientista, 
propôs organizar os elementos em grupos de sete, colocan-
do-os em ordem crescente de massas atômicas, de modo tal 
que as propriedades químicas do 1º eram semelhantes às 
do 8º, às do 15º, e assim por diante, como acontece com as 
sete notas musicais. Essa classificação recebeu o nome de 
lei das oitavas. Apesar de a comparação entre química e mú-
sica ter sido ridicularizada na época, percebeu-se, mais tar-
de, que a lei das oitavas foi importante para a classificação 
dos elementos, ao mostrar que havia periodicidade em suas 
propriedades.
Enquanto na Alemanha, em 1869, Lothar Meyer mostrava, por meio de gráfi cos, que 
propriedades físicas dos elementos – como ponto de fusão e densidade – variavam de 
acordo com suas massas atômicas, o químico russo Dmitri Ivanovich Mendeleev apresen-
tava uma classifi cação dos elementos na qual os distribuía em ordem crescente de massa 
atômica, deixando, porém, alguns lugares vagos, que, segundo ele (e acertadamente!), per-
tenceriam a elementos químicos ainda desconhecidos.
Atenção
1 Não será preciso decorar a 
tabela periódica!
H
Li
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C
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O
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Na
Mg
Si
P
S
0 2 4 6 8 10121416
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
26
28
30
32
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2
1412
M
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çaPlanificado
Massa
atômica
10
4 6
8
2
4
6
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10
12
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18
20
22
24
26
28
30
32
H
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O
Na
Parafuso telúrico de Chancourtois.
Defi nição
 Periodicidade : fenômeno que se 
repete em intervalos regulares 
ao longo das linhas horizontais 
da tabela periódica.
Et_EM_1_Cad1_Qui_c03_41a61.indd 42 2/27/18 8:59 AM
43
Q
U
ÍM
IC
A
Com seus trabalhos, Mendeleev anunciou a lei periódica segundo a qual as proprieda-
des físicas e químicas dos elementos são dependentes de suas massas atômicas. A partir 
daí, os elementos foram organizados numa estrutura dividida em linhas retas e colunas, 
fi cando nas verticais os elementos com propriedades semelhantes. 1
Henry G. J. Moseley, em 1913, verifi cou que as propriedades periódicas de um elemento 
químico dependiam do número de prótons do núcleo (número atômico – Z) e, assim, corri-
giu algumas poucas falhas da tabela de Mendeleev, colocando os elementos organizados 
em ordem crescente de número atômico, chegando-se, então, à tabela periódica atual.
Tabela periódica dos elementos
1
Símbolo
Número atômico
Massa atômica
NOME
Série dos lantanídeos
1
1
2
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17
18
IA
IIA
IIIB IVB VB VIB VIIB VIIIB IB IIB
IIIA IVA VA VIA VIIA
VIIIA ou 0
2
3
4
Pe
rí
o
d
o
s
5
6
7
Série dos actinídeos
1,01
6,94 9,01
23,0 24,3
39,1 40,1
85,5 87,6
133 137
(223) (226) (261) (262) (263) (264) (265) (266)
45,0
88,9
47,9
91,2
50,9
92,9
52,0
95,9
184
54,9
(99)
186
55,8
101
190
58,9
103
192
58,7
106
195
63,5
108
197
65,4
112
201
69,7
27,0
10,8
28,1
72,6 74,9
122 128
(210) (210)
126,9
79,978,9
35,532,131,0
19,0 20,2
4,00
39,9
83,8
131,3
(222)
16,014,012,0
115
204
119
207 209
175,0173,0168,9167,3164,9162,5158,9157,3152,0150,4(145)144,2140,9140,1138,9
(271) (272) (277) (289) (292)
178 181
(260)(259)(258)(257)(252)(251)(247)(247)(243)(244)(237)238,0(231)232,0(227)
H
Li Be
K Ca
Rb Sr
Cs Ba
Fr Ra
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Zr
Hf
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Nb
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Tl 
Sn
Pb Bi
LuYbTmErHoDyTbGdEuSmPmNdPrCeLa
Ds Rg Cn Fl Lv
Na Mg
LrNoMdFmEsCfBkCmAmPuNpUPaThAc
ESCÂNDIO
ÍTRIO
LANTANÍDEOS
ACTINÍDEOS
TITÂNIO
ZIRCÔNIO
HÁFNIO
RUTHERFÓRDIO
VANÁDIO
NIÓBIO
TÂNTALO
DÚBNIO
CRÔMIO
MOLIBDÊNIO
TUNGSTÊNIO
SEABÓRGIO
MANGANÊS
TECNÉCIO
RÊNIO
BÓHRIO
FERRO
RUTÊNIO
ÓSMIO
HÁSSIO
COBALTO
RÓDIO
IRÍDIO
MEITNÉRIO
NÍQUEL
PALÁDIO
PLATINA
COBRE
PRATA
OURO
ZINCO
CÁDMIO
MERCÚRIO
GÁLIO
ALUMÍNIO
BORO
SILÍCIO
GERMÂNIO ARSÊNIO
ANTIMÔNIO TELÚRIO
POLÔNIO ASTATO
IODO
BROMOSELÊNIO
CLOROENXOFREFÓSFORO
FLÚOR NEÔNIO
HÉLIO
ARGÔNIO
CRIPTÔNIO
XENÔNIO
RADÔNIO
OXIGÊNIONITROGÊNIOCARBONO
ÍNDIO
TÁLIO
ESTANHO
CHUMBO BISMUTO
LUTÉCIOITÉRBIOTÚLIOÉRBIOHÓLMIODISPRÓSIOTÉRBIOGADOLÍNIOEURÓPIOSAMÁRIOPROMÉCIONEODÍMIOPRASEODÍMIOCÉRIOLANTÂNIO
DARMSTÁDIO ROENTGÊNIO COPERNÍCIO FLERÓVIO LIVERMÓRIO
HIDROGÊNIO
LÍTIO BERÍLIO
SÓDIO MAGNÉSIO
POTÁSSIO CÁLCIO
RUBÍDIO ESTRÔNCIO
CÉSIO BÁRIO
FRÂNCIO RÁDIO
LAURÊNCIONOBÉLIOMENDELÉVIOFÉRMIOEINSTÊNIOCALIFÓRNIOBERQUÉLIOCÚRIOAMERÍCIOPLUTÔNIONETÚNIOURÂNIOPROTACTÍNIOTÓRIOACTÍNIO
3 4
11 12
20
37 38
55
87 88
21
39
57 - 71
89 - 103
22
40
72
104
23
41
73
105
24
42
74
106
25
43
75
107
26
44
76
108
27
45
77
109
28
46
78
29
47
79
30
48
80
31
13
5
14
32 33
51 52
84 85
53
3534
171615
9 10
2
18
36
54
86
876
49
81
50
82 83
717069686766656463626160595857
110 111 112 114
Mc 
MOSCÓVIO
115
Nh 
NIHÔNIO
113 116
Ts
TENNESSINO
117
Og
OGANESSÔNIO
118
19
56
1031021011009998979695949392919089
Estrutura da tabela periódica
A tabela periódica é uma das criações mais importantes da química, porque os elementos 
estão organizados de forma clara. Assim, conhecendo apenas a posição de um elemento na ta-
bela, descobrimos várias de suas propriedades, independentemente de qual seja esse elemento.
Olhando para a estrutura da tabela, nota-se que os elementos estão distribuídos de 
forma bastante simples: em linhas horizontais (um ao lado do outro) e em linhas (colunas) 
verticais (um em cima do outro). Essa é a principal característica estrutural da tabela pe-
riódica e é com base nela que desenvolveremos outras análises. 1
Linhas horizontais
São chamadas de períodos e totalizam, para os elementos químicos hoje conhecidos, 
sete linhas. Os períodos indicam o número de camadas eletrônicas (níveis de energia) da 
eletrosfera do elemento químico ali presente. Observe que o primeiro período é o menorde todos, formado apenas pelos elementos hidrogênio (Z = 1) e hélio (Z = 2).
Primeiro
Segundo
Terceiro
Quarto
Quinto
Sexto
Sétimo
1
H
2
1
3
4
5
6
7
Períodos
Camadas
ocupadas
2
He
Atenção
1 Na tabela periódica atual, os 
elementos estão dispostos em 
ordem crescente de número 
atômico (Z).
Curiosidade
1 Conta-se que Mendeleev 
escrevia as propriedades de 
cada elemento numa fi cha e as 
colocava em uma parede.
Assim, ia mudando a ordem das 
fi chas, várias vezes, até achar 
grupos de elementos químicos 
com propriedades semelhantes.
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44 CAPÍTULO 3
Exemplos:
 O berílio apresenta 2 níveis de energia,
portanto é encontrado no 2º período.
4
Be: 1s2 2s2
O zinco apresenta 4 níveis de
energia, portanto é encontrado
no 4º período.
30 
Zn: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10
Linhas verticais
São chamadas de grupos ou famílias e totalizam 18 colunas. Cada grupo contém ele-
mentos que apresentam propriedades químicas semelhantes. Isso acontece porque esses 
elementos têm o mesmo subnível de maior energia e apresentam também o mesmo nú-
mero de elétrons nesse subnível.
Para melhor entendermos, vejamos como a tabela periódica está dividida em relação 
ao subnível de maior energia para os elementos. 1
s
Bloco d
Bloco f
Bloco pB
lo
co
 s
Vamos também detalhar o número de elétrons no subnível de maior energia para cada 
grupo da tabela periódica.
s1 s2 d1 d2 d3 d4 d5 d6 d7 d8 d9 d10 p1 p2 p3 p4 p5 p6
IA
1
IIA
2
IIIB IVB VB VIB VIIB VIIIB VIIIB VIIIB IB IIB
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17
IIIA IVA VA VIA VIIA
0
18
H
1
He
2
Os grupos dos elementos cujas eletrosferas terminam nos subníveis s e p são chama-
dos de elementos representativos (são as famílias A). Já os que terminam em d são chama-
dos de elementos de transição (são as famílias B).
Podemos agora determinar a que grupo pertence cada elemento químico observando 
seu subnível mais energético.
Exemplos:
9 
F: 1s 2 2s2 2p5
30 
Zn: 1s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 4s 2 3d 10 
Pertence ao grupo 17 (VIIA).
Pertence ao grupo 12 (IIB).
Os elementos das duas linhas que estão abaixo da tabela são chamados de elementos 
de transição interna, conhecidos também como séries. Todos têm o subnível f como o de 
maior energia. A primeira série, dos lantanídeos, está no sexto período e seu subnível de 
maior energia é o 4f; a série dos actinídeos está no sétimo período e seus elementos apre-
sentam subnível de maior energia 5f. Esses elementos não estão no nosso principal foco 
de estudo.
Observação
1 A IUPAC recomenda que 
os grupos sejam numerados 
de 1 a 18, sequencialmente. 
Entretanto, continua sendo 
muito usada a forma 
tradicional, que caracteriza 
as famílias (ou grupos) com 
algarismos romanos, seguidos 
das letras A e B.
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45
QU
ÍM
IC
A
Os elementos representativos serão os mais estudados ao longo de todo o Ensino Mé-
dio e, por isso, recebem maior atenção. Alguns de seus grupos ganham nomes especiais:
• Grupo 1 (IA): metais alcalinos (exceto H)
• Grupo 2 (IIA): metais alcalinoterrosos
• Grupo 16 (VIA): calcogênios ou chalcogênios
• Grupo 17 (VIIA): halogênios
• Grupo 18 ou 0 (VIIIA): gases nobres
Além disso, podemos determinar a posição dos elementos na tabela periódica verifi -
cando o número de elétrons da camada de valência (última camada), em vez de os carac-
terizarmos apenas pelo subnível de maior energia. 1
Interação
Os elementos químicos denominados “terras raras” são os que se situam entre o lantânio (La, 
Z = 57) e o lutécio (Lu, Z = 71), incluindo o ítrio (Y, Z = 39) e o escândio (Sc, Z = 21). Esses elemen-
tos apresentam diversas aplicações, como catalisadores, marcadores imunológicos, tratamen-
to de câncer, entre outros, que envolvem equipamentos eletrônicos de última geração. São 
considerados commodities de grande valor comercial cujo preço é infl uenciado pelo governo 
chinês, o que será estudado em Geografi a, caderno 12, capítulo 3.
Veja os exemplos:
8 
O: 1s 2 2s 2 2p 4 
6 elétrons na 
última camada
(Grupo 16
ou família VIA)
Elemento representativo
(Grupo A)Camada de valência
(2º nível de energia)
Grupo 16 ou família VIA 
2º período
53 
I: 1s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 4s 2 3d 10 4p6 5s 2 4d10 5p5 
Grupo 17 ou família VIIA 
5º período
Camada
de valência
(5º nível de energia)
7 elétrons na 
última camada (Grupo
17 ou família VIIA)
Elemento 
representativo
(Grupo A)
Classifi cação dos elementos
De acordo com suas propriedades, os elementos podem ser classifi cados em metais, 
ametais (ou não metais) e gases nobres.
Veja alguns exemplos dessas propriedades:
• metais apresentam brilho metálico e conduzem corrente elétrica;
• ametais não apresentam brilho e, normalmente, não são condutores de corrente elétrica;
• gases nobres são muito estáveis, por isso difi cilmente estão ligados a outros elementos.
O hidrogênio tem características próprias, ou seja, não se enquadra em nenhuma das 
classifi cações anteriores. Apesar de apresentar um elétron na camada de valência (1s1), 
não é classifi cado como metal alcalino. Em algumas tabelas periódicas, o hidrogênio está 
disposto na coluna do grupo 1 (família IA); porém, em outras, aparece isolado.
Além dessas classifi cações, podemos obter outras, apenas analisando a posição de um 
elemento na tabela periódica. Quanto ao estado físico, por exemplo, a 25 °C e 1 atm, teremos:
• líquido: bromo (Br
2
) e mercúrio (Hg);
• gasoso: os gases nobres, hidrogênio (H
2
), fl úor (F
2
), oxigênio (O
2
), nitrogênio (N
2
), cloro (Cl
2
);
• sólido: os demais.
Observação
1 O número que aparece 
abaixo de cada símbolo 
(elemento) na tabela deste 
material é a massa atômica. 
Outras tabelas podem mudar 
as posições das informações; 
portanto, antes de consultar 
qualquer tabela periódica, 
atente-se para a legenda, a fi m 
de saber o que signifi ca cada 
informação.
Todos os elementos com 
números atômicos acima de 
93 (netúnio) não existem na 
natureza — foram produzidos 
artifi cialmente em laboratórios, 
como o nobélio, cujo número 
atômico é 102.
Os elementos com Z ø 92 são 
chamados de cisurânicos e os 
elementos com Z . 92 são 
denominados de transurânicos.
Os elementos 
43
Tc, 
61
Pm, 
85
At e 
87
Fr são considerados elementos 
artifi ciais por causa da sua 
baixa concentração na crosta 
terrestre.
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46 CAPÍTULO 3
Decifrando o enunciado Lendo o enunciado
Nesse caso, a compreensão das 
regras do jogo é fundamental 
para defi nir o ganhador e os 
conceitos de grupo e período. 
De acordo com o enunciado, 
cada jogador pode mover sua 
peça somente ao longo de um 
período – linha horizontal; ou 
ao longo de um grupo – linha 
vertical. O objeto é uma latinha 
de refrigerante, cujo principal 
constituinte é o alumínio.
Fuvest-SP
Cinco amigos resolveram usar a tabela periódica como tabuleiro para um jogo. 
Regras do jogo: Para todos os jogadores, sorteia-se o nome de um objeto, cujo constituin-
te principal é determinado elemento químico. Cada um joga quatro vezes um dado e, a 
cada jogada, move sua peça somente ao longo de um grupo ou de um período, de 
acordo com o número de pontos obtidos no dado. O início da contagem é pelo elemento 
de número atômico 1. Numa partida, o objeto sorteado foi “latinha de refrigerante” 
e os pontos obtidos com os dados foram: Ana (3,2,6,5), Bruno (5,4,3,5), Célia (2,3,5,5), 
Décio (3,1,5,1) e Elza (4,6,6,1).
 
Assim, quem conseguiu alcançar o elemento procurado foi: 
a) Ana.
b) Bruno.
c) Célia.
d) Décio.
e) Elza.
Resolução
Resposta: E
Comentário: Para alcançar o elemento químico alumínio, de acordo com as regras do 
jogo, teremos de mover a peça com as jogadas de Elza, como mostra o esquema a seguir:
1 jogada
4 casas
3 jogadas
6 casas
2 jogadas
6 casas
4 jogadas
1 casa
R
e
p
ro
d
u
ç
ã
o
/F
U
V
E
S
T,
 2
0
0
4
.
Atividades1. (Fuvest-SP) Em seu livro de contos, O sistema periódico, 
o escritor italiano Primo Levi descreve características de 
elementos químicos e as relaciona a fatos de sua vida. Dois 
trechos desse livro são destacados a seguir: 
 (I) “[Este metal] é mole como a cera...; reage com a água 
onde fl utua (um metal que fl utua!), dançando freneti-
camente e produzindo hidrogênio.” 
 (II) “[Este outro] é um elemento singular: é o único capaz 
de ligar-se a si mesmo em longas cadeias estáveis, sem 
grande desperdício de energia, e para a vida sobre a 
Terra (a única que conhecemos até o momento) são 
necessárias exatamente as longas cadeias. Por isso, ... 
é o elemento-chave da substância viva.” 
O metal e o elemento referidos nos trechos (I) e (II) são, 
respectivamente: 
a) mercúrio e oxigênio.
b) cobre e carbono.
c) alumínio e silício.
d) sódio e carbono.
e) potássio e oxigênio.
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47
Q
U
ÍM
IC
A
 2. (Udesc) Os elementos químicos situados entre as colunas 
3 e 12 na tabela periódica:
a) apresentam o subnível d completo.
b) tendem a ganhar elétrons, quando participam de liga-
ções químicas.
c) são encontrados na natureza somente em estado sólido.
d) são denominados metais de transição.
e) aumentam o raio atômico de acordo com o número 
da coluna.
 3. (UnB-DF, adaptada) Julgue (V ou F) os itens a seguir, rela-
cionados à tabela periódica.
( ) Os elementos estão organizados em ordem crescen-
te de número atômico e distribuídos de modo a si-
tuar os de propriedades mais semelhantes em uma 
mesma coluna.
( ) Atribui-se o nome periódico ao conjunto de elemen-
tos de cada coluna. As linhas horizontais foram de-
nominadas grupos ou famílias.
( ) Os símbolos dos elementos: sódio, chumbo, man-
ganês, magnésio e antimônio são, respectivamente, 
Na, Pb, Mn, Mg e Sb.
 4. (Fuvest-SP) Um astronauta foi capturado por habitantes 
de um planeta hostil e aprisionado numa cela, sem seu 
capacete espacial. Logo começou a sentir falta de ar. Ao 
mesmo tempo, notou um painel como o da fi gura, em que 
cada quadrado era uma tecla.
R
e
p
ro
d
u
ç
ã
o
/U
n
B
-D
F
R
e
p
ro
d
u
ç
ã
o
/F
u
v
e
s
t,
 2
0
0
2
.
Apertou duas delas, voltando a respirar bem. As teclas 
apertadas foram:
a) @ e #
b) # e $
c) $ e %
d) % e &
e) & e *
 5. (Unitau-SP) Um átomo X tem um próton a mais que um 
átomo Y. Com base nesta informação, assinale a alterna-
tiva correta. 
a) Se Y for um gás nobre, X será um metal alcalino. 
b) Se Y for um alcalinoterroso, X será um metal alcalino. 
c) Se Y for um gás nobre, X será um halogênio. 
d) Se Y for um metal, X será um gás nobre. 
e) Se Y for um gás nobre, X será um alcalinoterroso.
 6. (IFCE) A forma como os elétrons são distribuídos entre os 
orbitais de um átomo é chamada de confi guração eletrô-
nica, que, entre outras informações, pode indicar a que 
família e período da tabela periódica um elemento químico 
pertence. Com base nisso, considere três elementos quí-
micos, X, Y e Z, cujos números atômicos são 35, 54 e 56. 
Pela confi guração eletrônica, é correto afi rmar que:
a) o elemento X se localiza na família IVA e no 2º período 
da tabela periódica.
b) o elemento Y se localiza na família IIIA e no 5º período 
da tabela periódica.
c) o elemento Z se localiza na família IIA e no 6º período 
da tabela periódica.
d) os elementos X e Y são não metais, mesmo pertencen-
do a famílias e períodos diferentes.
e) os elementos X e Y são metais, mesmo pertencendo a 
famílias e períodos diferentes.
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48 CAPÍTULO 3
 7. (Uece) Dados os elementos químicos: 
G: 1s2 
J: 1s2 2s1 
L: 1s2 2s2 
M: 1s2 2s2 2p6 3s2 
Apresentam propriedades químicas semelhantes: 
a) G e L, pois são gases nobres. 
b) G e M, pois têm dois elétrons no subnível mais energético. 
c) J e G, pois são metais alcalinos. 
d) L e M, pois são metais alcalinoterrosos.
 8. +Enem [H24]
I II IV V VI VIIIII
No esquema da tabela periódica acima, são numeradas 
diversas regiões, sendo que:
a) I apresenta apenas ametais.
b) VII apresenta substâncias sólidas, líquidas e gasosas à 
temperatura ambiente.
c) V e VI apresentam apenas metais. 
d) III apresenta apenas elementos sólidos à temperatura 
ambiente.
e) II apresenta elementos que contêm 2 elétrons na ca-
mada de valência.
Complementares Tarefa proposta 1 a 12
 9. (Ufl a-MG) Se um átomo do grupo 1, da tabela periódica, 
perder um elétron:
a) sua carga total fi cará positiva.
b) sua carga total fi cará negativa.
c) sua carga total não se alterará.
d) sua massa total diminuirá consideravelmente.
 10. (UEPA) O açaí é um fruto típico da região Norte do Brasil, 
cuja polpa é consumida pura ou com outros ingredien-
tes. Esse produto da cultura amazônica é conhecido 
mundialmente. O incremento da comercialização e con-
sumo do açaí, no mercado brasileiro e mundial, estimu-
lou o estudo da composição química do produto. Foram 
analisados os nutrientes inorgânicos e orgânicos desse 
alimento, demonstrando assim a importância nutricional 
do seu consumo. O açaí apresenta em sua composição 
elementos como: potássio, cálcio, magnésio, ferro, zin-
co, fósforo e outros. Os três primeiros metais citados 
no texto são:
a) alcalinos.
b) alcalinoterrosos.
c) um alcalino e os outros dois alcalinoterrosos.
d) um alcalino, um alcalinoterroso e um de transição.
e) metais de transição.
 11. (Vunesp) Associar os números das regiões da tabela perió-
dica esquematizada a seguir com: 
a) os metais alcalinos.
b) os não metais.
c) os gases nobres.
d) os metais de transição.
 12. (UFSM-RS) Assinale a alternativa que completa, correta-
mente, as lacunas da frase abaixo:
O elemento químico de confi guração eletrônica 1s2 2s2 
2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p5 pertence ao grupo e é 
classifi cado como elemento . 
a) VA (15), de transição 
b) VA (15), representativo 
c) VB (5), de transição 
d) VIIA (17), representativo 
e) VIA (16), representativo
R
e
p
ro
d
u
ç
ã
o
/V
u
n
e
s
p
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49
Q
U
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IC
A
Propriedades periódicas
Sabemos que, dentro de um período de 12 meses, a primavera no Brasil, por exemplo, 
se repete sempre na mesma época do ano. Aqui no hemisfério sul, de dezembro a março, 
sempre é verão. A primavera e o verão são acontecimentos periódicos.
Por que podemos dizer que a classifi cação dos elementos químicos é periódica? Mui-
tas propriedades físicas e químicas dos elementos se repetem regularmente em todos os 
períodos ao longo da tabela. Assim, para se prever determinada característica de um ele-
mento químico, basta saber a posição desse elemento (grupo e período) e de que maneira 
essa característica varia ao longo da tabela periódica.
Por exemplo, podemos afi rmar que todo metal do grupo 1 (IA) tem tendência a trans-
formar-se em íon positivo (cátion), assim como todos os ametais do grupo 17 (VIIA) têm 
alta tendência a transformar-se em íons negativos (ânions). Conforme “percorremos” um 
período da tabela periódica, da esquerda para a direita, algo sempre se repete: começa-
mos com metais que podem formar cátions e terminamos com ametais que podem for-
mar ânions (sem considerarmos os gases nobres).
Com o auxílio das principais propriedades periódicas dos elementos químicos – raio 
atômico, energia de ionização, afi nidade eletrônica, eletronegatividade e eletropositivi-
dade –, podemos entender o porquê dessa diferença entre o comportamento dos metais 
e o dos ametais.
Raio atômico
É muito difícil determinar exatamente onde “termina” um átomo, pois a nuvem de elé-
trons que circunda seu núcleo não tem um limite preciso. Por isso, como defi nição, con-
sidera-se como medida do raio atômico a metade da distância entre um par de núcleos 
vizinhos de um mesmo elemento químico, como ilustra o desenho a seguir.
d
r
r =
d
2
Observe a fi gura ao lado e perceba, pelos valores, como 
os raiosatômicos (medidos em picômetros: 1 pm = 10–12 m) 
variam periodicamente.
Os raios atômicos diminuem e aumentam com uma pe-
riodicidade bem clara, de acordo com a variação do número 
atômico. Em um período, conforme nos “deslocamos” na ta-
bela, da esquerda para a direita, os raios vão diminuindo. Já 
dentro de um grupo, quanto mais abaixo estiver o elemento, 
maior será o seu raio, isto é, o seu tamanho.
Explicar por que o raio aumenta conforme “descemos” em 
um grupo é fácil. Para isso, vamos comparar as distribuições 
eletrônicas do lítio e do potássio, ambos metais do grupo 1 (IA).
3
Li: 1s2 2s1 s o lítio apresenta apenas duas camadas ele-
trônicas.
19
K: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 s o potássio apresenta quatro 
camadas eletrônicas.
O elemento que apresenta maior número de camadas 
eletrônicas é maior. Assim, dentro de um mesmo grupo:
Maior número de camadas eletrônicas Maior raio atômico
Cs
265
Rb
248
K
227
Na
186
Li
152
IA
Ba
222
Sr
215
Ca
197
Mg
160
Be
112
IIA
Tl
170
In
167
Ga
135
Al
143
B
85
IIIA
Pb
146
Sn
140
Ge
122
Si
118
C
77
IVA
Bi
150
Sb
140
As
120
P
110
N
75
VA
168
Po
Te
142
Se
119
S
103
O
73
VIA
At
(140)
I
133
Br
114
Cl
100
F
72
VIIA
Rn
(141)
Xe
131
Kr
112
Ar
98
Ne
71
VIIIA
1
2 13 14 15 16 17
18
Variação dos raios atômicos de 
alguns elementos químicos.
Et_EM_1_Cad1_Qui_c03_41a61.indd 49 2/27/18 8:59 AM
50 CAPÍTULO 3
E por que, ao “caminharmos” para a direita dentro de um período, os átomos dimi-
nuem de tamanho? Veja que, ao longo de um mesmo período da tabela, com o aumento 
do número de prótons, o número de elétrons também aumenta na mesma quantidade, 
para que se mantenha a neutralidade de cargas da estrutura atômica. Para entendermos, 
vamos analisar o potássio e o criptônio (ambos do quarto período):
19
K: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 s o potássio tem quatro camadas eletrônicas.
36
Kr: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 s o criptônio também tem quatro camadas eletrônicas.
Os dois átomos não têm o mesmo tamanho! Observe novamente a figura da página an-
terior, que mostra o tamanho de alguns átomos: o átomo de potássio tem 227 pm de raio e o 
de criptônio tem 112 pm. Como explicar esse “encolhimento” do potássio para o criptônio?
Vemos que ambos apresentam o mesmo número de camadas eletrônicas, mas não 
podemos esquecer que suas eletrosferas são eletricamente atraídas pelos prótons que 
estão no núcleo. O criptônio tem 36 deles, e o potássio, somente 19. Fazendo o raciocínio a 
seguir, podemos entender por que o átomo de criptônio é menor que o de potássio.
São 36 prótons atraindo quatro camadas de elétrons. O átomo fica menor que o que 
tem apenas 19 prótons atraindo as mesmas quatro camadas, como é o caso do potássio.
Logo, para átomos que apresentam igual número de camadas, podemos raciocinar da 
seguinte maneira:
Maior número 
atômico (Z)
Maior número de 
prótons no núcleo
Maior atração 
núcleo c eletrosfera
Menor raio atômico
Portanto, de maneira geral, concluímos que o valor do raio atômico aumenta da direi-
ta para a esquerda e de cima para baixo, na tabela.
He
Fr
O frâncio é o átomo de maior raio atômico
de toda a tabela periódica.
O hélio é o átomo de menor raio
atômico de toda a tabela periódica.
 
Modelo
Colocar a sequência de átomos – 
11
Na, 
17
Cl e 
55
Cs – em ordem crescente de raio atômico.
Resolu•‹o
Passo 1: Montar as distribuições eletrônicas.
11
Na: 1s2 2s2 2p6 3s1
17
Cl: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5
55
Cs: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s1
Passo 2: Localizar os elementos químicos na tabela. O sódio e o césio pertencem ao mesmo 
grupo, 1 (família IA), e o cloro está localizado no grupo 17 (família VIIA).
Passo 3: Comparar os raios dos átomos dos elementos do mesmo grupo. O césio tem seis 
camadas; portanto, esse átomo apresenta raio maior do que o outro, o sódio.
Passo 4: Para os elementos do mesmo período – o sódio e o cloro –, o “desempate” deve 
ser feito de acordo com o critério do número de prótons (número atômico): maior número 
atômico – menor raio atômico. Portanto, o 
11
Na é maior que o 
17
Cl. Afinal, a atração elétrica 
entre 17 prótons e todos os elétrons de três camadas eletrônicas é maior que a dos 11 pró-
tons do sódio com as suas três camadas. Essa maior atração leva a uma diminuição do raio. 
Portanto, a ordem crescente será: 
17
Cl (100 pm) , 
11
Na (186 pm) , 
55
Cs (265 pm)
As setas indicam o sentido do 
crescimento do raio atômico.
Et_EM_1_Cad1_Qui_c03_41a61.indd 50 2/27/18 8:59 AM
51
Q
U
ÍM
IC
A
Raio iônico
O átomo de Na é maior que o cátion Na+. Todos os cátions são menores que os seus 
átomos geradores porque, quando um átomo se transforma em um cátion, perde uma 
parte da sua eletrosfera – normalmente, toda a camada de valência. Além disso, ter menos 
elétrons signifi ca menor repulsão entre eles, o que ajuda na contração do raio. Logo, para 
átomos de mesmo elemento químico, podemos raciocinar da seguinte forma.
R
átomo
 . R
cátion
O átomo de Cl é menor que o ânion Cl–. Quando um átomo se transforma em um ânion, 
ele adquire novos elétrons. Lembre-se de que os elétrons são negativos, portanto há um 
efeito repulsivo entre eles, o qual cresce ao se formar um ânion (afi nal, agora há mais 
elétrons na eletrosfera). Isso faz com que todos os ânions sejam maiores que seus átomos 
geradores. Portanto, quando temos átomos de mesmo elemento químico, podemos racio-
cinar da seguinte forma.
R
átomo
 , R
ânion
Para séries isoeletrônicas (espécies com igual número de elétrons), o número de cama-
das é o mesmo. Assim, seguiremos a regra do número atômico: quanto maior é o número 
atômico, maior é o número de prótons, portanto maior será a atração entre prótons e elé-
trons, diminuindo o raio da espécie química. 
Veja a comparação entre os raios iônicos do ânion 
1
H– e o cátion 
3
Li+.
Distribuição eletrônica:
1
H–
1s2
K
2 elétrons
1 próton 
3
Li+
1s2
K
2 elétrons
3 prótons
Como o número de camadas é o mesmo, deverá ser analisado o número de prótons.
Atração entre 
próton e elétron
Atração entre 
próton e elétron
Raio
Raio
∴
∴
Portanto, teremos que o raio do 
1
H– é maior que o raio do 
3
Li+.
Energia de ionização
Muitas vezes, a formação de uma substância depende da transferência de elétrons de 
um átomo para outro e, considerando-se que os elétrons estão “presos” na eletrosfera por 
causa da atração que os prótons do núcleo exercem sobre eles, é fácil concluir que esses 
elétrons não sairão “gratuitamente” de suas eletrosferas em direção a outro átomo.
Para que esse processo ocorra, ou seja, para se conseguir “arrancar” elétrons de um 
átomo, faz-se necessária a entrada de energia na eletrosfera que cederá tais elétrons.
Funciona como se você quisesse comprar um produto de alguém. Para comprá-lo, a 
pessoa cobra um preço, determinado pelo valor que o produto tem. Assim, quanto maior 
o valor, maior o preço.
A pessoa que está vendendo é a eletrosfera, o produto é o elétron desejado e você é 
o átomo a que se destinará o elétron. Portanto, se você (átomo) tiver o dinheiro (energia) 
necessário, levará o produto (elétron) embora.
O valor é defi nido pela intensidade da atração do núcleo pela eletrosfera; logo, a energia 
de ionização é diretamente dependente do raio atômico, sendo tanto maior quanto me-
nor for o tamanho do átomo e menor quando o átomo for maior. Portanto, a energia de 
ionização e o raio atômico são fatores (propriedades) inversamente proporcionais. 1
Observação
1 A equação genérica que 
representa a energia de 
ionização pode ser representada 
por:
X
(g)
 + Energia w X+
(g) 
 + e–
Dizemos que a energia de 
ionização é um processo 
endotérmico; isso signifi ca que é 
um processo que absorve calor.
Defi nição
 Energia de ioniza•‹o : energia 
mínima necessária para remover 
o elétron mais externo de um 
átomo no estado gasoso e 
isolado.
Et_EM_1_Cad1_Qui_c03_41a61.indd 51 2/27/18 8:59 AM
52 CAPÍTULO3
Para entendermos a energia de ionização, vamos considerar o processo de ionização 
do magnésio (Mg), como demonstra a seguinte equação:
Mg
(g)
 w Mg+
(g) 
 + e–
A saída desse elétron requereu a entrada de 738 kJ/mol de energia. Esse valor é considerado 
a primeira energia de ionização do magnésio (E
1
) por ter sido o primeiro elétron a ser retirado.
Isso quer dizer que mais elétrons podem ser “comprados” da eletrosfera? Sim, porém, 
a partir de agora, os valores das energias necessárias serão cada vez maiores, pois, como 
o número de prótons continua o mesmo, estes atrairão um menor número de elétrons por 
causa da saída do elétron anterior, retendo, assim, os restantes com maior intensidade. 
Então, as próximas ionizações serão gradativamente mais dispendiosas. Observe a ioniza-
ção de um segundo elétron do magnésio:
Mg+
(g) 
 w Mg2+
(g) 
 + e–
Agora, a saída desse segundo elétron requereu a entrada de 1 450 kJ/mol de energia. 
Esse valor é considerado a segunda energia de ionização do magnésio (E
2
) por ter sido o 
segundo elétron a ser retirado. 1
Para determinarmos como a energia de ionização varia ao longo da tabela periódica, 
vamos considerar somente a primeira energia de ionização dos elementos.
Em um grupo, conforme “descemos” na tabela, a energia de ionização diminui. Isso 
acontece porque é nesse sentido que o raio atômico aumenta, o que acarreta uma dimi-
nuição da atração entre o núcleo e o elétron a ser retirado. Fica mais fácil “arrancar” o 
elétron, e a energia de ionização diminui. Lembre-se:
Maior raio atômico Menor energia de ionização
Observe:
Energia de ionização do grupo 2 (IIA)
Mg e−
Energia de
ionização = 738 kJ/mol
e−Ca
Energia de
ionização = 599 kJ/mol
Sr
Energia de
ionização = 550 kJ/mol
e−
Já nos períodos, como o raio atômico diminui conforme “caminhamos” para a direita 
(em direção aos gases nobres), é nesse sentido que a energia de ionização aumenta. Por-
tanto, de maneira geral, podemos concluir que a energia de ionização aumenta da esquer-
da para a direita e de baixo para cima, na tabela.
He
Fr
O frâncio apresenta a menor energia de ionização
de toda a tabela periódica.
O hélio apresenta a maior energia de
ionização de toda a tabela periódica.
Perceba que os elementos com as mais altas energias de ionização são “vizinhos” do 
elemento hélio (basicamente ametais e, obviamente, os outros gases nobres). A tendência 
deles será a de não perder elétrons facilmente, ou seja, não se transformarem em cátions. 
Já os elementos com as mais baixas energias de ionização – como o frâncio – são os que se 
transformam em cátions com maior facilidade.
As setas indicam o sentido 
do aumento da energia de 
ionização.
Atenção
1 A energia de ionização do 
segundo elétron é sempre 
maior que a do primeiro; a 
do terceiro, maior que a do 
segundo, e assim por diante.
E
1
 , E
2
 , E
3
 , ... , E
n
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53
Q
U
ÍM
IC
A
Afi nidade eletrônica (eletroafi nidade)
A afi nidade eletrônica é a energia liberada por um átomo gasoso e no estado isolado, 
quando recebe um elétron em sua camada mais externa.
A estabilidade de um átomo é diretamente dependente da menor quantidade possível 
de energia armazenada em sua estrutura. Assim, como a entrada de elétron pode ser vista 
como a entrada de energia na eletrosfera, conclui-se que, para restabelecer a estabilidade, 
certa quantidade de energia deve ser desprendida. 1
Devemos pensar que isso sempre será avaliado como um processo de troca. Se o elé-
tron sai, energia deve ser absorvida (energia de ionização); se o elétron entra, energia deve 
ser liberada (afi nidade eletrônica).
Compare, agora, os valores das afi nidades eletrônicas dos elementos sódio e cloro, 
ambos do 3º período da tabela periódica:
Na
(g)
 + e– w Na–
(g)
 s Energia liberada = 53 kJ/mol Cl
(g)
 + e– w Cl–
(g)
 s Energia liberada = 349 kJ/mol
Por que a energia liberada pelo cloro é bem maior que a liberada pelo sódio?
Como o raio atômico do cloro é menor, isso contribui para uma atração mais intensa en-
tre núcleo-eletrosfera. Esse fato leva a uma maior “tensão” interna e, em virtude da entrada 
do elétron, há necessidade de uma liberação maior de energia. Podemos concluir, então, 
que afi nidade eletrônica e raio atômico são fatores inversamente proporcionais. 2
Assim, de maneira geral, a afi nidade eletrônica aumenta da esquerda para a direita e 
de baixo para cima, na tabela.
F
Cl
O flúor e o cloro apresentam as maiores afinidades
eletrônicas de toda a tabela periódica.
É muito difícil medir a afi nidade eletrônica dos metais, uma vez que eles não tendem a 
receber elétrons; quando medida, indica sempre valores muito baixos. Já os gases nobres – 
que são extremamente estáveis – não têm nenhuma afi nidade por elétrons. Portanto, não 
se defi nem valores de afi nidade eletrônica para esse grupo.
As setas indicam o sentido 
do crescimento da afi nidade 
eletrônica.
Observações
1 A equação genérica que 
representa a afi nidade 
eletrônica pode ser indicada 
por:
X
(g)
 + e− w X–
(g)
 + Energia
Dizemos que a afi nidade 
eletrônica é um processo 
exotérmico; isso signifi ca que 
é um processo que libera 
calor. Quanto maior a energia 
liberada, maior será a afi nidade 
eletrônica, ou seja, maior será a 
tendência do átomo de receber 
elétrons.
2 Os gases nobres não 
apresentam tendência de 
atrair elétrons, pois já são 
átomos estabilizados. Essa 
estabilidade se explica porque, 
originalmente, já apresentam 
8 elétrons na camada de 
valência (com exceção do hélio, 
que tem 2 elétrons na camada 
de valência). Essa é a chamada 
teoria do octeto.
Eletronegatividade e eletropositividade
A quarta propriedade periódica é talvez a que esteja mais associada às ligações químicas. É a eletronegatividade: medida 
da capacidade de um átomo de atrair elétrons de outros átomos para perto dele.
Veja, na tabela a seguir, a escala que o cientista Linus Pauling criou para os valores de eletronegatividade. Pauling atribuiu 
arbitrariamente o valor 4,0 ao fl úor, o elemento mais eletronegativo, e, baseado em experimentação, atribuiu as eletronegati-
vidades relativas aos outros elementos.
2,1
1,0
0,9
0,8
0,8
0,7
0,7
1,5
1,2
1,0
1,0
0,9
0,9
1,3
1,2
1,21,0
1,5
1,4
1,3
1,6
1,6
1,5
1,3
2,8
1,7
1,5
1,9
1,9
1,8
2,2
2,2
1,9
2,2
2,2
1,9
2,2
2,2
1,9
1,0
2,4
1,6
1,7
1,9
1,6
1,7
1,8
1,8
1,8
1,0
2,0
1,9
1,9
2,4
2,1
2,0
2,8
2,5
2,2
–
1,5 1,8 2,1 2,5 3,0 –
2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 –
–
–
–
Aumento de eletronegatividade
A
u
m
e
n
to
 d
e
 e
le
tr
o
n
e
g
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a
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K Ca
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Ac-LrFr Ra
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ClSP
F Ne
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ONC
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Tl
Sn
Pb Bi
Fl Lv
Ga
1
2
18
13 14 15 16 17
3 4 5 6 7 9 108 11 12
2,1
1,0
0,9
0,8
0,8
0,7
0,7
1,5
1,2
1,0
1,0
0,9
0,9
1,3
1,2
1,21,0
1,5
1,4
1,3
1,6
1,6
1,5
1,3
2,8
1,7
1,5
1,9
1,9
1,8
2,2
2,2
1,9
2,2
2,2
1,9
2,2
2,2
1,9
1,0
2,4
1,6
1,7
1,9
1,6
1,7
1,8
1,8
1,8
1,0
2,0
1,9
1,9
2,4
2,1
2,0
2,8
2,5
2,2
–
1,5 1,8 2,1 2,5 3,0 –
2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 –
–
–
–
H
Li Be
Na Mg
K Ca
Rb Sr
Cs Ba La-Lu
Ac-LrFr Ra
Sc
Y
Ti
Zr
Hf
Rf
V
Nb
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Db
Cr
Mo
W
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Mn
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ClSP
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Ga
1
2
18
13 14 15 16 17
3 4 5 6 7 9 108 11 12
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54 CAPÍTULO 3
Perceba que todos os elementos com eletronegatividade � 2,5 são ametais, localizados na parte superior direita da 
tabela. Já todos os elementos com eletronegatividade �1,4 são metais, localizados na região inferior esquerda da tabela. 
Costumamos dizer que esses metais apresentam alta eletropositividade – medida da tendência de um átomo de perder 
elétrons. Evidentemente, é o oposto da eletronegatividade.
Por que os ametais apresentam essa grande afi nidade por elétrons e os metais têm comportamento inverso? Dois fato-
res, basicamente, determinam essa diferença.
• Fator 1. Quanto menor o tamanho (raio) do átomo – e os ametais, lembre-se, apresentam os menores raios do seu pe-
ríodo —, maior a atração elétrica que os prótons do seu núcleo conseguem exercer sobre os elétrons periféricos. Em 
decorrência disso, os ametais têm alta eletronegatividade.
• Fator 2. Os átomos, em sua maioria, adquirem grande estabilidade ao fi carem com 8 elétrons na sua camada de valência. 
Como os ametais têm maior possibilidade de obter esses 8 elétrons na última camada – pois já têm de 4 a 7 elétrons –, 
a tendência de atraírem mais elétrons é alta, isto é, sua eletronegatividade é elevada.
Esses fatores explicam por que as setas da eletronegatividade crescente apontam para a direita – região em que os 
átomos tendem, com maior facilidade, a apresentar 8 elétrons na camada de valência – e para o alto da tabela – região de 
menores raios atômicos. As setas da eletropositividade crescente são, obviamente, opostas.
E
le
tr
o
n
e
g
a
ti
vi
d
a
d
e
 c
re
sc
e
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te
E
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p
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si
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vi
d
a
d
e
 c
re
sc
e
n
te
Eletropositividade crescente
Eletronegatividade crescente
Observe a sequência de eletronegatividade decrescente:
F O Br MetaisN ClH I S CH H P HH
Veja, agora, a variação de outras propriedades periódicas.
Densidade
D
e
n
si
d
a
d
e
Pontos de fusão e ebulição
D
e
n
si
d
a
d
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P
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 1
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P
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o
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e
b
u
liç
ã
o
As setas indicam o crescimento da propriedade periódica em questão.
Dos elementos que apresentam densidade determinada, os mais densos são: ósmio (22,6 g/mL) e irídio (22,5 g/mL). O me-
tal com maior ponto de fusão é o tungstênio (W): 3 410 °C e o ametal com maior ponto de fusão é o carbono (Cgrafi te): 3 550 °C!
Essas últimas propriedades são das substâncias simples formadas pelos elementos, não dos próprios elementos. Obser-
ve os esquemas a seguir, os quais nos possibilitam conclusões extremamente importantes.
Os metais, dentro 
do seu período...
Os ametais, dentro 
do seu período...
são os átomos 
de maior raio.
são os átomos 
de menor raio.
Isso causa:
– baixa energia de ionização
– alta eletropositividade
Isso causa:
– alta afi nidade eletrônica
– alta eletronegatividade
Resultado:
perdem elétrons com facilidade, 
convertendo-se em...
Resultado:
ganham elétrons com facilidade,
convertendo-se em...
cátions
ânions
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55
QU
ÍM
IC
A
Contextualize
CA
Nanopartículas verdes
Plantas do cerrado são usadas na produção de nanossistemas para controle de patógenos e pragas da agricultura, 
entre outras aplicações.
Cascas, sementes, polpas e folhas de árvores e plantas do cerrado brasileiro – como pequizeiro, cajuzinho-do-cerrado, manga-
beira, sucupira, bureré e outras –, além de várias espécies de cogumelos, são as matérias-primas escolhidas por pesquisadores da 
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen), sediada em Brasília, para a obtenção de nanopartículas com potencial 
de utilização em biossensores para detecção de vírus em plantas, controle de larvas de insetos, microrganismos, células tumorais 
e outras aplicações. [...]
A biorredução é um processo biológico mediado por moléculas como enzimas, proteínas, aminoácidos, polissacarídeos e me-
tabólitos encontrados nos extratos de cascas, sementes e folhas, por exemplo, que transforma o íon de prata (quando há ganho 
de elétrons) em prata metálica, resultando na formação de nanopartículas. Uma grande vantagem do método de síntese biológico 
em vez do químico tradicional é que parte das moléculas ativas também adere à superfície dessas nanopartículas, o que lhes con-
fere características diferenciadas como atividade antibacteriana, antiviral ou antialérgica dependendo do vegetal ou cogumelo 
utilizado. “Esse método de síntese de nanopartículas é chamado de nanotecnologia verde.” [...]
Síntese biológica
Extratos de plantas transformam prata em nanopartículas metálicas
Luciano Silva / Embrapa cenargen
Após aperfeiçoar as condições de cres-
cimento dos micélios, de síntese de nano-
partículas e suas caracterizações físicas, 
químicas e estruturais, a pesquisa entrará 
agora na fase de caracterização das ati-
vidades biológicas das nanopartículas. 
O cuidado se explica pelo grande poten-
cial de aplicação farmacêutica, medici-
nal, agrícola e industrial dos compostos 
presentes nos cogumelos. Entre os com-
postos bioativos estão as beta-glucanas, 
carboidratos complexos com proprieda-
des imunorreguladoras e antitumorais, 
as lectinas, proteínas com propriedades 
antitumorais e de imunorregulação, os 
triterpenos, substâncias com ação anti-
-hipertensiva, antiviral, antitumoral e an-
tialergênica, os fenólicos, compostos com 
atividade antiplaquetária, antioxidante 
e anti-infl amatória, além de outros com 
ação antimicrobiana. [...]
Pesquisa Fapesp. (Adaptado.)
 1. Pensando na classifi cação periódica, quais elementos químicos têm maior possibilidade de atuar como a nanopartícula 
metálica apresentada na reportagem? Justifi que.
 2. O metal que forma a nanopartícula apresenta uma irregularidade na distribuição eletrônica, não obedecendo ao 
diagrama de energia de Linus Pauling porque a configuração (n-1)d9 ns2 é menos estável que a configuração 
(n-1)d10 ns1. Ciente dessa informação, escreva a distribuição do íon metálico e do metal quando se encontram na 
forma de nanopartículas.
 3. Escreva duas substâncias, citadas no texto, separando aquelas que apresentam função energética e aquelas que apresentam 
função estrutural no organismo humano.
 4. O processo de formação das nanopartículas recebeu o nome de “nanotecnologia verde”. Pesquise sobre a “Química verde” 
e justifi que o nome dado ao processo.
Ag0
Ag−
Ag−
Ag−
Ag0
Ag0
Ag0
Ag0Ag0
Ag0
Ag0Ag0
Ag0
Ag0
Ag0
Ag0Ag0
Ag0
Ag0
Ag0Ag0Ag0
Ag0Ag0
Ag0
Ag0 Ag
0
Ag0
Ag0
Ag0
Ag0Ag0
Ag0Ag0
Ag0
Ag0Ag0Ag0
Meio de cultivo Biorredução Nucleação
Íons
de
prata
Moléculas
dos extratos
vegetais
Prata
metálica
Em um meio líquido são 
adicionadas partes da 
planta e partículas de 
prata. Ali ocorrerá a 
biorredução. 
O processo todo conta com a 
participação de outras 
substâncias, como enzimas, 
proteínas, aminoácidos, 
polissacarídeos e metabólitos 
de extratos vegetais. Essas 
substâncias serão as 
responsáveis por transformar o 
íon prata em prata metálica.
Ao final do processo, os 
átomos de prata metálica 
se agregam, formando o 
que chamamos de 
nanopartículas de prata. 
Ag−
Partículas
de prataFolhas
Sementes
Meio líquido
Cascas
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56 CAPÍTULO 3
Atividades
 16. (FGV-SP) A fi gura apresenta uma parte da tabela periódica:
Dentre os elementos considerados, aquele que apresenta 
átomo com maior raio atômico e aquele que apresenta 
a primeira energia de ionização mais alta são, respecti-
vamente:
a) Ge e O. 
b) Ge e Br. 
c) Br e Se. 
d) P e C. 
e) C e Se.
 17. (UEMT) As energias de ionização (em kcal/mol) de um dado 
metal são:
1ª energia de ionização: 138
2ª energia de ionização: 434
3ª energia de ionização: 656
4ª energia de ionização: 2 767
Com base nesses dados, espera-se que um átomo desse 
metal, ao perder elétrons, adquira confi guração de gás 
nobre quando perde:
a) 2 elétrons.
b) 3 elétrons.
c) 4 elétrons.
d) 5 elétrons.
e) 6 elétrons.
 18. (UPM-SP) Damos, a seguir, o 1º, 2º, 3º e 4º potenciais de 
ionização do Mg (Z = 12), B (Z = 5) e K (Z = 19). Esses 
elementos, na tabela, serão representados porX, Y, Z, mas 
não necessariamente na mesma ordem.
X Y Z
Potenciais 
ionização 
(em volts)
1o 8,3 7,6 4,3
2o 25 15 32
3o 38 80 46
4o 259 109 61
R
e
p
ro
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u
ç
ã
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/F
G
V
, 
2
0
0
5
.
 13. (Vunesp) A energia liberada quando um elétron é adicio-
nado a um átomo neutro gasoso é chamada de: 
a) entalpia de formação. 
b) afi nidade eletrônica. 
c) eletronegatividade. 
d) energia de ionização. 
e) energia de ligação.
 14. (Inatel-MG, adaptada) Que motivo causa a contração do 
raio atômico dos elementos químicos, quando se percorre 
a tabela periódica da esquerda para a direita, do terceiro 
período em diante?
a) É porque a eletronegatividade decresce com o aumen-
to do número de massa.
b) É devido ao aumento da carga nuclear, que aumenta 
com o aumento do número atômico.
c) É a consequência do aumento da massa atômica do 
elemento considerado.
d) É devido ao aumento do ponto de fusão dos elemen-
tos químicos.
 15. (UFMG) A propriedade cujos valores diminuem à medida 
que aumenta o número atômico na coluna dos halogê-
nios é: 
a) densidade da substância elementar. 
b) primeira energia de ionização do átomo. 
c) raio atômico. 
d) temperatura de ebulição da substância elementar. 
e) temperatura de fusão da substância elementar.
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57
QU
ÍM
IC
A
Marque a alternativa em que há uma correspondência 
correta entre Mg, B, K e as letras X, Y, Z.
X Y Z
a) B K Mg
b) B Mg K
c) K Mg B
d) K B Mg
e) Mg B K
 19. +Enem [H18]
5
5
10
15
20
25
PI (eV)
10 15 20 (Z)
O gráfi co mostra como varia a energia de ionização de al-
guns elementos em razão dos números atômicos. A energia 
de ionização é uma propriedade que:
a) aumenta em um período da direita para a esquerda.
b) aumenta quanto maior for o número atômico.
c) aumenta em um período da esquerda para a direita.
d) não apresenta relação com a variação do número 
atômico.
e) aumenta em uma família de cima para baixo.
 20. (Ufscar-SP) Considere as seguintes propriedades: 
• confi guração eletrônica da camada de valência ns2 np3; 
• boa condutividade elétrica; 
• baixa energia de ionização; 
• alta afi nidade eletrônica. 
A sequência de elementos que apresentam as proprieda-
des relacionadas, na ordem dada, é:
a) N, Pt, Cl e F. 
b) Ca, Cu, K e Br. 
c) Al, Au, Cl e Na. 
d) P, Cu, Na e Cl. 
e) As, Cl, K e Br.
Complementares Tarefa proposta 13 a 24
 21. (Vunesp) Na tabela periódica a seguir, os algarismos roma-
nos substituem os símbolos dos elementos.
Sobre tais elementos, é correto afi rmar que:
a) I e II são líquidos à temperatura ambiente.
R
e
p
ro
d
u
ç
ã
o
/V
u
n
e
s
p
, 
1
9
9
9
.
b) III é um gás nobre.
c) VII é um halogênio.
d) o raio atômico de IV é maior que o de V e menor que o 
de IX.
e) VI e IX apresentam o mesmo número de camadas ele-
trônicas.
 22. (Efoa-MG) Considere as afi rmativas abaixo: 
 I. A primeira energia de ionização é a energia necessária 
para remover um elétron de um átomo neutro no es-
tado gasoso. 
 II. A primeira energia de ionização do sódio é maior do 
que a do magnésio. 
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58 CAPÍTULO 3
 III. Nos períodos da tabela periódica, o raio atômico sem-
pre cresce com o número atômico. 
 IV. A segunda energia de ionização de qualquer átomo é 
sempre maior que a primeira. 
São afi rmativas corretas: 
a) II e III. 
b) II e IV. 
c) I, II, III e IV. 
d) I e IV. 
e) I e II.
 23. (UTFPR) Na tabela esquemática a seguir está apresentado 
o sentido de crescimento de uma propriedade periódica. 
Propriedade periódica é aquela cujos valores para os diver-
sos elementos crescem e decrescem em função do número 
atômico crescente. 
Assinale a propriedade que apresenta este sentido de 
crescimento. 
a) eletronegatividade (exceto os gases nobres). 
b) eletropositividade (exceto os gases nobres). 
c) energia de ionização. 
R
e
p
ro
d
u
ç
ã
o
/U
F
T
P
R
d) densidade. 
e) volume atômico.
 24. (Unimontes-MG) O gráfi co a seguir apresenta a variação 
da primeira energia de ionização (EI) em três grupos da 
tabela periódica, genericamente chamados de A, B e C.
Analisando-se esse gráfi co, pode-se afi rmar que:
a) os elementos do grupo C formam, com maior facilida-
de, cátions.
b) o grupo A possui elementos com tendência em perder 
um elétron.
c) o grupo B contém elementos químicos mais inertes 
que os de A.
d) os elementos do grupo A apresentam maior caráter 
metálico.
R
e
p
ro
d
u
ç
ã
o
/U
n
im
o
n
te
s
-M
G
Tarefa proposta
 1. (UFTM-MG) Sobre tabela periódica, um estudante formu-
lou as proposições abaixo. 
 I. Átomos de um mesmo período possuem o mesmo nú-
mero de camadas ocupadas. 
 II. Átomos de um mesmo período possuem o mesmo nú-
mero de elétrons na camada de valência. 
 III. Um átomo, cujo número atômico é 18, está classifi ca-
do na tabela periódica como gás nobre. 
 IV. Na tabela periódica atual, os elementos estão ordena-
dos em ordem crescente de massa atômica. 
São corretas apenas as afi rmações: 
a) I e II 
b) II e III 
c) I e III 
d) II e IV 
e) III e IV
 2. (UEL-PR) As seguintes proposições relacionam-se com fa-
mílias da classifi cação periódica. 
 I. Por serem pouco reativos, os gases nobres formam 
substâncias simples monoatômicas.
 II. O chumbo é elemento metálico da família do carbono.
 III. Nas condições ambiente, os elementos químicos da 
família VIA formam substâncias simples sólidas. 
Pode-se afi rmar que somente: 
a) I é correta 
b) II é correta 
c) III é correta 
d) I e II são corretas 
e) II e III são corretas
 3. A associação entre o nome do grupo e seu número é 
uma das principais ferramentas de que um químico pode 
precisar. Faça a associação entre as colunas a seguir, que 
correspondem aos grupos de elementos segundo a tabela 
periódica. 
1- Gases nobres 
2- Metais alcalinos 
3- Metais alcalinoterrosos 
4- Calcogênios 
5- Halogênios 
( ) Grupo 1
( ) Grupo 2 
( ) Grupo 16 
( ) Grupo 17 
( ) Grupo 18 
A sequência numérica fi cará: 
a) 1, 2, 3, 4, 5. 
b) 2, 3, 4, 5, 1. 
c) 3, 2, 5, 4, 1. 
d) 3, 2, 4, 5, 1. 
e) 5, 2, 4, 3, 1.
 4. (PUC-RS) Sabemos que sinais são transmitidos no siste-
ma nervoso através de um processo que depende de um 
balanço entre íons de sódio e potássio. Assim, podemos 
esperar que os íons provenientes do carbonato de 
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Q
U
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A
possam apresentar um comportamento semelhante, afe-
tando a forma como as células nervosas se comunicam. 
a) magnésio.
b) estrôncio.
c) lítio 
d) alumínio 
e) silício
 5. (UFPB) Leia o texto a seguir:
Atividade física intensa e prolongada de um atleta pro-
voca perdas de sais minerais que são importantes para o 
equilíbrio orgânico (equilíbrio hidroeletrolítico). Substâncias 
minerais como sódio, potássio, magnésio, cálcio, entre ou-
tros, regulam a maioria das funções de contração muscular.
Adaptado de <www.saudenainternet.com.br>.
Considerando as substâncias citadas, identifi que as afi r-
mativas corretas:
 I. Sódio e magnésio são metais de transição.
 II. Potássio e cálcio são elementos representativos.
 III. O cátion sódio tem confi guração eletrônica semelhan-
te à de um gás nobre.
 IV. Sódio e magnésio pertencem a um mesmo período da 
classifi cação periódica.
 V. Magnésio e cálcio pertencem a um mesmo grupo da 
classifi cação periódica.
 6. (Udesc) Os elementos químicos sódio, ferro e fósforo são 
de grande importância para a sociedade, pois possuem 
várias aplicações. Esses três elementos possuem a seguinte 
distribuição eletrônica:
Na: 1s2 2s2 2p6 3s1
Fe: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6
P: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p3
A partir das distribuições eletrônicas apresentadas, assi-
nale a alternativa incorreta.
a) O ferro é um elemento de transição interna.
b) O fósforo é um elemento pertencente ao grupo do 
nitrogênio.
c) O sódio é um metal alcalino.
d) O fósforo é um não metal.
e) O ferro é um metal.
 7. (Unisa-SP) O elemento que terminaem 4d1 está assim 
localizado na tabela periódica: 
a) período 4 e grupo 3B. 
b) período 5 e grupo 4B. 
c) período 5 e grupo 3B. 
d) período 6 e grupo 4B. 
e) período 1 e grupo 1A.
 8. (EEM-SP) Um certo átomo do elemento E, genérico, apre-
senta o elétron mais energético no subnível 4p6. Pede-se: 
a) Qual o período e família do sistema periódico a que 
pertence o elemento E?
b) Qual o número atômico dos elementos que antece-
dem e sucedem o elemento E na mesma família do 
sistema periódico?
 9. (UFU-MG) A atividade física intensa e prolongada causa a 
transpiração do corpo e, assim, a perda de sais minerais, 
principalmente sais de sódio, importantes para o equilíbrio 
orgânico, que tecnicamente se chamam hidroeletrolíticos. 
Isso ocorre porque minerais como sódio, potássio, magnésio 
e cálcio são importantes para a maioria das funções de con-
tração muscular do nosso corpo. Esses minerais, perdidos 
pelo suor – cuja densidade média é 1,004 g/L – durante a 
transpiração, podem ser repostos pela ingestão de bebidas 
isotônicas, melhorando o desempenho esportivo.
Considerando as informações do texto, têm-se as seguin-
tes afi rmativas:
 I. O suor é uma mistura heterogênea do tipo suspensão.
 II. A densidade do suor é a razão entre seu volume e sua 
massa e representa uma propriedade química.
 III. O suor sobre a pele desaparece quando o atle-
ta para de jogar, porque retira energia térmica do 
corpo para transformar seu estado físico de líquido 
para gasoso.
 IV. Os íons sódio e potássio, contidos no suor, são metais 
alcalinos e pertencem ao primeiro grupo da tabela pe-
riódica.
 V. Os íons sódio, potássio e magnésio, liberados durante 
a transpiração, possuem cargas iguais a +1, +1 e +2, 
respectivamente.
Assinale a alternativa que reúne somente afi rmativas cor-
retas.
a) II, III, IV, V
b) I, II, IV, V
c) III, IV, V
d) I, II, IV
 10. +Enem [H25] A estrutura a seguir é o modelo simplifi cado 
da organização de um chip de memória para computadores.
Camada de silício
Camada de dióxido de silício
Camada de silício contaminada 
com átomos de fósforo
Sobre os componentes do chip:
a) o silício apresenta símbolo Si e o fósforo, F.
b) o fósforo é um metal abundante na crosta terrestre.
c) o silício é usado na fabricação de vidros e cerâmica.
d) o fósforo encontra-se presente em importantes molé-
culas biológicas.
e) o silício é relativamente raro na crosta terrestre, motivo 
do seu alto valor.
 11. (FEI-SP) Explique, comparando os subníveis, como pode-
mos diferenciar os elementos representativos (típicos) dos 
elementos de transição.
 12. (Udesc) Os elementos X e Y apresentam as seguintes con-
fi gurações eletrônicas 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p3 e 1s2 
2s2 2p6 3s2 3p6 4s1, respectivamente. O período e a família 
em que se encontram estes elementos são: 
a) Os elementos X e Y pertencem ao quarto período, 
sendo que o elemento X pertence à família V A, en-
quanto e elemento Y pertence à família I A. 
b) Os elementos X e Y pertencem ao quarto período, 
sendo que o elemento X pertence à família III A, en-
quanto e elemento Y pertence à família I A. 
c) Os elementos X e Y pertencem à mesma família e ao 
mesmo período. 
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60 CAPÍTULO 3
d) Os elementos X e Y pertencem ao terceiro e primeiro 
período respectivamente. Quanto à família os dois ele-
mentos pertencem à família IV A. 
e) O elemento X é um elemento alcalino e o elemento Y 
é um halogênio.
 13. (Vunesp) Considere os elementos K, Co, As e Br, todos 
localizados no quarto período da classificação periódica. 
O elemento de maior densidade e o elemento mais ele-
tronegativo são, respectivamente:
a) K e As.
b) Co e Br.
c) K e Br.
d) Co e As.
e) Co e K.
 14. (UFSM-RS) Tanto o feijão quanto a couve, consumidos na 
feijoada, contêm o elemento ferro na forma de íon Fe2+, 
essencial à vida humana.
Julgue (V ou F) cada uma das afirmativas a seguir em re-
lação ao ferro.
( ) Pertence ao 4º período da tabela periódica.
( ) Trata-se de um metal de transição interna.
( ) Quando perde dois elétrons, sua configuração ele-
trônica é [Ar] 3s2 3p6 3d6.
( ) Ao perder dois elétrons, seu raio atômico diminui.
A sequência correta é: 
a) F – V – V – F
b) V – F – F – V
c) F – V – F – V
d) V– F – V – F
e) F – F – V – F
 15. (UFRN) Comparando-se os átomos dos elementos químicos 
N, P e K, presentes no fertilizante NPK, pode-se afirmar:
a) O raio atômico do N é maior que o do P.
b) O elemento P possui energia de ionização menor que 
a do elemento K.
c) O K possui maior raio atômico.
d) O elemento N apresenta a menor energia de ionização.
 16. (UFMG) Com relação a átomos de oxigênio, todas as afir-
mativas estão corretas, exceto: 
(Dado: Z (O) = 8)
a) A massa total do átomo está, praticamente, concen-
trada no núcleo.
b) A perda de elétron pelo átomo neutro ocorre com libe-
ração de energia.
c) O ganho de dois elétrons leva à formação de um íon 
negativo de raio maior que o do átomo neutro.
d) Os átomos de número de massa 18 têm 10 nêutrons.
e) Os núcleos dos átomos neutros são envolvidos por oito 
elétrons.
 17. (UFPR, adaptada) Com base nos elementos da tabela 
periódica e seus compostos, considere as seguintes afir-
mativas:
 I. Elementos que apresentam baixos valores da primeira 
energia de ionização, mas altos valores de afinidade 
eletrônica, são considerados bastante eletronegativos.
 II. Os compostos gerados por elementos de baixa eletro-
negatividade têm caráter metálico.
 III. Os elementos de alta eletronegatividade são ametais.
 IV. Os elementos representativos que apresentam valo-
res mais altos da primeira energia de ionização são os 
mais eletronegativos.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
 18. (UEMT) As energias de ionização (EI) em (kcal/mol) de um 
dado metal são: 
1ª EI = 138 
2ª EI = 434 
3ª EI = 656 
4ª EI = 2 767 
A configuração eletrônica da camada de valência deste 
metal representativo é:
a) ns1 b) ns2 c) ns2 np1 d) ns2 np2 e) ns2 np3
 19. (UEL-PR) Considere as afirmações a seguir, acerca da tabela 
periódica.
 I. Na família 6A, a eletronegatividade aumenta de cima 
para baixo.
 II. Os números atômicos dos elementos químicos au-
mentam da esquerda para a direita, nos períodos.
 III. Na família 1A, a energia de ionização aumenta de bai-
xo para cima.
 IV. A eletronegatividade aumenta da esquerda para a di-
reita, nos períodos.
 V. Na família 7A, a temperatura de ebulição aumenta de 
cima para baixo.
As afirmações corretas são em número de:
a) 5 b) 4 c) 3 d) 2 e) 1
 20. (Fuvest-SP) O gráfico a seguir mostra a variação do poten-
cial de ionização para elementos com número atômico (Z) 
de 1 a 19.
a) Dê o nome dos três elementos que têm maior dificul-
dade de formar cátions, no estado gasoso. 
b) Explique por que, no intervalo de Z = 3 a Z = 10, o 
potencial de ionização tende a crescer com o aumento 
do número atômico. 
c) Dos elementos do gráfico, qual deve possuir maior ele-
tropositividade?
 21. (UMC-SP) Quando retiramos o primeiro elétron de um 
átomo neutro, no estado gasoso, podemos afirmar que:
a) diminui a força de atração do núcleo sobre os elétrons 
restantes, portanto a primeira energia de ionização é 
sempre maior que a segunda.
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A
b) diminui a força de atração do núcleo sobre os elétrons 
restantes, portanto a primeira energia de ionização é 
sempre menor que a segunda.
c) aumenta a força de atração do núcleo sobre os elé-
trons restantes, portanto a primeira energia de ioniza-
ção é sempre maior que a segunda.
d) aumenta a força de atraçãodo núcleo sobre os elé-
trons restantes, portanto a primeira energia de ioniza-
ção é sempre menor que a segunda.
e) se o segundo elétron estiver no mesmo nível de ener-
gia do primeiro, então a primeira energia de ionização 
será sempre igual.
 22. (PUC-SP) O ponto de fusão de compostos iônicos está 
relacionado com a força de atração entre os íons no re-
tículo (energia reticular). A lei de Coulomb é uma boa 
aproximação para determinar essa força de atração:
q q
d
uru
=
⋅ ⋅
F
K 1 2
2
onde K é uma constante, q
1
 é a carga do cátion, q
2
 é a 
carga do ânion e d é a soma dos raios iônicos (d = r
cátion
 +
+ r
ânion
). Considerando a lei de Coulomb e as propriedades 
periódicas, assinale a alternativa que apresenta os pontos 
de fusão (PF) dos compostos iônicos NaF, NaCl, MgO e 
NaBr em ordem crescente de temperatura. 
a) PF NaCl � PF MgO � PF NaF � PF NaBr 
b) PF NaBr � PF NaCl � PF NaF � PF MgO 
c) PF MgO � PF NaBr � PF NaCl � PF NaF 
d) PF NaF � PF NaCl � PF NaBr � PF MgO 
e) PF NaBr � PF MgO � PF NaCl � PF NaF
 23. (PUC-PR) A tabela periódica dos elementos é uma das 
ferramentas mais importantes na Química, pois organiza 
os elementos de uma maneira que algumas propriedades 
mostram variações com tendências relativamente previsí-
veis, em função dos tamanhos e das estruturas eletrônicas 
dos átomos. Conhecer algumas propriedades periódicas de 
determinado elemento químico auxilia na compreensão de 
suas características físico-químicas, e mesmo de algumas 
substâncias das quais este faz parte.
A fi gura abaixo mostra valores de energia (em kJ · mol-1) 
relativos a uma certa propriedade periódica para cada ele-
mento do bloco dos elementos representativos da tabela 
periódica.
Fonte: ATKINS,P; JONES, L. Princ’pios de qu’mica: questionando 
a vida moderna e o meio ambiente. 5 ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2012. p. 43.
Sobre a propriedade periódica em questão, é correto afi r-
mar que:
a) trata-se da primeira energia de ionização, a qual é a 
energia liberada quando se adiciona um elétron a um 
átomo no estado fundamental e no estado gasoso.
b) trata-se da eletroafi nidade, a qual é a energia forneci-
da para remover o primeiro elétron de um átomo no 
estado fundamental e no estado gasoso.
c) trata-se da primeira energia de ionização, a qual é a 
energia fornecida para remover o primeiro elétron de 
um átomo no estado fundamental e no estado gasoso.
d) trata-se da eletroafi nidade, a qual é a energia liberada 
quando se adiciona um elétron a um átomo no estado 
fundamental e no estado gasoso.
e) é a eletronegatividade, a qual é a intensidade com que 
um elemento atrai os elétrons em uma ligação química.
 24. +Enem [H24] Os elementos de números atômicos 81 
e 84 pertencem ao mesmo período da tabela periódica, 
consequentemente:
a) pertencem à mesma família da tabela periódica.
b) o elemento de número atômico 81 tem maior energia 
de ionização.
c) o elemento de número atômico 84 tem maior raio 
atômico.
d) apresentam o mesmo número de elétrons na camada 
de valência.
e) apresentam o mesmo número de camadas eletrônicas 
ocupadas.
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, 
2
0
1
4
.
 Vá em frente 
Assista
Química: uma história volátil, episódio 2, A ordem dos elementos, parte 1, disponível em: <www.ciencias.seed.pr.gov.br/
modules/video/showVideo.php?video=8959>. Acesso em: 20 nov. 2017.
Neste episódio, o professor Al-Khalili comenta sobre os químicos do século XIX, os quais lutaram para impor ordem ao mundo apa-
rentemente aleatório dos elementos. A busca dos cientistas para decifrar a ordem oculta dos elementos esteve repleta de caminhos
errôneos e disputas ferrenhas. No entanto, levou a uma das criações intelectuais mais belas da Química – a tabela periódica.
Autoavalia•‹o:
V‡ atŽ a p‡gina 95 e avalie seu desempenho neste cap’tulo.
Et_EM_1_Cad1_Qui_c03_41a61.indd 61 2/27/18 8:59 AM
 ► Identifi car o estado físico 
de uma substância em 
diferentes temperaturas, 
baseando-se nos pontos de 
fusão e de ebulição.
 ► Executar cálculos usando o 
conceito de densidade.
 ► Apontar e compreender 
curvas de aquecimento e 
resfriamento.
 ► Reconhecer os principais 
métodos de separação 
de misturas e selecionar 
equipamentos necessários 
para a execução.
Principais conceitos 
que você vai aprender:
 ► Estados físicos e mudanças 
nos estados de agregação
 ► Propriedades da matéria
 ► Sistemas
 ► Separação de misturas
62
OBJETIVOS
DO CAPÍTULO
4
SUBSTÂNCIAS E 
TRANSFORMAÇÕES
A
lpha_7D
/S
h
u
tte
rsto
ck
Os métodos de separação das substâncias são usados em diversas situações, desde 
dentro de casa até em diferentes processos industriais, sendo um dos processos funda-
mentais para o êxito do produto fi nal. 
Para separar os componentes de uma mistura, devem-se usar processos específi cos, 
defi nidos de acordo com fatores preestabelecidos.
• Tipo de mistura: homogênea ou heterogênea.
• Estado físico da mistura: sólido, líquido ou gasoso.
• Algumas propriedades físicas dos materiais que constituem a mistura, como pontos 
de fusão e ebulição, densidade e/ou solubilidade.
O petróleo, uma importante matéria-prima para diversos produtos industriais, é um 
exemplo em que a separação de mistura é empregada. Por ser de extrema importância 
mundial, são os Estados que detém as maiores reservas, como podemos ver no gráfi co a 
seguir. 
Propriedade das reservas mundiais
O acesso às reservas de petróleo é uma das principais questões geopolíticas e fonte de 
confl itos no mundo. Empresas estatais detêm atualmente 77% do 1,26 trilhão de barris 
de óleo equivalente certifi cados
77%
10%
7%
6%
Reservas detidas por empresas estatais
com acesso às empresas provadas
por meio de participação
Reservas detidas por
empresas privadas russas
Reservas de acesso livre
às empresas privadas
Reservas de
empresas estatais
(acesso limitado)
Fonte: PFC Energy 2009
• O processo de separação dos componentes químicos do petróleo é físico ou químico? 
E o processo de transformação dos componentes do petróleo em plásticos? 
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63
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Substâncias e misturas
Em nosso dia a dia, ao analisarmos uma porção de matéria, um corpo, qualquer estru-
tura, estamos, obrigatoriamente, realizando uma observação macroscópica do sistema. 
Verifi camos sua massa, seu volume, sua textura, etc. Ou seja, observamos as característi-
cas que podemos ver ou sentir. 
Sabemos também que essa estrutura é constituída por porções menores e que, sem-
pre que nos aprofundamos mais em nossa análise, concluímos que essas porções são 
cada vez menores, menores, menores. Tão menores que chegamos ao nível microscópico 
unitário: o átomo!
E como é que de uma estrutura tão minúscula conseguimos chegar a corpos robustos 
e grandiosos, como um carro, um prédio ou até mesmo uma montanha? Para responder-
mos a essa questão, vamos conhecer algumas defi nições químicas.
Substâncias químicas
Vamos considerar a composição da água. Sabemos que a fórmula da água é H
2
O. Ao 
dizermos isso, estamos detalhando a constituição de uma pequena estrutura determina-
da pela presença de dois átomos representando o elemento hidrogênio e de apenas um 
átomo do elemento oxigênio. É, simultaneamente, um relato qualitativo (pois estamos 
dizendo quais elementos estão presentes) e quantitativo (pois também estamos dizendo 
quantos átomos de cada um desses elementos estão presentes). Assim, uma fórmula pode 
representar a menor estrutura constituída por átomos e, por isso, também é extremamen-
te pequena individualmente.
Também podemos analisar as substâncias de diferentes formas, e uma das caracteri-
zações mais importantes é sobre o tipo de átomo que as compõe. Dessa maneira, classifi -
camos as substâncias como simples e compostas.
Substância simples
Agrupamento de átomos de um mesmo elemento químico. Exemplos: O
2
; O
3
; C
(graf.)
; P
4
.
O número do lado direito indica aquantidade de átomos de um elemento na molécula 
(atomicidade).
Substância composta
Agrupamento de átomos de elementos químicos diferentes. Exemplos: CO
2
; H
3
PO
4
; H
2
O.
Quando o índice é 1, ele não precisa ser representado na fórmula.
Assim, tudo o que vemos, sentimos e/ou tocamos é constituído por substâncias. Elas 
estão presentes em toda a natureza. No entanto, cada corpo macroscópico que existe não 
é formado por uma única substância. Existem, sim, corpos nos quais ocorre a presença 
de um único tipo de molécula (uma única substância), mas, na maioria das vezes, eles são 
constituídos por vários tipos (várias substâncias).
Dessa maneira, então, podemos classifi car as substâncias como puras e misturas.
Substância pura
Ocorre quando o sistema apresenta apenas uma substância química. Isso quer dizer 
que, ao percorrermos toda a extensão do material, todas as substâncias terão a mesma 
fórmula, ou seja, serão absolutamente iguais.
Podemos realizar agora uma classifi cação empregando o mesmo critério aceito para 
caracterizar as substâncias, ou seja, pelo tipo de elemento presente.
• Substâncias (puras) simples: são constituídas por átomos de mesmo elemento quími-
co. Por exemplo: O
2(g);
P
4(s);
 Br
2(�)
.
• Substâncias (puras) compostas: são constituídas por átomos de elementos químicos 
diferentes. Por exemplo: CO
2(g);
 C
6
H
12
O
6(s)
; H
2
O
(�)
. 1
Veja, no esquema ao lado, uma forma simples de entendermos essa classifi cação. 2
Observações
1 Quando uma substância 
composta é formada por dois 
elementos químicos, diz-se que 
é binária; por três elementos 
químicos, é ternária; por 
quatro elementos químicos, é 
quaternária, e assim por diante.
2 Normalmente, o termo pura na 
classifi cação das substâncias puras 
é omitido. Assim, chamaremos 
apenas de substância simples 
e de substância composta os 
sistemas que agrupam espécies 
químicas iguais.
Cl
2
Cl
2
Cl
2
H
2
O
H
2
O
H
2
O
Sistema com 
substância pura 
simples
Sistema com 
substância pura 
composta
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64 CAPÍTULO 4
Observe o anúncio de uma marca de água mineral hipotética.
Água pura direto da
natureza para você.
Nascente pura
Água pura direto da
natureza para você.
Nascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente puraNascente 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750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL750 mL
É necessário prestarmos muita atenção no emprego de alguns termos científi cos no 
cotidiano: água potável e água pura não são a mesma coisa. Cientifi camente, água pura 
quer dizer que há exclusivamente moléculas da substância química água, e água potável 
é a água que pode ser consumida porque não faz mal à saúde. Esta contém, além de água, 
outras substâncias dissolvidas, como sais minerais e certos gases.
Misturas
Se em um sistema houver duas ou mais substâncias químicas (dois ou mais tipos de 
substâncias), é porque estamos diante de uma mistura. Só para relembrar, é importante 
salientar que a maioria dos materiais que nos cercam é mistura.
A água potável, o gás de cozinha, a gasolina do automóvel, o granito, o ar atmosférico, 
o sangue, o leite, enfi m, existe uma infi nidade de exemplos de misturas que podemos ci-
tar, visto que a maioria dos materiais que nos cercam é mistura. 
Antes, porém, de classifi carmos as misturas, é muito importante que saibamos dois 
conceitos.
• Componente: é cada substância presente no sistema. Por exemplo, uma mistura de 
água, gelo, areia e óleo contém três componentes (água – líquida e sólida –, areia e óleo).
• Fase: é toda extensão do sistema em que as propriedades encontradas são as mesmas. 
Por exemplo, uma mistura de água e óleo apresenta duas fases. Quando misturamos 
uma pitada de sal em água, a mistura formada tem uma única fase.
Podemos agora realizar a classifi cação das misturas quanto ao número de fases.
• Mistura homogênea: apresenta uma única fase (sistema monofásico). Isso quer dizer 
que não podemos distinguir os componentes presentes. Há um aspecto uniforme, crian-
do a falsa sensação da existência de uma única substância. Por exemplo: água e álcool, 
água e açúcar (sem depósito no fundo do recipiente) e todas as misturas gasosas.
• Mistura heterogênea: 
apresenta duas ou 
mais fases (sistema 
polifásico). Isso quer 
dizer que podemos 
distinguir mais de 
uma porção visível 
em um sistema. Por 
exemplo: água e óleo, 
água e areia e a maio-
ria das misturas entre 
sólidos. 1 1
Atenção
1 Existem misturas 
aparentemente homogêneas, 
mas que, examinadas com 
um microscópio, se mostram 
heterogêneas. Uma delas é o 
leite que, ao microscópio, é 
um líquido branco com gotas 
de gordura espalhadas. Outro 
sistema importante é o sangue, 
que, a olho nu, apresenta 
aspecto homogêneo e, quando 
observado em um microscópio, 
notamos que é heterogêneo por 
causa da fase líquida – plasma – 
e da fase sólida – hemácias, 
leucócitos, etc. O granito é uma 
rocha que apresenta três fases, o 
quartzo o feldspato e a mica.
Observações
1 1. As misturas homogêneas são 
também chamadas de soluções.
2. Solução quase sempre nos 
remete ao estado líquido – 
como a solução de “água + 
sal (NaCl)”. No entanto, não 
podemos esquecer que as 
soluções podem estar nos três 
estados físicos, como a seguir.
 ► Estado sólido: ligas metálicas, 
como o ouro 18 quilates (liga 
metálica de composição 75% 
de ouro + 13% de Ag + 12% 
de Cu para confecção do 
ouro amarelo).
 ► Estado líquido: gasolina 
usada como combustível. É 
uma mistura que contém, 
atualmente, 27,5% de 
álcool anidro e 72,5% de 
hidrocarbonetos. Essas 
porcentagens podem variar 
em virtude da oferta no 
mercado das substâncias 
que compõem a mistura.
 ► Estado gasoso: toda mistura 
de gases é necessariamente 
uma mistura homogênea, 
logo sempre é uma solução.
As bancadas de cozinha ou pias 
podem ser de granito, um sólido 
trifásico que contêm quartzo, 
feldspato e mica.
Defi nição
 Mistura : sistema formado por 
duas, ou mais, espécies químicas 
diferentes. Não pode ser 
representada por uma única 
fórmula.
A
rt
a
zu
m
/S
h
u
tt
e
rs
to
ck
E
v
g
e
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 K
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65
Q
U
ÍM
IC
A
Alotropia
É denominada alotropia a propriedade que certos elementos químicos têm para for-
mar diferentes substâncias simples (substâncias formadas por um só elemento químico, 
por exemplo: O
2
, N
2
, P
4
, S
8
, etc.). Essas substâncias são chamadas variedades alotrópicas 
e podem apresentar diferentes propriedades físicas. As propriedades químicas, contudo, 
costumam ser semelhantes.
Os alótropos podem ser classifi cados em:
• Alótropos de atomicidade: ocorre quando a diferença está no número de átomos que 
formam a molécula. Exemplos: O
2
 e O
3
 ou P
4
 e P
n
.
• Alótropos de estrutura: ocorre quando o número de átomos é o mesmo e a diferença ocor-
re na estrutura cristalina. Exemplos: S
8
: rômbico e monoclínico; C
n
: grafi te e diamante.
Casos de alotropia
• Gases oxigênio e ozônio: o elemento oxigênio apresenta duas formas alotrópicas: o gás 
oxigênio (O
2
) e o gás ozônio (O
3
). O oxigênio é o gás inodoro, essencial à vida e a todas 
as reações de combustão (gás comburente). Na forma líquida, o O
2
 tem cor azul-clara. 
O ozônio tem um odor penetrante e é usado como bactericida e germicida. A camada 
de ozônio da estratosfera protege a superfície terrestre da radiação ultravioleta do Sol, 
que, em excesso, pode causar câncer de pele. No estado líquido, o O
3
 é azul-escuro.
• Carbono: outro caso clássico de alotropia ocorre com o carbono, que na natureza se 
apresenta sob duas formas: grafi te e diamante. A diferença entre os dois está na ma-
neira como os átomos de carbono estão ligados.
Observe estas estruturas:
O diamante tem uma estrutura compacta, responsável por sua grande dureza. Ele é bri-
lhante, não conduz eletricidade, mas conduz bem o calor, e sua densidade é de 3,5 g/cm3. 
A grafi te é um sólido escuro, menos duro que o diamante, escorregadio, conduz bem a 
eletricidade, e sua densidade é de 2,5 g/cm3.
Atualmente, conhecemos mais variedades alotrópicas do carbono, todas artifi ciais, ou seja, 
foram produzidas pelo ser humano em laboratório: o fulereno, os nanotubos e os grafenos.
Um cientista chamado Harry Kroto, em 1985, vaporizou grafi te com laser e, aparente-
mente ao acaso, obteve um tipo de molécula formada por 60 átomos de carbono – o C
60
 –, 
que lembra uma bola de futebol (é constituída por pentágonos e hexágonos). Em home-
nagem a um arquiteto chamado Buckminster Fuller, que desenhou uma redoma com as-
pecto semelhante ao dessa molécula, muitos anos antes de sua descoberta, chamou-a de 
buckminster fullerene, que, em português, chamamos de fulereno.
Algum tempo depois, no Japão, foi sintetizada outra variedade alotrópica do carbono: 
os nanotubos. Como o nome indica, são minúsculos tubos de carbono. Os átomos de car-
bono nos nanotubos também estão dispostos em pentágonos e hexágonos. Essa desco-
berta também ocorreu aparentemente ao acaso.
Desde quando foram descobertos, tanto o fulereno quanto os nanotubos estão sendo 
estudados em pesquisas para, no futuro, serem de alguma forma úteis à humanidade. 
Os grafenos são folhas planares de átomos de carbono arranjados numa estrutura he-
xagonal. Atualmente estão sendo feitos estudos para que essa estrutura possa substituir 
o silício em semicondutores.
A B
Defi nição
 Combustão : reação de queima.
 Comburente : substância que 
alimenta a combustão.
(A) Diamante (carbonos 
dispostos em tetraedros) e (B) 
grafi te (carbonos dispostos em 
hexágonos).
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66 CAPÍTULO 4
Características das substâncias
Imagine uma pessoa preparando uma limonada: ela espreme alguns limões, coloca 
água, algumas pedras de gelo e, para completar, um pouco de açúcar. Dentro do armário 
estão dois potes com sólidos brancos em pó, cujos rótulos que indicavam “sal” e “açúcar” 
caíram. O que fazer?
Simples!Como o sal e o açúcar têm sabores diferentes, fi ca fácil saber qual é qual expe-
rimentando um pouco de um dos sólidos. E lembrando-se de colar os rótulos novamente!
Nesse exemplo, a pessoa que preparava a limonada identifi cou qual era o açúcar entre 
dois sólidos aparentemente iguais testando uma de suas propriedades: o gosto. Muitas 
vezes, um químico, durante seu trabalho, também precisa identifi car substâncias aparen-
temente iguais que estão num laboratório, mas ele não pode simplesmente provar essas 
substâncias, porque algumas delas podem fazer mal à saúde. Assim, para identifi car uma 
substância, um químico testa várias características, que são denominadas propriedades 
da matéria e são divididas em gerais, funcionais e específi cas.
• Propriedades gerais: são propriedades presentes em todas as substâncias. São elas: 
massa, extensão, impenetrabilidade e compressibilidade. 1
• Propriedades funcionais: são características que determinado grupo de substâncias 
tem em comum. Por exemplo: ácidos de Arrhenius – são substâncias que, quando dis-
solvidas em água, se ionizam formando, como único cátion, o íon H
3
O+.
• Propriedades específi cas: nesse caso são propriedades inerentes a cada substância 
química. São usadas na identifi cação de substâncias e são subdivididas em: proprie-
dades organolépticas – são as perceptíveis aos sentidos, como cor, cheiro, gosto, etc. –, 
propriedades químicas – dizem respeito às reações químicas características de deter-
minada substância (podemos citar o caso do gás hidrogênio (H
2
), sua combustão, ou 
seja, a reação com o gás oxigênio, produz a substância água (H
2
O)) e, por fi m, as pro-
priedades físicas – as que avaliam as grandezas físicas de cada substância.
Propriedades físicas
Neste momento será de grande valia estudarmos mais profundamente os conceitos 
relacionados às propriedades físicas. Como foi dito, trata-se da avaliação das grandezas 
físicas; logo, elas poderão ser associadas a um valor numérico e a uma unidade. Ou seja, 
são características das substâncias que, variando, podem ser dimensionadas e descritas 
por meio de números.
Antes, porém, de tratarmos desse assunto, outro conceito ainda se faz necessário: as 
fases de agregação da matéria.
Fases de agregação da matéria
Para o Ensino Médio, são considerados apenas três os estados de agregação da matéria, 
que podem ser determinados pela quantidade de energia cinética das estruturas e, conse-
quentemente, das distâncias intermoleculares. São diretamente dependentes da tempera-
tura e da pressão às quais estão submetidos. São os estados sólido, 
líquido e gasoso. Generalizando suas características, podemos as-
sim compará-los:
Ordem crescente de energia cinética
Sólido Líquido Gasoso
Forma e volume
constantes
Forma variável e
volume constante
Forma e volume
variáveis
Dependendo da energia empregada no sistema, qualquer subs-
tância pode ser convertida em qualquer um dos três estados de 
agregação, e cada processo de transformação recebe um nome 
específi co. Veja ao lado as principais mudanças de fase da matéria.
Observação
1 As propriedades da matéria 
ainda podem ser divididas em 
intensivas e extensivas.
 ► Intensivas: são 
independentes das 
quantidades de material. 
Exemplos: densidade, pontos 
de fusão e ebulição, etc.
 ► Extensivas: dependem da 
quantidade de material. 
Exemplos: massa, volume, 
quantidade de calor liberado 
ou absorvido em processos 
físicos e químicos, etc.
Fusão
Solidificação
Sublimação
Vaporização
Condensação
(liquefação)
Diminuição de temperatura (a água é esfriada)
Aumento de temperatura (a água é aquecida)
O vapor-d’água é incolor, logo, 
quando misturado com o ar, é 
invisível.
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67
Q
U
ÍM
IC
A
Ponto de fusão (PF)
É a temperatura em que determinado sistema no estado sólido se transforma em líqui-
do. Isso ocorre porque no estado sólido as estruturas microscópicas estão tão próximas 
umas das outras (por causa da baixa energia) que chegam a formar cristais. Com o aqueci-
mento, há um aumento da energia de cada estrutura, forçando-as a se “desligarem” desse 
cristal, aumentando a fl uidez, ou seja, sua capacidade de escoamento. Surge então a fase 
líquida.
Se o sistema analisado contiver uma substância pura, durante toda a fusão (do surgi-
mento da primeira gotícula de líquido até o total desaparecimento da fase sólida), a tempe-
ratura permanecerá constante. Ou seja, por apresentar o mesmo tipo de substância, a tem-
peratura será sempre a mesma durante o processo. Dessa forma, cada substância tem seu 
próprio ponto de fusão, o que possibilita sua identifi cação. Para uma mistura homogênea, 
por apresentar substâncias diferentes, o processo de fusão ocorrerá com temperatura va-
riável. Nesse caso, a faixa de temperatura dependerá da proporção entre os componentes.
Ponto de ebulição (PE)
Outra propriedade que nos auxilia na identifi cação das substâncias é o ponto de ebu-
lição. Defi ne-se como a temperatura em que um sistema líquido passa para a fase gasosa.
Esse processo acontece porque as estruturas na fase líquida, mesmo tendo maior liber-
dade para movimentação, ainda estão muito próximas e sofrem atração umas pelas outras 
em razão da existência de forças denominadas intermoleculares. Com o aquecimento, no-
vamente há um aumento da energia de cada estrutura, forçando-as, agora, a se “desligarem” 
defi nitivamente umas das outras, aumentando tanto a fl uidez que, nessa nova confi gura-
ção, as estruturas ocupam todo o espaço disponível no recipiente. Eis então a fase gasosa.
Nota-se também nesse caso que as substâncias puras apresentam pontos de ebulição 
constantes, enquanto as misturas homogêneas têm pontos de ebulição variáveis. 
O ponto de ebulição também é uma característica própria para cada substância pura 
e, para uma mistura, é dependente da proporção entre os seus componentes. 1
O ponto de fusão não depende da quantidade de sólido e o ponto de ebulição não 
depende da quantidade de líquido. 
Um líquido pode ser transformado em gás em temperaturas menores que o seu ponto 
de ebulição – é o que acontece com roupas secando em um varal. Essa transformação é 
chamada evaporação.
Observe o gráfi co, que mostra a variação da temperatura de uma substância pura 
(água), da fase sólida para a fase gasosa, em função do tempo:
Temperatura 
constante
Temperatura 
constante
Início da
fusão
Fim da
fusão
Início da
ebulição
Fim da
ebulição
Temperatura
Tempo
s
g
s w L
L
Lw g
A
B C
D E
F
Por esse gráfi co – chamado curva de aquecimento – e conhecendo os pontos de fusão 
e de ebulição da água, percebemos que:
Atenção
1 Substância pura: PF e PE são 
constantes.
Mistura homogênea: PF e PE são 
variáveis.
• no intervalo A-B, temos gelo;
• no ponto B, começa a fusão;
• no intervalo B-C, temos água na fase sólida (gelo) e água 
na fase líquida;
• no ponto C, termina a fusão;
• no intervalo C-D, temos água na fase líquida;
• no ponto D, começa a ebulição;
• no intervalo D-E, temos água nas fases líquida e gasosa; 
• no ponto E, termina a ebulição;
• no intervalo E-F, temos água na fase gasosa.
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68 CAPÍTULO 4
Alguns sólidos, como a naftalina, passam diretamente para a fase gasosa. Essa trans-
formação recebe o nome de sublimação; e o processo inverso – transformação do estado 
gasoso para o estado sólido – recebe o nome de ressublimação ou sublimação inversa. 1
Além da curva de aquecimento, temos a curva de resfriamento. Como exemplo, ob-
serve ao lado a curva de resfriamento da água, ao nível do mar (os estados de agregação 
encontrados em cada temperatura estão indicados).
Vamos analisar agora o que acontece durante as mudanças de estado de uma mistura 
quando a temperatura varia. Observe o gráfi co a seguir.
Va
ria
çã
o 
de
te
m
pe
ra
tu
ra
Va
ria
çã
o 
de
te
m
pe
ra
tu
ra
Início da
fusão
Fim dafusão
Início da
ebulição
Fim da
ebulição
Temperatura
Tempo
s
g
s w L
L
L w g
Isso não acontece com todas as misturas. Existem dois tipos especiais que se compor-
tam de maneira diferente.
• Mistura eutética: durante a fusão, a temperatura é constante, mas, durante a ebuli-
ção, ela varia. Exemplo: liga de cádmio (40%) e bismuto (60%). O ponto de fusão do cád-
mio puro é 321 °C e o do bismuto puro é 271 °C; a liga apresentada tem ponto de fusão 
de 140 °C. Observe o gráfi co:
Temperatura 
constante
Início da
fusão
Fim da
fusão
Início da
ebulição
Fim da
ebulição
Temperatura
Tempo
s
g
s w L
Va
ria
çã
o 
de
te
m
pe
ra
tu
ra
L
L w g
• Mistura azeotrópica: durante a fusão, a temperatura varia, mas, durante a ebulição, 
ela é constante. Exemplo: etanol (álcool hidratado) na proporção de 96% de etanol e 
4% de água apresenta ponto de ebulição de 78,1 °C, enquanto a água pura ferve a 100 °C 
e o etanol puro entra em ebulição a 78,4 °C. Observe o gráfi co:
s w L
L
s
Início da
fusão
Fim da
fusão
Início da
ebulição
Fim da
ebulição
Temperatura
Tempo
s
g
Va
ria
çã
o 
de
te
m
pe
ra
tu
ra
Temperatura 
constante
L w g
Por causa das diferenças que observamos, podemos, analisando o gráfi co de mudança 
de estado, saber se um sistema homogêneo é formado por uma única substância ou se é 
uma mistura. 2 1
Temperatura
0 °C
100 °C
g
g + L
L
L + s s
Tempo
Observação
1 Os pontos de fusão e de 
ebulição dependem do local 
onde são determinados. 
Em geral, usamos os valores 
determinados ao nível do mar.
Curiosidades
1 Veja a fi gura que mostra a 
sublimação do iodo.
Condição
Aquecimento
Fase gasosa
Vapor de iodo
Sublimação do iodo
Fase s—lida
Cristais de iodo
Mudança de fase
2 O que aconteceria com a 
temperatura se derretêssemos 
corpos de gelo cada vez 
maiores? Será que o ponto 
de fusão seria diferente? E se 
fervêssemos volumes de água 
diferentes? O ponto de ebulição 
variaria também? Para os dois 
casos, a resposta é não! Tanto o 
ponto de fusão quanto o ponto 
de ebulição são propriedades 
inerentes à substância, ou seja, 
são dependentes apenas do 
tipo, e não da quantidade de 
moléculas. A única diferença 
aparecerá no tempo gasto para 
derreter cada corpo sólido e 
no tempo de fervura de cada 
recipiente líquido diferente.
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Densidade
Responda rápido: o que é mais pesado, 1 kg de chumbo ou 1 kg de algodão? Se não ra-
ciocinarmos direito, responderemos 1 kg de chumbo! Isso está errado, pois a quantidade 
de matéria, ou seja, a massa em cada um dos dois sistemas é a mesma. Para que isso ocor-
ra, o volume de algodão deve ser muito maior que o volume de chumbo.
Por que temos a sensação de que o “tal” 1 kg de chumbo é mais pesado? Na verdade, 
isso acontece porque fazemos uma comparação entre chumbo e algodão com volumes 
iguais, pois temos uma tendência espontânea de comparar corpos pelo tamanho, já que a 
visão, em geral, vem antes do tato.
E é essa discussão a respeito das relações entre massa e volume que norteia o con-
ceito de densidade. Materialmente falando, densidade é medida em massa, disposta em 
determinado espaço físico.
Como garantia de que entendemos essa defi nição, vamos considerar o seguin-
te exemplo: três garrafas exatamente iguais foram dispostas uma em cada balança. 
A primeira enchemos com óleo, a segunda com água e a terceira com areia. Nossos 
olhos veem claramente recipientes exatamente iguais em tamanho, porém de massas 
diferentes.
Matematicamente, a densidade expressa exatamente essa relação entre a massa do 
corpo e seu volume ocupado. Assim, dividindo a massa de um material por seu volume, 
teremos a fórmula que calcula a densidade (d):
d
massa
volume
=
A unidade mais usada para a densidade é g/cm3, ou seja, o valor da densidade mostra 
a massa do material, em gramas, contida num volume de 1 cm3.
No exemplo das três garrafas, percebemos que, se os volumes são iguais, a densidade 
é determinada pela massa de cada sistema.
d
massa
volume
1
=
 
d
massa
volume
2
=
 
d
massa
volume
3
=
Portanto, se m
3
 � m
2
 � m
1
, logo d
3
 � d
2
� d
1
.
A partir de agora (considerando a total insolubilidade entre os componentes), se mis-
turarmos areia, água e óleo em qualquer proporção, o sistema apresentará sempre o as-
pecto da foto ao lado.
Cada substância tem sua própria densidade. Assim, podemos identifi car a substância 
que existe num material desconhecido calculando a densidade desse material e compa-
rando-a com os valores de uma tabela.
A tabela a seguir mostra as densidades de algumas substâncias a 20 °C.
Substância Densidade (g/cm3)
Água 1,0
Alumínio 2,7
Diamante 3,5
Prata 10,5
Cuidado com algumas situações como esta: Você acha que água e gelo formam uma 
mistura heterogênea? Não! Apesar de haver duas fases, água pura e gelo não formam uma 
mistura heterogênea. O que existe na verdade é uma única substância em dois estados 
físicos diferentes: sólido e líquido.
Nessa situação, devemos usar o conceito de sistema.
Compare as semelhanças e as diferenças entre estes dois sistemas:
• água e óleo: heterogêneo, duas fases, dois componentes (materiais diferentes);
• água e gelo: heterogêneo, duas fases, um componente (água em dois estados físicos 
diferentes).
Um copo com água, óleo e areia 
é um sistema trifásico, ou seja, 
apresenta três fases.
D
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 2
Defi nição
 Sistema : parte do Universo que 
é separada para ser objeto de 
estudo.
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70 CAPÍTULO 4
Nesses casos, usando o conceito de sistema, teremos:
Mistura 
heterogênea
Substância pura 
(em dois ou mais 
estados físicos 
diferentes)
Heterogêneo
Sistema
Mistura 
homogênea
Substância pura 
(em um único 
estado físico)
Homogêneo
Atividades
 1. (Ufes) Qual é a alternativa em que só aparecem misturas? 
a) Grafi te, leite, água oxigenada, fósforo vermelho. 
b) Ferro, enxofre, mercúrio, ácido muriático. 
c) Areia, açúcar, granito, metanol. 
d) Vinagre, álcool absoluto, água do mar, gás amoníaco. 
e) Ar, granito, vinagre, água sanitária.
 2. (Ufal) A mudança de estado de uma substância pura ocorre 
sempre em condições constantes. O gráfi co a seguir repre-
senta a mudança de estado da água pura.
Podemos afi rmar que o ponto “A” representa o:
a) início da ebulição.
b) fi m da fusão.
c) fi m da ebulição. 
d) início da fusão.
e) início da sublimação.
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 3. (Unitau-SP) Misturas azeotrópicas são: 
a) misturas heterogêneas com ponto de fusão constante. 
b) misturas homogêneas ou ligas de ponto de fusão 
constante. 
c) líquidos ou ligas de ponto de fusão constante. 
d) soluções líquidas de ponto de ebulição constante. 
e) líquidos de ponto de ebulição variável.
 4. Associe os gráfi cos aos itens da coluna a seguir.
 I. T (°C)
0
s
L
t (min)
 II. T (°C)
0 t (min)
s
L
 III. T (°C)
0
s
L
t (min)
 IV. 
L
T (°C)
0
s
t (min)
( ) Substância pura
( ) Mistura homogênea
( ) Mistura eutética
( ) Mistura azeotrópica
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 5. (Ufes) Observe a representação dos sistemas I, II e III e 
seus componentes. O número de fases em cada um é, 
respectivamente:
a) 3, 2 e 4. 
b) 3, 3 e 4. 
c) 2, 2 e 4. 
d) 3, 2 e 5. 
e) 3, 3 e 6.
 6. (UFSC) Considere a curva de aquecimento de uma subs-
tância sólida até seu estado gasoso, em função do tempo, 
à pressão de 1 atmosfera.
De acordo com as informações do enunciado e com o grá-
fi co apresentado, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).
( 01 ) No tempo t
2
 coexistem sólido e líquido.
( 02 ) A temperatura T
2
 representa o ponto de ebulição da 
substância.
( 04 ) No intervalo de tempo de t
3
 a t
4
, os estados líquido 
e vapor da substância coexistem a uma temperatura 
constante.
( 08 ) A curva de aquecimento mostraque a substância não 
é pura, mas, sim, uma mistura homogênea simples.
( 16 ) O tempo t
1
 representa o início da vaporização da 
substância.
( 32 ) No intervalo de tempo de t
2
 a t
3
, a substância se en-
contra no estado líquido a uma temperatura que va-
ria de T
1
 a T
2
.
Dê a soma dos números dos itens corretos.
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 7. (UFV-MG) Um recipiente “A” contém um líquido inco-
lor que, após aquecimento até secura, deixa um resíduo 
branco. Um recipiente “B” contém uma substância líquida 
azulada transparente e uma substância escura depositada. 
A substância líquida contida no recipiente “B” foi trans-
ferida para um recipiente “C”, que, após aquecimento, 
deixa um resíduo azulado. 
Assinale a alternativa que classifi ca corretamente os siste-
mas “A”, “B” e “C”, respectivamente: 
a) mistura homogênea, mistura heterogênea e mistura 
homogênea; 
b) mistura heterogênea, mistura heterogênea e mistura 
homogênea; 
c) solução, solução composta binária e mistura homogênea; 
d) mistura heterogênea, mistura heterogênea e mistura 
heterogênea; 
e) mistura homogênea, solução e mistura heterogênea.
 8. +Enem [H17] Observe a fi gura a seguir:
1 2 3
4 5 6
Existem misturas nos sistemas de número:
a) 1 e 2. 
b) 1 e 3.
c) 3 e 4.
d) 3 e 5.
e) 4 e 6.
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72 CAPÍTULO 4
Complementares Tarefa proposta 1 a 13
 9. (UFF-RJ) Quando se retira uma garrafa de vidro com água de 
uma geladeira, depois de ela ter fi cado lá por algum tempo, 
veem-se gotas d’água formando-se na superfície externa da 
garrafa. Isso acontece por causa, principalmente, da:
a) condensação do vapor-d’água dissolvido no ar ao en-
contrar uma superfície à temperatura mais baixa.
b) diferença de pressão, que é maior no interior da garra-
fa e que empurra a água para seu exterior.
c) porosidade do vidro, que permite a passagem de água 
do interior da garrafa para sua superfície externa.
d) diferença de densidade entre a água no interior da 
garrafa e a água dissolvida no ar, que é provocada pela 
diferença de temperaturas.
e) condução de calor através do vidro, facilitada por sua 
porosidade.
 10. (Pasusp) Um químico precisa identifi car três blocos produzi-
dos com plásticos de diferentes densidades (polipropileno: 
0,80 g/cm3, poliestireno: 1,04 g/cm3 e policarbonato: 1,09 g/cm3), 
empregando, para tanto, água (densidade: 1,00 g/cm3) 
e uma solução de NaCl: 1,20 g/cm3 (solução A). Isso não 
pode ser feito usando-se somente a água e a solução A, 
pois é possível identifi car o bloco de polipropileno (único 
que fl utua em água), mas não se pode distinguir o bloco 
de poliestireno do de policarbonato (ambos afundam na 
água e fl utuam na solução A). 
Para resolver o problema, o químico preparou duas outras 
soluções de NaCl menos densas: solução B (densidade: 
1,10 g/cm3) e solução C (densidade: 1,05 g/cm3). A identifi ca-
ção dos três blocos pôde, então, ser efetuada, empregando-se:
a) água e solução B.
b) água e solução C.
c) soluções A e B.
d) soluções A e C.
e) soluções B e C.
 11. (FEI-SP) Qual das alternativas abaixo contém somente subs-
tâncias simples? 
a) H
2
O, HCl, CaO 
b) H
2
O, Au, K 
c) H
2
O, Cl
2
, K 
d) Au, Fe, O
2
 
e) H
2
, Cl, NaCl
 12. (UFSM-RS) O café fi ltrado apresenta fase(s), con-
tendo uma . 
Assinale as palavras que completam, respectivamente, as 
lacunas. 
a) uma - substância composta 
b) duas - mistura homogênea 
c) uma - mistura heterogênea 
d) duas - substância simples 
e) uma - mistura homogênea
Separação de misturas
Existem mais de 10 milhões de substâncias conhecidas, entre as que são encontradas na natureza e aquelas produzidas 
artifi cialmente. A maioria dessas substâncias não existe na forma pura; elas estão misturadas umas com as outras. Assim, é 
preciso separar essas misturas para obtermos as substâncias que desejamos.
Por isso, é necessário conhecermos as propriedades das substâncias – ponto de fusão, ponto de ebulição, densidade – 
para podermos usar métodos que permitam separá-las. Vamos ver alguns desses métodos.
Misturas heterogêneas
Sólido-sólido
Catação
Separação do feijão das impurezas é 
denominado catação.
Empregada quando a operação pode ser 
efetuada manualmente, como na “escolha 
do feijão” antes de ser cozido.
Flotação
A fl otação é um dos processos usados no 
tratamento de minérios de ferro.
É realizada adicionando-se um líquido de 
densidade intermediária entre dois sólidos. 
Por exemplo: areia + serragem – acrescenta-se 
água, fazendo com que a areia, mais densa, 
permaneça no fundo do recipiente, enquanto 
a serragem, menos densa, fl utue na água.
Sublimação
Iodo sendo sublimado e ressublimado no 
interior de um frasco.
Pode ser usada quando um dos sólidos sofre 
sublimação, como o iodo ou a naftalina.
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Separação magnética
Equipamento que separa materiais ferrosos 
de não ferrosos.
É realizada quando um dos componentes 
sofre ação de um ímã (como os metais ferro, 
cobalto e níquel – chamados de metais 
ferromagnéticos), por exemplo, uma mistura 
de limalha de ferro, que é atraída por ele, e 
sal de cozinha.
Levigação
A separação do ouro nos garimpos envolve 
a levigação.
Ocorre quando uma corrente de um 
líquido arrasta o componente menos 
denso, enquanto o componente mais 
denso permanece no recipiente. Esse 
sistema é empregado no garimpo de ouro 
de aluvião.
Cristalização fracionada
Lagoas de cristalização de sal nas salinas de 
Tenerife.
Método usado nas salinas para a separação 
dos componentes sólidos que estão dissolvidos 
na água do mar. À medida que ocorre a 
evaporação do solvente (líquido), o sólido com 
menor solubilidade se cristaliza. A fase líquida 
que permanece sobre o sólido cristalizado 
recebe o nome de “água-mãe de cristalização”. 
Isso ocorre porque a solubilidade das 
substâncias é dependente da temperatura.
Fusão fracionada
A fusão fracionada envolve metais com 
diferentes temperaturas de fusão
É feita quando os sólidos apresentam pontos 
de fusão diferentes. O sólido com menor 
ponto de fusão se torna líquido e pode ser 
separado por decantação.
Peneiração ou tamisação
Na construção civil, a areia é separada dos 
pedregulhos por meio da peneiração.
Nesse caso, os sólidos a serem separados 
apresentam tamanhos diferentes. Esse 
sistema é usado na construção civil para 
separar os cascalhos que estão misturados 
na areia.
Ventilação
Uma das etapas do tratamento dos grãos de 
café envolve a ventilação para retirada de 
sólidos leves como folhas.
Nesse método, usa-se uma corrente de ar 
que arrasta os sólidos mais leves, 
separando-os dos sólidos mais pesados. 
Usado em indústrias que benefi ciam o arroz 
para separar as cascas desse cereal.
Dissolução fracionada
Pode ser usada de duas formas, dependendo da mistura. A primeira, com adição de um solvente capaz de dissolver ape-
nas um dos componentes.
Veja o quadro a seguir.
Água Dissulfeto de carbono
NaCl 
(sal de cozinha)
Solúvel Insolúvel
Enxofre Insolúvel Solúvel
A segunda forma de dissolução fracionada ocorrerá quando os sólidos tiverem solubilidades diferentes em temperatu-
ras diferentes.
Para a obtenção de sais em salinas, a água do mar é colocada em tanques para que se transforme em vapor (evapore) 
naturalmente. Ao fi nal da evaporação, obtém-se uma mistura de sais.
Nesse caso, se adicionarmos água, o enxofre continuará no 
estado sólido e poderá ser removido por fi ltração, enquanto 
no fi ltrado (ou seja, água + sal de cozinha) poderemos fazer 
uma evaporação, eliminando a água.
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74 CAPÍTULO 4
Sólido-líquido
Decantação: é um método que faz uso da ação da gravidade, por isso ocorre quando dei-
xamos uma mistura em repouso até que todo o sólido se deposite no fundo do recipiente. 
Para separarmos os componentes, podemos entornar o recipiente, deixando o líquido es-
coar em outro recipiente, ou usar uma mangueira e efetuar uma sifonação. Veja o esquema:
Mangueira
Líquido
Líquido
Sólido
 
A decantação também é realizada em estações de tratamento de água. Nesse proces-
so, a água que vai ser tratada é colocada em tanques. São adicionados, então, sulfato de 
alumínio e cal, que reagem formando um material gelatinoso em fl ocos (daí receberem o 
nome de fl oculação). As partículas sólidas juntam-se a esses fl ocos, tornando-se maiores 
e mais pesadas (densas), e, dessa forma, se depositam mais rápido no fundo do tanque, de 
onde são aspiradas. Esse procedimento também é empregado na limpeza de piscinas. 1
Centrifugação: é uma decantação acelerada por um equipamento denominado centrí-
fuga. O sólido deposita-se no fundo do tubo por inércia. Esse método é usado para separar 
os componentes do sangue.
Fase sólida
Tubos em rotação
Fase líquida
 
Filtração: é usada para separar sólidos que não são solúveis em um líquido, como água 
e areia.
Suporte
Bastão de vidro
Funil (onde é colocado
o papel-filtro)
Apenas o sólido (areia) fi ca no papel-fi ltro. O líquido (água), depois da separação, é cha-
mado de fi ltrado. Nos fi ltros de água domésticos, em vez de papel-fi ltro, usa-se uma peça 
de cerâmica, a vela, para separar as partículas sólidas da água de beber.
Atenção
1 A decantação é o processo de 
separação. A sedimentação é o 
processo de as partículas irem 
para o fundo do recipiente. 
Porém, na prática, são muitas 
vezes confundidas e usadas 
como sinônimos.
A separação das fases 
sólido-líquido do sangue 
é feita por centrífugas.
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Filtração a vácuo (ou sob pressão reduzida): acelera a fi ltração quando esta ocorrer 
naturalmente, de forma muito lenta. O equipamento usado para essa modalidade de se-
paração está esquematizado a seguir.
Mangueira
Funil de Büchner
Kitassato
Mangueira
Ar
Trompa de
vácuo
Torneira
Nesse caso, a água da torneira, passando em alta velocidade pelo interior da trompa 
de vácuo, aspira o ar contido no interior dos tubos, reduzindo a pressão interna no interior 
do kitassato, acelerando a fi ltração.
Sólido-gás
Filtração: a separação ocorre através de um fi ltro que retém as partículas no estado 
sólido, separando-as da fase gasosa. É o que acontece dentro dos aspiradores de pó. Ao 
ser ligado, o aspirador suga ar e poeira juntos. Dentro dele existe um saco de pano que 
funciona como fi ltro, segurando a poeira e deixando passar o ar.
Câmara de gás: usada em indústrias que injetam ar dentro de um tubo com vários obs-
táculos em seu interior, com velocidade baixa, provocando a decantação das partículas 
sólidas em seu interior.
Veja o esquema:
Sólido
depositado
Gás + sólido Gás
Líquido-líquido
Decantação com funil de bromo (ou de decantação): é usada para separar líquidos 
imiscíveis com densidades diferentes, como água e óleo. Nesse método, usamos a seguin-
te aparelhagem:
Suporte
Funil de
decantação
Óleo
Óleo
Água
Béquer
Água Óleo
O líquido mais denso – a água, nesse caso – fi ca na parte de baixo do funil de decanta-
ção (A). Abrimos a torneira e deixamos esse líquido escoar em um béquer (B). Então, fecha-
mos a torneira e, em outro béquer, colocamos o líquido menos denso (C).
A B C
Sujeira retida no interior de um 
aspirador de p—.
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76 CAPÍTULO 4
Sifonação: nesse caso, usamos o mesmo sistema empregado no processo de decan-
tação explicado na separação de misturas sólido-líquido com decantação. Veja a seguir o 
esquema da separação de uma mistura de água e óleo.
Água
Óleo
Óleo
Nas estações de tratamento de água ocorrem diversos processos de separação de mis-
turas até torná-la potável, ou seja, própria para o consumo humano. A seguir está o esque-
ma de uma estação de tratamento de água com todas as etapas, desde a captação em um 
corpo d’água até a distribuição para o consumo.
AdutoraRede de
distribuição
Cloro e flúor
Sulfato de alumínio,
cal, cloro
Sulfato de alumínio,
cal, cloro
Filtração
DecantaçãoFloculação
Represa
Adutora de
captação
Reservatório de
água tratada
Canal de água
filtrada
Canal de água
filtrada
Carvão ativado
Areia
Cascalho
Reservatório
elevado
Misturas homogêneas
Sólido-líquido
Destilação simples: é usada para separar 
misturas homogêneas de sólidos e líquidos, 
por exemplo, uma solução de sal de cozinha em 
água. Para esse processo, temos a aparelhagem 
apresentada ao lado.
A solução é aquecida usando-se um bico de 
Bunsen ou uma manta de aquecimento (elé-
trica). O sal, que apresenta ponto de ebulição 
maior que o da água, permanece no balão. Já o 
vapor-d’água produzido é resfriado no conden-
sador e, novamente como líquido, deposita-se 
no erlenmeyer.
Bico de
Bunsen
Saída de água
Líquido em
ebulição
Entrada
de água
Tela de
amianto
Líquido puro
Mistura
Balão de
destilação
Termômetro
Erlenmeyer
Condensador 
refrigerado a água
Nesta montagem, estamos usando 
o bico de Bunsen.
Defi nição
 Vapor : nome dado ao estado 
gasoso de uma substância que 
é encontrada na natureza no 
estado sólido ou no estado 
líquido. Por exemplo: a água 
é um líquido; água no estado 
gasoso chama-se vapor-d’água.
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Líquido-líquido
Destilação fracionada: misturas homogêneas de líquidos com pontos de ebulição di-
ferentes também podem ser separadas por um tipo especial de destilação: a destilação 
fracionada. A aparelhagem é muito parecida com a usada na destilação, exceto pela co-
luna de fracionamento. Essa destilação é usada, por exemplo, no fracionamento do pe-
tróleo, mas não pode ser usada para a separação de misturas azeotrópicas, porque, como 
vimos, estas apresentam ponto de ebulição constante. Observe:
Líquido puro
Termômetro
Saída de água
Entrada
de água
Condensador
Coluna de
fracionamento
 
Aquecendo-se a mistura, o líquido mais volátil, ou seja, com ponto de ebulição menor, 
ferve antes dos demais. O vapor formado segue pela coluna de fracionamento, é resfriado 
no condensador e, novamente no estado líquido, vai para o erlenmeyer. O problema é que, 
durante o aquecimento, uma parte do líquido de ponto de ebulição maior também evapora. 
A função da coluna de fracionamento é fazer com que esse vapor se condense e volte para o 
balão, impedindo que ele se misture novamente com o outro líquido no erlenmeyer.
Gás-gás
Liquefação fracionada: usada para separar os componentes do ar atmosférico. Nesse 
caso, os gases passam por um processo de liquefação seguido de destilação fracionada.
Decifrando o enunciado Lendo o enunciado
Interagem: signifi ca que 
apresentam algum tipo de 
afi nidade química.
Agregado: partículas que estão 
juntas.
Nanopart’culas magnŽticas: 
partículas que têm dimensões 
nanométricas (1 nm = 10–9 m) 
com propriedades magnéticas.
Enem
Um grupo de pesquisadores desenvolveu um método simples, barato e efi caz de re-
moção de petróleo contaminante na água, que utiliza um plástico produzido a partir do 
líquido da castanha-de-caju (LCC). A composição química do LCC é muito parecida com a 
do petróleo e suas moléculas, por suas características, interagem formando agregados 
com o petróleo. Para retirar os agregados da água, os pesquisadores misturam ao LCC 
nanopart’culas magnŽticas.
Adaptado de KIFFER, D. Novo métodopara remoção de petróleo usa óleo de mamona e 
castanha-de-caju. Disponível em: <www.faperj.br>. 
Acesso em: 31 jul. 2012.
Essa técnica considera dois processos de separação de misturas, sendo eles, respectivamente:
a) fl otação e decantação.
b) decomposição e centrifugação.
c) fl oculação e separação magnética.
d) destilação fracionada e peneiração.
e) dissolução fracionada e magnetização.
Resolução
Resposta: C
Se o LCC interage formando agregados, podemos afi rmar que houve fl oculação, cujos 
fl ocos (agregados) são retirados por imantação (separação magnética) pela adição das 
nanopartículas magnéticas.
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78 CAPÍTULO 4
Tipos de transformações
Os materiais podem sofrer dois tipos de transformações: físicas e químicas. As trans-
formações também são conhecidas como fenômenos.
Transformações físicas
São aquelas que não produzem substâncias novas. Veja alguns exemplos:
• Fusão do gelo: antes e depois da transformação, temos a mesma substância – água. 1
Central Park em Nova York após uma nevasca. Telhado danifi cado após chuva de granizo.
• Misturar açúcar em água: não há formação de substâncias novas; o açúcar simples-
mente se dissolve na água.
• Quebrar uma pedra: antes e depois da transformação, temos as mesmas substâncias. 
O que muda é o tamanho das pedras.
Todas as transformações que acontecem no ciclo da água são físicas, uma vez que, 
nesse caso, acontecem apenas mudanças de estado físico.
Ciclo da água na natureza
Armazenamento
de água no gelo
PrecipitaçãoPrecipitação
Escoamento superficial
proveniente de degelo
Escoamento superficial
proveniente de degelo Escoamento
superficial
Escoamento
superficial
Evapotranspiração
Caudal no rioCaudal no rio
EvaporaçãoEvaporação
Evaporação
Condensação
Armazenamento
de água na atmosfera
Sublimação
Armazenamento
de água doce
Armazenamento
de água doce
Armazenamento
de água nos oceanos
Armazenamento
de água subterrânea
Armazenamento
de água subterrânea
NascenteNascente
Descarga do
aquífero
Descarga do
aquífero
InfiltraçãoInfiltração
O ciclo da água na natureza apresenta apenas fenômenos físicos. 1
Atenção
1 Toda mudança de estado é 
reversível. Veja este exemplo: 
colocando um copo de plástico 
cheio de água líquida em um 
freezer para congelar, depois 
de algum tempo teremos gelo 
(aconteceu a solidifi cação da 
água). Se deixarmos esse copo 
com gelo fora do congelador, 
acontecerá o processo inverso, 
isto é, o gelo se derreterá e 
teremos, de volta, a água no 
estado líquido (aconteceu a fusão 
do gelo). Assim, as mudanças 
de estado são transformações 
físicas e reversíveis.
Curiosidade
1 Diferença entre neve e granizo
Neve: ocorre quando há fusão 
da água presente no interior 
de uma nuvem, normalmente 
entre 20 oC e –40 oC. A água 
líquida ou vapor (sublimação) 
forma cristais que se 
precipitam na forma de fl ocos 
de cor branca e que podem 
apresentar diversas formas.
Granizo: forma-se no interior de 
nuvens do tipo cumulus nimbus 
pela queda de pequenas pedras 
de gelo, retirando umidade de 
dentro da nuvem por causa do 
congelamento.
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Transformações químicas
São aquelas que produzem substâncias novas, ou seja, em que há reação química. 
Existem alguns fatores que podem evidenciar a ocorrência de reações químicas. São eles:
• mudança de cor;
• formação ou dissolução de um precipitado;
• mudança de temperatura;
• liberação de gases.
Lembramos que esses fatores podem evidenciar a ocorrência de uma reação química, 
mas não garantir sua ocorrência. Veja a seguir alguns exemplos.
• Queima da gasolina no motor de um automóvel: a gasolina é transformada em outras 
substâncias, como os gases e os sólidos (fuligem) que saem do motor pelo escapamen-
to. Essas substâncias têm características diferentes das características da gasolina; 
portanto, toda queima é uma transformação química.
• Aquecimento do açúcar: nessa transformação, obtemos um líquido escuro e pastoso – 
o caramelo. Poderíamos pensar que o açúcar passou de sólido para líquido? Como 
toda mudança de estado é reversível, pelo processo inverso voltamos ao estado origi-
nal. Assim, se a transformação do açúcar em caramelo fosse física, poderíamos obter 
novamente o açúcar resfriando o caramelo, mas isso não acontece – houve realmente 
a produção de uma substância nova (ocorreu uma transformação química). 1
• Obtenção de cobre a partir de seus minérios: uma das primeiras transformações quí-
micas feitas pelo ser humano. Durante a Pré-História, percebeu-se que, aquecendo-se 
algumas pedras verdes (minérios de cobre), obtinha-se uma nova substância brilhante 
e de cor avermelhada (cobre).
• Carro enferrujando: o material passa de cinza para marrom e fi ca quebradiço. Ocorre a 
formação de uma nova substância – a ferrugem. 
Lembre-se de que toda reação química é um fenômeno químico. Na Antiguidade, des-
de a descoberta do fogo, a espécie humana se utiliza das transformações químicas para 
conseguir energia, para produzir novos materiais – como a obtenção de metais (a partir 
de seus minérios) para a confecção de armas e ferramentas –, para conservar alimentos, 
para combater doenças, etc. Atualmente, as reações químicas são de extrema importância 
para nossa vida, visto que a maior parte do que consumimos é industrializada, ou seja, são 
produtos obtidos pela transformação química de determinadas matérias-primas.
Desenvolva
CA
 H8 Identifi car etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou 
matérias-primas, considerando processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Etanol de segunda geração: o desafio do bioetanol
O bioetanol, também conhecido como etanol de 2a geração, é uma molécula igual ao Etanol comum, porém é produzida a partir 
do bagaço da cana-de-açúcar, que normalmente é quase todo descartado. 
Atualmente algumas usinas já conseguem produzir o bioetanol. Mas o maior desafi o é fazê-lo de forma efi ciente e com menor 
custo. A etapa mais importante da produção deste combustível é a utilização de um coquetel enzimático (mistura de enzimas 
específi cas). Estas enzimas são essenciais para a degradação da cana-de-açúcar para que ocorra a liberação do açúcar do bagaço 
e posteriormente a fermentação, resultando na produção do bioetanol.
Muitos projetos de pesquisa no Brasil e no mundo estão focados em descobrir e produzir em escala industrial enzimas mais 
efi cientes liberadas por fungos ou bactérias. [...]
No laboratório de bioprodutos do ICB/USP, nosso estudo está direcionado para um fungo da espécie Annulohypoxylon sty-
gium, que é capaz de produzir diferentes pectinases [...]. Estas enzimas podem complementar um coquetel enzimático já existente 
ou fazer parte de um novo produto.
Mariana Brolezzi Gomes Latarullo. Disponível em: <www.icb.usp.br/bmm/ext/index.php?option=com_content&view=article&catid=12%3Ageral&id=
162%3Aetanol-de-segunda-geracao&lang=es>. Acesso em: 27 set. 2017.
Atenção
1 Transformação química é o 
mesmo que reação química.
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80 CAPÍTULO 4
1
2
3
4
5
Pré-tratamento
A matéria-prima entra no 
reator. Sua ruptura dá 
acesso às fibras de
celulose.
Produção do etanol
de segunda geração
Hidrólise enzimática
Catalisadores (enzimas, no 
caso) quebram as fibras de 
glicose em açúcares
mais fáceis de serem 
fermentados.
Fermentação
Os açúcares são 
fermentados por 
leveduras geneticamente 
modificadas.
Biomassa
No começo, serão usados 
bagaço e palha de 
cana-de-acúcar. Uma 
espécie mais eficiente de 
cana está em 
desenvolvimento.
Lignina
Embora não seja 
aproveitada na produção 
de etanol, pode ser usada 
na geração de nergia.
Destilação
Purificação do etanolpelo processo físico da 
destilação. A intenção 
é obter um etanol 
idêntico ao comum.
Distribuição
O etanol de segunda 
geração deixa a 
indústria e segue para 
o consumo.
Logística
Logística
Biomassa
 1. Classifi que em físicos e/ou químicos os processos de produção de açúcar e álcool a partir da cana-de-açúcar descritos no 
texto.
 2. O componente celular usado para a obtenção do etanol de segunda geração está localizado no(a):
a) cloroplasto.
b) complexo golgiense.
c) retículo endoplasmático.
d) parede celular.
e) membrana plasmática.
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Conexões
A questão do lixo
Lixo doméstico: subproduto do 
consumo de bens duráveis e não 
duráveis.
Quanto maior o PIB per capita, 
maior a geração de lixo por 
residências e indústrias.
Brasil: 1,2 kg de lixo produzido por 
pessoa ao dia.
Composição do lixo urbano na cidade de Ribeirão Preto
Matéria orgânica
51,4
13,1
Papel/papelão - Tetrapak
Plástico filme
Plástico rígido
Aço
Alumínio
Vidros
Outros
8,9
4,6
2,3
2,4
0,6
16,7
Fonte: <www.portalresiduossolidos.com/gravimetria-estimada-dos-residuos-solidos-da-cidade-de-ribeirao-preto-sp>.
 Acesso em: 16 set. 2017.
Quais são as opções de destinação fi nal de resíduos sólidos?
1. Lixão
Caminhão despejando resíduos em um lixão.
São depósitos de lixo a céu aberto que apresentam a 
alternativa mais barata para o poder público. Mas é o pior 
destino que o lixo pode ter porque, além de atrair insetos, 
roedores e outros animais capazes de disseminar várias 
doenças, também polui o meio ambiente por causa da for-
mação de gases estufa, como o metano e o chorume.
2. Aterro controlado
Disposição de camada de terra em aterro controlado.
É parecido com o lixão. Nesse caso, os resíduos sólidos 
coletados durante certo tempo são cobertos com material 
inerte, como terra ou areia. Haverá contaminação próxima 
ao local porque não há impermeabilização de solo, logo, 
os líquidos formados podem contaminar o lençol freático. 
Além disso, permite a dispersão de gases para a atmosfera.
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82 CAPÍTULO 4
3. Aterro sanitário
Imagem de aterro sanitário em uma cidade alemã.
É uma alternativa com custo mais elevado, porque o 
local tem de receber tratamento, como impermeabiliza-
ção do solo e nos muros de contenção, além de sistemas 
de drenagem de líquidos e queima dos gases formados em 
seu interior. O lixo depositado é coberto, diariamente, com 
camada de terra compactada por tratores, para evitar a en-
trada de ar. A decomposição nas camadas inferiores é ex-
clusivamente anaeróbia, formando metano, que pode ser 
usado na geração de energia elétrica.
4. Incineração
Planta de incineração de lixo.
Nesse processo ocorre a queima do lixo em tempera-
turas muito elevadas, reduzindo o volume do lixo em até 
90%. A energia liberada na queima desse material pode ser 
usada na geração de energia elétrica. Porém, os gases for-
mados na combustão podem poluir o ar com partículas e 
metais pesados.
5. Compostagem
Na compostagem, procedimento feito exclusivamente 
com lixo orgânico, em um período de aproximadamente 
30 a 60 dias, há decomposição aeróbia da matéria orgâ-
nica em adubo pela ação de fungos, bactérias, minhocas 
e insetos. Em locais próximos a usinas de compostagem, 
podem apresentar mau cheiro e a proliferação de insetos 
e roedores. Outras desvantagens são a produção de com-
postos de baixa qualidade e contaminados com metais 
pesados.
 1. O governo federal instituiu pela lei nº 12 305/2010 a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, que contempla a 
elaboração do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Esse plano prevê o gerenciamento dos resíduos gerados pela atividade 
humana, elaborada para minimizar os principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo 
inadequado dos resíduos sólidos.
Os principais pontos dessa política são:
a) Alcançar o fechamento dos lixões até o fim de 2014.
b) Destinar apenas rejeitos para os aterros sanitários.
c) Implantar a logística reversa.
A respeito da política nacional de resíduos sólidos, responda:
O que é logística reversa? Pesquise se ela está sendo cumprida no seu município. Pesquise se as metas propostas pelos 
principais pontos da política nacional de resíduos sólidos foram cumpridas.
 2. Leia a manchete de um jornal de grande circulação.
Brasil Ž campe‹o mundial na reciclagem de latas de alum’nio
O Brasil é o maior reciclador de latas de alumínio. O índice brasileiro é de 98,4%. No mundo, aproximadamente 75% 
dessas embalagens são recicladas.
Em 2014, foram vendidas no mercado brasileiro 294,2 mil toneladas de latas e recicladas 289,5 mil toneladas. A ativi-
dade injetou R$ 845 milhões em economia, pesquisa da Abralatas, associação dos fabricantes. Há 14 anos, o país ocupa a 
liderança do mercado.
Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2016/06/1784363-brasil-e-campeao-mundial- 
na-reciclagem-de-latas-de-aluminio.shtml>. Acesso em: 17 set. 2017.
Cite vantagens ambientais e desvantagens sociais sobre a reportagem.
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Trator trabalhando em uma área de compostagem de lixo.
 
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Sabemos que o lixo, quando lançado no meio ambiente, gera uma série de impactos ambientais. As relações entre lixo e meio 
ambiente, assim como a análise das soluções para minimizar os efeitos dele, serão tratadas em Biologia, unidade 10, capítulo 4.
Interação
Atividades
13. (UFU-MG) O processo mais adequado para separar o álcool 
de uma mistura com acetona é:
a) fi ltração.
b) decantação.
c) peneiração.
d) destilação fracionada.
e) fi ltração a vácuo.
 14. (FAEE-GO) Os processos usados para separar as misturas 
gás oxigênio/ gás nitrogênio e água/ sal de cozinha são, 
respectivamente: 
a) liquefação fracionada e destilação. 
b) evaporação e condensação. 
c) destilação e fi ltração. 
d) sedimentação e liquefação. 
e) centrifugação e cristalização.
 15. (Univaço-MG) A camomila é considerada um ótimo re-
médio natural em casos de infl amação na gengiva, dor 
de dente, dor de garganta, gripe e febre; possui grande 
importância terapêutica; também é muito utilizada na área 
da estética no tratamento de pele e cabelos.
Sobre as técnicas de separação de misturas usadas no 
preparo do chá de camomila, estão presentes:
a) destilação seguida de fi ltração.
b) extração por solvente seguida de fi ltração.
c) destilação seguida de decantação.
d) decantação seguida de fi ltração.
 16. (UPM-SP) Os sistemas água-óleo, água-areia e ar-poeira 
podem ser separados respectivamente por: 
a) levigação, fi ltração e fi ltração. 
b) imantação, fi ltração e decantação. 
c) decantação, fi ltração e fi ltração. 
d) fi ltração, decantação e decantação. 
e) destilação, decantação e fi ltração.
 17. (Ufam) O encontro das águas é um fenômeno que aconte-
ce na confl uência entre o rio Negro, de água preta, e o rio 
Solimões, de água barrenta, onde suas águas correm lado 
a lado sem se misturar por uma extensão de mais de 6 km. 
Esse fenômeno é uma das principais atrações turísticas da 
cidade de Manaus. Uma das explicações dadas tem como 
base a velocidade das correntezas: o rio Negro corre cerca 
de 2 km/h a uma temperatura de 22 °C, enquanto o rio 
Solimões corre de 4 a 6 km/h a uma temperatura de 28 °C. 
Sendo assim, podemos afi rmar:
a) mesmo aumentando as velocidades e as temperaturas 
dos dois rios, as águas não se misturam.
b) são as substâncias orgânicas presentes nas águas do 
rio Negro que não permitem as águas dos rios semis-
turarem na extensão de 6 km de encontro das águas.
c) na extensão dos 6 km de encontro das águas ocorre 
somente fenômeno químico.
d) na extensão de 6 km do encontro das águas o valor de 
pH não permite a formação de uma mistura homogê-
nea com várias fases.
e) o texto mostra que o encontro das águas é um fenô-
meno físico.
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84 CAPÍTULO 4
18. (Unifor-CE) Uma das vantagens da fi ltração a vácuo em 
relação à fi ltração comum consiste em: 
a) ser mais rápida. 
b) reter menor quantidade de sólido. 
c) poder separar líquidos miscíveis. 
d) necessitar de aparelhagem de vidro. 
e) separar a mistura homogênea sólido-líquido.
19. (Ufl a-MG) O processo de separação apresentado no dia-
grama a seguir partiu de um sistema heterogêneo consti-
tuído por uma solução colorida e um sólido amarelado.
Pela análise das etapas de separação, é incorreto afi rmar 
que:
a) o líquido Y é uma solução.
b) a operação 2 pode ser uma separação magnética.
c) a operação 1 pode ser uma fi ltração.
d) a operação 2 pode ser uma destilação.
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 20. +Enem [H18] A evaporação e a destilação são métodos de 
separação de misturas que envolvem a mesma propriedade 
física. No entanto, um desses processos é preferido quan-
do necessita-se obter as duas substâncias, sem desperdiçar 
nenhuma delas para o ambiente. A obtenção de sal da 
água do mar é realizada pelo processo remanescente.
O texto faz referência a uma propriedade física, um pri-
meiro processo de separação de misturas binárias com 
potencial de obter as duas substâncias que a compõem, 
e um segundo processo de separação mais simples. Quais 
são, respectivamente, a propriedade física, o primeiro e o 
segundo processos? 
a) Diferença de densidade dos seus componentes; desti-
lação; evaporação.
b) Diferença de temperatura de ebulição dos seus com-
ponentes; destilação; evaporação.
c) Diferença de densidade dos seus componentes; eva-
poração; destilação.
d) Diferença de temperatura de ebulição dos seus com-
ponentes; evaporação; destilação.
e) Diferença de temperatura de fusão dos seus compo-
nentes; evaporação; destilação.
Complementares Tarefa proposta 14 a 24
 21. (UnB-DF) A Química está presente na vida das pessoas e, muitas vezes, não se toma consciência disso. Por exemplo, a 
reportagem “A saúde está na feira – substâncias recém descobertas em frutas e verduras, chamadas pelos cientistas 
de fi toquímicos, previnem o envelhecimento e ajudam na cura de doenças” publicada na revista Globo Ciência (ano 5. 
n. 58. pp. 32-4), dá uma ideia de como as substâncias regulam o funcionamento do corpo humano. Com o auxílio 
dessas informações, julgue os itens abaixo. 
1) As substâncias químicas são prejudiciais à saúde. 
2) Frutas e verduras são constituídas de substâncias. 
3) A água salgada, utilizada para cozer alimentos, ferve a uma temperatura constante, por se tratar de substância composta. 
4) O cozimento de verduras acarreta a separação de fi toquímicos por meio do processo conhecido como destilação.
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c) O azoteto de sódio, o nitrogênio gasoso e o sódio são 
substâncias simples.
d) O azoteto de sódio é uma mistura formada por uma 
substância simples e outra composta.
e) O azoteto de sódio é uma substância composta e o 
nitrogênio gasoso e o sódio são substâncias simples.
 3. (UPM-SP) São exemplos, respectivamente de alótropos e 
de substâncias compostas: 
a) H
2
O; H
2
O
2
 e NaCl; CaCO
3
 
b) O
2
; O
3
 e Cl
2
; F
2
 
c) C (grafi te) e Co; CO 
d) O
2
; O
3 
e KMnO
4
; Mg(OH)
2
 
e) Hg; Ag e (NH
4
)+; (H
3
O)+
 4. (Univaço-MG, adaptada) Com relação à água mineral, 
pode-se afi rmar que:
a) se trata de uma mistura homogênea e de boa qualida-
de para consumo humano.
b) apresenta minerais dissolvidos, oriundos da dissolução 
do petróleo.
c) não pode apresentar elementos radioativos, depen-
dendo de sua origem.
d) pode ser usada diretamente da fonte como insumo na 
fabricação de bebidas.
 22. (UEL-PR) Um aspirador de pó residencial, quando em fun-
cionamento, separa uma fase: 
a) líquida de outra líquida. 
b) líquida de uma fase gasosa. 
c) sólida de uma fase gasosa. 
d) sólida de outra sólida. 
e) gasosa de outra gasosa.
 23. (UFVJM-MG) A presença de água é fundamental para a 
permanência e diversifi cação da vida no planeta, pois ela 
atua como regulador térmico dos ambientes terrestres e 
aquáticos, além de desempenhar funções nos seres vivos. 
Esta fi gura representa um ciclo hidrogeológico:
Com base nessa ilustração e em seus conhecimentos, as-
sinale a alternativa correta.
a) A água circula no planeta devido às suas alterações 
de estado, que são, principalmente, independentes da 
energia solar.
b) Os processos representados pelos números (1), (2), (3) 
e (4) são, respectivamente, precipitação, evaporação, 
transpiração e evaporação.
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c) A precipitação é um processo físico e por isso ocorre mu-
dança da composição da água durante esse processo.
d) Os processos representados pelos números (3) e (4) 
ocorrem concomitantemente, e por isso são conheci-
dos como condensação.
 24. (UFCG-PB) Considerando-se os ciclos da água, do carbo-
no e do nitrogênio, representados esquematicamente a 
seguir, pode-se afi rmar que:
a) o único ciclo que envolve fenômenos químicos é o ci-
clo do nitrogênio.
b) todos os ciclos envolvem fenômenos físicos.
c) o único ciclo que envolve fenômenos físicos é o ciclo 
da água.
d) todos os ciclos envolvem fenômenos químicos.
e) os ciclos do nitrogênio e do carbono envolvem fenô-
menos físicos e químicos.
Tarefa proposta
 1. (Vunesp) Uma amostra de água do rio Tietê, que apresen-
tava partículas em suspensão, foi submetida a processos 
de purifi cação, obtendo-se, ao fi nal do tratamento, uma 
solução límpida e cristalina. Em relação às amostras de 
água antes e após o tratamento, podemos afi rmar que 
correspondem, respectivamente, a:
a) substâncias composta e simples.
b) substâncias simples e composta.
c) misturas homogênea e heterogênea.
d) misturas heterogênea e homogênea.
e) mistura heterogênea e substância simples.
 2. (Uninove-SP) Ao infl amar o azoteto de sódio (NaN
3
), rapida-
mente ocorre a sua decomposição fornecendo nitrogênio 
gasoso (N
2
), que é responsável por infl ar o air bag de auto-
móveis. Essa reação pode ser representada pela equação: 
2NaN
3(s)
 w 2Na
(s)
 + 3N
2(g)
A partir dessas informações, assinale a alternativa correta.
a) O azoteto de sódio, o nitrogênio gasoso e o sódio são 
classifi cados como substâncias compostas.
b) O azoteto de sódio é uma mistura de duas substâncias 
compostas.
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86 CAPÍTULO 4
 5. (Unirio-RJ)
A partir do quinto quadrinho, Calvin começa a se tornar 
líquido por um processo físico de:
a) condensação.
b) fusão.
c) sublimação.
d) evaporação.
e) solidificação.
 6. (FDC-RJ) As fases de agregação para as substâncias a se-
guir, quando expostas a uma temperatura de 30 °C, são, 
respectivamente:
Materiais Ponto de fusão (oC) Ponto de ebulição (oC)
Mercúrio -38,87 356,9
Amônia -77,7 -33,4
Benzeno 5,5 80,1
Naftaleno 80,0 217,0
a) sólido, líquido, gasoso e líquido.
b) líquido, sólido, líquido e gasoso.
c) líquido, gasoso, líquido e sólido.
d) gasoso, líquido, gasoso e sólido.
e) sólido, gasoso, líquido e gasoso.
 7. (Fatec-SP) Com base no diagrama seguinte, que representa 
as curvas de aquecimento de duas amostras sólidas, ao 
longo do tempo, é correto afirmar que:
a) sob pressão de 1 atm, a amostra A poderia ser a água 
pura.
R
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ro
d
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2
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0
4
.
b) as amostras A e B são substâncias puras.
c) os pontos de ebuliçãodas amostras A e B são iguais.
d) nas temperaturas de fusão A ou B, temos misturas de 
sólido e líquido.
e) o ponto de fusão da substância A é superior a 75 °C.
 8. (Furg-RS) Considerando o diagrama abaixo, onde cada 
esfera representa um átomo, e esferas diferentes repre-
sentam átomos diferentes, julgue as afirmativas. 
 I. Existem apenas dois elementos químicos representa-
dos no sistema. 
 II. O sistema representa uma amostra de três substâncias. 
 III. Encontram-se representadas apenas moléculas de 
substâncias simples. 
 IV. Uma das substâncias representadas pode ser ozônio. 
 V. O diagrama possui sete moléculas representadas.
São verdadeiras as afirmativas: 
a) I, II e IV. 
b) I, II e V. 
c) II, III e V. 
d) III, IV e V. 
e) Apenas I e V.
 9. (Fatec-SP) Um estudante construiu, em um mesmo dia-
grama, as curvas da temperatura em função do tempo 
resultantes do aquecimento, sob pressão normal, de três 
líquidos em três béqueres distintos. 
Com base na análise das curvas de aquecimento, são fei-
tas as seguintes afirmações: 
 I. O líquido do béquer 1 apresentou uma temperatura 
de ebulição constante, igual a 100 °C; portanto, esse 
líquido é ou uma substância pura ou uma mistura 
azeotrópica.
 II. O líquido do béquer 2 apresentou uma faixa de tem-
peraturas de ebulição entre 101 °C a 103 °C; portan-
to, esse líquido é uma mistura.
 III. O líquido do béquer 3 apresenta o mesmo soluto e a 
mesma concentração que o líquido do béquer 2.
Está correto o contido em 
a) I apenas. 
b) I e II apenas. 
c) I e III apenas. 
d) II e III apenas. 
e) I, II e III.
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87
Q
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A
 10. (Ufam) Uma substância química é qualquer espécie de 
matéria formada por átomos, que pode ser representa-
da por fórmula, em proporções específicas. Cada subs-
tância possui um conjunto definido de propriedades 
e uma composição química. Considere as seguintes 
afirmativas com relação às características das substân-
cias químicas.
 I. Uma substância química pode ser formada somente 
por átomos do mesmo elemento químico.
 II. Uma substância química possui arranjo estrutural 
igual entre si.
 III. As propriedades físicas, como densidade, ponto de fu-
são e de ebulição, de uma substância química são fi xas.
 IV. Um mesmo elemento químico pode originar substân-
cias químicas diferentes.
 V. Moléculas iguais, formadas por átomos diferentes, 
são chamadas de substâncias compostas ou misturas.
 VI. Algumas misturas, durante a fusão, apresentam com-
portamento de substâncias puras.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afi rmativa I está incorreta.
b) Somente a afi rmativa V está incorreta.
c) Somente as afi rmativas I e V estão incorretas.
d) Somente a afi rmativa VI está incorreta.
e) Somente as afi rmativas I e VI estão incorretas.
 11. (Fuvest-SP) 
Ar Gás carbônico Naftaleno
Iodo Latão Ouro 18 quilates
Se esses materiais forem classifi cados em substâncias puras 
e misturas, pertencerão ao grupo das substâncias puras: 
a) ar, gás carbônico e latão; 
b) iodo, ouro 18 quilates e naftaleno; 
c) gás carbônico, latão e iodo; 
d) ar, ouro 18 quilates e naftaleno; 
e) gás carbônico, iodo e naftaleno.
 12. +Enem [H17] A tabela a seguir apresenta algumas subs-
tâncias e suas temperaturas de fusão e ebulição.
Substância TF TE
Clorofórmio –63 61
Éter etílico –116 34
Etanol –117 78
Fenol 41 182
Pentano –130 36
A temperatura de 40 °C, encontram-se no estado gasoso 
as substâncias:
a) clorofórmio e éter etílico.
b) clorofórmio e etanol.
c) éter etílico e fenol.
d) éter etílico e pentano.
e) fenol e pentano. 
 
 13. (PUCC-SP) “O sistema formado por etanol, água e três 
cubos de gelo é X e contém Y substâncias químicas”. Com-
pleta-se corretamente a afi rmação mencionada substituin-
do-se X e Y, respectivamente, por: 
a) bifásico - duas. 
b) bifásico - três. 
c) trifásico - duas. 
d) tetrafásico - três. 
e) pentafásico - duas.
 14. (UFRGS) Em um experimento, preparou-se uma solução 
aquosa com quantidade excessiva de um soluto sólido. 
Após um período de repouso, observou-se a formação de 
um depósito cristalino no fundo do recipiente. Para recu-
perar todo o sólido inicialmente adicionado, é necessário:
a) aquecer e fi ltrar a solução.
b) deixar a solução decantar por período mais longo.
c) evaporar totalmente o solvente.
d) resfriar e centrifugar a solução.
e) adicionar à solução inicial outro solvente no qual o so-
luto seja insolúvel.
 15. (Ufl a/PAS-MG) Considere uma mistura constituída de sal, 
areia e iodo. Assinale a alternativa que melhor representa 
a sequência de separação dos componentes dessa mistura.
a) Adicionar água, fi ltrar, evaporar a água.
b) Destilação, decantação, fi ltração.
c) Flotação, sublimação, dissolução.
d) Sublimação, adicionar água, fi ltrar, evaporar água.
 16. (PUC-RS, adaptada) Responder à questão numerando cor-
retamente a coluna que contém exemplos de sistemas, de 
acordo com a que apresenta a classifi cação deles. 
1- elemento químico 
2- substância simples 
3- substância composta 
4- mistura homogênea 
5- mistura heterogênea 
( ) fl uoreto de sódio (NaF)
( ) gás oxigênio (O
2
)
( ) água do mar fi ltrada 
( ) limonada com gelo 
A alternativa que contém a sequência correta dos núme-
ros da coluna inferior, de cima para baixo, é: 
a) 3 - 2 - 4 - 5 
b) 3 - 2 - 5 - 4 
c) 2 - 1 - 4 - 5 
d) 2 - 3 - 5 - 4 
e) 1 - 2 - 3 - 4
 17. (Unicentro-PR) A água distribuída para a população ur-
bana passa por estações de tratamento onde ocorrem 
os processos de decantação, de fi ltração e de cloração, 
dentre outros. Com relação a esses processos, é correto 
afi rmar:
a) na fi ltração da água, são retiradas substâncias de baixa 
solubilidade, impróprias ao consumo.
b) no fi nal do processo de tratamento, a água armazena-
da para a distribuição à população é considerada uma 
substância pura.
c) na decantação, adiciona-se cloro com a fi nalidade de 
facilitar a separação das substâncias solúveis.
d) no processo de cloração, ocorre a fl oculação de micror-
ganismos existentes na água captada de mananciais.
e) no processo de tratamento, a água potável produzida 
se encontra isenta de íons.
18. (Fuvest-SP) O ciclo da água na natureza, relativo à forma-
ção de nuvens, seguida de precipitação da água na forma 
de chuva, pode ser comparado, em termos das mudanças 
Et_EM_1_Cad1_Qui_c04_62a96.indd 87 2/27/18 9:09 AM
88 CAPÍTULO 4
de estado físico que ocorrem e do processo de purificação 
envolvido, à seguinte operação de laboratório: 
a) sublimação 
b) filtração 
c) decantação 
d) dissolução 
e) destilação
 
 19. (Vunesp) Um sistema heterogêneo, S, é constituído por 
uma solução colorida e um sólido branco. O sistema foi 
submetido ao seguinte esquema de separação. 
Sistema heterogêneo 
S
Sólido branco 
X
Líquido colorido 
Y
Sólido colorido 
Z
Líquido incolor 
W
Operação I
Operação II
Ao se destilar o líquido W, sob pressão constante de 
1 atmosfera, verifica-se que sua temperatura de ebulição 
variou entre 80 °C e 100 °C. Indique qual das seguintes 
afirmações é correta. 
a) A operação I é uma destilação simples. 
b) A operação II é uma decantação. 
c) O líquido colorido Y é uma substância pura. 
d) O líquido incolor W é uma substância pura. 
e) O sistema heterogêneo S tem, no mínimo, 4 componentes.
 20. (Fuvest-SP) O composto orgânico sólido ácido ftálico, uti-
lizado na síntese de corantes, pode estar impurificado por 
naftaleno, matéria-prima para sua obtenção.
Solvente Água Álcool Éter
Substância Fria Quente Fria Quente Fria Quente
Naftaleno i i s m s m
Ácido 
ftálico
p m s s p P
m = muito solúvel 
s = solúvel 
i = insolúvel 
p = parcialmente solúvel 
Baseado na tabela, descreva um procedimento que per-
mita separar o ácido ftálico do naftaleno, obtendo o pri-
meiro no estado sólido.
 21. (Fuvest-SP) Uma certa amostra de cloreto de sódiocontém 
areia. Descreva resumidamente um método que permita puri-
ficar o cloreto de sódio, tal que se tenha no final o sal sólido.
 22. (Unicamp-SP) Deseja-se fazer a separação dos componen-
tes da pólvora negra, que é constituída de nitrato de sódio, 
carvão e enxofre. Sabe-se que o nitrato de sódio é solúvel 
em água, o enxofre é solúvel em dissulfeto de carbono, 
enquanto o carvão é insolúvel nesses solventes. Proponha 
um procedimento para realizar essa separação.
 23. (IFSP) Aquecendo-se o leite até ficar morno e acrescentan-
do-se vinagre, formam-se grumos de um material sólido 
que é a caseína, uma das proteínas do leite.
Coando-se em um pano, separa-se a caseína. Continuando-
-se a aquecer o líquido restante até a ebulição, forma-se ou-
tro material sólido, que é outra proteína do leite, a albumina. 
Coando-se novamente, separa-se a albumina. Deixando-se 
evaporar o líquido restante, forma-se um resíduo sólido de 
sabor adocicado, constituído principalmente pelos açúcares e 
sais minerais do leite. Os processos de separação de misturas 
que permitiram, nesse procedimento, a obtenção da caseína, 
da albumina e do resíduo adocicado são, respectivamente:
a) filtração, filtração, cristalização.
b) filtração, filtração, levigação.
c) filtração, levigação, centrifugação.
d) decantação, centrifugação, destilação.
e) decantação, filtração, destilação.
 24. +Enem [H8] Uma das maneiras de se purificar sólidos é pela 
recristalização. Nela, o sólido é dissolvido em água quente 
até formar uma solução saturada. Em seguida, o sistema é 
resfriado de maneira que o sólido vá se desprendendo da 
solução e formando um corpo de fundo.
O gráfico a seguir mostra como varia a solubilidade de três 
sais em função do aumento da temperatura.
temperatura
NaCl
KBr
KNO
3
so
lu
b
ili
d
a
d
e
A recristalização é um bom método para a purificação do sal:
a) NaCl, por cauda da facilidade de solubilizá-lo em bai-
xas temperaturas.
b) KNO
3
, por causa da sua baixa solubilidade, indepen-
dentemente da temperatura da solução.
c) KBr, por causa do seu ponto de ebulição elevado.
d) NaCl, por causa da propriedade de salgar a água.
e) KNO
3
, por causa da grande variação de solubilidade 
em função da temperatura. 
 Vá em frente 
Acesse
<www.youtube.com/watch?v=4J2nVloDN1M>. Acesso em: 27 set. 2017.
O documentário Bem-vindo ao nano-mundo, com 4 episódios, mostra o universo da nanotecnologia e a associação entre diversas
áreas, como Medicina, Eletrônica, Física, Química, etc.
Autoavaliação:
V‡ atŽ a p‡gina 95 e avalie seu desempenho neste cap’tulo.
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Capítulo 1
Complementares
 9. e
 10. O advento da Filosofi a incitou a 
curiosidade do ser humano em 
tentar explicar os fenômenos do 
mundo à sua volta de uma maneira 
menos mística e mais embasada em 
observações, permitindo a criação 
de teorias e princípios.
 11. No contexto da Idade dos Metais, a 
humanidade já era capaz de produ-
zir o bronze do cobre e do estanho. 
No entanto, a obtenção do ferro na 
forma metálica só foi possível após 
a sofi sticação do domínio do ser 
humano sobre o fogo e os proces-
sos de fusão, já que a temperatura 
necessária para a forja do ferro é 
superior à do bronze.
 12. c
 21. Ácido sulfúrico. Pode trazer pre-
juízos quando imaginamos, por 
exemplo, um acidente em que um 
indivíduo sofre uma queimadura 
durante o manuseio dessa substân-
cia. No entanto, é usado em diver-
sas reações químicas importantes 
para a indústria, além se ser um 
componente importante das bate-
rias automobilísticas.
 22. I – objeto; II – matéria; III – sistema; 
IV – sistema
 23. Os plásticos são derivados do petró-
leo e, em geral, demoram milhares 
de anos para se decompor na natu-
reza (ou seja, são compostos pouco 
biodegradáveis). Dessa forma, o 
descarte inapropriado traz proble-
mas importantes, como a poluição 
ambiental, a contaminação de am-
bientes aquáticos, a toxicidade para 
as plantas, entre outras desordens 
ambientais.
 24. Remédios usados para dor de cabe-
ça, quando ingeridos em excesso, 
podem causar dependência e não 
resolver o problema.
Tarefa proposta
 1. e
 2. Demócrito e Leucipo. Eles afi rma-
vam que toda a matéria era formada 
por partículas muito pequenas, in-
visíveis e indivisíveis, que recebe-
ram o nome de átomos. A teoria 
previa que os átomos poderiam 
se combinar para formar diversas 
substâncias e que existiam átomos 
de diferentes tipos. O modelo é co-
nhecido como “modelo da praia”, 
comparando os átomos a grãos de 
areia.
 3. b
 4. d
 5. d
 6. O bronze é formado pelos metais 
cobre e estanho. Outros exemplos 
de ligas metálicas que podem ser 
citadas são o latão (cobre e zinco) 
e o aço (ferro e carbono).
 7. A partir do momento em que o ser 
humano primitivo abandonou o 
comportamento nômade e viu-se 
em ambientes mais seguros e de 
sobrevivência menos difícil, tornou-
-se muito mais fácil a observação 
crítica dos fenômenos da natureza 
e, posteriormente, a formulação de 
teorias, princípios e leis que podiam 
ser aplicados ao desenvolvimento 
de novas técnicas e ferramentas.
 8. A alquimia é baseada, em grande 
parte, na teoria dos quatro elemen-
tos, segundo a qual todas as subs-
tâncias existentes eram misturas 
de proporções diferentes de terra, 
ar, fogo e água. Dois fi lósofos im-
portantes para o desenvolvimento 
dessa teoria foram Empédocles e 
Aristóteles.
 9. Análises experimentais; uso de ba-
lanças; determinação de critérios 
(sistemas fechados).
10. d 
11. c
 12. b
 13. O ceticismo é a característica que 
um indivíduo possui de duvidar, de 
criticar as concepções estabelecidas 
à sua volta. No contexto do desen-
volvimento científi co, o ceticismo 
contribui de maneira fundamental 
para que leis, teorias e princípios 
sejam constantemente retomados 
e revisados, gerando conhecimento 
cada vez mais aprofundado.
 14. b
 15. Não. A Química estuda todas as 
substâncias da natureza, indepen-
dentemente de sua origem ser na-
tural ou artifi cial.
 16. d
 17. Sim. Um corpo é uma porção limita-
da de matéria de um determinado 
sistema. Um objeto, por sua vez, 
é uma porção limitada de matéria 
que se presta a um determinado 
uso ou objetivo devido a sua forma.
 18. Por “escova sem química”, o anún-
cio quer dizer que o procedimento 
é realizado sem substâncias quí-
micas normalmente usadas em 
processos de alisamento, como o 
formol. No entanto, mesmo na au-
sência de substâncias desse tipo, o 
processo de alisamento do cabelo é 
resultado de processos físicos e quí-
micos, como a quebra de ligações 
com átomos de enxofre pelo calor. 
Desse modo, o anúncio poderia ser 
substituído por “aqui fazemos es-
cova sem substâncias prejudiciais à 
saúde”.
 19. c
 20. Diminuição da energia necessária 
para obter a matéria-prima, dimi-
nuição do volume de lixo coletado, 
economia de fontes de matéria-pri-
ma como o petróleo, geração de 
empregos, barateamento do pro-
duto fi nal. 
 21. d
 22. c
 23. e
 24. b
Capítulo 2 
Complementares
 9. b
 11. a
 12. d
 21. Soma = 31 (01 + 02 + 04 + 08 + 16)
 22. V – V – F – F – V
 23. b
 24. b
Tarefa proposta
 1. d
 2. d
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 3. a
 4. c
 5. a
 6. c
 7. c
 8. b
 9. c
 10. c
 11. b
 12. d
 13. a
 14. Alunos 14 e 15.
 15. a
 16. Soma = 13 (01 + 04 + 08)
 17. c
 18. a
 19. b
 20. e
 21. d
22. d
 23. Z = 20 s átomo X
33
As3− s Último nível: 4s2 4p6
 24. b
Capítulo 3 
Complementares
 9. a
 10. c
 11. a – I; b – VI; c – VII; d – III
 12. d
 21. d
 22. d
 23. b
 24. a
Tarefa proposta
 1. c
 2. d
 3. b
 4. c
 5. F – V – V – V – V
 6. a
 7. c
 8. a) 4o período, família VIIIA (Grupo 18)
b) Elemento que precede: 18.
 Elemento que sucede: 54
 9. c
 10. d
 11. Os elementos representativos são 
caracterizados por terem os subní-
veis s ou p como mais energéticos. 
Os elementos de transição podem 
ter subnível mais energético d 
(sendo considerados, nessecaso, 
de transição externa) ou f (sendo 
considerados, nesse caso, de tran-
sição interna).
 12. a
 13. b
 14. b
 15. c
 16. b
 17. a
 18. c
 19. b
 20. a) Hélio, neônio e fl úor. 
b) O potencial de ionização é uma 
propriedade periódica que au-
menta de valor conforme aumen-
ta o número atômico. Isso ocorre 
porque, quanto mais à direita em 
um período o elemento estiver, 
menor é o seu raio atômico, de 
modo que os elétrons sofrem 
maior força de atração eletrostá-
tica pelo núcleo, aumentando a 
energia necessária para se retirar 
um elétron do elemento. 
c) Potássio (K)
 21. d
 22. b
 23. c
 24. e
Capítulo 4
Complementares
 9. a
 10. b
 11. d
 12. e
 21. F – V – F – F
 22. c
 23. b
 24. c
Tarefa proposta
 1. d
 2. e
 3. d
 4. a
 5. b
 6. c
 7. d
 8. b
 9. b
 10. c
 11. e
 12. d
 13. a
 14. c
 15. d
 16. a
 17. a
 18. e
 19. e
 20. Inicialmente, mistura-se o ácido ftá-
lico impuro com água quente. Isso 
provoca a solubilização do ácido 
ftálico e a deposição do naftaleno 
como corpo de fundo. Em seguida, 
separa-se a mistura água + ácido 
do naftaleno por uma fi ltração em 
peneira bastante fi na. A seguir, rea-
liza-se destilação simples da mistu-
ra ácido ftálico + água, ou mesmo 
evaporação da água, obtendo-se 
ao fi nal ácido ftálico sólido.
 21. Primeiro, adiciona-se água à mistura. 
O NaCl vai se solubilizar, enquanto 
a areia formará corpo de fundo. 
Separam-se as duas fases por fi ltração, 
fi cando a areia retida no fi ltro. 
Em seguida, realiza-se o aqueci-
mento da mistura água + NaCl, 
ocorrendo evaporação da água e 
restando apenas NaCl sólido.
 22. Primeiro, adiciona-se água à mistura, 
solubilizando o nitrato de sódio. Em 
seguida, fi ltra-se a mistura, separando 
a água com nitrato da mistura enxofre 
+ carvão. Obtém-se o nitrato a partir 
da evaporação da água. Após, adicio-
na-se dissulfeto de carbono à mistura 
enxofre + carvão, solubilizando o en-
xofre. Separa-se a mistura água + en-
xofre do carvão por meio de fi ltração, 
e, em seguida, vaporiza-se o dissulfe-
to, concluindo a separação.
 23. a
 24. e
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REVISÃO
Nome: Data:
Turma:Escola:
91
1-2 
Química – Propriedades gerais da matéria / Atomística
 Capítulo 1 – O surgimento da Química
 Capítulo 2 – Átomo
 H3 Confrontar interpretações científi cas com interpretações 
baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em dife-
rentes culturas.
 1. A partir do século XVII, a Ciência andava a passos largos 
e não dava mais para acreditar que tudo ao nosso redor 
era formado por apenas quatro elementos. Alguns perso-
nagens, como o alquimista Boyle e os cientistas Priestley 
e Lavoisier, tiveram um papel fundamental nessa história.
Quais foram os fatores que enterraram de vez a teoria dos 
quatro elementos?
 H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transpor-
te, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento 
científi co e tecnológico.
 2. Magos, bruxos, charlatões.... Assim eram considerados os 
alquimistas na Idade Média. Mas a busca pela transfor-
mação de qualquer metal em ouro ou pela vida eterna 
propiciaram importantes contribuições para o desenvol-
vimento da química. Escreva quais contribuições que, em 
sua opinião, são as mais importantes.
Et_EM_1_Cad1_Qui_c04_62a96.indd 91 2/27/18 9:09 AM
92
 H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas 
de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, 
químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráfi cos, ta-
belas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
 3. O quadro abaixo apresenta o número de prótons, nêutrons 
e elétrons de quatro espécies químicas.
Espécie
Número de 
prótons
Número de 
nêutrons
Número de 
elétrons
I 19 20 18
II 17 18 18
III 34 45 34
Analisando o quadro, verifi que se as afi rmações a seguir 
são verdadeiras ou falsas, justifi cando a sua escolha.
( ) A espécie I é um isótopo da espécie II.
( ) A espécie III tem distribuição eletrônica: [Ar]4s23d104p4
( ) A espécie I é um átomo neutro.
 H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, 
substâncias, objetos ou corpos celestes.
 4. Quantas vezes, aproximadamente, o núcleo do átomo de 
16
8
O é mais pesado que a sua própria eletrosfera?
16
8
1
1 840
3 680
1
núcleo
eletrosfera
m
m
=
⋅
=
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REVISÃO
Nome: Data:
Turma:Escola:
93
3-4 
Química – Propriedades gerais da matéria / Atomística
 Capítulo 3 – Classifi cação periódica dos elementos
 Capítulo 4 – Substâncias e transformações
 H3 Confrontar interpretações científi cas com interpretações 
baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em dife-
rentes culturas.
 1. Leia o texto a seguir.
“Bem-vindo ao Reino Periódico”. Este é o reino dos ele-
mentos químicos, as substâncias a partir das quais tudo o 
que tangível é feito. Não é um país grande, pois consiste 
apenas em pouco mais de cem regiões (como muitas vezes 
denotaremos de elementos); ainda assim, ele é responsá-
vel por tudo que é material no nosso mundo real. Do alto 
vemos que ele se estende quase a se perder de vista, des-
de o hidrogênio para além do urânio longínquo. “Mesmo 
desta altura, muito acima do Reino, podemos ver as carac-
terísticas principais das suas paisagens (veja fi gura)”. “A 
leste, a paisagem varia de forma notável, mesmo quando 
observada desta altitude. Aqui estão as regiões mais ame-
nas do Reino e um lago pode ser visto”.
ATKINS, P. W. O reino peri—dico. 
Carbono
Nitrogênio
Oxigênio
Hidrogênio
Deserto Ocidental
Ilha do Sul
Costa sul
Lantanídeos
Actinídeos
Ouro
Mercúrio
M
e
ta
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lc
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te
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Costa
norte
N
S
LO
Observando o mapa do reino, indique:
a) Qual é a área no mapa que abriga os metais de transição?
b) Qual é a característica dos elementos que “habitam” a 
ilha do sul?
c) Qual é a região geográfi ca que apresenta os elemen-
tos com maior potencial de ionização?
d) No texto o autor cita que, pela vista aérea, é visualiza-
do um lago. Explique a citação do autor.
 H10 Analisar perturbações ambientais, identifi cando fontes, 
transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos 
em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
 2. (Uerj, adaptada) O rompimento da barragem de contenção 
de uma mineradora em Mariana (MG) acarretou o der-
ramamento de lama contendo resíduos poluentes no rio 
Doce. Esses resíduos foram gerados na obtenção de um 
minério composto pelo metal de menor raio atômico do 
grupo 8 e pelo ametal com a segunda maior eletronega-
tividade da classifi cação periódica. A lama levou 16 dias 
para atingir o mar, situado a 600 km do local do acidente, 
deixando um rastro de destruição nesse percurso. Caso al-
cance o arquipélago de Abrolhos, os recifes de coral dessa 
região fi carão ameaçados. 
Com o auxílio da tabela periódica, responda:
a) Qual é o símbolo e o nome do metal que apresen-
ta as características químicas descritas no texto? 
Justifique.
b) Qual é o símbolo e o nome do ametal que apresenta as 
características químicas descritas no texto? Justifi que.
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 H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de 
produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às fi na-
lidades a que se destinam.
 3. A cozinha de casa é um verdadeiro laboratório e uma ver-
dadeira indústria de transformação. Durante o preparo dos 
alimentos, há diferentes transformações físicas e químicas. 
Observando:
a) o preparo de um cafezinho com coador, quais são os 
processos de separação que envolvem essa operação?
b) a preparação de claras em neve, há ocorrência de fe-
nômeno físico ou químico? Explique.
c) a ebulição de água retirada do fi ltro, ao longo do tem-
po a temperatura permanecerá constante. Essa frase 
está certa ou errada? Justifi que.
 H25 Caracterizar materiais ou substâncias, identifi cando etapas, 
rendimentos ou implicaçõesbiológicas, sociais, econômicas 
ou ambientais de sua obtenção ou produção.
 4. Os antigos povos que habitavam a América do Norte e 
a América Central faziam uso da mescalina durante a 
realização de seus cultos religiosos. A mescalina é uma 
substância que pertence à classe dos alcaloides e pode 
ser extraída de várias espécies de cactos, como o peyote. 
Para extrair a mescalina dos cactos, são necessários alguns 
procedimentos relacionados aos processos de separação 
de misturas.
Hoje em dia, para extrair a mescalina, trituram-se as fo-
lhas dos vegetais que são fervidas em solução aquosa de 
HCl 5% e, a seguir, neutralizadas com solução aquosa de 
NaOH. Abaixo, encontra-se a tabela de solubilidade dela 
nos principais solventes.
Sabendo que o restante do procedimento envolve as ope-
rações de extração, evaporação e fi ltração, não necessa-
riamente nessa ordem, proponha uma sequência apro-
priada de procedimentos mais indicada para fi nalizar o 
isolamento da mescalina.
Solvente
Solubilidade da 
mescalina
H
2
O Pouco solúvel
Éter etílico Solúvel
Diclorometano Solúvel
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Atribua uma pontuação ao seu desempenho em cada um dos objetivos apresentados, segundo a escala: 
4 para excelente, 3 para bom, 2 para razoável e 1 para ruim.
Escala de desempenho
Agora, somando todos os pontos atribuídos, verifi que seu desempenho geral no caderno e a 
recomendação feita a você.
Entre 48 e 36 pontos, seu desempenho é satisfatório. Se julgar necessário, reveja alguns 
conteúdos para reforçar o aprendizado.
Entre 35 e 25 pontos, seu desempenho é aceitável, porém você precisa rever conteúdos 
cujos objetivos tenham sido pontuados com 2 ou 1.
Entre 24 e 12 pontos, seu desempenho é insatisfatório. É recomendável solicitar a ajuda do 
professor ou dos colegas para rever conteúdos essenciais.
Procure refl etir sobre o próprio desempenho. Somente assim você conseguirá identifi car seus erros e corrigi-los.
Avalie seu desempenho no estudo dos capítulos deste caderno por meio da escala sugerida a seguir.
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Q
U
ÍM
IC
A
Autoavaliação
O surgimento da Química
4 3 2 1 Você lembra quais são os quatro elementos de Empédocles?
4 3 2 1 Percebeu quais são as diferenças entre matéria, sistema, corpo e substância? 
4 3 2 1 Consegue notar o erro em: “Suco de fruta preparado sem substâncias químicas”? 
Átomo
4 3 2 1 Você é capaz de identifi car e caracterizar todos os modelos atômicos?
4 3 2 1 Analisando a fi gura de um átomo, consegue identifi car as partículas que o compõem?
4 3 2 1 Consegue fazer todas as distribuições eletrônicas que lhe são impostas?
Classifi cação periódica dos elementos
4 3 2 1 Consegue descrever o histórico da construção da tabela periódica?
4 3 2 1 É capaz de identifi car os principais grupos e os elementos químicos que a compõem?
4 3 2 1 Sabe quais propriedades periódicas são dependentes do raio atômico?
Substâncias e transformações
4 3 2 1 Lembra como diferenciar uma substância pura de uma mistura?
4 3 2 1 Sabe analisar um sistema em função do número de componentes e fases?
4 3 2 1 Consegue propor uma sequência de métodos para separar os componentes de uma mis-
tura heterogênea?
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Revise seu trabalho com este caderno. Com base 
em sua autoavaliação, anote abaixo suas conclusões: 
aquilo que aprendeu e pontos em que precisa melhorar.
 
Conclus‹o
Direção geral: Guilherme Luz
Direção editorial: Luiz Tonolli e Renata Mascarenhas
Gestão de projetos editoriais: João Carlos Puglisi (ger.), Renato Tresolavy, 
Thaís Ginícolo Cabral, João Pinhata
Edição e diagramação: Texto e Forma
Gerência de produção editorial: Ricardo de Gan Braga
Planejamento e controle de produção: Paula Godo, Adjane Oliveira, 
Carlos Eduardo de Macedo, Mayara Crivari
Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Kátia Scaff Marques (coord.), 
Rosângela Muricy (coord.), Ana Paula C. Malfa, Brenda T. de Medeiros Morais, 
Carlos Eduardo Sigrist, Célia Carvalho, Celina I. Fugyama, 
Gabriela M. de Andrade e Texto e Forma
Arte: Daniela Amaral (ger.), Leandro Hiroshi Kanno (coord.), 
Daniel de Paula Elias (edição de arte)
Iconografi a: Sílvio Kligin (ger.), Claudia Bertolazzi (coord.), Denise Durand Kremer (coord.), 
Roberto Silva (coord.), Monica de Souza/Tempo Composto (pesquisa iconográfi ca) 
Licenciamento de conteúdos de terceiros: Cristina Akisino (coord.), 
Liliane Rodrigues, Thalita Corina da Silva (licenciamento de textos), Erika Ramires e 
Claudia Rodrigues (analistas adm.)
Tratamento de imagem: Cesar Wolf e Fernanda Crevin
Ilustrações: Luís Moura e Mouses Sagiorato.
Cartografi a: Eric Fuzii (coord.), Mouses Sagiorato (edit. arte), 
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Ético Sistema de Ensino : ensino médio : livre :
química : caderno 1 a 12 : aluno / obra 
coletiva : responsável Renato Luiz Tresolavy. -- 
1.ed. -- São Paulo : Saraiva, 2019.
Bibliografi a.
1. Química (Ensino médio) I. Tresolavy, Renato 
Luiz.
18-12930 CDD-540.7
Índices para catálogo sistemático:
1. Química : Ensino médio 540.7
2019
ISBN 9788557162853 (AL)
Código da obra 2149649
1a edição
1a impressão
Impressão e acabamento
Uma publicação
625261
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