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Roteiro pre-natal

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Roteiro de atenção ao pré-natal – Enfermagem no Processo de cuidar em Saúde da Mulher 
 
UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS 
CAMPUS AVANÇADO DE IGUATU 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
ENFERMAGEM NO PROCESSO DE CUIDAR EM SAÚDE DA 
MULHER 
 
 
ROTINA DE ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL 
 
CALENDÁRIO DE CONSULTAS 
Semanas Mês Trimestre 
Mínimo de 6 
consultas 
Cronograma 
1 a 4 1 
1º Trimestre 
Uma no primeiro 
trimestre; 
Até 28ª semana – 
mensalmente; 
5 a 8 2 
9 a 13 3 
14 a 17 4 
2º Trimestre Duas no segundo; 18 a 22 5 
23 a 27 6 
28 a 31 7 
3º Trimestre 
Três no terceiro 
trimestre. 
28ª até a 36ª semana – 
quinzenalmente; 32 a 35 8 
36 a 40 9 
36ª até a 41ª semana – 
semanalmente. 
• Havendo sinal de trabalho de parto e/ou 41 semanas, encaminhar à maternidade - Lembrar 
que não existe alta do pré-natal. 
• A gestante deverá ser atendida sempre que houver uma intercorrência, independente do 
calendário estabelecido; 
• Gestantes cujo trabalho de parto não se inicie até 41ª semana, devem ser encaminhadas à 
maternidade/hospital de referência para avaliação da necessidade de indução do parto; 
• Não existe alta do Pré-natal, esse se encerra apenas com a realização da consulta 
puerperal; 
• Recomenda-se busca ativa para gestantes faltosas e para as puérperas na 1ª semana pós-
parto, caso não retornem ao serviço. 
• O controle do comparecimento das gestantes às consultas é de responsabilidade dos 
serviços. 
 
ENTREVISTA E IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS 
Roteiro para Anamnese 
Aspecto O que avaliar 
Identificação: 
- Nome; - Número do Cartão Nacional de Saúde; - Idade; - Cor; - Naturalidade; 
- Procedência; - Endereço atual; - Unidade de referência; 
Dados 
socioeconômicos 
- Grau de instrução; - Profissão/ocupação (deve-se identificar fatores de risco); 
- Estado civil/união; - Número e idade de dependentes (deve-se avaliar a 
sobrecarga de trabalho doméstico); - Renda familiar; - Pessoas da família com 
renda; - Condições de moradia (tipo, nº de cômodos); - Condições de 
saneamento (água, esgoto, coleta de lixo); - Distância da residência até a 
 
 
 
Roteiro de atenção ao pré-natal – Enfermagem no Processo de cuidar em Saúde da Mulher 
unidade de saúde; - Beneficiário de programa social; - Exposição a agentes 
nocivos. 
Antecedentes 
familiares: 
- Doenças hereditárias; - Hipertensão, Diabetes; - Gemelaridade; - 
Malformações congênitas e anomalias genéticas; - Câncer de mama e/ou do 
colo uterino; - Hanseníase; - Tuberculose e outros contatos domiciliares (deve-
se anotar a doença e o grau de parentesco); - Doença de Chagas; - Parceiro 
sexual com ISTs. 
Antecedentes 
clínicos: 
- Hipertensão, Diabetes, Cardiopatias; - Trombose venosa; - Alergias, 
transfusão de sangue, cirurgias, medicamentos de uso eventual ou contínuo; - 
Doenças autoimunes, doenças respiratórias, doenças hepáticas, tireoidopatias, 
doença renal e infecção urinária; - ISTs, tuberculose, hanseníase, malária, 
rubéola e outras doenças infecciosas; - Anemias e deficiências de nutrientes 
específicos; - Desvios nutricionais (baixo peso, desnutrição, sobrepeso, 
obesidade); - Doenças neurológicas e psiquiátricas, epilepsia; - Cirurgia (tipo 
e data); - Transfusões de sangue; - Doenças neoplásicas; - Vacinação (Estado 
vacinal: dT/dTpa, hepatite B e influenza); - Uso de medicamentos; - Uso de 
drogas, tabagismo e alcoolismo; 
Antecedentes 
ginecológicos: 
- Ciclos menstruais; - Métodos anticoncepcionais prévios; - História de 
infertilidade; - Última colpocitologia oncótica; - Malformações uterinas, 
cirurgias ginecológicas, mamária, implantes e antecedente de doença 
inflamatória pélvica. 
Sexualidade: 
- Início da atividade sexual; - Dispareunia; - Prática sexual na gestação atual 
ou em gestações anteriores; - Uso de preservativos. 
Antecedentes 
obstétricos: 
- Nº de gestações anteriores, partos (termo, pré e pós-termo; tipo e intervalo), 
abortamentos e perdas fetais; - Nº de filhos vivos (peso ao nascimento, recém-
nascidos com história de icterícia, hipoglicemia ou óbito neonatal e pós-
neonatal); - Malformações e Intercorrências em gestações anteriores; - 
Intercorrências no puerpério; - Experiência em partos anteriores e história de 
amamentação. 
Saúde bucal: 
- Antecedentes ou história atual de sangramento gengival, mobilidade dentária, 
dor, lesões na boca, infecções, cáries, doença periodontal ou outras queixas; - 
Hábitos de higiene bucal como rotina de escovação e uso de fio dental; - Data 
da última avaliação de saúde bucal. 
 
TODAS AS GESTANTES DEVEM SER ENCAMINH ADAS PARA 
AVALIAÇÃO ODONTOLÓGICA 
Idade 
gestacional: 
- Data da Última Menstruação (A datação pela DUM pode ser considerada 
confiável se o primeiro dia da última menstruação for conhecido e os ciclos 
forem regulares); 
- Definir Idade Gestacional (IG) utilizando um gestograma ou por meio do 
seguinte cálculo: somar todos os dias decorridos desde a DUM até a data do 
atendimento, dividir o total por 7; 
- Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se conhece o 
período do mês em que ela ocorreu: Se o período foi no início, meio ou fim do 
mês, considere como data da última menstruação os dias 5, 15 e 25. 
 
 
 
Roteiro de atenção ao pré-natal – Enfermagem no Processo de cuidar em Saúde da Mulher 
- Caso a DUM seja desconhecida, a mulher tenha ciclos irregulares, ou haja 
incompatibilidade entre a IG estimada pela DUM e os achados do exame físico, 
deve-se solicitar USG para definição da idade gestacional; 
- Definição da Data Provável do Parto: (somar 7 dias ao primeiro dia da DUM 
e subtrair 3 meses ao mês da DUM (se DUM entre abril e dezembro) ou somar 
9 meses (se DUM entre janeiro e março). Nos casos em que o número de dias 
encontrado for maior do que o número de dias do mês, passar os dias 
excedentes para o mês seguinte, adicionando 1 ao final do cálculo do mês). 
- Com o disco (gestograma), coloque a seta sobre o dia e o mês correspondentes 
ao primeiro dia e mês da última menstruação e observe a seta na data (dia e 
mês) indicada como data provável do parto. 
Presença de 
sinais, sintomas 
e queixas: 
- Náuseas e vômitos; - Prisão de ventre e/ou flatulência; - Queixas urinárias; - 
Salivação excessiva; - Pirose; - Corrimento vaginal; - Tontura; -Dor mamária; 
Dor lombar; Dor pélvica; - Alterações no padrão de sono. 
 
Nas consultas seguintes, devem ser abordados aspectos do bem-estar materno e fetal, com 
atenção para as alterações de risco e das informações coletadas inicialmente. Deverão ser escutadas 
dúvidas e preocupações da mulher, ser observada a evolução dos seus sentimentos, das suas rotinas de 
vida, alterações alimentares e fisiológicas, surgimento de atividade uterina, movimentação fetal, além 
de ser estimulada a fala livre e apresentações de eventuais dúvidas e queixas clínicas diretamente 
relacionada ou não à gravidez. 
Faz-se necessário o destaque para a atenção aos aspectos emocionais da gravidez, assim como 
no parto e puerpério, considerados períodos de grandes transformações psíquicas na mulher. 
 
EXAME FÍSICO NO PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO 
▪ Lavar as mãos; 
▪ Explicar sobre os procedimentos realizados; 
▪ Pedir para a gestante esvaziar a bexiga, ao iniciar o exame, fazê-lo no sentido cefalocaudal e não se 
centrar apenas no abdome, olhar no olho da mulher quando se dirigir a ela; 
▪ Diminuir o número de intervenções desnecessárias; manter a privacidade dela ao tocar as mamas e ao 
realizar exame ginecológico; ao palpar o abdome, fazê-lo com delicadeza; 
▪ Chamar o companheiro para participar da consulta, se for do desejo da mulher; 
▪ Informar sobre os seus achados e tranquilizar a gestante, após a realização de cada procedimento; 
▪ Evitar a posição dorsal durante longo tempo; em caso de anormalidades, não demonstrar espanto, no 
entanto, não omitir, informar de uma maneira clara e objetiva o problema e encaminhar, quandonecessário. 
 
Exame físico e obstétrico 
Etapa Ações realizadas 
Dados vitais: 
- Avaliar sentada ou em decúbito lateral esquerdo: pulso; frequência 
respiratória; pressão arterial* (PA); frequência cardíaca; temperatura 
axilar; Palpação de tireoide; 
- Ausculta cardiopulmonar. 
 
 
 
Roteiro de atenção ao pré-natal – Enfermagem no Processo de cuidar em Saúde da Mulher 
Pele e mucosas: 
- Avaliar coloração, integridade, hidratação, turgor, cloasma, tumorações, 
manchas, sensibilidade, lesões. 
Mamas: 
- Tipo de mamilo (hipertrófico, protuso, semi-protuso, plano e invertido); 
- Sinal de Hunter (aumento da pigmentação e tamanho da aréola); 
- Rede de Haller (veias visíveis através da pele em forma de rede); 
- Presença de Tubérculos de Montgomery (glândulas sebáceas no 
mamilo); 
- Excreção de colostro (a partir da 16ª semana); 
- Avaliar pele (integridade, turgor, lesões, fissuras, estrias etc.). 
Ganho de peso: 
- Medida de peso em todas as avaliações e medida inicial de altura (a cada 
trimestre, em gestantes com menos de 20 anos). 
- Cálculo do IMC e classificação do estado nutricional baseado na semana 
gestacional, de acordo com a tabela específica. 
- IMC: Peso (kg) / altura (m) x altura (m). 
Edema: 
- Inspeção na face e membros superiores. 
- Palpação da região sacra, com a gestante sentada ou em decúbito lateral. 
- Palpação de membros inferiores (MMII), região perimaleolar e pré-
tibial, com a gestante em decúbito dorsal ou sentada, sem meias. 
- Observar varizes e sinais flogísticos. 
- Classifica-se o edema em graus de escala ascendente. 
 
• *Diante da observação de níveis tensionais iguais ou maiores que 140 mmHg de pressão 
sistólica, e iguais ou maiores que 90 mmHg de pressão diastólica, aferir novamente, com 
intervalo de, pelo menos, 4 horas entre as medidas. 
• Elevação ≥ 30 mmHg da PA sistólica e/ou ≥ 15 mmHg de diastólica em relação à PA anterior à 
gestação ou até a 16a semana, controlar com maior frequência para identificar HA. Se 
assintomática e PA < 140/90 mmHg, reavaliar frequentemente e orientar medidas alimentares. 
OU 
• A presença de pressão arterial sistólica ≥ 160 e/ou diastólica ≥ 110 mmHg em uma única 
oportunidade ou aferição configura-se como CRISE HIPERTENSIVA. 
 
Exame obstétrico 
Ação Técnica 
Altura uterina 
(Todas as 
consultas a 
partir da 12°) 
- Indica o crescimento fetal e a medida deve ficar dentro da faixa que 
delimita os percentis 10 e 90 do gráfico de crescimento uterino de acordo 
com a idade gestacional. 
- Posicione a gestante em decúbito dorsal, com o abdome descoberto; 
- Delimite a borda superior da sínfise púbica e o fundo uterino; 
- Por meio da palpação, procure corrigir a comum dextroversão uterina; 
- Fixe a extremidade inicial (0cm) da fita métrica, flexível e não 
extensível, na borda superior da sínfise púbica com uma das mãos, 
passando-a entre os dedos indicador e médio. 
- Deslize a fita métrica entre os dedos indicador e médio da outra mão até 
alcançar o fundo do útero com a margem cubital da mesma mão; 
- Proceda à leitura quando a borda cubital da mão atingir o fundo uterino; 
- Anote a medida (em centímetros) na ficha e no cartão e marque o ponto 
na curva da altura uterina. 
 
 
 
Roteiro de atenção ao pré-natal – Enfermagem no Processo de cuidar em Saúde da Mulher 
Determinação 
aproximada da 
idade gestacional 
por exame 
obstétrico pela 
medida da altura 
do fundo do 
útero: 
 
Palpação 
obstétrica: 
- Por meio da Manobra de Leopold identificar a situação e a apresentação 
fetal; Em torno da 36ª semana, recomenda-se a determinação da 
apresentação fetal (cefálica e pélvica) e da situação fetal (longitudinal, 
transversa e oblíqua). 
- Manobras de Leopold (método palpatório em 4 tempo)s: 
• 1º tempo: delimite o fundo uterino com a borda cubital de ambas 
as mãos e reconheça a parte fetal que a ocupa; 
• 2º tempo: deslize as mãos do fundo uterino até o polo inferior do 
útero, procurando sentir o dorso e as pequenas partes do feto; 
• 3º tempo: explore a mobilidade do polo, que se apresenta no 
estreito superior pélvico; 
• 4 º tempo: determine a situação fetal, colocando as mãos sobre as 
fossas ilíacas, deslizando-as em direção à escava pélvica e 
abarcando o polo fetal, que se apresenta. 
 
 
 Situação: Apresentação: 
 
 
 
 
Roteiro de atenção ao pré-natal – Enfermagem no Processo de cuidar em Saúde da Mulher 
BCF (Todas as 
consultas, a 
partir da 10ª a 
12ª semana de 
gestação): 
- Constatar a cada consulta a presença, o ritmo, a frequência e a 
normalidade dos BCF durante um minuto. 
- Conforme o Protocolo de Atenção Básica: Saúde das Mulheres 
(BRASIL, 2016), a FC fetal normal é de 110 a 160 bpm. O manual de Pré-
natal de Baixo Risco do MS (2013) descreve o valor e 120 a 160 bpm. 
- Nas gestações múltiplas, ouvem-se dois (ou mais) focos separados entre 
si por 10 cm (diferem 10 ou 15 bpm); 
- Caso haja dúvida de que o batimento auscultado seja cardíaco fetal, 
palpar o pulso da gestante para verificar se a frequência é diferente, ou se 
trata de ausculta de atividade do coração materno. 
- Utilizar estetoscópio de Pinard (a partir da 20ª ou 24ª semana) ou Sonar 
Doppler (a partir da 10º ou 12ª semana). 
- Posicionar a gestante em decúbito dorsal com abdome descoberto. 
- Identificar o dorso fetal e realizar a palpação, além disso, deve-se 
perguntar a gestante em qual lado ela sente mais movimentos fetais; o 
dorso estará no lado oposto. 
- Utilizar detector fetal (sonar); Procurar o ponto de melhor auculta; contar 
os batimentos por um minuto, observando frequência e ritmo. 
- Nas gestações até a 16ª semana, o ponto de ausculta é próximo do púbis. 
- Localizar o foco, que nas apresentações cefálicas é infra umbilical e nas 
pélvicas é supra umbilical; 
- Nas apresentações cefálicas, o foco coincide com a posição (Dorso 
fetal); Nas situações tranversas, o foco coincide com a linha abdominal 
mediana, junto a cicatriz umbilical. 
Registro dos 
movimentos 
fetais: 
- Caso seja necessário e de acordo com as queixas da gestante, avaliar 
a frequência e intensidade das contrações de uma gestante, posicionar a 
paciente em decúbito lateral esquerdo por 10 minutos, colocar a mão no 
fundo do útero da mesma a fim de avaliar o início de uma contração anotar 
frequência e duração. 
- Caso em 10 minutos ela tenha mais de 3 contrações com duração maior 
que 20 segundos cada uma das contrações, encaminhar paciente para 
avaliação na maternidade. 
- De outra forma, a intensidade ou frequência forem menores, são 
contrações de treinamento ou Braxton Hicks. 
Exame 
ginecológico 
- Caso seja necessário e de acordo com as queixas da gestante é 
necessário avaliar a pelve, por vezes o exame pode ter o uso do especulo, 
outras não: inspeção dos genitais externos e internos; 
- Região anal: atenção para hemorroidas e varizes; 
- Coleta de material para exame citopatológico, se necessário: a partir de 
25 anos em todas as mulheres que têm ou já tiveram atividade sexual, a 
cada três anos, se os dois primeiros exames anuais forem normais. 
- O toque vaginal não deve ser usado rotineiramente na avaliação de uma 
gestante. 
 
EXAMES 
Trimestre Exames 
1º Trimestre 
(1ª consulta) 
- Hemograma (Hemoglobina e hematócrito); 
- Tipagem sanguínea e fator Rh; Coombs indireto (se Rh -); 
- Glicemia de jejum; 
 
 
 
Roteiro de atenção ao pré-natal – Enfermagem no Processo de cuidar em Saúde da Mulher 
- TR ou sorologia sífilis (VDRL); TR para HIV ou sorologia (anti-HIV I e 
II); TR ou sorologia para Hepatite B (HbsAg); TR ou sorologia para Hepatite 
C (anti-HCV); 
- Toxoplasmose IgM e IgG; 
- Urina tipo I (EAS) e Urocultura + antibiograma; 
- USG obstétrica; 
- Citopatológico (S/N); Parasitológico (S/N); 
- Eletroforese de hemoglobina (Se a gestantefor negra, tiver antecedentes 
familiares de anemia falciforme ou apresentar história de anemia crônica). 
2º Trimestre 
- Coombs indireto (se Rh -); 
- Teste de tolerância para glicose (TOTG) com 75g, se glicemia no 1º 
trimestre inferior a 92 mg/dL (preferencialmente entre 24ª e 28ª semanas). 
3º Trimestre 
- Hemograma (Hemoglobina e hematócrito); 
- Coombs indireto (se Rh -); 
- Glicemia de jejum; 
- TR ou sorologia sífilis (VDRL); TR para HIV ou sorologia (anti-HIV I e 
II); TR ou sorologia para Hepatite B (HbsAg); TR ou sorologia para Hepatite 
C (anti-HCV); 
- Toxoplasmose (se IgG não for reagente); 
- Urina tipo I (EAS) e Urocultura + antibiograma; 
- USG obstétrica; 
 
Atualmente, não existe consenso na literatura sobre os benefícios da realização de 
ultrassonografia como exame de rotina em mulheres com gestações de risco habitual. No entanto, a 
portaria do Ministério da saúde que instituiu a Rede Cegonha (BRASIL, 2011) preconiza que todas as 
gestantes realizem, no mínimo, 1 ultrassonografia obstétrica. Dessa forma, os profissionais da Atenção 
Básica devem avaliar, conjuntamente com a gestante, o momento mais apropriado de realizar o exame, 
considerando os recursos disponíveis em cada município. 
Abaixo as possíveis indicações para a realização de exame ultrassonográfico em cada período 
da gestação: 
 
ULTRASSONOGRAFIA 
Trimestre Exames 
1° trimestre: 
Solicitação na primeira consulta com a função de verificar a idade 
gestacional quando não for possível determinar clinicamente a idade 
gestacional (gestante desconhece a DUM ou refere ciclo irregular), solicitar 
o mais precocemente possível a ultrassonografia obstétrica. Idealmente, o 
exame deve ser realizado entre 10 e 13 semanas. Quanto maior o tempo de 
gestação, maior a margem de erro no cálculo da IG pelo USG em comparação 
com a DUM confiável. 
2° Trimestre: 
Se for realizado US para detecção do sexo fetal, este deve ser solicitado a 
partir da 18ª semana. 
 
 
 
Roteiro de atenção ao pré-natal – Enfermagem no Processo de cuidar em Saúde da Mulher 
- O momento mais adequado para fazer o rastreamento de malformações é 
entre 18 e 22 semanas, através do USG Morfológico. 
3° trimestre: 
A literatura não aponta para benefícios da ultrassonografia de rotina em 
gestações de baixo risco após a 24ª semana de gravidez (Bricker, Medley, 
Pratt, 2015). 
Algumas alterações identificadas ao longo da gestação que sugerem a realização de USG com 
fins diagnósticos: 
- Alterações no ponto ou traçado da curva de crescimento da altura uterina (Acima da curva 
superior ou abaixo da curva superior): Suspeita de polidramnia ou oligodramnia, crescimento 
intrauterino restrito (CIUR). Suspeita clínica de gestação múltipla; 
 
IMUNIZAÇÃO NA GESTAÇÃO 
Vacinas Histórico Vacinal Conduta na Gestação 
Tríplice bacteriana 
acelular do tipo 
adulto (difteria, 
tétano e 
coqueluche) – 
dTpa ou dTpa- 
VIP 
 
Dupla adulto 
(difteria e tétano) – 
dT. 
Três doses de vacina contendo 
o componente tetânico. 
Uma dose de dTpa a partir da 20ª 
semana de gestação, o mais 
precocemente possível. 
Uma dose de vacina contendo 
o componente tetânico. 
Uma dose de dT e uma dose de 
dTpa, sendo que a dTpa deve ser 
aplicada a partir da 20ª semana de 
gestação, o mais precocemente 
possível. *Respeitar intervalo mínimo 
de um mês entre as doses 
Duas doses de vacina contendo 
o componente tetânico 
Uma dose de dTpa a partir da 20ª 
semana de gestação, o mais 
precocemente possível.* 
Não vacinadas e/ou histórico 
vacinal desconhecido. 
Duas doses de dT e uma dose de 
dTpa, sendo que a dTpa deve ser 
aplicada a partir da 20ª semana de 
gestação.* Respeitar intervalo 
mínimo de 1 mês entre elas. 
Hepatite B 
Não vacinadas e/ou histórico 
vacinal desconhecido. 
Aplicação de três doses (0, 1 e 6 
meses). 
Esquema vacinal anterior não 
finalizado. 
Atualizar com as doses necessárias. 
Influenza Dose única anual. 
Recomendada nos meses da 
sazonalidade do vírus, mesmo no 
primeiro trimestre de gestação. 
Covid-19 CoronaVac ou Pfizer. 
Seguir o calendário de vacinação. 
Para as gestantes que receberam a 
primeira dose da AstraZeneca, a 
continuação do esquema vacinal com 
a Pfizer. 
Contraindicadas 
na gestação 
Tríplice viral (sarampo, 
caxumba e rubéola): 
Não vacinar na gestação. Após a 
vacinação com tríplice viral, 
recomenda-se evitar a gravidez 
 
 
 
Roteiro de atenção ao pré-natal – Enfermagem no Processo de cuidar em Saúde da Mulher 
durante um mês (30 dias), apenas por 
precaução 
Febre-amarela: 
Na rotina do serviço de vacinação, a 
gestante não deve receber a vacina 
contra febre amarela. Entretanto, em 
situações de surto, se a gestante reside 
ou vai se deslocar para área com 
recomendação de vacinação para 
febre amarela, ela deve ser vacinada 
se o risco de adoecer for maior do que 
o risco de receber a vacina. 
HPV 
Não vacinar na gestação. Se a mulher 
tiver iniciado esquema antes da 
gestação, suspendê-lo até puerpério. 
Pode ser aplicada no puerpério e 
durante a amamentação. 
 
SUPLEMENTOS ALIMENTARES 
Suplemento Prescrição 
Ácido fólico 
Na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), está 
disponível a apresentação de ácido fólico 5mg, ou solução oral de 0,2 mg/ml 
(40 gotas). Idealmente, iniciar, no mínimo, 30 dias antes da concepção e 
manter até o primeiro trimestre 
 
Ácido fólico 5mg ------------------------------ 30 comp. 
Tomar 1 comp., VO, 1x dia, antes do almoço. 
Sulfato ferroso 
A prescrição de sulfato ferroso deve começar a partir do conhecimento da 
gravidez até o terceiro mês após parto. Na dosagem de uma drágea de sulfato 
ferroso/dia (200mg), que corresponde a 40 mg de ferro elementar/dia. 
 
Sulfato ferroso 40mg ------------------------------ 30 comp. 
Tomar 1 comp., VO, 1x dia, antes do almoço. 
 
Referências: 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. 
Atenção ao pré-natal de baixo risco / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento 
de Atenção Básica. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012. 318 p. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres / Ministério da 
Saúde, Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível 
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude_mulheres.pdf

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