Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE PAULISTA – CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA COMPONENTES DO GRUPO: Epidemiologia das Atividades Físicas e Esportivas (AFES) no Brasil Alphaville 2022 NOME: Letícia da Silva Curato RA N583479 NOME: Arthur Santos Farias de Souza RA F175200 NOME: Ericka Lemes da Silva Gabriel RA 8937435 NOME: Felipe José de Souza Almeida RA T8380I1 NOME: Gustavo Paes Simonacci RA N6089A8 NOME: Jonathan Pereira Nemes RA A817FD1 NOME: Matheus Paes Simonacci RA N6268G8 NOME: Samuel Balbino Pereira dos Santos RA F241122 NOME: Thaís Serafim Barbosa RA N462124 NOME: Thauane Gomes Almeida das Virgens RA F22GJC6 2 UNIVERSIDADE PAULISTA – CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA COMPONENTES DO GRUPO: Relatório Interdisciplinar de Atividade Prática Supervisionada (APS) elaborado para avaliação no semestre letivo na habilitação de Graduação Plena no curso de Educação Física apresentado à Universidade Paulista – UNIP. PROFESSOR ORIENTADOR: Prof. Me. Jefferson Sousa Alphaville 2022 NOME: Letícia da Silva Curato RA N583479 NOME: Arthur Santos Farias de Souza RA F175200 NOME: Ericka Lemes da Silva Gabriel RA 8937435 NOME: Felipe José de Souza Almeida RA T8380I1 NOME: Gustavo Paes Simonacci RA N6089A8 NOME: Jonathan Pereira Nemes RA A817FD1 NOME: Matheus Paes Simonacci RA N6268G8 NOME: Samuel Balbino Pereira dos Santos RA F241122 NOME: Thaís Serafim Barbosa RA N462124 NOME: Thauane Gomes Almeida das Virgens RA F22GJC6 3 SUMÁRIO 1. Introdução........................................................................................................4 2. O que é Epidemiologia?..................................................................................6 2.1. Aspectos da epidemiologia..................................................................6 2.1.1. Aspectos dominantes.....................................................................8 2.1.2. Aspectos Estados e Eventos..........................................................8 2.1.3. Aspectos População.......................................................................8 2.2. Aspectos históricos da epidemiologia................................................9 3. Epidemiologia na Educação física...............................................................12 3.1. Evolução da área de epidemiologia da atividade física no Brasil....12 3.2. Epidemiologia, educação física e atividade física............................13 4. Epidemiologia e saúde pública.....................................................................15 4.1. Pandemia – Covid-19..........................................................................16 5. Relatório interdisciplinar...............................................................................17 6. Considerações finais.....................................................................................19 7. Referência bibliográfica................................................................................20 8. Fichamento.....................................................................................................21 4 1. Introdução A atividade física é praticada desde os primórdios da humanidade, mas com o passar do tempo ela se tornou um ato de escolha quando envolto em determinados aspectos, como estética ou saúde, já não mais como uma necessidade para a sobrevivência. A prática regular de atividades físicas ajuda na prevenção de muitas doenças, como as cardiovasculares, pois reduz a tensão arterial e o colesterol, aumenta a energia e melhora qualidade do sono, além de ajudar a manter o peso saudável e controlar o estresse. Para começarmos a introdução do tema epidemiologia e atividade física e saúde, primeiro vamos voltar no tempo, definir e entender o porquê essa palavra ser tão importante para sociedade, não só a brasileira, mas também mundial na era moderna e tecnológica. Tendo seu inicio na era da revolução industrial, onde grandes fábricas começam a surgir e a classe operária a nascer, onde a grande maioria dos trabalhadores migraram dos seus lugares de origem para os grandes centros urbanos, em busca de empregos nas grandes fábricas. Devido a enorme massa de pessoas, as cidades ficaram cheias, onde não havia infraestrutura o suficiente para todos e nem empregos. Aqueles que tinham remuneração, a mesma era desproporcional. E é neste momento em que deparamos com um dos principais problemas da sociedade e também do nosso tema gerador, a pobreza. Com esta causa surgindo, a classe trabalhadora e pobre começa a ter sua saúde atingida com alguns fatos, tais como a desnutrição, exaustão e principalmente, o surgimento de doenças e outros fatores como psicológico. É com base nesses fatores que a epidemiologia surge, para que possamos entender, estudar e pesquisar o porquê isso afeta a saúde física da sociedade e o motivo dela ainda ser uma das principais causas de surgimento de doenças crônicas não transmissíveis e também na taxa de mortalidade. Na epidemiologia não será estudado somente as causas, mas também as soluções para mesmo, com métodos específicos e eficientes, com o papel fundamental do profissional de educação física que irá criar e desenvolver caminhos para que esses problemas sejam diminuídos em nossa sociedade como um todo. Os maiores problemas do Brasil a ser enfrentado atualmente é o aumento do sedentarismo (comorbidade) e de doenças cardíacas, que vem crescendo cada vez mais na sociedade, causado pela falta de incentivos de práticas de atividades físicas, em relação a sociedade como um todo, e também a falta de iniciativa do poder público e privado de promover eventos de atividades como forma de incentivar a população a praticar atividades 5 físicas, visando não só no lazer, mas também, como uma forma de prevenção de desenvolver doenças crônicas no futuro. 6 2. O que é Epidemiologia? Epidemiologia é uma disciplina básica da Saúde Pública voltada para a compreensão do processo saúde-doença no âmbito de populações, aspecto que a diferencia da clínica, que tem por objetivo o estudo desse mesmo processo, mas em termos individuais. Como ciência, a Epidemiologia fundamenta-se no raciocínio causal; já como disciplina da Saúde Pública, preocupa-se com o desenvolvimento de estratégias para as ações voltadas para a proteção e promoção da saúde da comunidade. Etimologicamente, “epidemiologia” significa o estudo que afeta a população (epi= sobre; demio= povo; logos= estudo). O objetivo geral da epidemiologia, é reduzir os problemas de saúde na população. Na prática, ela estuda principalmente a ausência de saúde sob as formas de doenças e agravos. De acordo com o dicionário, epidemiologia é o estudo da frequência, da distribuição e dos determinantes dos problemas de saúde em populações humanas, bem como a aplicação desses estudos no controle dos eventos relacionados com saúde.¹ É a principal ciência de informação de saúde, sendo a ciência básica para a saúde coletiva. 2.1. Aspectos da epidemiologia A análise das causas de doenças no âmbito epidemiológico fundamentou-se na elaboração de modelos explicativos. Os modelos explicativos em Epidemiologia mais utilizados são: • Modelo Biomédico – Onde temos mais claramente a saúde como ausência de doença e esta como desajuste ou falha orgânica ocasionada na reação a um estímulo cujo organismo está exposto. Quanto à etiopatogenia, as doenças podem ser: infecciosas ou não infecciosas e conforme sua duração, agudas ou crônicas. • Modelo Processual – Apropria-se do conceito de processo saúde-doença ou história natural da doença. Este objetiva dar sentido a diferentes métodos de prevenção e controle dos problemas de saúde. Abrange a ocorrência das doenças em 2 domínios: omeio externo onde atuam determinantes e agentes 7 e o meio interno onde se desenvolve a doença. No externo atuariam os fatores de natureza física, biológica, política e sócio-cultural. No interno se processariam as mudanças bioquímicas, fisiológicas e histológicas e atuariam os fatores hereditários, congênitos, as alterações orgânicas consequentes de enfermidades anteriores e outros. • Modelo Sistêmico – Sistema é um conjunto de elementos de tal forma relacionados que uma mudança de qualquer elemento provoca mudança no estado dos demais elementos, e quando envolve seres vivos costuma ser designado de ecossistema. Este conceito tem sido útil como forma de entender e analisar o processo saúde-doença. A estrutura geral de um dado problema de saúde constitui funcionalmente um sistema epidemiológico em equilíbrio dinâmico. Cada vez que um de seus componentes sofre alguma alteração, esta repercute e atinge as demais partes, num processo em que o sistema busca novo equilíbrio. • Sistema Epidemiológico – é o conjunto formado por agente, suscetível e pelo meio ambiente, dotado de uma organização interna que regula as interações determinantes da produção de doença, juntamente com os fatores vinculados a cada um dos elementos do sistema. Os componentes deste sistema a serem considerados podem pertencer ao ambiente, ao agente patogênico ou ao suscetível. • Sistema epidemiológico-social – é formado por ambiente, população, economia e cultura. A qualidade e dinâmica deste conjunto, incluindo o modo e as relações de produção, o tipo de desenvolvimento econômico, velocidade de industrialização, as desigualdades socioeconômicas, a concentração de poder, a participação comunitária, a responsabilidade individual e coletiva são essenciais na determinação do processo saúde-doença. Nesse sentido, a Epidemiologia é aplicada no mínimo em quatro áreas distintas: 1. Vigilância em Saúde Pública ou Vigilância Epidemiológica; 2. Análise da situação de saúde; 3. Identificação dos perfis e fatores de risco; 4. Avaliação epidemiológica dos serviços. A epidemiologia tem diversas aplicações, como por exemplo, informar a situação da saúde da população, no qual ela determina as frequências, o estudo da distribuição dos eventos e o diagnóstico consequente dos principais problemas de 8 saúde verificados, identificando também as partes da população que foram afetadas, em maior ou menor proporção. Ela tem como princípio básico o entendimento de que os eventos relacionados à saúde (como doenças, seus determinantes e o uso de serviços de saúde) não se distribuem ao acaso entre as pessoas. Há grupos populacionais que apresentam mais casos de certo agravo, e há outros que morrem mais por determinada doença. Tais diferenças ocorrem porque os fatores que influenciam o estado de saúde das pessoas não se distribuem igualmente na população, portanto, acometem mais alguns grupos do que outros. Em síntese, pode-se afirmar que a distribuição das doenças na população é influenciada pelos aspectos biológicos dos indivíduos, pelos aspectos socioculturais e econômicos de sua comunidade e pelos aspectos ambientais do seu entorno, fazendo com que o processo saúde-doença se manifeste de forma diferenciada entre as populações. Analisando-se a evolução da epidemiologia ao longo dos anos, pode-se observar que os conceitos descritos acima, e que já estão tão bem consolidados dentro do campo científico, precisaram ser reformulados à medida que as descobertas científicas avançavam no campo da saúde, principalmente no que se refere ao processo saúde-doença. 2.1.1. Aspectos Determinantes Questão central para epidemiologia é a busca das causas e fatores que influenciam a ocorrência dos eventos e que irão constituir-se em evidências para a doação de medidas de prevenção e controle. 2.1.2. Aspectos Estados e eventos No passado aí epidemiologia ocupava-se das doenças infecciosas, mas sua abrangência ampliou-se estuda qualquer agravo à saúde ou também estado fisiológico como gravidez e crescimento. 2.1.3. Aspectos Populações: A epidemiologia eu preocupava-se com a saúde coletiva de grupos de indivíduos de determinantes comunidades ou áreas diferentes da clínica que ocupava citar ocorrência de eventos em cada indivíduo. Aplicações: • Geração conhecimento que embasa a intervenção através da descrição do padrão identificação de fatores de risco análise de tendência e de comportamento. 9 • Propõe medidas de controle e prevenção. Base para definição de políticas de saúde • Oferece suporte e subsídios para avaliação de impacto das ações e serviços de Saúde. 2.1. Aspectos históricos da epidemiologia A evolução e a organização do pensamento epidemiológico contou com diversos protagonistas e esteve sempre associada à preocupação em compreender e organizar a informação com vista à prevenção e controlo dos acontecimentos relacionados com a saúde das populações. Iniciou-se com conceitos fundamentais propostos por Hipócrates, há mais de dois mil e quinhentos anos, e passou pelo desenvolvimento, no século XVII, dos métodos observacionais por John Graunt, James Lind, Thomas Sydenham, William Petty e, ainda, pelas contribuições igualmente relevantes de William Farr, John Snow, Ignaz Semmelweis, Louis Pasteur, Robert Koch e Florence Nightingale, entre muitos outros. A maioria dos textos que fundamentam a epidemiologia especulam que esta nasceu com Hipocrátes. A grande parte dos escritos hipocráticos sobre as epidemias e sobre a distribuição das enfermidades nos ambientes, sem dúvida, antecipam o chamado raciocínio epidemiológico. Hipócrates (460-377 a.C.), a quem é reconhecida a paternidade da Medicina, é igualmente considerado o autor dos fundamentos que estão na origem do denominado pensamento epidemiológico. Nos seus escritos tentou descrever a doença dando-lhe uma perspetiva racional, em vez de se fundamentar em argumentos sobrenaturais. Fez observações acerca da propagação das doenças e ainda sobre a forma como estas afetavam populações.² Durante muitos séculos, as explicações para as doenças baseavam-se não nos métodos científicos, mas na religião, nos mitos e nas superstições. No seu tratado “Ares, Águas e Lugares”, Hipócrates especulou acerca das relações entre as doenças e o clima, a água, o solo e os ventos predominantes, sendo apresentadas descrições de doenças relacionadas com águas paradas em pântanos e lagos (como a malária, por exemplo). Ele estava certo ao referir que beber águas paradas era prejudicial, apesar de não conhecer a sua etiopatogenia, nomeadamente que as doenças daí decorrentes eram causadas por bactérias ou protozoários transportados pelas excreções humanas que contaminavam a água e 10 não pela água propriamente dita. Esse conhecimento só viria a ser sustentado em evidências científicas milhares de anos depois, com a descoberta do microscópio e com a identificação dos microrganismos. Apesar de pouco sofisticado, de acordo com as normas e o estado da arte atual, foi um pensamento revolucionário e importante, cuja relevância se mantém bem atual.³ Hipócrates fez ainda algumas observações notáveis acerca do comportamento das pessoas e acreditava que os médicos deviam estar atentos a essas atitudes e ocorrências, designadamente no que dizia respeito ao que elas comiam ou bebiam, a estação em que as epidemias ocorriam, etc. Ele identificou doenças quentes e frias e, respetivamente, tratamentos frios e quentes, apesar de este ser um processo complexo de identificação.⁴ Hipócrates incorporou na sua teoria os fundamentos daquela que, atualmente, é considerada como teoria atómica – a crença de que tudo é formado por partículas microscópicas, defendendo a existência de quatro átomos: a terra (sólidos e frios), o ar (secos), o fogo (quentes) e os átomos de água (húmidos). Acreditava, ainda,que o corpo era composto por quatro humores: o sangue, a fleuma (átomos de terra e água), a bílis amarela (átomos de fogo e água) e a bílis negra (átomos de terra e ar). Dizia que a saúde era o resultado do equilíbrio desses quatro humores e que a doença resultava do seu desequilíbrio. Consequentemente, essa convicção era determinante na interpretação de sintomas tais como vómitos, sudação excessiva, tosse, hematúria, entre outros, como uma tentativa por parte do organismo para se libertar do excesso desses humores. Consequentemente, os atos médicos a praticar deveriam ter por base esse conhecimento e algumas prescrições como a mudança de dieta e as sangrias visavam ajudar o organismo a libertar-se desses excessos.⁵ A tensão essencial entre a medicina coletiva e individual, desde aquela época, refletia o antagonismo entre as duas filhas do deus Asclépio: Panacéia e Higéia. Panacéia preconizava a medicina curativa, prática terapêutica baseada em intervenções sobre indivíduos doentes, mediante manobras físicas, encantamentos, preces e uso de medicamentos, enquanto Higéia, defendia a saúde como resultante da harmonia entre os homens e ambientes, e buscava promovê-la por meio de ações preventivas. A revolução científica operada nos séculos XVII e XVIII, que culminou com os trabalhos de Galileu e Newton, como resultado de um longo e complexo processo, originou mudanças profundas de mentalidade que transformaram o mundo, em diversos aspetos. Com esta revolução surgiram as bases lógicas para o pensamento 11 epidemiológico moderno. Durante esse período, os cientistas acreditavam que o comportamento do universo físico era ordenado e expresso em leis que se baseavam em observações. Alguns cientistas acreditavam que esta linha de pensamento se podia estender ao universo biológico e, como tal, deveriam existir igualmente leis de morbilidade e de mortalidade que descrevessem os padrões de doença e morte.⁶ Diversos autores enfatizam o século XIX como o momento que se estabeleceram as bases históricas da moderna epidemiologia. Nesta época, como consequências da revolução industrial, as cidades cresciam e as condições de vida se agravavam. Neste momento, consolida-se a primeira era da epidemiologia moderna com seu paradigma dominante “miasma”. Os principais nomes desta época foram William Farr e John Snow na Inglaterra e Louis René Villermé na França. O final do século XIX deu início a era de doenças infecciosas, denominadas “germes”, que permanece até meados do século XX. Louis Paster, se tornou um dos grandes nomes deste período, após demonstrar organismos vivos como agente de epidemias. Por volta do ano de 1945, com o aumento de doenças como úlceras pépticas, câncer de pulmão e doença arterial coronariana, surge a era das doenças crônico- degenerativas, denominadas como “caixa preta”. O paradigma da caixa preta foi entendido como uma metáfora geral em que as unidades reservadas e inerentes ao processo estão escondidas da visão. O paradigma relaciona exposição ao efeito, entendendo exposição como uma rede multicausal de fatores determinantes da doença. Entre os principais determinantes podemos citar: o estilo de vida, meio ambiente e aspectos sociais. 12 3. Epidemiologia na Educação física O Brasil vem passando por processos de transição demográfica, nutricional e epidemiológica acelerados nos últimos anos. A transição demográfica tem como consequência o envelhecimento populacional, visto que as taxas de natalidade estão diminuindo e hoje se conhece maiores alternativas para reduzir ou estabilizar as principais causas de mortalidade infantil, além de um maior controle sobre as doenças infectocontagiosas. Com as pessoas vivendo por mais tempo e um decréscimo no número de nascimentos, a população idosa está crescendo em ritmo acelerado no Brasil. Na atualidade, a saúde tem sido definida não apenas como a ausência de doenças. Saúde se identifica como uma multiplicidade de aspectos do comportamento humano voltados a um estado de completo bem-estar físico, mental e social. A relação entre epidemiologia e atividade física aparentemente tem início na era epidemiológica das doenças crônicas não transmissíveis, como fatores multicausais de risco, o sedentarismo aparece como fator determinante de agravos à saúde. Os estudos epidemiológicos indicam que grande parcela da população não atinge as recomendações atuais quanto a prática de atividades físicas. É importante lembrar que a atividade física é fundamental para a saúde, contribuindo para promover a saúde cardiovascular, controlar o peso e prevenir e tratar doenças crônicas, e que mesmo pequenas quantidades de exercício podem ser benéficas. Quem precisa melhorar o sono, se puder, deve preferir a manhã ou a tarde.⁷ 3.1. Evolução da área de epidemiologia da atividade física no Brasil A inserção de profissionais da Educação Física nos programas de pós- graduação em Saúde Coletiva e Epidemiologia ocorreu, de forma marcante, apenas a partir do ano 2000. Antes disso, tal colocação era rara e alguns programas sequer aceitavam a inscrição de profissionais com formação em Educação Física. Um estudo de revisão documentou a evolução temporal da epidemiologia da atividade física no Brasil, até 2005. O método epidemiológico tem uma responsabilidade enorme 13 aplicado à temática da atividade física, mas não é capaz de responder, por si só, a todos os questionamentos da área. Os pontos fortes metodológicos do estudo passam pelo uso do mesmo instrumento de pesquisa, mesma delimitação do desfecho, mesma faixa-etária, mesmo local e domínios da atividade física em comparação com pesquisa realizada cinco anos antes. Muito além do rigor acadêmico, o VIGITEL consolida a atividade física no plano institucional de saúde, em nível federal, num sistema de monitoramento que é novo no país. A aproximação desse sistema com a proposição de políticas públicas em saúde e outras áreas parceiras é hoje realidade e a atividade física está entre os aspectos a serem relevados. A interlocução da atividade física com o Ministério da Saúde vai além. Desde a Política Nacional de Promoção da Saúde , editais e portarias anuais estimularam municípios e estados a promoverem estratégias populacionais em atividade física e outros temas, com abordagem integrada, Inter setorial e de participação social. Nessas condições, foi formada uma Rede Nacional de Atividade Física , que além de estar atrelada aos serviços de saúde locais, dialogando com o Ministério da Saúde, recebe apoio e parceria do Centro de Controle e Prevenção de Doenças Norte Americano, que trabalha em várias frentes com o Ministério da Saúde no Brasil e universidades parceiras. Ponto alto dessa inserção brasileira na pesquisa e saúde institucional pôde ser observado no recente 3 Congresso Internacional de Atividade Física e Saúde Pública, realizado em Toronto no Canadá, em 2010. Além de conduzirem falas e participações de destaque no evento, inclusive com uma mesa redonda exclusiva sobre a experiência brasileira na área, foi registrada a participação presencial de 29 pesquisadores brasileiros no congresso, o que coloca nosso país na posição de expoente na pesquisa epidemiológica em atividade física no contexto internacional. Os dados obtidos demonstraram crescente publicação científica brasileira na área de epidemiologia da atividade física (de 7 para 49 artigos/ano), sendo 82,2% delineados para analisar os determinantes, níveis e tendências temporais e as consequências à saúde da prática regular da atividade física e/ou do prolongamento do comportamento sedentário. 3.2. Epidemiologia, educação física e atividade física 14 A compreensão do conceito saúde exige uma visão de conjunto, ou seja, precisamos consultar diversas fontes. Leon Kass propôs saúde como o “bom funcionamento do organismo comoum todo”⁸, ou, “a atividade do organismo vivo de acordo com suas excelências específicas”⁹. Mais tarde, Lennart Nordenfelt sugeriu saúde como o “estado físico e mental em que é possível alcançar todas as metas vitais, dadas as circunstâncias”¹⁰. De acordo com a Enciclopédia Britânica: “saúde é a medida de um indivíduo em manter a habilidade física, emocional, mental e social de lidar com o ambiente.”¹¹ Enquanto por um lado, inúmeras doenças contam com conceitos e definições bem específicas, por outro lado, saúde é um conceito aberto, relacionados com diversos estados possíveis e imensuráveis. Considerando-se que a ideia de um estado de bem-estar permanente não pareça viável, então saúde precisa incluir a capacidade de lidar, e quando possível, de superar dificuldades e doenças. A epidemiologia da atividade física é uma área de pesquisa e atuação recente. Apesar disso, o conhecimento sobre esse assunto vem crescendo vertiginosamente nas últimas décadas, assim como a sua importância no campo da saúde pública. Ela pode também ser conceituada como estudo de ocorrência, da distribuição dos fatores determinantes dos eventos relacionados com a saúde em população. Dessa forma, pode-se afirmar que a epidemiologia em atividade física tem como objetivo: a. Estudar a frequência, a distribuição e os determinantes da atividade física em populações humanas. b. Analisar como a atividade física está associada ou determina outros eventos em saúde. c. Gerar evidências para a promoção da saúde e de estilo de vida mais ativo. Com essa conceituação, basta definirmos o que é atividade física, que pode ser compreendida como toda ação corporal voluntária produzida por uma contração muscular esquelética que eleva gastos energéticos além do nível de repouso⁴. 15 4. Epidemiologia e saúde pública A epidemiologia também é uma ferramenta de formulação de políticas no setor da saúde. A sua aplicação e esta terá em conta o conhecimento disponível, disponibilizando-o na área local. A epidemiologia é uma ciência que estuda a distribuição e o diagnóstico dos problemas de saúde, seus fatores e processos relacionados na população. É a ciência básica da saúde pública, a ciência básica da informação em saúde. Ele estuda saúde, mas na prática, principalmente pela falta de saúde na forma de doença e adoecimento, esta última se explica pelo exame clínico. Seu tema é a relação que causa saúde e doença na sociedade, coletivo, comunidade, classe social, grupo. Os relacionamentos são acionados e analisados do ponto de vista do risco. A epidemiologia, como um todo, reúne seus três campos clássicos de trabalho, para criar conhecimento sobre a população: a descrição dos fenômenos, a análise das diferenças entre os grupos, a descrição da relação entre fatores e efeitos sentidos pela comparação e previsão do futuro ou. Um evento médico é previsto por um modelo, geralmente uma estatística, que transforma um processo e descrição em uma contingência. Portanto, o eixo de seu sistema em relação às doenças da população é o processo de descrição, interpretação, previsão e controle dos fenômenos de saúde. E o conhecimento da história da doença se traduz em objetivos de ação coerentes no âmbito do nível clássico de prevenção. A Epidemiologia e a Saúde Pública, quando trabalhadas em conjunto, possibilita alcançar o conhecimento sobre o modo como uma doença se origina, realizar o controle na população, e até mesmo evitar a sua ocorrência. Ela oferece à Saúde Pública explicações para os problemas de saúde das populações, o que permite à Saúde Pública, saber como e quando agir, através de intervenções adequadas e resolutivas. A Saúde Pública visa proporcionar o melhor nível de saúde ao maior número de pessoas, com o melhor desempenho econômico possível nas suas ações. Nesse sentido, analisa a saúde e os fenômenos a ela relacionados, implementando intervenções e mobilizando os recursos da comunidade de forma integrada, para o alcance dos seus objetivos. A Epidemiologia, por sua vez, orienta-se para a produção 16 e a gestão de conhecimento, agindo como olhos, inteligência e linguagem da primeira, ao lado de outros contributos disciplinares igualmente relevantes, como os da Sociologia, da Estatística e da Medicina. 4.1. Pandemia – Covid-19 No fim de 2019, o novo Coronavírus foi nomeado como SARS-CoV-2. Este novo Coronavírus produz a doença classificada como COVID-19, sendo agente causador de uma série de casos de pneumonia na cidade de Wuhan, na China. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 30 de janeiro de 2020, que o surto da doença causada pelo novo Coronavírus (COVID-19) constitui uma emergência de Saúde Pública de Importância Internacional – o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional. Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia. Em época de pandemia, quando o distanciamento social é primordial para evitar o contágio pelo Sars-CoV-2, a tendência é que as pessoas se tornem mais sedentárias. Um estudo realizado na França mostrou que a necessidade de ventilação mecânica foi maior entre pacientes com alto IMC. Dos pacientes analisados no estudo, 85,7% daqueles que precisaram da intervenção apresentavam IMC igual ou acima de 35. Durante essa época, muitas dúvidas surgiram em relação à prática de exercício. De acordo com a Coordenadora da Medicina do Esporte e do Serviço de Medicina Preventiva da Rede Mater Dei de Saúde, Carla Tavares, é importante continuar se exercitando até mesmo para ajudar a controlar ou prevenir alguns fatores de risco ou comorbidades relacionadas à Covid-19.¹² Entretanto, ela ressalta ser importante manter o acompanhamento com um profissional especializado. o exercício físico funciona como uma medicação. Tem que ser usado na dose certa para ter os efeitos esperados e não ter efeitos colaterais. Manter acompanhamento com uma pessoa capacitada é importante para que ela possa orientar na melhor forma de se exercitar.¹³ 17 5. Relatório interdisciplinar De acordo com o tema destinado a este trabalho relacionada a Epidemiologia das Atividades Físicas e Esportivas no Brasil, podemos compreender o quão importante é o papel do profissional de Educação Física nos diversos ambientes onde a profissão está inserida. Em relação a matéria Políticas Públicas e inclusão Social, deve-se ter em mente as diversas relações de inclusão social que a área da saúde, exclusivamente a Educação Física deve-se adotar, alguns pensamentos de que indivíduos deficientes possuem maior risco de aderir a doenças epidemiológicas, deve ser estudado e realizado um trabalho de desmistificação no ambiente. O poder que o profissional de Educação Física tem em mãos é tremendo, pois somente ele no ambiente de atividades físicas, é capaz de separar os preconceitos aos indivíduos portadores de deficiência, menos favorecidos economicamente ou alunos com doenças crônicas, o papel no cenário de academia, clube é construir um ambiente em que todos ali presentes permaneçam sem preconceito e com uma relação excepcional entre os alunos. Na matéria de Metodologia do treinamento Físico, podemos adotar a ideia que para se ter uma iniciação positiva no setor de atividades físicas, devemos nos conscientizar sobre como realizar um treinamento físico eficiente, apenas o conhecimento aprofundado sobre está matéria dará ao profissional meios para alavancar um indivíduo que possui grande probabilidade de contrair uma doença epidemiológica, através de exercícios bem executados e atividade física habitual. Importante ressaltar a relevância do treinamento físico eficiente em indivíduos idosos também, para que estes se motivem a se exercitar, prevenindo qualquer tipo de doenças pré-dispostas, o profissional terá emmãos uma gama de estratégias que deverão ser adotadas, para tornar a atividade física mais prazerosa, gerando uma maior qualidade de vida diariamente. Na matéria de Lutas Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos o grande diferencial desta atividade é a relação dos indivíduos, que poderá ser mais humanizada, pois esta modalidade valoriza ainda mais o respeito e empatia pelo próximo. Inicialmente devemos analisar a situação de cada indivíduo, trabalhando suas limitações para que este esteja em desenvolvimento locomotor cada vez mais 18 apurado, desta forma poderemos auxiliar os indivíduos que possuem uma grande probabilidade de contrair doenças, caso permaneça no estado de sedentarismo. Como em toda e qualquer área em que um profissional da Educação Física atue, os mesmos necessitam obterem conhecimentos aprofundados sobre lutas, pois existem diversos nichos e categorias de lutas diferentes, no qual o profissional deverá adotar e aplicar em indivíduos de todas as idades, para que sua saúde tenha progresso, e a prevenção de lesões diminua no decorrer dos anos. No ambiente de Natação, a relação da Epidemiologia das Atividades Físicas e Esportivas com a matéria em si, é grandioso, pois natação promove diversos benefícios como melhora das articulações, desenvolvimento do aparelho locomotor, aumento da qualidade cardíaca, entre outros, desta forma o ambiente da água, junto as atividades físicas, promovem uma ação preventiva a obtenção de doenças epidemiológica, pois os exercícios praticados promovem uma melhora significativa na imunidade dos indivíduos, a pratica de natação é imprescindível. Sendo assim o profissional de Educação Física, necessita do conhecimento aprofundado nesta matéria, para possuir o cuidado em aplicar os movimentos corretos durante a natação, que contribuirá com benefícios ao indivíduo, gerando uma maior qualidade de vida. 19 6. Considerações finais Ao chegar ao final deste trabalho, consideramos que com esses fatos o que a epidemiologia é uma área de um âmbito maior do que se possa esperar além de dados estatísticos, que possa nos mostrar e enxergar a realidade de muitos lugares civilizados onde a sociedade vive com suas ferramentas habituais, como transportes motorizados e tecnológicos onde a exigência de esforço e movimentos estão cada vez diminuindo por conta dessa ‘comodidade’ onde as pessoas se sentem mais confortáveis onde não á necessidade de grandes ações motoras. Pensando nesse raciocínio lógico e realista nesses tempos modernos a epidemiologia é um intermediário para que nós, a sociedade, entendêssemos as consequenciais de nossas ações de e dessa cultura de se movimentar cada vez menos, a aparições de doenças e saúde precária estão surgindo e crescendo de forma assustadora, entre essas, a mais comum, doenças cardiovasculares, canceres, doenças respiratórias entre outras. Estudos científicos relatam que as causas são diversas para os surgimentos, desde de sedentarismo, problemas geoeconômicos (pobreza) até o consumo de drogas licitas, como cigarros e bebidas alcóolicas, o que o nosso tema gerador nos ensinou é nos mostrar os fatos que afetam a saúde física e nos fazer buscar soluções para reduzir a atual situação. Porém é um outro fator administrativo que também é um desafio, já que os incentivos as atividades físicas, como competições, desafios a pratica não é o suficiente para, como um todo em nosso país por questões políticas e econômicas. Com uma história de origem não definida, já se falava da essência da epidemiologia desde eras antes de cristo, como uma figura destacável, Hipócrates que já se falava em questões de saúde no geral desde daquela época e continua a falar neste assunto até hoje. Portanto a epidemiologia nos faz repensar, estatisticamente, para que não nos alienar a certas culturas de práticas de pouco movimento e a certos confortos e hábitos que possamos adquirir com o tempo que pode levar a consequências graves no futuro. A pratica de atividades e exercícios físicos diários é um dos meios mais eficazes de prevenir doenças crônicas. 20 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • IVINE, Amália. O que é epidemiologia e saúde pública?. Disponível em: < https://www.cursosaprendiz.com.br/o-que-e-epidemiologia-e-saude- publica/amp/> • Significados – Epidemiologia. Disponível em: <https://www.significados.com.br/epidemiologia/amp/ > • GOMES, Elaine. Conceitos e Ferramentas da epidemiologia. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2015. • PEREIRA, Carlos; VEIGA, Nélio. A epidemiologia. De Hipócrates ao século XXI. Millenium, 47 (jun/dez). Pp. 129‐140. • HALLAL, Pedro; KNUTH, Alan. Epidemiologia da atividade física e a aproximação necessária com as pesquisas qualitativas. Pelotas, 01 de setembro de 2011. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbce/a/LCqMtwrN4Y4RLF8cTsBZcXf/?lang=pt > • Ramires, Virgílio, et al. Evolução da pesquisa epidemiológica em atividade física e comportamento sedentário no Brasil: atualização de uma revisão sistemática. 16 de Setembro de 2014. Disponível em: < https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/3732#:~:text=Os%20dados%20obtidos %20demonstraram%20crescente,f%C3%ADsica%20e%2Fou%20do%20prolo ngamento > • MANTOVAN, Efigênia; FORTI Vera Aparecida. Epidemiologia, Atividade Física e Saúde. Disponível em:<https://fefnet170.fef.unicamp.br/fef/sites/uploads/deafa/qvaf/saude_coleti va_cap1.pdf > • PINTANGA, Francisco. Epidemiologia, atividade física e saúde. Rev. Bras. Ciên. e Mov. Brasília v.10 n. 3 p. Julho de 2002. Disponível em: < https://fefnet170.fef.unicamp.br/fef/sites/uploads/deafa/qvaf/saude_coletiva_c ap1.pdf > • GARCIA, Leandro; FLORINDO, Alex. Nutrição e Saúde Coletiva - Epidemiologia da Atividade Física. Cap. 15, págs. 181 e 182. • SUSSER M. & SUSSER E. Chosing a future for epidemiology. Part I: Eras and Paradigms. American Journal of Public Health. 1996. 86, 668-673. https://www.cursosaprendiz.com.br/o-que-e-epidemiologia-e-saude-publica/amp/ https://www.cursosaprendiz.com.br/o-que-e-epidemiologia-e-saude-publica/amp/ https://www.significados.com.br/epidemiologia/amp/ https://www.scielo.br/j/rbce/a/LCqMtwrN4Y4RLF8cTsBZcXf/?lang=pt https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/3732#:~:text=Os%20dados%20obtidos%20demonstraram%20crescente,f%C3%ADsica%20e%2Fou%20do%20prolongamento https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/3732#:~:text=Os%20dados%20obtidos%20demonstraram%20crescente,f%C3%ADsica%20e%2Fou%20do%20prolongamento https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/3732#:~:text=Os%20dados%20obtidos%20demonstraram%20crescente,f%C3%ADsica%20e%2Fou%20do%20prolongamento https://fefnet170.fef.unicamp.br/fef/sites/uploads/deafa/qvaf/saude_coletiva_cap1.pdf https://fefnet170.fef.unicamp.br/fef/sites/uploads/deafa/qvaf/saude_coletiva_cap1.pdf https://fefnet170.fef.unicamp.br/fef/sites/uploads/deafa/qvaf/saude_coletiva_cap1.pdf https://fefnet170.fef.unicamp.br/fef/sites/uploads/deafa/qvaf/saude_coletiva_cap1.pdf 21 8. Fichamento Os seguintes fichamentos irão esclarecer o que foi visto neste documento, com base nas citações, sobre o tema abordado. • Assunto: O que é epidemiologia • Referência: Significados – Epidemiologia • Citação: “...epidemiologia é o estudo da frequência, da distribuição e dos determinantes dos problemas de saúde em populações humanas, bem como a aplicação desses estudos no controle dos eventos relacionados com saúde.” • Assunto: A epidemiologia de Hipócrates ao século XXI. • Referência: Carlos Veiga Nelio Pereira • Citação: “Hipócrates (460-377 a.C.), a quem é reconhecida a paternidade da Medicina, é igualmente considerado o autor dos fundamentos que estão na origem do denominado pensamento epidemiológico. Nos seus escritos tentou descrever a doença dando-lhe uma perspectiva racional, em vez de se fundamentar em argumentos sobrenaturais. Fez observações acerca da propagaçãodas doenças e ainda sobre a forma como estas afetavam populações.” “Ele estava certo ao referir que beber águas paradas era prejudicial, apesar de não conhecer a sua etiopatogenia, nomeadamente que as doenças daí decorrentes eram causadas por bactérias ou protozoários transportados pelas excreções humanas que contaminavam a água e não pela água propriamente dita. Esse conhecimento só viria a ser sustentado em evidências científicas milhares de anos depois, com a descoberta do microscópio e com a identificação dos microrganismos. Apesar de pouco sofisticado, de acordo com as normas e o estado da arte atual, foi um pensamento revolucionário e importante, cuja relevância se mantém bem atual.” “Hipócrates fez ainda algumas observações notáveis acerca do comportamento das pessoas e acreditava que os médicos deviam estar atentos a essas atitudes e ocorrências, designadamente no que dizia respeito ao que elas comiam ou bebiam, a estação em que as epidemias ocorriam, etc. Ele identificou doenças quentes e frias e, respetivamente, tratamentos frios e quentes, apesar de este ser um processo complexo de identificação.” 22 “Dizia que a saúde era o resultado do equilíbrio desses quatro humores e que a doença resultava do seu desequilíbrio. Consequentemente, essa convicção era determinante na interpretação de sintomas tais como vómitos, sudação excessiva, tosse, hematúria, entre outros, como uma tentativa por parte do organismo para se libertar do excesso desses humores. Consequentemente, os atos médicos a praticar deveriam ter por base esse conhecimento e algumas prescrições como a mudança de dieta e as sangrias visavam ajudar o organismo a libertar-se desses excessos.” “Durante esse período, os cientistas acreditavam que o comportamento do universo físico era ordenado e expresso em leis que se baseavam em observações. Alguns cientistas acreditavam que esta linha de pensamento se podia estender ao universo biológico e, como tal, deveriam existir igualmente leis de morbilidade e de mortalidade que descrevessem os padrões de doença e morte.” • Assunto: Epidemiologia da atividade física e a aproximação necessária qualitativa • Referência: Pedro Knuth Alan Hallal • Citação: “É importante lembrar que a atividade física é fundamental para a saúde, contribuindo para promover a saúde cardiovascular, controlar o peso e prevenir e tratar doenças crônicas, e que mesmo pequenas quantidades de exercício podem ser benéficas. Quem precisa melhorar o sono, se puder, deve preferir a manhã ou a tarde.” • Assunto: Epidemiologia, educação física e atividade física • Referência: Leon kass • Citação: “bom funcionamento do organismo como um todo” “a atividade do organismo vivo de acordo com suas excelências específicas” • Assunto: Epidemiologia, educação física e atividade física • Referência: Lennart Nordenfelt • Citação: “estado físico e mental em que é possível alcançar todas as metas vitais, dadas as circunstâncias” 23 • Assunto: Epidemiologia, educação física e atividade física • Referência: Enciclopédia Britânica • Citação: “saúde é a medida de um indivíduo em manter a habilidade física, emocional, mental e social de lidar com o ambiente.” • Assunto: Pandemia Covid-19 • Referência: Coordenadora da Medicina do Esporte e do Serviço de Medicina Preventiva da Rede Mater – Carla Tavares • Citação: “... é importante continuar se exercitando até mesmo para ajudar a controlar ou prevenir alguns fatores de risco ou comorbidades relacionadas à Covid- 19” • Assunto: Pandemia Covid-19 • Referência: Atividade física e saúde • Citação: “...o exercício físico funciona como uma medicação. Tem que ser usado na dose certa para ter os efeitos esperados e não ter efeitos colaterais. Manter acompanhamento com uma pessoa capacitada é importante para que ela possa orientar na melhor forma de se exercitar.”
Compartilhar