Prévia do material em texto
SUMÁRIO INTRODUÇÃO .............................................................................. 01 O FEDERALISMO E O SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO .. 02 POLÍTICAS PÚBLICAS ................................................................ 04 Políticas Públicas de promoção da Educação ..................... 10 Políticas Públicas de qualidade da Educação ....................... 11 Políticas Públicas de financiamento da Educaçao ................ 13 Políticas Públicas de avaliação da Educação ....................... 14 Mapa mental (Políticas Públicas) .......................................... 15 CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 ................................................. 16 Mapa mental (Constituição Federal) .................................... 32 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO 9.394/96 .......... 34 Mapa mental (LDB) ............................................................... 66 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO ........................................... 67 Mapa mental (PNE) .............................................................. 74 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ....................... 75 Mapa mental (ECA) .............................................................. 89 PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ........................... 91 Mapa mental (PCN’s) .................................................................... 94 REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL ...................................................................................... 95 Mapa mental (RCNEI) .......................................................... 97 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA ........................................................................................ 98 Mapa mental (DCN’s) ................................................................. 105 BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (ED. BÁSICA) ........ 106 Mapa mental (BNCC Ed. Básica) ........................................ 115 Mapa mental (BNCC Competências gerais) ....................... 116 BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (ED. INFANTIL) ..... 117 Mapa mental (BNCC Ed. Infantil) ........................................ 125 BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (ENSINO FUNDAMENTAL) ........................................................................ 126 Mapa mental (Ensino fundamental) .................................... 136 REFERÊNCIAS ........................................................................... 137 1 INTRODUÇÃO O estudo das legislações é parte essencial na preparação e desenvolvimento para concursos, considerando o contexto político e regimentar do Brasil, ao estudarmos a leis, vemos que todas as ações e determinações implementadas nas instituições de ensino nacionais são regimentadas e previamente discutidas em um ambiente legislativos e de políticas públicas. Se você, assim como diversos professores, sonha com uma carreira no ambiente de ensino e aprendizagem público, é muito importante ter uma rotina de estudos sobre legislação da educação, assim, é muito importante saber as atribuições do cargo pretendido dentro do sistema de ensino e do que se tratam e como são organizadas as legislações vigentes no período de realização do concurso. Essas informações, estarão contidas em cada edital publicado, e estamos aqui para apresentar as principais leis e temáticas relacionadas a elas, dentro do que é cobrado nessas provas avaliativas. Antes de tudo, atente-se aos principais objetivos de cada texto legislativo, para quais instâncias cada um legisla, quais órgãos são responsáveis por cada região, seu financiamento, implementação na prática e entendimento de cada um como um todo. Relacionar artigos, parágrafos, incisos e resoluções, não se desprendendo da realidade vivenciada em território nacional, pois essas leis serão cobradas em consonância com situações de realidade e trabalho cotidiano, ou seja, uma situação concreta. Assim, temos como principal objetivo, apresentar aqui neste material, as principais leis que se relacionam ao sistema de ensino 2 vigente no Brasil, como foco em concursos da área de educação, trazendo explicações sobre os termos apresentados e mapas mentais ao fim de cada tópico, que auxiliarão na fixação e revisitação dos conteúdos estudados. Bons estudos! O FEDERALISMO E O SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO Antes de iniciarmos a exposição das leis em si, é importante haver uma contextualização de como e por que a educação no Brasil é organizada por meio de legislação, órgãos federativos e políticas públicas. Ao pensar os aspectos fundamentais referentes às leis que tratam do compromisso do Estado em ofertar uma educação gratuita e de qualidade, existe a necessidade de entender o que institui no Brasil um Sistema Nacional de Educação, bem como as relações e regulamentações que demarcam um regime de colaboração entre os entes federados (União, Distrito Federal e Municípios). O federalismo, acordo como William Riker (1975, p. 101), “é uma organização política na qual as atividades do governo são divididas entre governos regionais e governo central, de modo que cada tipo de governo tem algumas atividades sobre as quais ele toma as decisões finais.” Sendo assim, o regime federalista possui instituições fundamentais, sendo elas, um governo de federação e um conjunto de governos das unidades membros, que tem trabalham dentro de um mesmo território, porém tendo cada um autoridade para realização de ações independentes de outros. 3 Do ponto de vista jurídico e constitucional, segundo Cruz (2012, p. 65) “um sistema pode ser classificado como federalista quando em sua organização existem política existem elementos estruturais característicos nos diferentes planos governamentais, como poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, já que tais elementos e garantias devem ter sua existência protegida jurídica-constitucionalmente”. Enquanto Alfred Stepan (1999), nos informa que podem ser considerados federativos os sistemas políticos democráticos que atenderem aos seguintes critérios: 1) “o Estado deve conter subunidades políticas territoriais, cujo eleitorado seja constituído pelos cidadãos dessas unidades; além disso, a Constituição deve garantir a essas unidades soberania na elaboração de leis e de políticas”; 2) “deve haver uma unidade política de âmbito nacional, que contenha um Poder Legislativo eleito por toda a população do Estado, e à qual caiba, por garantia constitucional, a competência soberana para legislar e formular políticas em determinadas matérias.” (p. 4). Assim, entendemos que o federalismo é uma forma de organização territorial do poder, que possui certos critérios e determinações para seu funcionamento, o qual é instituído no Brasil, além de ser também o regime de outros países reconhecidos como Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Suíça, Austrália, Áustria, Bélgica, Argentina, Venezuela, México, Malásia, Paquistão, ex- Iugoslávia e Rússia (RIKER, 1975; BOTHE, 1995; STEPAN, 1999; LIJPHART, 2003). E sendo esses, países com claras diferenças administrativas e jurídicas, isso nos leva a concluir que as condições de organização do federalismo, permeiam em condições socioeconômicas, culturais e políticas, condicionadas por inúmeros 4 elementos como, língua, economia, natureza, identidade nacional, estrutura física, relações étnico-culturais, entre outros. Desde a instituição desse regime no Brasil em 1891, o país já passou por diferentes modelos de federalismo, de relação entre os entes federados e sociedade civil e o Estado, tendo como um de seus resultados o reconhecimento dos Municípios como entes federados. Além da instituição da descentralização financeira, onde há um sistema de transferências constitucionais de recursos públicos entre as esferas governamentais, e no que serefere à educação, isso se torna bem presente ao estudar os mecanismos de financiamento, que veremos mais à frente. O âmbito educacional do federalismo é observado através das relações estabelecidas entre estados, Distrito Federal e municípios ao gerir as políticas educacionais nacionais, considerando as atribuições definidas na Constituição Federal. POLÍTICAS PÚBLICAS Segundo (Silva e Souza, 2016, p. 9) “As Políticas Públicas compreendem toda e qualquer ação de responsabilidade do Estado, que visa o bem-estar social do povo, tendo como sustentáculo os órgãos políticos e as entidades da sociedade civil. Elas se consolidam num processo de tomada de decisões que decorrem as normas, as regras e as leis de um país.” Detalhando um pouco mais, o termo políticas públicas é binominal, o termo “política” tem origem no grego politiká, derivado de polis que significa aquilo que é público. Enquanto “pública”, tem origem no latim publicus, que se refere ao povo. 5 Assim, entende-se que Políticas Públicas são ações governamentais realizadas em prol do interesse do povo, segundo Medeiros (2000, p.1), “[...] área de políticas públicas consolidou na última metade do século XX um corpo teórico próprio e um instrumental analítico voltado para a compreensão de fenômenos de natureza político-administrativa [...]”. Isso nos indica que não há uma definição exata em relação às políticas públicas, mas, analisando como um todo e segundo as atribuições, os conceitos mais utilizados são os que fazem essa definição como sendo ações governamentais. A política pública se enquadra como um campo de conhecimento presente nas ciências políticas, onde os governos estão a todo momento tomando decisões de ações e ao mesmo tempo analisando suas ações, afim de propor mudanças nos cursos dessas ações, de acordo com Silva e Sousa (2016, p. 20) “a formulação de políticas públicas traduzem propostas de eleição em programas, projetos, base de dados, sistemas de informações e pesquisas e se essas ações implementadas pelo governo darão resultados ou mudanças reais (submetidas a acompanhamento e avaliação). Assim como as definições atuais trazem muito o aspecto de resolução de problemas públicos, paralelos a isso existem aspectos conflituosos sobre os limites impostos à essas decisões de governo, a cooperação entre governos, outras instituições e grupos sociais, que também se enquadra dentro das políticas públicas, acaba sendo deixada de fora das definições que englobam apenas o lado resolutivo. E além de ser uma área de conhecimento da ciência política, a política pública interage com diversas áreas do 6 conhecimento como: gestão, planejamento, ciências sociais aplicadas, sociologia, antropologia, geografia e economia. No campo educacional, as políticas públicas devem ser pensadas de forma a favorecer a criação e manutenção de instituições de ensino, desde que isso satisfaça o bem comum, esteja em consonância com a legislação e seja considerada eficiente, segundo os princípios de planejamento, acompanhamento e avaliação. O processo de elaboração de políticas públicas, conhecido também como ciclo de políticas públicas, se configura como um esquema de visualização e interpretação que organiza uma política pública em fases sequenciais e interdependentes, segundo aponta Secchi (2017) Uma das formas desenvolvidas para visualização do ciclo de políticas públicas é o modelo que o define em 7 (sete) fases principais, são elas: 1) identificação do problema, 2) formação da agenda, 3) formulação de alternativas, 4) tomada de decisão, 5) implementação, 6) avaliação, 7) extinção. Identificação do problema Formação da agenda Formulação de alternativas Extinção Avaliação Implementação Tomada de decisão 7 Agora explicitaremos mais sobre cada fase do ciclo para entendimento da utilidade dessa organização. - Identificação do problema Um problema é considerado uma discrepância entre o status quo e o cenário ideal, no caso de um problema público este se refere à diferença entre o que é a realidade pública e o que se gostaria que ela fosse. A identificação do problema público envolve: a percepção do problema, pois este nasce a partir da percepção dos atores envolvidos e interpretação de determinada situação como sendo um problema. A definição ou delimitação do problema, que envolve definir os principais elementos deste e sintetizar em uma frase a sua essência. A avaliação da possibilidade de resolução, ouvimos muito por aí que um problema sem solução não é um problema, em alguns casos as políticas públicas não consegue de fato solucionar um problema, algumas delas apenas mitigam ou diminuem ele de forma exponencial, mas dificilmente um problema sem solução é identificado socialmente. - Formação da agenda A agenda é um conjunto de assuntos ou problemas que apresentam certa relevância pública, de acordo com Secchi (2017, p. 40) “Ela pode tomar forma de um programa de governo, um planejamento orçamentário, um estatuto partidário ou, ainda, de uma simples lista de assuntos que o comitê editorial de um jornal entende como importantes.” Segundo Cobb e Elder (1983), existem 2 tipos de agenda: 8 • Agenda política: Conhecida como agenda sistemática, que caracteriza o conjunto de problemas que a comunidade política considera relevantes e passíveis de intervenção pública. • Agenda formal: Conhecida como agenda institucional, esta se caracteriza por elencar os problemas que o poder público já decidiu enfrentar. - Formulação de alternativas A formulação de alternativas passa pelo estabelecimento de objetivos e estratégias e determinação das possíveis consequências das alternativas de solução. Segundo Schattschneider (1960, p.68) “a definição das alternativas é o instrumento supremo de poder, porque a definição de alternativas é a escolha dos conflitos, e a escolha dos conflitos aloca poder”. A etapa de formulação de alternativas é o momento em que são traçados métodos com fim de alcançar os objetivos estabelecidos inicialmente, vale ressaltar que um objetivo pode ser atingido de diversas formas e por caminhos diferentes. - Tomada de decisão Esta etapa é a etapa que sucede a formulação de alternativas de resolução, a tomada de decisão representa a explicitação das intenções de enfrentamento do problema público e momento em que os interesses dos responsáveis são equacionados a essas intenções. - Implementação da política pública A etapa de implementação acontece anteriormente ao primeiros esforços avaliativos, é nesse momento que se produzem os resultados concretos das políticas públicas. Nesta fase os 9 esforços anteriores de criação teórica e formulação de alternativas de ação são de fato postos em ação, convertidos em rotinas e processos sociais ativos. É neste momento que as funções administrativas, como lideranças e coordenação de ações, são postos em prática por parte dos governantes que implementam as políticas, esses atores envolvidos tem a função de liderar, motivar os envolvidos no processo e prever os possíveis obstáculos que possam surgir ao longo da ação e métodos de driblar esses obstáculos em curso, identificando as deficiências organizativas e agindo diretamente nas negociações entre os executores. - Avaliação da política pública Dentro das políticas públicas, a avaliação é o “processo de julgamentos deliberados sobre a validade de propostas para a ação pública, bem como sobre o sucesso ou a falha de projetos que foram colocados em prática” (ANDERSON, 1979, p. 711). Existe uma distinção de avaliação nas políticas públicas: avaliação ex ante (anterior à implementação) e avaliação ex post (posterior à implementação) e avaliação in itinere, conhecida como avaliação formativa ou monitoramento, que é feita durantea implementação. Essa etapa do ciclo de políticas públicas é o momento em que o processo de implementação e a funcionalidade da política pública são monitorados e julgados, afim de conhecer em que nível está o desempenho e como tem impactado no problema inicial, momento da produção de feedback. 10 - Extinção da política pública Assim como no ciclo de vida orgânica existe o momento da morte, o ciclo de políticas públicas também tem um fim ou extinção. Segundo Giuliani (2005), existem 3 causas principais da extinção de políticas públicas: 1) O problema que motivou a política pública foi resolvido; 2) Os métodos e programas implementados para resolução do problema foram entendidos como ineficazes; 3) O problema, ainda que não resolvido, perdeu sua relevância e saiu das agendas políticas e formais. Existem também algumas políticas que são iniciadas com prazo determinado de vigência, políticas essas criadas para resolver problemas específicos e contextuais, tendo período determinado de duração. POLÍTICAS PÚBLICAS DE PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO • Programa Escola acessível: Tem como objetivo promover acessibilidade ao ambiente físico escolar, desde os recursos didáticos e pedagógicos até os recursos de comunicação e informação nas escolas públicas de ensino regular. • Programa Caminho da Escola: Que objetiva fornecer acesso e manutenção à frota de veículos escolares das redes municipal, do DF e estadual de educação básica pública. Esse programa é voltado principalmente a estudantes residentes de áreas rurais e ribeirinhas, visando segurança e qualidade de transporte. • Programa Benefício de Prestação Continuada na Escola: Instituído com intuito de garantir o acesso de crianças e 11 adolescentes com deficiência à educação, por meio de ações articuladas entre o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), o Ministério da Educação (MEC), o Ministério da Saúde (MS) e o Ministério dos Direitos Humanos (MDH). São estabelecidos também compromissos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios com objetivo de assegurar a esses estudantes acesso a matrícula e permanência na escola e ainda acesso a demais políticas conforme a necessidade individual. • Programas de educação a distância: Promovidos principalmente no ensino médio e superior, esses programas de governo objetivam a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem promovidos por meio de tecnologias de informação e comunicação à distância entre estudantes e professores. Um exemplo é o programa Rede e- tec Brasil. • Programa Educação em Prisões: Tem como objetivo promover apoio técnico e financeiro à implementação da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no sistema penitenciário. POLÍTICAS PÚBLICAS DE QUALIDADE DA EDUCAÇÃO • Programa Mais Alfabetização: Estratégia do Ministério da Educação para melhorar as unidades escolares no processo de alfabetização dos estudantes matriculados nos 1º e 2º anos do ensino fundamental. • Pacto Nacional pela Alfabetização da Idade Certa – PNAIC: É um compromisso formal assumido pelos governos federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal afim de assegurar a 12 alfabetização de todas as crianças até os oito anos de idade, ao fim do 3º ano do ensino fundamental. • Programa Brasil alfabetizado: Voltado para a alfabetização de jovens, adultos e idosos. Desenvolvido em todo o território nacional com prioridade em municípios que apresentam altas taxas de analfabetismo, tem como objetivo promover a superação do analfabetismo entre jovens de 15 anos ou mais, adultos e idosos. • Programa de Apoio à Implementação da Base Nacional Comum Curricular (ProBNCC): Visa apoiar a implementação da BNCC, com monitoramento das metas alcançadas pelos estados, fornecendo apoio técnico e recursos para compor equipes nos estados e municípios. • Programa de Inovação Educação Conectada: Objetiva a universalização do acesso à internet em alta velocidade e fomento do uso pedagógico de tecnologias digitais na educação básica. • Programa Novo Mais Educação: Busca melhorar a aprendizagem em língua portuguesa e matemática no ensino fundamental, através da ampliação da jornada escolar, otimizando o tempo dos estudantes na escola. • Educação de jovens e adultos integrada à educação profissional: Tem como objetivo promover ações para oferta de 3,8% das matrículas da Educação de Jovens e Adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma articulada à educação profissional, de acordo com o que propõe a Meta 10 do Plano Nacional de Educação. 13 POLÍTICAS PÚBLICAS DE FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO • Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE: Órgão responsável por executar parte das ações do Ministério da Educação (MEC) relacionadas à educação básica, através da prestação de auxílio financeiro e técnico aos municípios e execução de ações contribuintes à uma educação de qualidade. • Fundo de Manutenção de Desenvolvimento da Educação – FUNDEB: Fundo especial, de natureza contábil, e âmbito estadual, composto por recursos advindos de impostos e transferências dos Estados, Distrito Federal e Municípios vinculados à educação. • Programa Nacional do Livro Didático – PNLD: Tem a finalidade de avaliar e disponibilizar obras didáticas, pedagógicas e literárias, entre outros materiais de apoio à prática educativa, de forma sistemática, regular e gratuita nas escolas públicas de educação básica. • Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE: Presta assistência financeira às escolas, em caráter suplementar, contribuindo para a manutenção e melhoria da infraestrutura física e pedagógica, visa também fortalecer a participação social e a autogestão escolar. • Salário Educação: Contribuição social destinada ao financiamento de programas para a educação básica pública. Seus recursos são repartidos em cotas, entre a União, os estados, o Distrito Federal e os Municípios. 14 POLÍTICAS PÚBLICAS DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO • Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB: Permite que as escolas e as redes municipais e estaduais de ensino avaliem a qualidade da educação oferecida aos estudantes, indicando a qualidade da educação brasileiro e oferecendo subsídios para elaboração de políticas públicas com base em evidências. • Avaliação Nacional da Alfabetização – ANA: Mede os níveis de alfabetização e letramento em língua portuguesa, a alfabetização em matemática e as condições do ensino dessas disciplinas nas instituições da rede pública de ensino. • Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB: Indicador nacional de monitoramento da qualidade da educação, calculado a partir da taxa de rendimento escolar e as médias de desempenho dos exames aplicados no Inep. • Prova Brasil: Avalia a qualidade da educação através de testes padronizados e questionário socioeconômico aplicados nos 5º e 9º anos do ensino fundamental. • Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM: Avalia o desempenho dos estudantes ao término da educação básica e é também, mecanismo de acesso à educação superior no Brasil. • Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes - ENADE: Avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação de acordo com os conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares. Participação da população nas decisões. Toda e qualquer ação de responsabilidade do estado que visa o bem-estar social. Públicas PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO: Escola acessível; Caminho da escola; Benefício de prestação continuada; Educação à distância; Educação em prisões. QUALIDADE DA EDUCAÇÃO: Mais alfabetização; PNAIC; Brasil alfabetizado; ProBNCC; Educação conectada; Mais educação; EJA e Ed. profissional 15 Políticas Criadas pensando no legislaçãoeducativa vigente e desenvolvimento pleno da educação. FINANCIAMENTO: FNDE; FUNDEB; PNLD; PDDE; Salário Educação. AVALIAÇÃO: SAEB; ANA; IDEB; ENEM; ENADE. Favorecimento da criação e manutenção de instituições de ensino. 16 Este artigo apresenta a educação como um direito subjetivo e dever do Estado, sendo a educação entendida a partir do texto constitucional como um direito social, que concede à população o acesso à esta sendo um serviço público obrigatório. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 A Constituição Federal de 1988, também conhecida como Constituição Cidadã ou Carta Magna, é a política instituinte que rege o sistema jurídico brasileiro, considerada um dos marcos mais importantes na garantia de direitos fundamentais dos cidadãos, é através deste documento legal que são definidos direitos, deveres e o papel dos poderes públicos e população. É também através da Constituição Federal que são determinadas uma série de diretrizes para a área da educação, tornando dever do Estado o oferecimento de educação de qualidade a todos os cidadãos. Confira abaixo os principais artigos da CF que trazem explicitações para a educação. Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 17 I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII - garantia de padrão de qualidade. VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) IX - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 18 O art. 206 apresenta 9 princípios que norteiam a educação nacional: 1º Todos devem ter o direito de entrar e permanecer na escola; 2º A ações executadas em ambiente escolar devem ser dotadas de liberdade; 3º O ensino pode ocorrer em ambientes públicos e privados e deve ser permeado pela diversidade de ideias e formas de ensino; 4º O ensino nas redes públicas deve ser gratuito; 5º Os profissionais da educação pública devem ingressar através de concurso público e ter direito a plano de carreira; 6º Gestão democrática é lei; 7º Garantia de qualidade é lei; 8º Os profissionais da educação tem direito a piso salarial por lei; 9º garantia de educação ao longo da vida do cidadão brasileiro. Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático- científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. § 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996) § 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996) 19 Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) (Vide Emenda Constitucional nº 59, de 2009) II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; O Art. 207 dispõe sobre a autonomia universitária, definindo características importantes da autonomia didático-científica, de administração financeira e patrimonial. O artigo também lança base do conhecido tripé universitário: ensino, pesquisa e extensão, princípios necessários ao título de instituição como universidade. Esta prerrogativa aplica-se também à instituições de pesquisa científica e tecnológica. 20 VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. § 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. § 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola. Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: I - cumprimento das normas gerais da educação nacional; II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. § 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. § 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a 21 utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. § 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) § 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) § 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. (Incluído pela EmendaConstitucional nº 14, de 1996) § 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de forma a assegurar a universalização, a qualidade e a equidade do ensino obrigatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) § 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 22 § 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão ação redistributiva em relação a suas escolas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) § 7º O padrão mínimo de qualidade de que trata o § 1º deste artigo considerará as condições adequadas de oferta e terá como referência o Custo Aluno Qualidade (CAQ), pactuados em regime de colaboração na forma disposta em lei complementar, conforme o parágrafo único do art. 23 desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. § 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. § 2º Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213. § 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do plano nacional de educação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) 23 § 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários. § 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) (Vide Decreto nº 6.003, de 2006) § 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de ensino. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) § 7º É vedado o uso dos recursos referidos no caput e nos §§ 5º e 6º deste artigo para pagamento de aposentadorias e de pensões. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) § 8º Na hipótese de extinção ou de substituição de impostos, serão redefinidos os percentuais referidos no caput deste artigo e no inciso II do caput do art. 212-A, de modo que resultem recursos vinculados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino, bem como os recursos subvinculados aos fundos de que trata o art. 212- A desta Constituição, em aplicações equivalentes às anteriormente praticadas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) § 9º A lei disporá sobre normas de fiscalização, de avaliação e de controle das despesas com educação nas esferas estadual, 24 distrital e municipal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) Art. 212-A. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 desta Constituição à manutenção e ao desenvolvimento do ensino na educação básica e à remuneração condigna de seus profissionais, respeitadas as seguintes disposições: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) Regulamento I - a distribuição dos recursos e de responsabilidades entre o Distrito Federal, os Estados e seus Municípios é assegurada mediante a instituição, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), de natureza contábil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) II - os fundos referidos no inciso I do caput deste artigo serão constituídos por 20% (vinte por cento) dos recursos a que se referem os incisos I, II e III do caput do art. 155, o inciso II do caput do art. 157, os incisos II, III e IV do caput do art. 158 e as alíneas "a" e "b" do inciso I e o inciso II do caput do art. 159 desta Constituição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) III - os recursos referidos no inciso II do caput deste artigo serão distribuídos entre cada Estado e seus Municípios, proporcionalmente ao número de alunos das diversas etapas e modalidades da educação básica presencial matriculados nas respectivas redes, nos âmbitos de atuação prioritária, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º 25 do art. 211 desta Constituição, observadas as ponderações referidas na alínea "a" do inciso X do caput e no § 2º deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) IV - a União complementará os recursos dos fundos a que se refere o inciso II do caput deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) V - a complementação da União será equivalente a, no mínimo, 23% (vinte e três por cento) do total de recursos a que se refere o inciso II do caput deste artigo, distribuída da seguinte forma: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) a) 10 (dez) pontos percentuais no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, sempre que o valor anual por aluno (VAAF), nos termos do inciso III do caput deste artigo, não alcançar o mínimo definido nacionalmente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) b) no mínimo, 10,5 (dez inteiros e cinco décimos) pontos percentuais em cada rede pública de ensino municipal, estadual ou distrital, sempre que o valor anual total por aluno (VAAT), referido no inciso VI do caput deste artigo, não alcançar o mínimo definido nacionalmente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) c) 2,5 (dois inteiros e cinco décimos) pontos percentuais nas redes públicas que, cumpridas condicionalidades de melhoria de gestão previstas em lei, alcançarem evolução de indicadores a serem definidos, de atendimento e melhoria da aprendizagem com redução das desigualdades, nos termos do sistema nacional de avaliação da http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc108.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc108.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc108.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc108.htm#art1 26 educação básica; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) VI - o VAAT será calculado, na forma da lei de que trata o inciso X do caput deste artigo, com base nos recursos a que se refere o inciso II do caput deste artigo, acrescidos de outras receitas e de transferências vinculadas à educação, observado o disposto no § 1º e consideradas as matrículas nos termos do inciso III do caput deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) VII - os recursos de que tratam os incisos II e IV do caput deste artigo serão aplicados pelos Estados e pelos Municípios exclusivamente nos respectivos âmbitos de atuação prioritária, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 desta Constituição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) VIII - a vinculação de recursosà manutenção e ao desenvolvimento do ensino estabelecida no art. 212 desta Constituição suportará, no máximo, 30% (trinta por cento) da complementação da União, considerados para os fins deste inciso os valores previstos no inciso V do caput deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) IX - o disposto no caput do art. 160 desta Constituição aplica-se aos recursos referidos nos incisos II e IV do caput deste artigo, e seu descumprimento pela autoridade competente importará em crime de responsabilidade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) X - a lei disporá, observadas as garantias estabelecidas nos incisos I, II, III e IV do caput e no § 1º do art. 208 e as metas 27 pertinentes do plano nacional de educação, nos termos previstos no art. 214 desta Constituição, sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) a) a organização dos fundos referidos no inciso I do caput deste artigo e a distribuição proporcional de seus recursos, as diferenças e as ponderações quanto ao valor anual por aluno entre etapas, modalidades, duração da jornada e tipos de estabelecimento de ensino, observados as respectivas especificidades e os insumos necessários para a garantia de sua qualidade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) b) a forma de cálculo do VAAF decorrente do inciso III do caput deste artigo e do VAAT referido no inciso VI do caput deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) c) a forma de cálculo para distribuição prevista na alínea "c" do inciso V do caput deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) d) a transparência, o monitoramento, a fiscalização e o controle interno, externo e social dos fundos referidos no inciso I do caput deste artigo, assegurada a criação, a autonomia, a manutenção e a consolidação de conselhos de acompanhamento e controle social, admitida sua integração aos conselhos de educação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) e) o conteúdo e a periodicidade da avaliação, por parte do órgão responsável, dos efeitos redistributivos, da melhoria dos indicadores educacionais e da ampliação do atendimento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 28 XI - proporção não inferior a 70% (setenta por cento) de cada fundo referido no inciso I do caput deste artigo, excluídos os recursos de que trata a alínea "c" do inciso V do caput deste artigo, será destinada ao pagamento dos profissionais da educação básica em efetivo exercício, observado, em relação aos recursos previstos na alínea "b" do inciso V do caput deste artigo, o percentual mínimo de 15% (quinze por cento) para despesas de capital; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) XII - lei específica disporá sobre o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério da educação básica pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) XIII - a utilização dos recursos a que se refere o § 5º do art. 212 desta Constituição para a complementação da União ao Fundeb, referida no inciso V do caput deste artigo, é vedada. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) § 1º O cálculo do VAAT, referido no inciso VI do caput deste artigo, deverá considerar, além dos recursos previstos no inciso II do caput deste artigo, pelo menos, as seguintes disponibilidades: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) I - receitas de Estados, do Distrito Federal e de Municípios vinculadas à manutenção e ao desenvolvimento do ensino não integrantes dos fundos referidos no inciso I do caput deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 29 II - cotas estaduais e municipais da arrecadação do salário- educação de que trata o § 6º do art. 212 desta Constituição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) III - complementação da União transferida a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios nos termos da alínea "a" do inciso V do caput deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) § 2º Além das ponderações previstas na alínea "a" do inciso X do caput deste artigo, a lei definirá outras relativas ao nível socioeconômico dos educandos e aos indicadores de disponibilidade de recursos vinculados à educação e de potencial de arrecadação tributária de cada ente federado, bem como seus prazos de implementação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) § 3º Será destinada à educação infantil a proporção de 50% (cinquenta por cento) dos recursos globais a que se refere a alínea "b" do inciso V do caput deste artigo, nos termos da lei." (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação; 30 II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades. § 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade. § 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizadas por universidades e/ou por instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber apoio financeiro do Poder Público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; 31 III - melhoria da qualidade do ensino; IV - formação para o trabalho; V - promoção humanística, científica e tecnológica do País. VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) Art. 205 A educação é: -Direito de todos; - Dever do Estado; - Dever da família; - De responsabilidade social. Art. 206 Princípios da educação: - Igualdade de acesso e permanência; - Liberdade; - Pluralismo; - Gratuidade; - Valorização profissional; - Gestão democrática; - Padrão de qualidade; - Piso salarial; - Ed. ao longo da vida Art. 209 À iniciativa privada: - Cumprimento de normas; - Autorização e avaliação do Poder Público Constituição Federal (Art. 205 a 209) Art. 207 Às universidade e instituições de pesquisa: - Ensino, pesquisa e extensão; - Autonomia didático- científica e administrativa. 32 Art. 208 O Estado deve garantir: - Ed. básica gratuita dos 04 aos 17 anos; - Progressão do E.M; - Atendimento especializado a alunos PCD; - Ed. infantil até 05 anos; - Acesso ao ensino elevado; - Ensino noturno regular; - material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistênciaà saúde. Art. 210 Conteúdos mínimos para o Ensino Fundamental: - Ensino religioso facultativo; - Utilização de língua materna e processo próprios de aprendizagem por estudantes indígenas; Art. 211 - Regime de colaboração entre entes federadosl: - União: Organiza o sistema federal de ensino, financia instituições públicas federais, assistência técnica e financeira; - Municípios: atuam no E.F e Ed. infantil; - Estados e DF: atuam no E.F e E.M. Art. 214 - Estabelecimento do PNE; - Condução à erradicação do analfabetismo, universalização escolar, melhoria da qualidade, formação profissional, formação humanística e tecnológica ; - Meta de aplicação de recursos proporcional ao PIB. Constituição 33 Art. 213 Federal (Art.210 a 214) Art. 212 - Percentual de aplicação de cada ente federado: União: nunca – de 18%; DF, Estados e Municípios destinam 25% no mínimo; - Salário-educação como fonte adicional de financiamento; - Normas de fiscalização, avaliação e controle de despesas nas esferas estadual, distrital e municipal. - Recursos públicos destinados a escolas públicas, confessionais e filantrópicas; - Bolsas de estudo para E.F e E.M; - Apoio financeiro a pesquisa, extensão e inovação científica; 34 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO 9.394/96 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), também conhecida como Lei Darcy Ribeiro, é a legislação que regulamenta o sistema de educação do Brasil, tanto no setor público como privado, se tornando a principal referência no que se refere a legislação educacional no país. Conforme vimos no capítulo anterior, a Constituição Federal estabelece certas diretrizes para a educação que são ampliadas e detalhadas na LDB, sendo citada pela primeira vez em texto constitucional na CF de 1934, mas foi criada de fato em 1961, tendo duas promulgações em 1971 e 1996, que é a LDB como conhecemos atualmente, salvo as atualizações que vem acontecendo ao longo dos anos e são devidamente sinalizadas na lei. A LDB tem como objetivo estabelecer os princípios da educação e as atribuições do Estado enquanto agente principal na oferta de educação pública, definindo assim as quais responsabilidades decairão sobre cada ente federado, sendo estes a União, o Distrito Federal e os Municípios. E é essa lei que estabelece a obrigatoriedade de uma gestão democrática nas redes de ensino públicas, pensando uma evolução da autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira das escolas, a LDB prevê também em consonância com a Constituição Federal a criação do Plano Nacional de Educação. - Divisão da educação brasileira na LDB De acordo com a LDB, a divisão da educação brasileira é feita em dois níveis: educação básica, e ensino superior. 35 A educação básica é composta por educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Cada uma dessas etapas possui formas de organização e financiamento próprios, a educação infantil pode ser oferecida de forma gratuita ou não, ela inclui as creches e pré- escolas, que recebem crianças de 0 a 5 anos de idade. O ensino fundamental é etapa obrigatória, podendo ser gratuita ou não, este é composto pelos anos iniciais, de 1º a 5º anos e anos finais, de 6º a 9º ano. Falando da parte financeira, a LDB estabelece que os municípios se responsabilizem pelo ensino fundamental. O ensino médio, financiado pelo Estado, corresponde ao antigo 2º grau e é a última etapa da educação básica, podendo ser articulado com a educação técnica profissional, somente para aqueles que já tiverem concluído do ensino fundamental, essa articulação é planejada afim de conduzir o aluno de ensino médio à habilitação profissional técnica de nível média, realizada na mesma instituição de ensino e a certificação é condicionado à conclusão total do curso. Já o ensino superior é de competência da União, podendo também ser ofertado pelo Estado e Município, desde que esses atendam aos níveis pelos quais são responsáveis. Os cursos superiores podem ser de Tecnologia, Bacharelado e Licenciatura. - Cursos superiores de Tecnologia: São cursos de graduação mais curtos com foco em uma área específica de conhecimento, com vistas aos arranjos produtivos do mercado de trabalho; - Cursos superiores de Bacharelado: Cursos de graduação que habilitam o profissional a atuar na atividade acadêmica ou 36 profissional, dentro de uma determinada área de conhecimento, mas não habilitam para o magistério; - Cursos de Licenciatura: Cursos de graduação que habilitam o profissional a atuar no magistério da Educação básica e em diversas áreas do conhecimento. Sobre as modalidades previstas na LDB, estão classificadas em 8, incluindo uma nova modalidade dada por atualização no anos de 2021, são elas: • Educação de Jovens e Adultos (EJA): Anteriormente conhecida como supletivo, a EJA atualmente tem uma concepção de inclusão social e oferta de escolarização para aqueles que por algum motivo não tiveram oportunidade de oferta idade certa. (Art. 37 e 38); • Educação Especial: Esta modalidade é oferecida na rede regular de ensino para estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, sendo oferecido Atendimento Educacional Especializado (AEE), complementar à escolarização. (Art. 58, 59 e 60); • Educação Profissional e Tecnológica: Anteriormente citada, essa modalidade integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e ocorre na oferta de cursos de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional na educação técnica profissional ou nível médio; • Educação Básica do Campo: A educação do campo prevê adequações necessárias às especificidades da vida no campo considerando cada região, assim, define-se orientações de três aspectos principais de organização pedagógica para essa 37 modalidade: conteúdos curriculares e metodologias apropriadas, organização escolar própria e adequação à natureza do trabalho rural. • Educação Escolar Indígena: Essa modalidade é implementada em unidades educacionais inscritas em terras indígenas e requer pedagogia própria que respeite valorize as especificidades étnico-culturais da comunidades, além de formação específica do quadro docente de acordo com os princípios legislativos da educação; • Educação Escolar Quilombola: A modalidade é implementada em unidades educacionais inscritas em terras quilombolas, e requer pedagogia e formação específica do quadro docente de igual modo à modalidade anterior; • Educação a Distância: Nessa modalidade, docente estudante estão separados física e/ou temporalmente, por isso faz-se necessário o uso de tecnologias para sua realização. É regulamentada por legislação específica e pode ser implantada tanto na educação básica como na educação superior; • Educação Bilíngue de surdos: Modalidade prevista na atualização recente da LDB, esta instaura a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua e o português escrito como segunda língua, beneficiando estudantes surdos, surdocegos, com deficiências auditivas sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotação ou com outras deficiências associadas que tenham optado pela modalidade bilíngue. - Organização da LDB 38 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional possui noventa e dois artigos dispostos da seguinte forma: • Título I - Da educação (Artigo 1º) • Título II - Dos Princípios e Fins da Educação Nacional (Artigos 2º e 3º) • Título III - Do Direito à Educação e do Dever de Educar (Artigos 4º ao 7º-A) • Título IV - Da Organização da Educação Nacional (Artigos 8º ao 20) • Título V - Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino (Artigos 21 ao 60) • Capítulo I - Da Composição dosNíveis Escolares • Capítulo II - Da Educação Básica • Seção I - Das Disposições Gerais • Seção II - Da Educação Infantil • Seção III - Do Ensino Fundamental • Seção IV - Do Ensino Médio • Seção V - Da Educação de Jovens e Adultos • Capítulo III - Da Educação Profissional • Capítulo IV - Da Educação Superior • Capítulo V - Da Educação Especial • Título VI - Dos Profissionais da Educação (Artigos 61 ao 67) • Título VII - Dos Recursos Financeiros (Artigos 68 ao 77) • Título VIII - Das Disposições Gerais (Artigos 78 ao 86) • Título IX - Das Disposições Transitórias (Artigos 87 ao 92) Abaixo estão listados os artigos da LDB mais cobrados em concursos da área de pedagogia (Educação Infantil e Ensino 39 Fundamental) e que são de extrema importância para determinação dos assuntos citados acima, além da leitura, conhecimento e revisão da legislação. Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX - garantia de padrão de qualidade; 40 X - valorização da experiência extra-escolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018) XIV - respeito à diversidade humana, linguística, cultural e identitária das pessoas surdas, surdo-cegas e com deficiência auditiva. (Incluído pela Lei nº 14.191, de 2021) Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, 41 etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade própria; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola; VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino- aprendizagem. X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade. (Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008). 42 Art. 4º-A. É assegurado atendimento educacional, durante o período de internação, ao aluno da educação básica internado para tratamento de saúde em regime hospitalar ou domiciliar por tempo prolongado, conforme dispuser o Poder Público em regulamento, na esfera de sua competência federativa. (Incluído pela Lei nº 13.716, de 2018). Art. 5º O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) § 1º O poder público, na esfera de sua competência federativa, deverá: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem como os jovens e adultos que não concluíram a educação básica; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) II - fazer-lhes a chamada pública; III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola. § 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos termos deste artigo, contemplando em seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais e legais. 43 § 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da Constituição Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial correspondente. § 4º Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de responsabilidade. § 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino, independentemente da escolarização anterior. Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino. § 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais. § 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos desta Lei. Art. 9º A União incumbir-se-á de: (Regulamento) 44 I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do sistema federal de ensino e o dos Territórios; III - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva; IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, quenortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum; IV-A - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, diretrizes e procedimentos para identificação, cadastramento e atendimento, na educação básica e na educação superior, de alunos com altas habilidades ou superdotação; (Incluído pela Lei nº 13.234, de 2015) V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação; VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino; VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós- graduação; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm#art9iva 45 VIII - assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação superior, com a cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este nível de ensino; IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino. (Vide Lei nº 10.870, de 2004) § 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação, com funções normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei. § 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá acesso a todos os dados e informações necessários de todos os estabelecimentos e órgãos educacionais. § 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser delegadas aos Estados e ao Distrito Federal, desde que mantenham instituições de educação superior. Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de: I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino; II - definir, com os Municípios, formas de colaboração na oferta do ensino fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público; 46 III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas ações e as dos seus Municípios; IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino; V - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.061, de 2009) VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. (Incluído pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003) Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as competências referentes aos Estados e aos Municípios. Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de: I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados; II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas; III - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino; 47 V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino. VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. (Incluído pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003) Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica. Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; 48 VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola; (Redação dada pela Lei nº 12.013, de 2009) VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de 30% (trinta por cento) do percentual permitido em lei; (Redação dada pela Lei nº 13.803, de 2019) IX - promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de violência, especialmente a intimidação sistemática (bullying), no âmbito das escolas; (Incluído pela Lei nº 13.663, de 2018) X - estabelecer ações destinadas a promover a cultura de paz nas escolas. (Incluído pela Lei nº 13.663, de 2018) XI - promover ambiente escolar seguro, adotando estratégias de prevenção e enfrentamento ao uso ou dependência de drogas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; III - zelar pela aprendizagem dos alunos; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13840.htm#art17 49 IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público. Art.16. O sistema federal de ensino compreende: (Regulamento) I - as instituições de ensino mantidas pela União; II - as instituições de educação superior mantidas pela iniciativa privada; (Redação dada pela Lei nº 13.868, de 2019) III - os órgãos federais de educação. 50 Art. 17. Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal compreendem: I - as instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo Poder Público estadual e pelo Distrito Federal; II - as instituições de educação superior mantidas pelo Poder Público municipal; III - as instituições de ensino fundamental e médio criadas e mantidas pela iniciativa privada; IV - os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal, respectivamente. Parágrafo único.No Distrito Federal, as instituições de educação infantil, criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino. Art. 18. Os sistemas municipais de ensino compreendem: I - as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil mantidas pelo Poder Público municipal; II - as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada; III – os órgãos municipais de educação. Art. 19. As instituições de ensino dos diferentes níveis classificam-se nas seguintes categorias administrativas: (Regulamento) (Regulamento) 51 I - públicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder Público; II - privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. III - comunitárias, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº 13.868, de 2019) § 1º As instituições de ensino a que se referem os incisos II e III do caput deste artigo podem qualificar-se como confessionais, atendidas a orientação confessional e a ideologia específicas. (Incluído pela Lei nº 13.868, de 2019) § 2º As instituições de ensino a que se referem os incisos II e III do caput deste artigo podem ser certificadas como filantrópicas, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº 13.868, de 2019) Art. 21. A educação escolar compõe-se de: I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; II - educação superior. Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13868.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13868.htm#art3 52 de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. § 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais. § 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei. Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o ensino fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver; (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita: a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola; b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm#art1 53 c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino; III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada a sequência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino; IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares; V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; 54 e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos; VI - o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação; VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos escolares, declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de cursos, com as especificações cabíveis. § 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do caput deverá ser ampliada de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas horas, devendo os sistemas de ensino oferecer, no prazo máximo de cinco anos, pelo menos mil horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de 2017. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) § 2o Os sistemas de ensino disporão sobre a oferta de educação de jovens e adultos e de ensino noturno regular, adequado às condições do educando, conforme o inciso VI do art. 4o. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades responsáveis alcançar relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga horária e as condições materiais do estabelecimento. 55 Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condições disponíveis e das características regionais e locais, estabelecer parâmetro para atendimento do disposto neste artigo. Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) § 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil. § 2o O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório da educação básica. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) § 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: (Redação dada pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) II – maior de trinta anos de idade; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm#art2 56 III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da educação física; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 1969; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) V – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) VI – que tenha prole. (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) § 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia. § 5º No currículo do ensino fundamental, a partir do sexto ano, será ofertada a língua inglesa. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) § 6º As artes visuais, a dança, a música e o teatro são as linguagens que constituirão o componente curricular de que trata o § 2o deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.278, de 2016) § 7º A integralização curricular poderá incluir, a critério dos sistemas de ensino, projetos e pesquisas envolvendo os temas transversais de que trata o caput. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) § 8º A exibição de filmes de produção nacional constituirá componente curricular complementar integrado à proposta pedagógica da escola, sendo a sua exibição obrigatória por, no http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm#art2 57 mínimo, 2 (duas) horas mensais. (Incluído pela Lei nº 13.006, de 2014) § 9º Conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de todas as formas de violência contra a criança, o adolescente e a mulher serão incluídos, como temas transversais, nos currículos de que trata o caput deste artigo, observadas as diretrizes da legislação correspondente e a produção e distribuição de material didático adequado a cada nível de ensino. (Redação dada pela Lei nº 14.164, de 2021) § 9º-A. A educação alimentar e nutricional será incluída entre os temas transversais de que trata o caput. (Incluído pela Lei nº 13.666, de 2018) § 10. A inclusão de novos componentes curriculares de caráter obrigatório na Base Nacional Comum Curricular dependerá de aprovação do Conselho Nacional de Educação e de homologação pelo Ministro de Estado da Educação. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008). § 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm#art2 58 indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008). § 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008). Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes: I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento; III - orientação para o trabalho; IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais. Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente: 59 I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural; II - organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas; III - adequação à natureza do trabalho na zona rural. Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombolas será precedido de manifestação do órgão normativo do respectivo sistema de ensino, que considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da comunidade escolar. (Incluído pela Lei nº 12.960, de 2014) Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) Art. 30. A educação infantil será oferecida em: I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 60 Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) IV - controle de frequência pela instituição de educação pré- escolar, exigida a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) V - expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006) I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; 61 II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. § 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos. § 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem adotar no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino- aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino. § 3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidadesindígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. § 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais. § 5º O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei no 8.069, de 13 de julho de 62 1990, que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente, observada a produção e distribuição de material didático adequado. (Incluído pela Lei nº 11.525, de 2007). § 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será incluído como tema transversal nos currículos do ensino fundamental. (Incluído pela Lei nº 12.472, de 2011). Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade própria e constituirá instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo da vida. (Redação dada pela Lei nº 13.632, de 2018) § 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. § 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. § 3º A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12472.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12472.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13632.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13632.htm#art1 63 § 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos; II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos. § 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames. Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) § 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. § 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. § 3º A oferta de educação especial, nos termos do caput deste artigo, tem início na educação infantil e estende-se ao longo da vida, observados o inciso III do art. 4º e o parágrafo único do art. 60 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.632, de 2018) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13632.htm#art1 64 Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público. Parágrafo único. O poder público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na própria rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) Art. 60-A. Entende-se por educação bilíngue de surdos, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida em Língua Brasileira de Sinais (Libras), como primeira língua, e em português escrito, como segunda língua, em escolas bilíngues de surdos, classes bilíngues de surdos, escolas comuns ou em polos de educação bilíngue de surdos, para educandos surdos, surdo-cegos, com deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotação ou com outras deficiências associadas, optantes pela modalidade de educação bilíngue de surdos. (Incluído pela Lei nº 14.191, de 2021) § 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio educacional especializado, como o atendimento educacional especializado bilíngue, para atender às especificidades linguísticas dos estudantes surdos. (Incluído pela Lei nº 14.191, de 2021) 65 § 2º A oferta de educação bilíngue de surdos terá início ao zero ano, na educação infantil, e se estenderá ao longo da vida. (Incluído pela Lei nº 14.191, de 2021) § 3º O disposto no caput deste artigo será efetivado sem prejuízo das prerrogativas de matrícula em escolas e classes regulares, de acordo com o que decidir o estudante ou, no que couber, seus pais ou responsáveis, e das garantias previstas na Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), que incluem, para os surdos oralizados, o acesso a tecnologias assistivas. (Incluído pela Lei nº 14.191, de 2021) Art. 60-B. Além do disposto no art. 59 desta Lei, os sistemas de ensino assegurarão aos educandos surdos, surdo-cegos, com deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotação ou com outras deficiências associadas materiais didáticos e professores bilíngues com formação e especialização adequadas, em nível superior. (Incluído pela Lei nº 14.191, de 2021) Parágrafo único. Nos processos de contratação e de avaliação periódica dos professores a que se refere o caput deste artigo serão ouvidas as entidades representativas das pessoas surdas. (Incluído pela Lei nº 14.191, de 2021) Níveis da educação: - Educação Básica; - Educação Superior. Etapas da Ed. Básica: - Educação infantil; - Ensino fundamental; - Ensino médio Fases: Objetivo: estabelecer os princípios da educação e as atribuições do Estado enquanto agente principal na oferta de educação pública. LDB 9394/96 66 Políticas públicas em grau de autonomia: - Pedagógica; - Administrativa; - Gestão financeira. Modalidades: 1- EJA; 2- Ed. especial; 3- Ed. profissional e tecnológica; 4- Ed. do campo; - Educação infantil: creche e pré-escola - Ensino fundamental: anos iniciais e anos finais. 5- Ed. escolar indígena; 6- Ed. escolar quilombola; 7- Ed. a distância; 8- Ed. bilíngue de surdos. 67 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO O Plano Nacional de Educação (PNE) é uma lei brasileira sancionada em 26 de junho de 2014, que estabelece diretrizes e metas para o desenvolvimento nacional, estadual e municipal da educação. O PNE vincula medidas aos entes federados, os encarregando da tomada de iniciativas a fim do cumprimento das metas estabelecidas. Instituído pela Lei nº 13.005/2014, o PNE atualmente definiu 10 diretrizes e 20 metas a serem cumpridas, que servem para guiar a educação brasileira no decênio 2014/2024. Essa lei também reitera o princípio de cooperação federativa da política educacional, presente na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e estabelece que “a União,os Estados, o Distrito Federal e os Municípios atuarão em regime de colaboração, visando ao alcance das metas e à implementação das estratégias objeto deste Plano” e “caberá aos gestores federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal a adoção das medidas governamentais necessárias ao alcance das metas previstas deste PNE.” Para que esse regime de colaboração seja efetivado no que se refere ao acompanhamento das metas, a Lei prevê a criação da Instância Permanente de Negociação e Cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (§ 5º do Art. 7º da Lei 13.005/2014), instituída pela Portaria MEC nº 1.716 de 03 de outubro de 2019, essa instância objetiva contribuir para a implementação das diretrizes e cumprimento das metas definida no PNE e apoiar os 68 mecanismos articuladores entre os sistemas de ensino, através do desenvolvimento de ações conjuntas. Dada pela Portaria MEC nº 2010 de 20 de novembro de 2019, a Instância permanente contempla as os entes federados de forma paritária considerando também a representatividade regional. Mais especificamente, a execução e monitoramento contínuo deste plano devem ser realizados pelo Ministério da Educação (MEC); Comissão de educação da câmara dos deputados e Comissão de educação, cultural, esporte do Senado Federal; Conselho Nacional de Educação (CNE); Fórum Nacional de educação. Além da execução e monitoramento, compete também as essas instâncias a divulgação dos resultados na internet, a análise e proposição de políticas públicas para assegurar a implementação das estratégias e cumprimento das metas, a análises e proposição de revisão do percentual de investimento público em educação. Diretrizes do PNE 1 – Erradicação do analfabetismo; 2 – Universalização do atendimento escolar; 3 – Superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da justiça social, da equidade e da não discriminação; 4 – Melhoria da qualidade da educação; 69 5 – Formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; 6 – Promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; 7 – Promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do país; 8 – Estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; 9 – Valorização dos profissionais da educação; 10 – Promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental Metas do PNE Meta 1 – Educação Infantil: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE 70 Meta 2 – Ensino Fundamental: Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE. Meta 3 – Ensino Médio: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento). Meta 4 – Educação Inclusiva: Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados. Meta 5 – Alfabetização: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3o (terceiro) ano do ensino fundamental. Meta 6 – Educação em tempo Integral: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos(as) alunos(as) da educação básica. Meta 7 – Qualidade: Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias nacionais 71 para o Ideb: 6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental; 5,2 no ensino médio. Meta 8 – Escolaridade média: Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Meta 9 – Alfabetização de jovens e adultos: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional. Meta 10 – Educação de Jovens e Adultos: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional. Meta 11 – Ensino Técnico: Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público. Meta 12 – Educação Superior: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida 72 para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público. Meta 13 – Docência da Educação Superior: Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores Meta 14 – Pós-graduação: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores. Meta 15 – Formação de profissionais da educação: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. Meta 16 – Formação continuada: Formar, em nível de pós- graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação básica formação continuada em 73 sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino. Meta 17 – Valorização docente:Valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE. Meta 18 – Plano de carreira: Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de carreira para os(as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos(as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal. Meta 19 – Gestão democrática: Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto. Meta 20 – Financiamento: Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto (PIB) do País no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio. 10 Diretrizes - Erradicar Analfabetismo; - Universalização; - Justiça social; - Melhoria da qualidade; - Trabalho e cidadania; - Gestão democrática; - Ciência, cultura e tecnologia; - Meta de recursos públicos; - Profissionais da educação; - Promoção do respeito. 8- Escolaridade média - Mínimo 12 anos de estudo (18-29 anos); - População campo (25% negros/não negros). Estabelece diretrizes e metas para o desenvolvimento nacional, estadual e municipal da educação. PNE (Metas de 1 a 8) 74 1- Ed. Infantil - Universalizar 4-5 anos (2016); - 50% 3 anos 2- Ens. Fundamental - Universalizar 6-14 anos; - 95%concluinte na idade certa. 3- Ens. Médio - Universalizar 15-17 anos (2016); - Elevar taxa líquida 95%. 7- Qualidade Ed. Básica - Aumentar todas as etapas/modalidades; - IDEB (anos i: 60; anos f: 5,5, EM: 5,2). 6- Ed. Integral - Tempo integral (50% escolas públicas); - Ed. básica (25%). 5- Alfabetização - Alfabetizar até o fim do 3º ano (todos). 4- Ed. Especial - Universalizar 4-17 anos (TGD); - Inclusão (altas hab., superdotação). 20- PIB - Ampliar investiment o mínimo (7%); - 10% no fim do decênio. 9- Jovens e adultos - Elevar taxa de alfabetização; - 15 anos ou + em 2015 (93,5%). 10- EJA - Oferta mínima de matrícula (25%); - EF/ Médio + ed. profissional. PNE 11- Ens. Técnico - Oferta mínima de matrícula (50%); - Triplicar matrículas. 75 12- Ed. Superior - Elevação bruta(50%); - Líquida (33%); - de 18 a 24 anos; - 40% seg. público. 13- Docência Ed. Superior - Elevação nº de mestres 19- Valorização docente - Valorizar profissionais com escolaridade equivalente (até 6º ano do pne). 18- Plano de carreira - Assegurar 2 anos. (Metas de 9 a 20) e doutores (75%); - 35% doutores. 14- Pós-graduação - Elevação de matrículas anualmente; - 60 mil mestres; - 25 mil doutores. 17- Valorização docente - Valorizar profissionais com escolaridade equivalente (até 6º ano do pne). 16- Formação continuada - Formar professores da ed. Básica até o último ano do PNE (50%). 15- Formação docente - Política nacional em favor da formação de todos os professores em nível superior. 76 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é um documento oficial composto por leis específicas que tem como objetivo principal assegurar os direitos e deveres de crianças e adolescentes que residem no Brasil. Esta lei foi criada por meio das lutas de movimentos sociais anteriores que já defendiam os direitos de crianças e adolescentes, que reivindicaram a criação dessa lei específica em detrimento da legislação que existia anteriormente, o “Código de Menores”, que tratava da punição de crianças e adolescentes considerados infratores. Com a instituição do ECA, o termo “menor” foi banido em qualquer circunstância e este tornou-se universal ao incluir todas as crianças e adolescentes em suas normas. Dessa forma, o estatuto passou a representar as crianças e adolescentes independente de origem, cor, crenças, religião, classe social, condição financeira e familiar. Criado em 1990, o ECA reconhece crianças e adolescentes como sujeitos de direitos e deveres e estabelece também que a família, o Estado e a sociedade sejam considerados responsáveis pela proteção desses sujeitos considerados ainda indefesos perante a lei e a sociedade, em seu período de desenvolvimento físico e mental e seus direito são tratados como prioridade absoluta. O ECA traz em um conjunto de leis próprias princípios aprovados na Convenção sobre os Direitos da Criança, documento que foi aprovado pelo Brasil em 1989 na ONU. Na época desse acontecimento, o documento foi considerado um conjunto de leis 77 progressistas e se tornou referência a outros países latino americanos. Por se tratar de uma legislação que está diretamente ligada a cidadãos alvo da educação básica, esta é muito valorizada e cobrada em concursos públicos da área da educação. Vejamos então os artigos presentes nessa lei que costumam ser mais cobrados em provas. Título I Das Disposições Preliminares Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou 78 outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Art. 6º Na interpretaçãodesta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. 79 Título II Dos Direitos Fundamentais Capítulo I Do Direito à Vida e à Saúde Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da equidade no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) § 1o A criança e o adolescente com deficiência serão atendidos, sem discriminação ou segregação, em suas necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e reabilitação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) § 2o Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente, àqueles que necessitarem, medicamentos, órteses, próteses e outras tecnologias assistivas relativas ao tratamento, habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de acordo com as linhas de cuidado voltadas às suas necessidades específicas. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) § 3o Os profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de crianças na primeira infância receberão formação específica e permanente para a detecção de sinais de risco para o 80 desenvolvimento psíquico, bem como para o acompanhamento que se fizer necessário. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais. (Redação dada pela Lei nº 13.010, de 2014) § 1o As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância e da Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) § 2o Os serviços de saúde em suas diferentes portas de entrada, os serviços de assistência social em seu componente especializado, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente deverão conferir máxima prioridade ao atendimento das crianças na faixa etária da primeira infância com suspeita ou confirmação de violência de qualquer natureza, formulando projeto terapêutico singular que inclua intervenção em rede e, se necessário, acompanhamento domiciliar. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos. 81 § 1o É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 13.257, de 2016) § 2o O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à saúde bucal das crianças e das gestantes, de forma transversal, integral e intersetorial com as demais linhas de cuidado direcionadas à mulher e à criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) § 3o A atenção odontológica à criança terá função educativa protetiva e será prestada, inicialmente, antes de o bebê nascer, por meio de aconselhamento pré-natal, e, posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de vida, com orientações sobre saúde bucal. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) § 4o A criança com necessidade de cuidados odontológicos especiais será atendida pelo Sistema Único de Saúde. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) § 5º É obrigatória a aplicação a todas as crianças, nos seus primeiros dezoito meses de vida, de protocolo ou outro instrumento construído com a finalidade de facilitar a detecção, em consulta pediátrica de acompanhamento da criança, de risco para o seu desenvolvimento psíquico. (Incluído pela Lei nº 13.438, de 2017) (Vigência) Capítulo II Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. 82 Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais; II - opinião e expressão; III - crença e culto religioso; IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação; VI - participar da vida política, na forma da lei; VII - buscar refúgio, auxílio e orientação. Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) 83 Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente que resulte em: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) a) sofrimento físico; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) b) b) lesão; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) a) humilhe; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) b) ameace gravemente; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) c) ridicularize. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) 84 II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) V - advertência. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Parágrafo único. As medidas previstasneste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Capítulo IV Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando- se-lhes: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - direito de ser respeitado por seus educadores; III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores; IV - direito de organização e participação em entidades estudantis; V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência. Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. 85 Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 13.306, de 2016) V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador; VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. § 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente. 86 § 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela frequência à escola. Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino. Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: I - maus-tratos envolvendo seus alunos; II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares; III - elevados níveis de repetência. Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas a calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório. Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura. Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude. 87 Capítulo V Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz. Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei. Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico- profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor. Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios: I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular; II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente; III - horário especial para o exercício das atividades. Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de aprendizagem. Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários. Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido. 88 Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado trabalho: I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte; II - perigoso, insalubre ou penoso; III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social; IV - realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola. Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob responsabilidade de entidade governamental ou não- governamental sem fins lucrativos, deverá assegurar ao adolescente que dele participe condições de capacitação para o exercício de atividade regular remunerada. § 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que as exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do educando prevalecem sobre o aspecto produtivo. § 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o caráter educativo. Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho, observados os seguintes aspectos, entre outros: I - respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento; II - capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho. Promoção de programas de assistência médica e odontológica pelo SUS (crianças, adolescentes e gestantes). Dever da família, comunidade e sociedade assegurar efetivação de direitos. Pessoas até 12 anos (crianças); Pessoas entre 12 e 18 anos 89 (adolescentes). Políticas sociais públicas para nascimento e desenvolvimento em condições dignas. Dever do poder público fornecer tecnologias assistivas. Proteção integral e direitos à criança e ao adolescente. ECA (Título I e capítulos 1 e 2) Casos ou suspeitas de maus tratos serão obrigatoriamente comunicados ao conselho tutelar. Direito à liberdade, respeito e dignidade (garantido na C.F) Formação específica de profissionais atuantes na 1ª infância Sujeitos à medidas e sanções cabíveis os executores de tais atos. Direito a ser educado sem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante. Condições de capacitação para exercício de atividade regular remunerada. Direito de acesso à escola pública e gratuita: - creche e pré-escola (0 a 5 anos); - ensino fundamental; - ensino médio; - AEE conforme necessidade. - Frequência obrigatória no ensino regular; - Atividade compatível; - Horário especial; - Bolsa de aprendiz (- 14 anos) - Direitos previdenciários (+ 14 anos) ECA (Capítulos 3 e 4) Dirigentes de estabelecimentos de ensino devem comunicar ao CT: - maus tratos ao alunos; - faltas injustificadas e evasão escolar; - elevados níveis de repetência Respeito aos valores culturais, artísticos e históricos da criança e do adolescente. Formação técnico-profissional que obedece às diretrizes e bases da legislação educacional vigente. Proibido trabalho a menores de 14 anos (salvo na condição de aprendiz) Destinação de recursos para esporte, cultura e lazer, por parte dos municípios com apoio dos estados e da União. 90 Pais ou responsáveis são obrigados a realizar a matrícula. 91 PARÂMETROSCURRICULARES NACIONAIS – PCN’s Os Parâmetros Curriculares Nacionais da educação, criados em 1997, constituem um referencial de qualidade para a educação no Ensino Fundamental no Brasil. A principal função deste documento é a de orientar e garantir a coerência dos investimentos no sistema educacional, através da socialização de discussões, pesquisas e recomendações. Trata-se de uma proposta flexível a ser concretizada a partir de decisões regionais e locais sobre o currículo e programas de transformação da realidade educacional empreendidas pelas autoridades governamentais, escolar e professores. Pode ser considerado por essa descrição como o ponto de partida para o trabalho docente e pedagógico, que irá nortear as atividades realizadas em ambiente educacional. O conjunto de proposições expressas neste documento correspondem à necessidade de referenciais para organização do sistema educacional do país, garantindo assim que, respeitadas as diversidades culturais, regionais, étnicas, religiosas, e políticas, a educação possa ter papel decisivo no processo de construção da cidadania, pensando o desenvolvimento e crescimento da cidadania, baseado nos princípios democráticos. Apesar de apresentar estrutura curricular completa como base, os PCN’s são considerados abertos e flexíveis, pois precisam de constantes adaptações para a construção do currículo de cada secretaria ou escola, assim como as práticas docentes também são fatores importantes para a elaboração do currículo pois estas se encarregam de conduzir os alunos à aprendizagem. 92 Os Parâmetros Curriculares Nacionais são conduzidos historicamente, ou seja, não são atemporais, por isso necessitam de revisões periódicas para que estejam sempre em consonância com a realidade social, esse processo de revisão e avaliação é realizado pelo Ministério da Educação (MEC). Os PCN’s surgem a partir da necessidade de uma proposta educacional com vistas à qualidade de formação que deve ser oferecida aos estudantes e que enfatize a importância da participação construtiva deste durante todo o processo, assim como a intervenção do professor para que a organização de conteúdo, desenvolvimento e aprendizagem se efetuem de maneira plena. Os Parâmetros Curriculares Nacionais se estruturam por ciclos, visando a compensação da pressão do tempo inerente à instituição escola. Dessa forma, os conteúdos são distribuídos de forma mais adequada, isso também favorece uma apresentação dos conteúdos menos parcelada de conhecimento e facilita a aproximação sucessiva necessária dos alunos com os saberes que devem ser transmitidos. A adoção do sistema de ciclos, permite maior flexibilidade e maior possibilidade de trabalho com as diferenças, proporcionando coerência com os fundamentos psicopedagógicos, com a concepção de conhecimentos e com a função da escola. Considerando-se que 2 ou 3 anos pertencem a um único ciclo, apesar da organização do tempo escolar em anos letivos, é possível definir objetivos e práticas educativas que possibilitam aos alunos a progressão continuada na concretização das metas de cada ciclo. 93 Os PCN’s estão organizados em ciclos de 2 anos, dessa forma, o primeiro ciclo se refere 1ª e 2ª série, o segundo ciclo se refere à 3ª e 4ª série, e assim sucessivamente para as outras 4 séries. Os temas transversais constituem uma representação ampla e plural dos campos de conhecimento e de cultura de cada época, e a aquisição desses conhecimentos contribui para atingir os objetivos gerais da aprendizagem. Os temas transversais integram uma série de conhecimentos de diferentes disciplinas, permeando concepções, objetivos, conteúdos e orientações didáticas. Os conteúdos priorizam uma visão onde os conteúdos curriculares não sejam vistos como um fim em si mesmos, e sim como uma meio pelo qual os alunos desenvolvam suas capacidades, afim de produzir e usufruir de bens culturais, sociais e econômicos. Eles são organizados em blocos ou organizações temáticas que visam explicitar os objetos de estudo essenciais à aprendizagem, estes não são estruturados como a bncc. Em relação à avaliação dos Parâmetros Nacionais Curriculares, esta vai além da concepção tradicional, focada no controle externo de resultados baseados em notas, sendo compreendida como parte integrante e intrínseca do processo educacional. Referencial para a formação educacional no Brasil. Uso não obrigatório. Aberto e flexível. 94 Prioriza a valorização das especificidades culturais e regionais. Organizado em ciclos. Conteúdos considerados como meios para o desenvolvimento completo do aluno. Não se configura como um modelo curricular tradicional. Utilizado como subsídio para elaboração e adaptação de currículos. Avaliação contínua e sistemática. Temas transversais: - Pluralidade cultural; - Ética; - Meio ambiente; - Saúde; - Orientação sexual. PCN’s 95 REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL – RCNEI Criado em 1998, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), constitui-se como um conjunto de referências e orientações pedagógicas que buscam contribuir para uma melhor organização e implementação de práticas educativas com vistas a promover e ampliar a qualidade da educação para a criação da cidadania nas crianças brasileiras. Na época de sua criação representou um grande avanço nas legislações educacionais, mas atualmente é considerado um documento desatualizado de acordo com as novas concepções dos princípios educacionais, pois este considerava a criança como um sujeito respondente aos estímulos dos adultos, não em sua individualidade, sendo o adulto nesse caso visto como o detentor do conhecimento e a criança um receptáculo. O RCNEI é uma proposta aberta e flexível de caráter não obrigatório, este visa estruturação de propostas educacionais que visem as especificidades de cada região do Brasil. O documento apresenta os principais documentos políticos para a educação (Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases) e se refere à incorporação da “Educação Infantil no sistema educacional regular” por parte do MEC. O principal objetivo desse documento é fornecer aos profissionais da educação, orientações quanto ao que deve ser ensinado na Educação Infantil, sua não obrigatoriedade, favorece o diálogo entre outros documentos oficiais e as propostas e currículos que são construídas visando as especificidades de cada instituição, podendo ser remodelado conforme a necessidade. 96 O referencial define a Educação Infantil como “A primeira etapa da educação básica, tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança até 5 anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social complementando a ação da família e da comunidade”. (LDB título V, cap. II, seção II, art. 29). O documento se apoia em uma organização por idades *crianças de 0 a 3 anos e de 4 a 6 anos), utilizando de dois âmbitos de experiência (Formação pessoal e social e Conhecimento de mundo). Esses âmbitos são constituídos pelos seguintes eixos de trabalho: Identidade e autonomia, movimento, artes visuais, música, linguagem oral e escrita, natureza e sociedade, e matemática. Esses eixos estão embasados nos seguintes princípios: • o respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas etc.; • o direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil; • o acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e à estética;• a socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma; • o atendimento aos cuidados essenciais associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade. Conjunto de referências e orientações pedagógicas para a educação infantil 97 Proposta aberta e flexível de caráter não obrigatório. RCNEI Âmbitos de experiência: - Formação pessoal e social; - Conhecimento de mundo. Eixos de trabalho: - Identidade e autonomia; - Movimento; - Artes visuais; - Música; - Linguagem oral e escrita; - Natureza e sociedade; -Matemática Objetivos: - Orientar os profissionais de E.I quanto ao que deve ser ensinado; -Favorecer o diálogo com as propostas de currículo de cada instituição. 98 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA – DCN’s As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, foram criadas em 2009, visando estabelecer bases comuns nacionais para a educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, bem como para as modalidades que estes possam apresentar. De acordo com as diretrizes o sentido adotado neste parecer se formula a partir da Resolução do Conselho Nacional de Educação CNE/CEB nº 2/98 que as delimita como “conjunto de definições doutrinárias sobre princípios, fundamentos e procedimentos na Educação Básica (…) que orientarão as escolas brasileiras dos sistemas de ensino, na organização, na articulação, no desenvolvimento e na avaliação de suas propostas pedagógicas.” As DCN’s se fundamentam na proposta da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que apresenta a incumbência da União “estabelecer, em colaboração com os estados, DF, e os municípios, competências e diretrizes para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a formação básica comum”. Com base nisso, entende-se que estas diretrizes tem como principais objetivos: I – sistematizar os princípios e diretrizes gerais da Educação Básica contidos na Constituição, na LDB e demais dispositivos legais, traduzindo-os em orientações que contribuam para assegurar a formação básica comum nacional, tendo como foco os sujeitos que dão vida ao currículo e à escola; 8 99 II – estimular a reflexão crítica e propositiva que deve subsidiar a formulação, execução e avaliação do projeto político-pedagógico da escola de Educação Básica; III – orientar os cursos de formação inicial e continuada de profissionais – docentes, técnicos, funcionários – da Educação Básica, os sistemas educativos dos diferentes entes federados e as escolas que os integram, indistintamente da rede a que pertençam. Nos pressupostos das DCN’s, estão explicitadas a importância do papel da escola na formação cidadã dos alunos, acolhendo diferentes tipos de saberes, manifestações culturais e diferentes óticas de entendimento da sociedade. Sendo o espaço escola tornado em um espaço de heterogeneidade e pluralidade. E também a importância da qualidade da educação, “O conceito de qualidade na escola, numa perspectiva ampla e basilar, remete a uma determinada ideia de qualidade de vida na sociedade e no planeta Terra. Inclui tanto a qualidade pedagógica quanto a qualidade política, uma vez que requer compromisso com a permanência do estudante na escola, com sucesso e valorização dos profissionais da educação.” (p. 21) Para que seja alcançada essa qualidade pedagógica e política esta estabelece a necessidade de atendimento aos seguintes requisitos: I – revisão das referências conceituais quanto aos diferentes espaços e tempos educativos, abrangendo espaços sociais na escola e fora dela; II – consideração sobre a inclusão, a valorização das diferenças e o atendimento à pluralidade e à diversidade cultural, resgatando e 100 respeitando os direitos humanos, individuais e coletivos e as várias manifestações de cada comunidade; III – foco no projeto político-pedagógico, no gosto pela aprendizagem, e na avaliação das aprendizagens como instrumento de contínua progressão dos estudantes; IV – inter-relação entre organização do currículo, do trabalho pedagógico e da jornada de trabalho do professor, tendo como foco a aprendizagem do estudante; V – preparação dos profissionais da educação, gestores, professores, especialistas, técnicos, monitores e outros; VI – compatibilidade entre a proposta curricular e a infraestrutura entendida como espaço formativo dotado de efetiva disponibilidade de tempos para a sua utilização e acessibilidade; VII – integração dos profissionais da educação, os estudantes, as famílias, os agentes da comunidade interessados na educação; VIII – valorização dos profissionais da educação, com programa de formação continuada, critérios de acesso, permanência, remuneração compatível com a jornada de trabalho definida no projeto político-pedagógico; IX – realização de parceria com órgãos, tais como os de assistência social, desenvolvimento e direitos humanos, cidadania, ciência e tecnologia, esporte, turismo, cultura e arte, saúde, meio ambiente. As DCN’s também destacam a importância de uma organização curricular bem feita por parte das instituições de ensino, partindo do entendimento de que o currículo é o “conjunto de valores 101 e práticas que proporcionam a produção e a socialização de significados no espaço social e que contribuem, intensamente, para a construção de identidades sociais e culturais dos estudantes. E reitera-se que deve difundir os valores fundamentais do interesse social, dos direitos e deveres dos cidadãos, do respeito ao bem comum e à ordem democrática, bem como considerar as condições de escolaridade dos estudantes em cada estabelecimento, a orientação para o trabalho, a promoção de práticas educativas formais e não-formais.” (p.27) Segundo o documento, a organização curricular deve se basear nas abordagens multidisciplinar, pluridisciplinar e interdisciplinar. E baseando-se na LDB, as diretrizes estabelecem que a elaboração do currículo escolar deve conter Base Nacional Comum + Parte diversificada. A base nacional comum e a parte diversificada são organicamente articuladas de forma a apresentar as direções que devem tomar os projetos pedagógicos, possuindo como referência geral, que ao cuidar e educar a escola seja capaz de: I – ampliar a compreensão sobre as relações entre o indivíduo, o trabalho, a sociedade e a espécie humana, seus limites e suas potencialidades, em outras palavras, sua identidade terrena; II – adotar estratégias para que seja possível, ao longo da Educação Básica, desenvolver o letramento emocional, social e ecológico; o conhecimento científico pertinente aos diferentes tempos, espaços e sentidos; a compreensão do significado das ciências, das letras, das artes, do esporte e do lazer; 102 III – ensinar a compreender o que é ciência, qual a sua história e a quem ela se destina; IV – viver situações práticas a partir das quais seja possível perceber que não há uma única visão de mundo, portanto, um fenômeno, um problema, uma experiência podem ser descritos e analisados segundo diferentes perspectivas e correntes de pensamento, que variam no tempo, no espaço, na intencionalidade; V – compreender os efeitos da “infoera”, sabendo que estes atuam, cada vez mais, na vida das crianças, dos adolescentes e adultos, para que se reconheçam, de um lado, os estudantes, de outro, os profissionais da educação e a família, mas reconhecendo que os recursos midiáticos devem permear todas as atividades de aprendizagem. Sobre o Projeto Político Pedagógico - PPP, nomeado na LDB como proposta ou projeto pedagógico, este é descrito nas DCN’s como meio de viabilizaçãode uma escola democrática e autônoma para todos, com qualidade social. Segundo o documento o PPP deve constituir-se de: I – do diagnóstico da realidade concreta dos sujeitos do processo educativo, contextualizado no espaço e no tempo; II – da concepção sobre educação, conhecimento, avaliação da aprendizagem e mobilidade escolar; III – da definição de qualidade das aprendizagens e, por consequência, da escola, no contexto das desigualdades que nela se refletem; IV – de acompanhamento sistemático dos resultados do processo de avaliação interna e externa (SAEB, Prova Brasil, dados 103 estatísticos resultantes das avaliações em rede nacional e outras; pesquisas sobre os sujeitos da Educação Básica), incluindo resultados que compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e/ou que complementem ou substituam os desenvolvidos pelas unidades da federação e outros; V – da implantação dos programas de acompanhamento do acesso, de permanência dos estudantes e de superação da retenção escolar; VI – da explicitação das bases que norteiam a organização do trabalho pedagógico tendo como foco os fundamentos da gestão democrática, compartilhada e participativa (órgãos colegiados, de representação estudantil e dos pais). No que diz respeito à avaliação da educação básica, do ponto de vista teórico, muitas são suas formulações e no ambiente escolar ela compreende 3 dimensões básicas: I – avaliação da aprendizagem; II – avaliação institucional interna e externa; III – avaliação de redes de Educação Básica. No nível operacional, a avaliação tem como referências o conjunto de habilidades, conhecimentos, princípios e valores que os sujeitos projetam para si. A avaliação institucional interna, também denominada autoavaliação institucional, é realizada anualmente, considerando as orientações contidas na regulamentação vigente para revisão do conjunto de objetivos e metas. 104 A avaliação institucional externas, é promovida pelos órgãos superiores dos sistemas educacionais, incluindo pesquisas, provas, como o as do SAEB, Prova Brasil, ENEM e outras promovidas por sistemas de ensino de diferentes entes federativos, dados estatísticos, incluindo os resultados que compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e/ou que o complementem ou o substituem, e os decorrentes da supervisão e verificações in loco. Tratando-se de formação continuada, as DCN’s a define como “Compromisso integrante do projeto social, político, e ético, local e nacional, que contribui para a consolidação de uma nação soberana, democrática, justa, inclusiva e capaz de promover a emancipação dos indivíduos e grupos sociais.” Nesse sentido os sistemas educativos devem instituir em seu PPP, previsão: I – de consolidação da identidade dos profissionais da educação, nas suas relações com a instituição escolar e com o estudante; II – de criação de incentivos ao resgate da imagem social do professor, assim como da autonomia docente, tanto individual quanto coletiva; III – de definição de indicadores de qualidade social da educação escolar, a fim de que as agências formadoras de profissionais da educação revejam os projetos dos cursos de formação inicial e continuada de docentes, de modo que correspondam às exigências de um projeto de Nação. Centralidade ne estudante e na aprendizagem “Cuidar e educar” PPP: - Relação estado-escola- família; - Considera relevante a realidade da comunidade escolar; - Viabiliza a gestão democrática; - Prioriza a qualidade da educação, programas de políticas públicas, acompanhamento sistemático, bases para o trabalho. Objetivos: - Orientar a formação docente (inicial e continuada); - Sistematizar princípios e diretrizes como foco no estudante; - Reflexão e propositiva do PPP. Operacionalização das DCN’s: - Formação docente; - Organização da escola; - PPP; - Sistema de avaliação; - Regimento escolar; - Gestão democrática; - Professor. (Educação Básica) Etapas: - Educação infantil; - Ensino Fundamental; - Ensino médio. 105 - Documento normativo e obrigatório; - Inspira-se nos princípios constitucionais e da LDB; - Reforça o texto da LDB quanto aos currículos com parte comum + parte diversificada DCN’s Avaliação: - Da aprendizageml; - Institucional interna e externa; - Das redes da educação básica. 106 BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR – BNCC A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que apresenta para a educação básica um conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais, que definem o que todos os alunos devem desenvolver no decorrer das etapas e modalidades da educação básica, sem que deixem de ser assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o Plano Nacional de Educação (PNE). Criada em agosto de 2018 e orientada pelos princípios éticos, políticos e estéticos definidos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN’s), a Base vem para somar aos propósitos principais de direcionamento da educação brasileira de formação humana integral e construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. Apesar de ser considerada recente, a BNCC passou por diversas adequações e mudanças nos últimos 30 anos, até chegar a estar como conhecemos hoje, vejamos um histórico de acontecimentos importantes na elaboração da base: - 1988: É promulgada a Constituição da República Federativa do Brasil que prevê, em seu Artigo 210, a Base Nacional Comum Curricular. Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. - 1996: É aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que em seu Artigo 26, regulamenta uma base nacional comum para a Educação Básica. 107 - 1997 a 2000: São consolidados, em dez (10) volumes, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para o Ensino Fundamental, do 1º ao 5º ano (1997); São consolidados, em dez (10) volumes, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para o Ensino Fundamental, do 6º ao 9º ano (1998); São lançados os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM) (2000). - 2008 a 2012: é instituído o Programa Currículo em Movimento para educação básica (2008); Realização da CONAE, falando a respeito da necessidade da BNCC como parte de um PNE (2010); Definição das DCN’s da educação básica (2010); Instituição do Pacto Nacional pela Alfabetização da Idade Certa (PNAIC) (2012). - 2014 A 2016: Regulamentado o Plano Nacional de Educação (PNE), com vigência de 10 (dez) anos. O Plano tem 20 metas para a melhoria da qualidade da Educação Básica e 4 (quatro) delas falam sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNC). (2014); Seminário Interinstitucional para elaboração da BNCC; Disponibilizada 1ª versão da BNCC. (2015); Disponibilizada 2ª versão da BNCC. (2016). - 2017 a 2018: CNE apresenta a RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 2, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2017 que institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular; Em 06 de março de 2018, educadores do Brasil inteiro se debruçaram sobre a Base Nacional Comum Curricular, com foco na parte homologada do documento, correspondente às etapas da Educação Infantil e Ensino Fundamental, com o objetivo de compreender sua implementação e impactos na educação básica brasileira. Fonte: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/historico/ http://basenacionalcomum.mec.gov.br/historico/ 108 A BNCC atualmente é referência nacional na formulação de currículos nos sistemas educacionais dos Estados, Distrito Federale Municípios, assim como para as propostas pedagógicas, além de contribuir para o alinhamento de diversas políticas e ações em âmbito federal, estadual e municipal. Na educação básica, as aprendizagens definidas pela BNCC devem garantir que se assegurem aos estudantes o desenvolvimento de dez competências gerais, que são definidas como a “mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.” (BRASIL, 2018). Vejamos abaixo as competências estabelecidas pela BNCC para a educação básica, lembrando que elas inter-relacionam-se e desdobram-se nas disposições didáticas propostas para as três etapas da educação básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio). COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 1 - Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2 - Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções 109 (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3 - Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 4 - Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5 - Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6 - Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7 - Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito 110 local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8 - Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 9 - Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10 - Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. MARCOS LEGAIS QUE EMBASAM A BNCC - Constituição Federal de 1988: Em seu artigo 210, o texto constitucional reconhece que é necessário que sejam “fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais” (BRASIL, 1988). - Lei de Diretrizes e Bases: Afirma no Inciso IV do Artigo 9º, que cabe à União “estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que 111 nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum (BRASIL, 1996). E no Artigo 26 “os currículos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos (BRASIL, 1996). - Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN’s): Artigo 14 “Define Base nacional comum como conhecimentos, saberes e valores produzidos culturalmente, expressos nas políticas publicas e que são gerados nas instituições produtoras do conhecimento cientifico e tecnológico. ( . . . )” - Plano Nacional de Educação (PNE): Reitera a necessidade de se “estabelecer e implantar, mediante pactuação interfederativa [União, Estados, Distrito Federal e Municípios], diretrizes pedagógicas para a educação básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos(as) alunos(as) para cada ano do Ensino Fundamental e Médio, respeitadas as diversidades regional, estadual e local (BRASIL, 2014). Traduzido nas metas 2, 3 e 7. Em seu contexto, a BNCC afirma categoricamente o seu compromisso com a educação integral, reconhecendo que a educação básica deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global, que implica a compreensão da complexidade do desenvolvimento humano integral, rompendo com visões reducionistas que prezam apenas ou a dimensão intelectual 112 (cognitiva) ou a dimensão afetiva. Isso implica adotar uma visão plural da educação e singular e integral dos estudantes, considerando-os sujeitos de aprendizagem. A BNCC em relação aos currículos, apresentam uma relação complementar de forma a assegurar as aprendizagens essenciais, visto que essas aprendizagens necessitam da materialização de um conjunto de decisões que caracterizam o currículo em ação para serem concretizadas. Através dessas decisões as proposições da BNCC devem ser adequadas às realidades locais das instituições de ensino, bem como às especificidades dos alunos. Tais decisões são referenciadas na BNCC, entre outras ações, a: • contextualizar os conteúdos dos componentes curriculares, identificando estratégias para apresentá-los, representá-los, exemplificá-los, conectá-los e torná-los significativos, com base na realidade do lugar e do tempo nos quais as aprendizagens estão situadas; • decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos componentes curriculares e fortalecer a competência pedagógica das equipes escolares para adotar estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à gestão do ensino e da aprendizagem; • selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-pedagógicas diversificadas, recorrendo a ritmos diferenciados e a conteúdos complementares, se necessário, para trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alunos, suas famílias e cultura de origem, suas comunidades, seus grupos de socialização etc.; 113 • conceber e pôr em prática situações e procedimentos para motivar e engajar os alunos nas aprendizagens; • construir e aplicar procedimentos de avaliação formativa de processo ou de resultado que levem em conta os contextose as condições de aprendizagem, tomando tais registros como referência para melhorar o desempenho da escola, dos professores e dos alunos; • selecionar, produzir, aplicar e avaliar recursos didáticos e tecnológicos para apoiar o processo de ensinar e aprender; • criar e disponibilizar materiais de orientação para os professores, bem como manter processos permanentes de formação docente que possibilitem contínuo aperfeiçoamento dos processos de ensino e aprendizagem; • manter processos contínuos de aprendizagem sobre gestão pedagógica e curricular para os demais educadores, no âmbito das escolas e sistemas de ensino. Quanto à organização das ações realizadas entre a BNCC e o currículo, estes podem ser entendidos conforme o esquema abaixo: 114 115 Adota uma visão plural da educação, valorizando uma educação singular e considerando os alunos Define o que todos os alunos devem desenvolver no decorrer das etapas e modalidades da educação básica BNCC (Educação Básica) Referência nacional na formulação de currículos nos sistemas educacionais dos Estados, Distrito Federal e Municípios Os currículos devem adequar a BNCC à realidade subjetiva de cada instituição. É um documento que orienta a criação de currículos em regime de colaboração. Marcos legais: - C.F 1988; - LDB 1996; - DCN’s; - PNE. Documento obrigatório de caráter normativo. - Assume compromisso com a educação integral; - Foca no desenvolvimento de competências. 116 1- Conhecimentos históricos 2- Investigação, reflexão e análise. 3- Arte e cultura BNCC 5- Tecnologias digitais de informação 4- Diferentes linguagens (Competências gerais) 7- Argumentação 6- Trabalho e cidadania 8- Conhecer-se e apreciar-se 9- Empatia diálogo e resolução de conflitos 10- Tomada de decisões 117 BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica, e também considerada o primeiro fundamento do processo educacional, esta tem como objetivo ampliar o universo de experiências, conhecimentos e habilidades das crianças, atuando de forma complementar à educação familiar e incentivando novas aprendizagens dentro dos campos de experiência estabelecidos. A base institui que por se tratar de crianças em fase de creche e pré-escola, é muito importante a relação de diálogo e compartilhamento de responsabilidades entre família e instituição de ensino, para além dessa relação, também é apresentado como essencial o trabalho com culturas plurais e expressão da diversidade cultural das famílias e da comunidades. De marco legislativo anterior, o mais marcante para a Educação Infantil e do qual derivam muitos conceitos e alinhamentos da BNCC são as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI, 2009). Elas definem a criança como “sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura” (BRASIL, 2009). A BNCC também estabelece que os eixos estruturantes das práticas pedagógicas da Educação Infantil são as interações e a brincadeira, e tendo em vista esse eixos estruturantes e as competências gerais, a base propõe seis direitos de aprendizagem 118 e desenvolvimento, que asseguram condições que subsidiam a aprendizagem das crianças, são eles: 1- Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas. 2- Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais. 3- Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando. 4- Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia. 5- Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens. 119 6- Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário Fonte: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#infantil A BNCC também está estruturada em campos de experiência, dentro dos quais são definidos os objetivos de aprendizagem e desenvolvimentos, estes campos de experiência constituem arranjo curricular que inclui situações e experiências concretas da vida cotidiana das crianças, juntando conhecimentos e patrimônio cultural, vejamos: O eu, o outro e o nós – É na interação com os pares e com adultos que as crianças vão constituindo um modo próprio de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem outros modos de vida, pessoas diferentes, com outros pontos de vista. Conforme vivem suas primeiras experiências sociais (na família, na instituição escolar, na coletividade), constroem percepções e questionamentos sobre si e sobre os outros, diferenciando-se e, simultaneamente, identificando- se como seres individuais e sociais. Ao mesmo tempo que participam de relações sociais e de cuidados pessoais, as crianças constroem sua autonomia e senso de autocuidado, de reciprocidade e de interdependência com o meio. Por sua vez, na Educação Infantil, é preciso criar oportunidades para que as crianças entrem em contato com outros grupos sociais e culturais, outros modos de vida, diferentes atitudes, técnicas e rituais de cuidados http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#infantil 120 pessoais e do grupo, costumes, celebrações e narrativas. Nessas experiências, elas podem ampliar o modo de perceber a si mesmas e ao outro, valorizar sua identidade, respeitar os outros e reconhecer as diferenças que nos constituem como seres humanos. Corpo, gestos e movimentos – Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos ou intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo, exploram o mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem relações, expressam-se, brincam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social e cultural, tornando-se, progressivamente, conscientes dessa corporeidade. Por meio das diferentes linguagens, como a música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de conta, elas se comunicam e se expressam no entrelaçamento entre corpo, emoção e linguagem. As crianças conhecem e reconhecem as sensações e funções de seu corpo e, com seus gestos e movimentos, identificam suas potencialidades eseus limites, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a consciência sobre o que é seguro e o que pode ser um risco à sua integridade física. Na Educação Infantil, o corpo das crianças ganha centralidade, pois ele é o partícipe privilegiado das práticas pedagógicas de cuidado físico, orientadas para a emancipação e a liberdade, e não para a submissão. Assim, a instituição escolar precisa promover oportunidades ricas para que as crianças possam, sempre animadas pelo espírito lúdico e na interação com seus pares, explorar e vivenciar um amplo repertório de movimentos, gestos, olhares, sons e mímicas com o corpo, para descobrir variados modos de ocupação e uso do espaço com o corpo (tais como sentar com apoio, rastejar, 121 engatinhar, escorregar, caminhar apoiando-se em berços, mesas e cordas, saltar, escalar, equilibrar-se, correr, dar cambalhotas, alongar-se etc.). Traços, sons, cores e formas – Conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita às crianças, por meio de experiências diversificadas, vivenciar diversas formas de expressão e linguagens, como as artes visuais (pintura, modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras. Com base nessas experiências, elas se expressam por várias linguagens, criando suas próprias produções artísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva e individual) com sons, traços, gestos, danças, mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens, manipulação de diversos materiais e de recursos tecnológicos. Essas experiências contribuem para que, desde muito pequenas, as crianças desenvolvam senso estético e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade que as cerca. Portanto, a Educação Infantil precisa promover a participação das crianças em tempos e espaços para a produção, manifestação e apreciação artística, de modo a favorecer o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da expressão pessoal das crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem, permanentemente, a cultura e potencializem suas singularidades, ao ampliar repertórios e interpretar suas experiências e vivências artísticas. Escuta, fala, pensamento e imaginação – Desde o nascimento, as crianças participam de situações comunicativas cotidianas com as pessoas com as quais interagem. As primeiras 122 formas de interação do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a postura corporal, o sorriso, o choro e outros recursos vocais, que ganham sentido com a interpretação do outro. Progressivamente, as crianças vão ampliando e enriquecendo seu vocabulário e demais recursos de expressão e de compreensão, apropriando-se da língua materna – que se torna, pouco a pouco, seu veículo privilegiado de interação. Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na escuta de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social. Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com relação à cultura escrita: ao ouvir e acompanhar a leitura de textos, ao observar os muitos textos que circulam no contexto familiar, comunitário e escolar, ela vai construindo sua concepção de língua escrita, reconhecendo diferentes usos sociais da escrita, dos gêneros, suportes e portadores. Na Educação Infantil, a imersão na cultura escrita deve partir do que as crianças conhecem e das curiosidades que deixam transparecer. As experiências com a literatura infantil, propostas pelo educador, mediador entre os textos e as crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto pela leitura, do estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo. Além disso, o contato com histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis etc. propicia a familiaridade com livros, com diferentes gêneros literários, a diferenciação entre ilustrações e escrita, a aprendizagem da 123 direção da escrita e as formas corretas de manipulação de livros. Nesse convívio com textos escritos, as crianças vão construindo hipóteses sobre a escrita que se revelam, inicialmente, em rabiscos e garatujas e, à medida que vão conhecendo letras, em escritas espontâneas, não convencionais, mas já indicativas da compreensão da escrita como sistema de representação da língua. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações – As crianças vivem inseridas em espaços e tempos de diferentes dimensões, em um mundo constituído de fenômenos naturais e socioculturais. Desde muito pequenas, elas procuram se situar em diversos espaços (rua, bairro, cidade etc.) e tempos (dia e noite; hoje, ontem e amanhã etc.). Demonstram também curiosidade sobre o mundo físico (seu próprio corpo, os fenômenos atmosféricos, os animais, as plantas, as transformações da natureza, os diferentes tipos de materiais e as possibilidades de sua manipulação etc.) e o mundo sociocultural (as relações de parentesco e sociais entre as pessoas que conhece; como vivem e em que trabalham essas pessoas; quais suas tradições e seus costumes; a diversidade entre elas etc.). Além disso, nessas experiências e em muitas outras, as crianças também se deparam, frequentemente, com conhecimentos matemáticos (contagem, ordenação, relações entre quantidades, dimensões, medidas, comparação de pesos e de comprimentos, avaliação de distâncias, reconhecimento de formas geométricas, conhecimento e reconhecimento de numerais cardinais e ordinais etc.) que igualmente aguçam a curiosidade. Portanto, a Educação Infantil precisa promover experiências nas quais as crianças possam fazer 124 observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações. Assim, a instituição escolar está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus conhecimentos do mundo físico e sociocultural e possam utilizá- los em seu cotidiano. Fonte: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#infantil/os- campos-de-experiencias Os campos de experiência propões objetivos de aprendizagem de acordo com as especificidades dos alunos por faixa etária, esses grupos estão sequenciados em três grupos por faixa etária, são eles: - Bebês (0 a 1 anos e 6 meses); - Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses); - Crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses). De acordo com a BNCC é importante também observar e registrar o percurso da aprendizagem de todos os alunos individualmente e como um grupo, criando registros diversos das experiências vividas pelas crianças na escola, como forma de demonstração à família e de revisitação dos momentos pelos alunos. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/%23infantil/os- Eixos estruturantes: - As interações; - A brincadeira. Direitos de aprendizagem: 1 - Conviver; 2 - Brincar; 3 - Participar; 4 - Explorar; 5 - Expressar; 6 - Conhecer-se BNCC (Educação Infantil) 125 - Ampliação do universo de experiências; - Essencial relação de diálogo e compartilhamento entre família e instituição de ensino; - Trabalho com culturas plurais e expressão da diversidade; - A criança como sujeito histórico e de direitos. Avaliação e registros do percurso individual e do grupo na E.I. Faixas etárias: - Bebês (0 – 1 anos e 6 meses); - Crianças bem pequenas (1 anos e 7 meses – 3 anos e 11 meses); - Crianças pequenas (4 anos – 5 anos e 11 meses). Primeiros fundamentos parao processo educacional. Campos de experiência: 1 – O eu, o outro e o nós ; 2 – Corpo, gestos e movimentos; 3 – Traços, sons, cores e formas; 4 – Escuta, fala, pensamento e imaginação; 5 – Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. 126 BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA O Ensino Fundamental é a etapa mais longa da educação básica, tendo 9 anos de duração e atendendo alunos entre 6 e 14 anos, dividida em anos iniciais (1º ao º ano) e anos finais (6º ao 9º ano), se tratando de uma etapa diversificada tanto em faixas etárias, quando aspectos de desenvolvimento, todos esses aspectos impõem desafios à elaboração de currículos nessa etapa de escolarização. De acordo com o que destacam as DCN’s o desenvolvimento das habilidades e da autonomia dos alunos, acontece através da interação com o espaço, a relação com múltiplas linguagens e uso social da escrita e da matemática, permitindo a participação no mundo letrado e construção de novas aprendizagens. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o foco deve ser a alfabetização, proporcionando aos alunos amplas oportunidades de apropriação do sistema de escrita alfabética, como aponta o Parecer CNE/CEB nº 11/2010, “os conteúdos dos diversos componentes curriculares [...], ao descortinarem às crianças o conhecimento do mundo por meio de novos olhares, lhes oferecem oportunidades de exercitar a leitura e a escrita de um modo mais significativo” (BRASIL, 2010). Nos anos finais é importante retomar e ressignificar as aprendizagens dos anos iniciais no contexto das diferentes áreas, de modo a aprofundar a ampliar o repertório dos estudantes, além da importância de incentivo à autonomia e aquisição de valores morais e éticos. 127 A BNCC apresenta áreas de conhecimento que devem ser trabalhadas no ensino fundamental. A primeira é a Área de Linguagens, composta pelos seguintes componentes curriculares: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e nos anos finais Língua Inglesa. Esses componentes devem garantir aos alunos o desenvolvimento de competências específicas. 1. Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais. 2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. 3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação. 4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo. 128 5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas. 6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos. A área de Matemática é citada na BNCC como sendo necessária para todos os alunos da Educação Básica, por sua grande aplicabilidade na sociedade e potencialidade de formação cidadã. Além de não se restringir apenas à quantificação e cálculos, esta também é responsável pela criação de sistemas abstratos, organizar e inter-relacionar espaço, movimento, formas e números dos mais variados contextos. A área de Matemática é composta pelos seguintes componentes curriculares: Aritmética, Álgebra, Geometria, Estatística e Probabilidade. De acordo com a BNCC (2017) “O Ensino Fundamental deve ter compromisso com o desenvolvimento do letramento matemático45, definido como as competências e habilidades de raciocinar, representar, comunicar e argumentar 129 matematicamente, de modo a favorecer o estabelecimento de conjecturas, a formulação e a resolução de problemas em uma variedade de contextos, utilizando conceitos, procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas.” O componente curricular Matemática deve assegurar aos alunos as seguintes competências. 1. Reconhecer que a Matemática é uma ciência humana, fruto das necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, e é uma ciência viva, que contribui para solucionar problemas científicos e tecnológicos e para alicerçar descobertas e construções, inclusive com impactos no mundo do trabalho. 2. Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de investigação e a capacidade de produzir argumentos convincentes, recorrendo aos conhecimentos matemáticos para compreender e atuar no mundo. 3. Compreender as relações entre conceitos e procedimentos dos diferentes campos da Matemática (Aritmética, Álgebra, Geometria, Estatística e Probabilidade) e de outras áreas do conhecimento, sentindo segurança quanto à própria capacidade de construir e aplicar conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca de soluções. 4. Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos presentes nas práticas sociais e culturais, de modo a investigar, organizar, representar e comunicar informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las crítica e eticamente, produzindo argumentos convincentes. 130 5. Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecnologias digitais disponíveis, para modelar e resolver problemas cotidianos, sociais e de outras áreas de conhecimento, validando estratégias e resultados. 6. Enfrentar situações-problema em múltiplos contextos, incluindo-se situações imaginadas, não diretamente relacionadas com o aspecto prático-utilitário, expressar suas respostas e sintetizar conclusões, utilizando diferentes registros e linguagens (gráficos, tabelas, esquemas, além de texto escrito na língua materna e outras linguagens para descrever algoritmos, como fluxogramas, e dados). 7. Desenvolver e/ou discutir projetos que abordem, sobretudo, questões de urgência social, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários, valorizando a diversidade de opiniões de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza. 8. Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente no planejamento e desenvolvimento de pesquisas para responder a questionamentos e na busca de soluções para problemas, de modo a identificar aspectos consensuais ou não na discussão de uma determinada questão, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles. A área de Ciências da Natureza tem como objetivo o desenvolvimento do letramento científico, a forma com que os alunos desenvolvem a capacidade de compreender a interpretar o mundo (natural, social e tecnológico) e também de transformação através 131 dos processos científicos. As competências a serem desenvolvidasnessa área são as seguintes. 1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico. 2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza. 4. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho. 5. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e 132 ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza. 6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética. 7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias. 8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. A área de Ciências Humanas, visa contribuir para o desenvolvimento das noções de tempo e espaço, partindo da ideia na qual se baseia o raciocínio espaço-temporal, em que o ser humano produz o espaço em que vive, apropriando-se dele em circunstâncias históricas. O ensino das ciências humanas deve instigar uma atitude investigativa da realidade política, social e cultural, econômica e ambiental. A área de Ciências Humanas apresenta dois 133 componentes: Geografia e História, e as seguintes competências específicas. 1. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos. 2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico- informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo. 3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social. 4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados. 134 6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão. A área de Ensino Religioso na Educação Básica, é estabelecida como componente curricular de oferta obrigatória, mas a matrícula é facultativa, cuja função educacional é a de assegurar o respeito à diversidade cultural religiosa, sem proselitismos e deve garantir aos alunos o desenvolvimento das seguintes competências específicas. 1. Conhecer os aspectos estruturantes das diferentes tradições/movimentos religiosos e filosofias de vida, a partir de pressupostos científicos, filosóficos, estéticos e éticos. 2. Compreender, valorizar e respeitar as manifestações religiosas e filosofias de vida, suas experiências e saberes, em diferentes tempos, espaços e territórios. 3. Reconhecer e cuidar de si, do outro, da coletividade e da natureza, enquanto expressão de valor da vida. 135 4. Conviver com a diversidade de crenças, pensamentos, convicções, modos de ser e viver. 5. Analisar as relações entre as tradições religiosas e os campos da cultura, da política, da economia, da saúde, da ciência, da tecnologia e do meio ambiente. 6. Debater, problematizar e posicionar-se frente aos discursos e práticas de intolerância, discriminação e violência de cunho religioso, de modo a assegurar os direitos humanos no constante exercício da cidadania e da cultura de paz. - Anos Iniciais (1º ao 5º ano); - Anos finais (6º ao 9º anos). Articulação e ressignificação das experiência vividas na educação infantil. Propõe estímulo ao desenvolvimento de pensamento crítico e interativo, social e cultural. Incentivo à autonomia e aquisição de valores morais e éticos. Primeiros anos devem ser focados em alfabetização. 136 BNCC (Ensino Fundamental) Diferentes áreas de conhecimento aprofundam e ampliar o repertório. Áreas de conhecimento: - Linguagens; - Matemática; - Ciências da Natureza; - Ciências Humanas; - Ensino Religioso 137 REFERÊNCIAS ANDERSON, C. W. The place of principles in policy analysis. American Political Science Review, v. 73, n. 3, p. 711-723, set. 1979. BOTHE, Michael. Federalismo: um conceito em transformação histórica. In: FUNDAÇÃO KONRAD ADENAUER STIFTUNG. O federalismo na Alemanha: traduções. São Paulo: Centro de Estudos Konrad Adenauer Stiftung, 1995. p. 3-14. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 1996. BRASIL. Leis de Diretrizes e Bases. Lei no 9.394. 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm> Acesso em 13 de Agosto de 2021. BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 jul. 1990. BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Plano Nacional de Educação PNE 2014-2024 : Linha de Base. – Brasília, DF : Inep, 2015. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997. BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica/ Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. – Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. BRASIL, MEC, Base Nacional Comum Curricular – BNCC, versão aprovada pelo CNE, novembro de 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm 138 <http://basenacionalcomum.mec.gov.br /wpcontent/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf>. Acesso em 31 de Agosto de 2021. BRASIL, MEC, Programas e ações. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao-basica/programas- e-acoes> Acesso em 12 de Agosto de 2021. COBB, R. e ELDER, C... Participation in American politics: The dynamics of agenda - building (2nd ed.). Baltimore. MD: The Johns Hopkins University Press. 1983. CRUZ, Rosana E. Federalismo e educação: um pacto a se rever. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 6, n. 10, p. 65-78. Piauí, 2012. Legislação brasileira sobre educação [recurso eletrônico] / Câmara dos Deputados. – 3. ed. – Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2015. LIJPHART, Arend. Modelos de democracia: desempenho e padrões de governo em 36 países. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. MEDEIROS, M. A importância de se conhecer melhor as famílias para a elaboração de políticas sociais na América Latina. Planejamento e Políticas Públicas, n. 22 dez. 2000. RIKER, William H. Federalism. In: GREESTEIN, Fred I.; POLSBY, Nelson W. (Ed.). Handbook of Political Science. Massachussets: Addisón-Wesleu Publishing Company, 1975. 5 v. p. 93-172. SECCHI, Leonardo. Políticas públicas: Conceitos, esquemas de análise, casos práticos/ Leonardo Secchi. – 2. Ed. – São Paulo: Cengage Learning, 2017. SCHATTSCHNEIDER, E. E. The Semi-Sovereign People. New York, Winston, 1960. SILVA, Harley g. e SOUZA Graça Maria de M. A. Política e legislação http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao-basica/programas- 139 da educação. Instituto Superior de Teologia Aplicada – INTA. Sobral, 2016. STEPAN, Alfred. Para uma nova análise comparativa do federalismo e da democracia: federações que restringem ou ampliam o poder do Demos. Dados, Rio de Janeiro, v. 42, n. 2, 1999. Parte 2 TODO O CONTEÚDO, DICAS E UMA ESTRATÉGIA DE ESTUDOS ATÉ A DESEJADA APROVAÇÃO! TEORIA DETALHADA EM FORMATO DE APOSTILA SIMULADOS RESOLVIDOS E COMENTADOS DICAS PARA VENCER AS “PEGADINHAS” MAPAS DE IDEIAS E NOTAS IMPORTANTES PARA ESTRUTURAR OS ESTUDOS GABARITOS E MUITO MAIS CONTEÚDO Capítulo 1 – Planejamento ...................................................................... 3 Capítulo 2 - Projeto Político Pedagógico ou Proposta Pedagógica ........................ 27 Capítulo 3 - Planejamento Curricular ..................................................................... 38 Capitulo 4 - Planejamento de Ensino ..................................................................... 56 Capitulo 5 - Componentes do Processo Ensino Aprendizagem ............................. 59 Capítulo 6 - Componente do planejamento “Avaliação” ............................................. 75 Capítulo 1 – Planejamento Planejamento e Organização do Trabalho Pedagógico A probabilidade de sucesso em qualquer área pode ser exponencialmente aumentada com o direcionamento correto dos recursos disponíveis, sejam eles material, tempo, energia, pessoas, etc., dessa forma se faz muito necessário, como um primeiro passo, a organização de uma rotina definida com objetivos e ações bem determinadas. Definir os objetivos e cada plano de ação para alcançá-los trará uma visão ampla do trabalho a ser desenvolvido e a segurança de uma estrutura a ser seguida. O planejamento é algo que está intimamente ligado ao dia-a-dia do professor e lidar com essa ferramenta de apoio ajudará a definir a intencionalidade das ações e direcionar o foco durante a jornada. O planejamento e organização voltados a um ensino de qualidade no âmbito escolar é definido não somente pela comunidade escolar em si, mas também pode e deve ser realizado com o conhecimento e apoio da sociedade de um modo geral, partindo desde o envolvimento direto com o planejamento para a educação, ou seja, planejamento educacional de forma mais abrangente, até o nível mais prático, aquele que ocorre em sala de aula com a regência do professor. Vamos elucidar e analisar os níveis de planejamento, como são divididos e a relevância de cada um deles no processo, além de abordar o conceito de interdependência desses níveis de planejamento, que ao serem usados de forma articulada garantem o sucesso no processo de ensino e aprendizagem. O Planejamento Planejamento é um conceito muito abrangente e não existe uma definição única ou universal, no entanto, baseando-se no conceito de alguns autores educacionais, podemos definir como o processo de organizar, classificar e racionalizar, tudo aquilo que será trabalhado durante o processo de ensino e aprendizagem. Devem ser definidos os objetivos que serão o foco nessa abordagem (o que será realizado) a forma como será organizado o trabalho para alcançar o objetivo (como será feito), quais serão os recursos disponíveis (com o que será feito), como será definido o processo de avaliação da aprendizagem de acordo com o proposto, e a partir desse resultado definir novos insumos para o processo de planejamento (como será avaliado, quais resultados desenvolvem novas ações para o processo de planejamento). A Organização Existem quatro principais frentes que fazem parte do planejamento do ensino aprendizagem, inicialmente é preciso que haja uma comunicação ativa com a comunidade escolar, para que se possa elucidar a função social da escola, os valores em que se baseiam e o tipo de formação que se espera dos alunos, definir o marco situacional (onde estamos), o marco filosófico (onde queremos chegar), lembrando que esse planejamento é integrado e elaborado com a participação de docentes, discentes, pais, e todos envolvidos nesse processo. Também é necessários planejar os currículos escolares que serão foco da escola, na sala de aula e fora de sala de aula, uma vez que que currículo pode ser entendido como um conjunto de experiências, que se estendem a teoria e se baseiam no contexto social e situacional do aluno além de fatos históricos acumulados pela história da humanidade de modo geral. Outro importante passo é o planejamento pelo professor do roteiro do ensino pretendido, ou seja, o conteúdo a ser desenvolvido para cada grupo de assuntos, em várias etapas no decorrer do ano letivo, semestre ou bimestre. O professor define seu método e cronograma de acordo com Planejamento Escolar e Curricular da escola, criando seu Planejamento de Ensino também chamado de Plano de Curso ou Plano de Unidade Didática. Nesse processo é definido pelo professor todo o método e recursos que serão utilizados dentro desse plano e que são denominados componentes do processo de ensino aprendizagem. Daremos uma ênfase maior a esse, que é um item de conhecimento essencial, e é encontrado em muitas provas, ressaltando que o Planejamento de Ensino é um planejamento macro que depois será desmembrado em planos de aula, que tem os mesmos conceitos aplicados de forma mais individualizada para os objetivos de cada aula. Abaixo uma ilustração de como se desenvolve planejamento e a organização do trabalho pedagógico: Planejamento Escolar Planejamento Curricular Planejamento do Docente Compõema identidade e essência dos objetivos da escola. Define o tipo de pessoas e valores que se deseja formar É construído em conjunto com a comunidade escolar Currículo está relacionado à experiência. Conteúdos cognitivos e simbólicos. Conteúdos gerados de acordo com contexto social atual em conjunto com os conteúdos acumulados pela humanidade. Planejamento de Ensino: Definição de ensino de acordo o período Letivo. Processo de Ensino e Aprendizagem: Componentes do Plano de Ensino. Definição de Planos de Aulas Planejar é organizar e prever os processos da prática docente, definir os objetivos fins e modo de ação. Consiste em definir as melhores metodologias e ações, baseado em teoria e vivências, com o intuito de facilitar o processo de ensino aprendizagem, considerando fatores importantes como as necessidades individuais e do grupo para que se possa elevar o engajamento no ensino, bem como a qualidade do ensinar e aprender. Para um bom planejamento é imprescindível que os recursos físicos e não físicos sejam definidos e estejam disponíveis para o apoio da aprendizagem. Recursos tais como materiais que serão utilizados nas atividades com os alunos, jogos pedagógicos, além daqueles recursos não físicos como seminários, visitas à museus, teatros, etc. O ciclo de planejar também deve conter o um processo definidos para avaliação, onde o professor siga um método de como avaliar o aluno, levando em consideração suas particularidades, e o processo de formação/evolução. Nesse caso pode se obter apoio de portfólios com registros acadêmicos do aluno. Sobre o planejamento, qual o papel deste com relação ao projeto político pedagógico? No planejamento macro das variadas ações encontradas no processo ensino e aprendizagem, existe a divisão entre alguns componentes, como o projeto político pedagógico, o projeto curricular, o projeto de ensino e aprendizagem ou o projeto didático, esses podem ou não estar formalizados de forma documental, sendo o mais aconselhável que estejam. A principal referência do planejamento anual das escolas é o projeto político pedagógico. Como realizar um planejamento adequado sem que a escola possua um projeto político pedagógico? Todas as escolas possuem um projeto político pedagógico, mesmo que ele não esteja formalizado de forma documental, existem diretrizes gerais em todas as escolas que determinam esse projeto. O mais aconselhável é que esteja documentado e quando da definição do planejamento anual, essas diretrizes possam ser usadas como parâmetro direto para toda a comunidade escolar entender o que está sendo planejado e como cada componente deste planejamento está alinhado aos ideais políticos e pedagógicos. Ano 2017 Banca CESPE Órgão: SEDF O processo de ensino e aprendizagem exige planejamento, preparação e escolha de caminhos metodológicos que visem à realização de uma ação educativa político-social Neutra. ERRADO Análise da questão Não está correto classificar o planejamento como uma ação Neutra. O planejamento está diretamente vinculado ao compromisso político da escola, e também a fatores do educando, como seus conhecimentos prévios, história de vida e ambiente a qual está inserido. O planejamento define as diretrizes da prática pedagógica, mas não é uma norma. Deve ser encarado como uma ferramenta direcionadora, porém flexível, que permite um olhar crítico por parte da comunidade escolar e ajustes de direcionamento. O planejamento deve ser utilizado com um forte senso de intencionalidade e compromisso para com os resultados, mas preservando também o dinamismo dos processos escolares. Considerando seu importante papel e suas características únicas, vamos tratar alguns conceitos básicos do planejamento, que apoiam diretamente a ação docente e o sucesso escolar do educando no decorrer do processo de ensino aprendizagem. Linhas gerais do Planejamento ➢ É Ponderado; ➢ É Intencional; ➢ É um processo intelectual; ➢ Possui embasamento teórico; ➢ Direciona a tomada de decisão; ➢ Possui objetivos definidos. É ponderado, pois traz uma reflexão e a possibilidade análise sobre o que se espera alcançar durante o processo de ensino e aprendizagem, ou seja, alunos com senso crítico, capacidade analítica e de ponderação, aptos a realizar transformações em si próprios e em seu meio. É intencional, o planejamento é determinado para que siga de encontro com a realização de objetivos definidos. Estabelece uma direção e é um fator determinante para um bom desenvolvimento das ações da comunidade escolar e principalmente do educando. É um processo intelectual pois deve ser realizado conjuntamente entre educador e aluno. Precisa ser organizado e distribuído em passos definidos, considerando os fatores básicos: Para que (ensinar), O que (ensinar), Como (ensinar), Com o que (ensinar) e Como avaliar. Possui embasamento teórico que norteia a construção do planejamento. As informações sobre o assunto bem como dados históricos são levadas em consideração nas concepções teóricas e suas contribuições na educação, com ênfase em um modelo de planejamento emancipatório. É direcionador da tomada de decisão, e em se tratando de planejamento emancipatório é importante valorizar um planejamento participativo, considerando as diretrizes da comunidade escolar para com os educandos, para que o professor possa elaborar seu plano de ensino e de aulas de acordo com essa diretriz definida. Tem previsão de uma ação porque para que haja resultados significativos, ou seja, uma aprendizagem significativa vale ressaltar que a previsão da ação docente é primordial no processo de ensinar e aprender, evitando improvisos, lembrando sempre que o planejamento não é permanente pode ser alterado ao decorrer do processo com vista a promover uma aprendizagem significativa e de qualidade social. Objetivos do Planejamento ➢ Trazer intencionalidade para as práticas educativas; ➢ Trazer um senso de unicidade às práticas educativas; ➢ Otimizar os espaços e recursos para atingir os fins do processo educativo; O que se pretende com o planejamento ➢ Sucesso no alcance dos objetivos escolares ➢ Alta qualidade de ensino e aprendizagem ➢ Escola de qualidade alinhada aos objetivos ➢ Resultados mensuráveis e positivos Dimensões técnicas e políticas do planejamento As diretrizes da prática pedagógica da escola e do professor devem ser consideradas em todo o processo de planejamento, mas temos uma realidade no Brasil marcada por um planejamento educacional desvinculado da prática da realidade social, e direcionada por uma ação mecânica, repetitiva e burocrática, pouco colaborativa para mudanças na qualidade do cenário da educação, com isso se torna imprescindível a compreensão das duas dimensões que constituem o planejamento: Dimensão política – toda ação humana é uma ação política. O planejamento ou a falta dele traduzem uma escolha política, pois uma posição descompromissada também traz resultados e consequências. A ação de planejar é por si só determinante de vários fatores, por isso, o planejamento deve ser uma ação pedagógica ponderada, que agregue valor e tomada com consciência do ambiente escola como um todo. Dimensão técnica – O conhecimento e aplicação da técnica são os fatores que permitem viabilizar a execução do ensino. Na prática do planejamento educacional, o saber técnico determina a competência para organizar as ações que serão desenvolvidas para agregar conhecimento aos alunos. Cabe ao professor o conhecimento da prática docente. A dimensão técnica é a segunda aprendizagem: aprender a fazer - para poder agir sobre o meio. A dimensão técnica doconhecimento é o aprender do aluno a fazer na prática pedagógica. O processo de planejamento compreende duas dimensões técnica e política. CERTO O planejamento deve ser regido por intencionalidades e objetivos, nesse caso o sucesso escolar dos estudantes e a melhoria na qualidade da prática docente, dessa forma o planejamento possui duas dimensões: A política, visto que toda ação humana é uma ação política, e mesmo quando o docente “não” planeja ali se traduz uma escolha política, e a dimensão técnica do conhecimento que é a aprendizagem do aluno, e em se tratando do aprender ao executar se configura ação a prática do processo de ensino e aprendizagem. 1. O principal objetivo do planejamento é preenchimento de formulários para o controle administrativo. ( ) CERTO ( ) ERRADO 2. Os níveis de preparo dos alunos bem como suas condições socioculturais e individuais não fazem parte de fatores considerados no planejamento. ( ) CERTO ( ) ERRADO 3. O planejamento é um processo de racionalização e organização da ação docente. ( ) CERTO ( ) ERRADO 4. O planejamento diz respeito a função de formar o currículo em diferentes etapas. ( ) CERTO ( ) ERRADO 5. Planejamento do Currículo é o mesmo que planejamento de instrução. ( ) CERTO ( ) ERRADO 6. Os únicos níveis de organização da prática educativa que influenciam no planejamento docente são o planejamento do professor e o planejamento escolar, que devem ser articulados. ( ) CERTO ( ) ERRADO 7. O acompanhamento do planejamento permite que se realizem alterações nas estratégias ou ações previstas durante a execução para corrigir o rumo do processo, visando o alcance dos objetivos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 8. O planejamento curricular é fruto de uma sucessão de etapas que vai desde as definições adotadas pelo Ministério de Educação até a realização do trabalho docente em sala de aula. ( ) CERTO ( ) ERRADO 9. A prática educativa requer organização prévia por meio do planejamento das ações educativas e pedagógicas da escola. Uma vez estabelecido, esse planejamento educacional não pode ser mudado, pois constitui um documento formal. ( ) CERTO ( ) ERRADO 10. No processo de planejamento e organização do trabalho pedagógico, as ações estão circunstanciadas no âmbito dos vários elementos que compõem o universo escolar, devendo ser dada importância máxima aquelas circunscritas a prática pedagógica do professor e a sua formação. ( ) CERTO ( ) ERRADO 1. RESPOSTA ERRADA O preenchimento de formulários administrativos não faz parte do principal objetivo que se deseja alcançar com o planejamento. A principal busca é pela determinação da intencionalidade do processo da educação e da previsão da ação docente. A prática dos processos conforme planejamento é um fator muito importante e deve ser acompanhado e mensurado para que não se torne apenas a realização de tarefas burocráticas como o preenchimento das planilhas. O foco do planejamento é definir as diretrizes e articula-las com a prática pedagógica para que se tenha como resultado a melhoria na qualidade do ensino aprendizagem. 2. RESPOSTA ERRADA O nível de conhecimento, preparação e as condições socioculturais e individuais dos alunos são fatores determinantes para o planejamento. Essas condições são o ponto de partida para construir o planejamento em seus diferentes níveis e etapas, desde o Planejamento Educacional até o Planejamento em sala de aula, definindo inclusive os conteúdos mais específicos a serem inseridos no processo. 3. RESPOSTA CERTA O planejamento não é neutro, deve ser definido com intencionalidade, é preciso racionalizar as ações docentes, organizando-as de modo a considerar o contexto social dos educandos, o tempo e espaços escolares, os recursos dentro da escola e também a ações educativas que vão além dos muros da escola. 4. RESPOSTA CERTA O currículo deve ser formado em diferentes etapas, que vai desde as definições pelo Ministério de Educação, Base Nacional Comum Curricular, Diretrizes Educacionais da Educação Básica, depois definidos na Proposta Pedagógica da Escola o qual se materializa o currículo, conteúdos que farão parte do processo de ensino e aprendizagem de docentes e discentes. 5. RESPOSTA ERRADA Planejamento do currículo não é o mesmo que planejamento de instrução, visto que essa concepção é de caráter de modelo tecnicista, de caráter burocrático, onde o objetivo é modelar o comportamento humano para o mercado de trabalho, professor e aluno são cumpridores de tarefa e os livros didáticos são visto como manuais de instrução na qual o instrutor é o professor, entretanto, o modelo que se adota hoje nas escolas públicas de ensino é um modelo de educação progressista, emancipatória e transformadora defendida por vários teóricos críticos como Paulo Freire, Makarenko, Manacorda, Miguel Arroyo e Saviani com contribuições de Gramsci e Vygotsky. Por isso o Planejamento não é neutro, não tem caráter meramente de instrução, busca corrigir e inovar a prática docente, professor e aluno contribuem no processo de planejar quando de trata de planejamento de ensino. 6. RESPOSTA ERRADA Os planejamentos de ensino são interdependentes e são articulados, devendo obedecer a uma ordem para que o ensino e aprendizagem se concretizem, o plano de aula não pode anteceder o plano de unidade didática (ou plano de ensino ou plano de curso) que deve ser definido em um determinado período letivo, visto que o plano de aula é para uma aula. O planejamento tem um mais sentido amplo, que vai desde o Plano Nacional de Educação construído pelo CNE Conselho Nacional de Educação, seguido pela Proposta Pedagógica, Plano Escolar, Plano de Ensino e depois o Plano de Aula. 7. RESPOSTA CERTA O planejamento não deve ser encarado como algo normativo, requer certa flexibilidade para fazer alterações nas diretrizes de ensino ou de aula, para que se alcance os resultados esperados. Na prática podem ser observadas necessidades individuais e coletivas que devem ser consideradas, revendo e alterando as estratégias de como ensinar e com o quais recursos ensinar. 8. RESPOSTA CERTA O planejamento segue determinados níveis, tipos e etapas, sendo seus tipos de planejamento Educacional, Escolar, Curricular, de ensino, (plano de unidade didática ou plano de curso) e de aula. Todos possuem um papel importante e a falta de qualquer um desses traz um déficit no alcance dos objetivos educacionais. 9. RESPOSTA ERRADA organização prévia por meio do planejamento das ações didáticas e pedagógicas da escola é item fundamental para ao sucesso escolar, porém o planejamento pode ser alterado, não deve ser tratado como um documento formal, rígido e inalterável, o planejamento como falamos é flexível e o foco deve ser na qualidade de seu conteúdo e no alcance das metas e objetivos escolares. 10. RESPOSTA ERRADA Nesse processo a é ênfase é no educando e em sua aprendizagem segundo as DCNs para a Educação Básica. O professor e a prática pedagógica são participantes imprescindíveis para o alcance dos objetivos escolares, mas não são o centro ou objeto do processo. Níveis de Planejamento Operacional Definido com a colaboração do professor facilitar com objetivo de a organização do trabalho Pedagógico. Plano de Ensino e Plano de Aula Tático Planejamento específico para setores ou departamento. Na educação esse planejamento ocorre em órgãos do governo como as secretarias de educação. Estratégico Definição de missão, visão e valores da organização. Define metas macro, diretrizes e estratégias. A definição ocorre no Plano Nacional de Educação Planejamento Educacional em Nível Estratégico O planejamento educacional consiste na tomada de decisões sobre a educação no conjuntodo desenvolvimento geral do país. O planejamento de um sistema educacional é feito em nível sistêmico, isto é, em nível nacional, estadual e municipal. Consiste no processo de análise e reflexão das várias facetas de um sistema educacional, para delimitar suas dificuldades e prever alternativas de solução. O planejamento de um sistema educacional reflete a política de educação adotada (HAYDT, 2006, p. 95). O planejamento Educacional é constituído pela intencionalidade e estratégias de cada governo para lidar com as questões de ingresso e permanência dos alunos na escola, em especial no sistema público de ensino. De acordo com Horta (1991), o planejamento educacional constitui uma forma específica de alinhamento do Estado na educação, para a implantação de políticas educacionais do Estado, de modo a cumprir protocolos que lhe são atribuídos em se tratando de instrumentos deste mesmo Estado. Assim o planejamento educacional consiste, segundo Luckesi (2005, p.112), num processo de abordagem racional e científica, dos problemas de educação, incluindo a definição de prioridades e levando em conta a relação entre os diversos níveis do contexto educacional. O Planejamento Educacional no Brasil, adotado pelo Plano Nacional de Educação, cujo define 10 diretrizes, 20 metas e 254 estratégias com o objetivo de melhor o acesso, permanência e qualidade social da educação. Sendo assim, o Plano Nacional de Educação (PNE) é uma ferramenta de planejamento de nível estratégico que orienta a execução e o aprimoramento eficaz de políticas públicas no âmbito da educação em todo território brasileiro. Planejamento Escolar em nível Operacional O Planejamento Escolar corresponde às ações sobre o funcionamento administrativo e pedagógico da escola e este planejamento necessita da participação da comunidade escolar. O trabalho pedagógico é desenvolvido em formato de um projeto, o planejamento escolar pode estar contido no Projeto Político Pedagógico (PPP). As escolas públicas utilizam o modelo de Planejamento Participativo, emancipatório, ou seja, todos fazem parte da tomada de decisões na escola, em conjunto determinam a identidade da escola de acordo com suas histórias e seus valores, e definem que tipo de aluno se espera formar de acordo com esse modelo. Dentro do Planejamento Escolar que pode ser caracterizado no (PPP) chamado pela maioria dos autores ou Proposta Pedagógica, temos um modelo de planejamento chamado Planejamento Participativo, toda a comunidade escolar participa da elaboração da Proposta Pedagógica, contudo, não existe somente um ponto de vista na elaboração do (PPP), além da perspectiva emancipatória, existe também a estratégia empresarial. O nível operacional é voltado para a prática docente em sala de aula, é o planejamento dos conteúdos, metodologias, recursos e a avaliação a ser aplicada. É o momento de colocar em prática todo o planejamento. Planejamento em nível tático O planejamento de nível tático envolve a educação como uma totalidade, abrangendo todos os recursos e todas as áreas de atividade. Promove ações de nível intermediário que envolvem toda organização e tem visão por unidades de negócios ou departamentos. Possui foco no médio prazo e a definição dos objetivos e resultados são bem específicos. No que se refere ao planejamento na área da educação podemos citar um exemplo como as secretarias de educação, que são um departamento específico ou uma área específica, sendo seus objetivos específicos definidos para aquela unidade que visa atender as necessidades de suas unidades de ensino em nível intermediário, sendo o planejamento elaborado em um departamento, pelos diretores, englobando a organização como um todo e sua interação com o ambiente é caracterizado como o nível tático, lembre, se a questão abordar que o planejamento é elaborado dentro de um departamento ou empresa e que seus objetos são definidos em caráter específico, pode se dizer que essas definições correspondem ao nível tático de planejamento. Algumas palavras podem ajudar a separar as definições e características de cada um dos níveis de planejamento: Nível estratégico refere-se a longo prazo e é macro, amplo, a exemplo no Brasil temos o (PNE) Plano Nacional de Educação. Para o nível tático há uma relação com objetivos específicos, dentro de um departamento, por exemplo: as secretarias de educação dos estados e municípios e do distrito federal, e nível operacional que se refere ao planejamento realizado nas instituições de ensino e pelo docente, por exemplo: o (PPP), o plano de ensino e plano de aula. 1- CESPE- UNIPAMPA- PEDAGOGO – 2013 O planejamento operacional trata cada aspecto isoladamente e enfatiza a técnica e os instrumentos, como foco na eficiência e na execução com vistas á soluções de problemas. ( ) CERTO ( ) ERRADO 2- CESPE- DETRAN – DF PEDAGOGO – 2009 O nível estratégico de um processo de planejamento está relacionado a um departamento ou a uma área específicos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 3- CESPE- DETRAN- DF – PEDAGOGO – 2009 O nível estratégico de planejamento de um processo de planejamento pressupõe um grau reduzido de incerteza. ( ) CERTO ( ) ERRADO 4- CESPE- CEBRASPE – ANALISTA – ARÉA ADMINISTRATIVA- 2019 Cabe ao planejamento tático prever ações de longo prazo que envolvam a organização de forma integral. ( ) CERTO ( ) ERRADO 5- CESPE- DETRAN- DF – PEDAGOGO – 2009 No nível estratégico de planejamento se estabelece a missão de uma instituição. ( ) CERTO ( ) ERRADO -6 IADES- FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE BRASILIA – TÉCNICO DE RADIOLOGIA- 2017 O planejamento estratégico apresenta maior flexibilidade que o planejamento tático, além de apresentar menores riscos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 7- (IADES- 2017) Existe uma diferenciação na dimensão temporal do processo de planejamento estratégico e de planejamento tático, já que o horizonte do planejamento estratégico é sempre maior que o do planejamento tático. ( ) CERTO ( ) ERRADO 8- INAIZ DO PARÁ – CREFITO 16o REGIÃO – ADMINISTRADOR- 2018 O planejamento operacional aborda a organização como um todo, facilitando, dessa forma, que todos os colaboradores possam visualizar as futuras ações. ( ) CERTO ( ) ERRADO 9- UFPR – PREF, DE ALMIRANTE TAMANDARÉ – PR- PEDAGOGO – 2015 Há uma hierarquia do planejamento, dada em três níveis distintos: superior (estratégico), intermediário ( tático) e inferior ( operacional). ( ) CERTO ( ) ERRADO 10- CESPE – TJ – DFT – PEDAGOGO – 2017 As decisões estabelecidas no nível operacional são eminentemente de dimensão técnica, enquanto, no nível estratégico, elas são de cunho político social. ( ) CERTO ( ) ERRADO 1- RESPOSTA CERTA O planejamento operacional analisa cada aspecto isoladamente, pensado para as ações que ocorrem em sala de aula e dentro dos espaços escolares ou não, com foco na eficiência e na execução que se dá nos espaços educacionais. 2- RESPOSTA ERRADA O processo de planejamento está relacionado a um departamento ou a uma área específica é o nível tático e não o nível operacional. 3- RESPOSTA ERRADA No nível estratégico de planejamento não há um grau reduzido de incertezas, pois existem objetivos mais amplos, como os gerais, pensando para todos os sistemas de ensino. Possui diretrizes, metas e estratégias pensado para longo prazo. 4- RESPOSTA ERRADA O planejamento tático é de nível intermediário, ou seja, médio prazo, e não de longo prazo como, esse prazo se refere ao planejamento estratégico o qual é mas geral, sendo sua organização de forma pensada para alcançar metas, diretrizes e estratégias para todos os sistemas de ensino. 5- RESPOSTA CERTA No nível estratégico de planejamento se estabelece a missão da instituição. 6 – RESPOSTA ERRADA O planejamento estratégico não possui maiorflexibilidade e nem apresentar menores riscos, visto que possuem metas que precisam ser executadas e alcançadas em determinado período, ou seja, as metas são quantificáveis e possuem tempo para serem alcançadas. 7- RESPOSTA CERTA O horizonte do planejamento estratégico é sempre maior que a do planejamento tático, sendo o estratégico pensado a longo prazo, como por exemplo o PNE de validade decenal\plurianual pensado para 10 anos, e o tático é de nível médio, intermediário. 8- RESPOSTA ERRADA O planejamento operacional não aborda a organização como todo, facilitando, dessa forma, que todos os colaboradores possam visualizar as futuras ações essas características se refere ao nível mais amplo de planejamento sendo o estratégico. 9- RESPOSTA CERTA Os níveis de planejamento possuem distintos graus de execução sendo o estratégico o primeiro nível, mais amplo sendo seu horizonte sempre maior, não é flexível pois visa alcançar as metas em determinado período, em segundo plano aborda-se o nível tático é de nível intermediário são materializados dentro dos departamentos\ empresas como exemplo temos as secretárias de educação, em último plano, o planejamento operacional o qual é estabelecido das instituições de ensino e pelos docentes, sendo eles o PPP o plano de ensino e plano de aula. 10- RESPOSTA CERTA As decisões no nível operacional são de dimensão técnica, voltadas a execução do ensino, é o saber fazer a atividade profissional, o saber técnico visando à aprendizagem dos alunos. Cabe ao professor saber fazer, elaborar, organizar a prática docente. Em se tratando do nível estratégico, elas são de cunho político – social o que quer dizer que toda ação humana é política, ou seja, a ação de planejar é carregada de intencionalidades, por isso esse nível possui, diretrizes, metas e estratégias bem definidas para alcançar resultados para uma sociedade como um todo. Planejamento Participativo perspectiva do Projeto Político Pedagógico O planejamento participativo (emancipatório) é o processo que envolve a organização do trabalho em grupo de uma instituição escolar. Baseia-se adicionalmente no trabalho coletivo com objetivo de solucionar os problemas comuns existentes no ambiente social. Nesse processo as pessoas envolvidas apresentam, analisam, discutem e decidem, ou seja, elas realmente participam da transformação. O planejamento participativo foi desenvolvido para grupos e instituições cujo objetivo não era pautado no lucro financeiro e sim a transformação e construção de uma mudança social. Nesse sentido ele envolve fatores do ambiente, transformando a realidade a partir da participação, análise e reflexão de todos. “A participação, sem seu sentido pleno caracteriza-se por uma força de atuação consciente, pelo qual os membros de uma unidade social reconhecem e assumem seu poder de exercer influência na determinação da dinâmica dessa unidade social, de sua cultura e de seus resultados, poder esse resultante de sua competência e vontade de compreender, decidir e agir em torno de questões afetivas”. (LÜCK, 1996, p.18). O principal benefício desse modo de planejamento não é o resultado final e sim o desenvolvimento do processo. Contemplar análises diferentes da realidade escolar permite a criação de vínculos entre pais, alunos, professores e funcionários. Proporcionar um debate democrático auxilia na elaboração de critérios na orientação do processo de planejamento, com significados comuns aos diferentes membros educacionais, colaborando com a identificação desses com o trabalho realizado na escola. Quando não existe a participação, ocorre a separação desses diferentes olhares sobre a escola. Perspectivas na Construção do Projeto Político Pedagógico Estratégico Empresarial Possui currículo homogêneo Busca eliminar conflitos Centraliza poderes PPP Emancipatório É heterogêneo Busca a resolução de conflitos Descentraliza poderes O planejamento participativo visa à centralização de poder, visto que o poder de decisão cabe exclusivamente aos gestores. ERRADO Análise da questão No planejamento participativo é considerada a descentralização do poder, sendo a tomada de decisão efetivada em um processo democrático. PPP Estratégico Empresarial Buscar esconder os conflitos, ou seja, eliminá-los. PPP Emancipatório Visa relevar os conflitos para depois superá-los. Fases do planejamento participativo De acordo com Ferreira (1979), podemos identificar três fases do processo de construção, dentro do planejamento participativo: 1. A preparação do planejamento escolar, 2. O acompanhamento da execução das operações definidas no plano escolar; 3. A revisão do processo. Podemos dizer que o planejamento pode ser visto como um ciclo de planejar, acompanhar, avaliar e gerar novo ciclo de planejamento, tendo como papel principal a criação de nova realidade. Desse modo, para a elaboração de um planejamento participativo, A ideia é que todos possam contribuir, transformando a realidade de forma conjunta. Professores, pais alunos e todos os envolvidos no ambiente escolar participam do processo, definindo a teoria e prática e produzindo novos conhecimentos a partir da realidade atual. Reiterando que a ação de planejar não pode ser neutra. Ganhos com o Planejamento Participativo ➢ Quando há possibilidade de todos participarem, abre-se também uma variedade de oportunidades com diferentes experiências e olhares sobre o plano que está sendo abordado. ➢ Amplia-se a possibilidade de ação com a de resolução de problemas, que serão discutidos a partir de todos os pontos de vista. ➢ São reunidas ideias, lançadas opiniões e compartilhadas as probabilidades, não deixando que situações estáticas e engessadas perdurem, fazendo com que haja transformação e um trabalho com maior qualidade. 1. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: SEDF Prova: Técnico de Gestão Educacional A respeito do planejamento participativo, julgue o próximo item. O planejamento participativo contribui para que os envolvidos se sintam corresponsáveis pelo que acontece na escola. ( ) CERTO ( ) ERRADO 2. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: SEDF Prova: Técnico de Gestão Educacional – Secretário Escolar A respeito do planejamento participativo, julgue o próximo item. Os sujeitos do planejamento participativo integram o objeto sobre o qual se propõem a refletir e sua participação torna-os mais sensíveis para com as necessidades da escola. ( ) CERTO ( ) ERRADO 3. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: SEDF Prova: Técnico de Gestão Educacional – Secretário Escolar A respeito do planejamento participativo, julgue o próximo item. Ao criar espaços para discussão de conflitos e dificuldades, o planejamento participativo impacta negativamente a gestão escolar porque levanta problemas para os gestores educacionais, sobrecarregando-os. ( ) CERTO ( ) ERRADO 4. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: SEDF Prova: Técnico de Gestão Educacional – Secretário Escolar A respeito do planejamento participativo, julgue o próximo item. Estruturar um processo de planejamento participativo demanda descrever perfis de participação, definir a quantidade de participantes, organizar um plano de reuniões e impor formas de controle e de avaliação. ( ) CERTO ( ) ERRADO 5. TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS CESPE Acerca do planejamento participativo, julgue os itens a seguir. O acompanhamento do planejamento permite que se realizem alterações nas estratégias ou ações previstas durante a execução para corrigir o rumo do processo, visando o alcance dos objetivos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 6. ANO:2019 BANCA: IF SUL RIO-GRANDENSE Marcelo Soares Pereira da Silva no seu texto – Planejamento: concepções – aponta que o planejamentoparticipativo não possui um caráter meramente técnico e instrumental. Parte de uma leitura de mundo crítica e aponta para a construção coletiva da escola e da própria sociedade. O planejamento participativo traz, segundo o autor, duas dimensões fundamentais: A- O trabalho coletivo e o compromisso com objetivos e metas. B- O trabalho intermitente e o compromisso com objetivos e metas. C- O trabalho coletivo e o compromisso com a transformação social. D- O trabalho intermitente e o compromisso com a transformação social. 7.ANO:2013 BANCA CESPE ORGÃO: CNJ A convivência harmoniosa entre os membros de uma comunidade escolar constitui um princípio de planejamento participativo. ( ) CERTO ( ) ERRADO 8. QUADRIX- 2018 – SEDF – PROFESSOR SUBSTITUTO – ATIVIDADES A efetivação do Projeto Político Pedagógico da escola dá-se por meio da organização do currículo no contexto educacional. Para que isso sejas possível, se faz necessária a prática do planejamento em seus diferentes níveis. Acerca desse tema, julgue o próximo item. O planejamento participativo requer uma integração entre a escola e a comunidade na qual ela está inserida, tendo como fundamento a prática democrática. ( ) CERTO ( ) ERRADO 9. QUADRIX- 2018 – SEDF – PROFESSOR SUBSTITUTO – ATIVIDADES (Adaptada) O planejamento participativo independe do projeto político pedagógico. ( ) CERTO ( ) ERRADO 10. SELECON – 2018- PREFEITURA DE CUIABÁ – MT - PROFESSOR – PEDAGOGO Na perspectiva emancipatória o PPP preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias. ( ) CERTO ( ) ERRADO 11. SELECON – 2018- PREFEITURA DE CUIABÁ – MT - PROFESSOR – PEDAGOGO Na implementação do PPP, a tendência emancipatória é a de eliminação dos conflitos entre indivíduos ou grupos para garantia da sua eficiência e eficácia. ( ) CERTO ( ) ERRADO 12. CESPE – 2010 – ABIN – OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ÁREA PEDAGOGIA Julgue os itens a seguir, relativos a Projeto Político Pedagógico, que, nas empresas pode ser considerado processo de permanente reflexão e discussão a respeito dos problemas da organização, com o propósito de propor soluções que viabilizem a efetivação dos objetivos almejados. A lógica estratégica e a visão emancipatória, perspectivas que podem orientar a construção de projetos político pedagógicos em ambientes escolares ou corporativos, não afetam a essência desses projetos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 1. RESPOSTA CERTA O planejamento participativo faz com que todos os participantes sejam responsáveis pelo desenvolvimento do planejamento. 2. RESPOSTA CERTA. A abertura para todos os sujeitos participarem, traz também uma variedade de possibilidades com diferentes experiências e olhares sobre o assunto que está sendo abordado. 3. RESPOSTA ERRADA Esta é uma perspectiva errada sobre o planejamento participativo. Os gestores devem proporcionar a participação dos demais nas decisões a serem tomadas visando sempre um melhor desenvolvimento do trabalho educativo. 4. RESPOSTA ERRADA. O planejamento participativo não impõe formas de controle e de avaliação, e sim propõe, sugere, levanta meios de controle e gestão, visto que a perspectiva participativa traz a opinião de todos os envolvidos no processo de tomada de decisão. Por isso a palavra impor anulou a resposta, deixou essa perspectiva com caráter hierárquico, poder de decisão centralizado em uma única pessoa, essa é a concepção de estratégico empresarial. 5. RESPOSTA CERTA. O planejamento é flexível! É um processo contínuo de planejar, acompanhar, avaliar e replanejar, tendo como função transformar uma dada realidade. 6. LETRA C A visão de mundo crítica faz com que a educação seja vista em uma perspectiva de transformação social, sendo assim o planejamento participativo visa uma construção coletiva, ou seja, trabalho coletivo. 7. RESPOSTA ERRADA A visão emancipatória participativa visa revelar os conflitos em uma visão crítica para depois superá- los, ou seja desvelar conflitos, visando a transformação. 8. RESPOSTA CERTA O planejamento participativo requer a participação não só da equipe pedagógica, mas toda a comunidade escolar envolvida no processo de tomada de decisões, para que o PPP seja emancipatório participativo é necessário a participação de todos. 9. RESPOSTA ERRADA O planejamento participativo, ao contrário do que diz a questão, depende do Projeto Político Pedagógico pois é no planejamento participativo que se elabora a proposta pedagógica da escola. 10. RESPOSTA CERTA A perspectiva emancipatória de elaboração do PPP é exatamente desvelar conflitos para depois superar esses conflitos e não simplesmente eliminá-los como na perspectiva estratégico empresarial. 11. RESPOSTA ERRADA O PPP emancipatório visa superar conflitos, a perspectiva que visa eliminar os conflitos é a estratégico empresarial. 12. RESPOSTA CERTA A lógica emancipatória orienta a construção de projetos político pedagógicos em ambientes escolares ou corporativos e não afetam a essência desses projetos, pelo contrário, visa com a participação coletiva superar os conflitos existentes seja no ambiente escolar ou corporativo. Capítulo 2 - Projeto Político Pedagógico ou Proposta Pedagógica PROJETO, pois determina uma direção, ou seja, um ato intencional, com sentido explícito. PEDAGÓGICO, pois estruturam atividades e projetos necessários a aprendizagem e ao bom relacionamento entre escola e comunidade. Projeto Político Pedagógico Elucidado o conceito de Planejamento Participativo dentro do Planejamento Escolar que é o segundo tipo de planejamento, vamos aprofundar o entendimento Projeto Político Pedagógico construído na perspectiva de planejamento participativo. Projeto Político Pedagógico (mais comumente chamado pelos autores) ou Proposta Pedagógica (chamado pela maioria das legislações brasileiras como a LDB) possuem o mesmo significado e ambos os termos devem ser considerados em questões de prova. Esse é o projeto responsável por unificar as atividades e procedimentos a serem realizados durante um determinado período. Por isso ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola. POLÍTICO, pois a escola é um lugar de formação consciente, responsável e crítica, atua individual e coletivamente na sociedade e possui compromisso com a formação do cidadão Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) sobre o PPP Os docentes incumbir-se-ão de: I – participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I – Participação dos profissionais de educação na elaboração do projeto pedagógico da escola. Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) sobre o PPP Para a Lei de Diretrizes e Bases da Educação se destacam três grandes polos diretamente relacionados à construção do projeto pedagógico para a melhoria da qualidade de ensino, são eles: ➢ Flexibilidade: autonomia, possibilitando à escola organizar o seu próprio trabalho pedagógico. ➢ Avaliação: aspecto importante a ser observado nos vários níveis do ensino (Artigo 9o, inciso VI). ➢ Liberdade: âmbito do pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas (Artigo 3o, inciso III) e da proposta de gestão democrática do ensino público (Artigo 3o, inciso VIII), a ser definida em cada sistema de ensino. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comunse as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I – elaborar e executar sua proposta pedagógica; De acordo com o Artigo da Autora Hilma Passos Veiga o PPP possui cinco princípios para a construção desse planejamento participativo. ➢ IGUALDADE ➢ LIBERDADE ➢ QUALIDADE ➢ GESTÃO DEMOCRÁTICA ➢ VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO IGUALDADE Acesso e permanência na escola para todos, princípio esse expresso na LDB art 3. LIBERDADE Como a gestão democrática e está associada a ideia de autonomia, assim, a liberdade deve ser considerada, também como liberdade para aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a arte e o saber direcionados para uma de forma intencional e definida coletivamente.. QUALIDADE Relacionado a qualidade do ensino, segundo as DCNs uma escola de qualidade social visa a retenção, não evasão e distorção ano e série, ou seja uma escola de qualidade social alcança o acesso e permanência dos alunos na escola. GESTÃO DEMOCRÁTICA Reforça a necessidade de participação de toda a comunidade escolar, através dos pais, gestores, orientadores, coordenadores, órgãos colegiados. Juntos buscam superar os conflitos existentes na comunidade escolar. VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO Relacionado a formação continuada dos docentes, com o objetivo de continuação de seus estudos para que possam aperfeiçoar sua prática docente, seus saberes didáticos acadêmicos em articulação com a teoria e prática. O Projeto Político Pedagógico e suas Dimensões Quatro dimensões do projeto Político Pedagógico e suas autonomias. PEDAGOGICA Ações são definidas de acordo com a necessidade do ensino e aprendizagem. ADMINISTRATIVA Referente a organização como um todo da escola e suas formas de funcionamento. FINANCEIRA Escola com autonomia para administrar seus recursos que foram recebidos. JURÍDICA O funcionamento da escola depende das normais e as legislações. DIMENSÃO POLÍTICA As ações humanas são políticas e intencionais. O planejamento não é em nenhum momento neutro ou sem compromisso. O não planejamento traduz também algum tipo de escolha política. A ação de planejar é carregada de intencionalidade, por isso, o planejamento deve ser uma ação pedagógica comprometida e deve haver conscientização. CESPE-2011- SAEB-BA Na elaboração do projeto político pedagógico, a cargo de gestores e professores, devem ser consideradas tanto as necessidades dos alunos quanto as de promoção do envolvimento de todos na melhoria da qualidade da educação. Empresarial Centralização de poder Caráter normativo estabelecido por poderes de nível superior. Não existe um processo de produção coletiva. Preocupa-se mais com o produto do que com o processo. O trabalho coletivo não está presente. Emancipatória Descentralização de poderes. Considera as especificidades dos sujeitos. Busca a dialogo como ponto focal É articulado com o PPP da escola A unicidade entre a dimensão técnica e política é essencial. Articulação escolar com a família e comunidade. O trabalho pedagógico é coletivo. DIMENSÃO PEDAGÓGICA Referente ao ensino e aprendizagem, as práticas docentes, é o saber fazer a atividade profissional. Em se tratando da prática educacional, o saber técnico metodológico determina a competência para organizar as ações que serão desenvolvidas visando a aprendizagem dos alunos. Nesse momento, cabe o professor saber fazer, elaborar, organizar a prática docente. Vamos revisar sobre o que aprendemos sobre as perspectivas do PPP. ERRADO Análise da questão Na construção do PPP da escola pública é primordial a participação coletiva, com a descentralização de poderes, todos fazem parte do processo de tomada de decisão, sendo assim constar somente os cargos de gestor e professor torna a questão errada. conteúdos. 4. TEMPO ESCOLAR Para que o que está escrito no PPP seja concretizado através de ações pedagógicas é preciso administrar os tempos escolares, lembrando sempre que o planejamento é flexível. Dados da dissertação de Hilma Passos Veiga sobre PPP Para se concretizar as intencionalidades da comunidade escolar quanto ao tipo de aluno se quer formar e para resgatar a identidade da escola, é necessário abordar 7 elementos da concretização dos objetivos educacionais. Sendo eles: ➢ Finalidades ➢ Estrutura Organizacional ➢ Currículo ➢ Tempo Escolar ➢ Processo de Decisão ➢ Relações de Trabalho ➢ Avaliação Deve se gravar esses conceitos para lembrar também como esses elementos são convertidos em ação para o alcance da realização do PPP. Abaixo uma explicação sobre cada um deles: 1. FINALIDADE Se refere os objetivos, o que se quer alcançar, ou seja, os resultados os quais se incluem o sucesso escolar, o ensino e aprendizagem. 2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL A instituição escolar não pode ser descompromissada e nem bagunçada, suas ações são voltadas a uma prática compromissada, por isso sua estrutura é organizada. 3. CURRÍCULO Se materializa no Projeto Político Pedagógico e são articulados os conteúdos cognitivos e o conjunto de experiências, por isso na construção do PPP deve ser considerada a articulação desses 5. PROCESSO DE DECISÃO No PPP emancipatório existe a descentralização de poderes, ou seja a tomada de decisões é de todos, os envolvidos desvela conflitos existentes da instituição de ensino para que posteriormente possam juntos desvelar esses conflitos. 6. RELAÇÕES DE TRABALHO As relações de trabalhos devem possuir caráter cooperativos, em toda a comunidade, as relações de trabalhos não devem ser autoritárias, é possível que todos expressem suas opiniões com a intenção de melhorar a organização do trabalho pedagógico. MARCO SITUACIONAL Pergunta chave: Onde estamos? MARCO CONCEITUAL Qual metodologia iremos nos embasar? MARCO OPERACIONAL Onde chegar? O que alcançar? Quais resultados almejar? 7. AVALIAÇÃO A avaliação é um ato complexo mas também dinâmico deve estar de acordo com a avaliação prevista no projeto político pedagógico, imprime uma direção as ações dos docentes e alunos. Vamos entender como se dá a Elaboração e Execução do PPP, em se tratando dos marcos que foram citados no processo de avaliação como elemento de ação do PPP. Veiga e Carvalho afirma que: O grande desafio da escola, ao construir sua autonomia, deixando de lado seu papel de mera “repetidora” de programas de “treinamento”, é ousar assumir o papel predominante na formação dos profissionais. (1994, p. 50) Marco situacional Marco conceitual Marco operacional É a identidade da escola Dos alunos, professores e comunidade escolar É construído Coletivamente com toda a comunidade escolar Político e Pedagógico Os sistemas de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica. Dimensão pedagógica Visa alcançar o ensino e aprendizagem Dimensão política Possui uma intencionalidade O que não pode ser feito: Hierarquização Centralização de poder Ênfase nos recursos financeiros em detrimento do Autonomia Administrativas, financeira e pedagógica. Não se restringe a um simples planejamento para ser silenciado. Qualidade, liberdade, igualdade, gestão democrática, valorização do magistério. é Politico: intencional É Pedagógico: ensino e aprendizagem 1. SELECON – 2018- Prefeitura de Cuiabá -MT – Professor Pedagogo Segundo Veiga (2007), há vários caminhos para a construção do projeto político pedagógico e a autora enfatiza os movimentos do processo de construção do projeto, marcado por três atos distintos e interdependentes – ato situacional, ao conceitual, ato operacional. Quanto ao ato conceitual, pode-se afirmar que diz respeito á concepção de sociedade, homem, educação, escola,currículo, ensino, aprendizagem. ( ) CERTO ( ) ERRADO 2. SELECON – 2018- Prefeitura de Cuiabá -MT – Professor Pedagogo Segundo Veiga (1996) “O projeto político pedagógico, ao se construir em processo democrático de decisões deve ser construído primeiro pelos gestores da escola”. ( ) ERRADO ( ) CERTO 3. SELECON – 2018- Prefeitura de Cuiabá -MT – Professor Pedagogo Na perspectiva emancipatória o PPP preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias. 4. CESPE – 2008- TJ – DFT – Analista Judiciário – Pedagogia Na implementação do PPP, a tendência emancipatória é a eliminação dos conflitos entre indivíduos ou grupos para garantia da sua eficiência e eficácia. ( ) CERTO ( ) ERRADO 5. CESPE – 2011 - Correios – Analista de Correios- Pedagogo A respeito do projeto político pedagógico (PPP), julgue os itens a seguir. O PPP caracteriza-se por ser um documento estritamente administrativo, no qual devem estar expressos os objetivos de aprendizagem, as metas das instituições educativas bem como os métodos pedagógicos para o cumprimento do currículo. 6. CESPE – 2011- Correios – Analista de Correios – Pedagogo A respeito do projeto político pedagógico (PPP), julgue os itens a seguir. A elaboração do PPP compete os gestores públicos, que devem observar não só a legislação educacional vigente, mas também as aspirações da sociedade contemporânea, no estabelecimento das concepções pedagógicas que fundamentam as ações educacionais, de cuja execução devem participar apenas os profissionais das instituições educativas. ( ) CERTO ( ) ERRADO 7. CESGRANRIO – 2010 – Prefeitura de Salvador – BA – Coordenador Pedagógico – Adaptada O Projeto Político-Pedagógico é um instrumento teórico-metodológico que representa o ideário de uma instituição de ensino, tendo como característica a participação coletiva. A construção do Projeto Político- Pedagógico deverá incluir a participação de todos os sujeitos da escola nas etapas de elaboração, execução e avaliação. 8. CESPE – 2011 – SAEB – BA – Todos os cargos – Ed. Física, Arte, Português, Inglês e Espanhol. O projeto político-pedagógico resulta do agrupamento de diversos planos de ensino e atividades orientadoras das ações sistemáticas de professores, gestores e alunos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 9. CESPE – 2011 – SAEB – BA – Todos os cargos – Ed. Física, Arte, Português, Inglês e Espanhol. Na elaboração do projeto político-pedagógico, a cargo de gestores e professores, devem ser consideradas tanto as necessidades dos alunos, quanto as da comunidade a que a escola pertence, como forma de promoção do desenvolvimento de todos na melhoria da qualidade da educação. ( ) CERTO ( ) ERRADO 10. CESPE – 2011 – SAEB – BA – Todos os cargos – Ed. Física, Arte, Português, Inglês e Espanhol. Trata-se de um documento oficial que orienta a gestão administrativa e financeira dos espaços escolares, devendo ser do conhecimento de todos os atores do processo educativo. ( ) CERTO ( )ERRADO 11. CESPE – 2011 – SAEB – BA – Todos os cargos – Ed. Física, Arte, Português, Inglês e Espanhol. Trata-se de um plano em que se detalham objetivos, diretrizes e ações do processo educativo a ser desenvolvido na escola, e com base no qual são tomadas as decisões, encaminhadas questões e analisados os resultados alcançados tanto no plano administrativo quanto no plano pedagógico. ( ) CERTO ( ) ERRADO 1. RESPOSTA CERTA O ato conceitual diz respeito a concepção de mundo, homem, sociedade, educação, lembrando que conceituar é explicar algo é dá nome a algo. 2. RESPOSTA ERRADA O PPP na perspectiva emancipatório em um planejamento participativo deve ser construído coletivamente e a tomada de decisão dever ser feita coletivamente também, sendo assim, este planejamento não deve ser construído primeiro pelos gestores. 3. RESPOSTA CERTA A perspectiva emancipatória do PPP visa exatamente superar conflitos e eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, ou seja visa a descentralização de poderes, o qual todos participam na tomada de decisões. 4. RESPOSTA CERTA Para que o PPP alcance a eficiência e eficácia do seu trabalho é preciso desvelar os conflitos existentes dentro de suas instituições para que posteriormente possa haver a superação desses conflitos. 5. RESPOSTA ERRADA O PPP não é um documento estritamente administrativo, vai além de um simples agrupamento de planos, visto que esse planejamento participativo visa a previsão dos objetivos, metas e ação do que será realizado pela instituição escolar durante o período de sua execução. 6. RESPOSTA ERRADA Para a construção do PPP é preciso que todos os envolvidos na comunidade escolar participem nas tomadas de decisões, apontar conflitos para superá-los, definir objetivos, e estratégias para alcançá-los, por isso é importante que esse planejamento seja feito coletivamente não apenas os profissionais das instituições educativas, pais, alunos, órgãos colegiados também fazem parte desse processo de planejar. 7. RESPOSTA CERTA A construção do Projeto Político-Pedagógico deverá incluir a participação de todos os sujeitos da escola nas etapas de elaboração, execução e avaliação, pois definir a identidade da escola é de extrema importância, fazendo levantamento como: quem somos, nossas histórias, onde estamos, onde queremos chegar, qual escolha teórico metodológico queremos nos basear 8. RESPOSTA ERRADA Como falamos anteriormente, o PPP vai além de um simples agrupamento de planos, não é voltado somente para as ações dos professores e alunos mas também para toda a comunidade escolar, todos que fazem parte da instituição escolar, envolvem os órgãos colegiados, todos os profissionais de educação como gestores, orientadores, coordenadores, professores, pais, alunos e os demais atores envolvidos na comunidade escolar. 9. RESPOSTA ERRADA Falamos anteriormente que dentro do processo do planejamento participativo (PPP), perspectiva emancipatória, a tomada de decisão é de todos, e não fica a cargo dos gestores e professores, é claro que terá um condutor que irá conduzir a direção do projeto, porém todos os atores da comunidade escolar fazem parte no processo de elaboração, execução e avaliação do projeto político-pedagógico. 10. RESPOSTA ERRADA Vamos sempre nos lembrar que o projeto político-pedagógico vai além de um simples agrupamentos de planos, vai além de um plano estritamente administrativo, ou seja não trata-se somente de um documento oficial que orienta a gestão administrativa e financeira dos espaços escolares, vai além de teoria é planejar a ação, devendo ser de conhecimento de todos os atores do processo educativo. 11. RESPOSTA CERTA A questão estaria errada se aborda-se o PPP como um simples agrupamento de planos, não dando espaço para ser uma previsão da ação, de metas de objetivos a serem alcançados, de definição da identidade da escola, aliás o projeto político-pedagógico é a identidade da escola, nesse sentido o PPP é um plano que deverá ser analisado os resultados alcançados tanto no plano administrativo quanto no plano pedagógico. Capítulo 3 - Planejamento Curricular O planejamento curricular se materializa no Projeto Político Pedagógico. Desse modo o currículo refere- se a organização do conhecimento escolar, nesse sentido é preciso planejar os conteúdos que serão ensinados e aprendidos durante o processo de execução do PPP, levando em consideração os conteúdos advindos das experiências dos educandos, dos contextos sociais em que estão inseridos, que a comunidade escolar está inserida, a ideia é articular os conteúdos cognitivos e simbólicos, ou seja, historicamente acumuladospela humanidade, conteúdos sistematizados aos conteúdos advindos da prática de vida do educando. Desse modo o planejamento curricular abrange o planejamento das experiências vividas pelos alunos em uma escola (PILETTI, 1991). É o processo de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação escolar. É previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno. Portanto, essa modalidade de planejar constitui um instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta geral das experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através dos diversos componentes curriculares (VASCONCELLOS, 1995, p. 56). Cada escola deve elaborar seu planejamento de currículo, inserindo todos os componentes escolares que, direta ou indiretamente, fazem parte do processo educativo, como diretor, supervisor pedagógico, orientador educacional e professores. Assim, definirão juntos os objetivos finais, o conteúdo básico e delinearão os métodos e as estratégias de avaliação. Nesse sentido o planejamento curricular se materializa dentro do projeto político-pedagógico da instituição escolar, visto que nesse planejamento participativo se planeja os currículos, ou seja, os conteúdos, os conjuntos de experiências dos alunos. De acordo com Luckesi (2006, p.112), o planejamento curricular é uma tarefa multidisciplinar que tem por objetivo a organização de um sistema de relações lógicas e psicológicas dentro de um ou vários campos de conhecimento, de tal modo que se favoreça ao máximo o processo ensino-aprendizagem. É, dessa forma, a previsão de todas as atividades que o educando realiza sob a orientação da escola para atingir os fins da educação. Nesse processo dinâmico e dialético, novo saberes e experiências são considerados na relação com os conhecimentos produzidos pelas ciências, sendo educandos e educadores protagonistas na elaboração, desenvolvimento e avaliação dos processos de ensinar, aprender, pesquisar e avaliar, tendo o currículo como referência. Historicamente, o conceito de currículo expressa ideias como conjunto de disciplinas/matérias, relação de atividades a serem desenvolvidas pela escola, resultados pretendidos de aprendizagem, relação de conteúdos claramente delimitados e separados entre si, com períodos de tempos rigidamente fixados e conteúdos selecionados para satisfazer alguns critérios avaliativos. Nessas representações, os programas escolares e o trabalho escolar como um todo são tratados sem amplitude, desprovidos de significados e as questões relacionadas à função social da escola são deixadas em plano secundário, transformando o currículo num objeto que esgota em si mesmo, como algo dado e não como um processo de construção social no qual se possa intervir. Nesse sentido atualmente o planejamento curricular dá lugar ao contexto social em que os alunos estão inseridos, seu contexto sociocultural, suas histórias, seus conhecimentos prévios para que posteriormente possa planejar os currículos da instituição. Para que isso ocorra é importante abordar as manifestações de currículos que podem ser classificadas em currículo oficial, formal ou prescrito, real e oculto. Vamos entender cada um deles. Currículo e Construção do Conhecimento Entendendo a visão dos autores. Como pode ser entendido o currículo na visão de alguns autores: Primeiramente é importante abordar que o currículo, mais do que uma simples enumeração de conteúdos e diretrizes a serem trabalhados em sala de aula pelos professores ao longo das diferentes fases da vida escolar dos estudantes, é uma construção histórica e também cultural que sofre, ao longo do tempo, transformação em suas definições. Por esse motivo, para o professor, é preciso não só conhecer os temas concernentes ao currículo de suas áreas de atuação, como também o sentido expresso por sua orientação curricular. Por esse motivo, o conceito de currículo na educação foi se transformando ao longo do tempo, e diferentes correntes pedagógicas são responsáveis por abordar a sua dinâmica e suas funções. Assim, diferentes autores enumeram de distintas formas as várias teorias curriculares, de forma que abordaremos a seguir as correntes apontadas por Silva (2003)¹. No entanto, vale ressaltar que existem outras formas e perspectivas, a depender do autor escolhido. A concepção de currículo na obra de Dermeval Saviani indica possibilidades reais para se pensar o currículo, visando o desenvolvimento da pedagogia histórico-crítica como uma concepção de formação humana na perspectiva da transição do capitalismo para o socialismo e, deste, para o comunismo. Nesse sentido, iniciamos esse artigo explicitando alguns princípios curriculares para a seleção dos conteúdos do ensino e para o trato com o conhecimento. Na sequência, discutimos como esses princípios articulam-se à teoria marxista da liberdade. Afinal, na sociedade capitalista o trabalho gera a anulação da liberdade do trabalhador, posto que este é obrigado, pelas condições objetivas de vida, a vender sua atividade para poder sobreviver. Ao mesmo tempo e contraditoriamente, o trabalho na 42 sociedade capitalista é a fonte de enormes avanços em termos das possibilidades de construção de uma sociedade na qual os seres humanos possam viver e atuar de maneira livre e universal. , e que para que haja um currículo é preciso existir um planejamento curricular e que esse planejamento curricular se materializa dentro do Projeto Político-Pedagógico, é importante destacar que existem três tipos de manifestações de currículo que não se dá apenas explicitamente dentro da escola, ou seja materializado no planejamento curricular. Desse modo inicialmente a primeira manifestação de currículo encontramos nos documentos oficiais a qual é prescrito o conjunto de experiências conteúdos cognitivos e simbólicos que se quer através dos sistemas de educação, encontramos o currículo oficial nas (DCNS) e na (BNCC) esses dois documentos possuem força de lei por isso deve ser seguido por todas as instituições de ensino para que elaborem seu planejamento curricular. Depois do currículo oficial, destaca-se o currículo real que ocorre em sala de aula, conjunto de experiências advindo da realidade dos alunos articulados com os conteúdos sistematizados. E vale ressaltar ainda o currículo oculto o qual é implícito, passa despercebido da prática docente intencional, são as regras, normas, relações hierárquicas, atitudes, formas de organização da sala de aula. Para entendermos melhor cada um deles vamos separá-los em tópicos para que você não possa errar as questões de prova e entender que dentro do planejamento curricular podemos encontrar dois tipos de manifestações do currículo o real que ocorre na sala de aula e o implícito que passa despercebido, e para que isso ocorra inicialmente é preciso existe a manifestação oficial, formal, explicita que advêm dos documentos oficiais. Entendendo o que falam os Documentos Oficiais Os documentos oficiais que tratam sobre currículo, costumam assumir perspectivas crítica e pós-crítica de currículo, ou seja, considera o campo de disputa em torno de sua construção, o que torna algo não neutro, além da importância do debate em torno de questões indenitárias como sexualidade, etnia, raça, religiosidade, multiculturalismo, diversidade. As Diretrizes Curriculares Nacionais, que orientam as escolas brasileiras na organização, articulação, no desenvolvimento e na avaliação de proposta pedagógica, em seu Art. 13 § 2º define currículo como “conjunto de valores e práticas que proporcionam a produção e socialização de significados no espaço social e que contribuem para a construção de identidades sociais e culturais do estudante. É campo conflituoso de produção de cultura e deve buscar articular vivências e saberes dos alunoscom os conhecimentos historicamente acumulados”. Deve ter uma opção de escola que rompe com a ilusão da homogeneidade. A organização do percurso formativo, aberto e contextualizado, deve ser construída em função das peculiaridades do meio e das características, interesses e necessidades dos 43 estudantes, incluindo não só os componentes curriculares centrais obrigatórios, previstos na legislação e nas normas educacionais, mas outros, também, de modo flexível e variável, conforme cada projeto escolar. As DCNS e a BNCC dá ênfase que haja uma Base Nacional Comum a ser complementada por uma parte diversificada, onde possuem características diferentes, mas não podem ser opostas, distantes uma da outra e sim articuladas. Desse modo a base nacional comum e a parte diversificada não podem ser consideradas como dois blocos distintos, pois juntos complementam os currículos que serão ensinas e aprendidos em todo processo de ensino e aprendizagem. BASE NACIONAL COMUM E A PARTE DIVERSIFICADA A base nacional comum na Educação Básica constitui-se de conhecimentos acumulados pela humanidade o qual são expressos nas políticas públicas e publicados nas instituições produtoras do conhecimento científico e tecnológico, podendo ser encontrato em diversos locais de aprendizagem e nas produção artística, nas diferentes formas de cidadania e até mesmo na sociedade. Integram a base nacional comum segundo o Art. 14 das DCN’s: ➢ A Língua Portuguesa; e Matemática ( Em toda a Educação Básica); ➢ O conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social e política, especialmente do Brasil, o estudo da História; ➢ e das Culturas Afro-Brasileira e Indígena ( Ensino Fundamental e Médio); ➢ A Arte, em suas diferentes formas de expressão, incluindo-se a música ( Educação Básica); ➢ Esses componentes que compõem a Base Nacional Comum são organizados pelos sistemas estaduais, municipais e distritais de educação em forma de áreas de conhecimento, disciplinas, blocos temáticos, preservando-se a singularidade dos diferentes campos do conhecimento, por meio dos quais se A Educação Física; O Ensino Religioso ( Ensino Fundamental). desenvolvem o exercício da cidadania, considerando o tempo em que o aluno aprende. A parte diversificada enriquece e complementa a base nacional comum, prevendo o estudo das características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da comunidade escolar, perpassando todos os tempos e espaços curriculares constituintes do, independentemente do ciclo da vida no qual os sujeitos tenham acesso à escola. A parte diversificada pode ser organizada em temas gerais, na forma de temáticos e conteúdos selecionados colegiadamente pelos sistemas educativos ou pela unidade escolar. A base nacional comum e a parte diversificada não podem se constituir em dois blocos distintos, com disciplinas específicas para cada uma dessas partes, mas devem ser organicamente planejadas e geridas de tal modo que as tecnologias de informação e comunicação perpassem transversalmente a proposta curricular, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, imprimindo direção aos projetos político-pedagógicos. Através da interdisciplinaridade e a contextualização devem assegurados a transversalidade do conhecimento de diferentes disciplinas e eixos, passando por todo o currículo e proporcionando a interlocução entre os conhecimentos e seus diferentes campos. Fique atento ao que dizem as DCN’s! Art. 15. A LDB inclui o estudo de, pelo menos, uma língua estrangeira moderna na parte diversificada, cabendo sua escolha à comunidade escolar, dentro das possibilidades da escola, que deve considerar o atendimento das características locais, regionais, nacionais e transnacionais. Art. 16. Leis específicas, que complementam a LDB, determinam que sejam incluídos componentes não disciplinares, como temas relativos ao trânsito, ao meio ambiente e à condição e direitos do idoso. O QUE SÃO INTERDISCIPLINARIDADE E TRANSVERSALIDADE? ANO: 2017 – CESPE – SEDF – PROFESSOR Interdisciplinaridade O trabalho pedagógico pode ser desenvolvido por meio de uma abordagem teórico metodológica em que a ênfase incide sobre o trabalho de integração de diferentes áreas do conhecimento, ou seja, as disciplinas se articulam em torno de uma área do conhecimento, uma temática que contribuem para o ensino e aprendizagem de ambas. Transversalidade É abordagem epistemológica dos objetos de conhecimento na prática educativa, uma articulação entre aprender conhecimentos teoricamente acumulados (conteúdos acumulados pela humanidade) e assuntos de relevância social que são trazidos da vida real. A Interdisciplinaridade e Transversalidade segundo as DCN’s Art. 13. §4º” A transversalidade é entendida como uma forma de organizar o trabalho didático pedagógico em que temas e eixos temáticos são integrados às disciplinas e às áreas ditas convencionais, de forma a estarem presentes em todas elas. § 5º A transversalidade difere da interdisciplinaridade e ambas complementam-se, rejeitando a concepção de conhecimento que toma a realidade como algo estável, pronto e acabado. § 6º A transversalidade refere-se à dimensão didático-pedagógica, e a interdisciplinaridade, à abordagem epistemológica dos objetos de conhecimento. Com relação ás Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, julgue os itens a seguir: A política curricular é uma política de Estado e prioriza a sistematização de um currículo científico, relegando para segundo plano as práticas sociais. Comentário da Questão ERRADO Análise da questão A política curricular de estado não prioriza o currículo cientifico em detrimento das práticas sociais, visto que a escola de Educação Básica é o espaço em que se ressignifica e se recria a cultura herdada, reconstruindo-se as identidades culturais, em que se aprende a valorizar as raízes próprias das diferentes regiões do País. Para que o planejamento educacional se concretize, plano nacional de educação, suas metas e diretrizes, é preciso que exista um planejamento curricular, ou seja, os conteúdos que serão ensinados e aprendidos na relação professor e aluno. Desse modo o planejamento dos currículos, conteúdos, conjunto de experiências, deve se materializado dentro do Projeto Político Pedagógico da escola, o qual identifica a identidade da escola, seus objetivos, seus conjuntos de experiências, currículos. Por isso a instituição escolar e os docentes precisam de um planejamento mais amplo o qual possam se basear para construir seu próprio planejamento curricular. Os documentos oficiais como as Diretrizes Curriculares Nacionais e a Base Nacional Comum Curricular subsidiam as instituições de ensino e os docentes para elaboração de seus currículos. Nesse sentido os documentos oficiais entendidos como formal e prescrito o qual possuem força de lei, a exemplo das DCN’s e a BNCC dão ênfase a um currículo que considere a multidimensionalidade, o multiculturalismo, os temas relacionados as realidades sociais dos educandos, desse modo enfatizam a articulação de uma base nacional comum, conhecimentos sistematizados, a uma parte diversificada que contemple temas transversais os quais são voltados para temas da realidade social. Falamos também que a BNCC e a parte diversificada não podem ser constituídas como dois blocos distintos pois ambas complementam o conjunto de experiências (currículo), que envolvem o processo de ensino e aprendizagem. Desse modo os currículos podem ser entendido como conjunto de experiências, conjuntos de conteúdos cognitivos e simbólicos, conteúdos advindos da experiência dos educando, da vida real, parte diversificado, com conteúdos acumulados pela humanidade, sistematizados. TEÓRIAS DE CURRICULOFalamos que o Planejamento Curricular, planejamento materializado no projeto político pedagógico da instituição, conhecido como planejamento escolar, é em sentido amplo segundo as DCN’s conjunto de experiências, conhecemos também a visão de alguns autores através de suas citações. Agora convido a você a entender as teorias de currículo, os quais contribuem ou não para a execução de um currículo educacional, escolar, de ensino e de aula, formal ou informal. Para entender como o currículo é vivenciado atualmente é preciso compreender como se deu historicamente. Nesse sentido é importante abordar que toda escola está inserida em uma determinada sociedade, que por sua vez está situada em determinado contexto histórico, assim, os conceitos educacionais são polissêmicos e variam de acordo com fatores históricos e sociais. Tomas Tadeu Silva (2010) afirma que um discurso sobre o currículo, mesmo que pretenda apenas descrevê-lo “tal como ele é realmente”, o que efetivamente faz é produzir uma noção particular de currículo. Do ponto de vista pós-estruturalista a “teoria” descreve como uma descoberta algo que ela própria criou, ela primeiro cria e depois descobre, aquilo que ela cria acaba aparecendo como uma descoberta. Assim, a “teoria” sobre currículo aparece pela primeira vez nos anos 1920 em conexão com o processo de industrialização, encontrados sua máxima expressão no livro de Bobbitt, The Curriculum (1918). Sua inspiração teórica é a administração científica de Taylor. A partir daí vários estudos sobre currículo ganham espaços na academia, suscitando em três teorias no decorrer da história: Tradicional, Crítico e Pós-crítico. TRADICIONAL (O QUE DEVO ENSINAR ?) Segundo Silva (2009), a teoria tradicional de currículo busca a neutralidade, tendo como escopo principal promover a identificação dos objetivos da educação escolarizada, formando o trabalhador especializado ou, proporcionando uma educação geral e acadêmica. CRÍTICO (POR QUE ENSINAR ISSO?) Busca superar a concepção tradicional ao afirmar que há relações de poder envolvidas, é algo político. Denuncia a escola como um instrumento de reprodução do status quo. O foco dessa corrente são as desigualdades sociais provocadas pelas disputas de classes e reproduzidas no currículo escolar. PÓS-CRÍTICO (PARA QUEM ENSINAR?) Para Silva (2009, p. 29-30), as teorias críticas do currículo efetuam uma completa inversão nos fundamentos das teorias tradicionais. As teorias críticas sobre o currículo, em contrate, começam por colocar em questão precisamente os pressupostos dos presentes arranjos sociais e educacionais. As teorias críticas desconfiam do status quo, responsabilizando-o pelas desigualdades e injustiças sociais. Veja o quadro de palavras que se relacionam com cada Teoria do currículo Entendemos que o planejamento de currículo e diferente em diferentes momentos históricos e variam de acordo com fatores históricos e sociais. Podendo ser definidos pelas suas teorias marcados historicamente, como teoria tradicional, teoria crítica e teoria pós critica. Nesse sentido currículo também poder ser manifestado em três diferentes formas, sendo estas, formal, real e oculto. MANIFESTAÇÕES DE CURRÍCULO Currículo Oficial Formal ou Prescrito São os currículos – conteúdos, conjuntos de experiência- e elaborado pelos mais alto escalão, ou seja pelo Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação, e são encontrados nos documentos oficiais manifestados na Base Nacional Comum Curricular, nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica, são prescritos os conteúdos cognitivos e simbólicos, ou seja a Base Nacional Comum articulados com a Parte Diversificada que é entendida pelos temas transversais advindos dos contextos sociais dos educandos. Planejamento Curricular e o Currículo Formal Diz respeito aos currículos que serão escolhidos para ser compostos no planejamento escolar (PPP) lembrando que o planejamento curricular se materializa no projeto políticopedagógico, desse modo a comunidade escolar deve fazer um levantamento da realidade dos alunos para a escolha dos seus currículos, lembrando que esses conjuntos de experiências deve estar de acordo com a Base Nacional Comum Curricular e as Diretrizes Educacionais (DCNs). Currículo Real É aquele que ocorre dentro de sala de aula, são as experiências vividas os conjuntos de ensino e aprendizagem, os conteúdos sistematizados acumulados pela humanidade articulados com o conjunto experiências advindos da vida acadêmica do educando e do seu contexto social e sua prática vivida, lembrando que o currículo deixou de ser meramente um conjunto de disciplinas/matérias para ser o que realmente nasceu para ser na sociedade, um conjunto de experiências, saberes, práticas vividas, dentro e fora de sala de aula, considerando a diversidade cultural e os direitos humanos, um currículo inclusivo que elimine a seletividade e considera a diversidade e os diretos humanos, sociais, culturais, políticos e civis. Currículo Oculto ou Implícito È aquele que está implícito nas práticas educativas, no processo ensino e aprendizagem, se refere as atitudes, valores e comportamentos dos docentes e discentes, ou seja, as práticas e experiências compartilhadas na escola e na sala de aula. São as normas, regras, rituais, hábitos do cotidiano escolar que acabam por governar as relações hierárquicas. Podemos encontrar o currículo oculto em algumas situações como: • Imagens nos livros didáticos relacionado a determinado tema, são exemplos de um tipo de currículo intitulado oculto, pois não estão explicitados em documentos. • A forma de organização da sala de aula, em que as cadeiras estão enfileiradas, com o objetivo de romper com o dialogo com os alunos são consideradas um exemplo de manifestações do currículo oculto. Desse modo o currículo oculto diz respeito aquelas aprendizagens que fogem ao controle da própria escola e do professor e passam quase despercebidas, mas que têm uma força formadora muito intensa. Segundo LIBÂNEO (2001) o currículo oculto são as atividades que ocorrem na escola afetando a aprendizagem dos alunos e o trabalho do professor, que se originam da experiência cultural, dos valores e significados que as pessoas assumem do seu meio cultural e levam á escola. FCC – 2015 – DPE – SP – PEDAGOGO Os teóricos críticos entendem o currículo como: a) experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, em meio as relações sociais, e que contribuem para a construção das identidades dos estudantes. b) Organização do ensino por meio de uma grade de conteúdos, na qual se define a quantidade de aulas por disciplinas para cada ano de ensino. c) Planos pedagógicos elaborados pelos professores da unidade escolar, em concordância com as determinações da secretaria de educação. d) Conjunto de objetivos a serem alcançados no final do ano, por meio dos conteúdos a serem ensinados e aprendidos durante o processo de ensino. e) Projeto político -pedagógico elaborado pelas escolas, com a colaboração dos professores e de especialistas de ensino e aprovado pelos órgãos regionais de educação. Letra A Análise da questão Letra A é a resposta correta, visto que currículo de forma geral pode ser entendido como um conjunto de experiências escolares, experiências nas relações sociais, experiências que contribuem para a construção das identidades dos estudantes, vai além de conteúdos de disciplinas existentes em uma grade curricular. SOBRE CURRICULO ESCOLAR Organiza o trabalho das instituições de ensino e dos professores; É entendido como conjunto de experiências segundo as DCN’s; CURRICULO ESCOLAR Não são meramente conteúdos expressos em uma disciplina ou grade curricular; O que é construído no currículo são as experiências, ensinamentos e aprendizagens;Lembrar sempre Currículo define o quê ensinar. Considera a diversidade e contexto sócio cultural Articulação dos conteúdos acumulados pela humanidade com as experiências do Contexto social do educando. No Planejamento Curricular da Escola ONDE O CURRICULO PODE SER MATERIALIZADO Conjunto de conteúdos. Podendo ser sistematizados ou que o individuo já possui na sua experiência de vida CONJUNTO DE EXPERIÊNCIAS QUE O ALUNO POSSUI COM A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA O planejamento Curricular se materializa no Projeto Político Pedagógico. O planejamento curricular não se restringe a seleção de conteúdos inseridos em uma grade curricular. TRADICIONAL (O QUE DEVE ENSINAR) ? CRÍTICA (Por que se ensina isso ?) Teorias de Currículo PÓS CRÍTICA (Pra quem se ensina isso ?) MANUTENÇÃO DO STATUS QUO DIVERSIDADE E MULTCULTURALISMO CURRÍCULO CRITÍCA O MODELO DE MANUTENÇÃO FORMAL, PRESCRITO: É aquele estabelecido pelos sistemas de ensino, possuem forças de lei, são os normativos. Ex: BNCC, DCN’s. REAL Ocorre nos espaços escolares, mas especificamente na sala de aula de acordo com o que foi previsto no planejamento. OCULTO São as normas, regras, rituais, hábitos. Ex: organização da sala, do tempo e espaços escolares. MANIFESTAÇÕES DE CURRICULO 1 – IFB – PROFESSOR – PEDAGOGIA 2017 O currículo refere-se aos programas e conteúdos de cada componente curricular e também expressa os princípios e metas do projeto educativo de uma instituição. Considerando uma perspectiva crítica do currículo, marque a alternativa correta. A) O currículo deve ser utilizado para a reprodução de uma visão de mundo hegemônica. B) O currículo é um documento formal e estabelecido pelo sistema educacional que deve ser seguido pelas instituições de ensino, pois visa uma igualdade educacional. C) O conhecimento estabelecido na organização curricular do currículo é neutro cabe ao professor dar uma direção a esse conhecimento. D) O conhecimento estabelecido na organização curricular do currículo deve levar em consideração as relações entre os sujeitos e o espaço tempo em que se situam. E) É importante evitar, sistematicamente, que situações ocorridas na escola tragam contextos diferentes daqueles que estão devidamente planejados e incluídos no currículo. 2- A ênfase nos conceitos pedagógicos de ensino, aprendizagem, avaliação, metodologia, didática, organização, planejamento, eficiência e objetivos é própria da teoria crítica de currículo. 3- FUNCAB – 2013 – IF – RR – PROFESSOR – PEDAGOGIA No currículo tradicional, a avaliação mais valorizada é a : a) comportamental. b) somativa c) progressiva d) diagnóstica e) processual CESPE – CARGOS DE PROFESSOR – PREF. IPOJUCA- PE- 2009 As atividades educativas escolares caracterizam-se por serem atividades intencionais que respondem a alguns propósitos e perseguem a consecução de algumas metas. Uma das tarefas do projeto curricular é proceder análise, classificação, identificação e formulação das intenções que presidem o projeto educacional. C. Coll. Psicologia e currículo. São Paulo: Ática, 1997, p.66 ( com adaptações). Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a multiplicidade de aspectos que ele suscita, julgue os itens seguintes. 4- Por currículo entende-se, exclusivamente, o aglomerado de disciplinas e conteúdos desenvolvidos em uma etapa da educação ou em um curso específico. ( ) CERTO ( ) ERRADO 5- O currículo da educação básica é estipulado na proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), por isso não pode ser adaptado pelas escolas. ( ) CERTO ( ) ERRADO 6- A construção coletiva das propostas pedagógicas da escola inclui a construção do currículo. ( ) CERTO ( ) ERRADO 7- O currículo oculto é aquele estabelecido pelos sistemas de ensino nas propostas curriculares dos estados e munícipios. ( ) CERTO ( ) ERRADO 8- O currículo escolar representa o cruzamento de culturas. ( ) CERTO ( ) ERRADO 9 – No currículo escolar está explicito os valores e atitudes desejadas pela comunidade escolar. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE – ANALISTA JUDICIÁRIO – PEDAGOGIA – CNJ- 2013 ( ADAPTADA) Julgue os próximos itens relativos ao currículo e construção do conhecimento. 10- Para entender o conceito de currículo, é preciso separá-lo da prática e do contexto em que se encontra, pois ele é uma sistematização técnica de conteúdos institucionalizados. ( ) CERTO ( ) ERRADO 11- Entende-se por currículo silenciado tudo aquilo que poderia fazer parte do currículo, porém foi negado. ( ) CERTO ( ) ERRADO 12- No sentido etimológico currículo quer dizer: caminho, trajeto, percurso ou rota a seguir. ( ) CERTO ( ) ERRADO 13- O termo currículo vai muito além de uma simples grade curricular. ( ) CERTO ( ) ERRADO 14- O currículo real é aquele que foi estabelecido pelo MEC e tem que ser aplicado nas escolas. ( ) CERTO ( ) ERRADO 15 - As teorias de currículo são: tradicionais, crítica e pós- críticas. ( ) CERTO ( ) ERRADO 16- Na perspectiva emancipatória de currículo, não é permitida a inclusão de atividades não previstas inicialmente para não haver prejuízos em relações aos tempos planejados. ( ) CERTO ( ) ERRADO 1- Letra D A organização curricular deve levar em consideração as relações entre os sujeitos e o espaço e tempo em que se situam. Nesse sentido o planejamento curricular requer a articulação de conteúdos inseridos no contexto dos educandos com os conteúdos sistematizados, considerar seu contexto sociocultural, sua multiculturalidade, sua trajetória de vida. 2- RESPOSTA ERRADA A ênfase nos conceitos pedagógicos de ensino, aprendizagem, avaliação, metodologia, didática, organização, planejamento, eficiência e objetivos são da teoria tradicional e não crítica de currículo, pois a teoria tradicional tem como objetivo o que ensinar, em detrimento da teoria crítica que possui como ênfase ideologia, relações de poder, conscientização, classes sociais, currículo oculto e resistência. 3- Letra C No currículo tradicional a avaliação mais valorizada é a somativa, pois na metodologia tradicional se preocupa com o resultado final, ou seja, visa medir, quantificar, classificar a aprendizagem e o aluno através de notas, em detrimento do currículo crítico e pós crítico que visa o processo de ensino e aprendizagem dos docentes e discentes tendo como ênfase a avaliação formativa que tem como objetivo formar os educandos em sua multidimensionalidade, ou seja, cognitiva, sócio emocional, afetiva, físico motor... 4 – RESPOSTA ERRADA O currículo não se restringe a um aglomerado de disciplinas e conteúdos desenvolvidos em uma etapa da educação ou em um curso específico. Como estudamos o currículo são conjuntos de experiências, conjuntos de conteúdos cognitivos e simbólicos transmitidos de forma implícita ou explicita, ou seja, não se relaciona meramente a um conteúdo contido em uma disciplina de uma grade curricular. 5- RESPOSTA ERRADO O currículo oficial entendido como formal ou prescrito atualmente é estabelecido pelas Diretrizes Curriculares para Educação (DCN’s) articulada com a Base Nacional Comum Currícular ( BNCC) esses dois normativos possuem forma de lei e as instituições escolares devem segui-lo e podem ser adaptado pelas escolas de acordo com sua singularidades e peculiaridade, pois as instituições de ensino são heterogêneas, diferentes, seu contexto sociocultural onde estão inseridos seus alunos, sua realidade, sendo assim cada instituição irão adaptar seu planejamento curricular, de acordo como o currículo oficial para entender as especificidades de sua comunidade escolar. 6 – CERTOEm uma perspectiva emancipatória\participativa a construção coletiva das propostas pedagógicas da escola inclui a construção do currículo, sendo assim essa perspectiva irá dar voz e vez a todos inseridos da comunidade escolar para que juntos construam o PPP, identidade da escola, e o planejamento curricular, conjunto de experiências, visto o que já estudamos, em detrimento da perspectiva estratégico empresarial que se restringe a um agente que tomara decisões dentro do planejamento, na construção coletiva de currículo existe uma descentralização de decisões, ou seja, todos possuem um papel decisório no processo de planejar. 7 – ERRADO O currículo oculto não é aquele estabelecido pelos sistemas de ensino nas propostas curriculares dos estados e munícipios, esse se chama currículo oficial\formal\prescrito tem força de lei e deve ser base para que as instituições construam seu planejamento curricular. O currículo oculto está implícito, são as normas, regras, hábitos, práticas relações hierárquicas, procedimentos, rituais, formas de organização da sala, ou seja, maneira como as carteiras são arrumadas, organização do tempo espaços escolares, está relacionado as atitudes e valores que acabam por inculcar ideologias. 8 – CERTO O currículo escolar representa o cruzamento de culturas, ou seja, ele é multicultural, além de considerar o contexto social em que sua instituição está inserida, também considera a heterogeneidade dos educandos e suas singularidades. Na teoria pós crítica de currículo a pergunta é: para quem ensinar, daí a importância do cruzamento de culturas, a ênfase nas raças, etnias, gênero, alteridade, subjetividade, multiculturalismo. 9 – CERTO Em se tratando do Planejamento Curricular, o qual se materializa no Projeto político pedagógico, o currículo escolar está explicito os valores e atitudes desejadas pela comunidade escolar. Desse modo é importante que toda intencionalidade, objetividade do que se quer alcançar esteja expressa dentro do planejamento curricular materializado no documento de identidade da escola chamado de projeto político pedagógico\proposta pedagógica. 10- ERRADO Para entender o conceito de currículo, não é preciso separá-lo da prática e do contexto em que se encontra, é imprescindível que ambos estejam articulados, pois ele não é uma sistematização técnica de conteúdos institucionalizados, é flexível, ou seja, pode ser adaptado para atender as demandas da sociedade em que a instituição escolar está inserida com o objetivo de se alcançar o sucesso escolar. 11- CERTO Entende-se por currículo silenciado tudo aquilo que poderia fazer parte do currículo, porém foi negado, exatamente, ou seja, algo que se tornou inoportuno ou inconveniente, visto que o currículo ser adaptado para atender a real necessidade dos seus educandos. 12- CERTO No sentido etimológico currículo quer dizer: caminho, trajeto, percurso ou rota a seguir. Etimologia é o estudo gramatical da origem e história das palavras, de onde surgiram e como evoluiram ao longo dos anos. 13 – CERTO O termo currículo vai muito além de uma simples grade curricular, esse conceito de currículo cai muito em prova induzindo o candidato ao erro, se disser que o currículo se resume a uma simples grade curricular o item estará errado, a questão disse que o currículo vai muito além de uma grade curricular e está certo, entende-se por currículo por conjunto de experiências que os educando já possuem ou estão em processo de construção. 14- ERRADO O currículo real não é aquele que foi estabelecido pelo MEC e tem que ser aplicado nas escolas, esse conceito se trata do currículo oficial entendido também como formal ou prescrito, em se tratando do currículo real entende-se por aquilo que de fato é trabalhado em sala de aula, em decorrência da efetivação do que foi planejado. 15- CERTO Como estudamos anteriormente as teorias de currículo são tradicional, critica e pós critica. Sendo a tradicional dá ênfase nos conteúdos ou seja, o que ensinar?, a crítica ênfase nos questionamentos por que esse conteúdo e não outro?, possuem relações de poder, e por fim a pós critica se preocupam pra quem ensinar, ênfase no multiculturalismo, raça , etnia, gênero. 16- ERRADO Na perspectiva emancipatória de currículo, é permitida a inclusão de atividades não previstas inicialmente essas adaptações não ocorre prejuízos em relações aos tempos planejados, visto que o planejamento que visa a transformação social com foco no aluno e no ensino e aprendizagem e não somente no produto, resultado final, é flexível, ou seja,o planejamento pode ser adaptado. Capitulo 4 - Planejamento de Ensino Agora que entendemos sobre o Planejamento Educacional que corresponde ao Plano Nacional de Educação, ou seja, é uma política de Estado, que possuem metas, objetivos, e diretrizes pensadas para dez anos, esse planejamento é nível estratégico, ou seja, é amplo de longo prazo, sendo decenal, posteriormente temos o planejamento escolar\institucional é o Projeto Político Pedagógico que corresponde os objetivos da instituição, define sua identidade e o rumo e a direção a seguir, é de nível tático, ou seja, não é de longo prazo e nem de pequeno prazo é pensado para um determinado período e define objetivos com a comunidade escolar, sendo ele: que tipo de alunos se quer formar, onde a instituição está e aonde quer chegar, falamos sobre o planejamento curricular o qual se materializa no PPP da escola, pois nele se define o conjunto de experiência que o educando irá conhecer e aprender durante o processo de ensino e aprendizagem e durante o período letivo , também considerado de nível tático agora vamos conhecer o planejamento de ensino o qual é feito pelo professor. Pode-se dizer que o planejamento de ensino é uma especificação do planejamento curricular, já que traduz em termos mais concretos o que o professor irá realizar em sala de aula e como irá alcançar os objetivos educacionais propostos, seu nível de planejamento é o operacional, pois se materializa dentro da sala de aula, através do ensino e aprendizagem, através das experiências entre professor e aluno e aluno e aluno. O professor, ao realizar seu planejamento de ensino, antecipa de forma coerente e organizada todas as etapas do trabalho escolar, não permitindo que as atitudes propostas percam sua essência, ou seja, o seu trabalho a ser realizado encaixa-se em uma sequência, uma linha de raciocínio, em que o professor tem a real consciência do que ensina e quais os objetivos que espera atingir, para que nada fique disperso ao acaso. O planejamento de ensino passa a ser compreendido de forma estreitamente vinculada às relações que se produzem entre a escola e o contexto histórico-cultural em que a educação se realiza. Desse modo, o planejamento de ensino é um elemento integrador entre a escola e o ambiente social em que a escola e seus alunos estão inseridos. Nesse planejamento deverá prever os seguintes itens: - objetivos específicos estabelecidos a partir dos objetivos educacionais; - conteúdos a serem adquiridos pelos alunos no sentido determinado pelos objetivos; - metodologias e recursos de ensino que estimulam as atividades de aprendizagem e; - procedimento de avaliação que possibilitem verificar, de alguma forma, até que ponto os objetivos foram alcançados. Nessa forma de planejamento de ensino, a avaliação da aprendizagem adquire especial relevância, uma vez que não pode constituir-se unicamente em forma de verificação do que o aluno aprendeu. Antes de qualquer coisa, deve servir como parâmetro de avaliação do trabalho do próprio professor. O planejamento de ensino é dividido em quatro etapas que são o conhecimento da realidade, elaboração do plano, a execução do plano, e a avaliação e aperfeiçoamento do plano. O conhecimento da realidade é o primeiropasso para o planejamento, pois é preciso conhecer o aluno e seu meio para saber para quem se vai planejar, conhecendo as aspirações, frustrações, necessidades e possibilidades dos alunos. Fazendo essa “sondagem” e realizando o diagnóstico, isto é, analisando os dados coletados, podemos propor o que é possível alcançar pelos alunos e até mesmo o que lhes interessa aprender. A elaboração do plano de ensino é a segunda etapa que devemos percorrer. Nessa etapa estaremos determinando o que é possível alcançar, como fazer para alcançar, e o que julgamos possível alcançar, e ainda como avaliar os resultados. Para a elaboração desse plano seguem-se seis passos que são a determinação dos objetivos, seleção e organização dos conteúdos, seleção e organização dos procedimentos de ensino, seleção de recursos, seleção de procedimentos de avaliação e estruturação do plano de avaliação. O terceiro passo a ser percorrido pelo professor é a execução do plano, sendo que esse consiste no desenvolvimento das atividades previstas. Algumas vezes é necessário fazer alterações no planejamento, devido a reações dos alunos ou mesmo devido a circunstâncias do ambiente, mas isso é normal. Assim uma característica de um bom planejamento é a flexibilidade. Por último devemos realizar a avaliação e o aperfeiçoamento do plano. Nessa etapa a avaliação toma um sentido diferente da avaliação do ensino-aprendizagem, pois procuramos avaliar, além dos resultados do ensino-aprendizagem, avaliar a qualidade do nosso plano, nossa eficiência como professor e a eficiência do sistema escolar. Segundo Nervi (1967, p. 56, apud GAMA; FIGUEREDO, s/d), estas são as características essenciais do bom plano de ensino: ➢ Coerentes: as atividades planejadas devem manter perfeita coesão entre si de modo que não se dispersem em distintas direções; de sua unidade e correlação dependerá o alcance dos objetivos propostos. ➢ Sequenciais: deve existir uma linha ininterrupta que integre gradualmente as distintas atividades desde a primeira até a última de modo que nada fique jogado ao acaso. ➢ Flexíveis: é outro pré-requisito importante que permite a inserção sobre a marcha de temas ocasionais, subtemas não previstos e questões que enriqueçam os conteúdos por desenvolver, bem como permitir alteração, de acordo com as necessidades ou interesses dos alunos. ➢ Precisão e objetividade: os enunciados devem ser claros, precisos, objetivos e sintaticamente impecáveis. As indicações não podem ser objetos de dupla interpretação, as sugestões devem ser inequívocas. Agora que entendemos melhor o que é o planejamento de ensino, o qual é de nível operacional, pois se materializa nas práticas e experiências vividas e compartilhadas na sala de aula, para que esse planejamento se torne real é preciso definir seus componentes que farão parte desse processo, lembrando que o planejamento de ensino é pensado para um determinado período letivo, semestre ou bimestre. Desse modo os componentes do processo de ensino são: objetivo, conteúdos, metodologia, recursos e avaliação, todos devem estar articulados para que haja sucesso no processo de ensinar e aprender. Vamos fazer um quadro exemplificando como pode ser feito o planejamento de ensino: OBJETIVOS CONTÉUDOS METODOLOGIA RECURSOS AVALIAÇÃO Qual o objetivo que o docente alcançar; Qual o resultado esperado. Ex. Formar frases com dissílabas. Quais os conteúdos que se deseja ensinar e aprender. Ex. Dissílabas Qual a metodologia que irá facilitar o ensino para que o aluno aprenda. Que recurso vou usar na aula. Ex. Quebra cabeça. Com palavras Como o docente vai avaliar os alunos. Ex. Registros de atividades no caderno. Capitulo 5 - Componentes do Processo Ensino Aprendizagem Entendemos por aula toda situação didática na qual põem objetivos, conhecimentos, problemas, desafios com fins instrutivos e formativos, que incitam as crianças e jovens a aprender. Cada aula é única, pois ela possui seus próprios objetivos e métodos que devem ir de acordo com a necessidade observada no educando. O planejamento de ensino e a aula é norteada por uma série de componentes, que vão conduzir o processo didático facilitando tanto o desenvolvimento das atividades educacionais pelo educador como a compreensão e o entendimento pelos indivíduos em formação; ela deve, pois, ter uma estruturação e organização, a fim de que sejam alcançados os objetivos de ensino. Ao preparar uma aula o professor deve estar atento às quais interesses e necessidades almejam atender, o que pretende com a aula, quais seus objetivos e o que é de caráter urgente naquele momento. Sendo assim a organização e estruturação didática da aula têm por finalidade proporcionar um trabalho mais significativo e bem elaborado para a transmissão dos conteúdos. O estabelecimento desses caminhos proporciona ao professor um maior controle de processo e aos alunos uma orientação mais eficaz, que vá de acordo com previsto. A RELAÇÃO PROFESSOR\ALUNO Entre os elementos que se deve considerar no processo de planejamento de ensino é imprescindível considerar para que haja sucesso no ensino e aprendizagem é possível haver a relação professor e aluno para que a aprendizagem seja significativa. Desse modo “a relação educador e educando não deve ser uma relação de imposição, mas sim, uma relação de cooperação, de respeito e de crescimento. O aluno deve ser considerado como um sujeito interativo e ativo no seu processo de construção de conhecimento. Assumindo o educador um papel fundamental nesse processo, como um individuo mais experiente.” (VIGOTSKI) ASPECTOS RELAÇÃO PROFESSOR\ ALUNO Aspecto Cognoscitivo Forma de ensinar o conteúdo. Professor deve conhecer o grau de conhecimento de seus seus alunos; Ter domínio. Aspectos Socioemocionais Relações socioafetivas. Existe dialogo Vínculos afetivos CESPE\CEBRASPE – SEE\DF – CARGO – PROFESSOR ATIVIDADES - Tendo em vista que a interação professor\aluno, crucial para a relação pedagógica e para a efetivação do processo ensinar- aprender é permeado por dois aspectos, o cognoscitivo e o socioemocional, julgue o item a seguir, a cerca da relação professor\aluno. A exigência de que o professor trace objetivo, organize o planejamento da aula e busque formas de estabelecer uma comunicação que garanta a aprendizagem efetiva está diretamente relacionada aos aspectos socioemocional. ERRADO Análise da questão A banca inverteu as perspectivas de relação professor e aluno, para induzir o candidato ao erro, fique atento! Essas características correspondem aos aspectos cognoscitivos, pois seu objetivo é o planejamento das ações que serão realizadas com vista a alcançar o resultado que é a aprendizagem dos alunos, em detrimento dos aspectos socioemocionais que correspondem as relações pessoais estabelecidas entre o educador e a turma, a afetividade e o diálogo são características da perspectiva de relação professor\aluno socioemocional. COMPONENTES DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM Agora que entendemos os elementos que deve se dar importância no processo de Planejamento de ensino do docente, vamos entender melhor a função de cada componente que faz parte desse planejamento e do processo de ensino e aprendizagem. OBJETIVOS GERAIS Se refere ao resultado que pretendo alcançar com a prática docente com apoio dos componentes que compõem o planejamento de ensino, é a primeira definição dentro de um planejamento, pois visa alcançar um objetivo, é um norte, um rumo a seguir. OBJETIVOS ESPECIFICOS É o momento de detalhamento dos objetivos gerais, ou seja, fazer levantamentos de cada objetivo que se quer alcançar, está relacionado aos alunos e o resultado que esperamosalcançar em relação aos educandos, o que queremos ensinar e aprender. CONTEÚDOS É o componente o qual se define que conteúdos queremos incluir no processo de ensino e aprendizagem, lembrando que conteúdos não se restringe a uma lista de conteúdos inseridas em uma grade curricular, é conjunto de experiência, conjunto de conteúdos cognitivos e simbólicos, segundo Antônio Zabala o conteúdos podem ser divididos em factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais. tIpologia de conteúdos educacionais de acordo com ZABALA, 2010: Conteúdos factuais “por conteúdos factuais se entende o conhecimento de fatos, acontecimentos, situações, dados e fenômenos concretos e singulares: a idade de uma pessoa a conquista de um território, a localização ou altura de uma montanha, os nomes, os códigos, os axiomas, um fato determinado num determinado momento, etc.” Por muitas vezes esse conteúdo tem caráter arbitrário, portanto não necessitam de uma compreensão, aprende-se pela cópia e memorização.( ZABALA, 2010, p.41), Conteúdos conceituais e princípios “os conceitos e os princípios são termos abstratos. Os conceitos se referem ao conjunto de fatos, objetos ou símbolos que têm características comuns, e os princípios se referem às mudanças que produzem num fato, objeto ou situação em relação a outros fatos, objetos ou situações que normalmente descrevem relações de causa-efeito ou de correlação.” (ZABALA, p.42, 2010). Conteúdos procedimentais “um conteúdo procedimental (...) é um conjunto de ações ordenadas e com um fim, quer dizer, dirigidas para a realização de um objetivo. São conteúdos procedimentais: ler, desenhar, observar, calcular, classificar, traduzir, recortar, saltar, inferir, espetar, etc.” (ZABALA, 1998, p.43) Objetivos da tipologia de conteúdos estudada por ZABALA: Conteúdos factuais e conceituais: Identificar, reconhecer, classificar, descrever, comparar, conhecer, explicar, relacionar, situar (no espaço ou no tempo), lembrar, analisar, inferir, generalizar, comentar, interpretar, tirar conclusões, esboçar, indicar, enumerar, assinalar, resumir, distinguir, aplicar. Conteúdos procedimentais: Manejar, confeccionar, utilizar, construir, aplicar, coletar, representar, observar, experimentar, testar, elaborar, desenhar, simular, demonstrar, reconstruir, planejar e executar. Conteúdos atitudinais: Comportar-se (de acordo com), respeitar, tolerar, apreciar, ponderar (positiva ou negativamente), aceitar, praticar, ser consciente de, reagir a, conformar-se com, agir, conhecer, perceber, estar sensibilizado, sentir, prestar atenção à, interessar por, obedecer, permitir, preocupar-se com, deleitar-se com, recrear-se, preferir, inclinar-se a, ter autonomia, pesquisar, estudar. O termo conteúdos atitudinais engloba valores, normas e atitudes. (ZABALA, 1998, p.43) Os tipos de conteúdos estão geralmente associados a verbos que caracterizam habilidades e competências (BERNINI, 2012). Na área meio ambiente, todos os tipos de conteúdos são importantes, mas destacam-se os atitudinais. São necessárias a conscientização e mudança de postura em relação aos problemas ambientais. Existe a preocupação em promover o desenvolvimento de valores e atitudes em prol de uma sociedade pautada por novos patamares civilizacionais (LOUREIRO, 2009; GUIMARÃES, 2010). Ano 2017 Banca CESPE Órgão: SEDF Ao realizar o planejamento o professor deve pensar e estruturar um conjunto de objetivos e conteúdos que devem ser trabalhados no decorrer do período previsto no planejamento. São eles( conteúdos reais, conceituais, procedimentais, e atitudinais. Análise da questão O erro está em conteúdos reais, este não faz parte da tipologia de conteúdos definida por Zaballa, o certo seria conteúdos factuais no qual é identificar, classifica ou descrever algo, algum assunto que é estudado, o conhecimento de fatos, acontecimentos, situações, dados e fenômenos concretos e singulares na maioria das vezes não precisa entender o assunto mais sim decorá-lo. Os conteúdos e suas tipologias são importantes no planejamento de ensino, cabe ao professor escolher qual se adequa melhor na realidade dos educandos, em seu contexto social. Lembrando que os objetivos devem ser o primeiro a ser definido no processo de planejamento de ensino, sendo eles gerais, mas amplos, e específicos, de acordo com as necessidades de aprendizagem dos alunos, posteriormente se define os métodos que serão utilizados e seus recursos para operacionalização do método, lembrando que os recursos pode ser encontrados não só em sala de aula, visto que a aprendizagem vai além dos espaços escolares. Nesse sentido podemos encontrar recursos em visitas em espaços históricos e geográficos como museus, teatros e etc. Posteriormente o componente que deve definir é a avaliação, ou seja, como avaliar, visto que na visão progressista transformadora de educação é possível avaliar sem visar a classificação, a retenção dos educandos, visando uma avaliação formativa que considera o processo e o resultado como crucial no sucesso escolar. Vimos que dentro do planejamento de ensino, do docente, existem elementos que devem ser levados em consideração para que o processo aconteça, são eles: o aluno como centro do processo, a aprendizagem o qual se concretiza na relação professor\ aluno, tendo duas perspectivas a cognoscitiva que correspondem a organização do planejamento do professor, traçando objetivos e conteúdos e a perspectiva socioemocional é o conhecimento que se constrói coletivamente através das relações de afetividade e diálogo. Para que ocorra um processo de ensinar e aprender a aprendizagem é organizada em dois momentos, sendo elas aprendizagem casual e organizada. A respeito da aprendizagem casual não é intencional e ocorre em diferentes espaços sociais o qual o educando está inserindo, formando suas experiências de vida e de mundo. A aprendizagem organizada ocorre com a contribuição dos saberes escolares, o professor é um mediador no processo, ajudando o educando a organizar a aprendizagem casual que já possuía com a aprendizagem organizada articulada sistematicamente com os conteúdos escolares. 1- Faz parte do planejamento de ensino selecionar material didático, identificar tarefas a serem executadas pelo professor e pelos alunos e replanejar o trabalho docente conforme situações ocorridas nas salas. ( ) CERTO ( ) ERRADO 2- O planejamento de ensino deve ser rígido e absoluto. ( ) CERTO ( ) ERRADO 3- O processo de ensino e aprendizagem exige planejamento, preparação e escolha de caminhos metodológicos que visem á realização de uma ação educativa político social neutra. ( ) CERTO ( ) ERRADO 4- A tipologia dos conteúdos defende que para que os conteúdos a serem ensinados em sala de aula se diferenciem da forma tradicional é preciso pensar em um conjunto de aprendizagens que sejam designadas como factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais. Os conteúdos conceituais relacionam-se conceitos propriamente ditos e referem-se ao conjunto de fatos objetos ou símbolos que possuem características comuns. ( ) CERTO ( ) ERRADO 5- O plano de ensino deve ter coerência quanto a seus objetivos e aos meios para alcançá-los. ( ) CERTO ( ) ERRADO 6- Os elementos constituintes, os objetivos e os conteúdos de um planejamento de ensino devem, obrigatoriamente, estar interligados, mas as estratégias, não, pois estas são flexíveis. ( ) CERTO ( ) ERRADO 7- Os objetivos específicos dosam o grau de dificuldades dos conteúdos que serão trabalhados na prática pedagógica, de forma a explicitar, também, os resultados a serem atingidos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 8- Os objetivos gerais e específicos do planejamento de ensino não precisam necessariamente estar vinculados entre si. ( ) CERTO ( ) ERRADO 9- Considera-se recurso didático todo material audiovisual utilizado peloprofessor no processo de ensino e aprendizagem exceto passeio e visitas a museus e zoológicos, que são atividades pedagógicas vivenciais. ( ) CERTO ( ) ERRADO 10- Os métodos de ensino são ações por meio das quais os professores organizam as atividades de abordou de forma ampla o qual o planejamento deve ser flexível e pode ser alterado e adaptado para atender as necessidades do educando o qual é o foco principal no processo de ensino e aprendizagem. 3- RESPOSTA ERRADA O processo de ensino e aprendizagem exige planejamento, preparação e escolha de caminhos metodológicos que visem á realização de uma ação educativa porém nenhum planejamento não é neutro nem mesmo o planejamento tradicional pois visa alcançar um objetivo, ou seja é intencional. 4- RESPOSTA CERTA ensino com o intuito de atingir objetivos. Considerando essa informação, assinale a alternativa correta. A) Os métodos de ensino adotados em sala de aula independem dos objetivos. B) O método de ensino deve corresponder á necessária unidade: objetivos; C) Conteúdos; métodos; e formas de organização do ensino; D) Os métodos de ensino independem dos conteúdos e das disciplinas, por isso todos os métodos podem ser utilizados em qualquer conteúdo. 11- O planejamento de ensino corresponde ao conjunto de ações previsto para ser desenvolvido pelos professores com a colaboração dos alunos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 12- A avaliação formativa deve ser utilizada ao longo do ano letivo, permitindo o acompanhamento contínuo do processo de aprendizagem. ( ) CERTO ( ) ERRADO 13- Entre os componentes do processo ensino e aprendizagem, envolvendo docente e aluno, temo: o , que deve responder a pergunta: “Para que ensinar? Os , que deve responder a pergunta: “O que aprender” ?; e o , que deve responder a pergunta: ”Com o quê aprender?” Assinale a opção cujo os itens completam corretamente as lacunas do fragmento acima. A- recursos, conteúdos, objetivos B- objetivo, conteúdo, recurso C- recurso, conteúdo, método 1- RESPOSTA CERTA O planejamento existe para que se organize previamente o que será feito na prática docente, como: selecionar o material de didático com vista a atender as necessidades dos educandos, replanejar seu trabalho docente para que haja sucesso escolar no ensino e aprendizagem. 2- RESPOSTA ERRADA A questão não trouxe em uma perspectiva tradicional o qual é planejamento é rígido e absoluto, Para que ocorra a diferença entre ensinar de forma tradicional é preciso pensar em conjunto de conteúdos, Zabala trouxe esse conjunto de conteúdos como factuais, conceituais, procedimentais 69 e atitudinais. Os conteúdos conceituais se relacionam a conjunto de fatos, objetos ou símbolos situações que normalmente descrevem relações de causa-efeito ou de correlação. 5- RESPOSTA CERTA Para que se possa iniciar um planejamento é imprescindível que se defina inicialmente o componente objetivo, pois nele se define quais os resultados se quer alcançar com o processo de ensino e aprendizagem. Não se pode planejar sem definir primeiramente um objetivo um norte a seguir. 6- RESPOSTA ERRADA Todos os elementos devem estar interligados no planejamento de ensino até mesmo as estratégias que fazem parte da metodologia, ou seja todos os componentes devem estar interligados, sendo assim se um componente faltar haverá defict no planejamento causando fracasso no ensino e aprendizagem. 7- RESPOSTA CERTA Os objetivos gerais vão definir quais resultados se quer alcançar, em se tratando dos objetivos específicos dosam o grau de dificuldades dos conteúdos que serão trabalhados durante o processo, ou seja, como será a dificuldade para resolver ou elaborar a atividade, visando alcançar um objetivo. 8- RESPOSTA ERRADA Como falamos todos os componentes do processo de ensino e aprendizagem devem estar articulados entre si, nesse sentido os objetivos gerais devem necessariamente estar vinculados entre si. 9- RESPOSTA ERRADA Os recursos didáticos não são somente encontrados na escola, mas precisamente na sala de aula, podemos encontrar recursos didáticos além da instituição escolar, como visitas a museus e zoológicos, teatros e outros locais que possam contribuir e facilitar a compreensão da experiências escolar, ou seja conteúdos. 10- Letra B O método de ensino deve corresponder á necessária unidade objetivos, ou seja os objetivos vem inicialmente e posteriormente se define o método que será utilizado para a concretização dos objetivos. 11- RESPOSTA CERTA Muitos candidatos que não conhecem a profundo os estudos sobre planejamento acabam errando questões como essa, ou seja que o planejamento é realizado somente pelo professor, porém o planejamento de ensino é realizado pelo professor com a colaboração dos alunos, pois as necessidades dos educandos devem ser sanadas de acordo com o planejamento de ensino. 12- RESPOSTA CERTA A avaliação formativa, ocorre durante todo o processo, seus aspectos são qualitativos sobre os quantitativos, podem ser avaliados através de portifólios de registros da criança, das atividades do caderno, atividades realizadas dentro e fora da sala de aula, a participação dos alunos e em grupo na realização das atividades e projetos, lembrando que a avaliação formativa visa formar os alunos em sua integralidade, não tem como objetivo a classificação a retenção e seleção dos educandos mais sim a formação da cidadania e suas multidimensionalidade como todo. 13- letra B (objetivo, conteúdo, recurso) Entre os componentes do processo ensino e aprendizagem, envolvendo docente e aluno, temos: o OBJETIVO, que deve responder a pergunta: “Para que ensinar? Os CONTEÚDOS, que deve responder a pergunta: “O que aprender” ?; e o RECURSO, que deve responder a pergunta: ”Com o quê aprender?” Vamos revisar o que aprendemos sobre os componentes do planejamento de ensino crucial para o processo de ensino e aprendizagem: Primeiramente traçamos os objetivos que se quer alcançar, ou seja, o resultado, a definição dos objetivos nos remete a pergunta sobre: Para que ensinar Todos os elementos devem estar articulados uns aos outros e primordialmente aos objetivos, pois sem objetivos não há definição de um rumo a seguir para o alcance do resultado final. A metodologia é definida conforme os objetivos a serem alcançados, desse modo devem selecionar quais os recursos melhores que facilitaram o processo de ensino e aprendizagem, lembrando que os recursos não se restringem somente a livros didáticos, podendo ser explorados tanto na escola como fora da instituição. A avaliação é o último componente crucial para a verificação do que foi ensinado e aprendido, serve para avaliar o aluno, o que ele aprendeu, e a prática docente para que possa ser revista se necessário o planejamento com a finalidade de adequar as necessidades reais de aprendizagem dos educandos. Lembre-se sempre, todos os componentes devem estar articulados e devem ser abordados dentro do planejamento de ensino. Plano de Aula O plano de aula é um detalhamento do plano de ensino. As unidades e subunidades (tópicos) que foram previstas em linhas gerais são agora especificadas e sistematizadas para uma situação didática real. A preparação de aulas é uma tarefa indispensável e , assim como o plano de ensino, devem resultar em um documento escrito que servirá não só para orientar ações do professor como também para possibilitar constantes revisões e aprimoramentos de ano para ano. Em todas as profissões o aprimoramento profissional depende de acumulação de experiências conjugando a prática e reflexão criteriosa sobre ela, tendo em vista uma prática constantemente transformadora para melhor. Ao adentrar em uma sala de aula o professor deve sempre ter em mente o que irá lecionar para aquela turma, ele deve saber o conteúdo, de que maneira vai abordaro assunto, quais os recursos didáticos necessários para aquela aula e, acima de tudo, ter uma aula bem preparada. Todo esse preparo tem um nome específico e chama-se plano de aula. Um plano de aula é um instrumento de trabalho do professor, nele o docente especifica o que será realizado dentro da sala, buscando com isso aprimorar a sua prática pedagógica bem como melhorar o aprendizado dos alunos. O plano de aula funciona como um instrumento no qual o professor aborda de forma detalhada as atividades que pretende executar dentro da sala de aula, assim como a relação dos meios que ele utilizará para realização das mesmas. De maneira bem sintetizada pode-se dizer que o plano de aula é uma previsão de tudo o que será feito dentro de classe em um período determinado. É importante lembrar ao professor que a elaboração de um plano de aula não o isenta de preparar as aulas a serem ministradas, pelo contrário, ele deve sempre preparar uma boa aula, apresentando um esquema e uma sequência lógica dos temas trabalhados. Um plano de aula tem como principal objetivo fazer a distribuição do conteúdo programático que será trabalhado durante uma única aula diferente do plano de ensino o qual é pensado para um determinado período letivo, bimestre o semestre este diferente do plano de aula que ainda deverá constar o número de aula e o tempo necessário para cada assunto abordado dentro da disciplina. É importante ressaltar que o plano de aula deve ser encarado como uma necessidade e não como exigência ou obrigação imposta pela coordenação do colégio. De acordo com Libâneo “o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos de organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”. Portanto, o planejamento de aula é um instrumento essencial para o professor elaborar sua metodologia conforme o objetivo a ser alcançado, tendo que ser criteriosamente adequado para as diferentes turmas, havendo flexibilidade caso necessite de alterações. Porém, apesar da grande importância do planejamento de aula, muitos professores optam por aulas improvisadas, o que é extremamente prejudicial no ambiente de sala de aula, pois muitas vezes as atividades são desenvolvidas de forma desorganizada, não havendo assim, compatibilidade com o tempo disponível. Entre os elementos que devem compor um plano de aula estão: ➢ clareza e objetividade; ➢ Atualização do plano periodicamente; ➢ Conhecimento dos recursos disponíveis da escola; ➢ Noção do conhecimento que os alunos já possuem sobre o conteúdo abordado; ➢ Articulação entre a teoria e a prática; ➢ Utilização de metodologias diversificadas, inovadoras e que auxiliem no processo de ensino- aprendizagem; ➢ Sistematização das atividades com o tempo; ➢ Flexibilidade frente a situações imprevistas; ➢ Realização de pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais, filmes entre outros; ➢ Elaboração de aulas de acordo com a realidade sociocultural dos estudantes. Portanto, o bom planejamento das aulas aliado à utilização de novas metodologias (filmes, mapas, poesias, músicas, computador, jogos, aulas práticas, atividades dinâmicas, etc.) contribui para a realização de aulas satisfatórias em que os estudantes e professores se sintam estimulados, tornando o conteúdo mais agradável com vistas a facilitar a compreensão, esses se tratam de recursos que facilitaram o processo de ensino e aprendizagem pensado para uma aula. Segundo Libâneo: “O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades em termos de organização e coordenação em face dos objetivos, propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”. Nesse caso, não é diferente com o plano de aula, pois nele esta constituído todos os componentes que é abordado também no planejamento de ensino como: objetivos, conteúdos, metodologias, recursos e avaliação, porém pensado para uma única aula, para que haja organização da prática docente em sala de aula, ou seja, na rotina diária. Pois não existe planejamento neutro, é político no sentido de ser intencional. Existe uma diferença entre planejamento e plano, o planejamento é a prática de planejar as ações previstas para alcançar resultado. Diferente do plano que é um documento, expressando o trabalho que será realizado para alcançar esses resultados, o sucesso escolar. Para entendermos melhor sobre o Plano de aula vamos abordar os planejamentos que já estudamos anteriormente em sequência e conhecer os planejamentos que ocorrem na instituição de ensino (escola) e a diferença entre esses planejamentos e o plano: Se refere a ação de planejar, mas especificamente o currículo, conteúdos, conjunto de experiências esse planejamento dos currículos se materializa dentro do Projeto Politico Pedagógico (PPP), onde será selecionados os conjuntos de conteúdos cognitivos e simbólicos que faram parte no processo de ensino e aprendizagem. Entende- se por currículo como o conjunto de experiências, não se restringindo a um conteúdo absoluto expresso em uma disciplina existente em uma grade curricular. Se refere a ação do planejamento docente ( do professor)e nele consta todos os componentes que farão parte do processo de ensino e aprendizagem, sendo eles: objetivos gerais, objetivos específicos, conteúdos, métodos\estratégias, recursos e avaliação. Lembrando que todos esses componentes estão articulados e devem obedecer a sua ordem de definição para que haja sucesso. Plano de Ensino É o documento do que foi definido no planejamento de ensino, pode ser chamado de unidade didática, onde o docente define quais conteúdos serão ensinados e aprendidos em uma ordem lógica, podendo ser adaptados e alterados para atender as necessidades dos educandos. Plano de Curso Planejamento Curricular É um documento pensado para um tipo de curso, série\ano como, por exemplo: um plano de curso para o 1º ano do ensino fundamental, 1º ano do ensino médio, 1º semestre do curso de pedagógica. Diferente do planejamento curricular que é pensado para um determinado período letivo, semestre ou bimestre o plano de curso é um documento pensado para um tipo de série, ano ou até mesmo semestre de uma faculdade. Nele se define integração sequencial dos conteúdos didáticos, detalhamento da proposta pedagógica pensada para o curso, objetivos gerais e específicos pensados para um tipo de curso, ano ou série. Planejamento de Ensino Planejamento de Aula Plano de Aula É o documento que define o planejamento pensado para uma aula, planejar uma rotina diária que pode ser dentro ou fora dos espaços escolares com a mediação dos docentes. Assim como o plano de ensino se define os componentes, o plano de aula também possui componentes: objetivos, conteúdos, metodologias, recursos, avaliação. Porém esses componentes são definidos para uma única aula. É a ação de planejar o que será realizado em uma aula, sendo específico para organizar a rotina diária da prática docente e facilitar o ensino e aprendizagem de uma aula. Algumas escolas substituem um plano de aula pela sequência didática, pois nela também se define os conteúdos porém em uma ordem sequencial, considerando o nível de aprendizagem dos educandos. Plano da Escola Planejamento Escolar Se refere a ação de planejar, ocorre com a participação da comunidade escolar, ou seja, pais, alunos, professores, coordenadores, orientadores, gestores e os órgãos colegiados, grêmios estudantis, associação de pais e mestres, conselho de classe, conselho escolar. Juntos vão definir a identidade da escola, respondendo as seguintes perguntas: onde estamoso que queremos, onde queremos chegar. Através de marcos como, conceitual, situacional e filosófico. É um documento escrito, se refere ao PPP da escola, Projeto político pedagógico, na literatura brasileira, os objetivos do PPP se apresentam de diferentes formas, entre elas: consolidar a autonomia das escolas; articular concepções de mundo, de educação e de ensino definidas pela escola, com o propósito de realizar sua função social; fortalecer a gestão democrática nas escolas, com o proposito de realizar sua função social; afirmar a identidade da escola, sua organização, suas metas e seus planos.. Agora que entendemos que o planejamento escolar, de ensino, de aula se referem a ação de planejar o que se espera alcançar, os planos de ensino, de curso e de aula se refere a um documento onde são definidos as suas intencionalidades. PLANEJAMENTO É A AÇÃO DE PLANEJAR A PRÁTICA DOCENTE PLANO É O DOCUMENTO ONDE SE MATERIALIZA O PLANEJAMENTO Lembrando que o planejamento não deve ser feito com a finalidade de apenas obedecer as normais expressas nas legislações para posteriormente ser engavetado ou silenciado, visto que o planejamento norteia a prática docente, o ensino e a aprendizagem e alcançar o sucesso escolar. Para que os planos sejam efetivamente instrumentos para a ação, devem ser como guia de orientação e devem apresentar ordem sequencial, objetividade, coerência, flexibilidade. Ordem sequencial dos planos 1º PLANO DA ESCOLA (PPP) É um documento mais global; expressa orientações gerais que sintetizam, de um lado, as ligações da escola com o sistema escolar mais amplo e, de outro, as ligações do projeto político pedagógico da escola com os planos de ensino propriamente ditos. 2º PLANO DE CURSO Vimos anteriormente que é um documento pensado para um tipo de curso, série\ ano como por exemplo: um plano de curso para o 1º ano do ensino fundamental, 1º ano do ensino médio, 1º semestre do curso de pedagógica. Diferente do planejamento curricular que é pensado para um determinado período letivo, semestre ou bimestre o plano de curso é um documento pensado para um tipo de série, ano ou até mesmo semestre de uma faculdade. Nele se define integração sequencial dos conteúdos didáticos, detalhamento da proposta pedagógica pensados para o curso, objetivos gerais e específicos pensados para um tipo de curso, ano ou série. 2º PLANO DE ENSINO Ou plano de unidade didática é a previsão dos objetivos e tarefas do trabalho docente para o ano ou semestre; é o documento maios elaborado, dividindo por unidades sequenciais, no qual aparecem objetivos específicos, conteúdos e desenvolvimentos metodológicos. 3º PLANO DE AULA Como falamos anteriormente, é o detalhamento do plano de ensino, porém pensado para uma aula, as unidades que foram prevista em linhas gerais, plano de ensino, são previstas agora especificadas e sistematizadas para uma única aula, com vista a organizar os conteúdos, tempos e espaços escolares. Entendendo melhor o plano de curso O Plano de Curso corresponde a um documento no qual é descrito o trabalho a ser realizado por docente e discente em determinado período letivo, é um instrumento de trabalho que possui o objetivo de referenciar os conteúdos, as metodologias, os procedimentos e as técnicas a serem utilizadas no processo de ensino-aprendizagem concernentes às unidades Entendendo melhor o plano de curso escolares. Sejam estas de ensino fundamental e médio, instituições de ensino superior e cursos técnicos de qualquer nível. A confecção do plano deve ocorrer na presença do grupo pedagógico da unidade escolar, atendendo à característica interdisciplinar e contextualizada estabelecida pelas (DCNs) Diretrizes Curriculares e BNCC). A construção desse material gera entre os profissionais uma nova postura, ocasionando debates voltados para a satisfação em promover ações norteadoras, visando a um melhor nível de ensino dos conteúdos programáticos. Constituído, o plano de curso orienta o profissional no decorrer das atividades escolares, sequenciando os conteúdos primordiais, os eventos escolares, os materiais a serem utilizados, os procedimentos avaliativos, entre outros. Devido à evidência do processo organizacional desse instrumento, as instituições educacionais vêm exigindo de seus colaboradores, a elaboração do mesmo. O plano de curso precisa conter no mínimo as seguintes orientações: ➢ Integração sequencial dos conteúdos didáticos. ➢ Detalhamento da proposta pedagógica. ➢ Listagem dos materiais a serem utilizados. ➢ As formas de avaliação individual e coletiva. ➢ Objetivos gerais. ➢ Objetivos específicos. ➢ Conclusão. Portanto devemos salientar que o plano de curso é um instrumento flexível, pois no decorrer do ano letivo, de acordo com o surgimento de novas situações metodológicas, estas poderão ser inseridas e registradas. Algumas unidades escolares adotam dois tipos de trabalho, um ligado à coletividade de todos os professores e outro individual, o qual fornece as particularidades de cada disciplina. Aprendemos que o plano de aula é o detalhamento do plano de ensino e que ambos possuem os mesmos componentes que fazem parte do processo de ensino e aprendizagem. Sendo eles os objetivos, conteúdos, métodos, avaliação. Lembrando que o planejamento de ensino é para determinado período letivo, semestre ou bimestre e que o plano de aula é para uma única aula. Desse modo o plano de aula busca orientar a prática docente na rotina diária, organizando o tempo e espaços escolares, os recursos didáticos a serem usados na aula, organizar as atividades que serão realizados durante a aula. Vimos a diferença de planejamento e de plano, sendo o primeiro uma ação de planejar resultados que queremos alcançar, e o segundo sendo um documento no qual se materializa o planejamento. Nesse sentido o planejamento é a ação e o plano é um documento na qual se materializa o planejamento, lembrando que o plano não pode se restringir a obedecer uma norma de fazer um documento para ser posteriormente silenciado e esquecido mas sim para fazer cumprir o que está previsto no plano com o objetivo de alcançar o sucesso escolar e a melhoria doo trabalho pedagógico. Falamos também sobre o plano de curso o qual é previsto para uma determinada turma, como por exemplo: 1º ano do ensino fundamental, 1º ano do ensino médio, 1º semestre do curso de pedagogia. Se refere a materialização do planejamento no plano de um curso determinado. Posteriormente falamos sobre o plano de unidade didática que é a mesma nomenclatura chamada plano de ensino, visa seguir uma sequência ordenada de conteúdos, elevando seus níveis e graus de dificuldades para que o aluno possa compreender e colocar em prática tudo que envolveu dentro do processo de ensino e aprendizagem, muitas instituições de ensino adotam o plano de ensino também chamado plano de unidade didática no lugar do plano de aula pois facilita o processo de ensino e aprendizagem em sequência didáticas de aulas, mas lembre-se o plano de aula também facilita a execução da prática docente tanto dentro como fora dos espaços escolares. Todos os planejamentos buscam alcançar um resultado positivo em relação a aprendizagem dos educandos e que o plano é a materialização desses planejamentos em forma de documentos que posteriormente servem de consulta aos docentes para que realizem sua prática docente, os alunos também participam na elaboração dos planejamentos, quando expressam suas dificuldades e dúvidas estão contribuindo para que o professor identifique quais os conjuntos de experiências que faram parte dos planos para serem executados posteriormente. Portanto, planejar não é algo burocrático e nenhum planejamento é neutro, pois possuem uma intencionalidade, possuem uma escolha teórico metodológica, nem mesmo o método tradicional de ensino, pois possuem a intencionalidadede conservar a sociedade. Capítulo 6 - Componente do planejamento “Avaliação” Em se tratando de conceito etimológico de avaliação se refere a um substantivo feminino que significa ato de avaliar, ou remete para efeito essa avaliação. Pode ser sinônimo de estimativa ou apreciação. Uma avaliação pode ser a estimativa do valor de alguma coisa ou de algum trabalho. No mercado imobiliário, por exemplo, uma avaliação é feita por um avaliador e consiste no valor comercial de uma propriedade. Segundo Cipriano C. Luckesi, a avaliação é uma análise quantitativa dos dados relevantes do processo de ensino aprendizagem que auxilia o professor na tomada de decisões. Os dados relevantes aqui se referem as ações didáticas. Com isto, nos diversos momentos de ensino a avaliação tem como tarefa: a verificação, a qualificação e a apreciação qualitativa. Conceitos de autores importantes, mais cobrados em provas! Para Vasconcellos (1995) “a avaliação é, na prática, um entulho contra o qual se esboroam muitos esforços para pôr um pouco de dignidade no processo escolar”. LIBÂNEO, 1994, P. 195 A avaliação é uma tarefa complexa que não se resume a realização de provas e atribuição de notas. A mensuração apenas proporciona dados que devem ser submetidos a uma apreciação qualitativa. A avaliação, assim, cumpre funções pedagógico-didáticas, de diagnostico e de controle em relação as quais se recorrem a instrumentos de verificação do rendimento escolar. (LIBÂNEO, 1994, p. 195) (GIL, 2006, p. 247). “constitui-se num levantamento das capacidades dos estudantes em relação aos conteúdos a serem abordados, com essa avaliação, busca-se identificar as aptidões iniciais, necessidades e interesses dos estudantes com vistas a determinar os conteúdos e as estratégias de ensino mais adequadas Kraemer (2006) avaliação vem do latim, e significa valor ou mérito ao objeto em pesquisa, junção do ato de avaliar ao de medir os conhecimentos adquiridos pelo individuo. È um instrumento valioso e indispensável no sistema escolar, podendo descrever os conhecimentos, atitudes ou aptidões que os alunos apropriaram. Sendo assim a avaliação revela os objetivos de ensino já atingidos num determinado ponto de percurso e também as dificuldades no processo de ensino A avaliação é essencial á educação. Inerente e indissociável enquanto concebida como problematização, questionamento, reflexão sobre a ação. Um professor que não avalia constantemente a ação educativa, no sentido indagativo, investigativo, do termo, instala sua docência em verdades absolutas, pré-moldadas e terminais. (p. 17) A avaliação é reflexão transformada em ação. Ação essa que, nos impulsiona para novas reflexões. Reflexão permanente do educador sobre a realidade, e acompanhamento, passo a passo do educando, na sua trajetória de construção de conhecimento (p.18) A AVALIAÇÃO SEGUNDO A LDB De acordo com a LDB 9394\96, artigo 24 inciso V. A verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: ✓ A avaliação continua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; ✓ Possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; ➢ ENTENDENDO MELHOR Em relação no que consta na LDB, a avaliação precisa dar primordial importância nos aspectos qualitativos em detrimento dos quantitativos, visto que a qualidade da avaliação deve ser apreciada, ou seja, o que os educando conseguiram aprender e colocar em prática em suas práticas escolares e de vida durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Avaliar não se restringe a obedecer uma ordem direta e vencer todo o conteúdo proposta na grade curriculares, esse modelo de avaliação corresponde a metodologia tradicional, ainda existente nas práticas docente, porém os normativos dão ênfase que as instituições de ensino deem prevalência dos aspectos qualitativos da avaliação. Que a avaliação tenha como objetivo formar os educandos em sua multidimensionalidade, em todos seus aspectos, pois não basta formar o aluno somente no aspecto cognitivo, os aspectos multidimensionais contemplam o socioafetivo, físico motor, sociocultural dentre outros. NÍVEIS DA AVALIAÇÃO Assim como existem vários níveis de planejamento, não é diferente com a avaliação podendo avaliação da aprendizagem, institucional e de larga escala ou de redes. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Acontece na sala de aula. Na maioria das vezes o professor tem a intenção de avaliar a aprendizagem dos estudantes. É um processo mediador na construção do currículo e se encontra intimamente relacionado á gestão da aprendizagem dos alunos. Ou seja, o professor ministrou a aula e precisa saber se o conhecimento foi construído pelo aluno ou não. Neste nível, o professor não deve permitir que os resultados das provas periódicas, geralmente de caráter classificatório, sejam supervalorizados em detrimento de suas observações diárias, de caráter diagnóstico. Assim, não se deve supervalorizar a avaliação somativa, mas sim a formativa. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL É a avaliação que acontece na instituição de ensino, ou seja, na escola. Tem a função de construir, reconstruir e aperfeiçoar o Projeto politico pedagógico (PPP), promovendo melhorias de qualidade, atendendo quatro objetivos diretos e básicos: ➢ Alimentar o interesse pela auto avaliação de todos os envolvidos e interessados no processo ( professores, funcionários, alunos, egressos, familiares, comunidade, etc). ➢ Conhecer melhor as tarefas pedagógicas e administrativas para direcioná-las a função educacional; ➢ Promover a sistematização das ações educacionais, propondo mudanças; ➢ Divulgar os resultados para prestar contas á sociedade. É importante que essa avaliação deve ser contínua a fim de verificar o que foi planejado e o que é executado dentro da escola, provendo um feedback e uma retroalimentação do que foi proposto para acontecer dentro do espaço. AVALIAÇÃO DE LARGA ESCALA Ocorre em um sistema e pode ser conhecida também como avaliação de rede\externa. Geralmente é feita em larga escala e têm objetivos e procedimentos diferenciados das avaliações realizadas pelos professores nas salas de aula. Entre os objetivos deste nível de avaliação, pode-se destacar a certificação, o credenciamento, o diagnóstico e a rendição de contas, ou seja, o sistema como um todo. Além da aprendizagem do estudante, avalia-se a formação dos professores, a estrutura escolar, e socioeconômica. O principal objetivo dessa avaliação é entender o ensino ofertado. Essas avaliações são, em geral, organizadas a partir de um sistema de avaliação cognitiva dos alunos e são aplicadas de forma padronizada para uma grande numero de pessoas, entre os quais estão alunos, professores, diretores e coordenadores, por exemplo. Esse nível de avaliação é tão importante que pode inclusive ajudar a criar novas políticas públicas. Por exemplo, a Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), trouxe a informação de que nossos estudantes não estavam sendo alfabetizados até os oito anos. A partir deste dado, estratégias foram definidas e políticas públicas criadas para que as crianças pudessem ser alfabetizadas até os oito anos. Uma delas, inclusive foi antecipar a alfabetização para a educação infantil. Freitas (2009),p. 47) esclarece que “a avaliação em larga escala[..] é um instrumento de acompanhamento global de redes de ensino com o objetivo de traçar séries históricas do desempenho dos sistemas, que permitam verificar tendências ao longo do tempo, com a finalidade de reorientar políticas públicas.” Qual a diferença de avaliação das aprendizagens e avaliação para as aprendizagens? ➢ A avaliação da aprendizagem:tem caráter formal é materializada nas provas, nas atividades, visa alcançar os aspectos cognitivos dos alunos. ➢ A avaliação para as aprendizagens: possui caráter formativo, ou seja, visa formar os educandos em todos seus aspectos, como: cognitivo, socio emocional, afetivo, físico motor, dentre outros. Essa avaliação não tem como principal objetivo classificar nem reter o aluno, mas sim formá-lo como um todo. DASPRENDIZAGENS Se refere as avalições externas como por exemplo o SAEB. LARGA ESCALA INSTITUCIONAL É definido em um departamento ou seja na escola. NÍVEIS Acontece na sala de aula e orientado ao Professor. Vamos conhecer algumas avaliações de larga escala\de redes\externa SAEB Segundo o INEP o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é um conjunto de avaliações externas em larga escala que permite ao Inep realizar um diagnóstico da educação básica brasileira e de fatores que podem interferir no desempenho do estudante. Por meio de testes e questionários, aplicados a cada dois anos na rede pública e em uma amostra da rede privada, o Saeb reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelos estudantes avaliados, explicando esses resultados a partir de uma série de informações contextuais. O Saeb permite que as escolas e as redes municipais e estaduais de ensino avaliem a qualidade da educação oferecida aos estudantes. O resultado da avaliação é um indicativo da qualidade do ensino brasileiro e oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas educacionais com base em evidências. As médias de desempenho dos estudantes, apuradas no Saeb, juntamente com as taxas de aprovação, reprovação e abandono, apuradas no Censo Escolar, compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). MUDANÇA NO SAEB EM 2019 Segundo o INEP Às vésperas de completar três décadas de realização, o Saeb passa por uma nova reestruturação para se adequar à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A BNCC torna-se a referência na formulação dos itens do 2º ano (língua portuguesa e matemática) e do 9º ano do ensino fundamental, no caso dos testes de ciências da natureza e ciências humanas, aplicados de forma amostral. As siglas ANA, Aneb e Anresc deixam de existir e todas as avaliações passam a ser identificadas pelo nome Saeb, acompanhado das etapas, áreas de conhecimento e tipos de instrumentos envolvidos. A avaliação da alfabetização passa a ser realizada no 2º ano do ensino fundamental, primeiramente de forma amostral. Começa a avaliação da educação infantil, em caráter de estudo-piloto, com aplicação de questionários eletrônicos exclusivamente para professores e diretores. Secretários municipais e estaduais também passam a responder questionários eletrônicos. O SAEB não tem os seus resultados vinculado a alguma política meritocrática, mas a sua política norteia os currículos escolares, consequentemente influenciam a organização do trabalho nas escolas e também instaura um clima de competitividade em as escolas/sistemas, pois os seus resultados fazem parte do IDEB, que é amplamente divulgado pela mídia. ENADE O ENADE é aplicado aos estudantes ingressantes e concluintes de cursos de graduação de áreas definidas pelo MEC, trienalmente. Até o ano de 2008 o ENADE, era aplicado por amostragem. Com as notas do ENADE, o Instituo Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) gera O projeto das avaliações em larga escala tem em princípio o interesse de zelar pela qualidade da educação e a sua melhora, mas no “contexto da prática” essas políticas são interpretadas, e produz efeitos/consequências diferentes e significativas do planejado pela política original, tornando-se uma política transversal nas instituições e sistemas de ensino que passa a balizar a suas ações. Podemos dar o exemplo do currículo da educação básica embasado nos descritores do IDEB, o treino para a prova Brasil, no ensino superior a preocupação em preparar o aluno para o ENADE. Este fator negativo do desdobramento das políticas de avalição em larga escala no contexto escolar o Conceito ENADE que atribui nota de 1 a 5 aos cursos AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL Podemos entender por avaliações institucional aquela realizado na escola, a instituição estabelece metas e ações no seu Plano de Desenvolvimento Escolar.A avaliação institucional tem sua legitimidade quando a escola estabelece a relação entre a sua política educacional, o Projeto Pedagógico, sua organização, suas ações definidas no Plano de Desenvolvimento da Escola e a prática do dia a dia da instituição. Com isso, garante-se a lógica do trabalho da escola, sua sistematização. A escola tem sua autonomia administrativa garantida na forma da LDB/96 e com isso deve articular mecanismos para garantir tomadas de decisões fundamentadas. Nesse contexto há necessidade da promoção da participação de todos os segmentos da escola na discussão e definição dos processos que assegurem o padrão de qualidade almejado por ela. Atualmente a política de avaliação externa do Ministério da Educação, gerenciada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), aplica os instrumentos de avaliação do rendimento dos alunos nas escolas, como a Prova Brasil, que geram o Índice de Desenvolvimento da Escola (IDEB), esta avaliação é conhecida como sendo de larga escala. Este Índice serve como parâmetro para a escola verificar o rendimento escolar dos alunos, além de que a escola deve ter também sua própria forma de mensuração e acompanhamento da aprendizagem do aluno. Porém ainda falta a avaliação que lhe proporcionará a visão do funcionamento de todos os aspectos da escola e de suas relações; aspecto importante para garantir a democracia na escola e assegurar a participação. A avaliação institucional proporciona esta visão. A avaliação institucional é uma das formas da gestão conhecer o que pensam os diferentes segmentos, seus anseios, fragilidades e pontos fortes. Com as análises que os resultados da aplicação da avaliação institucional permitem, o gestor tem condições de promover e estimular a melhoria do desempenho de toda a equipe escolar, estabelecendo a sintonia do trabalho e entre as pessoas. Com esse processo a escola estabelece condições necessárias para a superação dos problemas e conflitos internos, em prol da melhoria do processo educativo. Com os resultados da avaliação institucional, o gestor viabiliza o acompanhamento das ações previstas no PDE, estabelecendo a coerência entre essas e sua política educacional constante no Projeto Pedagógico. Heloisa Lück (2009) propõe uma série de competências para a efetivação do acompanhamento, que denomina de monitoramento de processos educacionais e deve ser aliado à avaliação institucional. Destaca que os dois procedimentos são aspectos do mesmo processo, qual seja, qualificar o trabalho da escola. Há várias maneiras para se organizar a aplicação de instrumentos que compõem o processo de avaliação institucional, alguns aspectos, porém, são de relevância comum a qualquer tipo de organização: a garantia de que todos os segmentos da escola sejam avaliados e se auto avaliem, bem como o gestor escolar; a cientificidade do processo seguindo etapas como a coleta de dados, 85 de maneira fidedigna, sigilosa, preservando o autor das informações; a divulgação e utilização dos resultados da avaliação. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM A avaliação da aprendizagem ocorre na sala de aula e sob orientação do professor, é uma tarefa complexa que não se resume á realização de provas e atribuições de notas. Segundo Libâneo a avaliação possui três funções : Pedagógica-didática Se refere ao ensino e aprendizagem, o ensino que a escola proporciona aos alunos e a aprendizagem que os alunos conseguem adquirir. Diagnóstica Ocorre no inicio avaliação diagnóstica,durante o processo, avaliação formativa e no final, avaliação somativa. Controle Refere-se aos meios e a frequência das verificações e de qualificação dos resultados escolares, e sistemático e contínuo que ocorre no processo de interação professor-aluno, através de uma variedade de atividades diz respeito também a avaliação formativa. Segundo Libaneo a avaliação possuem dois tipos: FORMAL É intencional e organizada, ocorre primordialmente nos espações escolares, através de provas, testes, questionários e exercícios, são alguns exemplos da materialização da avaliação formal. INFORMAL Não é intencional, ocorre através das relações socioafetivas, do diálogo, nas rodas de conversas, na família, na sociedade de até mesmo nos espaços escolares, porém não visa somente os aspectos cognitivos. AVALIAÇÃO FORMAL E INFORMAL Os elementos formais que compõem a avaliação são os mais conhecidos por serem os que têm visibilidade. São considerados procedimentos\instrumentos formais de avaliação os que deixam claro para os estudantes e seus familiares que, por meio deles, a avaliação está acontecendo: testes, provas, listas de exercícios, deveres de casa, formulários, relatórios e outros. De modo geral a escola dá ênfase aos procedimentos formais. Contudo, os que compõem a avaliação informal merecem nossa reflexão por exercerem forte influência sobre os resultados do processo avaliativo. São constituídos pelos juízos que os professores fazem sobre os estudantes e vice-versa. Estudos recentes apontam que a avaliação informal pode ser utilizada a favor do estudante, do docente e das aprendizagens ou, ao contrário, contra todos eles. Diz-se que seu uso formativo e, portanto, recomendável, ocorre quando identificamos as fragilidades e as potencialidades desses atores e as utilizamos em favor deles, sem compará-los com outros. O ponto de partida e de chegada é fruto da avaliação diagnóstica, que deve ser permanente. Alertamos que seu uso negativo e, portanto, contraproducente ocorre quando a avaliação informal gera rótulos como mau aluno, lento, preguiçoso, entre outros, que nada contribuem para a melhoria do processo nem para o desenvolvimento do estudante. Mesmo quando não elogiamos publicamente um estudante, isso nem sempre é válido porque pode cumprir uma agenda subliminar para comparar e intimidar os demais que não se encontram no nível esperado ou desejado por quem elogia. A intenção é que, ao realizar esse filtro ético, o processo e o produto dessa avaliação não sejam minados por elementos negativos oriundos da avaliação informal. Mesmo quando não proferidos verbalmente, os elementos da avaliação informal demarcam fortemente a relação diária dos docentes com os estudantes e, em consequência, influenciam os processos de ensino e aprendizagem que daí decorrem. Os estudantes que têm tempo maior de convivência escolar com seus professores estão mais sujeitos ás consequências negativas da avaliação informal. O que levará o proposito formativo da avaliação é a maneira como serão utilizadas tais informações urdidas nessa conviênvias. As reuniões pedagógicas como os conselhos de classes são momentosa propícios á ocorrência de avaliação informal. É preciso que se reflita sobre seus benefícios, de modo que se possa tirar proveito delas e não usá-las para desvalorizar a imagem dos estudantes frente a todos os presentes. A avaliação informal deve ser sempre encorajada e jamais servir para constranger e punir o estudante. Afinal de contas, o papel da escola é contribuir para a formação do cidadão capaz de inserção social crítica, o que somente será obtido se a avaliação estiver a serviço das aprendizagens de todos. Portanto, a avaliação informal formativa visa incluir, incluir para aprender e aprender para desenvolver-se. O feedback ou retorno de informações aos aprendizes é indispensável para o processo avaliativo formativo, sejam em sala de aula, seja fora dos espaços escolares. Segundo Libâneo a aprendizagem pode ser casual ou intencional: CASUAL Não é organizada, são formadas pelas experiências fora da escola que acabam por desenvolver a aprendizagem do aluno ORGANIZADA É transmitida pela escola, é intencional, é planejada, é sistemática. ou seja passa de um saber sincrético para um saber sintético, uma aprendizagem bagunçada para organizada. RELAÇÃO PROFESSOR- ALUNO E O COMPROMISSO SÓCIAL E ÉTICO DO PROFESSOR E A AVALIAÇÃO Aspecto Cognoscitivo Como falamos anteriormente no processo de ensino e aprendizaagem, não é diferente no processo de avaliação, ou seja, são conteúdos e tarefas escolares, cognitivo. Aspecto socioemocional Novamente ressaltando, como falamos anteriormente no processo de ensino e aprendizaagem, não é diferente no processo de avaliação, ou seja, são as relação pessoais, socioafetivas, ocorrem através da relação professor\aluno, diálogo também. CLASSIFICAÇÕES DA AVALIAÇÃO NA PRÁTICA DOCENTE Existem três classificações de avaliação na prática docente, sendo elas a diagnóstica, formativa e somativa.Vamos entender melhor cada uma dessas avaliações e sua importancia na educação dos educandos. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA Se refere a avaliação que ocorre no ínicio do ano letivo. Esta forma de avaliação é utilizada objetivando pré-determinar a maneira pela qual o educador deverá encaminhar, através do planejamento, a sua ação educativa. Terá como função estabelecer os limites para tornar o processo de aprendizagem mais eficiente e eficaz. Esta didática pode ser considerada como o ponto de partida para todo trabalho a ser desenvolvido durante o ano pelo educador. Não é organizada, são formadas pelas experiências fora da escola que acabam por desenvolver a aprendizagem do aluno. É transmitida pela escola, é intencional, é planejada, é sistemática. ou seja passa de um saber sincrético para um saber sintético, uma aprendizagem bagunçada para organizada. Objetivos da avaliação diagnóstica É possível observar que a avaliação diagnóstica possui três objetivos: ➢ O primeiro é identificar a realidade de cada aluno que irá participar do processo; ➢ O segundo é verificar se o aluno apresenta ou não habilidades e pré-requisitos para o processo; ➢ O terceiro objetivo está relacionado com a identificação das causas, de dificuldades recorrentes na aprendizagem. Assim é possível rever a ação educativa para sanar os problemas. Estudos de avaliação de autores importantes, mais cobrados em provas! De acordo com os estudos de Bloom (1993) a avaliação do processo ensino-aprendizagem, apresenta três tipos de funções: diagnóstica (analítica), formativa (controladora) e somativa (classificatória). A avaliação diagnóstica (analítica) É adequada para o início do o período letivo, porém não se restringe somente a esse período, podendo ocorre no inicio de vários períodos, como inicio de um bimestre, semestre, inicio de cada processo de ensino e aprendizagem, pois permite conhecer a realidade na qual o processo de ensino-aprendizagem vai acontecer. O professor tem como principal objetivo verificar o conhecimento prévio de cada aluno, tendo como finalidade de constata os pré-requisitos necessários de conhecimento ou habilidades imprescindíveis de que os estudantes possuem para o preparo de uma nova etapa de aprendizagem. De acordo com Luckesi 2003 "Para que a avaliação diagnóstica seja possível, é preciso compreendê-la e realizá-la comprometida com uma concepção pedagógica. No caso, considerarmos que ela deva estar comprometida com uma proposta pedagógica histórico crítica, uma vez que esta concepção está preocupada com a perspectiva de que o educando deverá apropriar-se criticamente de conhecimentos e habilidades necessárias à sua realização como sujeito crítico dentro desta sociedade que se caracteriza pelo modo capitalista de produção. A avaliação diagnostica não se propõe e nem existe uma forma solta isolada.É condição de sua existência e articulação com uma concepção pedagógica progressista". (LUCKESI 2003, p.82). AVALIAÇÃO FORMATIVA OU AVALIAÇÃO PARA APRENDIZAGENS A avaliação formativa ocorre durante todo o ano letivo, durante o processo de ensino e aprendizagem. Essa avaliação é privilegiada tanto pelas legislações como LDB, como nas instituições de ensino e pelo docente, pois visa forma os educando em sua integralidade, multidimensionalidade, seu instrumento de avaliação são os registros de tudo que o educando faz durante o processo, incluindo sua participação nesse processo como forma de avaliar a sua evolução. A avaliação formativa não se caracteriza como classificar o aluno ou reprová-lo, mas sim de avaliar o que foi ensino e aprendido tanto pelo docente como pelo discente ( educando). Objetivos da avaliação formativa ➢ Permite que o aluno toma conhecimento dos seus erros e acertos e encontra estimulo para continuar os estudos de forma sistemática. ➢ Permite ao professor detectar e identificar deficiências na forma de ensinar, auxiliando na reformulação do seu trabalho didático, visando aperfeiçoá-lo. Suas finalidades ➢ Para que esta forma de avaliação ocorra é necessário que seja controlada, porque orienta o estudo do aluno ao trabalho do professor, também podemos dizer que é motivadora porque evita as tensões causadas pela as avaliações tradicionais. ➢ Para que seja realizada com eficiência, ela deve ser planejada em função de todos os objetivos, deste modo o instrutor continuará seu trabalho ou irá direcionar de modo que a maioria dos alunos alcance plenamente todos os objetivos propostos. Por depender mais da sensibilidade e do olhar técnico do educador, esse formato de avaliação fornece mais informações que permitem a customização do trabalho do professor com base nas necessidades de cada aluno. Nesse sentido a avaliação é um instrumento de controle da qualidade, tendo como maior objetivo um ensino de excelência em todos os níveis. Ganhos com a avaliação formativa A capacidade em gerar, com rapidez, informações úteis Buscar entender as dificuldades dos educandos e o que foi possível aprender durante o processo. Dá informações úteis sobre etapas vencidas e dificuldades encontradas Se refere a possibilitar conhecer cada um, estabelecendo uma base para as atividades de ensino aprendizagem. Estabelece um feedback O retorno de verificação de resultados é contínuo sobre o andamento do processo de ensino e aprendizagem. Busca subsídios Para a busca de informações para solução de problemas. os fatores endógenos são levados em conta se refere aos fatores internos situação educacional são levados em conta para proceder à avaliação. Ou seja, os fatores internos permite ao docente avaliar o desempenho dos estudantes e também o seu próprio trabalho. Reflete valores e expectativas do professor em relação aos alunos. Desse modo é um ato pedagógico, a avaliação revela as qualidades e perspectivas do educador. A avaliação deve ser diferente para os estudante? Devemos avaliar de forma diferente, a avaliação não pode ser igual, visto que cada estudando tem suas peculiaridades e singularidades, uma turma nunca é homegenea e sim heterogênea, diferente, os alunos possuem culturas diferentes,dificuldades diferentes e estão inseridos em um contexto diferente. Para que serve os resultados da avaliação somativa? Os resultados da avaliação formativa servirão de base para identificar como o processo de aprendizagem tem acontecido. As informações que essa avaliação revela permitem o planejamento, o ajuste, o redirecionamento das práticas pedagógicas no intuito de aprimorar as aprendizagens dos alunos. Ou seja, seus resultados servem para apoiar, compreender, reforçar, facilitar, harmonizar as competências e aprendizagens dos alunos. CESPE- 2013-SEDF – CARGO – PROFESSOR Uma vez observadas pelo professor as normas de avaliação da escola e as do sistema de ensino no desenvolvimento da avaliação educacional, é desnecessário adequar a avaliação aos objetivos, conteúdos e procedimentos de ensino. ERRADO Análise da questão É imprescindível que o componente avaliação, dentro dos planejamento e planos, esteja articulado entre objetivos, conteúdos, métodos ou procedimentos, sendo a avaliação interligada a esses componentes, por isso é necessário adequá-lo a todos os outros elementos, para que ocorra o sucesso do ensino e aprendizagem. AVALIAÇÃO SOMATIVA (classificatória) Tem como função básica a classificação dos alunos, sendo realizada ao final de um curso ou unidade de ensino. Classificando os estudantes de acordo com os níveis de aproveitamento previamente estabelecidos. Atualmente a classificação dos estudantes se processa segundo o rendimento alcançado, tendo por base os objetivos previstos. Para Bloom (1983), a avaliação somativa "objetiva avaliar de maneira geral o grau em que os resultados mais amplos têm sido alcançados ao longo e final de um curso". É através deste tipo de avaliação que são fornecidos aos estudantes os chamados feedback que informa o nível de aprendizagem alcançado, se este for o objetivo central da avaliação formativa; e presta-se à comparação de resultados obtidos, visando também a atribuição de notas Características da avaliação somativa ✓ É expressa nas provas ✓ Ocorre no final do processo ✓ Tem o objetivo de classificar o aluno para uma série ou etapa. ✓ A avaliação somativa não ocorre na pré- escola Inicialmente aprendemos que a avaliação é um processo de diagnóstico, de verificação da aprendizagem, de controle, de reavaliar a prática pedagógica, desse modo para que a avaliação desempenhe diversas funções de acordo com o momento em que ela é inserida e de acordo com as necessidades dos educandos, é preciso identificá-las em seus diferentes níveis, seus tipos e suas classificações. Vimos que a avaliação possui três níveis sendo eles: da aprendizagem, que ocorre na sala de aula é mais corriqueira, avaliação institucional, que ocorre na escola com objetivo de fazer levantamentos sobre a capacidade de funcionamento da instituição e se essa é capaz de desenvolver a prática educacional, docente, momento de auto avaliação e falamos da avaliação de larga escola, que possui o objetivo de subsidiar na elaboração da proposta pedagógica da escola e elaborar suas avaliações tanto institucional como da aprendizagem, é um suporte para fazer levantamentos de como se encontra a situação dos graus de aprendizagem dos educandos em sentido amplo, contribuindo para desenvolver percentuais de qualidade da educação como o IDEB, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Abordamos sobre os tipos de avaliação. A partir dos estudos de Bloom, a avaliação possui três funções principais, que consiste em função de diagnosticar os conhecimentos prévios dos alunos, para planejar incutindo o conhecimento anterior de cada um, também tem como função a avaliação formativa que preza controlar verificando se os alunos estão atingindo os objetivos propostos anteriormente auxiliando o professor na identificação de deficiências, e por último temos a função somativa que tem como objetivo a classificação dos alunos no final de um módulo ou curso de acordo com o rendimento de cada aluno. Essas três funções da avaliação devem ser vinculadas ou conjugadas para se garantir a eficiência e eficácia do sistema de avaliação e assim tendo como resultado final a excelência do processo ensino- aprendizagem. Por outro lado, é importante lembrar, que é necessário em todos os casos levar em conta a realidade administrativa da instituição como, por exemplo, o número de alunos, objetivos, conhecimento técnico do professor, materiais, etc. COMPONENTE DE APRENDIZAGEM (AVALIAÇÃO) Normativo Libâneo Bloom HOFFMAMDIMENSÕES DA AVALIAÇÃO 1º Quem é esse aluno?, de onde vem?, com e com quem convive? 2º Que saberes estão sendo desenvolvidos? buscam a formação de um aluno pesquisador? 3º Como sem aprende? Em que idade, tempo e momento? AVALIAÇÃO SEGUNDO A LDB A avaliação continua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos NIVEIS DE AVALIAÇÃO Avaliação da aprendizagem Avaliação institucional\interna Avaliação de larga escala\de rede\externa AVALIAÇÃO SEGUNDO LIBÂNEO Pedagógica-didática se refere a correção dos erros possibilita o aprimoramento. Diagnóstica ocorre no ínicio, durante e no final . Controle é contínuo que ocorre no processo de interação professor-aluno, através de uma variedade de atividades. TIPOS DE AVALIAÇÃO FORMAL é sistêmica, sistemática, é planejada a partir dos objetivos educacionais. I NFORMAL é natural, espontânea e assistemática, nem sempre o aluno sabe que está sendo avaliado. AVALIAÇÃO SEGUNDO BLOOM Pode ter três funções sendo elas diagnóstica (analítica), formativa (controladora) e somativa (classificatória). FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO Diagnóstica que ocorre o início de cada período, como ano letivo, bimestre, semestre, tem função de sondar conhecimentos prévios dos alunos. Formativa tem a função de controlar os processos de ensino e aprendizagem, é continua e cumulativa, processual. Somativa tem a função de classificar através de notas, com o objetivo de verificar se o aluno tem condições de passar para uma série ou etapa subsequente. DIMENSÕES DA AVALIAÇÃO SEGUNDO JUSSARA HOFFMAN 1 dimensão: contexto sócio cultural do aluno. 2º dimensão: saberes significativos. 3º dimensão: questões epistemológicas se refere a gênese do conhecimento e as teorias de aprendizagens; 4 dimensão: articulado aos saberes significativos se refere ao cenário educativo\avaliativo. 1) BLOCO – PLANEJAMENTO CESPE – ABIN – OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – 2018 1- O planejamento de aula antecede hierarquicamente o planejamento da unidade didática. ( ) CERTO ( ) ERRADO 2- O Plano Nacional de Educação é instrumento de planejamento educacional pertencente ao nível operacional de planejamento. ( ) CERTO ( ) ERRADO 3- O Planejamento estratégico é utilizado como metodologia para efetivar a participação dos diferentes segmentos da comunidade educativa no processo de construção do planejamento participativo. ( ) CERTO ( ) ERRADO 4- Planejamento participativo e planejamento estratégico apresentam características comuns no que concerne á gestão dos processos escolares. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE – DEPEN – PEDAGOGIA- 2015 5- O planejamento da ação docente deve ser articulado com o planejamento escolar e institucional. ( ) CERTO ( ) ERRADO 6- O planejamento deve expressar uma unidade de ideias, princípios e ações. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE- IFB-CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR- 2011 7- O planejamento didático compreende a operacionalização do plano curricular. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE- INPI- ANALISTA DE PLANEJAMENTO – PEDSGOGIA – 2013 8- O planejamento dos conteúdos de aprendizagem é o elemento mais importante para o educador corporativo. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE- TJ- DFT- ANALISTA JUDICIÁRIO- PEDAGOGIA 9- A organização ou instituição é considerada em sua totalidade para o planejamento no nível estratégico. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE- SEDF- CONHECIMENTOS BÁSICOS – 2017 10 -Os únicos níveis de organização da prática educativa que influenciam no planejamento docente são o planejamento do professor e o planejamento escolar, que devem ser articulados. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE – TJ- ES- ANALISTA JUDICIÁRIO- PEDAGOGIA – 2011 11- Segundo a abordagem tradicional de planejamento, que se apoia na teoria positivista, as ações de planejamento cabem aos especialistas que ocupam os mais elevados níveis hierárquicos. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE- TJ-DFT- ANALISTA JUDICIÁRIO- PEDAGOGIA 12- A priorização da questão orçamentária em um planejamento prejudica o sucesso da intervenção na realidade oriunda de um planejamento participativo. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE- ABIN- OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – 2018 13- O planejamento independe do nível de preparo e das condições socioculturais e individuais dos alunos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 14- O planejamento de ensino é rígido e absoluto ( ) CERTO ( ) ERRADO 15- O planejamento é um processo de racionalização e organização da ação docente. ( ) CERTO ( ) ERRADO 16- O planejamento curricular define a seleção de conteúdos a serem ministrados em sala de aula. ( ) CERTO ( ) ERRADO 17- O planejamento diz respeito á função de formar progressivamente o currículo em diferentes etapas. ( ) CERTO ( ) ERRADO 18- O planejamento escolar expressa as funções da instituição em dado momento histórico e social. CESPE- SEE- AL- PROFESSOR- 2013 19- Atualizar o conteúdo e facilitar a preparação de aulas são funções do planejamento escolar. ( ) CERTO ( ) ERRADO 20- O planejamento eficaz deve ser um instrumento rígido e absoluto para direcionar a prática docente. ( ) CERTO ( ) ERRADO 21- O planejamento, por si só, assegura o andamento do processo de ensino. ( ) CERTO ( ) ERRADO 22- No planejamento são identificadas as opções político- pedagógicas do docente e da escola. ( ) CERTO ( ) ERRADO 23- A elaboração do planejamento da instituição de ensino dispensa a participação do professor. CESPE- MPU- ANALISTA- EDUCAÇÃO- 2013 24- O planejamento de ensino restringe-se ao momento de elaboração dos planos de trabalho pelo educador. CERTO ( ) ( ) ERRADO 25- O foco exclusivo do planejamento participativo é a democratização das decisões. ( ) CERTO ( ) ERRADO 26- O planejamento participativo distingue-se por seu caráter tradicionalista. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE- SEDF- TÉCNICO DE GESTÃO EDUCACIONAL – SECRETÁRIO ESCOLAR- 2017 27-O planejamento participativo contribui para que os envolvidos se sintam corresponsável pelo que acontece na escola. CESPE- SEDUC- AM- PEDAGOGO- 2011 28- O processo de planejamento compreende três dimensões: técnica, conceitual, política. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE- CNJ- ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA- 2013 29-A convivência harmoniosa entre os membros de uma comunidade escolar constitui um principio do planejamento participativo. ( ) CERTO ( ) ERRADO 30-O planejamento participativo compreende o diagnóstico da realidade dos alunos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 31- A preparação, o desenvolvimento e o aperfeiçoamento são fases do planejamento de ensino. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE- UNIPAMPA- TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS 32- Atualmente, o planejamento nas escolas tem sido executado sob a forma de projeto político pedagógico, modalidade de planejamento resultante de uma construção coletiva em que se negligenciam o diagnóstico e as avaliações da realidade. ( ) CERTO ( )ERRADO CESPE- SEE-AL- SECRETÁRIO ESCOLAR- 2013 33- O planejamento curricular, que apresenta alto grau de incerteza, é um elemento pertinente ao nível estratégico de planejamento escolar. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE – DEPEN- PEDAGOGIA- 2013 34- O principal objetivo do planejamento de ensino é garantir o cumprimento dos conteúdos estabelecidos na grade curricular. ( ) CERTO ( ) ERRADO 35- O desafio da escola, em uma perspectiva empresarial, é garantir a qualidade formal por meio de um planejamento eficaz. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE- INSS- ANALISTA DE SEGURANÇA SOCIAL- PEDAGOGIA 36- Na perspectiva tradicional de planejamento, a visão estratégica abrange todos os níveis da organização. ( ) CERTO ( ) ERRADO 37- Por considerarem a organização em sua totalidade, o planejamento institucional e o nível estratégico estão diretamente relacionados. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE- ME-TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS- 2008 38- A centralidade na dimensão orçamentária é a garantia de eficiência e eficácia na implementação de um planejamento participativo. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE- INCA-TECNOLOGISTA JUNIOR- ANALISTA PEDAGÓGICO- 2010- ADAPTADA 39- O planejamento educacional passou a ser concebida como instrumento imprescindível na elaboração de um projeto educativo. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE- ABIN- OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA-2018 40- No que se refere ao planejamento curricular, julgue o próximo item. O planejamento curricular é o mesmo que planejamento da instrução. 1- E 21-E 2- E 22-C 3- C 23-E 4- E 24-E 5- C 25-E 6- C 26-E 7- C 27-C 8- E 28-C 9- C 29-E 10- E 30-C 11-C 31-C 12-C 32-E 13- E 33-C 14- E 34-E 15-C 35-C 16- E 36-E 17-C 37-C 18-C 38-E 19-C 39-C 20- E 40-E 1- SELECON- 2018- PREFEITURA DE CUIABÁ -MT-PROFESSOR -PEDAGOGO Segundo Veiga (2007) o projeto de construção do projeto é mercado por três atos distintos e interdependentes- o ato situacional, o conceitual, ato operacional Quanto ao ato conceitual, podese afirmar que diz respeito á concepção de sociedade, homem, educação, escola, currículo, ensino e aprendizagem. ( ) CERTO ( ) ERRADO 2- Segundo Veiga (1996), “O projeto político-pedagógico, ao se construir em processo democrático de decisões deve ser construído primeiro pelos gestores das escola. ( ) CERTO ( ) ERRADO 3- Na perspectiva emancipatória o PPP preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE-2008-TJ-DFT-ANALISTA JUDICIÁRIO-PEDAGOGIA 4- Na implementação do PPP, a tendência emancipatória é a de eliminação de conflitos entre os indivíduos ou grupos para a garantia da sua eficiência e eficácia. ( ) CERTO ( ) ERRADO CETRO-2008-SEED-SP- SUPERVISOR ESCOLAR 5- Fonseca (2001),ao refletir sobre PPP das escolas, seu significado e sentido, com vistas ao sucesso escolar deve ser entendido como o conjunto articulado de propostas e planos em função de finalidades fundadas em valores previamente explicitado e assumidos. ( ) CERTO ( ) ERRADO COPEVE-UFAL-2011-PEDAGOGO 6- A construção do PPP somente se dá na perspectiva da gestão democrática participativa, para que esteja de fato voltada ás necessidades de mudança na educação, no currículo e no processo ensino- aprendizagem. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE-2011-CORREIOS -ANALISTA DE CORREIOS-PEDAGOGO 7- O PPP caracteriza-se por ser um documento estritamente administrativo, no qual devem estar expressos os objetivos de aprendizagens, as metas das instituições educativas bem como os métodos pedagógicos para o cumprimento do currículo. ( ) CERTO ( ) ERRADO 8- CESPE-2011- CORREIOS- ANALISTA DE CORREIOS-PEDAGOGO A elaboração do PPP compete aos gestores públicos, que devem observar não só a legislação educacional vigente, mas também as aspirações da sociedade contemporânea, no estabelecimento das concepções pedagógicas que fundamentarão as ações educacionais, de cuja, execução devem participar apenas os profissionais das instituições educativas. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE-2010-ABIN- OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA- ÁREA DE PEDAGOGIA 9- A lógica estratégica e a visão emancipatória, perspectivas que podem orientar a construção de projetos político-pedagógico em ambientes escolares ou corporativos, não afetam a essência desses projetos. ( ) CERTO ( ) ERADO NUCEPE- 2009-SEDUC-PI- PROFESSOR- INFORMÁTICA 10- O PPP, pensado como instrumento de democratização da escola, postula a necessidade de estabelecimento de relações democráticas no contexto escolar, bem como indica a necessidade de se respeitar a diversidade de características dos atores envolvidos no processo educativo. Em relação ao referido projeto é correto afirmar: I. desenvolve-se orientando por concepções de educação e de ensino; II. prevê como a base para a atividade pedagógica os princípios tecnicistas; III. efetiva-se no cotidiano, estando em constante reconstrução; IV. prioriza as ações técnicos administrativas; V. articula princípios pedagógicos e administrativos. A respeito das afirmações constantes dos itens I a V, a alternativa CORRETA é: A- Apenas as afirmações dos itens II, II e IV estão corretas. B- Apenas as afirmações dos itens I,II e II estão corretas. C- Apenas as afirmações constantes dos itens I, II e IV estão corretas. D- Apenas as afirmações dos itens I, III e V estão corretas. CESPE-2011-SAEB-BA-TODOS OS CARGOS-EDU.FÍSICA, ARTE, PORTUGUÊS, INGLÊS E ESPANHOL 11- O projeto político-pedagógico resulta do agrupamento de diversos planos de ensino e atividades orientadores das ações sistemáticas de professores, gestores e alunos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 12- Na elaboração do PPP, a cargo dos gestores e professores, devem ser consideradas tanto as necessidades dos alunos quanto as da comunidade a que a escola pertence, como forma de promoção do envolvimento de todos na melhoria da qualidade da educação. ( ) CERTO ( ) ERRADO 13- Trata-se de documento oficial que orienta a gestão administrativa e financeira dos espaços escolares, devendo ser do conhecimento de todos os atores do processo educativo. ( ) CERTO ( ) ERRADO 14- Trata-se de um plano em que se detalham objetivos, diretrizes e ações do processo educativo a ser desenvolvido na escola, e com base no qual são tomadas as decisões, encaminhadas questões e analisando os resultados alcançados tanto no plano administrativo quanto no pedagógico. ( ) CERTO ( ) ERRADO IF-PR-2010-PEDAGOGO15- O Projeto Político Pedagógico deve estabelecer uma relação distinta entre a dimensão política e a dimensão pedagógica da escola. ( ) CERTO ( ) ERRADO 16- A gestão democrática é um dos princípios para a elaboração do Projeto politico-pedagógico. ( ) CERTO ( ) ERRADO 17- O Projeto politico-pedagógico configura-se como um processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, na busca de alternativas viáveis á efetivação de sua intencionalidade. ( ) CERTO ( ) ERRADO 18- Toda ação pedagógica é, também, uma ação política, não no sentido de uma doutrina ou partido, mas no sentido da busca do bem comum e coletivo. ( ) CERTO ( ) ERRADO 19- O projeto político-pedagógico da escola deve ser construído e vivenciado por todos os envolvidos no processo educativo da escola. É uma ação intenciona, com objetivos implícitos e um compromisso definido coletivamente. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE-DPU-TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS-2016 20- O PPP é um guia para ação, que prevê e fornece uma direção política e pedagógica para o trabalho educativo. ( ) CERTO ( ) ERRADO 1-C 11-E 2-E 12-E 3-C 13-E 4-E 14-C 5-C 15-E 6-E 16-C 7-E 17-C 8-E 18-C 9-C 19-E 10-D 20-C 1- VUNESP- TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS-UFSCAR-2008 O currículo é o resultado de uma seleção que opera, em relação á cultura de uma sociedade, a partir de critérios neutros e objetivos, pelos quais se determina os conteúdos a serem priorizados para transmissão ás novas gerações. ( ) CERTO ( ) ERRADO 2- UFScar- TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS -2009 O currículo é um instrumento norteador do trabalho docente, sempre provisório e inacabado aberto á produção de sentidos; um processo dinâmico que incorpora constantemente os saberes e os elementos culturais de seus agentes. ( ) CERTO ( ) ERRADO 3- UFScar-TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS -2009 Considerando que o currículo é um processo de produção e\ou construção do conhecimento, a partir de experiências de vidas dos professores e alunos, situadosnum contexto sócio-histórico mais amplo, assinale a alternativa compatível com essa definição. a) A organização curricular deve levar em consideração as relações entre os agentes sociais que dela participam num espaço e num tempo determinado e a definição de um suporte teórico que a sustente. b) O currículo escolar é responsável pela produção do conhecimento neutro entre o sujeito individual e o sujeito da comunidade. c) O currículo caracteriza-se como o conjunto de disciplinas que compõem um curso organizadas em uma matriz curricular. d) O currículo é um instrumento formal preconcebido, delimitado, definidor das atividades que o professor deve realizar na escola. e) O currículo não deve contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento de identidades culturais, pois dessa forma não estará situando os alunos como sujeitos conscientes dentro do universo simbólico que os constitui sujeitos e cidadãos. 4- COPEC-UFAL-TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS-2009 O currículo é um dos locais privilegiados onde se entrecruzam saber e poder, representações e domínio, discurso e regulação. É também no currículo que se condensam relações de poder e subjetividades sociais. ( ) CERTO ( ) ERRADO 5-CESPE-SEDU-ES-PEDAGOGO-2010-ADAPTADA O currículo compreende apenas a sistematização dos conhecimentos a serem transmitidos no processo 13-Eficiência e poder são conceitos que a teoria crítica do currículo enfatiza. ( ) CERTO ( ) ERRADO educativo. 6-AOCP-PEDAGOGO-2012-ADAPTADA A palavra currículo associa-se distintas concepções, que derivam dos diversos modos de como a educação é concebida historicamente, bem como das influências teóricas que a afetam e se fazem hegemônicas em um dando momento. ( ) CERTO ( ) ERRADO 7-A palavra currículo tem sido também utilizada para indicar efeitos alcançados na escola, que não estão explicados nos planos e nas propostas, não sendo sempre, por isso, claramente percebidos pela comunidade escolar. 8-O currículo é o coração da escola, o espaço central em que todos atuamos, o que nos torna, nos diferentes níveis do processo educacional, responsáveis por sua elaboração. ( ) CERTO ( ) ERRADO 9-O currículo constitui um dispositivo em que se concentram as relações entre a sociedade e a escola, entre os saberes e as práticas socialmente construídos e os conhecimentos escolares. ( ) CERTO ( ) ERRADO FGV-PEDAGOGO-2012-ADAPTADA 10-O currículo pode ser pensado apenas como um rol de conteúdos a serem transmitidos para um sujeito passivo. ( ) CERTO ( ) ERRADO 11- Conhecimentos, valores, costumes e hábitos não interferem na organização de um currículo. ( ) CERTO ( ) ERRADO TEORIA DE CURRICULO 12- CESPE-SEMEC-TERESINA-PEDAGOGO-2008-ADAPTADA Metodologia e eficiência são conceitos que a teoria tradicional de currículo enfatiza. ( ) CERTO ( ) ERRADO 14-Relações sociais e poder são conceitos que a teoria crítica de currículo enfatiza. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE-DETRAN-DF-PEDAGOGO-2009 Julgue os itens a seguir a luz da concepção crítica de currículo e de construção do conhecimento. 15-A eficiência é a diretriz que conduz todo o planejamento da organização do trabalho pedagógico. ( ) CERTO ( ) ERRADO 16-O reconhecimento da existência de um currículo oculto é primordial para a identificação da ideologia presente no cotidiano escolar. ( ) CERTO ( ) ERRADO 17-A subjetividade e o multiculturalismo são traços marcantes das teorias baseadas nessa concepção. ( ) CERTO ( ) ERRADO 18-A neutralidade dos saberes é defendida para a garantia da cientificidade de seleção de conteúdos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 19- A analise de relações de produção, busca da emancipação e da libertação das classes dominadas direciona a organização curricular. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE-SEDF-PROFESSOR CLASSE A-2008 20- Ensino, planejamento e eficiência são conceitos enfatizados pela teoria tradicional de currículo. ( ) CERTO ( ) ERRADO 21- A teoria crítica põe em relevo os conceitos de subjetividade, multiculturalismo e identidade. ( ) CERTO ( ) ERRADO 22- Os conceitos de ideologia, emancipação e reprodução cultural são próprios da teoria póscritica. ( ) CERTO ( ) ERRADO IF BA-PREF-IRECÊ-BA-PEDAGOGO-2010-ADAPTADA 23- A teoria pós critica de currículo Põe em relevo temas como gênero, raça, etnia, sexualidade, subjetividade e multiculturalismo. ( ) CERTO ( ) ERRADO MANIFESTAÇÕES DE CURRICULO 24- FGV-ASSEMBLEIA LEGISLATIVA-RO-ANALISTA LEGISLATIVO-PEDAGOGIA-2018- ADAPTADA O currículo real é aquele que se materializa dentro do espaço da sala de aula, com professores e alunos, a cada dia. ( ) CERTO ( ) ERRADO 25-O currículo formal refere-se ás influências que afetam a aprendizagem dos alunos e o trabalho dos professores provenientes da experiência cultural de cada um. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE-TJ-CE-PEDAGOGO-2008 O currículo reflete intenções ( objetivos) e ações ( conhecimentos, procedimentos, valores, formas de gestão, de avaliação, etc), tornadas realidades pelo trabalho dos professores e, sob determinadas condições, providas pela organização escolar, tendo em vista a melhor qualidade do processo ensino-aprendizagem. LIBANEO,J,C Organização e gestão da escola- teoria e prática. Goiânia.2004,p 171 (adaptada) Acerca desse assunto tratado no texto acima, julgue os itens: 26-O currículo oculto é aquele estabelecido pelos sistemas de ensino expresso em diretrizes curriculares. ( ) CERTO ( ) ERRADO 27- Currículo real é aquele que de fato é trabalhado em sala de aula, em decorrência da efetivação do que foi planejado. ( ) CERTO ( ) ERRADO 28- As imagens de família presentes em determinados livros didáticos são exemplos de um tipo de currículo intitulado oculto, pois não são explicitados em documentos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 29-O currículo pode ser compreendido em três dimensões, sendo a dimensão real a que reflete o que acontece no dia a dia da sala de aula. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE-IPOJUCA-PEDAGOGO-2009 30-O currículo oculto é aquele estabelecido pelos sistemas de ensino nas propostas curriculares dos estados e municípios. ( ) CERTO ( ) ERRADO 31-O reconhecimento da existência de um currículo oculto é primordial para a identificação da ideologia presente no cotidiano escolar. ( ) CERTO ( ) ERRADO QUADRIX-SEEDF-PROFESSOR SUBSTITUTO-2018- ADAPTADA 32-Currículo oculto é um conceito do qual fazem parte rituais, relações hierárquicas, regramentos e organização dos tempos e espaços escolares. ( ) CERTO ( ) ERRADO FUNIVERSA-SESI-DF-PROFESSOR 1º AO 5º ANO-2010-ADAPTADA 33-O currículo oculto é constituído por todas aqueles aspectos que, sem fazer parte do currículo oficial, explícito, contribuem, de forma nítida e transparente, para aprendizagens sociais relevantes. ( ) CERTO ( ) ERRADO 34-O currículo oculto reproduz, por meio da cultura escolar, as estruturas sociais e a ideologia dominante do capitalismo. Por isso, o currículo oculto não interfere na subjetividade dos alunos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 35-A disposição das carteiras em filas indianas, em que cada aluno tem sua atenção voltada sempre para frente, com o fim único de interromper toda e qualquer forma de comunicação entre os alunos, não pode ser considerada um exemplo de aspecto do currículo oculto. ( ) CERTO ( ) ERRADO QUADRIX-SEEDF-PROFESSOR SUBSTITUTO-2018-ADAPTADA 36-O currículo formal constitui o conjunto das aprendizagens construídas e das experiências vividas pelo estudante. ( ) CERTO ( ) ERRADO 37- São manifestações de currículo: o currículo formal, o currículo real e o currículo oculto. ( ) CERTO ( ) ERRADO 38- Fazem parte do currículo oculto; rituais e práticas; relações hierárquicas; regras e procedimentos, modos de organizar o espaço e o tempo da escola, a maneira como arrumamos as carteiras na salade aula. ( ) CERTO ( ) ERRADO 39-O currículo real é aquele estabelecido pelos sistemas de ensino. ( ) CERTO ( ) ERRADO 40-Há uma distinção estabelecida entre vários níveis de currículo, cada qual com suas especificidades. Sobre o currículo formal, pode-se afirmar que são diretrizes normativas prescritas. ( ) CERTO ( ) ERRADO 1-E 21-E 2-C 22-E 3-A 23-C 4-C 24-C 5-E 25-E 6-C 26-E 7-C 27-C 8-C 28-E 9-C 29-C 10-E 30-E 11-E 31-C 12-C 32-C 13-E 33-C 14-C 34-E 15-E 35-C 16-C 36-E 17-E 37-C 18-E 38-C 19-C 39-E 20-C 40-C 1- A realização de um trabalho sistematizado com base em uma visão estratégica e objetiva da realidade é própria de planejamentos elaborados por meio da metodologia de projetos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 2- O processo de planejamento compreende três dimensões: técnica, conceitual e política. ( ) CERTO ( ) ERRADO 3- A elaboração e execução constituem etapas separadas, que não se relacionam, da elaboração de um projeto. ( ) CERTO ( ) ERRADO 4- Ao elaborar um projeto, os gestores devem certificar-se da compatibilidade dos objetivos pretendidos com a metodologia a ser utilizada para alcança-los. ( ) CERTO ( ) ERRADO 5- Entre os elementos constitutivos do planejamento de ensino está o método que é o conjunto de normas didáticas e atitudinais. ( ) CERTO ( ) ERRADO 6- As disciplinas denominadas práticas pedagógicas ou de ensino constituem elos entre os conhecimentos teóricos e o empirismo na formação do pedagogo. ( ) CERTO ( ) ERRADO 7- Ao planejar sua disciplina, o professor conta com recursos didáticos que podem ser materiais e (ou) humanos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 8- Todas as ações escolares devem ter origem nos planos curriculares. ( ) CERTO ( ) ERRADO 9- Plano de curso é o conjunto de ações a serem desenvolvidas na vigência de determinado período letivo. ( ) CERTO ( ) ERRADO 10- Na elaboração do planejamento, a etapa na qual se busca conhecer a realidade a ser modificada chama-se classificação. ( ) CERTO ( ) ERRADO 11- Planejar é, sobretudo, preencher formulários para o controle administrativo da ação educativa. ( ) CERTO ( ) ERRADO 12- O planejamento independe do nível de preparo e das condições socioculturais e individuais dos alunos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 13- Faz parte do planejamento de ensino selecionar material didático, identificar tarefas a serem executadas pelo professor e pelos alunos e replanejar o trabalho docente conforme situações ocorridas nas aulas ( ) CERTO ( ) ERRADO 14- O planejamento de ensino deve ser rígido e absoluto. ( ) CERTO ( ) ERRADO 15- O planejamento é um processo de racionalização e organização da ação docente. ( ) CERTO ( ) ERRADO 16- O planejamento diz respeito á função de formar progressivamente o currículo em diferentes etapas. ( ) CERTO ( ) ERRADO 17-O planejamento curricular expressa as funções da escola em dado momento histórico e social ( ) CERTO ( ) ERRADO 18-No plano de aula, o professor deve especificar o que será realizado na sala, buscando aprimorar a sua prática pedagógica, bem como melhorar o aprendizado dos alunos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 19-O plano de aula antecede hierarquicamente o plano de unidade diática. ( ) CERTO ( ) ERRADO 20-O planejamento curricular é fruto de uma sucessão de etapas que vai desde as definições adotadas pelo Ministério da Educação até a realização do trabalho docente em sala de aula. ( ) CERTO ( ) ERRADO 1-C 11-E 2-C 12-E 3-E 13-C 4-C 14-E 5-C 15-C 6-C 16-C 7-C 17-C 8-C 18-C 9-C 19-E 10-E 20-C 1- QUADRIX-2018-SEDF-PROFESSOR SUBSTITUTO-ATIVIDADES Considerando os métodos, as estratégias e as concepções de avaliação utilizados nos processos de ensino-aprendizagem, julgue o próximo item. No contexto da prática docente, as técnicas são componentes operacionais do método. ( ) CERTO ( ) ERRADO 2- QUADRIX-2018- SEDUCE-GO-PROFESSOR DE NÍVEL III- BIOLOGIA A avaliação somativa deve ser realizada no início do período letivo para indicar o quanto o aluno já sabe a respeito dos conteúdos a serem ministrados. ( ) CERTO ( ) ERRADO 3-A avaliação diagnóstica deve ser realizada ao final do ano letivo para contribuir com a avaliação final do aluno. ( ) CERTO ( ) ERRADO 4-A avaliação formativa deve ser utilizada ao longo do ano letivo, permitindo o acompanhamento contínuo do processo de aprendizagem. ( ) CERTO ( ) ERRADO 5-A avaliação por certificação de competências deve ser realizada para medição do que os alunos conseguiram construir ao longo de um ano letivo. ( ) CERTO ( ) ERRADO 6-A avaliação classificatória deve ser uma prática das escolas, pois informa, de modo seguro, as habilidades desenvolvidas por cada aluno. ( ) CERTO ( ) ERRADO FGV-2019-PREFEITURA DE ANGRA DOS REIS-RJ-MONITOR DE EDUCAÇÃO ESPECIAL 7- Entre os componentes do processo de ensino-aprendizagem envolvendo docente e aluno, temos: o , que deve responder a pergunta: “Para que ensinar?”; o , que deve responder a pergunta: “ O que aprender?; e o que deve responder a pergunta: “Com o quê?” Assinale a opção cujo os itens completam corretamente as lacunas do fragmento acima. a) Recurso-conteúdo-objetivo b) Objetivo-conteúdo-recurso c)Conteúdo-recurso-objetivo d) Recurso-conteúdo-método IDECAN-2016-UFPB-PEDAGOGO 8- Os objetivos educacionais constituem de uma ação intencional e sistemática e são exigências que requerem do professor um posicionamento reflexivo, que o leve a questionamentos sobre a sua própria prática. ( ) CERTO ( ) ERRADO 9- Os conteúdos não precisam fazer parte dos saberes advindos do conjunto social formado pela cultura, ciência, técnica e arte, sendo ainda o elemento de mediação no processo de ensino. ( ) CERTO ( ) ERRADO 10- O método constitui as formas que o professor organiza suas atividades de ensino e de seus alunos e regula as formas de interação entre ensino e aprendizagem, na qual os resultados obtidos é assimilação consciente de conhecimentos e desenvolvimento das capacidades cognoscitivas e operativas dos alunos. ( ) CERTO ( ) ERRADO IF-PE-2016-PROFESSOR-INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 11- Conteúdos, objetivos e métodos constituem uma unidade, não podendo ser considerados isoladamente sendo o ensino inseparável das condições concretas de cada situação didática. ( ) CERTO ( ) ERRADO 12- Os conteúdos mesmo desvinculados dos objetivos, são insuficientes para efetivação do trabalho docente e asseguram a assimilação de habilidades e conhecimentos. ( ) CERTO ( ) ERRADO IBADE-2016-SEDUC-RO-PROFESSOR CLASSE C- SÉRIES INICIAIS 13- Os recursos didáticos-pedagógicos são componentes do ambiente educacional estimuladores do educando, facilitando e enriquecendo o processo de ensino e aprendizagem. ( ) CERTO ( ) ERRADO 14- Metodologia e todo material utilizado como auxílio no ensino-aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado pelo professor a seus alunos. ( ) CERTO ( ) ERRADO CESPE – OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA- PEDAGOGIA- ABIN-2010 15- Na relação dos objetivos devem se observar se a relação objetivo-conteúdo expressa finalidades sociais e pedagógicas. ( ) CERTO ( ) ERRADO 16- Os objetivos devem abranger critérios para a seleção de outros elementos que constituem o planejamento de ensino, como, por exemplo, conteúdos, procedimentos, recursos e processos de avaliação. ( ) CERTO ( ) ERRADO 17- A metodologia centrada na compreensão reflexão e ação caracteriza a tendência educacional libertadora de Paulo Freire. ( ) CERTO ( ) ERRADO 18- Ao realizar um planejamento o professor deve pensar e estruturar um conjunto de objetivos e conteúdos que devem ser trabalhados no decorrer do período previsto no planejamento. São eles (Conteúdos reais, conceituais, procedimentais