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Resumo: Metodos instrumentais Aluno: Jeosafa Amazonas Pereira Espectroscopia UV-VIS Esta técnica estuda as interações da radiação eletromagnética com o material, com o objetivo de obter informações sobre sua composição química. Isso é possível porque uma ligação química pode interagir de várias formas com os diferentes comprimentos de onda de radiação. Essas interações podem se manifestar através de fenômenos como a absorção, reflexão, transmissão, difração, refração e espalhamento das ondas. Outro princípio importante para que se compreenda o funcionamento deste ensaio é que cada tipo de ligação química absorve um comprimento de onda específico, como por exemplo, as ligações duplas, que absorvem fortemente na região ultravioleta. Este fenômeno é que permite a criação de uma correlação entre os comprimentos de ondas absorvidos pela amostra e a identificação das ligações que compõem o material. O ensaio consiste em submeter a amostra a radiações emitidas por uma lâmpada que emite comprimentos de ondas que pertençam ao espectro visível e ao espectro ultravioleta, com comprimentos de onda na faixa 200nm à 800nm. Após ser emitida, a radiação passa por um monocromador, e posteriormente incide na amostra, que é posicionada no caminho óptico do equipamento, entre o monocromador e o detector. Os detectores são responsáveis por identificar quais comprimentos de ondas foram absorvidos durante o ensaio, colhendo as informações necessárias para que os resultados da análise sejam gerados. O resultado do ensaio consiste em um espectro que indica os comprimentos de ondas absorvidos e a intensidade da absorção em cada comprimento de onda. Através de um banco de dados, é possível correlacionar os comprimentos de ondas absorvidas, com as ligações presentes na amostra, e a intensidade da absorção com a concentração destas ligações, informações cruciais para que a identificação e caracterização de diversos materiais e substâncias seja realizada e o objetivo do ensaio alcançado. O ensaio de Espectroscopia UV-Vis pode fornecer informações que permitem a identificação de grupos funcionais orgânicos e íons metálicos, além de permitir a quantificação de componentes orgânicos e inorgânicos, permitindo identificar e caracterizar, qualitativamente e quantitativamente, materiais e substâncias químicas. Além disso, é possível realizar ensaios de turbidez através desta técnica. No espectrofotômetro, o número de fótons absorvidos por uma solução é chamado de leitura de absorbância. Quanto maior o comprimento do caminho que a luz deve percorrer através de uma solução antes de atingir o detector, maior a chance de um fóton ser absorvido. Diferentes compostos absorvem melhor em diferentes comprimentos de onda. Um espectrofotômetro UV vis usa luz na faixa ultravioleta (185 – 400 nm) e faixa visível (400 – 700 nm) do espectro de radiação eletromagnética. Considerando que um espectrofotômetro IR usa luz na faixa infravermelha (700 – 15000 nm). A espectroscopia ultravioleta (UV) e visível (VIS) mostram transições eletrônicas em átomos e moléculas, para medir isso é usado um espectrofotômetro. Os compostos que absorvem na região do visível são coloridos, enquanto os que absorvem apenas na região do UV são incolores. Espectrometria de massas (atomica e molecular) A espectrometria de massas é uma técnica analítica que qualifica e quantifica a matéria presente no universo. Consiste em analisar os átomos e moléculas por meio da relação massa/carga (m/z) dos íons de analitos no estado gasoso. A ciência que explora a espectrometria de massas é conhecida como “físico-química dos íons na fase gasosa”. O estudo da espectrometria de massas envolve três itens principais: o instrumento analisador, denominado “espectrômetro de massas”, os resultados deste analisador, representados pelos “espectros de massas” e as “aplicações” em diferentes áreas da ciência que este analisador é utilizado. O espectrômetro de massas é o instrumento analítico composto de um compartimento fechado à vácuo para não ter interferência com a atmosfera. Dentro do compartimento existem três seções que caracterizam o espectrômetro de massas: A “Fonte de íons” em que a amostra gasosa a ser analisada e convertida em íons. O “Analisador” em que os íons são separados e discriminados em função da sua razão massa/carga (m/z) e o “Detector de íons” em que os íons são detectados e transmitidos para um sistema de processamento de dados, resultando o espectro de massas. A Figura 1 apresenta as diferentes alternativas utilizadas no espectrômetro de massas. Estas alternativas dão a característica de aplicabilidade do espectrômetro de massas. O espectro de massas consiste em um gráfico bidimensional, cujas coordenadas representam a razão (m/z) na abscissa, com unidade Dalton (Da), e na ordenada o número de íons detectados, representada em porcentagem (%) relativa ao íon mais intenso do espectro, conhecido como íon base. Por meio da leitura correta dos íons fragmentos do espectro de massas é possível deduzir a molécula em estudo. A técnica pode ser aplicada em diversas áreas da ciência. Historicamente, a descoberta da estrutura da matéria, tais como a existência dos elétrons e dos isótopos da maioria dos elementos químicos da tabela periódica, foi possível graças à sua aplicação na ciência física e química, analisando algumas centenas de Daltons. Logo, com o desenvolvimento de novos instrumentos, a sua aplicação passou a ser explorada na ciência biológica, especialmente na medicina, analisando proteínas e outras moléculas de massa molecular acima de milhares de Daltons. O desenvolvimento da espectrometria de massas é interessante e acompanha a evolução da inteligência humana. Quem inventou este analisador foi o físico inglês Joseph John Thomson (1856- 1940) no ano de 1897. Certamente ele “subiu nos ombros dos gigantes”, tal como Newton sugere, para descobrir novos avanços na ciência. Os gigantes que J.J. Thomson “subiu” foram: Otto von Guericke (1602-1686) físico alemão que em 1650 descobre novas maquinas para gerar vácuo. Michael Faraday (1791-1867) e James Maxwell (1831-1879) foram outros gigantes que abriram o caminho para compreensão do eletromagnetismo. Faraday desenvolveu a eletroquímica e definiu termos importantes na espectrometria de massas, tais como ânodo, cátodo e íons positivos e negativos. Maxwell formulou a teoria do eletromagnetismo, fornecendo base da espectrometria de massas, onde os íons, no interior do analisador de massas, são separados e discriminados em função a sua razão m/z. Mas um dos gigantes que impulsionou o descobrimento da espectrometria de massas foi o físico britânico William Crookes (1832-1919) que desenvolveu o “Tubo de Raios Catódicos”. Este instrumento era um tubo de vidro fechado à vácuo com dois eletrodos metálicos, onde era aplicada correntes elétricas positivas e negativas. O efeito produzia um feixe de luz visível esverdeada. Várias experiências foram realizadas pelos pesquisadores com este tubo. Uma delas foi realizada pelos físicos alemães Johann Hittorf e Julius Plucker, em 1869, conseguindo deslocar o feixe de luz visível esverdeada por meio de um imã externo ao tubo de vácuo. Esta experiência com o Tubo de Raios Catódicos empolgou o pesquisador J.J. Thomson que, ao modificar a geometria deste tubo, desenvolveu o primeiro espectrômetro de massas. As partes do primeiro espectrômetro são equivalentes às já enunciadas anteriormente: fonte de íons, analisador e detector. Como detector foi utilizado uma placa fotográfica para registrar o caminho ótico dos íons, obtendo geometrias parabólicas. A matemática na espectrometria de massas está presente já que a geometria do caminho dos íons é de suma importância para interpretação dos espectros de massas. Por meio do primeiro espectrômetro de massas, J.J. Thomson consegue medir a relaçãomassa/carga do elétron que, então, não era conhecido, denominando “partícula corpuscular”. Naquela época, acreditava-se que o átomo era uma partícula indivisível, tal como o grego Demócrito formulou no ano 400 a.C. (“a” significa “sem” e “tomo” significa “divisão” em grego). O físico inglês John Dalton (1766-1844) reforçou esta teoria postulando em 1803 que “Toda matéria, sólida, líquida ou gasosa consiste de um grande número de pequenas partículas denominadas átomos. Nenhum processo químico poderá criar ou aniquilar os átomos”. Em homenagem a esta teoria a unidade da razão massa/carga é chamada de Daltons. Além do elétron, J.J. Thomson e seu aluno Francis William Aston (1877-1945) descobrem os isótopos 20Ne e 22Ne do gás Neônio. Foi assim que na reunião da Real Academia de Ciência na Inglaterra no ano de 1897, J.J. Thomson anuncia que o átomo é uma partícula divisível. Ele chegou a esta conclusão após verificar que a massa da partícula corpuscular descoberta (elétron) era menor que a massa do elemento mais leve da tabela periódica, o Hidrogênio. Esta descoberta deixou eufórica à comunidade científica. A primeira pergunta da plateia para o Professor Thomson foi: Como ele concebia o modelo atômico? Ele responde que o átomo era como um pudim inglês, onde as uvas passas estão localizadas no lado externo e ao redor do pudim. Certamente a resposta de Thomson foi pronunciada antes da hora do banquete da academia influenciando, desta forma, no primeiro modelo atômico. Pela descoberta dos elétrons, J.J. Thomson recebeu o premio Nobel de Física de 1906. Espectroscopia DCP Espectrometria de Emissão Atômica por Plasma Acoplado Indutivamente, é uma técnica de análise química instrumental que faz uso de uma fonte de excitação de plasma de argônio à alta temperatura (7000 - 10 000 K) para produzir, em uma amostra introduzida sob forma de neblina no centro do plasma, átomos excitados que emitem radiação em comprimentos de onda na faixa de 125 a 950 nm, característicos dos elementos nela presentes. As radiações emitidas, após conveniente separação de seus comprimentos de onda por sistemas ópticos, têm suas intensidades respectivas medidas por meios de detectores de radiação específicos (foto multiplicadoras -PMT- ou detectores de estádo sólido - CCD ou CID) e correlacionadas às concentrações correspondentes através de curvas de calibração obtidas pela medição prévia de Padrões Certificados de Referência (CRM - Certificate Reference Material). O ICP-OES é uma técnica de detecção multielementar que utiliza uma fonte de plasma extremamente quente para excitar os átomos ao ponto de emitirem fótons de luz de comprimento de onda característicos e específicos de um determinado elemento. O número de fótons produzidos está diretamente relacionado à concentração desse elemento na amostra. Normas avaliadas pelo CCDM: Metodologia interna e procedimentos e normas sob consulta. Informações adicionais: Esta tecnologia permite análises simultâneas de vários elementos em poucos segundos com ótimos limites de quantificação. Permite ainda a análise de elementos semi-metálicos como o boro e não metálicos como o fósforo e enxofre, aumentando a flexibilidade das análises. A técnica é aplicada em amostras sólidas previamente digeridas em meio ácido e amostras em solução. A espectrometria de emissão óptica com plasma indutivamente acoplado (ICP OES) é amplamente utilizada para análise elementar, principalmente por causa da sua característica multielementar, boa sensibilidade e ampla faixa linear dinâmica da curva de calibração. Entretanto, interferências de matriz podem ocorrer, as quais podem ser reduzidas mediante tratamento da amostra, estratégias de calibração e escolha adequada de parâmetros instrumentais para tornar o plasma mais robusto. Outra estratégia consiste na adição de N2 ao ICP, que pode melhorar a transferência de energia por aumentar a condutividade térmica no ICP. Neste trabalho, foram investigados efeitos da adição de N2 ao gás de nebulização. Para tal, foi utilizado um nebulizador pneumático com sistema de dessolvatação do aerossol gerado a partir da amostra líquida, associado a um espectrômetro de ICP OES com configuração para observação axial do ICP. Foi observado que a adição de pequena quantidade de N2 (20 mL min-1) ao canal central do ICP de Ar, mediante o gás nebulizador, aumenta consideravelmente a robustez do ICP, possibilitando a análise de soluções contendo maior concentração de matriz interferente, sem prejudicar os limites de detecção, a precisão, exatidão e linearidade. Os efeitos causados por elementos facilmente ionizáveis (Na, K, Ca etc.) são reduzidos quando o N2 é adicionado ao ICP. O estudo revelou que o efeito do N2 ocorre na atmosfera do plasma e não na geração do aerossol, cujos efeitos são mais pronunciados sobre linhas de emissão iônica do que atômica. O plasma consiste de um fluxo de argônio num alto campo elétrico externo (1kW. cm-3). As colisões dos átomos geram grande quantidade de íons argônio e elétrons que levam a altas temperaturas: 10.000K na base da tocha e 6.000 a 8.000 na região onde a emissão é medida (15 a 20 mm acima da bobina).
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