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1 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: Fisioterapia DISCIPLINA: Anatomia dos sistemas NOME: Alexandre Marinho Pereira RA: 0413457 POLO: Praia grande DATA: 07/05/2022 e 14/05/2022 2 TÍTULO DO ROTEIRO: Relatório aulas práticas Anatomia dos sistemas INTRODUÇÃO: Nas aulas práticas, foram realizados dois encontros, no dia 07 de maio e 14 de maio de 2022, foi elaborado uma dinâmica em grupo para identificar os nomes das peças anatômicas sintéticas, e a localização de cada órgão, assim como suas funções e o papel que desempenham no corpo humano. Uma aula muito produtiva com bastante conhecimento. Anatomia dos sistemas permite identificar as partes do corpo que estão envolvidas com os movimentos realizados, e os possíveis danos que podem ocorrer, e saber o funcionamento correto dos órgãos e aprender como os órgãos se interligam dependendo um do outro. Será apresentado de forma minuciosa todos os elementos desse sistema que foram trabalhados durante as aulas práticas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: AULA: 1 ROTEIRO: 1 Sistema cardiovascular: O coração humano é um órgão muscular oco que representa a parte central do sistema circulatório. Ele mede cerca de 12 cm de comprimento e 9cm de largura. Pesa, em média, de 250 a 300g nos adultos. O coração humano localiza-se na parte central da caixa torácica, pouco inclinado para a esquerda. Situa-se entre os pulmões e atrás dele encontram-se o esôfago e a artéria aorta. Sua função primordial é bombear sangue para todo corpo no movimento sístole. Movimento diástole é relaxamento em que o coração se enche de sangue. O coração humano divide-se internamente em quatro cavidades: Dois átrios cavidades superiores por onde o sangue chega ao coração. Dois ventrículos cavidades inferiores por onde o sangue sai do coração. O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito e o átrio esquerdo comunica-se com o ventrículo esquerdo. Entre os átrios e os ventrículos existem válvulas que regulam o fluxo do sangue e impedem seu refluxo, ou seja, o retorno do sangue dos ventrículos para os átrios. Por muito tempo, as válvulas atrioventriculares eram denominadas tricúspide direito e bicúspide ou mitral esquerdo (Figura 1). A parede cardíaca é formada por três túnicas: pericárdio, endocárdio e miocárdio. Pericárdio é a membrana serosa que envolve o 3 coração e possui a função protetora e auxilia o coração a manter-se na posição correta. Formado por dois tipos de membranas com diferentes constituições. Pericárdio parietal ou fibroso: camada externa formada por uma camada de feixes de colágenos. Pericárdio visceral ou seroso: camada interna formada por uma membrana serosa. Endocárdio: é a membrana fina e lisa que reveste internamente as cavidades do coração. É formada por células endoteliais achatadas. Miocárdio: é a camada média e mais espessa do coração. É formado por tecido muscular estriado e responsável pelas contrações do coração, nessa condição permite que o coração possa realizar a sua função propulsora do sangue. Figura 1 - sistema cardiovascular Fonte:www.procuromaissaude.com/2018/03como-e-o-seu-coração-por-dentro AULA: 2 ROTEIRO:1 Vasos sanguíneos e órgãos linfáticos: Os vasos sanguíneos formam uma rede de tubos que transportam o sangue pelo corpo. Esses tubos possuem diferentes diâmetros e fazem circular o sangue arterial (oxigenado) e venoso (rico em gás carbônico), constituindo o sistema cardiovascular ou circulatórios (Figura 2). 4 Figura 2- vasos sanguíneos Fonte: www.todamateria.com.br/vasos-sanguinios Existem três tipos principais de vasos que fazem a circulação do sangue: veias, artérias, capilares. As veias são vasos que conduzem o sangue venoso do corpo para o coração, através das aurículas ou átrios. As veias pulmonares são diferentes, elas recebem o sangue oxigenado dos pulmões e levam até o coração. As veias mais finas são chamadas vênulas e fazem a comunicação entre vasos. As artérias formam uma rede de vasos ramificados que transportam o sangue arterial do coração para o corpo. O sangue é bombeado do ventrículo esquerdo e distribuído pela artéria principal do corpo a aorta. Os capilares são vasos de diâmetro bem reduzido, que se ramificam formando uma ampla rede de túbulos. Eles fazem a comunicação dos outros vasos, além disso, são responsáveis pelas trocas gasosas. Artéria aorta: É a principal artéria do corpo humano, ela sai do ventrículo esquerdo do coração e segue em direção a raiz do pulmão esquerdo. Depois ela passa através do diafragma até chegar ao abdome e se divide, no nível da quarta http://www.todamateria.com.br/vasos-sanguinios 5 vertebra lombar, nas artérias ilíacas direita e esquerda. Delas se nutrem as vísceras pélvicas e os membros inferiores. As artérias coronárias logo após sair do coração, a aorta do lugar as artérias coronárias, que fornecem sangue para o musculo cardíaco. A partir do arco surgem as artérias subclávias e carótida, que fornecem sustentação a cabeça e aos braços (Figura 3). Figura 3 – artéria aorta Fonte:www.kenhub.com/pt/library/anatomia/ateria-aorta Sistema linfático: É formado por uma rede de vasos e linfonodos, é o sistema do corpo que garante o fluxo do líquido presente nos espaços teciduais de volta para o sangue (Figura 4). 6 Figura 4 – sistema linfático Fonte:brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-linfatico.htm O sistema linfático atua garantido o retorno do fluido contido nos tecidos circundantes para o sangue. Esse fluido, quando entra no sistema linfático, é chamado de linfa e possui uma circulação unidirecional, indo sempre em direção ao coração. O sistema é formado pelos capilares linfáticos, vasos linfáticos ductos linfáticos e linfonodos. Quando o líquido presente nos espaços teciduais não é devidamente captado pelo sistema linfático, temos a formação dos edemas. Na elefantíase, o edema formado provoca uma grande deformidade no órgão atingido. Os capilares sanguíneos perdem para os tecidos circundantes uma grande quantidade de líquido bem como uma pequena porção de proteína. Em condições normais, a saída de líquidos dos capilares é maior do que sua absorção. Desse modo, o líquido e as proteínas que ficam em excesso nos tecidos são retirados e devolvidos ao sangue por meio do sistema linfático, formado por uma rede de canais interligados. Os vasos linfáticos vão se juntando e terminam em dois grandes ductos, o ducto torácico e o ducto linfático direto. O ducto torácico é o maior vaso linfático do nosso corpo e é o tronco comum a quase todos os vasos linfáticos. O ducto linfático direito é menor e é responsável por transportar a linfa proveniente dos locais que não foram recolhidos pelos vasos que desembocam no ducto torácico. O ducto torácico e o ducto linfático 7 direito desembocam na junção da veia jugular interna esquerda com veia subclávia esquerda, e na junção da veia subclávia direita com a veia jugular direita interna, respectivamente (Figura 5). Figura: 5 – Ductos e órgãos linfáticos Fonte: brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-linfatico.htm Os órgãos relacionados ao sistema linfáticos. O baço: sua função é destruição de hemácias velhas e participação na resposta imune. As tonsilas, por sua vez, atuam na proteção da entrada do sistema digestório e respiratório contra micro-organismo. O timo é o órgão em que os linfócitos completam sua maturação. 8 AULA: 3 ROTEIRO:1 Sistema respiratório: é o sistema responsável por garantir a captação de oxigênio do meio ambiente e a liberação do gás carbônico. Além disso, esse sistema está relacionado com o olfato, ou seja, nossa capacidade de permitir odores e relacionado tambémcom a fala, devido a presença das chamadas pregas vocais em um dos órgãos do sistema respiratório. Seios paranasais: Os seios maxilares são os maiores dentre todos os paranasais. Eles possuem paredes finas, que são frequentemente penetradas pelas raízes longas dos dentes maxilares posteriores. Os seios frontais possuem formato irregular, sendo o direito diferente do esquerdo (Figura 6). Eles não estão totalmente desenvolvidos ao nascimento atingem sua forma final por volta dos sete a oito anos de idade. Figura: 6 – seios frontal e maxilar Fonte: blog.lota.com.br/soro-fisiológico-para-lavagem-nasal Faringe: É um órgão musculomembranoso comum ao sistema digestório e respiratório. Tem a função de fazer a passagem do ar inalado e dos alimentos ingeridos até os outros órgãos, durante o percurso, o ar e o alimento nuca se encontram, devido a mecanismos que bloqueiam a entrada de cada um nas vias erradas. O que faz parte do sistema respiratório é denominada de nasofaringe, enquanto a parte digestória é denominada de orofaringe (Figura 7). Nasofaringe: Está localizada posteriormente a cavidade nariz, através das coanas, e com as orelhas medias, pela tuba auditiva de cada lado. 9 Orofaringe: É intermediaria entre as outras regiões. Comunica-se com a abertura da boca de uma região denominada istmo das fauces. Laringofaringe: Mais inferior é a região que se comunica com a entrada da laringe (no sistema respiratório) e mais abaixo com a abertura do esôfago (no sistema digestório). Figura: 7 - laringe Fonte: mirandaalonzo.blogspot.com/2011/02/la-faringe-tiene-3-divisiones.html Laringe: É um tubo de 5 cm de comprimento que mostra na (Figura 8), que apresenta forma irregular e atua garantindo a conexão entre a faringe e a traqueia. Responsável pela fala (fonação). Permite a passagem do ar entre a faringe e a traqueia, mas impede que alimento entrem nas vias aéreas. Na faringe é possível perceber a chamada epiglote, que nada mais é do que um prolongamento que se estende desse órgão em direção a faringe e evita que alimento adentre o sistema respiratório. 10 Figura: 8 - laringe Fonte: drjosevartanian.com.br/patologia-laringe Traqueia: É um tubo formado por cartilagens hialinas em formato de c, logo depois da laringe. A traqueia ramifica-se dano origem a dois brônquios, denominados de brônquios primário. Brônquios: São ramificações da traqueia, que penetram cada um em pulmão pela região do hilo. Esses brônquios, denominados de brônquios primários ou principais, penetram pelos pulmões e ramificam-se em três brônquios no pulmão direito e dois no pulmão esquerdo. Esses brônquios, chamados de secundários ou lobares, ramificam-se dando origem a brônquios terciários ou segmentares que se ramificam dando origem aos bronquíolos. Bronquíolos: São ramificações dos brônquios, possuem diâmetro de cerca de1mm e não possuem cartilagem. Esses também se ramificam, formando os bronquíolos terminais e, posteriormente, os bronquíolos respiratórios. Os bronquíolos respiratórios marcam a transição para a parte respiratória e abrem-se no chamado ducto alveolar. Alvéolos pulmonares: São estruturas que fazem parte da última porção da árvore brônquica e estão localizadas no final dos ductos alveolares. São semelhantes 11 a pequenas bolsas, apresentam uma parede epitelial fina e são o local onde ocorrem as trocas gasosas. Geralmente, os alvéolos estão organizados em grupos chamado de saco alveolar. Pulmões: São órgão em formato de cone, e exercem um importante papel no processo de trocas gasosas. Apresentam consistência esponjosa e apresenta maior parte de seu parênquima formado pelos alvéolos, sendo estimada a presença de cerca de 300 milhões de alvéolos nos pulmões. Cada pulmão é revestido por uma membrana chamada de pleura. Os pulmões estão protegidos pela estrutura óssea do tórax, formado por 13 pares de costelas, pelo esterno e por 12 vertebras torácicas. Apesar de serem protegidos são capazes de se expandir. Na (Figura 9) veremos a formação anatômica da traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos, e os pulmões. Figura: 9 – pulmões Fonte:brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-respiratorio.htm AULA: 4 ROTEIRO:1 Sistema digestório: É formado pelo trato gastrointestinal, que é composto pela boca, faringe, esôfago, estomago, intestino delgado e intestino grosso. Associadas a esses órgãos, temos as glândulas acessórias, também chamadas de glândulas associadas, que são as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas. O trato gastrintestinal que acontece os processos digestórios que podem ser divididos em cinco processos, sendo eles mastigação, deglutição, digestão, absorção e defecação. 12 Durante as aulas práticas esses processos foram trabalhados e definidos individualmente das seguintes formas. BOCA: O processo de digestão inicia-se na boca, nessa cavidade o alimento sofrera ação dos dentes, que atuam garantindo que os alimentos sejam cortados, triturados e amassados. Essa etapa da digestão é chamada de digestão mecânica, por não envolver substância química que atuam no alimento. Na digestão mecânica realizada pelos dentes, o alimento só se tornará menor, garantindo uma melhor ação das enzimas e auxiliando na deglutição. Além dos dentes e da língua, alguns músculos conhecidos, como músculos mastigatórios participam de movimentos específicos da articulação temporomandibular (ATM) durante esse processo, permitindo que os estágios iniciais da digestão aconteçam (Figura 10). Todos os músculos da mastigação são inervados por ramos do nervo mandibular (V3), um ramo do nervo trigêmeo. Figura: 10 – músculos da boca Fonte:www.kenhub.com/pt/libray/anatomia/muscular-da-mastigacao Palato duro: Consiste em uma fina camada epitelial aderida ao osso palatino localizado no crânio, também denominada no teto ou céu da boca. A região separa a cavidade oral da porção nasal da faringe. Essa estrutura óssea é constituída de três ossos do crânio, a maxila e o par de ossos palatinos (Figura 11). O processo (apófise) palatino da maxila situa-se anteriormente, cobrindo a área entre os dois lados da arcada dentaria maxilar (superior) até que posteriormente se encontre com os dois processos apófises palatinos horizontais, que se fundem ao longo da linha média. 13 Figura: 11 – palato duro Fonte: www.anatomiaemfoco.com.br Palato mole: Fica posteriormente ao duro, suas funções são diferentes daquelas do duro, pois não tem que suportar os golpes da língua no céu da boca (Figura 12). Deve ser móvel para que, no alto da deglutição, possa ser levado para cima e, assim, fechar a parte nasal da faringe e evitar que os alimentos sejam forçados para dentro do nariz. A musculatura é constituída de cinco estruturas principais, incluindo o musculo uvular, o tensor do véu palatino, o levantador do véu palatino, o musculo palatofaríngeo e o musculo palatoglosso. Figura: 12 – palato mole Fonte: anatomiaemfoco.com.br/sistema-digestivo/anatomia/palato-mole-do-ceu-da-boca 14 Esôfago: É um órgão que apresenta formato cilíndrico, formando por tecido muscular, apresenta cerca de 25 cm de comprimento e 3 cm de diâmetro. É um órgão que compõe o sistema digestório, sendo responsável por fazer a ligação da faringe até o estômago e levar os alimentos ingeridos até o estômago, (Figura 13). O esôfago é dividido em três partes: Cervical: Representa o início do órgão e faz ligação direto com traqueia e tem 4 cm. Torácica: É maior região com 18 cm localizado atrás do brônquio esquerdo. Abdominal: Tem 3 cm se conecta diretamente com diafragma e liga ao estomago. A passagem do bolo alimentar através destas junções é regulada por esfíncteres, são feixes de fibras musculares de controle involuntária. A junção faringoesofágica é cercadapelo esfíncter esofágico superior, também conhecido como musculo cricofaríngeo. O musculo na verdade é a parte mais inferior do constritor da faringe. Por sua vez, a junção gastroesofágica é envolvido pelo esfíncter esofágico inferior, também conhecido como cárdia. Quando alimento ou líquido são transportados por ondas peristálticas e se aproximam dos esfíncteres, vias reflexas causam relaxamento temporário dos músculos, permitindo que o bolo passe. Em todos os outros momentos esses esfíncteres ficam completamente contraído para impedir o refluxo de partículas de alimento ou ácido gástrico. Figura: 13 – esôfago Fonte: www.maestroloo.com/anatomia/aparelho - digestivo http://www.maestroloo.com/anatomia/aparelho 15 Estômago: Situa-se no tubo digestivo, logo abaixo do diafragma, entre o esôfago e o duodeno, no lado superior esquerdo do abdômen (Figura 14). Ele é um órgão mais representativo do aparelho digestivo, em seu interior se encontram glândulas que produzem o suco gástrico. O estomago pode ser dividido em quatro partes: cárdia, que comunica o órgão com o esôfago, fundo gástrico, parte superior a entrada do esôfago, corpo parte intermediaria e principal, e piloro, na junção com o duodeno, que regula a passagem do quimo (bolo alimentar transformado em líquido pastoso altamente ácido que segue para o intestino) de um órgão para outro e impede o refluxo. O estômago vazio, possui um volume de aproximadamente 50 ml, mas pode expandir sua capacidade para até 4L. Possui duas válvulas ou esfíncteres, que mantem o conteúdo do órgão em seu interior. O esfíncter esofágico fica na parte superior do estômago e o esfíncter pilórico, na inferior, separando o órgão do intestino delgado. Figura: 14 – estômago Fonte: escolaeducacao.com.br/estomago Intestino delgado: É uma parte do tubo digestório médio, situado entre estômago e o intestino grosso. O tamanho do intestino delgado é de aproximadamente 5 metros de comprimento. Nesse órgão, o alimento sofre a ação das substâncias produzidas pelo pâncreas e pelo fígado. Maior parte da digestão dos nutrientes, bem 16 a sua absorção, ou seja, a assimilação das substâncias nutritivas e da água. Na (Figura 15), veremos as três regiões do intestino delgado. A anatomia do intestino delgado: Duodeno: É a parte mais larga e mais extensa do intestino delgado. Nele são lançadas as secreções do fígado e do pâncreas. Nessa primeira porção do intestino delgado é realizada principalmente a digestão química, com a ação conjunta da bile, do suco pancreático e do suco entérico ou intestinal, atuando sobre o quimo (suco alimentar) que vem do estômago. Ao terminar processo digestório, o conjunto de substâncias resultantes forma um líquido viscoso de cor branca chamado quilo. Jejuno: Apresenta cerca de 2,5m e, por não apresentar um limite muito definido, muitas vezes descrito juntamente com o íleo. Íleo: apresenta cerca de 3,5m e, juntamente com o jejuno, formam a maior parte do intestino delgado. Figura: 15 – intestino delgado Fonte: www.todamateria.com.br/intestino-delgado Intestino groso: Intestino grosso mede cerca de 1,5 m de comprimento e 6 cm de diâmetro. É composto por três partes: o ceco, o cólon, e o reto. Na (Figura 16) vamos detalhar a parte do intestino grosso. Ceco: Tem forma de um saco com cerca de 5 cm, é a primeira parte do intestino grosso, onde os resíduos alimentares, já constituindo o bolo fecal, passam ao cólon. Cólon: É a maior parte do intestino grosso. Se subdivide em 4 partes: o cólon ascendente, o cólon transverso o cólon descendente e a curva sigmoide. http://www.todamateria.com.br/intestino-delgado 17 Quando o alimento chega ao cólon descendente, o bolo fecal permanece estagnado por muitas horas, preenchendo as porções da curva sigmoide e o reto. As fibras vegetais não são digeridas nem absorvidas pelo sistema digestivo, passam por todo tubo digestivo e formam uma porcentagem significativa da massa fecal. Glândulas da mucosa do intestino grosso, secretam muco, que lubrifica o bolo fecal, facilitando seu trânsito e sua eliminação. A parte terminal do intestino grosso possui tecidos produtores de células que atuam na defesa do organismo. Reto: É a parte final do intestino grosso, e termina com o canal anal que se comunica com o exterior através do ânus, por onde são eliminados os resíduos fecais. O esfíncter é um músculo localizado ao redor do ânus, que controla a passagem das fezes. Figura: 16 – intestino grosso Fonte: www.todamateria.com.br/intestino-grosso Peritônio: é uma membrana serosa que reveste as paredes da cavidade abdominal e recobre órgãos abdominais e pélvicos. Entre as suas duas camadas - http://www.todamateria.com.br/intestino-grosso 18 parietal e visceral - está a cavidade peritoneal. A função do peritônio é sustentar e proteger os órgãos abdominopélvicos. O peritônio é formado por duas camadas: Peritônio parietal: camada externa que se adere as paredes abdominais anterior e posterior. Peritônio visceral: camada interna que recobre os órgãos abdominais. Ela é formada a partir da flexão Peritônio parietal - camada e externa que se adere às paredes abdominais do peritônio parietal da parede abdominal para as vísceras. AULA: 5 ROTEIRO: 1 Glândulas salivares: As glândulas salivares são estruturas localizadas na boca e que têm como função produzir e secretar a saliva, que possui enzimas responsáveis por facilitar o processo digestivo do alimento e por manter a lubrificação da garganta e da boca, evitando ressecamento (Figura 17). Em algumas situações, como infecções ou formação de pedras salivares, a função da glândula salivar pode ser prejudicada, resultando em sintomas como inchaço da glândula afetada, que pode ser percebido através do inchaço do rosto, além de dor para abrir a boca e para engolir, por exemplo. Nessas situações, é importante que a pessoa vá ao dentista ou clínico geral para que a causa seja investigada e seja iniciado o tratamento adequado. 19 Figura: 17 – glândulas salivares Fonte: www.tuasaude.com/gladulas-salivas Função: A principal função das glândulas salivares é a produção e secreção de saliva, que acontece quando há alimentos na boca ou como consequência de estímulo olfativo, além de acontecer regularmente com o objetivo de manter a lubrificação e higiene da boca, pois possui enzimas capazes de eliminar bactérias e, assim, reduzir o risco de cárie. A saliva produzida e secretada também é rica em enzimas digestivas, como a ptialina, também conhecida como amilase salivar, que é responsável pela primeira etapa do processo digestivo, que corresponde à degradação do amido e amolecimento dos alimentos, permitindo a sua deglutição. Glândulas parótidas: É a maior glândula salivar e está localizada na frente da orelha e atrás da mandíbula. Glândulas submandibulares: Fica presente na parte posterior da boca. Glândulas sublinguais: São pequenas e estão localizadas por baixo da língua. Todas as glândulas salivares produzem saliva, no entanto as glândulas parótidas, que são maiores, são responsáveis pela maior produção e secreção de saliva. Língua: A língua, estrutura do sistema gustativo, é um órgão sensorial e muscular que está localizada na cavidade oral e faríngea, caracterizada por ser recoberta por uma membrana com papilares gustativas em sua superfície (estão http://www.tuasaude.com/gladulas-salivas https://www.infoescola.com/anatomia-humana/paladar/ https://www.infoescola.com/paladar/papilas-gustativas/ 20 presentes os botões e as células gustativas) e os corpúsculos de Krause, responsáveis por perceber as sensações táteis, (Figura 18). A língua possui duas funções: Órgão sensorial: percebe a conformação, a dimensão, a textura, a temperatura e o sabor dos alimentos.Órgão muscular: auxilia o movimento dos alimentos dentro da cavidade bucal, inicia a deglutição e participa na linguagem (articula as palavras durante a fala). Figura: 18 – língua Fonte: www.infoescola.com/anatomia-humana/lingua Dentes: O dente humano cresce duas vezes durante a vida, são estruturas essenciais para a digestão mecânica dos alimentos e oferecem suporte a algumas características faciais. A dentição dos adultos consiste em trinta e dois dentes que compartilham algumas características anatômicas e são classificados em quatro grupos. Incisivos, Caninos, Pré-molares, Molares, (Figura 19). http://www.infoescola.com/anatomia-humana/lingua 21 Figura: 19 – dentes Fonte: www.kenhub.com/pt/library/anatomia-do-dente Fígado: É uma estrutura anexa ao sistema digestório, formada por milhões de células que se agrupam em placas e são chamadas de hepatócitos. O fígado é um órgão com capacidade de regeneração, se retirarmos metade do fígado, em poucos meses, ele voltará ao tamanho normal. Anatomicamente, o fígado possui quatro lóbulos: o direto e maior, o esquerdo, o quadrado e o caudado. O fígado pode exercer mais de 500 funções no organismo humano, (Figura 20). Entre as funções do fígado, destacam-se: Armazenamento e liberação de glicose; http://www.kenhub.com/pt/library/anatomia-do-dente https://www.todamateria.com.br/glicose/ 22 Secretar a bile que ficou armazenada na vesícula. A bile é enviada para o intestino, onde auxilia na dissolução e aproveitamento das gorduras; Metabolismo dos lipídeos; Conversão de amônia em uréia; Síntese da maioria das proteínas do plasma Destruição de hemácias desgastadas; Armazenamento de vitaminas e minerais; Filtragem de impurezas. Figura: 20 – fígado Fonte: www.todamateria.com.br/figado Vesícula biliar: A anatomia da vesícula da biliar apresenta formato semelhante a uma pera, podendo medir entre 7 e 10 cm de comprimento. Apresenta cor verde escuro devido a bile que ela armazena, aproximadamente 50 ml. Seus principais componentes são água, bicarbonato de sódio, sais biliares, pigmentos, gorduras, sais inorgânicos e colesterol. A vesícula biliar está conectada ao fígado e ao duodeno pelo trato biliar, apresentando ainda ductos hepáticos direito e esquerdo, cístico e colédoco. https://www.todamateria.com.br/vesicula-biliar/ https://www.todamateria.com.br/bile/ http://www.todamateria.com.br/figado https://www.todamateria.com.br/caracteristicas-e-principais-tipos-de-sais/ https://www.todamateria.com.br/colesterol/ 23 A bile produzida pelo fígado percorre o ducto hepático, passa pelo intestino e se encontra com o ducto císticos oriundo da vesícula biliar. O encontro desses dois ductos forma o ducto colédoco, (Figura 21). No duodeno, quando o bolo alimentar chega é provocado um estímulo na vesícula biliar, que se contrai e libera a bile, facilitando a digestão. Figura: 21 – vesícula biliar Fonte:www.todamateria.com.br/vesícula-biliar Pâncreas: O pâncreas é formado por três partes básicas: cabeça, corpo e cauda. A cabeça é porção mais volumosa do pâncreas. O pâncreas é formado por dois tipos de células: Ácinos pancreáticos: Responsáveis por fabricar o suco pancreático. Por isso, apresentam um canal excretor. Ilhotas de Langerhans: Dispostas de forma irregular, são responsáveis por secretar os hormônios insulina e glucagon, os quais são liberados diretamente na corrente sanguínea, (Figura 22). Os diversos canais dos ácinos pancreáticos se reúnem e formam um sistema de ductos dos quais destaca-se o de Wirsung. Existe ainda um ducto acessório chamado de Santorini. É por meio desses canais que o suco pancreático chega até o duodeno. Pelo fato de o pâncreas apresentar duas porções, a exócrina e a endócrina, cada uma delas possui funções diferenciadas. https://www.todamateria.com.br/bile/ https://www.todamateria.com.br/intestino-delgado/ https://www.todamateria.com.br/digestao/ 24 A porção exócrina secreta as enzimas digestivas presentes no suco pancreático durante o processo de digestão desse modo, as moléculas grandes de carboidratos, proteínas e gorduras são quebradas em pedaços menores para seguir até o intestino. A porção endócrina é responsável por secretar os hormônios insulina e glucagon, responsáveis por regular o nível de glicose no sangue. São encontrados 2 tipos de células na porção endócrina do pâncreas: 1. Células Alfa: Produzem o glucagon. 2. Células Beta: Produzem a insulina. Figura: 22 – pâncreas Fonte:ww.todamateria.com.br/pancreas AULA: 6 ROTEIRO: 1 Sistema urinário: Os rins são órgãos que se situam na parte posterior da cavidade abdominal, localizados um em cada lado da coluna vertebral. São de cor vermelho - escuro e têm o formato semelhante ao de um grão de feijão e do tamanho aproximado de uma mão fechada, (Figura 23) Os rins se ligam ao sistema circulatórios através da artéria renal e da veia renal, e com as vias urinárias pelos ureteres. As artérias renais são ramificações muito finas 25 que formam pequenos emaranhados chamados glomérulos. Cada glomérulo é envolvido por uma estrutura arredondada, chamada cápsula glomerular ou cápsula de Bowman. A cavidade aberta na concavidade medial do rim (o seio renal) é parcialmente ocupada pelos cálices e pela pelve renal. Os cálices atuam como condutos para a urina deixar a medula e entrar nos ureteres. Existem cálices menores e maiores. Cada cálice menor é uma estrutura em forma de funil que envolve a papila renal e coleta a urina dela através da área crivosa. Vários cálices menores se convergem para formar um cálice maior. Figura: 23 – rins Fonte: ww.todamateria.com.br/sistema-urinario Por conseguinte, a unidade básica de filtragem do sangue é chamada néfron que é formada pelos glomérulos, pela cápsula glomerular e pelo túbulo renal. Forçado pela pressão sanguínea, parte do plasma (água e partículas pequenas nela dissolvidas, como sais minerais, ureia, ácido úrico, glicose) sai dos capilares que formam os glomérulos e cai na cápsula glomerular. Em seguida passa para o túbulo renal. Substâncias úteis como água, glicose e sais minerais, contidas nesse líquido, atravessam a parede do túbulo renal e retornam à circulação sanguínea. Assim, o que resta nos túbulos é uma pequena quantidade de água e resíduos, como a ureia, ácido 26 úrico e amônia: é a urina, que segue para as vias urinárias. Observe no esquema a seguir as fases de formação da urina dentro no néfron. Bexiga Urinária Órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está situada na parte inferior do abdome com a função de acumular a urina que chega dos ureteres. Portanto, a bexiga recebe e armazena temporariamente a urina e quando o volume chega a mais ou menos 300 ml, os sensores nervosos da parede da bexiga enviam mensagens ao sistema nervoso, fazendo com que tenhamos vontade de urinar. Na parte inferior da bexiga, encontra-se um esfíncter - músculo circular que fecha a uretra e controla a micção. Quando a bexiga está cheia o esfíncter se contrai, empurrando a urina em direção a uretra, de onde então é lançada para fora do corpo. A capacidade máxima de urina na bexiga é de aproximadamente 1 litro. Ureteres São dois tubos de aproximadamente 20 cm de comprimento cada, que conduz a urina dos rins para a bexiga. Uretra Tubo muscular, que conduz a urina da bexiga para fora do corpo. A uretra feminina mede cerca de 5 cm de comprimento e transporta somente a urina. A uretra masculina mede cerca de 20 cm e transporta a urina para fora do corpo, e o esperma. 27 Figura: 24 – sistema urinário masculino Fonte: www.todamateria.com.br/sistema-urinario Sistema urinario masculino: O sistema urinário masculino, difere do feminino na medida em que a uretra, canal que conduz aurina da bexiga para o exterior, também é utilizado para liberação do esperma no ato da ejaculação. Dividida em três partes: prostática, cavernosa e membranosa, a uretra masculina mede aproximadamente 20 cm e estende-se do orifício uretral interno na bexiga urinária até o orifício uretral externa na extremidade do pênis. (Figura 24). http://www.todamateria.com.br/sistema-urinario 28 Figura: 25 – sistema urinário feminino Fonte: www.todamateria.com.br/sistema-urinario Sistema urinario feminino: O canal da uretra no sistema urinário feminino, que se estende da bexiga ao orifício externo no vestíbulo, é bem menor que o masculino, medindo aproximadamente 5 cm. Essa característica da anatomia feminina, canal da uretra curto, facilita a ocorrência de infecções urinárias nas mulheres. Na (Figura 25) encontramos o sistema urinario feminino detalhadamente. AULA: 7 ROTEIRO: 1 Sistema genital masculino: É composto pela bolsa escrotal, testículos, vias espermáticas (epidídimo, ducto deferente e uretra), glândulas sexuais acessórias (glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais) e pênis. Podemos dividir os órgãos do sistema reprodutor masculino em dois grupos: órgãos externos e órgãos internos. Observando a (Figura 26), a seguir explicaremos melhor a função de cada um dos órgãos que fazem parte desses grupos. http://www.todamateria.com.br/sistema-urinario 29 Figura: 26 – genital masculina Fonte: mundoeducao.uol.com.br/biologia/sistema-genital Órgãos externos do sistema reprodutor masculino: Pênis: O pênis humano é o órgão utilizado na cópula e destaca-se pela presença de um tecido erétil, o qual se enche de sangue durante a excitação sexual. Apresenta formato cilíndrico e cerca de 12 cm a 16 cm de comprimento. Possui três corpos de tecido erétil: duas colunas longitudinais localizadas dorsalmente (corpos cavernosos do pênis) e uma coluna situada ventralmente (corpo esponjoso). No interior do corpo esponjoso, encontra-se a uretra, por isso o corpo esponjoso é também chamado de corpo cavernoso da uretra. Em sua parte terminal, o corpo esponjoso dilata-se e forma a chamada glande. O pênis é envolvido por uma pele fina e, na região da glande, observa-se uma dobra de pele conhecida como prepúcio. Saco escrotal: Também chamado de escroto e bolsa escrotal, é uma estrutura de forma sacular que fica localizada na região logo abaixo do pênis. Essa bolsa apresenta um septo, que a divide em duas cavidades, ficando um testículo de cada lado. Na adolescência, o saco escrotal apresenta-se mais pigmentado, e pelos esparsos surgem no local. Possui importante papel no controle da temperatura ao redor dos testículos. Quanto mais afastada do corpo, menor a temperatura; quanto mais próxima, maior a temperatura. Em ambientes frios, a pele enruga-se e eleva o https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/testiculos.htm 30 saco escrotal e o testículo para mais perto do corpo. A temperatura do saco escrotal é inferior à temperatura intra-abdominal. Órgãos internos do sistema reprodutor masculino Os órgãos internos do sistema reprodutor masculino são as gônadas, uma série de ductos e as glândulas acessórias. Veja a função e características de cada um deles a seguir. Testículo: O homem apresenta dois testículos, que são as gônadas masculinas, ou seja, o local onde os espermatozoides são formados. Essas células reprodutoras são produzidas, mais precisamente, em túbulos enrolados chamados de túbulos seminíferos. Cada testículo possui entre 250 e 1000 túbulos seminíferos. Além de produzir gametas, o testículo apresenta também papel na produção da testosterona. Esses órgãos estão localizados no interior do saco escrotal, entretanto vale salientar que eles são formados na cavidade abdominal, só ocupando o saco escrotal no final da gestação. Epidídimo: O homem possui dois epidídimos, que se localizam, cada um, lateralmente na margem posterior dos testículos. Nesse local os espermatozoides adquirem maturidade e desenvolvem sua capacidade de movimentação. O epidídimo apresenta-se como um grande tubo enovelado, podendo chegar a 6 metros de comprimento. Podemos distinguir três porções do epidídimo: a cabeça (porção mais dilatada e em contato com a extremidade superior do testículo), o corpo e a cauda (região localizada mais inferiormente e que se liga ao ducto deferente). Ducto deferente: O corpo do homem possui dois ductos deferentes, os quais são uma continuação do epidídimo. Cada ducto, que possui cerca de 30 cm de comprimento, passa ao redor e atrás da bexiga urinária. Eles encontram os ductos das vesículas seminais e formam os ductos ejaculatórios. Ducto ejaculatório: Os ductos ejaculatórios possuem cerca de 2 cm de comprimento e são formados a partir da união do ducto deferente com o ducto da vesícula seminal. Uretra: Os ductos ejaculatórios abrem-se na uretra, que garante a saída do sêmen e da urina. A uretra é, portanto, um órgão comum ao sistema reprodutor e ao urinario A uretra masculina passa pelo interior da próstata, pelo assoalho da pelve e no interior do pênis, apresentando um tamanho total de cerca de 20 cm. 31 Vesículas seminais: O homem possui duas vesículas seminais, as quais secretam um fluido que corresponde a cerca de 60% do volume do sêmen (líquido viscoso e esbranquiçado contendo espermatozoides e fluídos das glândulas acessórias que é eliminado no momento da ejaculação). O fluído produzido pela vesícula seminal é espesso e alcalino e apresenta diversas substâncias, como enzimas e frutose (essa é importante para garantir a energia necessária para o espermatozoide). Próstata: O homem apresenta apenas uma próstata, que é uma glândula que produz a secreção que forma o sêmen. A secreção produzida pela próstata apresenta enzimas e citrato, que também é um nutriente para os espermatozoides. A prostada possui o tamanho aproximado de uma noz, porém, com o avanço da idade, é comum que haja um aumento benigno dessa estrutura, o que pode causar uma compressão da uretra, que passa em seu interior, e interferir na passagem da urina. Nesses casos pode ser necessária uma interferência cirúrgica. Glândulas bulbouretrais: As glândulas bulbouretrais são um par de glândulas que liberam, antes da ejaculação, uma secreção na uretra que lubrifica o pênis e ajuda a neutralizar resíduos de urina presentes no canal da uretra. AULA: 8 ROTEIRO: 1 Sistema genital feminino: Os órgãos sexuais femininos consistem tanto na genitália interna quanto na externa. Juntas elas compõem o sistema reprodutor feminino, desempenhando atividades sexuais e reprodutivas. Os órgãos genitais externos, conhecidos em conjunto como vulva, são sustentados pelo períneo feminino. Estes são o monte pubiano, os grandes e os pequenos lábios, o clitóris, o vestíbulo, bulbo vestibular e as glândulas vestibulares. Órgão interno a vagina, o útero, os ovários e as tubas uterinas compõem os órgãos genitais internos. Os órgãos reprodutores femininos passam por importantes mudanças estruturais e funcionais a cada mês. Essas mudanças não ocorrem somente para tornar a vida das mulheres difícil, elas também têm uma função crucial no início da gravidez. Se a gravidez não ocorrer, o revestimento endometrial proliferado se descama e se desprende, passando pela https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-vagina https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/tubas-uterinas 32 vagina como sangue menstrual. Essas atividades ocorrem sob a influência de hormônios secretados pelos órgãos sexuais femininos (ovários), conforme determinado pelo sistema endócrino. Os hormônios sexuais femininos também têm um papel importante na maturação sexual. Genitália interna: A genitália interna é o conjunto de órgãos reprodutores femininos que estão localizadosdentro da cavidade pélvica. Eles incluem: Vagina, Útero, Tubas uterinas (também chamadas de trompas de Falópio), Ovários. Vagina: A vagina é o órgão genital feminino interno mais superficial. Estende- se do útero à vulva (genitália externa). Funcionalmente, possibilita a menstruação, a relação sexual e o parto. A vagina está localizada posteriormente à bexiga e à uretra, e anteriormente ao reto, (Figura 27). Figura: 27 – genitália interna Fonte: www.kenhub.com/pt/library/anatomia/orgaos-reprodutores-feminino ÚTERO: O útero é um órgão muscular oco localizado profundamente na cavidade pélvica. Anterior ao reto e póstero-superior à bexiga urinária, o útero normalmente se encontra em posição de anterversão e anteflexão. O revestimento endometrial do útero prolifera a cada mês em preparação para o implante de embriões. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-endocrino https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/bexiga-e-uretra https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/reto http://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/orgaos-reprodutores-feminino https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/utero 33 Se a fertilização ocorre, o útero atua abrigando o feto em crescimento e sua placenta. Se a gravidez não ocorrer, o revestimento endometrial é eliminado durante a menstruação. As tubas uterinas (ou trompas de Falópio) são um par de órgãos musculares que se estendem dos cornos uterinos até aos polos superiores dos ovários. As trompas de Falópio são onde habitualmente ocorre a fertilização do óvulo. Elas também transportam o zigoto resultante para o útero para implantação. As tubas uterinas são órgãos intraperitoneais, revestidos completamente por uma parte do ligamento largo do útero chamada de mesosalpinge. Elas são constituídas por quatro partes principais: Infundíbulo - a parte distal da tuba uterina, que se abre para a cavidade peritoneal através do óstio abdominal. O infundíbulo contém projeções em formatos de dedos chamadas de fímbrias, que se estendem sobre a superfície medial dos ovários. Ampola - é a parte mais longa e mais larga da tuba uterina. É o local mais comum de fertilização. Ístmo: É a parte mais estreita da tuba uterina Parte intramural (uterina): Se comunica diretamente com a cavidade uterina através do óstio uterino. A tuba uterina recebe suprimento arterial das artérias uterina e ovariana. A primeira é um ramo da artéria ilíaca interna e a segunda emerge da aorta abdominal. A drenagem venosa das tubas uterinas é mediada pelas veias tubárias. Estas drenam para os plexos venosos uterino e pampiniforme. A tuba uterina recebe inervação simpática do plexo hipogástrico superior (T10- L2) através do nervo hipogástrico. A inervação parassimpática é proveniente dos nervos esplâncnicos pélvicos e do nervo vago. A linfa é drenada das tubas uterinas para os linfonodos para-aórticos, ilíacos internos e inguinais. Genitália externa: A genitália externa (vulva) são os órgãos do sistema reprodutor feminino localizados no períneo, fora da pelve, (Figura 28) Eles incluem: monte pubiano, grandes lábios, pequenos lábios, clitóris, vestíbulo, bulbo vestibular, glândulas vestibulares. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/nervo-vago https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/pelve-e-perineo 34 Figura: 28 – genitália externa Fonte: www.kenhub.com/pt/library/anatomia/orgaos-feminino Monte pubiano: O monte pubiano é uma massa de tecido subcutâneo adiposo localizado anteriormente à sínfise púbica. A pele sobre o monte pubiano é coberta com uma camada triangular de pêlos pubianos. Grandes lábios: Os grandes lábios são duas dobras cutâneas longitudinais cobertas por pêlos pubianos. Eles são a parte mais lateral da vulva, estendendo-se desde o monte pubiano até o períneo. A fenda entre os grandes lábios é chamada de fenda da vulva ou rima do pudendo. Contém os pequenos lábios e o vestíbulo. Os dois grandes lábios fundem-se anteriormente (comissura anterior) e posteriormente (comissura posterior). Os grandes lábios são homólogos ao escroto no sexo masculino. Pequenos lábios: Os pequenos lábios são duas dobras cutâneas longitudinais, finas e sem pêlos, encontradas entre os grandes lábios. Eles cercam o vestíbulo vaginal e seus orifícios uretral e vaginal. Os pequenos lábios contribuem para a formação do prepúcio e do frênulo do clitóris. Clitóris: O clitóris é um órgão erétil responsável pelas sensações sexuais. É análogo ao pênis masculino. Localizado na parte mais superior do vestíbulo vulvar, o http://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/orgaos-feminino 35 clitóris é circundado pela parte anterior dos pequenos lábios. Tem três partes: base, corpo e glande. O corpo é composto por dois corpos cavernosos e dois pontos de fixação (ramos do clitóris). Vestíbulo: A região entre os pequenos lábios é chamada de vestíbulo. Esta área perineal contém o orifício vaginal, a abertura da uretra feminina e as aberturas dos ductos excretores das glândulas vestibulares maiores e menores. Glândulas vestibulares: Existem três tipos de glândulas que se abrem no vestíbulo: As glândulas vestibulares maiores (de Bartholin) são encontradas de cada lado do vestíbulo. Elas são homólogas às glândulas bulbouretrais no sexo masculino e servem para lubrificar a vulva durante a relação sexual As glândulas vestibulares menores estão localizadas entre os orifícios uretral e vaginal. Essas glândulas são homólogas à próstata masculina. Bulbo vestibular: Os bulbos vestibulares são um par de tecidos eréteis subcutâneos análogos ao bulbo peniano e ao corpo esponjoso no sexo masculino. Eles se estendem de cada lado do vestíbulo e se unem na frente do orifício uretral. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-uretra 36 REFERÊNCIA: DANGELO, J. G.; FATTINI, C. C. Anatomia sistêmica e segmentar. 3. ed. São Paulo: Atheneu. 2007. MOORE, Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7.ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2014. YOKOCHI, Chihiro. Et al. Anatomia humana. 5º ed, Manole, São Paulo, 2002. PROCURO MAIS SAÚDE. Coração. Disponível em: www.procuromaissaude.com/2018/03como-e-o-seu-coração-por-dentro. Acesso em: 18 de maio de 2022. TODA MATERIA. Vasos sanguíneos/intestino delgado/intestino grosso/fígado/vesícula biliar/pâncreas/rins/sistema urinario masculino e feminino. Disponível em:www.todamateria.com.br/vasos-sanguinios. Acesso em: 18 de maio de 2022. KENHUB. 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