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Papel e controle da dieta na doença cárie

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Papel e controle da dietaPapel e controle da dieta
Introdução
baixa ocorrência de cárie foi observada na Europa até a revolução
industrial;
foi observada uma queda importante na prevalência de cárie na
Europa durante a segunda guerra mundial, como um resultado da
menor oferta de açúcares e processados;
crianças de 6 a 13 anos vivendo no orfanato de Hopewood House
que recebiam uma dieta lactovegetariana 
→Registros históricos e estudos observacionais demonstram
claramente associação entre o consumo de açúcar e a ocorrência de cárie
dentária
Processo 
Processo
→Assim, a célula armazena energia em polímeros de seus nutrientes-
por isso encontramos a formação de polímeros de glicose no citoplasma;
→Além da metabolização desses açúcares, quando os carboidratos
estão presentes em grande quantidade no biofilme, nós temos o
armazenamento como polissacarídeos extracelulares (PEC) ou
polissacarídeos intracelulares (PIC). 
PIC
No período noturno, quando não temos consumo de carboidratos
disponível para aquelas bactérias orais, elas utilizam então esses
PIC para sua metabolização produzindo ácidos. 
Desmente a ideia de que se escovarmos os dentes logo após uma
alimentação rica em carboidratos, não teríamos problemas em
termos de cariogenicidade.
Os PIC são produzidos a partir de diversos tipos de
microorganismos orais presentes no Biofilme dentário.
→Utilizados como reserva intracelular de glicogênio;
→Formado a partir de vários açúcares;
→Importância para o biofilme: metabolizados em períodos de escassez
de nutrientes;
→Diversos MO do biofilme dentário são capazes de produzir PIC;
Curva de Stephan: após o contato do Biofilme com os carboidratos,
já temos pH abaixo de crítico para a desmineralização do esmalte.
Então, a partir desse ponto no meio já temos o processo de
desmineralização da superfície dentária. Até 20 minutos de perda
mineral ou de desmineralização e após 40min nós temos o retorno
do pH ao pH neutro.
A via metabólica mais comum quando o açúcar entra em contato
com o biofilme é a glicólise. Então o processo da via metabólica
ocorre até então o efluxo dos produtos finais. Dependendo da
presença e ausência de O2 e do excesso ou escassez de nutrientes,
vamos ter uma regulação dessa via pra diferentes tipos de produtos
finais.
-A energia de uma célula não é armazenada indefinidamente em
moléculas de ATP, que atuam apenas como uma reserva temporária
de energia;
→O que ocorre com o biofilme quando ele entra em contato com algum
tipo de carboidrato fermentável
1.Metabolização até a liberação de ácidos
2. Armazenados como PEC ou PIC
PEC
A partir das enzimas glucosiltransferase teremos a transformação
desse glucano em glicosiltransferase-beta (Gfts) insolúvel,
chamado de Mutano, produzido por streptoccocus mutans; 
Dextranos: produzidos tanto por glicotransferase C e D e elas tem
um tipo de ligação diferente e são também considerados solúveis.
Favorece a adesão da bactéria na superfície dentaria e entre
bactérias;
Aumenta porosidade do biofilme= +CARIOGÊNICO: Maior difusão
de nutrientes da superfície do biofilme até suas camadas mais
profundas; acido em contato com a superfície dentaria; 
→As bactérias orais também utilizam açúcares em excesso pra
produzirem de PEC, que são extremamente importantes para a formação
de Biofilme cariogênico (principalmente insolúveis);
→O único substrato em bactérias orais para a produção de PIC é a
sacarose;
→Glocosilitransferase libera frutose para obtenção de energia da célula
pra conversão da glicose em glicano, frutose e heteropolissacarídeo
insolúveis. Como acontece? 
Tipos de carboidratos
Sacarose (glicose + frutose): maior cariogenicidade
Maltose (glicose + galactose= leite):
Lactose (glicose + glicose): menos cariogenico 
Amido: pães, massas, batata, legumes...
Açúcares livres: mono e dissacarídeos adicionados aos alimentos
no processamento industrial. 
→Monossacarídeos (CH20): O principal é a glicose 
→Dissacarídeo 
→Polissacarídeos de Reserva Energética: 
AULA 08
Papel e controle da dietaPapel e controle da dieta
Açúcares álcoois (poliois) precisam ser oxidados por uma
desidrogenase para depois entrar em alguma via glicolítica 
Amido e outras macromoléculas são quebradas em glicólise pela
amilase; 
→Quais açúcares podem ser usados nas vias glicolíticas? 
São considerados menos cariogênicos, pois precisam de uma reação
enzimática a mais, o que torna sua metabolização mais lenta.
Associação entre açúcar e via glicolítica Cárie X ausência de carboidratos
A doença é facilmente observada em registros arqueológicos;
A frequência de carie varia consideravelmente em relação à linha
temporal, isso tem relação com a variação de dieta ao longo do
tempo; 
Segunda guerra mundial: menor consumo de carboidratos refinados
na Europa e no Japão, logo, redução da prevalência de cárie similar
a de açúcares 
Era um orfanato, onde a dieta era lactovegetariana- quantidade
mínimas de açúcar. As crianças foram acompanhadas durantes 10
anos e comparadas a um grupo de escolas estaduais que possuíam
uma dieta normal da população para aquele período. 46% das
crianças do Hopewood House eram livres de cáries, e as crianças
das escolas vizinhas que possuíam dieta normal, 1% delas era então
livre de cárie.
Incidência é uma medida da ocorrência de novos casos durante um
período especificado em uma população em risco de ter a doença. 
Prevalência é definida como a proporção de uma população que tem
a doença em um determinado momento
→Doença Cárie X Ausência de carboidratos: 
→Estudos epidemiológicos:
→Hopewood House: Demonstração de que na ausência de carboidratos
ou quantidade menor, se obtém uma redução nos índices de cáries
populacionais 
→ Relação entre a quantidade de açúcares e a prevalência de cárie:
→ A OMS considera um consumo de açúcares ideal para evitar a
incidência de cárie ou para uma incidência de cárie aceitável:
10kg/pessoa/ano. Sugerido um consumo menos de 4x ao dia. Ao total,
estimula-se 27g/dia ou menos de uma colher de sopa de açúcar. 
Queda do pH
Torna o biofilme mais cariogênico; 
Facilita a formação do biofilme por ser substrato para produção de
PEC;
Torna a placa mais porosa;
Hidrolisada pela lactase na mucosa intestinal
Baixo potencial cariogenico: capacidade de fermentação mais lenta
pelos microrganismos orais, resultando em produção baixa de
ácidos; 
Baixa cariogenicidade para esmalte. Potencial cariogênico para
dentina/cemento
Polímeros de glicose: baixo potencial cariogênico
Gelatinização durante o cozimento: maior potencial acidogênico
Amido + Sacarose+ alto potencial cariogênico 
Curva de Stephan: a queda do pH do biofilme em relação ao tempo-
dia inteiro. 
→SACAROSE 
→LACTOSE: 
→AMIDO
→AÇUCARES ORGANICOS: Através da curva de Stephan, podemos
observar que todos eles geram uma queda do pH abaixo do ponto crítico
para a desmineralização do esmalte.
→ Em uma alta frequência alimentar, tem um período maior durante o
dia de perda mineral. 
→ Em uma baixa frequência de consumo de açúcar, há um período menor
abaixo do pH crítico- uma perda mineral menor.
Influência do uso de fluoreto
Relação entre o açúcar e cárie é muito mais fraca com exposição ao
flúor do que costumava ser ;
Controlar o consumo de açúcar continua a ser parte justificável de
controle de cárie.
→Observa-se, nas últimas décadas, uma diminuição considerável da
incidência de carie mesmo com o aumento da ingestão de açúcar. Isso se
deve pela implementação do hábito do uso de fluoreto;
→Nos tempos modernos, de exposição intensa ao flúor, os indivíduos
com alto nível de ingestão de açúcar tem maior severidade da doença
carie em relação àqueles com menor nível consumo? 
→Conclusão: 
AULA 08

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