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Cosmologia e Cosmogonia: Mitos e Ciência

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Cosmologia X Cosmogonia 
Ambos os termos tem origem do grego e representam, entre si, o momento crucial, onde se origina a filosofia, tendo em vista que a cosmogonia, está ligada a mitologia, nesse sentindo, ela liga a origem do mundo aos mitos de criação quando encontrada no dicionário, cosmogonia, significa: “corpo de doutrinas, princípios (religiosos, míticos ou científicos) que se ocupa em explicar a origem, o princípio do universo; cosmogênese ou conjunto de teorias que propõe uma explicação para o aparecimento e formação do sistema solar.”
Logo, cosmogonia, não tem embasamento cientifico e muito menos pensamentos filosóficos racionais, se diferenciando então da cosmologia, ou seja, a partir de pensamentos racionais e cientifico a cosmologia tem o objetivo de estudar a origem, a evolução, a composição e a estrutura do Universo. Quando procurada no dicionário a palavra significa: “ramo da astronomia que estuda a estrutura e a evolução do universo em seu todo, preocupando-se tanto com a origem quanto com a evolução dele.”
Mesmo que sejam diferentes, ambos os termos se ligam ao cosmo (“espaço universal, composto de matéria e energia e ordenado segundo suas próprias leis; universo. na filosofia grega, a harmonia universal; o universo ordenado em leis e regularidades, organizado de maneira regular e integrada.”) que tinha como significado inicial “ordem, organização, disciplina”. Atualmente, esta palavra grega abrange a “ordem do Universo”. 
Mitos da Antiguidade
Como já dito anteriormente a cosmologia surgiu como parte da filosofia que questionava a estrutura, evolução e composição do universo e as principais características desse período são: a substituição da explicação da origem e transformação da natureza através de mitos e divindades por explicações racionais que identificam as causas de tais alterações, defende a criação do mundo a partir de um princípio natural e que a natureza cria seres mortais a partir de sua imortalidade.
No período em que as indagações cosmológicas apareceram, acreditava-se que as respostas seriam encontradas no pensamento, ou seja, existia a necessidade de pensar para se chegar ao princípio de todas as coisas e suas transformações, a partir de sua imutabilidade. Tais mudanças significavam movimentação e locomoção.
Hoje o desenvolvimento da ciência e da tecnologia nos permitem observar e compreender fenômenos astronômicos, mas nem sempre foi assim. Muitas culturas anteriores à atual notaram esses acontecimentos e criaram uma explicação própria, baseadas nos mitos e pensamentos.
São exemplos de teoria da criação do universo:
Grecia Antiga
O Caos ocupava todo o espaço do Universo. Nele, estavam misturadas as sementes de todas as coisas futuras: mas não havia ordem alguma, apenas um turbilhão sem sentido e sem fim. No poema As Metamorfoses, escrito no século 1 a.C., o poeta romano Ovídio descreve assim a terrível divindade que deu origem a tudo: “Antes que a terra, o mar e o céu tomassem forma, a natureza tinha apenas uma única face, chamada Caos: uma massa crua e desestruturada, um conglomerado de matéria composta por elementos incompatíveis… Nenhum elemento estava em sua forma correta, e tudo estava em conflito dentro de um mesmo corpo: o frio com o quente, o seco com o molhado, o pesado com o leve”.
Caos ele vivia só, isolado, sem que nada existisse à sua volta. Não havia nada além de uma densa escuridão e de um imenso vazio sem começo nem fim. Dessa maneira passaram-se incontáveis séculos, até que, certo dia, o deus Caos se cansou de viver solitário; ocorreu-lhe, então, a ideia da criação do mundo, Caos, então criou Gaia que representa a terra em si , depois do Caos, chegou vez da deusa Gaia, a Terra, auxiliar a criação do mundo. 
Tudo isso ocorreu de forma misteriosa, sem a intervenção direta de um ser bondoso e ordeiro. Os mitos gregos não explicam como a Terra surgiu das trevas e da confusão. “O Caos é uma divindade negativa – mas, dele, nascem todas as coisas positivas. Essa é a ambiguidade do pensamento grego antigo: não existe maniqueísmo na concepção do mundo. Coisas boas podem vir de coisas ruins. E vice-versa”.- Anderson Zalewsky Vargas, especialista em Antiguidade clássica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Querendo começar com algo bem bonito, gerou Ágape, a Ternura, a deusa que trouxe ao mundo a beleza da vida. Em seguida gerou o imenso Céu azul, as Montanhas e o Mar, todos estes poderosíssimos deuses, sendo o grande Urano, o Céu, o mais forte entre eles. O reino do Tártaro localizava-se bem perto do centro da Terra, ele ficava muito longe da superfície, assim como a Terra é distante do céu.
Depois de algum tempo, Gaia criou Urano, que viria a ser a representação do céu e que seria também o amante de Gaia. Urano, então, tem diversos filhos com Gaia, as mulheres eram as Titânias e os homens os Titãs, sendo que o mais importante entre eles era Cronos. Todos tinham uma força brutal e sobre-humana e ainda possuíam uma beleza incrível. Como nasceram em meio ao Tártaro e das profundidades de Gaia, os Titãs eram tidos como amedrontadores e violentos, eles tinham a função de proteger a terra. O titã Prometeu veio a terra e apanhou um pouco de argila e molhou com um pouco de água de um rio. Com essa matéria fez o homem, parecido com os deuses, para que fosse o senhor da terra. Apanhou das almas dos animais características boas e más, animando suas criaturas.
Juntamente a eles, nasceram de Urano e Gaia, três Ciclopes que eram iguais aos titãs, mas que tinham apenas um olho no meio da testa e que possuíam domínios sobre os elementos, água,terra,fogo e ar , tinham também a função de iluminar, dividir a terra do mar, deixar o ar propenso a respiração e proteger animais.
- A Terra segundo os gregos.
Romana
Para os Romanos, homens e deuses teriam que viver em harmonia, tendo confiança mútua, sendo que os rituais e cultos aos deuses tinham como objetivo agradá-los, pois dos deuses dependiam a saúde, a proteção do Estado e o sucesso na guerra, as colheitas fartas, enfim, a prosperidade dos homens.
Ao contrário dos gregos, os romanos não especulavam sobre a origem dos deuses. Eles apenas cumpriam os rituais com exatidão, para garantir a harmonia para com os deuses. Muitos deuses foram incorporados a Mitologia Romana por pertencerem a regiões conquistadas pelos romanos.
Após calamidades causadas principalmente por guerras, a maioria da sociedade romana adotou uma atitude cética em relação aos deuses, por estes não terem lhes protegido, apesar dos rituais oferecidos.
Aproximadamente no século III a.C., a crença nos deuses foi dando espaço a religiões orientais com aspectos mitológico, com características como envolvimento pessoal, ritos de iniciação e sacrifícios. Após alguns séculos, o Cristianismo tornou-se a religião do povo, sendo reconhecido apenas em 313 d.C.
Maia
Na mitologia maia, no começo só existia escuridão e entre essa escuridão tinha o panteão onde Tepeu e Gucumatz (o Quetzalcoatl dos astecas) moravam lá. Eles decidiam o que fazer com o universo.Eles decidiram primeiro gerar outros deuses para que eles juntos fizessem o universo e a terra. Deste modo, Kukulcán, a Serpente e Hurucán foram gerados com objetivo da dar forma aos planetas (assim surgiu a terra). 
Apos a criação da terra, novos deuses foram gerados com a função de gerar plantas, rios, oceanos, céus . Esses deuses foram Alom, Bitol, Gucamatz, Huracán e Tzacol.
Tepeu e Gucumatz levam a cabo uma conferência e decidem que, para preservar sua herança, devem criar uma raça de seres que possam adorá-los. Huracán realiza o processo de criação enquanto que Tepeu e Gucumatz dirigem o processo,. A Terra é criada, junto com os animais.Após a criação da Terra e de tudo que havia nela, os deuses queriam alguém para adorá-los, já que os animais que tinham um problema, do ponto de vista deles não falavam nem louvavam os deuses, o objetivo era transferir suas habilidades a eles. Houve várias tentativas O homem é criado primeiro de lama mas este se desfaz. Convocam a outros deuses e achem aohomem a partir da madeira, mas este não possui nenhuma alma. Finalmente o homem é criado a partir do milho por uma quantidade maior de deuses e seu trabalho é completo.
Egipcia
A criação do mundo faz-se através do seguinte modo: no princípio era o caos, Nun, existia um oceano primordial dentro do qual se ocultava Atum, escondido num botão de lótus. Ele vai aparecer sobre o caos numa espécie que era Rá, o sol, e cria dois filhos: Shu (deus do ar) e Tefnet (deus da humidade), que por sua vez fazem nascer a Geb (deus da terra) e Nut (deusa do céu). Por sua vez estes dão á luz a Osíris, Seth, Isis e Neftis.
Osíris, Isis e o seu filho Hórus constituíram a chamada primeira trindade. Osíris é morto por Seth, mas Ísis opôs-se á catástrofe e ressuscitou Osíris através de 3 métodos fundamentais: magia, mumificação e a milagrosa fecundação. Esta trindade é uma Enéade ou nonada. Cada nomo quis ter a sua própria nonada e faziam-no, introduzindo no mito de Osíris o deus local em substituição ou acréscimo e tomando para si outros dois.
 Criação do mundo segundo a teoria de Mênfis:
Ptah era, segundo a cosmologia menfita, a fonte de toda a criação. A ele é atribuído o papel de fundador da ordem política do Egipto. Daí a que esteja sempre ligado á realeza e sempre assistia ás coroações, e aos festivais-sed.
Ptah é geralmente representado como um homem mumificado, de cabeça rapada e barba pontiaguda. Em menfis é o deus criador da ordem cósmica, o deus da terra. E a força vital do sol. Já no império novo o encontramos como parte de uma tríade divina: amon-ré-ptah.
Segundo o modelo de criação menfita, o homem coloca-se entre o conhecimento-sai e realização-um. Segundo a sabedoria egípcia, o coração é a fonte de tudo, de todo o conhecimento. Sia apresenta a compreensão e a inteligência e o Hu exprime a potencialidade do verbo, personificado num determinado sujeito. Ptah concebeu no seu coração o cosmos nas suas diversas manifestações e a língua realizou aquilo que o coração pensou. Assim, a criação é apresentada como um ato de pensamento e de expressão verbal. Da boca de Ptah saiu o controlo sobre o mundo e os homens.
 Criação do mundo segundo a teoria de Amarna:
 Um outro modelo de criação parece ser visível na teologia amarniana. Foi divulgada pelo seu maior profeta, Aquenaton, e apresenta um caracter monoteísta, vincando bem a personalidade do deus Aton, um deus-império cuja representação é o disco-solar emitindo longos raios terminados em mãos. Estas mãos oferecem vida e vitalidade ao casal solar Aquenaton e Nefertiti. Aton é um deus único, exclusivo, ecuménico, protegendo, de igual modo, todas as etnias. É apresentado como o único deus criador da humanidade tendo as suas próprias escolas sacerdotais.
Aquenaton rompeu com a tradição enraizada no espirito egípcio e com toda a maneira de pensar egípcia. Os diversos deuses-império até aí apresentados, todos se diziam soberanos do Egipto e, nas épocas de conquista pretendiam “subjugar povos conquistadores”. Mas nenhum deles se apresentara como criador de todas as coisas, indiferentemente das zonas e etnias. 
- Deusa Nun e a criação de outros deuses
Asteca
O criador do universo era o Ometeotl deus, que era macho e fêmea e deu à luz a quatro tezcatlipocas era Leste, Norte, Sul e Oeste.Ometeotl também criou outros deuses para poderem se sacrificar para formarem astros, estrelas ,a terra em si e a vida nela.
Segundo a mitologia asteca, o mundo foi a quinta era de um ciclo de criação e destruição, durante o qual diferentes deuses governaram;
Gigantes, que foram mortos por jaguares enviados por Tezcatlipoca;
Humanos que foram assomados por um grande vento feito por Quetzalcóatl, e então eles precisaram agarrar-se a árvores, transformando-se em macacos;
Humanos que viraram pássaros para não morrerem na chuva de fogo enviada por Tlaloc;
Humanos que viraram peixe para não morrerem no diluviu causado pela deusa Chalchiuhtlicue;
e os humanos atuais, predestinados a sumir pela destruição empreendida por Deus do sol pelos terremotos
No quinto sol, tudo era negro e morto. Os deuses se reuniram em Teotihuacán para discutir a quem caberia a missão de criar o mundo, tarefa que exigia que um deles teria que se jogar dentro de uma fogueira. O selecionado para esse sacrifício foi Tecuciztecatl. No momento fatídico, Tecuciztecatl retrocede ante o fogo; mas o segundo, um pequeno Deus, humilde e pobre (usado como metáfora do povo asteca sobre suas origens), Nanahuatzin, se lança sem vacilar à fogueira, convertendo-se no Sol. Ao ver isto, o primeiro Deus, sentindo coragem, decide jogar-se transformando-se na Lua.
- Os deues Tecuciztecatl e Nanahuatzin
Chineses
 Os antigos chineses, através de sua mitologia, elaboraram aquilo que eles acreditavam ser o Universo e o planeta Terra. Dentro da mitologia chinesa o Universo é explicado com um ovo posicionado na vertical.
O céu era semelhante a uma tigela côncava que corresponde à superfície interna da casca. A Terra, descrição dada pelos chineses, era semelhante a uma gema de ovo, que desloca sobre o oceano primitivo, que completava a parte encontrada por de baixo da casca e dentros desse “ovo” dormia Pan-Gu.
Passados cerca de 18 mil anos, Pan- Gu começou a acordar. Quando, finalmente, abriu os olhos olhou em volta, descobriu que tudo era tão negro que não conseguia distinguir nada. Isto o aborreceu tanto que abriu a palma da sua enorme mão ,ao abrir sua mão o ovo se estalou com um colossal estrondo, fragmentando-se em pequenas massas .Após isso, os elementos que eram mais leves subiram lentamente para as alturas e dispersando-se, acabando de se transformar no azul do céu, enquanto que os mais pesados desceram vagarosamente para as profundezas, transformando-se na terra. De pé, entre o céu e a terra, Pan Gu respirou, então, profundamente, sentindo-se agora muito à vontade de conhecer o que realizou.
A cabeça de Pan-Gu transformou-se em uma grande montanha sagrada, os olhos deram origem ao sol e também à lua, e os cabelos do gigante tornaram-se árvores.
O seu hálito transformou-se em brisa, nas nuvens e nos nevoeiros do céu, e a sua voz no estrondo dos trovoes. O seu olho esquerdo transformou-se no sol resplandecente que ilumina a terra, o seu olho direito na lua brilhante, e os seus cabelos e bigodes na minada de estrelas do firmamento. Os seus quatro membros e tronco transformaram-se em cinco maciças montanhas - quatro perdendo-se nas extremidades de leste, oeste, sul e norte do planeta, situado no centro do universo. O seu sangue transformou-se em impetuosos rios que passaram a sulcar a crosta terrestre, e os seus tendões, em caminhos que intercomunicam todos os pontos do globo. Os seus músculos transformaram-se em terras férteis, e os seus dentes, ossos e tutano, respectivamente, em perolas, jade e inesgotáveis recursos minerais subterrâneos. Os pelos do seu corpo transformaram-se na relva e nas arvores que abundam, disseminadas por todo o mundo, e o seu suor, na chuva e na garoa que são o alimento de todas as plantas.
O céu e a terra estavam finalmente separados, contudo, Pan Gu, tendo receio de que eles viessem a juntar-se de novo, resolveu sustentar o céu com os seus braços levantados, fixando firmemente a terra com os seus pés. Entretanto, o corpo de Pan Gu crescia tão rapidamente que atingia em média três metros por dia, e o céu e a terra distanciavam-se, assim, cerca de três metros. Passados 18 mil anos de novo, o céu tinha atingido colossais alturas e a terra tinha-se tornado extremamente compacta.
-Pan Gu saindo do ovo.
Hinduismo
Brahma é o deus criador de todo o universo e de todas as divindades individuais e por ele, todas serão absorvidas. Ele se transformou em várias coisas, sem nenhuma ajuda externa e criou a alma humana que, de acordo com os Vedas, constitui uma parte do poder supremo, como uma fagulha pertence ao fogo.
Brahma, quando da criação do mundo, resolveu dar à Terra habitantes que fossem criados da sua própria emanação. Assim, criou através de sua boca, seu filho mais velho, o Brâmane, que significa o sacerdote,ao qual confiou os quatro Vedas. De seu braço direito saiu Chátria, o guerreiro, do esquerdo, a esposa do guerreiro. Das suas coxas surgiram os Vaissias, do sexo masculino e feminino (agricultores e comerciantes) e de seus pés, os Sudras (mecânicos e trabalhadores).
Vishnu ocupa o lugar logo abaixo da Brahma na trindade hindu. Ele é a personificação do espírito da conservação de tudo e, para proteger o mundo em épocas de perigo, desceu à Terra sob várias formas de encarnação, conhecidas como avatares, dos quais dez são os mais mencionados:
Matsia, o primeiro, sob forma de peixe, preservou o ser humano por ocasião do dilúvio. O segundo, como tartaruga, protegeu a Terra quando os deuses agitavam o mar. Os outros seis avatares tinham a mesma finalidade de proteger o bem e punir o mal. O nono é o mais celebrado dos avatares de Vishnu, que veio sob a forma humana de Krishna, um guerreiro invencível, que livrou a Terra dos tiranos que a dominavam. O décimo avatar é Calque, que surge no fim da época presente do mundo, para destruir todos os vícios e devolver a virtude e pureza à humanidade.
Shiva, a terceira pessoa da trindade hindu é a personificação do princípio destrutivo que, embora estando em terceiro lugar na hierarquia e com menor número de adoradores, é o mais importante dos três deuses. As Puranas, escrituras sagradas da moderna religião hindu, não citam o poder de Shiva relacionado à destruição, mas a regeneração, uma vez que ele só viria exercer seu poder, depois de passados doze milhões de anos e o universo tivesse de acabar. Assim, ele é mais regenerador do que destruidor.
Vishnu e Shiva são mais adorados do que o próprio Brahma, pois este é tido como um deus que, tendo concluído a criação do universo, não está mais em atividade e, por isso, tem apenas um templo na Índia, enquanto os outros dois, têm vários e seus seguidores disputam entre si qual deles é o mais poderoso. Os adoradores de Vishnu têm maior apego à vida, abstinência de alimentos de origem animal e um culto bem mais tranqüilo do que os de Shiva.
Tendo em vista as atuais e as antigas teorias sobre a origem do universo, encontra-se muitas ideias mistiscas, diferenciando assim a cosmogonia da cosmologia, de forma pratica.
Umbanda
a formação da Terra, os mitos de criação falam de diversos conflitos havidos entre os Orixás, que neste caso estão humanizados, tendo qualidade e defeitos dos homens, para que possamos entender nossas próprias emoções. Não detalharemos as contendas havidas porque ficaria muito extenso o relato. Esta linguagem figurada com os orixás sendo pessoas foi necessária para que à época as pessoas pertencentes aos clãs tribais compreendessem o sagrado e os processos criativos divinos, bem como os próprios Orixás, que são aspectos de Olurum – Deus – que se concretizam nas forças da natureza planetária para que possamos percebê-los no mundo material.
Finda a formação da Terra, ela estando pronta e em condições propiciatórias de abrigar a vida humana, Oxalá recebeu de Olurum, num ato supremo de inspiração e amor, uma tarefa tão importante quanto todas as outras: a de criar o homem que habitaria o Aiyê - Terra. Oxalá usou o barro e a água para esculpir bonecos inanimados de todas as formas e de todas as cores. Olorum, então, soprou a vida nas narinas dos bonecos de barro, criando os seres humanos. Esse sopro da vida é chamado pelos yorubás de emi. Estavam então criados o mundo e o homem.
- Oxalá é sincretizado com Jesus.
Cristianismo
Deus criou o mundo em sete dias, sendo que no primeiro ele criou a luze a separou das trevas. No segundo e terceiro dia, criou os mares, a terra e as plantas. No quarto dia, Deus criou o sol e a lua, para que eles governassem o dia e noite. No quinto dia criou os seres vivos. No sexto, finalmente, criou a humanidade à sua imagem e semelhança. Todas as espécies de seres vivos tinham uma ligação com as outras e um propósito a cumprir: serem dominados pelo homem. No sétimo dia, Deus descansou.
Detalhadamente, Deus criou o homem a partir do pó da terra e plantou um jardim que ficaria conhecido como Éden. O primeiro homem, Adão, então foi ordenado a trabalhar e tomar conta do jardim que tinha todos os tipos de árvores e animais, além da árvore do conhecimento do bem e mal, cujos frutos seriam capazes de matar o homem que os comesse.
Adão foi apresentado aos animais e então os nomeou, entretanto, não achou nenhum correspondente de sua espéciepor isso, Deus fez com que Adão caísse em um sono profundo para dele retirar uma costela e assim fazer a primeira mulher: Eva. Após essa criação, ambos estavam nus e não sentiam vergonha alguma.
Entretanto, no Éden havia a serpente, um dos animais mais astutos já criados, que conseguiu convencer Eva a comer o fruto do conhecimento alegando que, com isso, se tornariam deuses ao invés de morrer. Eva, então, cede ao desejo de comer o fruto proibido e, como se já não bastasse, ela convence Adão a come-lo também. Ao fazerem isso, notam que estavam nus e procuram por folhas para se cobrirem.
Quando Deus descobre o que havia ocorrido, condena Adão ao trabalho pesado e Eva a sentir dores no parto, fato que se perpetuou pela espécie humana. Além disso, Ele os expulsa doparaíso e põe aos portões do Éden um querubim armado com uma espada de fogo para impedir que os dois voltassem.E assim, o mundo foi criado e a espécie foi expulsa do paraíso
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