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Módulo 1 - Diretrizes Gerais de Acessibilidade em Edifícios Públicos

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Acessibilidade em 
Espaços Edificados de 
Uso Público
Diretrizes Gerais de 
Acessibilidade em Edifícios 
Públicos
1
M
ód
ul
o
2Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Enap, 2020
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Educação Continuada
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente 
Diogo Godinho Ramos Costa
Diretor de Desenvolvimento Profissional
Paulo Marques
Coordenador-Geral de Educação a Distância 
Carlos Eduardo dos Santos
Rodrigo Abreu de Freitas Machado (Supervisor Técnico, 2019)
Rafaele Dib Ubaldino de Freitas (Supervisor Técnico, 2019)
Empresa 2F Arquitetura e Serviços LTDA ME (Consultoria Técnica, 2019)
Marcela Coimbra de Albuquerque (Designer Instrucional, 2019)
Sheila Rodrigues de Freitas (Coordenadora Web, 2020)
Isaac Silva Martins (Implementador Moodle,2020)
Sanny Caroline Saraiva (Produção Gráfica, 2020)
Ana Carla Gualberto Cardoso (Diagramadora, 2020)
Desenvolvimento do curso realizado no âmbito do acordo de Cooperação Técnica FUB/ CDT/ Laboratório 
Latitude e Enap.
Curso produzido em Brasília, 2020.
3Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1. Direito ao acesso a edifícios públicos ............................................ 5
2. Projetando e avaliando a acessibilidade em edifícios públicos ...... 8
3. Parâmetros Antropométricos ...................................................... 14
4. Rotas acessíveis .......................................................................... 20
5. Acesso à informação e comunicação .......................................... 23
6. Pisos táteis em espaços edificados .............................................. 27
7. Rotas de fuga .............................................................................. 35
8. Circulações horizontais ............................................................... 36
9. Vencendo desníveis .................................................................... 38
10. Rampas ..................................................................................... 39
11. Elevadores verticais ou inclinados ............................................. 42
12. Plataforma de elevação vertical ou inclinada ............................ 44
13. Esteira rolante vertical ou inclinada .......................................... 49
14. Escadas / degraus ..................................................................... 50
15. Corrimãos ................................................................................. 52
16. Portas e Janelas ........................................................................ 54
17. Balcões, caixas e bilheterias ...................................................... 57
18. Bebedouros e telefones públicos .............................................. 65
19. Mobiliários – mesas, bancadas e assentos ................................ 66
20. Referências ............................................................................... 69
Sumário
4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
5Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1. Direito ao acesso a edifícios públicos
A acessibilidade é um conceito vinculado à definição de inclusão e cidadania, sendo estes direitos 
inalienáveis de todas as pessoas. Oportunidades iguais devem ser fornecidas para o exercício da 
cidadania e a acessibilidade é uma das condições para possibilitar a inclusão de pessoas com 
deficiência em todos os aspectos da vida social.
O Curso ACESSIBILIDADE EM ESPAÇOS EDIFICADOS DE USO PÚBLICO aborda os requisitos de 
acessibilidade em espaços edificados de uso público e está dividido em três módulos. Neste 
primeiro módulo estão incluídas considerações técnicas e diretrizes gerais de acessibilidade, 
baseadas nos princípios do Desenho Universal para elementos comuns a todo tipo de edificação, 
e que atendem as necessidades de pessoas de todas as idades e capacidades. Estas informações 
servirão de base aos módulos 2 e 3 deste curso, onde estão apresentadas diretrizes específicas 
de acessibilidade considerando as diversas funções e atividades em ambientes edificados de uso 
público.
Apesar dos direitos conquistados e da legislação atual, que garante a acessibilidade em todos os 
ambientes de uso público no Brasil, realizar atividades corriqueiras tais como ir a um restaurante 
ou cinema, talvez não seja possível para muitas pessoas que possuem alguma deficiência. É, no 
entanto, dever de todos os profissionais responsáveis pelo projeto e pela execução de espaços 
construídos, criar ambientes acessíveis para todas as pessoas, aplicando as normas atuais de 
acessibilidade e os conceitos de Desenho Universal. Para poder fiscalizar, avaliar, assim como 
desenvolver e executar soluções técnicas de acessibilidade, os profissionais, em especial os que 
atuam nos serviços públicos, precisam identificar os diferentes tipos de barreiras ambientais que 
limitam ou impedem que todos os indivíduos realizem atividades desejadas com autonomia e 
segurança.
O curso ACESSIBILIDADE EM ESPAÇOS DE USO PÚBLICO NO BRASIL contém 
definição do conceito de barreiras e sua classificação. O curso está disponível 
no portal da EV.G.
Ainda existe um número expressivo de edificações de uso público sem acessibilidade. Estas 
incluem não só edificações que necessitam reformas, pois foram construídas anteriormente 
M
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o Diretrizes Gerais de 
Acessibilidade em Edifícios 
Públicos
1
6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
à legislação atual, mas também novas edificações que, ou não contemplam as soluções de 
acessibilidade previstas pelas atuais normas técnicas, ou apresentam apenas soluções parciais, 
que não atendem às necessidades das pessoas com deficiência. Como exemplo, uma auditoria 
apresentada em 2016 pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal identificou que 100% das 
edificações inspecionadas na cidade de Brasília e seus distritos administrativos possuíam falhas 
de acessibilidade.
Esses locais, em um total de mais de 140 edificações, são hospitais públicos, centros de ensino 
especial, serviços de atendimento ao cidadão, DETRAN, PROCON e delegacias. A falha de 
maior incidência foi a ausência/inadequação de sinalização informativa e direcional (100%) 
e a mais grave, apesar de menos recorrente, foi a ausência de entrada acessível (12,6%). Os 
demais problemas encontrados foram: falta de sinalização informativa visual e tátil, falta de piso 
direcional (quando necessário) e falhas de acessibilidade em instalações sanitárias.
Veja, no gráfico abaixo, percentuais sobre irregularidades identificadas por meio desta auditoria 
de acessibilidade, na área de entrada de edifícios públicos de Brasília:
Gráfico 5- Irregularidadesi dentificadas no
quesitoe ntrada da edificação.( Fonte: PTn º 9)
Gráfico 6- Necessidaded es inalização
informativae direcional da entradaa cessível.
(Fonte: PT nº 9)
3.85%
11.54%12.62%
100.0%
ENTRADA DA EDIFICAÇÃO -
Irregularidades
Diâmetro
insu ente para
manobra de
cadeira der odas
Vã e acesso
inadequado
Ausência de
entrada acessível
Ausência de
sinalização
indicando a
entrada acessível
62.50%
37.50%
ENTRADA DA EDIFICAÇÃO -
Sinalizaçãod ae ntrada 
acessível 
Necessidade
des inalização
da entrada
acessível
Não requer
sinalização
Fig. 1: Gráficos de irregularidades encontradas no item “Entrada da Edificação” que mostra 
a maior incidência de falta de soluções de acessibilidade quanto à presença de sinalização 
e informação e que afeta principalmente as pessoas com deficiências sensoriais.
Fonte: https://www.tc.df.gov.br/wp-content/uploads/2017/08/Relat%C3%B3rio-
Final-e-Decis% C3%A3o-26221-13-Seaud.pdf. Acesso em 11/02/2019.
A LBI – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) – 
Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, estabelece a obrigatoriedade do atendimento aos requisitos 
de acessibilidade, previstos pelas normas técnicas vigentes e de acordocom os princípios do 
Desenho Universal, na aprovação de projetos arquitetônicos, urbanísticos, de comunicação e 
https://www.tc.df.gov.br/wp-content/uploads/2017/08/Relat%C3%B3rio-Final-e-Decis%C3%A3o-26221-13-Seaud.pdf
https://www.tc.df.gov.br/wp-content/uploads/2017/08/Relat%C3%B3rio-Final-e-Decis%C3%A3o-26221-13-Seaud.pdf
7Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
informação, e de transporte, bem como na construção, na reforma, na ampliação ou na mudança 
de uso de edificações de uso público ou privadas de uso coletivo.
Veja o texto completo das Normas na biblioteca deste curso. Você também 
pode consultar, na biblioteca, a Lei Brasileira de Inclusão Pessoa com Deficiência 
(Estatuto da Pessoa com Deficiência), Lei nº 13.146, de 2015.
Além disso, a LBI exige das entidades de fiscalização profissional de engenharia e arquitetura 
a declaração do profissional, na Anotação ou Registro de Responsabilidade Técnica, quanto ao 
atendimento às regras de acessibilidade e exige das prefeituras a elaboração de planos diretores, 
códigos de obras e de posturas, assim como leis de uso e ocupação do solo, atendendo à atual 
legislação.
A LBI em seus artigos 56 e 60, expressamente impõe aos Municípios e ao Distrito Federal a 
obrigação de – antes de aprovar projetos, licenciar ou emitir certificado de conclusão de obra 
ou serviço, ou conceder e renovar alvará de funcionamento – exigir o ateste do atendimento às 
regras de acessibilidade, bem como de certificar a acessibilidade da edificação.
Veja os artigos 56 § 2º e 60 § 1º da Lei nº 13.146, de 2015.
Edifícios de uso público, Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), residências 
inclusivas e áreas comuns de edifícios habitacionais devem contemplar os requisitos de 
acessibilidade e dimensionamento estabelecidos pela Norma de Acessibilidade a edificações, 
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos - NBR 9050:2015, e pela NBR 16537:2016, Norma 
que trata da sinalização tátil no piso, com diretrizes para elaboração de projetos e instalação, 
além de outras Normas e Leis que serão apresentadas neste curso.
Se ainda tem dúvidas sobre quais as barreiras que as pessoas com deficiência 
enfrentam, não deixe de fazer o curso ACESSIBILIDADE EM ESPAÇOS DE 
USO PÚBLICO NO BRASIL, que contém vídeos depoimentos de pessoas com 
deficiência motora, com deficiência visual e de pessoa surda.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
2. Projetando e avaliando a acessibilidade em edifícios 
públicos
A acessibilidade pode ser dividida em quatro componentes: orientação, deslocamento, 
comunicação e informação, e uso, face à complexidade para avaliar, fiscalizar e propor soluções 
de acessibilidade que atendam à diversidade de todos usuários, e em especial às necessidades 
das pessoas com deficiência.
Estes componentes de acessibilidade, apresentados resumidamente a seguir, são constituídos 
por uma série de diretrizes que definem características espaciais para o entendimento do espaço 
e a inclusão de elementos facilitadores de atividades numa perspectiva de Desenho Universal.
Você pode rever, ou obter conhecimentos mais detalhados sobre os 
componentes de acessibilidade no curso ACESSIBILIDADE EM ESPAÇOS DE USO 
PÚBLICO NO BRASIL, disponível na EV.G.
1. ORIENTAÇÃO
Condição de compreensão do espaço, (legibilidade espacial) a partir de sua configuração 
arquitetônica e da sua organização funcional. É a possibilidade de distinguir o local onde se está, 
e o percurso que se deve fazer para chegar a um determinado destino, a partir de informação 
arquitetônica e suportes informativos (placas, letreiros, sinais, mapas).
Fig. 2: Símbolo do componente de acessibilidade ORIENTAÇÃO. 
Fonte: Adaptado de DISCHINGER et al, 2014.
2. DESLOCAMENTO
Condição de movimento nos percursos horizontais e verticais e sua continuidade. É a possibilidade 
de deslocar-se de forma independente em percursos livres de obstáculos, que ofereçam conforto 
e segurança ao usuário (existência de rampas adequadas, rotas acessíveis desimpedidas, 
plataformas elevatórias/elevadores).
Fig. 3: Símbolo do componente de acessibilidade DESLOCAMENTO.
Fonte: Adaptado de DISCHINGER et al, 2014.
ROGÉRIO
Realce
9Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
3. USO
Condição que possibilita a utlização dos equipamentos e a participação nas atividades afins. 
Os equipamentos devem se acessíveis a todos os usuários e manuseados com segurança, 
conforto e autonomia (acesso a balcões de informações e atendimento por cadeirantes de forma 
confortável, banheiros adaptados de maneira adequada, espaço reservado para cadeirante em 
sala de espera, estacionamento reservado para pessoa com deficiência em conformidade com a 
norma).
Fig. 4: Símbolo do componente de acessibilidade USO.
Fonte: Adaptado de DISCHINGER et al, 2014.
4. COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO
Condição de troca e intercâmbio entre pessoas e equipamentos de tecnologia assistiva, que 
permitam o ingresso e uso do ambiente (terminais de computadores e telefones com mensagem 
de texto que possam auxiliar usuários com restrições auditivas ou com limitações na produção 
linguística, profissional intérprete da Libras).
Fig. 5: Símbolo do componente de acessibilidade COMUNICAÇÃO
Fonte: Adaptado de DISCHINGER et al, 2014.
O entendimento dos componentes da acessibilidade espacial permite uma compreensão mais 
aprofundada dos vários aspectos envolvidos, auxiliando na identificação de barreiras existentes em 
ações de avaliação da acessibilidade em prédios de uso público, assim como definindo requisitos 
espaciais para a elaboração de projetos de reformas e novas edificações que possibilitem o uso 
dos espaços por todos.
Existem planilhas, programas computacionais, manuais e roteiros de acessibilidade, elaborados 
por instituições governamentais e órgãos de planejamento de várias cidades brasileiras, que 
classificam e organizam diferentemente os componentes de acessibilidade a avaliar, além 
de incluir mais subdivisões. Estas planilhas de avaliação e manuais, tanto nacionais como 
estrangeiras, podem orientar a adequação à legislação dos estabelecimentos de uso público, 
tanto novos, como já existentes.
É muito importante verificar a compatibilidade destes instrumentos de 
avaliação com as Normas Técnicas vigentes, pois alguns podem ser mais 
antigos do que as normas atuais! 
10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Além de verificar as questões técnicas relativas às normas, é fundamental que problemas 
existentes, mas que não constam em planilhas e normas – como segurança da edificação, falta 
de higiene, riscos à saúde, ausência de equipamentos básicos, entre outros - sejam observados 
e descritos na planilha. Também é importante que sejam inseridos no projeto e na avaliação 
fotografias e desenhos técnicos, como: planta de situação, com a localização do edifício na 
quadra e indicação de acessos a partir da via pública ou de estacionamentos, plantas baixas 
esquemáticas, com zoneamento de usos para que o contexto possa ser ponderado.
Um exemplo de planilhas de avaliação são as elaboradas para o “Programa de Acessibilidade 
às Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida nas Edificações de Uso Público do 
Ministério Público de Santa Catarina”. Estas propõem avaliações de acessibilidade de edificações 
considerando não somente os itens que são obrigatórios por lei, mas também recomendando 
outros itens de acessibilidade para reduzir o grau de dificuldade na realização de diversas 
atividades. A proposta do Manual do MP/SC é a de que o projetista tenha a visão de tornar 
os ambientes de uso público mais agradáveis ao uso de pessoas com capacidades diferentes. 
Apesar de sua edição ser anterior à atualização da NBR 9050 em 2015, o roteiro detalhado das 
planilhas auxilia na análise de diversos tipos de ambientes.
O manual “Promovendo acessibilidadeespacial nos edifícios públicos - 
Programa de Acessibilidade às Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida 
nas Edificações de Uso Público” do MP/SC é de livre acesso no link abaixo. Não 
esqueça de verificar sua compatibilidade com atual NBR 9050/2015! https://
documentos.mpsc.mp.br/portal/conteudo/cao/ccf/Manual/Manual%20
Acessibilidade_2014_web.pdf
Estas planilhas de avaliação foram elaboradas com base na existência de áreas comuns a 
todos os edifícios públicos e possuem o diferencial de terem sido organizadas de acordo com 
o encaminhamento do usuário no edifício, desde sua chegada a partir da via pública, até as 
atividades fins. As planilhas são: Áreas de acesso ao edifício (Planilha 1); Saguões, salas de 
recepção e espera (Planilha 2); Circulações horizontais (Planilha 3); Circulações Verticais (Planilha 
4); Sanitários (Planilha 5); e Locais para Atividades Coletivas (Planilha 6).
Essa avaliação seguindo o encaminhamento do usuário e atividades realizadas é bastante 
interessante e abrangente, uma vez que, além de pontuar especificidades de cada ambiente, 
permite avaliar os percursos. Assim, revelam-se situações onde os locais em si são acessíveis, 
porém, não há facilidades para chegada até eles.
Outro aspecto positivo do manual do MP/SC refere-se à apresentação de imagens referência 
de como deveria ser o ambiente a ser avaliado, de modo que o profissional tenha um maior 
embasamento para preenchimento das planilhas de avaliação supracitadas. Um exemplo destes 
desenhos é o Desenho 4: “Acesso a um edifício público acima do nível do passeio”, onde são 
apresentados aspectos de como deveria ser o ambiente a ser avaliado.
https://documentos.mpsc.mp.br/portal/conteudo/cao/ccf/Manual/Manual%20Acessibilidade_2014_web.pdf
https://documentos.mpsc.mp.br/portal/conteudo/cao/ccf/Manual/Manual%20Acessibilidade_2014_web.pdf
https://documentos.mpsc.mp.br/portal/conteudo/cao/ccf/Manual/Manual%20Acessibilidade_2014_web.pdf
11Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Na imagem, podemos identificar os itens obrigatórios de acordo com a NBR 9050:2015 e 
classificados de acordo com os componentes de acessibilidade que são: quanto à orientação - 
(1) letreiro com nome do edifício, (2) piso alerta indica a presença de desníveis (escada e rampa); 
quanto ao deslocamento - (3) rampa com inclinação máxima de 8,33% e largura mínima de 1,20 
m, (4) patamar com dimensões iguais à largura da rampa; quanto ao uso - (5) corrimão em 
duas alturas: 70 e 92 cm, sem arestas vivas e nos dois lados da rampa e escada, (6) faixa em cor 
contrastante indica o fim de cada degrau, que não deve ser vazado, (7) suporte para o apoio de 
objetos.
Fig. 6: Acesso a um edifício de uso público acima do nível do passeio.
Fonte: Adaptado de DISCHINGER et al, 2014. p. 44.
A empatia também faz parte da planilha! Ao nos colocarmos na posição da 
pessoa com deficiência percebemos que não basta que o ambiente atenda as 
normas técnicas, ele também deve ser agradável e humanizado! 
Você pode conferir o Manual de Adaptações de Acessibilidade nos conteúdos 
de consulta ou no link: http://www.mdh.gov.br/navegue-por-temas/pessoa-
com-deficiencia/programas/acessibilidade
Neste manual, acessível on-line, encontra-se um modelo de laudo-padrão de acessibilidade 
que pode orientar profissionais na elaboração de diagnóstico das condições de acessibilidade 
http://www.mdh.gov.br/navegue-por-temas/pessoa-com-deficiencia/programas/acessibilidade
http://www.mdh.gov.br/navegue-por-temas/pessoa-com-deficiencia/programas/acessibilidade
12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
de edificações e, também, um caderno de especificações técnicas e encargos para organizar as 
especificações e orçamentos de obras de adaptação. Trata-se de uma planilha que resulta em 
um Laudo Técnico que fundamenta a vistoria realizada e registra as conclusões dos técnicos e as 
recomendações para adaptações necessárias.
Dica 
Experimente avaliar um ambiente de uso público que você frequenta utilizando 
as planilhas do Manual de Adaptações de Acessibilidade.
Ao avaliar a acessibilidade de prédios existentes, é importante, além de listar todas as barreiras e 
as respectivas soluções necessárias, definir prioridades. É bastante comum que órgãos públicos, 
tais como escolas, tenham verbas limitadas e precisem escolher quais problemas resolver em 
primeiro lugar. Assim, é recomendável a elaboração de um plano ou cronograma para a execução 
de todas soluções técnicas, evitando a realização de soluções parciais que não atendem a todas 
pessoas.
É importante reconhecer que a eliminação de barreiras e 
a solução dos problemas de acessibilidade dependem de 
diferentes âmbitos de atuação – projeto, execução e fiscalização 
– e que exigem a respectiva capacitação profissional. Os 
profissionais responsáveis pelo projeto devem saber identificar 
os problemas existentes e desenvolver soluções técnicas 
adequadas. Na execução de novos projetos e reformas, devem 
ser mantidas as especificações técnicas estabelecidas. Por 
último, os responsáveis por ações de fiscalização, a partir do 
conhecimento detalhado da legislação, devem ser capazes de 
avaliar as soluções implementadas. (DISCHINGER et al, 2014).
São muitas as informações e requisitos de desenho que fazem parte das normas técnicas, assim 
como são muitos os aspectos a serem verificados quando utilizamos planilhas de avaliação. 
Diante deste cenário, muitas vezes podemos nos deparar com projetos e execução de obras de 
acessibilidade parciais, por falta de consideração de algum aspecto relevante. Neste sentido, 
devemos sempre considerar a necessidade de avaliar e desenvolver soluções de acessibilidade 
numa visão de Desenho Universal, considerando as necessidades de todos usuários para a 
realização das atividades existentes.
Quanto maior o grau de exigência da atividade e menor a competência do indivíduo, devido 
à uma deficiência, maior a sua limitação. Projetos de espaços, equipamentos e objetos numa 
perspectiva de Desenho Universal visam diminuir a exigência para a realização de atividades, 
13Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
constituindo-se em elementos facilitadores pois, ao diminuir a exigência da tarefa, também 
diminuem o grau de limitação colocado por barreiras, ou as eliminam.
Você pode encontrar conceitos sobre Desenho Universal, limitações ambientais 
e elementos facilitadores no curso ACESSIBILIDADE EM ESPAÇOS DE USO 
PÚBLICO NO BRASIL. Veja também exemplos de espaços e equipamentos 
desenhados numa perspectiva de Desenho Universal no PowerPoint 
“Tecnologias Assistivas” deste mesmo curso.
Para facilitar a consulta e acesso às normas disponíveis, assim como possibilitar uma melhor 
compreensão de sua aplicação para diminuir as limitações e eliminar barreiras, viabilizando 
soluções de acessibilidade para pessoas com deficiência, vamos apresentar a seguir disposição 
geral de requisitos e diretrizes de acessibilidade.
Iniciamos com a apresentação de parâmetros dimensionais, após são apresentados requisitos 
gerais para rotas acessíveis, seguidos pelos elementos comuns a todas edificações organizados 
do geral para o particular.
Dica 
Você pode encontrar cartilhas, normas e orientações sobre a legislação 
que podem auxiliar no desenvolvimento de avaliações de acessibilidade 
em edificações de uso público na página “Publicações Técnicas dos Direitos 
Humanos e do Terceiro Setor” do Ministério Público de SC, disponível no link: 
https://www.mpsc.mp.br/cao-direitos-humanos-e-terceiro-setor/publica 
coes-tecnicas.
https://www.mpsc.mp.br/cao-direitos-humanos-e-terceiro-setor/publicacoes-tecnicas
https://www.mpsc.mp.br/cao-direitos-humanos-e-terceiro-setor/publicacoes-tecnicas
14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
3. Parâmetros Antropométricos
É importante considerar para quem estamos projetando, as necessidades dos diferentes usuários 
e as atividades que realizarão no espaço. Pessoas em cadeira de rodas ou de baixa estatura,por 
exemplo, tem um alcance manual diferente do da maioria das pessoas. Por isso, é necessário 
atenção às alturas de dispositivos de comando, conforme tabela abaixo:
Fig. 7: Altura dos dispositivos de comando. 
Fonte: Adaptado da NBR 9050:2015.
Para dimensionar locais visando a realização de atividades com acessibilidade por pessoas em 
cadeira de rodas ou com mobilidade reduzida, devemos conhecer os Parâmetros Antropométricos 
da atual NBR 9050:2015, que reproduzimos a seguir.
15Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1. PESSOAS EM PÉ
A figura abaixo apresenta as dimensões referenciais para deslocamentos de pessoas em pé que 
necessitam de auxílio por muletas, bengala ou andador (dimensões em metros):
Fig. 8: Padrões antropométricos.
Fonte: NBR 9050:2015.
16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
2. CADEIRA DE RODAS
A figura abaixo apresenta as dimensões de cadeiras de rodas manuais ou motorizadas sem 
reboque e da cadeira cambada. As dimensões estão em metros.
Fig. 9: Dimensões de cadeira de rodas.
Fonte: NBR 9050:2015.
3. PESSOAS EM CADEIRA DE RODAS E MÓDULO DE REFERÊNCIA (MR)
Consideramos o Módulo de Referência (MR) - a projeção de 0,80 m por 1,20 m no piso, ocupada 
por uma pessoa utilizando cadeira de rodas motorizada ou não, conforme figura abaixo. Este 
parâmetro é considerado fundamental para a acessibilidade.
Fig. 10: Módulo de Referência (MR).
Fonte: NBR 9050:2015.
4. DESLOCAMENTO DE PESSOAS EM CADEIRA DE RODAS
As circulações para deslocamento em linha reta de pessoas em cadeiras de rodas devem ter um 
espaço mínimo de 0,90 m para deslocamento individual ou de 1,20 m a 1,50 m para deslocamento 
de um pedestre e uma pessoa em cadeira de rodas.
Fig. 11: Área de deslocamento para pessoa em cadeira de rodas.
Fonte: NBR 9050:2015.
17Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
5. MANOBRAS COM A CADEIRA DE RODAS
Para rotacionar a cadeira sem deslocamento, as medidas necessárias serão:
a) para rotação de 90° = 1,20 m × 1,20 m;
b) para rotação de 180° = 1,50 m × 1,20 m;
c) para rotação de 360° = círculo com diâmetro de 1,50 m.
Observe na imagem abaixo como fica a projeção no piso para este giro:
Área para manobra de cadeira de rodas sem deslocamento.
Fig. 12: Área de deslocamento para pessoa em cadeira de rodas.
Fonte: NBR 9050:2015.
18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
6. ALCANCE MANUAL FRONTAL E LATERAL
Usuários de cadeiras de rodas possuem maiores dificuldades para acessar objetos em estantes, 
mesas ou para acessar equipamentos, por isso a imagem abaixo apresenta as medidas 
confortáveis para estes casos. Lembrando que a faixa de alcance manual frontal ou lateral pode 
variar de acordo com a flexibilidade de cada pessoa.
Fig. 13: Alcances manuais da pessoa em cadeira de rodas.
Fonte: PMSP, SEPED, 2005, p. 10.
19Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
7. ÂNGULOS DE ALCANCE VISUAL
Os ângulos de alcance visual são diferentes para pessoas em pé e pessoas na posição sentada, 
como usuários em cadeira de rodas, principalmente para visualizar elementos mais altos, como 
a parte de cima de mobiliários, ou calcular a altura do peitoril de uma janela, por exemplo.
 
Fig. 14: Exemplo de cones visuais da pessoa em cadeira de rodas.
Fonte: NBR 9050:2015.
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4. Rotas acessíveis
É condição essencial para a acessibilidade de edifícios de uso público a existência de rotas sem 
barreiras que permitam a todos usuários atingir as atividades fins nele existentes. Por exemplo, 
deve ser possível para uma pessoa utilizando muletas poder deslocar-se de forma autônoma 
desde a calçada até a recepção de um posto de saúde, assim como poder acessar a sala de 
consulta, utilizar o sanitário e outros espaços, tais como a sala de espera ou sala de vacinação. 
Esta mesma rota deve permitir que uma pessoa cega, um idoso, ou uma mãe com carrinho de 
bebê possam orientar-se, deslocar-se e atingir os mesmos espaços com autonomia e segurança.
Assim, em rotas acessíveis deve ser possível para qualquer pessoa: saber onde está e como 
atingir os locais desejados; se deslocar com autonomia e segurança sem encontrar obstáculos; 
poder comunicar-se e obter informações sobre os locais e atividades existentes; utilizar e acionar 
elementos e/ou equipamentos ao longo do percurso, tais como portas, botoeiras de elevadores, 
etc.
Temos então, como atributos essenciais de uma rota acessível: possuir um início e um fim, ter 
continuidade ao longo da rota e entre rotas, e atender a todos os componentes de acessibilidade: 
orientação espacial, deslocamento, comunicação e informação, e uso. Sua definição de acordo 
com a atual norma técnica brasileira de acessibilidade é:
A rota acessível é um trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, que conecta os 
ambientes externos e internos de espaços e edificações, e que pode ser utilizada de forma 
autônoma e segura por todas as pessoas, inclusive aquelas com deficiência e mobilidade 
reduzida. (NBR 9050:2015).
Para o acesso de uma escola, por exemplo, temos que considerar a presença de rota acessível 
desde o passeio até a entrada principal, e desta até as áreas de recepção, salas de aula e todos 
os seus espaços de forma integrada.
Veja a seguir desenhos e recomendações que ilustram trecho de rota acessível em ambiente 
escolar conforme o Manual de acessibilidade espacial para escolas: O direito à escola acessível, 
de 2009 do MEC.
Existem símbolos para indicar existência de equipamentos, mobiliário, 
produtos ou serviços para pessoas com deficiência visual, auditiva, 
atendimento preferencial, sanitários, circulações e comunicação que podem 
ser encontrados ao longo da NBR 9050:2015.
21Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Na imagem abaixo podemos observar soluções como: (1) entrada de pedestres separada da 
entrada de carros; (2) caminho de pedestres pavimentado com piso regular, antiderrapante e não 
ofuscante; (3) não existem obstáculos ao longo da circulação; (4) existe piso tátil direcional para 
guiar as pessoas com deficiência visual até a porta da escola; (5) porta de entrada visível desde o 
portão, facilmente identificada por marquise em cor forte; (6) rampa com inclinação adequada; 
(7) estacionamento separado do local onde as crianças brincam; (8 e 9) vagas sinalizadas com 
pintura no piso e placa de identificação.
1
2 4
5
6
7
8
3
9
Fig. 15: Itens necessários para garantir a acessibilidade em espaços de educação: 
rota acessível do portão de acesso à porta de entrada da escola.
Fonte: DISCHINGER et al, 2009.
Tratando-se da sinalização, conforme visto na imagem acima, ressalta-se que:
Destaque h, h, h, h, 
A indicação de acessibilidade nas edificações, no mobiliário, nos espaços e 
nos equipamentos urbanos deve ser feita por meio do símbolo internacional 
de acesso (SIA). A representação do símbolo internacional de acesso consiste 
em um pictograma branco sobre fundo azul (referência Munsell 10B5/10 ou 
Pantone 2925 C).
Existem símbolos para indicar existência de equipamentos, mobiliário, 
produtos ou serviços para pessoas com deficiência visual, auditiva, 
atendimento preferencial, sanitários, circulações e comunicação que podem 
ser encontrados ao longo da NBR 9050:2015.
22Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Fig. 16: Símbolo Internacional de Acesso – SIA
Fonte: NBR 9050:2015.
Considerando os componentes de acessibilidade, uma rota acessível deve atender aos seguintes 
requisitos gerais:
 Orientação: a configuração arquitetônica deve permitir reconhecer a identidade e as funções 
da edificação, assim como a localização das atividades e os caminhos a percorrer. Informações 
adicionais (placas, sinais, letreiros, mapas etc.) devem ser disponibilizadas de forma visual, tátil e 
sonora. Para apoiar a orientação de pessoas cegas e com baixa visão em seu trajeto, prevenindo 
acidentes deve ser utilizado piso tátil de alerta, e para conduzir o seu deslocamento,quando não 
houver outros elementos que auxiliem sua orientação espacial deve ter piso tátil direcional.
 Deslocamento: as circulações horizontais devem possuir dimensões que permitam o 
livre movimento de todos e em especial de pessoa em cadeira de rodas (PCR) ou pessoa 
com mobilidade reduzida (PMR), sem a presença de obstáculos. Na presença de desníveis as 
circulações verticais, tais como escadas devem ser seguras e sinalizadas, e deve haver sistemas 
alternativos de deslocamento tais como rampas, elevadores e plataformas elevatórias para 
pessoas com deficiências motoras.
 Uso: Deve ser possível o acionamento de todos elementos que permitem a continuidade do 
deslocamento ao longo das rotas com autonomia, segurança e conforto, tais como maçanetas, 
botoeiras de elevadores, corrimãos, e dispositivos de saída de emergência.
 Comunicação e Informação: todos elementos e dispositivos que permitam o acesso à 
informação e a comunicação interpessoal devem também poder ser percebidos e utilizados 
por pessoas com deficiências sensoriais. Para pessoas com deficiência visual deve haver, além 
da informação visual, informação tátil e sonora. Por exemplo, elevadores devem ter botoeiras 
com informação visual, em relevo e Braille, e sistema visual e sonoro para informar andares. 
Para pessoas surdas, ou com deficiências auditivas, além de informações sonoras deve haver 
informações visuais (como nos sistemas de alarme de incêndio).
Devido à sua complexidade, antes de apresentar cada um dos elementos comuns a todas 
edificações, vamos apresentar informações sobre o acesso à informação e comunicação, e sobre 
o uso de pisos táteis em espaços edificados. 
23Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
5. Acesso à informação e comunicação 
O princípio dos dois sentidos visa fornecer informação que seja acessível para todas as pessoas. 
Assim, informações visuais, tais como imagens ou textos, devem ser disponibilizados de forma 
tátil (relevos e Braille), ou de forma sonora para quem não pode ver ou possui baixa visão. Da 
mesma forma, as informações sonoras, como um alarme de emergência de incêndio, devem 
ser disponibilizadas de forma visual (flashes intermitentes) para serem percebidas por pessoas 
surdas.
Obtenha informações sobre os formatos informativos exigidos para cumprir 
o princípio dos 2 sentidos na Tabela 1 - “Aplicação e formas de informação 
e sinalização” da seção 5.2.7 da NBR 9050:2015 acessível na biblioteca do 
curso, ou no link a seguir: http://www.abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx? 
T=9BC37A821F0D.
Considerando a acessibilidade de nossos espaços, todos necessitamos basicamente de 2 tipos 
de informações: 
a) Informações ambientais direcionais - que nos permitem compreender os lugares e atividades 
existentes e apoiam nossa orientação espacial; 
b) Informações que nos permitem interagir e comunicar com outras pessoas. Compreender as 
barreiras existentes para obter informações e comunicar-se é essencial para criar ambientes 
acessíveis.
Veja no curso ACESSIBILIDADE EM ESPAÇOS DE USO PÚBLICO NO BRASIL 
conteúdos sobre barreiras ambientais para pessoas com deficiências sensoriais 
e também exemplos de soluções de acessibilidade.
Nosso meio ambiente natural e construído é fonte permanente de informação sobre os espaços, 
os eventos, os lugares, que são percebidos através de nossos sentidos. Temos, além destas, as 
informações ambientais adicionais nos mais variados suportes (como cartazes, letreiros, placas, 
terminais eletrônicos e digitais). Por outro lado, a comunicação interpessoal é essencial para 
a troca de informações e o desenvolvimento de nossa vida social, e pode se dar de diversas 
formas: de pessoa(s) a pessoa(s), através dos veículos de comunicação (rádio, TV, cinema), ou 
através de dispositivos de uso pessoal (como computadores, tablets e smartphones).
http://www.abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx?T=9BC37A821F0D
http://www.abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx?T=9BC37A821F0D
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Dica 
A videoaula “Os sentidos como sistemas perceptivos” auxilia na compreensão 
de como obtemos informações de nosso meio ambiente.
 https://cdn.evg.gov.br/cursos/274_EVG/videos/modulo01_video01.mp4
Você pode revisar o conteúdo desta videoaula em formato de apresentação 
PowerPoint na biblioteca do curso.
Para apoiar a orientação espacial e o uso dos espaços para todas as pessoas, é fundamental 
a existência de sinalização, que de acordo com a norma brasileira deve ser autoexplicativa, 
perceptível e legível para todos, inclusive às pessoas com deficiência. As sinalizações podem ser 
de 3 tipos: 
• informativas – que identificam as funções e atividades de lugares, equipamentos, 
mobiliários, e dispositivos e seus modos de utilização; 
• direcionais – que permitem conhecer a disposição espacial dos lugares, indicam 
rotas e direções apoiando a orientação espacial; 
• de emergência – para indicar as rotas de fuga e saídas de emergência das edificações 
e alertar sobre situações de perigo como incêndios.
É importante observar que: sistemas de sinalização sempre devem obedecer ao princípio dos 
dois sentidos; e projetos de sinalização acessíveis para espaços complexos, e com grande fluxo 
de usuários (como hospitais, prédios institucionais, terminais de transporte, centros comerciais) 
exigem trabalho de equipes multidisciplinares e especializadas com engenheiros, arquitetos e 
designers para atender todos os requisitos necessários para sua legibilidade e compreensão.
Entre os fatores relevantes para a acessibilidade dos suportes informativos visuais, táteis e 
sonoros podemos citar: 
• a sua correta localização no espaço de acordo com sua função (posição, direção, 
altura) que determinam as possibilidades para sua visualização, manuseio ou escuta; 
• sua legibilidade, que depende de características como: contraste, relação fundo/
figura, relevo e audibilidade de acordo com o tipo de informação (textual, pictórica, 
tátil, sonora); 
• a possibilidade de aproximação e manuseio (essencial para informações táteis e 
terminais digitais).
https://cdn.evg.gov.br/cursos/274_EVG/videos/modulo01_video01.mp4
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Se você se interessa por este tema pode obter informações mais detalhadas 
sobre suportes informativos no artigo “Orientar-se em campi universitários 
no Brasil: condição essencial para a inclusão”, disponível nos conteúdos 
complementares deste bloco, ou no link a seguir: https://periodicos.ufsc.br/
index.php/pontodevista/article/view/16605/18671.
Ilustramos a seguir, através de dois exemplos práticos, a importância de atender de forma 
integrada todos os requisitos de acessibilidade para suportes informativos.
O número e a localização correta de terminais digitais com informação dinâmica sobre partidas 
e chegadas nos terminais de aeroporto, ao longo de espaços como hall de chegada, corredores 
e portões de embarque, determina suas possibilidades de visualização e os tempos necessários 
para o deslocamento até os locais indicados, onde também se obtém informações sonoras.
Fig. 17: Exemplo de painel com sinalização em aeroporto.
Fonte: Acervo pessoal de Carolina Pinto.
A localização de placas de sinalização com ícones adequados, bom contraste de cor, tamanho 
adequado, relevo, Braille e boa legibilidade, só vai ser acessível a pessoas com deficiência visual 
se estiver localizada em altura que permite a sua visualização e alcance para exploração tátil de 
pessoas cegas, e apresentar boas condições de contraste fundo-figura com o seu entorno para 
pessoas com baixa-visão. Em locais poluídos visualmente, fica difícil sua identificação.
https://periodicos.ufsc.br/index.php/pontodevista/article/view/16605/18671
https://periodicos.ufsc.br/index.php/pontodevista/article/view/16605/18671
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Fig. 18: a) Planta baixa de residencial de idosos “Lundby”, em Gotemburgo, Suécia com mapa tátil do pavimentotérreo, em alto contraste de cores e Braille, mostrando a disposição dos ambientes e suas funções no andar, a 
posição dos elevadores e das escadas e corredores que constituem as rotas de saída de emergência; b) Placa 
informativa no Aeroporto de Barajas, Espanha, com bom contraste interno (cores e ícones) e telas informativas 
digitais suspensas, ambos dispositivos de difícil visualização devido à poluição visual do sistema de iluminação.
Fonte: Acervo pessoal de Marta Dischinger.
Se você ficou em dúvida sobre o que é contraste visual, saiba que este depende da luminosidade 
das cores dos suportes informativos. Para pessoas com baixa-visão muitas vezes a percepção 
das cores se altera. Um bom critério é considerar a relação de claro-escuro e imaginar como 
seriam as cores escolhidas numa foto preto e branco. Pense que também deve haver contraste 
perceptível para informações táteis e sonoras.
Veja na figura a seguir tabela de cores com relação de contrastes, utilizada na norma de pisos 
táteis.
Fig. 19: Contrastes recomendados.
Fonte: NBR 16537:2016.
27Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Na seção 5 “Informação” da NBR 9050:2015 você vai encontrar extenso 
detalhamento de como deve ser veiculada informação e sinalização de forma 
acessível. 
6. Pisos táteis em espaços edificados
No desenvolvimento de projetos de pisos táteis, assim como em sua execução e manutenção, 
é essencial ter em mente que estamos criando um sistema de informação, para pessoas com 
deficiência visual. Para saber o que informar, e como informar é necessário: 
• Conhecer as diferentes funções dos pisos táteis e suas características físicas para 
construir um sistema informativo legível e consistente; 
• Considerar as características dos espaços e as atividades existentes, e como estas 
podem ser atingidas, identificando rotas acessíveis e barreiras; 
• Compreender o processo de orientação espacial de pessoas com deficiência visual 
e como estas utilizam as informações fornecidas pelos espaços, e pelos pisos táteis.
Dica 
Para compreender como se desenvolvem os processos de orientação espacial 
você pode ver a videoaula “Orientação e Acessibilidade”.
 https://cdn.evg.gov.br/cursos/274_EVG/videos/modulo01_video02.mp4
Você pode revisar o conteúdo desta videoaula em formato de apresentação 
PowerPoint na biblioteca do curso.
De acordo com a NBR 16537:2016, que trata da sinalização tátil no piso, a definição de piso tátil 
é:
“piso caracterizado por relevo e luminância contrastantes em relação ao piso adjacente, 
destinado a constituir alerta ou linha-guia, servindo de orientação perceptível por 
pessoas com deficiência visual, destinado a formar a sinalização tátil no piso”.
https://cdn.evg.gov.br/cursos/274_EVG/videos/modulo01_video02.mp4
28Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Note que a sinalização tátil no piso é um termo genérico que engloba pisos 
táteis e relevos táteis!
Fig. 20: Imagens de sinalizações táteis no piso: a) sinalização de alerta através de placa 
polimérica com relevo que é adesivada sobre pisos existentes; b) sinalização de alerta 
através de cones de material compósito coladas diretamente sobre piso existente; e c) 
sinalização de alerta através de pinos metálicos aparafusados em piso existente.
Fonte:
a) Acervo pessoal de Marta Dischinger.
b) http://www.viakan.be/pages/fr/fr-plots-auto.html
c) Acervo pessoal de Marta Dischinger.
Colocando em termos mais simples, pisos táteis são pisos com relevo e cor contrastantes com 
os pisos circundantes que servem como sinalização para pessoas com deficiência visual, parcial 
(baixa-visão) ou total (cegos), e indicam: situações de perigo potencial (como desníveis ou 
obstáculos), ou rotas seguras, quando inexistem elementos que possam servir de referência para 
sua orientação (tais como paredes ou corrimão).
As funções dos pisos táteis são 4: 
1. Identificar perigos, tais como desníveis e situações de risco permanente (sinalização 
tátil alerta); 
2. Conduzir o deslocamento seguro ao longo de uma rota (sinalização tátil direcional); 
3. Sinalizar mudança de direção, ou opções de percurso (sinalização tátil alerta); 
4. Marcar a presença de atividade e o posicionamento adequado para o uso de 
equipamentos ou serviços (sinalização tátil direcional ou alerta).
Dica 
Para compreender melhor as funções de pisos táteis e sua utilização em 
diversas situações, assista à videoaula “Pisos Táteis”.
 https://cdn.evg.gov.br/cursos/274_EVG/videos/modulo01_video03.mp4
http://www.viakan.be/pages/fr/fr-plots-auto.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/274_EVG/videos/modulo01_video03.mp4
29Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Dica 
Você pode revisar o conteúdo desta videoaula em formato de apresentação 
PowerPoint na biblioteca do curso.
A obrigatoriedade de instalação de pisos táteis de alerta – identificando a presença de situações 
de risco para pessoas com deficiência visual, isto é, elementos que podem provocar tropeços, 
quedas ou até acidentes, tais como: início e fim de escadas e rampas, desníveis desprotegidos, 
escadas rolantes, obstáculos suspensos em locais de circulação – está claramente definida 
na Seção 6 da NBR 16537:2016. Também está definida sua instalação indicando o correto 
posicionamento para entrada de elevadores, e uso de caixas eletrônicos, guichês de bilheteria e 
máquinas de autoatendimento.
Você pode consultar a Seção 6 em sua íntegra, assim como toda a NBR 
16537:2016 para saber como utilizar corretamente os pisos táteis, na 
biblioteca do curso, ou no link: http://www.abntcolecao.com.br/mpf/default.
aspx?T=9BC37A821F0D.
A norma define para cada uma das situações como o piso tátil de alerta deve 
ser instalado, e deve sempre ser consultada
No entanto, a obrigatoriedade quanto à instalação de pisos táteis direcionais, criando rotas 
acessíveis nas áreas públicas ou de uso comum das edificações, depende de avaliação das 
atividades e de sua localização, dos fluxos de pessoas, do tipo de equipamento a sinalizar e das 
características dos espaços existentes. De acordo com a atual norma, os pisos táteis direcionais 
devem ser instalados quando não existe a possibilidade de obtenção de referenciais para a 
orientação no ambiente, ou linha-guia.
De acordo com a definição da NBR 16537:2016 linha-guia é:
Qualquer elemento natural ou edificado que possa ser utilizado como referência de 
orientação direcional por todas as pessoas, especialmente pessoas com deficiência 
visual que utilizam bengala longa para rastreamento.
http://www.abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx?T=9BC37A821F0D
http://www.abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx?T=9BC37A821F0D
ROGÉRIO
Realce
ROGÉRIO
Realce
ROGÉRIO
Realce
30Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Vamos a seguir listar algumas diretrizes e aspectos quanto ao projeto e execução de rotas acessíveis 
sinalizadas com pisos direcionais e pisos alerta cumprindo as 4 funções definidas. Esperamos 
que estes possam auxiliar a identificar a necessidade para sua inserção e o desenvolvimento de 
projetos de forma adequada.
• Linhas-guia podem ser elementos permanentes como uma parede, um corrimão, 
ou outros elementos que possam auxiliar a perceber a direção dos caminhos, a 
forma dos espaços, ou a localização de atividades na ausência da visão. Fontes de 
informação sonora, reflexão de sons nos espaços internos e aromas são referenciais 
dinâmicos para a orientação de pessoas cegas e auxiliam na sua orientação espacial, 
mas não são linhas-guia!
• É necessário sinalizar com rotas táteis os locais de difícil orientação, tais como 
espaços muito amplos ou complexos, ou com grande fluxo de pessoas. São exemplos 
destes locais: recepções em locais de atendimento ao público, escolas, hospitais, 
instituições, terminais e estações de transporte, centros comerciais. Dependendo 
do local, e de sua função, conduzir até uma recepção onde a pessoa com deficiência 
visual pode obter informações é suficiente;
No curso ACESSIBILIDADE EM ESPAÇOSURBANOS NO BRASIL você encontra 
informações, requisitos e exemplos para instalação de pisos táteis em sistemas 
de transporte público.
• Lembre-se que uma rota tátil acessível é composta de pisos táteis direcionais e pisos 
alerta de acordo com as 4 funções estabelecidas, deve ser contínua e conduzir a 
todas atividades essenciais da edificação; 
• O direcionamento através de rota tátil para equipamentos de circulação, 
equipamentos de autoatendimento ou áreas de atendimento é obrigatório para: 
elevadores e plataformas elevatórias; bilheterias e balcões de atendimento; e 
máquinas de autoatendimento; 
• No projeto de novas edificações, desenvolver o projeto de rotas táteis desde o início 
e não como adaptação após a finalização do projeto; 
• Rotas táteis simples são mais fáceis de memorizar e compreender. Evite rotas duplas, 
ou o excesso de informação; 
• As rotas táteis devem ter a mesma direção dos espaços onde se inserem, evitando 
rotas diagonais ou em direções diversas da edificação para possibilitar uma melhor 
compreensão da disposição dos espaços na ausência de informações visuais; 
• Considere a segurança dos usuários das rotas táteis acessíveis definindo sua 
localização nos locais de menor fluxo nas áreas de circulação, afastada de obstáculos, 
e locais de permanência ou atendimento; 
• Em locais onde existem atividades a indicar e perigos potenciais próximos (por 
exemplo porta de sala de atendimento junto a um vão da escada) sempre priorizar 
a sinalização da situação de risco com o piso tátil de alerta; 
ROGÉRIO
Realce
ROGÉRIO
Realce
ROGÉRIO
Realce
31Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
• Existem diversos tipos, materiais, e marcas de pisos táteis. A escolha adequada é 
importante, assim como sua instalação para evitar bolhas e descolamentos (em 
pisos sobrepostos ou relevos impressos), e perda de coloração; 
• Os mapas táteis em totens informativos situados em rotas acessíveis devem conter 
informações visuais, em relevo e em Braille, podendo incluir informações sonoras. É 
essencial que as direções indicadas no mapa sejam coincidentes com as direções do 
local. Lembre que na ausência da visão a orientação depende dos eixos corpóreos 
da pessoa (à frente, atrás, à direita e à esquerda).
Lembre-se sempre de consultar na NBR 16537:2016 os requisitos gerais e 
específicos para instalação de sinalização tátil direcional a partir das seções 7.2 
e 7.3, assim como as condições definidas nas seções 7.4 até 7.7. Veja também 
informações técnicas sobre assentamento de pisos táteis na seção 8.
Veja a seguir imagens que ilustram alguns dos pontos listados anteriormente. Observe que na 
foto “a” a rota tátil tem as mesmas direções da edificação e que na foto “b” a rota tátil tem 
direção diversa da edificação, o que dificulta a percepção das direções e formato dos espaços 
edificados na ausência ou redução severa da visão.
Fig. 21 Em residencial para idosos na Suécia piso tátil direcional indica rota segura 
ao longo do corredor e a presença de atividade coletiva. b) Rota segura com piso em 
sentido diagonal ao ambiente conduz aos sanitários em aeroporto de Brasília.
Fonte: Acervo pessoal de Marta Dischinger.
32Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Fig. 22: a) Vista aérea do prédio do Tribunal Superior Eleitoral em Brasília, onde: (1) torre 
dos elevadores; (2) corredor de acesso unindo a torre de elevadores ao corpo central do 
edifício; e (3) edifício central; b) foto do totem no corredor de acesso c) mapa tátil.
Fonte:
a) Adaptado de Google Maps. Link de acesso: https://goo.gl/maps/TR8aj7xjiYtevadS7. Acesso em jan. 2020.
b) e c) Acervo pessoal de Marta Dischinger.
Olhe com atenção as fotos da fig. 22 e tente imaginar que você está no corredor 
indo em direção ao corpo principal do prédio e quer encontrar a Ala Azul. 
Você acha que a direção indicada no mapa tátil está correta? Esta informação 
permite a uma pessoa cega se orientar e encontrar a ala desejada?
https://goo.gl/maps/TR8aj7xjiYtevadS7
33Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Resposta
Se você respondeu que a posição do mapa está errada você acertou! O corredor 
semicircular do corpo principal está em posição perpendicular (em frente) ao 
corredor por onde a pessoa vem caminhando desde os elevadores, e a Ala Azul 
está à direita para quem vem nesta direção. Mas como a posição para leitura faz 
a pessoa se virar 90° para ler o mapa, o corredor central “vira” e a Ala Azul passa 
a estar onde se encontram os elevadores! Se você ficou confuso para se situar e 
entender este mapa, imagine como deve ser para uma pessoa cega.
Dica 
Para finalizar este capítulo e conhecer um pouco mais sobre as necessidades 
de apoio para a orientação espacial de pessoas com deficiência visual em 
ambiente edificado assista o vídeo temático “Acesso à informação” e faça o 
desafio a seguir.
 https://cdn.evg.gov.br/cursos/274_EVG/videos/modulo01_video15.mp4
No vídeo “Acesso à Informação” você pode observar como em ambientes amplos, tais como o 
saguão da reitoria, não existiam referenciais acessíveis (linhas-guias) que permitiam ao usuário 
cego encontrar o balcão de informações para saber onde ficavam os locais que desejava encontrar.
Veja agora, no projeto de reforma para o saguão da reitoria visualizado no 
vídeo, a proposição da instalação de rota acessível com pisos táteis direcionais 
e alerta sinalizando a presença de novo balcão de informações. Observe nos 
desenhos de planta baixa e perspectiva a rota central proposta entre as duas 
portas de acesso principais (1 e 2), e as rotas que conduzem ao balcão de 
informações (3), a rampa que conduz à área interna e elevador (4), à escada 
e rampa do saguão do auditório (5) e à rampa que conduz aos sanitários(6). 
Este projeto é anterior à nova Norma de pisos táteis. Considerando a NBR 
16537:2016 você consegue identificar aspectos positivos e alguma rota ou 
sinalização que faltou, e que deve ser alterada quanto ao tipo de piso ou seu 
formato de disposição?
https://cdn.evg.gov.br/cursos/274_EVG/videos/modulo01_video15.mp4
34Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Fig. 23: Projeto piloto de reforma do Hall da Reitoria da UFSC. a) Planta baixa; b) Perspectiva.
Fonte: Comitê de Acessibilidade Espacial da UFSC.
xInicio do Revelar Resposta.
Resposta
- Se você identificou aspectos positivos como: a simplicidade da rota, a 
sinalização das atividades principais existentes através de rotas acessíveis e 
contínuas utilizando pisos táteis direcionais, a indicação do posicionamento 
para atendimento no balcão de informações com piso alerta, e a indicação de 
desníveis de rampas e degraus com faixas de piso alerta, você está no caminho 
certo.
- Se você percebeu que: a rota acessível não leva até o elevador; e a sinalização 
de opções de percurso no cruzamento das rotas está indicada pelos pisos alerta 
em formato de cruz, e que deveria formar um quadrado, você também acertou!
35Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
7. Rotas de fuga
Outra rota importante a ser considerada é a rota de fuga, que pode coincidir com a rota acessível. 
A tragédia ocorrida na boate Kiss em Santa Maria, RS, em janeiro de 2013 acendeu o alerta para 
que os responsáveis pela segurança pública estejam atentos aos quesitos de segurança em todos 
os locais públicos ou privados de uso coletivo.
Locais reservados às pessoas com deficiência devem estar localizados próximos às rotas de fuga, 
distribuídos pelo recinto, e devem estar em locais de fácil acesso e boa visibilidade. É importante 
verificar: se existe Projeto Preventivo de Incêndio aprovado para a edificação, se as saídas de 
emergência estão corretamente sinalizadas (com informação visual, tátil e sonora), se existem 
áreas de resgate, e se existem barreiras no percurso da rota de fuga.
Nas rotas de fuga é muito importante a instalação de barras antipânico, que permitem a abertura 
de portas de saídas de emergência de forma simples, já que, em vez de giraralavancas ou 
maçanetas, basta que a pessoa jogue seu peso nesse mecanismo para abri-lo imediatamente.
Não esqueça que os alarmes de emergência, além de apresentar condições de visibilidade e 
contraste, devem ser sonoros, e com luzes intermitentes para pessoas com deficiência auditiva. 
Como requisito de segurança em muitos países, estão disponíveis em locais de fácil acesso (por 
exemplo, em frente aos elevadores, ou na área de recepção) plantas baixas da edificação, com a 
disposição dos ambientes e marcação das rotas de fuga para emergência.
Fig. 24: Totem com mapa tátil do 2º piso da “Japan House” em São Paulo, contém planta 
baixa em relevo indicando, com a disposição dos ambientes e suas funções no andar, 
a posição dos elevadores, escadas e corredores e indica a Rota de Fuga.
Fonte: Acervo pessoal de Carolina Pinto.
36Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
8. Circulações horizontais
As circulações horizontais em ambientes edificados compreendem o conjunto de corredores 
(principais e secundários) e saguões dos setores que interligam as diferentes atividades de um 
mesmo pavimento. Rotas acessíveis ao longo desses espaços possuem características particulares 
que auxiliam na autonomia de uso por pessoas com deficiência.
Para garantir boas condições de deslocamento, a sua largura deve permitir continuidade nas 
rotas, sem conter barreiras móveis, como mobiliário, painéis ou lixeiras. Elementos suspensos, 
como placas de sinalização e extintores, com projeção sobre a faixa de circulação, não devem 
obstruir a passagem. Devem, além disso, ser bem iluminadas, naturalmente ou artificialmente, e 
terem piso com superfície regular, contínua, firme, estável e antiderrapante para oferecer boas 
condições de segurança e conforto.
As dimensões da faixa livre de circulação (livre de obstáculos) em corredores e saguões deve 
possuir largura mínima de 1,50 m, mas em caso de reformas é aceitável a largura de 1,20 m. 
Toda rota deve oferecer inclinação transversal máxima de 2% para pisos internos e 3% para pisos 
externos.
Geralmente situados nas entradas dos ambientes, os capachos devem ser evitados em rotas 
acessíveis, mas quando existentes devem ser firmemente fixados ao piso, embutidos ou 
sobrepostos e nivelados de maneira que o eventual desnível não exceda 5 mm, de modo a não 
configurarem barreiras físicas.
Pequenos desníveis
Nas circulações horizontais é bastante comum encontrarmos pequenos desníveis nas entradas 
principais, finais de patamares de escadas ou rampas, ou entre ambientes com diferentes 
funções. Dependendo de sua altura, devemos utilizar chanfros para evitar tropeços e garantir 
a circulação de pessoas em cadeira de rodas. De acordo com a NBR 9050:2015, quando houver 
desnível de meio centímetro até dois centímetros, a quina deve ser chanfrada conforme a figura 
abaixo:
Fig. 25: Exemplos de desníveis.
Fonte: NBR 9050:2015.
Destaque h, h, h, h, 
Você observou que são 5 mm e não 5 cm? Sim, é muito pequeno o desnível 
permitido sem chanfro!
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Proteções laterais
Quando tratamos de rotas acessíveis em nível com o seu entorno, não é necessário prever 
proteção lateral. Por outro lado, em rotas desniveladas com seu entorno há necessidade de se 
prever proteções contra quedas acidentais, principalmente para: pessoas com baixa visão, ou 
pessoas cegas que podem não perceber os seus limites; e para pessoas em cadeiras de rodas 
quando estiverem próximas à borda.
Conforme a figura abaixo, o tipo de proteção dependerá da altura do desnível e da sua distância 
em relação à rota acessível. Esta proteção pode ser: 
a) quando houver área em nível com pelo menos 0,60 m de largura: uma diferenciação 
no piso; 
b) para desníveis de até 0,60 m próximos ou juntos à borda: proteções laterais de, no 
mínimo, 0,15 m; 
c) quando o desnível for maior que 0,60 m: proteções laterais com guarda-corpo, se o 
guarda-corpo não for de paredes contínuas.
Fig. 26: Soluções para proteção contra quedas.
Fonte: NBR 9050:2015.
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9. Vencendo desníveis
Vamos iniciar observando uma imagem de uma edificação que contém alguns elementos 
de acessibilidade necessários para que pessoas com deficiência possam se locomover sem 
impedimentos: 1) degraus sem espelho vazado; 2) rampa; 3) faixa contrastante no degrau; 4) 
piso tátil de alerta; 5 e 9) rampa com piso antiderrapante e inclinação adequada; 6) corrimão em 
duas alturas; 7) guarda-corpo; e 8) guia de balizamento.
Fig. 27: Diferentes formas de acesso a edificações.
Fonte: DISCHINGER et al., 2009.
No exemplo apresentado acima você pode identificar outras soluções de 
acessibilidade que tornam possível o acesso ao pavimento superior?
Resposta
Se você pensou em uma plataforma elevatória, você está no caminho certo e 
considere a necessidade de incluir piso tátil direcional até ela. Veja nos conteúdos 
a seguir os elementos necessários à acessibilidade de edificações para todas 
pessoas.
As rotas acessíveis em uma edificação iniciam já na calçada, mas os elementos que possibilitam a 
acessibilidade aos espaços construídos devem ser usados corretamente para não nos depararmos 
com situações como a de rampas com inclinações muito acentuadas que podem provocar quedas.
Não basta ter uma rampa para dizer que o local é acessível!
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10. Rampas
Rampas são elementos que sempre requerem atenção dos projetistas pois existem muitos 
detalhes a serem observados no projeto e fiscalização de sua execução.
As rampas, assim como as circulações e acessos, deverão garantir a largura recomendada pela 
NBR 9050:2015 de 1,50 m, ou mínima de 1,20 m (somente em caso de reformas). Patamares no 
início e no final de cada segmento de rampa também deverão ter a largura recomendada de 1,50 
m ou mínima de 1,20 m.
Para calcular a inclinação (i = %) da rampa devemos conhecer qual altura do desnível (h) e qual o 
comprimento da rampa (c) para aplicar na seguinte fórmula:
i = h x 100
 -----------
 c
A inclinação correta das rampas deve seguir a tabela abaixo, que considera que a inclinação tem 
relação com a altura do desnível.
Fig. 28: Tabela para dimensionamento de rampas.
Fonte: NBR 9050:2015.
Para casos excepcionais, como reformas, onde não seja possível atender a tabela recomendável, 
admite-se usar inclinações superiores a 8,33%, desde que estejam de acordo com a tabela abaixo:
Fig. 29: Tabela para dimensionamento de rampas em caso de reforma da edificação.
Fonte: NBR 9050:2015.
Veja um vídeo explicativo sobre inclinação de rampas acessando o link: https://
youtu.be/qY9Ii6Axp3s.
https://youtu.be/qY9Ii6Axp3s
https://youtu.be/qY9Ii6Axp3s
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Para acessar uma Biblioteca Pública devo vencer um desnível de 1,10 m com 
um único segmento de rampa. Qual a inclinação correta desta rampa? a) 8,33% 
b) 6,25% c) 5%
Resposta
Se você respondeu que a inclinação correta é a letra c) 5% está no caminho 
certo! A inclinação de 6,25% deverá ser usada apenas em desníveis máximos de 
1,00 m e a de 8,33% somente até 0,80 m. Pense que quanto maior o desnível 
maior é o comprimento da rampa!
Não esqueça que todas as rampas devem ter guias de balizamento que podem 
ser de alvenaria ou outro material, com altura mínima de 5 cm em suas 
laterais para impedir quedas! Veja o seu detalhamento no item 6.6.3 da NBR 
9050:2015.
Áreas de descanso
É recomendável que haja uma área de descanso (parada) a cada 50 m para caminhos com 
inclinações até 3%, ou 30 m para os locais com inclinação entre 3% a 5%. Para seguir esta regra 
devemos pensar na humanização do espaço, de forma que a pessoa em cadeira de rodas possa 
sentir-se confortável e segura, lembrando que a rota acessível pode coincidir com a rota de fuga.
Fig. 30: Rota acessível por rampas dispostas junto de escadas com áreas de 
descanso ao longo das 2 rampas laterais e na área centralda escada.
Fonte: Acervo pessoal Marta Dischinger.
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Observe a imagem de uma escadaria com rampa. Perceba que ao invés de 
existir uma rampa de acesso independente, esta foi inserida diagonalmente 
na própria escada, vencendo uma altura de 1,20 m com uma inclinação de 
5%. Existem alguns elementos que estão corretos e outros que devem ser 
modificados. Você consegue apontar alguns erros e acertos na imagem?
Fig. 31: Escadaria e rampa de acesso à Universidade Federal de Minas Gerais.
Fonte: Acervo pessoal de Andreia Maia.
xInicio do Revelar Resposta.
Resposta
A solução arquitetônica ficou esteticamente agradável, demonstrando ousadia 
no projeto onde foram utilizados os parâmetros corretos na largura e inclinação 
da rampa. Mas faltam elementos de proteção para usar a rampa, tais como guia 
de balizamento (borda lateral elevada na base) e corrimão com duas alturas nas 
laterais, o que pode gerar insegurança no trajeto, além de ser uma exigência da 
NBR 9050:2015. Também estão ausentes faixas de piso tátil de alerta marcando 
a presença do início e fim da rampa, assim como ao longo da borda de toda 
a escada (parte superior e inferior) para garantir a segurança de pessoas com 
deficiência visual e evitar possíveis quedas.
Para finalizar é importante considerar que rampas muito longas, ocupam um espaço considerável 
nas edificações e podem não ser acessíveis para idosos ou crianças com deficiências motoras que 
utilizam cadeiras de rodas, e que tem redução de sua força. Existem situações em que devido 
à altura do desnível a vencer, à falta de espaço para instalação de uma rampa devido a suas 
dimensões, ou a seu alto custo, a instalação de equipamentos eletromecânicos de circulação é a 
única possível (ou a mais viável e confortável para seus usuários).
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11. Elevadores verticais ou inclinados
Elevadores, plataformas de elevação, esteiras rolantes e escadas rolantes são equipamentos que 
auxiliam o deslocamento entre os diversos níveis das edificações. Para cada tipo de equipamento 
a NBR 9050:2015 possui especificações próprias, mas em todos os casos, estes equipamentos 
devem ser sinalizados, devem possuir dispositivos de comunicação, como interfones, em todos 
os pavimentos atendidos (caso haja necessidade de se solicitar auxílio) e no caso de inoperância 
temporária (como falta de luz ou problemas mecânicos) deve ser sinalizado para informar a outra 
forma de circulação. Para garantir a sua segurança é importante manter pessoal treinado para 
assistência alternativa.
Veja na Tabela 8 da NBR 9050:2015, resumo sobre itens obrigatórios de 
sinalização dos equipamentos eletromecânicos de circulação. Link: http://
www.abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx?T=9BC37A821F0D.
A imagem abaixo apresenta um elevador (vertical) com os itens necessários de acessibilidade: 
piso tátil, instrução de uso próxima à botoeira e dispositivo de chamada dentro do alcance 
manual.
Fig. 32: Elevador com sinalização dentro de um Shopping Center em Florianópolis, SC.
Fonte: Acervo pessoal de Carolina Pinto.
http://www.abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx?T=9BC37A821F0D
http://www.abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx?T=9BC37A821F0D
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Todas as botoeiras e batentes também devem possuir sinalização em Braille e em alto relevo, 
inclusive as botoeiras internas, além de dispositivo sonoro indicando a localização dos 
pavimentos. A imagem seguinte apresenta painel interno de comando com sinalização em Braille 
nas botoeiras, alto-falante para comunicação sonora e sinalização visual dos pavimentos.
Fig. 33: Painel interno de elevador.
Fonte: Acervo pessoal de Carolina Pinto.
Em caso de reforma, em que as dimensões mínimas dos poços dos elevadores sejam inferiores 
às medidas previstas na ABNT NBR NM 313, o elevador deve atender a todas as outras exigências 
da norma para ser acessível a outras pessoas com deficiência, e no edifício deve ser prevista 
outra forma de circulação vertical acessível.
Você pode conferir a ABNT NBR NM 313 nos conteúdos de consulta ou no link: 
http://www.abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx?T=9BC37A821F0D.
Elevadores inclinados devem possuir as mesmas especificações de sinalização 
que os elevadores verticais.
http://www.abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx?T=9BC37A821F0D
44Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
12. Plataforma de elevação vertical ou inclinada
Em edifícios de uso público onde não há possibilidade de incluir rampas, como no caso de 
reformas, pode-se utilizar outra forma de acesso, como as plataformas de elevação motorizadas. 
Estas podem ter percurso vertical ou inclinado, mas em ambos os casos a projeção deste 
percurso deve estar sinalizada no piso. As plataformas devem ter, no mínimo, 0,90 m x 1,40 m 
e os pavimentos atendidos devem possuir dispositivos de comunicação, como interfones, caso 
haja necessidade de se solicitar auxílio.
As plataformas elevatórias podem ser de percurso aberto, mas somente para vencer desníveis 
de até 2,00 m. No caso de desnível entre 2,00 m até 4,00 m elas devem ser de percurso fechado 
(caixa enclausurada).
As plataformas de percurso aberto devem ter fechamento contínuo e não 
podem ter vãos, em todas as laterais, até a altura de 1,10 m do piso da 
plataforma.
Veja nas imagens abaixo o uso de plataforma de elevação vertical ao lado de escadaria para 
acesso a edifício residencial no bairro Pedra Branca em Palhoça, SC. Observe que nem a escada, 
nem a plataforma estão sinalizadas com piso tátil de alerta para sua correta identificação por 
pessoas com deficiência visual.
A regulamentação para as plataformas motorizadas de elevação vertical 
encontra-se na NBR ISO 9386-1:2013. Consulte a Seção 6 da NBR 16537:2016 
para as especificações técnicas e dimensionais sobre sinalização com piso 
tátil de alerta. As normas podem ser acessadas na biblioteca do curso ou 
através do link a seguir: http://www.abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx? 
T=9BC37A821F0D .
http://www.abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx? T=9BC37A821F0D
http://www.abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx? T=9BC37A821F0D
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Fig. 34: a) Plataforma posicionada no nível superior; b) Plataforma posicionada no nível inferior.
Fonte: Acervo pessoal de Rafael Campos.
Plataformas de elevação inclinadas são muito utilizadas no caso de reformas em edificações 
de uso público. Mas devem ocorrer somente em casos onde não seja possível a instalação de 
outra forma de acesso e o seu uso deve ser comprovado através de laudo técnico elaborado por 
profissional habilitado. Elas devem possuir parada programada nos patamares ou pelo menos a 
cada 3,20 m de desnível. É importante a previsão de assento escamoteável ou rebatível para uso 
de pessoas com mobilidade reduzida.
46Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Na imagem abaixo foi realizada uma adaptação em uma escada existente para 
que uma pessoa com mobilidade reduzida possa ter acesso ao pavimento 
superior. Você acha que esta solução está adequada? Tem alguma sugestão?
Fig. 35: Plataforma de elevação inclinada retrátil.
Fonte: Desenho de Marta Dischinger.
Resposta
Se você pensar somente na pessoa que necessita da plataforma de elevação 
para alcançar o pavimento superior, pode achar que a solução está adequada, 
mas perceba que a plataforma em movimento impede a passagem de pessoas 
na escada, e caso o usuário necessite cuidador, ou ajudante, eles não terão 
como subir juntos. A NBR 9050:2015 determina que a instalação da plataforma 
47Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
não deve obstruir totalmente a área da escada, sendo que esta que não 
possui corrimão conforme exige a norma. O exemplo ilustra a dificuldade de 
desenvolver soluções de acessibilidade em ambientes já construídos, onde a 
disposição espacial e as dimensões existentes não permitem a aplicaçãodos 
requisitos da norma em sua totalidade.
Lembre-se que a plataforma não pode obstruir a escada, nem diminuir as suas 
medidas mínimas necessárias.
É importante destacar a obrigatoriedade de acompanhamento por pessoal habilitado durante a 
utilização da plataforma elevatória inclinada, além de dispositivo de solicitação para tal auxílio. 
Na imagem abaixo estão indicadas as sinalizações necessárias na instalação deste tipo de 
plataforma:
Fig. 36 Sinalização de piso junto à plataforma de elevação inclinada – Vista superior.
Fonte: NBR 9050:2015.
Dica 
Veja agora no vídeo “Acesso a edificações” pessoa com deficiência motora 
utilizando rampas, plataformas elevatórias e elevador para acessar diferentes 
prédios de uso público. Observe as boas soluções encontradas, e tente listar 
ao menos 4 aspectos negativos que podem afetar a autonomia e segurança no 
deslocamento de pessoa em cadeira de rodas.
 https://cdn.evg.gov.br/cursos/274_EVG/videos/modulo01_video11.mp4
https://cdn.evg.gov.br/cursos/274_EVG/videos/modulo01_video11.mp4
48Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Resposta
Se você identificou ao menos 4 dos aspectos negativos listados a seguir, você 
está no caminho certo:
1) a rampa de acesso ao centro de eventos é muito longa e sem o patamar para 
descanso;
2) a mesma rampa possui declividade acentuada fora da norma;
3) a plataforma elevatória de acesso à catedral está fechada para o uso 
(inoperante);
4) o acesso por rampa móvel na catedral por porta lateral necessitou ser 
solicitado (não existe a equidade de acesso);
5) a rampa metálica móvel tinha inclinação acentuada fora da norma;
6) a rampa metálica estava desnivelada com com o piso de acesso da catedral;
7) a plataforma elevatória para o edifício residencial está adequada à norma, 
mas não possui indicação de sua localização com piso tátil.
49Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
13. Esteira rolante vertical ou inclinada
Esteiras rolantes também devem possuir sinalização visual, tátil e/ou sonora de acordo com a 
Tabela 8 da NBR 9050:2015. No caso de esteiras rolantes com inclinação acima de 5%, deve 
haver sinalização tátil e visual que informe a obrigatoriedade de acompanhamento por pessoal 
habilitado durante sua utilização por pessoas em cadeira de rodas, e deve haver dispositivo de 
comunicação para solicitação de auxílio nos pavimentos.
Esteiras rolantes com inclinações superiores a 8,33% não podem compor rotas 
acessíveis.
Fig. 37: Esteira rolante horizontal sinalizada no aeroporto do Galeão, Rio de Janeiro, RJ.
Fonte: Acervo pessoal de Rafaele Dib.
50Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
14. Escadas / degraus
Segundo a NBR 9050:2015, escadas e degraus devem ter pisos e espelhos com dimensões 
constantes sendo:
• Altura do degrau ou espelho (e): de 16 a 18 cm; 
• Piso do degrau (p): de 28 a 32 cm; 
• Fórmula de Blondel para cálculo dos degraus de uma escada: 0,63m ≤ p + 2e ≤ 0,65 
m Também devem ser observadas as regulamentações do Código de Obras e do 
Corpo de Bombeiros, conforme Planos Diretores dos Municípios.
Alguns detalhes nas escadas são importantes, como sua largura mínima que deve ser calculada 
de acordo com o fluxo de pessoas, sendo no mínimo 1,20 m. É preciso prever áreas de descanso 
(patamares). Estes devem ocorrer toda vez que há mudança de sentido da escada e, quando o 
sentido for único, deve-se prever um patamar pelo menos a cada 3,20 m de altura.
Alguns detalhes nas escadas são importantes, como sua largura mínima que deve ser calculada 
de acordo com o fluxo de pessoas, sendo no mínimo 1,20 m. É preciso prever áreas de descanso 
(patamares). Estes devem ocorrer toda vez que há mudança de sentido da escada e, quando o 
sentido for único, deve-se prever um patamar pelo menos a cada 3,20 m de altura.
Escadas devem conter o piso tátil de alerta e ter seus degraus sinalizados com faixas contrastantes 
para servir de orientação para as pessoas com deficiência visual.
Não utilizar degraus com espelhos vazados nas rotas acessíveis, pois há o risco 
de se prender o pé entre os degraus.
Veja no exemplo abaixo uma escada com degraus vazados, que apesar de suas qualidades 
estéticas, não deve ser aplicada em edificações de uso público para evitar acidentes.
51Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Fig. 38: Escada com degraus vazados em São Paulo, SP.
Fonte: Acervo pessoal de Carolina Pinto.
52Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
15. Corrimãos
Os corrimãos devem ser instalados em rampas e escadas, em ambos os lados, com duas alturas 
de 0,92 m e 0,70 m medidos de sua face superior até o ponto central do piso do degrau (no caso 
de escadas) ou do patamar (no caso de rampas). Devem estar afastados no mínimo 4,0 cm da 
parede ou de outro obstáculo, e possuir dimensões adequadas à sua empunhadura, conforme 
as imagens abaixo.
Fig. 39: Empunhaduras e seções de corrimãos.
Fonte: PMSP, SEPED, 2005, p.24.
Os corrimãos laterais devem ser contínuos, sem interrupção nos patamares das escadas e 
rampas. As extremidades devem ter acabamento recurvado e se prolongar por pelo menos 30 
cm sem interferir com áreas de circulação.
Quando a escada tiver largura superior a 2,40 m é necessária a instalação de um corrimão 
intermediário.
53Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Veja o exemplo abaixo e tente identificar os elementos presentes e faltantes 
em uma escada de acesso a um local público:
Fig. 40: Escada e rampa para acesso a uma agência bancária em São Paulo.
Fonte: Acervo pessoal de Carolina Pinto. 
Resposta
Você acertou se identificou o piso tátil de alerta no início e fim da escada e o 
corrimão em duas alturas com acabamento recurvado. Faltam elementos como 
sinalização em Braille no corrimão e faixas contrastantes nos degraus.
Dica 
Para mais informações sobre corrimãos consulte a seção 6.9 (Corrimãos e 
guarda-corpos) da NBR 9050:2015, que se encontra disponível no link: http://
www.abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx?T=9BC37A821F0D.
http://www.abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx?T=9BC37A821F0D
http://www.abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx?T=9BC37A821F0D
54Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
16. Portas e Janelas
Comuns a diferentes tipologias de arquiteturas, elementos como portas, janelas e controladores 
de acesso como catracas e portas giratórias, quando erroneamente projetados e executados, 
podem se tornar uma barreira de acesso e uso das edificações. De nada adianta ter um ambiente 
acessível se a porta que conduz ao mesmo não permite: a passagem de uma cadeira de rodas, 
por ter menos do que 0,80 m de vão livre; ou se seus dispositivos de acionamento, tais como 
maçanetas ou molas (para portas com fechamento automático) exigem esforço demasiado para 
pessoas idosas, crianças ou pessoas com deficiências motoras nos braços ou nas mãos.
Todas as portas devem garantir o direito de ir e vir às pessoas com deficiência ou mobilidade 
reduzida, e para isso precisam atender a alguns requisitos.
Fig. 41: Vão livre de portas acessíveis: a) porta de abrir; b) porta de correr; c) porta sanfonada.
Fonte: Desenhos de Paty de Avila Baccin.
De acordo com a imagem acima, as aberturas devem apresentar vão livre para 
passagem de no mínimo 0,80 m. Além disso as portas devem possuir maçanetas 
do tipo alavanca para abertura com apenas um movimento (instaladas entre 
0,80 m a 1,10 m de altura em relação ao piso) e é recomendado revestimento 
resistente a impactos na parte inferior das portas.
55Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Locais de práticas esportivas devem apresentar portas com largura mínima de 1,00 m para 
oferecer passagem a diversos tipos de cadeiras de rodas, como as cadeiras cambadas.
Já quando a porta for do tipo vai e vem, é preciso que seja feita a instalação de um visor para 
que uma pessoa em cadeira de rodas possa ver se tem alguém do outro lado, conforme imagem 
abaixo.
Fig. 42: Porta vai e vem com visor além de puxador vertical