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Deus Entre os Zulus - Dr Kurt Koch

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Prévia do material em texto

DEUS ENTRE OS ZULUS
 
“NÓS VIMOS A SUA GLÓRIA”
1966-1976
 
���
K��� E. K��� T�.D. (1913 – 1987)
 
 
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D�. K��� E. K���  �.V.
D-73527 S�����. G����-L������
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S��������������� D�. K��� K��� �.V.
D-73527 S�����. G����-L������ / G������
www.schriftenmission.de
 
TRADUÇÃO PORTUGUESA A PARTIR DO LIVRO INGLÊS, REVISTO E CORRIGIDO EM
2010-2011
ISBN 3-924 293-62-7
 
T���� �� D������� R���������
 
C��������  E��� S�����
2011
 
 
Conteúdo
A.   PREFÁCIO
B.    COMO DEUS ORGANIZA
http://www.schriftenmission.de/
C.    MEU CAMINHO ATÉ AOS ZULUS
D.   UM POUCO DA HISTÓRIA DOS ZULUS
E.    O SENHOR GLORIFICADO
F.    O DEUS DO JUÍZO
1. UM PRÍNCIPE ASSASSINADO
2. OS 24 ANOS DE GUERRILHAS TRIBAIS
3. A GUERRA DOS 100 ANOS
4. A CONVERSÃO DE GABAJANA MABASO
G.   O DEUS QUE PLANIFICA
1. CONVERSÃO DO JOVEM ERLO STEGEN
2. DESAPONTAMENTOS NO MINISTÉRIO
H.   O DEUS QUE ABENÇOA
1. A LUTA PARA ALCANÇAR A BÊNÇÃO DE DEUS
2. OS CÉUS ABREM-SE
3. CONSEQUÊNCIAS DO DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO SANTO
A) PREGAÇÃO
B) CURA
C) LIBERTAÇÃO
D) A EXTENSIVA BÊNÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO
I.     O SENHOR SALVADOR
1. DUBULILE ZUMA
2. BARNEY CASUYISE
3. THEMBANI
4. O TESTEMUNHO DE UM ANALFABETO
5. A CONVERSÃO DE UM MINISTRO
6. AS ESCOLAS EXPERIMENTAM O EVANGELHO
J.     O SENHOR QUE CURA
1. CURA DA LEPRA
2. CURA DE DOENÇA DE RINS
3. CURA DE HIDROPISIA E DE PARALISIA
4. CURA DE DOENÇA CARDÍACA
5. CURA DE SURDOS-MUDOS
6. CURA DE ESTERILIDADE
7. CURA DE PARALÍTICOS
8. CURA DE CEGOS
A) A CURA DE 11 CEGOS
B) AVOZINHA NJALI
C) CURA DE CEGO DURANTE ACONSELHAMENTO
9. CURA DE TUMOR
10. CURA DE DOR DE DENTES
11. CURA DOS INTESTINOS
12. CURA DE HEMORRAGIA INTERNA
13. ESPASMOS
14. A SANDÁLIA
Ê É
15. APÊNDICE: CURAS NA INDONÉSIA
K.    O SENHOR QUE AJUDA
1. AJUDA DE DEUS NO HOSPITAL
2. UM MANTO NOVO
3. PROBLEMAS NUM CARRO
4. PROBLEMAS MARITAIS
5. AJUDA PARA MORDIDA DE COBRA
6. AJUDA CONTRA ROUBO
7. AJUDA NA TEMPESTADE
L.    O SENHOR QUE LIBERTA
1. LIBERTAÇÃO DE ALCOÓLATRAS
2. LIBERTAÇÃO DE ENDEMONINHADOS
3. LIBERTAÇÃO DE BRUXAS E DE FEITICEIROS
4. A EX-FEITICEIRA MAGAKANYE
5. O SACERDOTE ANGLICANO
6. O FEITICEIRO NA CASA MORTUÁRIA
7. O SANGUE DE JESUS CRISTO
8. PASTOR E FEITICEIRO AO MESMO TEMPO
9. BAILARINA DE BOATE E FEITICEIRA
10. O SÍMBOLO DA COBRA
11. EXEMPLOS VINDOS DO “LABORATÓRIO” DE UM FEITICEIRO
12. ATAQUES DEMONÍACOS
13. ROGAR A PRAGA DE MORTE
14. LIBERTAÇÃO DE FANTASMA
15. A LIMPEZA DE UMA CASA ENFEITIÇADA
16. A LIBERTAÇÃO DA FILHA DE UM MINISTRO
M.  O DEUS QUE RESSUSCITA DA MORTE
N.   O DEUS QUE CHAMA
O.   O DEUS QUE PURIFICA
1. LIMPEZA QUE LEVA À CURA DE ENTERITE
2. LIMPEZA QUE LEVA À CURA DE NEFRITE (INFLAMAÇÃO RENAL)
3. PERDÃO TRAZ MUDANÇA NO RELACIONAMENTO
4. COMPLICAÇÕES PÓS-CIRÚRGICAS
5. DESCARTADO
6. RALPH WITTHÖFT
P.    O DEUS QUE OPERA
1. OS DONS DO ESPÍRITO
2. FALAR EM LÍNGUAS E INTERPRETAÇÃO
3. O DOM DA PROFECIA
4. O DOM DE CURA
5. DOM DA OPERAÇÃO DE MILAGRES
6. OS MILAGRES DA LUZ
Q.   O SENHOR QUE SE REVELA
1. O MENINO DE 4 ANOS DE IDADE, KWASI
2. A MENINA DE 11 ANOS DE IDADE, LINDIWE
A) VISÃO DE UMA MENINA NA ESCOLA
B) VISÃO DE UM CRIMINOSO
C) VISÃO DE UM FUNCIONÁRIO DO HOSPITAL
3. NOKUTULA DE 15 ANOS DE IDADE
4. PENSAMENTOS REVELADOS
5. VISÃO DE EMANUEL
6. UMA VISÃO CONFIRMADA POR UM SONHO
7. VISÃO DE UM PASTOR ZIONISTA
8. VISÃO DE UM CATÓLICO
9. VISÃO EM PELOTAS
10. ACONSELHAMENTO ESPIRITUAL ATRAVÉS DE UM SONHO
11. SONHOS DE AVISO
12. A VISÃO DE JOE NEWLAND
R.    O DEUS QUE FALA
1. INSPIRADO PELO ESPÍRITO SANTO
2. UMA MISSÃO NA NOITE
3. ACONSELHAMENTO ESPIRITUAL ATRAVÉS DAS INFORMAÇÕES FORNECIDAS PELO
ESPÍRITO SANTO
4. DEUS PREVINE UM CASAMENTO
S.    O SENHOR QUE GUIA E LIDERA O CAMINHO
1. UMA HISTÓRIA DE TABACO
2. MEIA-COROA
3. CASAMENTO CONTRA A VONTADE DELA
4. NÃO QUERIA CASAR
5. DIFICULDADES COM A POLIGAMIA
6. ZELO DE BOAS INTENÇÕES – MAS, AINDA ASSIM ERRADO
7. GUIANDO NA VIDA DE ORAÇÃO
T.    O SENHOR QUE PROTEGE
1. PROTEGIDOS DAS AUTORIDADES DA IGREJA
2. PROTEGIDO DAS AUTORIDADES SECULARES
3. PROTEGIDO DE FAMILIARES DESCRENTES
4. PROTEGIDAS DE SEUS ESPOSOS
5. PROTEGIDOS DE GANGSTERS
6. PROTEGIDOS DA MAGIA
7. AS NORAS
8. OS ANJOS OLHAM E VIGIAM
U.   O SENHOR SANTO
1. KISTA PILLAY
2. OS DESVIADOS
3. CORAÇÃO DIVIDIDO
4. PERDA DE PODER
5. OPORTUNIDADE PERDIDA
6. MANDLENKOSI
V.   O SENHOR QUE CASTIGA E REPREENDE
Ã
1. JULGAMENTO DE CRISTÃOS NOMINAIS
2. JULGAMENTO DE UMA PROSTITUTA
3. JULGAMENTO DE UM FEITICEIRO
4. JULGAMENTO DE UM PREGADOR
W.  O SENHOR QUE PROVIDENCIA
1. CAMAS PARA O HOSPITALZINHO DO ERLO
2. QUESTÕES DE TRANSPORTE
3. AUTO-AJUDA
4. AJUDA DIRETA
X.    GLORIA AO SENHOR
Y.    O DESEJO ARDENTE POR AVIVAMENTO
1. ORAÇÃO PERSISTENTE
2. CONVICÇÃO DE PECADO ATERRADORA
3. PRONTIDÃO PARA CONFESSAR
4. NADA DE CEDÊNCIAS
5. DEVOÇÃO TOTAL
6. PEGOS PELO FOGO
 
 
 
 
PREFÁCIO
 
Esta é uma história muito importante porque conserva um significado para o futuro. A Igreja de
Jesus Cristo mantém-se viva através de avivamentos.
A China é um bom exemplo para os nossos tempos. Mesmo tendo passado por perseguições que
não conseguimos imaginar, nunca conseguiram apagar a memória da Igreja e não conseguiram
extinguir o fogo de avivamento. Uma das razões foi a experiência de avivamento nos tempos de
Jonathan Goforth, tal como escreveu em seu livro “Pelo Meu Espírito”.
Todos os avivamentos têm semelhanças marcantes: convicção profunda de pecado e sua
consequente confissão detalhada; libertação de todo pecado; pregação do Evangelho em sua
pureza; os cânticos de vitória através do sangue do Cordeiro e a confirmação dos céus através de
sinais e maravilhas. A oração precede todos estes acontecimentos.
Publicamos este livro sobre avivamento para que todos possam saber que a África do Sul necessita
das nossas orações. Não são somente os europeus da África que necessitam de avivamento. Se
olharmos ao nosso redor, apercebemo-nos que toda Igreja necessita de avivamento. Na verdade, a
solução de Deus para a África é a mesma solução para toda a Igreja. O Apartheid não é (era) pior
que a homossexualidade, adultério, assassínio de crianças inocentes que ainda não nasceram,
hipocrisia e outras coisas mais.
 
COMO DEUS ORGANIZA
 
No dia 9 de Abril de 1976, eu estava sentado, em Pretoria, com o organizador das minhas palestras
na África do Sul. Ele dizia: “Precisamos entrar nas universidades para que os estudantes possam
ouvir esta mensagem importantíssima”.
Na mesma noite, eu estaria dentro dum avião da Lufthansa de volta para a Alemanha. Seriam 13
horas fatigantes de viagem. Os nossos pés incham e é incômodo. Depois de levantarmos vôo de
Nairóbi, os 365 assentos foram ocupados por estudantes, filhos de oficiais alemães, homens de
negócios e algumas pessoas indo para casa passar as férias de páscoa.
Mas, uma coisa fez com que me esquecesse de todos os incômodos. Quando tomava o meu lugar a
bordo do avião, orei e disse: “Senhor, permite que venha alguém para o meu lado com quem possa
partilhar o evangelho e falar sobre Ti. Dá-me essa oportunidade”.
Haviam passado apenas dez minutos depois do avião ter levantado vôo e o meu vizinho tirou a sua
Bíblia e começou a ler no livro de Ester. Não conseguia acreditar nos meus olhos! A minha oração
havia sido ouvida tão rapidamente!
Expressei a minha alegria ao homem do meu lado e disse-lhe: “Sabe, eu pedi a Deus para colocar
alguém do meu lado com quem pudesse falar de Deus e do Evangelho - e eis aqui a resposta!”
A minha alegria foi ainda maior quando me respondeu que havia feito a mesma oração. Esta
experiência maravilhosa foi apenas o começo. Ao trocarmos os nossos endereços um com o outro,
o meu vizinho exclamou muito surpreendido: “O senhor é o Dr. Kurt Koch?” Confirmei que era eu
mesmo.
“Eu li os seus livros ‘AVIVAMENTO NA INDONÉSIA’ e ‘ENTRE CRISTO E SATANÁS’. O senhor voltaráà
África do Sul brevemente? Eu sou docente na Universidade de Pretória. Gostaria que o senhor desse
umas palestras entre os estudantes”.
Foi mais um milagre. Apenas umas horas antes, o meu colaborador havia-me falado de sua
intenção de falarmos para os estudantes universitários. E eis ali a primeira porta abrindo-se. Dei o
endereço do meu colaborador e organizador. Pouco depois, o professor universitário continuou com
o livro de Ester e eu lia o de Crónicas.
O vôo cansativo tornou-se mais agradável para ambos ao compartilharmos a alegria mútua sobre a
forma maravilhosa como Jesus guia. Entre os restantes 365 passageiros naquele avião, dois
discípulos de Cristo, um alemão e outro sul-africano, foram colocados lado a lado. Era, realmente, a
providência de Deus. E tudo tornou-se mais claro quando conversávamos. Os antepassados do meu
acompanhante eram de origem alemã. Eram de nome Röttchers. Duas das três gerações viveram
em Muden, Kwa-Zulu, Natal. Eu havia estado nesse local uns dias antes. Acabamos por descobrir
que era um parente muito distante de Erlo Stegen, o homem que se tornou um instrumento
poderoso nas mãos de Deus.
Quando Deus faz uma coisa, Ele a faz de maneira completa e perfeita. Só nos podemos maravilhar.
 
MEU CAMINHO ATÉ AOS ZULUS
 
Em 1963, o Pastor Albert Brandt de Pretoria organizou uma série de palestras para mim por toda a
África do Sul. Durante essa ocasião, recebi um convite do Dr. Peter Beyerhaus, agora professor na
Universidade de Tübingen, na Alemanha, para falar no Seminário Teológico de Mapumulo.  Lembro-
me perfeitamente que o último discurso que fiz foi sobre o tema “A REALIDADE DO ESPÍRITO
SANTO EM NOSSAS VIDAS”. Fui pessoalmente muito tocado nesse dia. Ao orar para finalizar a
palestra, orei para que houvesse um avivamento entre os Zulus. De seguida, alguns Zulus vieram
para aconselhamento afirmando que aquela mensagem havia tocado em seus corações e em suas
consciências.
No meio da audiência estava um jovem branco, o qual eu não conhecia na altura. Ele também se
lembra daquela última mensagem sobre a realidade do Espírito Santo em nossas vidas. Doze anos
mais tarde, ele escreveu-me dizendo o seguinte: “Deus ouviu a sua oração com a qual encerrou a
sua palestra. Estamos experimentando avivamento entre os Zulus”.
Em uma das suas viagens à Alemanha em 1975, este irmão (Erlo Stegen) convidou-me para visitar a
zona de avivamento na África do Sul. Eu também já ouvira falar de algumas coisas entre os Zulus. O
nosso amigo em comum, Karl Stöckmann, disse-me: “Estão a acontecer coisas aqui muito
parecidas com as da Indonésia”.
Sempre foi meu hábito visitar avivamentos diferentes concedidos pelo Senhor em várias partes do
mundo. Assim, viajei em Março de 1976 para visitar o avivamento entre os Zulus. Não havia
nenhum exagero nas coisas que ouvira contar. Após algumas semanas com os Zulus, eu dizia como
a Rainha de Sabá: “Não me contaram a metade do que se está passando aqui”. Depois dos meus
relatos sobre o avivamento na Indonésia, fui duramente atacado e crucificado pelos racionalistas,
pelos ortodoxos e por outros viciados em inveja. Por essa razão, certifiquei-me que teria
testemunhas íntegras e fotografias boas e bem documentadas.
Mais ainda, quero afirmar aqui, categoricamente, que as histórias ou os relatos aqui documentados
não foram inventados e nem exagerados. Foi tudo bem investigado por mim pessoalmente, tal
como as coisas que aconteceram na Indonésia. É algo trágico que, servindo ao Senhor de todo o
coração e de forma sincera e honesta, eu ainda seja duramente atacado por Cristãos. O Erlo
confirmou-me essa mesma tendência quando conversávamos sozinhos em ocasiões mais
sossegadas.
Nos últimos dez anos, os mesmos milagres e acontecimentos que ocorreram na Indonésia, estão
acontecendo entre os Zulus.
 
UM POUCO DA HISTÓRIA DOS ZULUS
Eis aqui uns pequenos excertos sobre a história dos Zulus para aqueles a quem possa interessar.
Os seguintes livros (em Inglês) podem ser consultados:
·      The Washing of the Spears por Donald R. Morris
·      Shaka Zulu por R. Ritter
·      40 Years among the Zulus pelo missionário Tyler
·      500 Jahre Geschichte Südafrikas por Dr. Müller (Alemão)
 
A zona tribal dos Zulus vem desde o Rio Pongola, no norte, até Pondoland no sul; e do Blood River
(Rio de Sangue) até à costa, no Índico. Para aqueles que não estão familiarizados com estes
detalhes geográficos, digamos que vai desde Durban até às fronteiras da Suazilândia. Esse é o
domínio dos Zulus.
Precisamos olhar um pouco para a origem dos Zulus. Por volta do ano 1680, um subchefe dos
Nguni seguiu até à costa do Oceano Índico. Seguiram com ele somente cerca de cem pessoas.
Quando esse subchefe, Mandalela, faleceu, o seu filho com o nome Zulu tornou-se
automaticamente o chefe do clã. O povo começou a intitular-se orgulhosamente de “Ama Zulu”, o
que significa “O povo do Céu”. Na verdade, é um nome com muito significado se levarmos em conta
a grandiosa obra espiritual que está decorrendo atualmente no meio desta tribo.
Cem anos depois, esta tribo havia crescido até uma população de cerca de 15.000. Em 1780,
Senzangakona era o chefe da tribo. Quando recebeu a notícia de que lhe havia nascido um filho
com o nome de Shaka, de Nandi, a sua terceira esposa, trouxe-os para o seu Kraal real.
Seis anos depois, a tribo passou por momentos de grande tribulação. Havia muita fome.
Senzangakona expulsou Nandi e seu filho para reduzir o numero de pessoas no seu Kraal. Foi o
início dum tempo terrível para os dois. Contudo, conseguiram proteção dentro da sua própria tribo,
os Enlangeni, mesmo sendo desprezados por eles. Shaka cresceu sem a proteção de um pai e sem
conforto. Era ridicularizado por todos os jovens da sua idade. Um ódio contra o clã de seu pai e de
sua mãe começou a consumi-lo. Jurou vingar-se assim que a oportunidade surgisse.
As coisas tornaram-se intoleráveis para o filho e a mãe. Ela fez uma segunda tentativa para ser
aceite no clã do seu tio, Dingiswayo, de Mthethwa. Foram bem recebidos dessa vez. Shaka tornara-
se um pastor de gado diligente. Os moços da idade dele tomavam conta dos rebanhos. Mas, Shaka
destacava-se acima de todos os outros pela sua bravura e habilidades. Dingiswayo, o chefe do clã,
também se apercebeu dessas características. Não havia ninguém como Shaka. Era muito hábil com
uma lança. Em certa ocasião, matou um leopardo em cima duma árvore com ela. Em outra ocasião,
matou uma Mamba Negra (serpente muito perigosa, agressiva e rápida desta zona da África, a qual
ataca em segundos e alcança grandes velocidades). Nunca antes se ouvira que alguém, alguma
vez, tenha matado uma Mamba Negra com uma lança.
Shaka não era um guerreiro. Ele isolava-se com frequência para meditar e para se ocupar com os
seus sonhos. Esses sonhos não foram infrutíferos. Aos 23 anos de idade, foi recrutado para as
tropas de Dingiswayo. Nos seis anos seguintes de treino intenso, Shaka não apenas se revelou ser
um guerreiro invencível, mas, mudou muitas táticas e estratégias que usavam e, também, as armas
que usavam. Uma das coisas que mudou foi: os guerreiros levavam com eles umas quatro lanças
para serem lançadas. Mas, Shaka introduziu uma lança curtinha com a qual deveriam matar o
inimigo sem ser lançada. Shaka explicava: “Não se pode lançar para longe a nossa arma. Não
podemos lançar a nossa arma”. Também foram modificados os escudos, fazendo uma curva para
diante na parte de cima. Serviriam para empurrar os escudos de proteção dos inimigos para um
lado para ficarem desprotegidos e para que a mão direita pudesse espetar o coração deles. Era um
novo método de combate corpo-a-corpo. Shaka também recusou o uso de sandálias e proibiu isso
mesmo aos seus guerreiros, dando ele o exemplo. Era mais uma forma de melhorar a agilidade dos
guerreiros. Com isso, a sola dos pés dos guerreiros tornava-se mais dura que couro e não se feriam
nem com espinhos e nem com pedras.
Dingiswayo reconheceu o talento de liderar de Shaka e enviou-o de volta para a tribo Zulu quando
ele tinhaa idade de 29 anos. Não havia visto a sua tribo durante 23 anos e, entretanto, seu pai havia
falecido. Mas, esta mudança não era altruísta. Dingiswayo desejava que Shaka pudesse liderar a
tribo para torná-la uma força militar que pudesse travar os ataques do norte de outras forças
tribais.
Shaka não foi bem recebido no seu clã porque era desconhecido. Entretanto, o seu meio-irmão
havia tomado o trono de seu pai. Quando Shaka chegou com a sua escolta, o seu irmão estava
tomando banho no rio. Shaka entrou na tribo e sentou-se no trono de seu pai sem levar em conta a
frieza dos líderes ali presentes em relação ao seu ato. Toda a oposição era severamente castigada
com a pena de morte. Ninguém manifestou vontade de opor-se a Shaka. Começara a era dos Zulus.
Nos 12 anos que se seguiram, do ano 1816 até 1828, Shaka construiu um reino grandioso e temido.
Ele começou a ser visto como o Napoleão dos Zulus e os seus soldados como os Spartans Negros.
No início do seu reinado, a tribo Zulu tinha apenas 350 soldados mal treinados. Um ano depois, já
era composta por 2.000 soldados bem disciplinados e temíveis, os quais amedrontavam as tribos
vizinhas. Quando ele proibiu o uso das sandálias, houve quem murmurasse contra a decisão. Ele
castigava os queixumes dos relutantes colocando-os a dançar sob o ritmo de certas musicas nos
terrenos onde havia muitos espinhos. Aqueles homens que não conseguissem manter o ritmo da
musica sobre os espinhos eram imediatamente mortos. Todos os subchefes estavam autorizados a
fazer isso, mas, Shaka usava este privilégio muito livremente. A menor falha ou ofensa terminava
com pena de morte. O escritor Morris relata em seu livro que aqueles que cortavam o cabelo de
Shaka eram mortos se puxassem um único cabelo da sua cabeça. Qualquer um que espirrasse
durante uma refeição era morto.
Nos três anos que se seguiram, o seu exército já era constituído por 20.000 excelentes guerreiros.
Este número de soldados tornou-se possível porque os clãs vizinhos integraram-se voluntariamente
na tribo Zulu. Os treinos eram tão duros e tão exigentes que os guerreiros poderiam caminhar cerca
de 80 km sobre solos difíceis em apenas um dia. As tropas inglesas e os colonos conseguiam fazer
um máximo de 24 km num dia. Mas, Shaka não exigia nada de seus soldados que ele próprio não
fizesse. Quando sua mãe, Nandi, adoeceu, ele encontrava-se a 128 km do seu Kraal. Quando lhe
deram a notícia, ele caminhou essa distância em 20 horas sem descansar.
Shaka teve muitas oportunidades para demonstrar a superioridade das suas táticas e capacidades.
A tribo Ndandwe atacou-o com 18.000 homens. Foi o maior exército que o enfrentara até aquele
dia. Haviam invadido o seu território. Como é que ele fez a sua defesa? No primeiro dia, ele não
atacou. Durante a noite, enviou vários homens para perturbarem o sono dos seus inimigos e para
não os deixarem dormir. Também removeu todo o gado e comida de toda aquela área. No dia
seguinte, enfrentou um exército cansado e esfomeado. Os Ndandwe foram derrotados sem
piedade. Com a sua perícia, ele até conseguiu apoderar-se do Kraal do rei dos atacantes. A
estratégia foi a seguinte: enviou seus próprios soldados ao Kraal de Zwide, o rei dos Ndandwe. Eles
seguiam cantando os hinos de vitória dos seus inimigos e Zwide pensava que eram os seus
soldados voltando vitoriosos. Quando se apercebeu do engano, já era tarde demais.
O objetivo deste livro não é contar as historias destas grandes guerras tribais e as grandes
conquistas dos Zulus. Com a idade de 29 anos, Shaka controlava 16 km2 de território. No fim do
seu reinado, ele reinava sobre um território do tamanho da Suíça. Muitos clãs e tribos uniram-se a
ele voluntariamente, chamando-se a eles mesmos de Zulus e gozando da fama do seu rei
invencível. Mas, as vitórias de Shaka subiram-lhe à cabeça. As experiências da sua infância haviam
colocado muito ódio em seu coração e, por essa razão, havia-se tornado um tirano e um déspota.
Após a morte de Nandi, a sua mãe, parecia que havia perdido todo o bom senso. Durante o funeral,
mandou quebrar as pernas e os braços de dez dos seus servos leais e enterrou-os vivos juntamente
com sua mãe falecida. No ano que se seguiu, toda a mulher que engravidasse, era morta
juntamente com o marido. Ordenou que cem corpos de mulheres grávidas fossem abertos para que
pudesse ver os filhos dentro delas. Essas coisas horríveis vêm relatadas nas páginas 98-107 do
livro de Morris.
O fim de Shaka foi igual ao de muitos outros tiranos. Morreu numa emboscada. Seu próprio irmão
matou-o com a ajuda de dois cúmplices. Isso aconteceu por volta do ano 1828, quando Shaka tinha
41 anos de idade. Reinara durante 12 anos. Durante esse tempo, o seu povo havia-se tornado uma
poderosa nação. Mas, sabemos que as nações fundadas por tiranos nunca duram muito tempo.
Cinquenta anos depois da morte de Shaka, os Ingleses e outros colonos Europeus bateram os
Zulus.
Não temos muito a dizer sobre a condição espiritual desta tribo. Desde a infância que os Zulus são
tradicionalmente envolvidos na feitiçaria e na adoração ancestral. Shaka e seus seguidores
ofereciam sacrifícios aos antepassados. Depois que Nandi faleceu, Shaka ofereceu 40 bois aos
espíritos de seus antepassados para apaziguá-los e para que recebessem sua mãe de maneira
digna.
Será bom, agora, dar um pouco de conhecimento sobre as atividades missionárias na área. Muitos
livros foram escritos a esse respeito. Cerca de 50 grupos de missionários (uns maiores e outros
menores) trabalharam na África do Sul durante 150 anos. Mas, também não é o propósito deste
livro publicar essas atividades.
Existiram muitos pioneiros em Zululand, tais como o missionário Europeu Merensky da Missão
Berliner em 1858. No mesmo ano, havia missionários ativos no Traansval e em Kwazulu, Natal
vindos da Missão Hermannsburg. Num lugar perto de Pietermaritzburg, fundaram uma escola
missionária, a qual tem ainda hoje cerca de 300 alunos. São, maioritariamente, filhos de colonos
alemães.
Muitas cidades em KwaZulu-Natal têm nomes alemães. Como Hermaansburg, New Hanover,
Harburg, Lüneburg, Uelzen, Wittenberg, Wartburg entre outras. Podemos ver por que razão não foi
difícil os missionários luteranos obterem grande apreço e sucesso entre os seus conterrâneos que
necessitavam de cuidados e ajuda espiritual. Erlo Stegen e seus irmãos também frequentaram a
escola de Hermaansburg. A família Stegen, a qual está muito ativa na obra missionária da região,
têm as suas raízes na Igreja Luterana de Lilienthal.
 
O SENHOR GLORIFICADO
 
Este livro é um relato de acontecimentos espirituais entre os Zulus na presente época. Os nossos
olhos precisam estar afixados no Senhor exaltado e não nos homens.
Ao mencionar os nomes das pessoas usadas pelo Senhor neste avivamento, que fique claro que a
finalidade é tornar os relatos simples. Por vezes, pode parecer que estamos exaltando o homem,
mas, é a Jesus que estamos glorificando aqui. É Deus quem é glorificado através dos homens
humildes desta obra.
Paulo escreve em 1 Cor.4:7: “Que tens tu que não tenhas recebido?” As coisas que aconteceram e
ainda acontecem entre os Zulus são feitas pelo Deus vivo. Por essa razão, os nossos olhos estão
colocados n’Aquele que originou todo este movimento, o Senhor Jesus Cristo.
Onde o homem é glorificado, qualquer avivamento termina abruptamente. É principalmente por
essa razão que um avivamento dado por Deus não é alcançado facilmente. Mas, pode perder-se um
avivamento facilmente. A Bíblia diz:
Deut.32:3: “Porque apregoarei o nome do Senhor; engrandecei a nosso Deus”.
Sal.16:8: “Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim…”.
Sal.115:1: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Teu nome dá glória”.
Is.42:8: “Eu sou o Senhor; este é o Meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem”.
Mat.17:8: “E, erguendo eles os olhos, ninguém viram senão unicamente a Jesus”.
Apoc.4:11: “Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder”.
Quero dar um pequeno exemplo que dá ênfase às porções das Escrituras que mencionei. Muitosanos atrás, dirigi uma reunião Cristã na Floresta Negra, na Alemanha. Depois da reunião, um irmão
acompanhou-me pela montanha abaixo, até chegarmos ao fundo do vale. Era terreno perigoso e
muito escuro e, por essa razão, seguramos a mão um do outro para nenhum de nós cair
desamparado. No escuro e para sabermos por onde íamos, olhávamos para cima. Por cima das
árvores, conseguíamos ver o céu um pouco mais brilhante, o que nos ajudava a manter o nosso
curso.
Esta experiência insignificante tornou-se uma grande parábola para mim. Os tempos em que
vivemos estão a escurecer cada vez mais. Por isso, precisamos de companhia segura e, também,
de sinais que nos guiem pelo caminho, os quais recebemos olhando para cima, para o Senhor.
No tocante ao avivamento entre os Zulus, uma verdade torna-se clara. Jesus enviou os seus
discípulos aos pares, de dois em dois. Entre os Zulus, vemos o mesmo padrão sendo seguido.
Também precisamos da liderança de Deus para podermos manter a nossa caminhada. Erlo Stegen
tem um numero de cooperadores e cada um deles olha para o Senhor para receber instruções. Eles
não olham uns para os outros, mas, para o Senhor. Neste livro, pode notar-se como é trazida glória
e honra ao Seu nome através de tudo que vem acontecendo sempre que Deus guia.
Em Fil.2:9 lemos o seguinte: “Por isso, também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é
sobre todo o nome…”
 
O DEUS DO JUÍZO
 
Em Jzs. 7 lemos sobre a batalha contra os Midianitas. Quando o grito de guerra soou, isto é, “a
espada do Senhor e de Gideão”, todo o exército do Midianitas claudicou e fugiu em desespero para
todos os lados. Jzs.7:22: “Ao soar das trezentas trombetas, o SENHOR tornou a espada de um
contra o outro”. Era o Juízo de Deus que havia chegado.
Em Is.37:37-38, lemos outra coisa sobre o grande Juízo de Deus. Senaqueribe estava diante de
Jerusalém, ridicularizando o Deus vivo. O Senhor matou 185.000 homens do seu exército numa só noite e
ele fugiu para o seu País. Mas, nem assim conseguiu escapar do juízo. Enquanto estava adorando os seus
deuses num templo, os próprios filhos assassinaram-no.
Com os Midianitas, foram as próprias espadas dos membros do seu exército que os exterminou. Já
com Senaqueribe, foram as espadas da própria família que se levantaram contra ele.
Entre os pagãos Zulus, guerras entre clãs ocorrem e dá-nos a impressão que também é o Juízo de Deus por
não terem estado abertos e receptivos ao evangelho de Jesus Cristo. Vamos olhar um pouco para as
guerrilhas entre eles na presente época (anos 70).
Tenho conhecimento pessoal de três casos.
 
1. O Assassínio de um Príncipe
Em Março de 1976, eu viajava com o Erlo para Mahambeni, no Transkei. No caminho, passando por
um Kraal, o Erlo contou-me que um homem ali havia sido assassinado por sua própria esposa.
Um chefe tribal convidou o Erlo e o seu grupo de cooperadores para trazerem o Evangelho à sua
tribo. Significava muito, pois, esse chefe tinha outros 30 chefes debaixo da sua autoridade.
Significava que uma área enorme poderia se alcançada pelo Evangelho.
Depois duma viagem de seis horas, passaram por um Kraal onde os homens estavam cavando uma
sepultura. Um dos cooperadores do Erlo disse: “Tenho a impressão que Deus nos quer aqui, para
pregarmos neste lugar”. Outros cooperadores confirmaram a ideia. O Erlo respondeu: “Estamos
atrasados e o chefe da tribo espera por nós. Não podemos perder tempo”.
Quando chegaram ao Kraal do chefe tribal, ele pediu desculpas sem cessar porque não havia
conseguido reunir o povo e organizar os cultos. Dizia ele: “De momento, não tenho tempo para estar
convosco porque uns oficiais do governo chegaram e preciso estar com eles”. O Erlo respondeu:
“Isso não é problema, pois, nós sabemos onde Deus nos quer!”
O grupo apressou-se de volta para o Kraal onde estavam a cavar a sepultura e lá já havia um carro
da polícia com o corpo. O Erlo perguntou-lhe: “O que aconteceu aqui?” Um policial respondeu: “Um
homem foi assassinado”.
“Têm alguém para fazer o funeral do defunto?”
“Não!”
“Podemos ser nós a fazer o funeral?”
“Com certeza!”
Alguns dos cooperadores ajudaram a terminar de cavar a sepultura e a prepará-la, enquanto a
polícia retirava o cadáver do carro. O Erlo pediu para ver o morto. Tiraram os lençóis que o cobriam.
Viram um morto com a cabeça esmagada e com o rosto dilacerado. De seguida, relataram ao Erlo o
que havia acontecido.
O filho do rei havia-se apaixonado por uma moça da tribo inimiga. Organizou um encontro com ela.
“Esta noite virei encontra-me contigo”, disse-lhe. Naquela noite, bateu à porta do cabana da moça.
Num Kraal, cada membro da família tem a sua própria cabana redonda (bangalô, barraco), exceto os
filhos pequenos. A moça desejada abriu e, saindo, disse-lhe que voltaria de seguida.
Apressou-se para as cabanas vizinhas e sussurrou. “O filho do rei está aqui! Venham, tragam os
vossos facões!” Para eles, era o momento de vingança contra a família do rei a quem tanto
odiavam, pois, anos antes, um familiar do rei havia assassinado um homem daquele clã. Pegaram
em seus facões e entraram na tenda da moça. O príncipe havia, conforme a tradição, deixado as
suas armas do lado de fora da tenda antes de entrar. As mulheres massacraram o jovem príncipe,
esmagando a sua cabeça de tal maneira que o seu cérebro saiu da cabeça. Arrastaram o seu corpo
e abandonaram-no perto do seu Kraal.
Foi um caso fácil para a polícia. Resolveram o caso com muita facilidade, pois, bastou seguirem o
rasto de sangue. Encontraram uma parte do crânio, alguns ossinhos e parte do cérebro no local
onde havia sido assassinado. Algumas mulheres foram presas.
Nenhuma mulher estava autorizada a comparecer no funeral porque, para os Zulus, é uma desonra
alguém ser assassinado por uma mulher. O Erlo pregou o Evangelho e um grande milagre
aconteceu. A esposa e a mãe do rei converteram-se naquele dia, tal como muitas outras pessoas.
Os cooperadores andaram de cabana em cabana para trazerem o Evangelho às mulheres que não
puderam assistir ao funeral.
Ficou claro para todos que tudo havia sido liderado pelo Espírito Santo. Era obra d’Ele. E também
ficou claro por que razão um dos cooperadores disse que tinha a clara impressão que Deus os
queria ali.
Neste avivamento entre os Zulus, uma das características predominantes é a forma como o Espírito
Santo guia.
 
2. Os 24 Anos de Guerrilhas Tribais
Na viagem missionária que estávamos fazendo em Março de 1976, fomos até a fazenda de Hogart
Joosten, um fazendeiro de ascendência alemã. A fazenda chamava-se Monte Elias e tinha 256
hectares de terra. A uns 8 km dali, dois clãs que antes eram apenas um, estavam em guerra. O clã
menor, Ntanzi, estava territorialmente cercado pelo clã maior, os Ngubane. A tribo menor não tinha
qualquer liberdade de movimentos. Era essa a razão principal para os frequentes confrontos e
assassínios entre eles, desde 1952. Foi dito que haviam feito paz em 1975, mas, as hostilidades
recomeçaram no ano seguinte. Isso significava que os homens não tinham descanso depois de
anoitecer, estando sempre em alerta máximo para o caso de haver rixas.
Os homens que trabalhavam em cidades distantes como Johanesburgo ou Pretória continuavam as
suas guerras até mesmo em seus locais de trabalho. Sempre que um trabalhador voltava para casa,
tinha de ficar acordado o caminho todo para evitar ser assassinado.
Hogart Joosten contou-nos que um homem que vinha de Durban havia sido alertado para um
perigo. Mas, não deu valor ao aviso. Caiu numa emboscada e foi morto. Estando nós no Monte Elias
em 1976, chegou ao nosso conhecimento que três homens haviam sido assassinados no início do
mês. Um dos casos foi especialmente trágico:
Um homem estava fugindo com muitas mulheres e crianças quando foi atingido por uma bala.
Ainda se encontrava vivo quando sua mãe se lançou sobre ele com intenção de protegê-lo e
suplicava por sua vida. Os seus adversários empurraram-na para o lado e espetaram-no com facões
e azagaias. As mulheres e as crianças não eram mortas: apenas os homens.As rixas e os assassinatos ocorriam até nas fazendas. O Hogart contou-me como, um dia, sete
Zulus apareceram em sua fazenda procurando o seu motorista de trator para matá-lo por pertencer
à tribo inimiga. Forçaram a sua entrada na habitação e ouviram-se 10 disparos. Somente quatro das
balas saíram pelos canos das armas, sendo que as outras seis dispararam, mas, caíram no chão
porque as armas eram defeituosas. A vítima, um pai de cinco crianças, foi atingida na mão e
precisou andar escondido a partir daquele dia. Houve pessoas que lhe ofereceram emprego em
outras fazendas, mesmo correndo o risco de serem atacadas por darem proteção a um homem
procurado.
Após esta série de assassinatos, o chefe da tribo Ngubane foi interrogado pela polícia. Foi
censurado e acusado por todos aqueles crimes, do que ele se riu dizendo: “Isto já vem acontecendo
desde 1952 e não podemos fazer nada para resolver o problema!” Mas, a partir daquele dia, esse
chefe aumentou a sua própria segurança.
Muitos chefes tribais acabaram por ver e experimentar pessoalmente o poder do Evangelho de
Jesus Cristo. Aperceberam-se que somente o Evangelho seria capaz de pôr fim a todos os conflitos
entre eles. Muitos desses chefes pediram ao Erlo: “Por favor, venha até nós! Traga o Evangelho para
que estas guerras terminem e haja falta de paz!”
 
3. A Guerra Dos 100 Anos
 
Temos conhecimento da guerra que durou 30 anos na Europa, de 1618 até 1648. Sabemos da
devastação e dor que causou. A geração mais velha também deve lembrar-se da 1ª e da 2ª Guerra
Mundial e de todos os horrores que as acompanharam.
Os Zulus conhecem a guerra que durou 100 anos, de 1872 até 1972. Essa guerra não terminou com
uma bomba atômica, mas, com a conversão dum rei. Devido à sua peculiaridade e beleza, deve ser
escrita. 
Estou muito grato a Deus por ter tido o enorme privilégio de experimentar e de viver de perto este
avivamento entres os Zulus e, também, por ter tido a honra de conhecer este rei Cristão
pessoalmente.
Vou dar um relato desta guerra e o que lhe antecedeu. Os Tembo eram uma tribo de cerca de
13.000 pessoas a sul do Rio Tuguela. Os Mabasso eram uma tribo composta por cerca de 6.000
poderosos e viviam a norte do Rio Tuguela. Em 1872, os Tembo queriam mais território devido à
sua crescente população. Reuniram-se com o oficial do governo Britânico, Sir Theophilus
Shepstone, para pedir-lhe o território de Jozini, o qual pertencia aos Mabasso. O seu pedido foi
concedido. Isso levou a uma expropriação e a muitos confrontos futuros. Desde então, essas duas
forças tribais tornaram-se inimigas mortais.
Em 1898, o oficial do governo desejou resolver a questão devolvendo aquelas terras aos Mabasso.
Isso, por sua vez, enfureceu os Tembo. Desde então, os Tembo entravam e saíam do território
Jozini, assassinando pessoas e queimando habitações. Acontecia da seguinte forma: por volta da
meia-noite, os agressores batiam nas portas das cabanas. Os seus habitantes saiam, sabendo que
suas habitações iriam ser incendiadas. As mulheres e as crianças eram deixadas vivas, mas, todos
os homens eram esfaqueados e assassinados.
Durante esses ataques, alguns dos homens vestiam-se com trajes de mulher para poderem escapar
com vida. Por essa razão, as mulheres tinham de mostrar as suas partes íntimas para poderem
provar que eram realmente mulheres. Algumas ocorrências destacam-se no meio destes conflitos.
Em 1922, os Tembo atacaram os Mabaso. Conseguiram penetrar no Kraal do Rei Cikazi. O rei estava
caçando e foram atrás dele. Cikazi encontrava-se sozinho com o seu cavalo. Com sua arma, matou
12 Tembos, subiu no cavalo e galopou, pulando dum pequeno abismo e faleceu. Suicidou-se para
evitar ser capturado pelos Tembo.
A morte do Rei originou uma série de crimes e assassinatos. Mais de 120 pessoas foram mortas de
ambos os lados. Há cada dois ou três anos, seguiam-se mais guerrilhas e mais mortes. Os
territórios dos Tembo e dos Mabaso foram sempre os lugares de maior insegurança dentro da
África do Sul. Até mesmo o governo Sul-africano tentou pôr fim a estes confrontos tribais sem
êxito. Numa das ocasiões, uma força policial chegou ao local com quatro helicópteros e uma força
de 70 efetivos. Revistaram todas as habitações e apreenderam armas de fogo e outras armas. Os
seus proprietários foram presos.
Um dos contingentes de forças maiores, certa vez, era composta por mais de 200 homens. Tudo
isso para tentar pôr fim aos conflitos. Isto aconteceu na área de Xobonayawo, local onde 21
pessoas perseguidas pelo clã inimigo lançaram-se de um precipício.
Está oficialmente documentado que em Junho de 1972, 921 habitações foram incendiadas e 16
homens assassinados. Mas, a quantidade real de mortos nestas tribos nunca foi realmente
conhecida. Estas guerrilhas causaram um grande sentimento de insegurança entre os Zulus. Muitas
vezes, inúmeras famílias iam procurar proteção dentro das casas e dos edifícios dos brancos para
poderem escapar à violência. Durante a noite, dormiam nos corredores de hospitais, estações de
policia, tribunais e jardins dos brancos. Isso trouxe muitos problemas de saúde sanitária. Houve
uma grande necessidade de vacinar todos contra a tifoide. As pessoas eram aconselhadas a usar
os banheiros. Os excrementos nos jardins não apenas deixavam maus cheiros, como atraíam
vermes, roedores e todo tipo de doenças. Havia gente que afirmava em desespero: “Da próxima vez,
acaba o resto e tudo o que sobrou ficará completamente destruído!”
Não eram apenas os Zulus que sofriam sob estas circunstâncias. A população branca foi muito
afetada. Oficiais do governo recusavam ser transferidos para aquelas zonas de conflito. Caso
fossem forçados a ir para lá, pediam a sua transferência depois de três ou quatro meses. A vida
normal e o comércio estavam permanentemente paralisados. Era muito perigoso passar pelas
aldeias nas áreas de conflito. Um emprego permanente nessas áreas era completamente
impossível de ser achado.
Na época desses confrontos terríveis, o Erlo visitou essas áreas, no Tuguela. Isso foi em 1966. Um
Juiz reconheceu-o e mandou-o parar na estrada. Ele disse ao Erlo: “Venha comigo, por favor. Ali
naquele edifício estão muitos cadáveres. Vocês, os homens do Evangelho, não podem pôr termo a
estes conflitos e a estas carnificinas?” o Erlo já suspeitava de alguma coisa do gênero, pois,
passara por muitos Kraals em chamas. Ele respondeu que iria buscar os seus cooperadores e
voltaria para uma campanha de evangelização em toda aquela área. Trouxe a sua tenda enorme e
ali permaneceu durante os dois meses seguintes.
Isso foi o início da visita do Senhor Jesus ao local. Horas antes dos cultos, os cooperadores
investigaram a tenda, pois, em ocasiões anteriores, muitos bandidos tentaram atacá-los. Também,
horas antes das mensagens começarem, já havia centenas de pessoas esperando. Será que as
dificuldades do povo os tornara receptivos ao Evangelho?
Uma mulher em trajes tradicionais perguntou: “É aqui o lugar onde podemos descarregar os nossos
pecados? Não encontrei ninguém que me possa ajudar em lugar nenhum. Alguém, aqui, pode
ajudar-me?” Aquela mulher pagã não sabia ler e escrever. Contudo, havia comprado uma Bíblia. Ela
levava a Bíblia a alguém e dizia: “Por favor, pode ler isto aqui? Quero ouvir. O Senhor Jesus disse-
me que deveria saber o que está escrito aqui”. Fazia o mesmo durante os cultos. Era emocionante
verificar que os versículos que ela apontava faziam sempre parte da mensagem! Era um sinal claro
que aquilo que ela dizia vinha do Espírito Santo. Desde 1964 até 1966, somente as mulheres se
convertiam ali, na área do Tuguela. Só depois de o avivamento haver começado, os homens
começaram a ser tomados pela força do Evangelho.
Em 1967 houve uma campanha a 40 km de Tuguela. Após o culto, o qual durou até depois da meia-
noite, o pregador saiu do local para orar do lado de fora. Quando se ajoelhou para orar, sentiu um
braço invisível levantando os seus braços e virando-os para o lado de Tuguela em forma de bênção.
De seguida, ouviu uma voz dizendo: “Ali,para onde estás apontando, operarei poderosamente. A
partir de agora, os homens também irão buscar e aceitar a salvação!”
 
4. A Conversão De Gabana Mabaso
 
O relato que se segue, foi-me contado pessoalmente por Gabajano, quando eu visitava Tuguela.
Gabajano pertence à linhagem real. Em 1967, o Erlo voltou para pregar o Evangelho entre a tibo
Mabaso. Quando Gabajana ouviu a mensagem, exclamou: “É isto que necessito urgentemente!”
Entregou a sua vida a Jesus.
Antes de se converter, ele andava de feiticeiro em feiticeiro. Adquiriu tantos ídolos e amuletos de
feitiçaria que enchiam um quarto de cima a baixo! Praticava a adoração ancestral e oferecia cabras
e bodes aos espíritos ancestrais. Mas, nada resolvia a sua vida e reino. Tornou-se uma pessoa cada
vez mais inquieta e sem descanso interior.
Pouco tempo antes de se converter, teve dois sonhos. No primeiro, viu duas Bíblias descendo. Uma
voz dizia: “Lê isso! Vai procurar os Cristãos!” Um pouco depois, tornou a ter um sonho onde ouviu:
“Não vás procurar os Cristãos. Permanece fiel à adoração ancestral!”
Gabajana decidiu seguir o primeiro sonho e tentou unir-se a uma igreja. Mas, saiu desgostoso e
enojado porque em todos os cultos os pregadores pediam dinheiro. Deixou de frequentar a igreja.
Foi, então, que apareceu o Erlo pregando na área, numa cruzada. Nos cultos do Erlo, não existe
coletas de dinheiro e nem se menciona dinheiro, a não ser quando esteja relacionado com o
pecado. Os Zulus referem-se com frequência aos cultos onde se pede dinheiro como cultos mortos
e sem vida. Mas, dizem que o tipo de Evangelho que o Erlo e seus cooperadores pregam é o
Evangelho Vivo. Para esclarecer um pouco melhor, esta decisão de não se fazerem coletas nos
cultos veio dos Zulus e não dos brancos. 
Isto faz-me lembrar um exemplo em minha terra natal. A 20 km do lugar onde nasci, numa vila
chamada Spöck, surgiu um avivamento sob o ministério dum pastor reformado. Muita gente vinha
de longe e de perto até Spöck. Isto foi-me relatado por minha avó. Os ministros e pastores dos
arredores acusavam o pastor de Spöck, o Pastor Henhöfer: “Ele está roubando os membros das
nossas congregações!” Na altura, o Arcebispo de Baden era o Bispo da Igreja reformada. Henhöfer
foi convocado para se defender das acusações. Quando a acusação foi lida, Henhöfer respondeu
em sua defesa: “Alimentem as vossas galinhas e elas ficarão em vossas casas. Elas saberão
distinguir se estão sendo alimentadas com pedrinhas ou com grão!” Foi o fim da questão. Não foi
possível parar o avivamento.
Os Zulus também sabem distinguir entre pedrinhas e grãos. Usando uma metáfora Bíblica, eles
sabem distinguir entre a palha e o trigo. Sabem se lhes estão dando pedras para comer ou se os
alimentam verdadeiramente. Eis aqui umas verdades Bíblicas:
Mat.3:12: “…Recolherá no celeiro o seu trigo e queimará a palha com fogo que nunca se apagará”.
Mat.7:9: “E qual de entre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra?”
Houve uma grande transformação em Gabajana quando abraçou o Evangelho. Destruiu todos os
seus ídolos em obediência a Deus e proclamou a sua fé em Cristo. Já se tornara muito influente ao
ser proclamado rei em 1972.
O seu antecessor era alcoólatra e permaneceu pagão. Um dia, esse alcoólatra foi a um feiticeiro,
mas, não obteve a ajuda desejada. Faleceu no Kraal do feiticeiro. O feiticeiro que o consultou
seguia o morto dizendo aos que o carregavam: “Por favor, levem-no para o hospital e digam que ele
morreu enquanto o levavam. Se não fizerem isso, serei preso por homicídio!” Os homens que
levavam o defunto, concordaram e assim fizeram.
Todos os regimentos vieram enterrar o rei, de acordo com os rituais Zulus. Mas, Gabajana, o qual
era o sucessor direto do rei, recusou fazer aquela cerimonia de acordo com os rituais pagãos.
Ergueu os seus braços para falar ao povo e disse: “De futuro, não haverá mais funerais de acordo
com os rituais tradicionais, mas, serão feitos com oração e pregação do Evangelho”.
Alguns dos soldados murmuraram, mas, os generais ordenaram que se calassem. Após esta
proclamação corajosa, nunca mais houve um funeral feito de acordo com rituais pagãos. Deus deu
autoridade a este rei como dom e todo o exército cumpriu e obedeceu a ordem. O rei também
acabou com todas as outras tradições malignas. Nos casamentos, devido ao abuso de álcool, havia
sempre rixas, esfaqueamentos e confrontos. Mas, desde que Gabajana se tornara rei, nunca mais
houve rixas nessas ocasiões.
O Rei Gabajana também terminou com aquela guerra de 100 anos. Não foi um milagre pequeno,
acabar com os assassínios, rixas e mortes tribais. Como aconteceu isso? Uma noite, o Rei ouviu
dizer que um grupo de jovens pretendia atacar os Tembo na manhã seguinte. Mandou-os chamar e
explicou como os 100 anos de guerra já haviam causado muita dor e consternação. Proibiu-os
severamente de atacarem mais alguém. Aquela ocorrência chegou aos ouvidos dos Tembo, os
quais enviaram mensageiros ao rei, agradecendo-lhe. A mensagem transportada, dizia: “Nunca
antes houve um rei com o bom-senso e a boa vontade de parar estes conflitos. Respeitamos muito
esta decisão e prometemos que, de nossa parte, nunca mais haverá um ataque à vossa tribo”. Isso
trouxe, finalmente, paz entre inimigos de 100 anos. Tudo isto aconteceu em 1972, pouco tempo
depois de Gabajana ter sido coroado rei.
Estas coisas maravilhosas não foram resultado de negociações diplomáticas e muito menos de
ações militares vitoriosas. Foram, antes, resultados da graça de Deus manifesta num servo fiel.
Isso faz-me lembrar o versículo em Zac.4:6: “…Não por força e nem por violência, mas, pelo Meu
Espírito, diz o Senhor dos exércitos”.
Estas rixas tribais expuseram ao ridículo as teorias dos etnologistas, dos senhores e conhecedores
do mundo e adversários do Evangelho. Quantas vezes ouvimo-los dizer: “Deixem os pagãos viverem
‘em paz’ e felizes, longe do Cristianismo. Não devemos forçar a nossa cultura sobre eles!” Existem
dois erros nestas afirmações. A primeira é que os pagãos não são forçados a crer em Cristo e a
mudar, como se fazia nos tempos da ‘evangelização’ católica. Em segundo lugar, estas tribos não
se encontram nada felizes em seus costumes pagãos e sem o Evangelho de Cristo. Os seus
costumes terminam sempre em guerras, ódio e assassinatos. Muitos apontam o dedo às terríveis
guerras que houve em países chamados Cristãos, afirmando que o Cristianismo nunca conseguiu
parar conflitos. É muito fácil contradizer esses argumentos sem nexo. Digam o nome de um País
Cristão neste mundo, o qual se rege pela vida e pela norma Cristã verdadeiramente Bíblica!
Raramente os presidentes de Países são verdadeiramente Cristãos. Existem alguns aqui e ali, como
o primeiro presidente do Coreia do Sul, Syngman Rhee e, agora, o Rei Gabajana Mabaso.
 
 
O DEUS QUE FAZ OS PLANOS
Devemos realçar novamente que este livro está sendo escrito olhando para o Senhor Jesus. Todos
os ministérios verdadeiros dentro da verdadeira Igreja são feitos pelo Senhor Jesus Cristo.
Este capítulo fala da planificação. A planificação da Bíblia, da Igreja e da obra missionária são
coisas predominantes. Se algum dia alguém escrever um livro sobre a forma como Deus planifica
as coisas, que livro maravilhoso será! Seria uma leitura excelente. Provavelmente, chegaríamos à
mesma conclusão que João: “Cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se
escrevessem. Amém”. (João 21:25).
Vamos dar alguns exemplos da planificação de Deus. Em Gen.15:18, Deus prometeu a Abrão: “À tua
descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates”. Devido à
planificação de Deus, ainda existem coisas grandiosas que vão acontecer em Israel – um país que
se estenderá desde o Rio Eufrates até ao Nilo. E não haverá Russo ou Árabe que possa impedir
isso.
Vamos considerar, agora, uma das promessas do Novo Testamento. Jesus prometeu aos seus
discípulos em Mat.10:19-20: “Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de
falar, porquenaquela mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer. Porque não sois vós quem
falará, mas, o Espírito de vosso Pai é que fala em vós”. Em muitas ocasiões desde então e durante
ocasiões de grande perseguição, as testemunhas de Jesus experimentaram ser a própria boca de
Deus.
Erlo Stegen vem mencionado aqui várias vezes porque ele tem sido o instrumento principal no
avivamento entre os Zulus. Por isso, precisamos dar uma curta introdução da sua vida espiritual e
de como tudo aconteceu. Avisei o Erlo pessoalmente que se um deles tornar-se orgulhoso, será o
fim do avivamento.
 
1. Conversão Do Jovem Erlo Stegen
Através do trabalho missionário da Igreja Luterana, igrejas como a de Lilienthal, a 55 km de
Pietermaritzburg, nasceram.
Na vizinhança da Igreja de Lilienthal havia uma fazenda com o nome de Paardefontein, o lar de Karl
Stegen e sua família. Os seus antepassados haviam imigrado desde Lüneburger Heide, Alemanha.
Eram Luteranos incondicionais na Hermannsburg Mission. Os filhos de Karl Stegen, cinco filhos e
uma filha, frequentavam a escola da Missão de Hermannsburg. Ali tiveram a sua educação alemã.
Um dia, com a idade de 4 anos, o Erlo caiu. A queda foi grande. Ficou inconsciente e teve lesões
sérias. Ficou paralisado durante oito dias. Levou alguns dias até recuperar a consciência e, a partir
daquele dia, sofria grandemente com dores de cabeça severas. O acidente também causou outro
problema. Quando batia a sua cabeça ou caia, ficava tonto. Também afetou toda a sua carreira
escolar. Teve de desistir da escola no nono ano de escola, embora desejasse continuar com os
estudos.
Esta congregação em Lilienthal tinha, em 1949 e 1950, um pastor muito crente e toda a área era
afetada pela sua mensagem. O Erlo converteu-se através desse pastor quando tinha 15 anos de
idade, em 1950. Nos anos seguintes, ele trabalhou com seu pai na fazenda. Um dia, a sua mãe
ofereceu-lhe um livro escrito por W. Heukelbach, Vom Gottesleugner zum Evangelisten (Do ateísmo
para Evangelista). Foi uma enorme benção para ele. Por esta altura, Erlo já vinha sentindo o
chamado do Senhor. Compartilhou a ideia com o seu pastor de servir ao Senhor no Evangelho, o
qual levou-o, pouco tempo depois, para uma conferência Cristã na província do Transvaal.
Durante a conferência, uma luta enorme ocorreu em sua alma. “Será que devo mesmo tornar-me um
pregador do Evangelho? Por que razão não me poderei tornar um fazendeiro e ajudar a financiar a
obra de Deus? No sossego da conferência, ele achou um lugar onde orar e estar a sós com Deus.
Expôs a sua questão a Deus e disse: “Senhor, coloca o teu selo nesta decisão que estou tomando.
Se o fizeres, poderei dar esta resposta ao meu pastor e aos meus pais como a minha decisão final.
Por favor, dá-me um versículo das Escrituras para confirmar que devo voltar para casa”. Depois de
orar, abriu a Bíblia à toa e a primeira coisa que viu foi Mat.4:19: “Vinde após mim e eu vos farei
pescadores de homens”.
Depois de ler aquelas palavras, o Erlo tornou-se desafiador e ficou muito irado. Ele contou-me o
incidente desta maneira: “Foi só pela misericórdia de Deus que não lancei fora a minha Bíblia.
Estava tão zangado contra aquelas palavras que cheguei a dizer a Deus: ‘Vou mostrar-Te que não
vou obedecer!’” Pouco depois, foi conversar com o seu pastor e disse-lhe: “Estou voltando para
casa!” O pastor perguntou-lhe: “Tens a certeza que isso é a vontade de Deus para ti?” “Sim, tenho!”
E assim, o Erlo foi para casa. Quando chegou a casa, a sua mãe perguntou-lhe: “Tens a certeza que
esse é o caminho certo para ti?” Ele ficou tão irritado que respondeu impetuosamente: “Mamãe. Já
não me quer aqui em casa, é? Já não me ama?” Foi para o seu quarto e bateu a porta atrás de si
com força. Desde o ano 1950 até 1952, o Erlo passou por tormentos terríveis. Havia-se rebelado
abertamente contra a vontade de Deus. Sempre que ouvia um som diferente em algum lugar,
assustava-se pensando que o dia do Juízo havia chegado!
Um dia, ajoelhou-se em seu quarto, lendo um texto sobre o amor de Deus. A resistência do seu
coração diluiu-se completamente com a percepção de que Deus ainda o amava, apesar da sua
desobediência e rebelião. Rebentou em lágrimas, tomado pelo amor de Deus. Pouco depois, fechou-
se no seu quarto pedindo orientação a Deus. Abriu a Bíblia em João 21:15-17 e leu: “Alimenta as
minhas ovelhas”. Levantou-se dos seus joelhos e foi falar com os seus pais e comunicou-lhes:
“Deus chamou-me para a Sua obra”. Nunca mais teve dúvidas acerca disso. Inscreveu-se numa
escola teológica, em Pretória e foi treinado como pastor e evangelista. Contudo, o desenvolvimento
espiritual no seu interior ainda não estava completo.
 
2. Desapontamentos No Ministério
As primeiras atividades evangelísticas do Erlo ocorreram entre 1954 a 1966. Em 1955, O Seminário
Teológico foi transferido para Claridge, perto de Pietermaritzburg. Esse local lindo é-me muito
familiar devido às minhas viagens e visitas à África do Sul. O KwaZulu-Natal é conhecido como o
jardim do País.
A primeira descoberta depressiva do Erlo foi que a pregação da Palavra e os seus resultados atuais
não correspondem minimamente àquilo que as Escrituras dizem. Comparou o que lia nos Atos dos
Apóstolos com o que via à sua volta e foi obrigado a reconhecer que afundamos muito em relação
ao padrão do Novo Testamento. Quando estudava a Bíblia, parava em certas promessas e
perguntava-se por que razão elas já não davam certo. Houve uns versículos especiais em João:
João 15:7: “Se vós estiverdes em Mim e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que
quiserdes e vos será feito”.
João 7:38: “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre”.
João 14:12: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu
faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai”.
O Erlo buscou intensamente a chave do segredo para uma vida plena entre os Cristãos. Lia todo o
livro sobre avivamento que encontrava. Nas biografias de grandes homens de Deus, procurava
saber qual era o segredo da sua autoridade e poder. Praticava uma vida de oração intensa e
proclamava o Evangelho em todas as ocasiões. Alguns crentes deram-lhe dinheiro para comprar
uma tenda grande, como as de circo. Com ela, começou a fazer cruzadas entre as tribos dos Zulus,
sempre com o enorme desejo de avivamento queimando em seu coração. Por vezes, fazia
campanhas de 12-14 meses pensado que poderia trazer um avivamento dessa maneira ou produzi-
lo.
Talvez não seja sábio prolongar estas campanhas de evangelização até 52 ou mesmo 60 semanas,
com pregações duas vezes por dia. Elias Schrenk pregava seis semanas, no máximo. É possível
pregarmos até as pessoas morrerem espiritualmente, de tanto ouvirem. Em qualquer dos casos, o
Erlo ficava muito apreensivo com o fato de que o numero de pessoas nos cultos fosse diminuindo a
cada dia.
Uma vez, numa campanha missionária na Namíbia, Sudoeste de África, aprendeu uma grande lição
com um fazendeiro. O fazendeiro em questão mostrou-lhe um furo de água com o qual procuravam
fornecer água para toda a sua fazenda. Explicou: “Esta água está tão cheia de minerais e químicos
que nada sobrevive com ela. As plantas morrem logo se as regarmos com ela. O Erlo pensou de
imediato: “Isto parece a água do meu ministério. Quanto mais eu prego, menos gente é atraída para
o meu Evangelho!”
A coisa que mais lhe faltava era o poder na pregação e no aconselhamento. Um dia, uma mãe veio
conversar com ele depois dum culto e perguntou: “É verdade que Jesus ainda hoje responde às
orações?” O Erlo garantiu-lhe que era verdade. Aquela mãe regozijou-se grandemente e disse: “Por
favor, o senhor pode orar para curar a minha filha?” Os Zulus são pessoas muito simples e têm uma
fé de criança. Aceitam a Bíblia tal e qual ela é e levam-na à letra.
O Erlo acompanhou a senhora até à sua casa. Viu a filha dela amarrada com arame no poste
principal da sua barraca (Bangalô). Já tinha cortes profundos na pele e na carne. Elatentava
libertar-se das suas ataduras e feria os pulsos. O Erlo perguntou à mãe por que razão não usavam
cordas ou outro tipo de material para prendê-la. A mãe respondeu: “A minha filha (com cerca de 20
anos de idade) corre pelos campos sem roupa, entra pelas escolas e nas casas dos vizinhos,
arranca as plantações dos campos e é capaz de ser muito violenta”. “Mas, por que razão usa arame
para amarrá-la? Não seria melhor usar outra coisa para ela não ser cortada desta maneira?”,
insistiu. A mãe respondeu: “Ela rebenta com tudo. Não há nada que aguente a força dela”. O Erlo
decidiu levar a moça para casa de seus pais e orar por ela até que ficasse boa. Como a mãe ficou
agradecida que Deus iria, finalmente, ajudar a curar a sua filha!
Na casa de seus pais, o Erlo e três cooperadores entregaram-se à oração. Foi levada para um
quarto e tudo ficou num caos em poucos minutos. A moça louca estragou os móveis, mesas,
cadeiras e janelas. Foi tudo quebrado. Eventualmente, decidiram fechá-la no quarto sem nada para
prevenir que se ferisse a ela mesma. Quatro pessoas oravam intensamente, intercedendo por ela.
Por fim, o Erlo estava de rastos e esgotado - estava no fim dele mesmo. Haviam passado três
semanas sem quaisquer resultados. Também estava espiritualmente exausto. Ninguém tinha
respostas para as perguntas que surgiam dentro do seu coração. “Ó Senhor, porque temos tanta
falta de poder? Qual a razão?”
Era essa a situação dele após 12 anos de ministério. “Eu encontro-me deste lado e os
acontecimentos da Igreja Primitiva estão do outro lado. Se não existe uma ponte entre nós, se não
existe maneira de alcançarmos a mesma plenitude de poder e de vida abundante, se não existe
uma ligação entre o primeiro século e o século vinte, não será melhor desistir de tudo?” o Erlo
começou a duvidar de muitas coisas, tal como acontecera 14 anos atrás. Começou a suspeitar que
os modernistas tivessem razão. Será que os críticos da Bíblia tinham razão, afirmando que os
milagres e as obras grandiosas não passavam de invenções e de enganos? Será que eram apenas
crenças mitológicas? Eram mitos? Não havia realidade no que se lia na Bíblia?
Contudo, parece que a sua falência espiritual estava de acordo com os planos de Deus. Quanto
mais persistia, quanto mais arduamente se esforçava e trabalhava, tentando ser fiel em tudo, tanto
menos era capaz de alcançar o segredo do poder de Deus. O Senhor glorificado não se manifestava
em seu ministério. No momento que chegamos ao fim de nós mesmos, ali onde a auto-dependência
acha o seu fim, o Senhor pode começar a operar. O Erlo experimentou isso pessoalmente.
Milagrosamente, Deus não o deixou órfão em suas lutas e desesperos.
 
O SENHOR QUE ABENÇOA
Temos exemplos de homens que lutaram muito para poderem alcançar a bênção de Deus em suas
vidas.
Em 1 Cron.4:10, lemos: “Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Se me abençoares muitíssimo, e meus
termos ampliares e a tua mão for comigo e fizeres que do mal não seja afligido! E Deus lhe concedeu o que
lhe tinha pedido”.
Esta luta inconsolável fica ainda mais esclarecida em Gen.32:26, quando Jacó lutava com Deus em
Peniel. Jacó dizia: “…Não Te deixarei ir antes que me abençoes!” Esta oração tem sido sempre um
grande encorajamento para muitos Cristãos durantes aos séculos que se passaram.
 
1. A Luta Pela Bênção De Deus
O Erlo foi levado a ter esta luta pela bênção de Deus. Quando viajava pelos lugares onde fizera
campanhas evangelísticas, encontrava os ‘convertidos’ numa situação deplorável. Por vezes,
demorava mais de 15 dias a colocar tudo em ordem novamente. Brigavam muito dentro das
congregações, havia muitas inimizades entre os membros. Aqueles que não pertenciam a uma
igreja depois de ‘convertidos’, eram colocados em grupos onde estudavam a Bíblia. Quantas vezes
este missionário se indagou, perguntando ao Senhor: “Será que as coisas vão ser sempre assim,
com esta falta de poder? Será que os crentes vão estar sempre a cair e a levantar-se? Não vão
conseguir obter vitórias e mais vitórias? Em vez disso, vão estar sempre derrotados uma e outra
vez?”
Mas, havia chegado o tempo de um novo começo.
No Outono de 1966, o Erlo encontrava-se em Mapumulo. Depois de todas as más experiências do
passado, começou encontros onde iam estudar a Bíblia com os Cristãos locais duas vezes por dia,
com a finalidade de examinarem as Escrituras e compará-las com as suas vidas. Deviam investigar
as suas vidas à luz das Escrituras. Começaram a estudar o livro dos Atos dos Apóstolos. O lugar
encontrado para as suas reuniões foi um velho estábulo de vacas que já não era usado. Limparam
bem o lugar e pintaram as paredes com cal.
No capítulo 3 de Atos, leram sobre a cura do paralítico. O Erlo contou aos Cristãos uma história
sobre um sacerdote católico. Um padre muito conhecido numa grande catedral celebrou uma missa
e as pessoas deram muitas ofertas generosas. O Padre disse ao jovem sacerdote: “Pedro já não
pode dizer que não tem prata e nem ouro...” O jovem sacerdote respondeu: “É verdade, mas,
também já não pode dizer ‘em Nome de Jesus levanta-te e anda!”
Aquelas horas de estudos Bíblicos tornaram-se, muito rapidamente, em exames de vida e
comparação das suas vidas com as Escrituras. Com o Erlo aconteceu o mesmo. O estábulo onde se
reuniam encontrava-se situado mesmo em frente a uns campos de ténis, do outro lado da rua. Ali,
as pessoas importantes da vila encontravam-se para jogar tênis. Como as suas orações e choros
eram facilmente ouvidos do lado de fora, o Erlo sentia-se envergonhado e fechou a janela. O Senhor
repreendeu-me logo ali, dizendo: “Tu fechas a janela e eu ficarei do lado de fora. Se é vergonhoso,
para ti, seres ouvido do lado de fora, Eu ficarei do lado de fora. Preocupas-te muito com aquilo que
os outros pensam de ti!” Noutra ocasião, Deus revelou-lhe como era orgulhoso por estar
preocupado com o fato de não se haver barbeado.
O Senhor exaltado começou a operar, purificando os seus filhos. Aquelas horas de oração e de
estudo tornaram-se mais em horas de arrependimento e choro pelos pecados próprios do que de
outra coisa. As coisas tornaram-se tão intensas que se esqueciam de comer, de dormir, de beber. O
Erlo até se esqueceu do Natal! Ali estava entre 20 a 30 pessoas clamando a Deus por avivamento,
arrependendo-se.
 
2. E Os Céus Abriram-Se
Umas semanas antes do derramamento do Espírito Santo, uma jovem convertida levantou-se na
reunião de oração, interrompendo tudo. “Não aguento mais esta situação de falta de poder”, dizia
ela lavada em lágrimas. “Posso orar?” Depois de pensar um pouco, o Erlo consentiu. Aquela mulher,
a qual havia-se tornado crente apenas três meses antes, orou para que Deus se revelasse da
maneira que se revelou no tempo dos Apóstolos. O Erlo ficou completamente envolvido naquela
oração.  Mais tarde, compartilhou com o seu irmão: “O meu coração queimava como fogo quando a
senhora orava, tal e qual os corações dos discípulos de Emaús quando Jesus lhes expunha as
Escrituras. Creio que aquela oração foi inspirada pelo Espírito Santo. E se foi, creio que não
demorará muito até que experimentemos, também, as mesmas coisas que os Apóstolos
experimentaram em seu tempo”.
As impressões do Erlo confirmaram-se pouco tempo depois. Poucas semanas depois daquele
incidente, as pessoas que estavam reunidas experimentaram algo acima daquilo que podem
explicar.  O Espírito Santo desceu sobre eles na forma de um vento forte e audível. Uma tremenda
convicção caiu sobre eles e, ao mesmo tempo, uma enorme certeza da presença de Deus, a qual
não podiam expressar. Todas as tribulações por que passaram foram varridas da sua memória e
consciência pelo poder de Deus, tão real que era. Uma nova era começara para Erlo e seus
cooperadores. Um novo ministério começou.
Hoje, quando a expressão “O derramamento do Espírito” é usada, encontramos sempre criticas da
parte das alas mais conservadoras da Igreja, os quais consideram que o derramamento do Espírito
Santo aconteceu há dois mil anos atrás de uma vez por todas. Aconteceu 33 anosdepois do
nascimento de Jesus e, creem, nunca mais será repetida. Acreditam que o Espírito Santo já se
encontra vivo pela Palavra e na Igreja. Eu não discordo com alguns dos fatos, mas, preciso explicar
algumas coisas a esse respeito.
Por que razão as coisas que acontecem durante avivamentos nos fazem lembrar daquilo que
aconteceu em Jerusalém? Por exemplo, numa reunião nas Ilhas Salomão em Agosto de 1971, o
Espírito Santo desceu sobre uma multidão de cerca de 3.000 pessoas. As pessoas estavam com o
rosto em terra, clamando por causa dos seus pecados. Teólogos americanos que acreditavam na
teologia da dispensação afirmavam que era tudo mentira. Para mim, é uma coisa inconcebível que
uma experiência real pela qual milhares de pessoas passaram, possa ser descartada por umas
poucas bocas incrédulas que se apoiam na sua teologia de descrença e infrutífera. 
Aquele grande acontecimento em Jerusalém não têm, necessariamente, de ser repetido. A questão
aqui é que o Espírito Santo pode tornar a descer sobre congregações mortas, sobre crentes
nominais e sobre pagãos descrentes. Nenhum Teólogo tem como prescrever ao Espírito Santo de
que maneira deve atuar. Lemos em João 3:8: “O vento sopra onde quer…” (aqui, o vento simboliza o
Espírito Santo). Poderíamos acrescentar: “…e quando Ele quiser”. Tenho a impressão que certos
teólogos desejam esconder a sua esterilidade espiritual por trás da sua teologia.
Não são apenas os ortodoxos que fazem perguntas, mas, até mesmo alguns entusiastas se
questionam acerca destes acontecimentos verdadeiros e comprovados em Mapumulo. O Espírito
Santo desceu sobre esse local de forma real. Esses entusiastas perguntam. “Os dons do Espírito
foram manifestados? Houve dons e línguas?” Sobre alguns dos dons, podemos afirmar que houve.
Muitos exemplos serão descritos neste pequeno livro.
Os grandes acontecimentos em Mapumulo, no início de 1967, repetiram-se várias vezes noutra
escala em vários lugares da região. Isso tem suporte Bíblico.  Em Atos 2, lemos sobre o
derramamento do Espírito Santo sobre os Apóstolos. Depois, no cap.4:31 tornamos a ler o seguinte:
“E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e
anunciavam com ousadia a palavra de Deus”. Foi uma repetição de Atos 2 numa escala menor. 
Então, todos aqueles que afirmam que os acontecimentos de Atos 2 não podem ser repetidos, são
contrariados pelo próprio livro de Atos. Aqueles que nunca experimentaram um derramamento do
Espírito em suas vidas podem e devem experimentá-lo. Esses acontecimentos foram repetidos em
Atos 8:17, 10:44 e 19:6. Paulo escreve aos Efésios 5:18 que já receberam o Espírito Santo (como
descrito em Atos 19) e exorta-os dizendo: “ Enchei-vos do Espírito”. Não irei lidar com todos os
problemas e todas as controvérsias teológicas sobre o receber do Espírito Santo. Mas, podem
consultar o meu livro “Charismatic Gifts/Dons Carismáticos” para ler os meus pontos de vista a
esse respeito. 
 
3. Resultados Do Derramamento Do Espírito Santo
Aquela experiência grandiosa em Mapumulo começou a dar os seus frutos de imediato. A sega foi
enorme e ainda continua. Esses frutos só podem ser comparados com Luc.9:1-2. A autoridade de
Deus começou a ser sentida especialmente em três áreas: na pregação do Evangelho, em curas
diversas e na libertação dos poderes do mal.
a)    A pregação do Evangelho
O poder do Evangelho ficou tão claro que milhares de pessoas de longe e de perto começaram a
chegar. Todos vinham ouvir a Palavra, com muita fome. Muitas vezes, quando o Erlo saia de sua
casa, estavam mais de 200 pessoas na sua porta buscando salvação. Vinham sem convite.
Chegavam trazidos por uma convicção enorme em seus corações e por outras razões também.
Eram impulsionados a vir. Só buscavam o Evangelho. Após uma pregação, muitos ficavam para trás
para aconselhamento, confissão de pecados com os cooperadores e para se acertarem com Deus.
Este tipo de obra, confessando os pecados pelo nome uns aos outros ainda persiste até à presente
data. Enquanto viajava com o Erlo e o seu grupo de missionários, eu próprio testemunhei como
centenas e até milhares de pessoas chegavam profundamente convictas de pecado e encontravam
o Senhor. Um dos cooperadores, um ex-lojista, contou 3.900 pessoas que ficaram para trás para
aconselhamento em apenas nove dias. Não nos podemos ofuscar com números, pois, os anjos
regozijam-se com a conversão de um único pecador. Quanto mais se regozijam com muitos
pecadores convertidos! Os grandes números de convertidos só revela como Jesus opera
poderosamente dentro duma situação de avivamento.
Certa vez, eu estava em Nyanisweni, no Transkei. Um Sul-africano branco viajou desde muito longe
apenas para me ver e falar comigo. Havia lido os meus livros e desejava conhecer-me
pessoalmente. Quando centenas de pessoas ficaram para trás para aconselhamento, ele exclamou:
“Somente Deus pode fazer coisas destas. Somente em avivamentos estas coisas acontecem”.
Experimentei a mesma coisa em um dos cultos. No Sábado, dia 27 de Março de 1976, o Erlo pediu-
me para falar em Kwasizabantu. Falei sobre feitiçaria, pois, todos os Zulus estão envolvidos com
esse tipo de vida desde a sua meninice. Após o sermão, o Erlo falou com a multidão de cerca de
1.000 pessoas ali presentes e disse: “Todos aqueles que ainda não confessaram todos os seus
pecados de feitiçaria podem ficar para trás para aconselhamento”. Na Alemanha, talvez tivessem
ficado para trás umas quatro ou cinco pessoas. Mas, naquele encontro, ficaram para trás cerca de
500 pessoas. Tenho por certo que aquilo não foi o resultado da minha pregação e antes da
presença de Deus no local. Era a atmosfera de avivamento que o Erlo e os seus missionários
experimentam diariamente. O Erlo anda sempre acompanhado de muitos cooperadores porque, por
onde viaja, chegam sempre milhares de pessoas para aconselhamento e oração.
b)   Curas
Em Nqutu Maposwane, duas senhoras enfermas viviam uma do lado da outra. Eram vizinhas. Uma
delas sofria de dores internas terríveis. Era necessário buscá-la de carro e trazê-la de volta para
frequentar os cultos. Ao ouvir o Evangelho, abriu o coração para o Senhor Jesus. Numa das
ocasiões posteriores, Martin Stegen levou aquela senhora a uns dos cultos em Tuguela Ferry. O Erlo
orou com ela e ela ficou instantaneamente liberta das suas dores.
Esta cura instantânea encorajou a sua vizinha a pedir por oração também. Estava completamente
paralisada e era incapaz de cuidar dos seus seis filhos. Ela perguntou se algum dos missionários
podia vir orar por ela. O Erlo estava ocupado com cultos na área de Kranskop e, assim, Martin
Stegen ofereceu-se para levá-la lá.  Carregaram a mulher paralisada em mantas de couro para um
carro e levaram-na até Kranskop. No caminho, perderam o seu cachecol, pois, o vento levou-o.
Deram a volta, apanharam-no e chegaram mesmo em cima da hora para o culto ao ar livre.
Carregaram-na para o meio do povo que ali se encontrava. Escutou a mensagem com atenção e
ficou para trás para aconselhamento. Uma cooperadora falou com ela, onde ela confessou os seus
pecados e todo o grupo orou em conjunto para a sua cura. Após a oração, levantou-se firme em
seus pés e caminhou até ao carro. Chegaram à sua casa muito tarde naquela noite e a família saiu
para carregá-la para dentro de casa. Ela desceu do carro pelo próprio pé sem qualquer ajuda e
andou para frente e para trás na frente do automóvel, mostrando que conseguia caminhar. Ninguém
era capaz de dizer uma palavra. Por fim, alguém conseguiu falar: “Dá para ver? Deus realmente
existe!” Haverá mais exemplos destes nos próximos capítulos.
c)    Libertação
O Erlo nunca tinha tido qualquer experiência na libertação de endemoninhados até ao início do
avivamento. Após o derramamento do Espírito Santo em Mapumulo, uma velha feiticeira chegou até
eles. Ela tinha uma escola de feiticeiras e possuía poderes ocultos poderosos. Quando pediu para
ser ajudada, o Erlo chamou cinco dos seus cooperadores para o quarto onde a levaram. Sentaram-se num círculo à volta dela, orando e cantando um hino sobre a vitória de Cristo sobre as forças do
mal. O hino dizia: “Meu Jesus vive, porque temerei?” Enquanto cantavam, a feiticeira levantou-se e
andava à roda no meio do círculo. Logo de seguida, caiu sobre os seus joelhos e a expressão do
rosto dela mudou. Parecia um animal feroz querendo atacar alguém. Isso é aquilo que os espiritas
chamam de ‘transfiguração’. É uma mudança no semblante da pessoa. Existem exemplos desses
no meu livro “Ocultismo ABC”.
Quando aqueles seis homens de Deus e mulheres viram aquela aparência satânica no rosto da
mulher, o medo apoderou-se dos seus corações. Um dos cooperadores saiu correndo. Contudo, o
Erlo chamou-o de volta clamando: “O Senhor é vencedor! Não tenha medo! Não fuja”.
Aquela feiticeira nunca havia visto um homem branco. Ela vinha duma área onde ninguém falava
Inglês. Enquanto persistiam na oração, ela, de repente, começou a falar num Inglês perfeito. Logo
de seguida, ouviram muitos sons de vários animais vindos de dentro dela. Inicialmente, ouviram-se
cachorros latindo dentro dela e depois porcos grunhindo. O Erlo mandou aqueles demônios saírem
dela em nome de Jesus. Uma voz de gozação respondeu que não iriam sair dali: “Não sairemos!
Nenhum poder é capaz de nos tirar daqui”.
Continuando a orar, o Erlo repetiu as suas palavras, expulsando-os em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo. Os demônios responderam, dizendo: “O Pai e o Filho sabemos quem é. Mas, nunca
nos deparamos com o Espírito Santo até agora. Mas, vemos que Ele chegou, estamos sentindo um
fogo aqui. Precisamos sair daqui imediatamente e abandonar o nosso campo de batalha!” As
feições daquela mulher mudaram instantaneamente. O seu rosto brilhava como a de um anjo e
exclamou: “Como é maravilhoso! Jesus libertou-me! Jesus libertou-me completamente”. Aqueles
espíritos malignos nunca mais voltaram e, após essa ocorrência, muitos feiticeiros e feiticeiras que
ouviram falar do poder de Jesus começaram a chegar para serem libertos.
Salvação – cura – libertação de poderes ocultos e de pecados. Era essa a tripla ação da mensagem
de autoridade dos primeiros discípulos de Jesus. A maioria dos teólogos afirma que essas coisas
já não são viáveis nos tempos em que vivemos. Mas, eles que fiquem com a teologia deles. É
melhor termos um Jesus vivo e ressurreto que aquilo que eles têm.  “Jesus Cristo, o mesmo hoje,
ontem e eternamente” (Heb. 13:8).
Experimentamos as bênçãos do nosso grandioso Senhor tal e qual vem descrito em Mal.3:10: “Fazei
prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre
vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes”. Esta bênção que Deus prometeu,
é deveras vista aqui entre os Zulus.
d)   A Extensiva Bênção Do Evangelho Do Senhor Jesus Cristo
O Apóstolo Paulo fala (em Rom.15:29) sobre a plenitude da bênção do Evangelho de Jesus Cristo.
Como já notamos, a bênção de Jesus tem uma tripla função impactante e clara. É uma enorme
bênção verificar e comprovar esta tripla ação neste avivamento entre os Zulus. São experiências
reais. Eis aqui mais um exemplo:
Uma moça de 14 anos de idade, com o nome de Mjuda estava acamada e enferma há três anos. Já
havia consultado feiticeiros, adivinhos, Zionistas e médicos sem qualquer sucesso. Os feiticeiros
disseram-lhe que a razão daquela doença havia sido um sacrifício que ela deveria ter oferecido à
sua falecida mãe e não o fez. Acrescentaram que se ela não o fizesse rapidamente, os espíritos dos
antepassados voltariam para levar-lhe a vida como sacrifício. Diziam que aquela doença era apenas
o princípio do processo.
Mjuda tinha os mesmos sintomas que a sua falecida mãe e avó tiveram. A sua irmã também havia
adoecido por um longo tempo. Os feiticeiros afirmavam que os espíritos desejavam que a sua irmã
se tornasse feiticeira.  E é admirável ver no terreno como Zulus muito doentes ficam bons assim
que se entregam aos espíritos. Contudo, a irmã de Mjuda resistia ferozmente à sugestão dos
espíritos. As coisas tornaram-se cada dia piores para a irmã de Mjuda e ela começou a parecer uma
pessoa envelhecida, toda torcida e corcunda. A cor da sua pele mudou. Ela ficou escura, quase
negra. Foi, então, que uma senhora Cristã lhe falou de Kwasizabantu. Veio a Kwasizabantu e
experimentou uma conversão sã. Também foi curada e liberta de todos aqueles ataques malignos.
Vemos aqui a mesma sequencia de acontecimentos: salvação – cura – libertação.
A irmã curada apressou-se para falar com Mjuda e falar-lhe de Jesus e que Ele é o único Salvador.
Mjuda estava, na altura, sob os cuidados dum Zionista. Para evitar maus entendidos, devo dizer que
o Zionismo na África do Sul não têm nada a ver com o Movimento Zionista de Israel. Os Zionistas
da África do Sul são uma seita. Misturam a Bíblia com práticas de feitiçaria e de adoração
ancestral. Praticam adivinhação e chamam isso de profecia, crendo que isso é um dom de Deus. É
uma distorção grotesca das Escrituras.
Mjuda foi levada pela irmã a Kwasizabantu. Quando estavam orando por ela, ficou manifesto que
estava possuída de demônios. Quando os expulsavam, eles pediam: “Deixem-nos levar Mjuda
conosco porque ela sempre foi a nossa habitação e propriedade. Somos os donos dela por direito e
vivemos aqui desde a sua infância”. De seguida, riram estridentemente, escarnecendo. O que eles
queriam dizer era que a queriam matar assim que saíssem do corpo dela.
Com grande determinação e autoridade, o grupo mandou os demônios saírem de Mjuda. Então, os
demônios responderam: “Deixem-nos ficar aqui só mais um dia porque estamos queimando aqui.
Está muito quente aqui. Também tememos este lugar, Kwasizabantu e todos aqueles que vivem
aqui”. Mais outra vez, o grupo ordenou que saíssem. “Mas, não podemos ao menos ir para a casa
dos parentes dela? Lá está tudo fresco e bonito. Não é quente como aqui. Estamos queimando. Lá
acharemos algum descanso”.
Após aquela batalha contra os demônios, o Erlo perguntou-lhe se ela ainda estava escondendo
algum pecado. Então, ela confessou mais dois pecados, colocando-os na luz. Assim que ela
confessou, oraram por ela. Foi logo liberta e completamente curada simultaneamente.
A conversão e a libertação de Mjuda também tinha um problema. O seu pai, um pagão, havia
proibido determinantemente que as suas filhas frequentassem a escola. Consequentemente, eram
analfabetas. Os pagãos creem que os estudos tornam os seus filhos arrogantes em relação à
família e deixam de honrar os pais. O pai também cria que os costumes pagãos eram muito
superiores ao ensino Cristão. Mjuda padeceu muito devido às crenças pagãs de seu pai. Já antes
tentara pedir aos amigos que a ensinassem a escrever e a ler, mesmo antes de se tornar Cristã.
Contudo, não teve qualquer sucesso. Ela simplesmente não conseguia aprender. Mas, quando se
entregou a Jesus de todo coração, outro milagre ocorreu: descobriu que sabia ler, escrever e contar
dinheiro.
Esta história revela que tanto Mjuda como a irmã experimentaram um triplo milagre – a tripla
bênção que acompanha o Evangelho: salvação do poder do pecado, cura e libertação do poder de
demônios.
 
O SENHOR QUE SALVA
A característica principal de qualquer avivamento real é o arrependimento genuíno de milhares de
pecadores, pessoas que reconhecem os seus pecados em profunda agonia e, por fim, a aceitação
de Jesus como verdadeiro Senhor de suas vidas. A salvação da pessoa está acima da sua cura.
Não podemos inverter essa ordem.
Estímulos artificiais, emocionais ou imitadores não é sinal de avivamento. Na verdade, são sinais
de avivamento falsificado. Barulhos e tumulto provam que existe uma grande pobreza espiritual.
Em minha carreira de investigador e escritor, encontrei mais avivamentos falsos que verdadeiros.
O grande tema da salvação nunca compromete, como outras coisas, a grande verdade de João
3:16: “...Todo aquele que crê não pereça, mas, tenha a vida eterna”. Podemos incluir 1 João 1:9: “Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e

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