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Fruto do Espirito

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Trabalho sobre “O Fruto do Espírito” 
 
1. Introdução 
 
Na Bíblia, o “Fruto do espírito” é descrito na carta que Paulo escreve aos Gálatas. Acredita-se que 
essa carta foi escrita após a primeira viagem de Paulo para a região da Galácia, antes do primeiro 
concílio de Jerusalém. 
 
Algum tempo após Paulo partir da Galácia, apareceram alguns mestres Judeus insistindo que os 
novos Cristãos deveriam também observar a lei de Moisés e se justificar por ela. E os gálatas aceitam 
essa nova doutrina, diferente do que Paulo havia pregado. 
 
Quando Paulo fica sabendo disso, ele escreve a carta para esclarecer aos Gálatas que, embora a lei 
fosse uma parte essencial do Judaísmo, de nada ela tinha relação com o evangelho de Cristo e 
absolutamente não tem relação com a salvação. 
 
Partindo desse contexto, observamos alguns pontos importantes na mensagem que Paulo escreveu 
aos Gálatas: 
 
• Gálatas foi escrito para defender a verdade do evangelho (2:5,16) frente a um falso 
evangelho. 
• Existia uma confusão de que algumas leis e costumes Judeus deveriam ser mantidos pelos 
Cristãos, como por exemplo a circuncisão. Paulo chama isso de “outro evangelho” 
• Paulo tem um cuidado muito grande em reforçar que a salvação vem pela graça, não pela 
lei. E é enfático em afirmar que “se vós vos circuncidares, de nada vos servirá a Cristo” (5:2) 
• As obras de nada podem fazer para nos salvar. Se alguém tenta se justificar pela lei, esse cai 
da graça (5:4) 
 
Paulo faz um grande esforço para explicar para os novos Cristãos que a vida debaixo da graça do 
Senhor Jesus é diferente da vida vivida pela lei (2:16): 
 
“sabemos que um homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, 
nós também cremos em Jesus Cristo, para que pudéssemos ser justificados pela fé de Cristo, 
e não pelas obras da lei, porque pelas obras da lei nenhuma carne será justificada” 
 
E afirma que, qualquer um que pregar um evangelho diferente do que eles já haviam recebido, será 
amaldiçoado (1:8,9) 
 
“Porém, ainda que alguém, nós ou um anjo do céu, vos pregasse algum outro evangelho 
além do que vos pregamos, que seja ele amaldiçoado. Como já vo-lo dissemos, digo-vos 
agora novamente, se algum homem pregar-vos algum outro evangelho além do que 
recebeste, que ele seja amaldiçoado” 
 
Paulo destaca que os Cristãos foram chamados para a liberdade (5:13), entretanto ele demonstra 
uma preocupação em explicar para eles que não deveriam usar essa liberdade para aproveitar os 
prazeres da carne, mas servir uns aos outros em amor (5:14): 
 
“Porque toda a lei é cumprida em uma só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti 
mesmo” 
 
Neste momento, Paulo considera importante separar o que são “obras da carne” e o que é o “fruto 
do espírito” e como eles se opõem um ao outro. Paulo deixa muito claro que, quem pratica as obras 
da carne não herdará o reino de Deus (5:21) 
 
É importante destacar que o termo “carne” é comumente usado na Bíblia para descrever a natureza 
pecaminosa do ser humano, que permanece mesmo após a pessoa se tornar cristã. 
 
As obras da carne listadas por Paulo são: Adultério, fornicação, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, 
ódio, discórdia, rivalidade, ira, porfia, rebeliões, heresias, invejas, homicídios, bebedeiras, orgias e 
outras coisas semelhantes. 
 
O fruto do espírito detalhado por Paulo é: Amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fé, 
brandura e temperança. 
 
 
 
2. O Fruto do Espírito 
 
Ao escrever sobre o fruto do espírito, Paulo faz contraponto entre as obras da carne e o fruto do 
Espírito. Entendemos que o grande objetivo de Paulo é dizer que, se estamos em Cristo, nós devemos 
crucificar a nossa carne, renunciar aos nossos desejos, negar a nós mesmo e viver pelo espírito de 
Deus que habita em nós. 
 
24. Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus 
desejos. 
25. Se vivemos pelo Espírito, andemos de igual modo sob a direção do Espírito. 
(Gálatas, 5) 
 
Ao crucificar a carne, nós renunciamos o controle da nossa vida e nos deixamos ser guiados pelo 
espírito de Deus. Quando reconhecemos o sacrifício que o Senhor Jesus fez por nós na cruz, por fé, 
abrimos mão dos nossos interesses e vivemos por Cristo, porque Dele, por Ele e para Ele, são todas 
as coisas. 
 
20. Fui crucificado juntamente com Cristo. E, desse modo, já não sou eu quem vive, mas Cristo 
vive em mim. E essa nova vida que agora vivo no corpo, vivo-a exclusivamente pela fé no 
Filho de Deus, que me amou e se sacrificou por mim. 
(Gálatas, 2) 
 
36. Portanto Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. A Ele seja a glória perpetuamente! 
Amém. 
(Romanos, 11) 
 
O fruto do espírito se relaciona ao caráter do Cristão, a sua forma de viver e de agir. O cristão deve 
estar disposto a renunciar a sua vida e deixar ser guiado pelo espírito. As virtudes do fruto do espírito 
nos aproximam de Deus porque são também atributos de Cristo e, por consequência, de Deus. 
 
16. Portanto, vos afirmo: Vivei pelo Espírito, e de forma alguma satisfareis as vontades da 
carne! 
17. Porquanto a carne luta contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne. Eles se opõem um 
ao outro, de modo que não conseguis fazer o que quereis. 
(Gálatas, 5) 
 
Apesar de serem vários atributos, Paulo trata o “fruto do espírito” no singular, ou seja, só existe um 
fruto do espírito. Ao chamar esses atributos de “fruto”, Paulo separa o fruto do espírito dos dons do 
espírito. 
 
O fruto do espírito se diferencia dos dons do espírito porque os dons são dados por Deus de forma 
espontânea. Os cristãos podem buscar os dons de Deus, que os distribuí da forma como Ele achar 
melhor, conhecendo o desejo do coração de cada um. O dom é algo que não é desenvolvido. Quando 
alguém recebe um dom, já o recebe em sua totalidade. Deus pode dar para uma pessoa nenhum, 
um ou vários dons do espírito. 
 
11. Entretanto, o mesmo e único Espírito realiza todas essas ações, e Ele as distribui 
individualmente, a cada pessoa, conforme deseja. 
(1 Coríntios, 12) 
 
Já o fruto do espírito é gerado por Deus em nós quando recebemos o espírito santo de Deus. Para 
que o fruto do espírito se desenvolva em alguém, é importante que essa pessoa viva em comunhão 
com o Espírito de Deus para que Ele se manifeste na pessoa, porque o esforço humano não pode 
fazer com que o fruto do espírito se desenvolva. 
No evangelho de João 15:5, o Senhor Jesus ilustra exatamente esse ponto, explicando que sem Ele 
nada podemos fazer: 
 
“Eu Sou a videira, vós os ramos. Aquele que permanece em mim, e Eu nele, esse dará muito 
fruto; pois sem mim não podeis realizar obra alguma.” 
 
Todas as suas virtudes do fruto do espírito são desenvolvidas no Cristão em conjunto. Quanto mais 
alguém vive uma vida Cristã em comunhão com o Espírito de Deus, mais as virtudes do fruto do 
espírito se desenvolvem e se manifestam nela. 
 
A tabela abaixo faz um comparativo entre os dons do espírito e o fruto do espírito: 
 
 
Fruto do Espírito Dons do Espírito 
Existe apenas 1 Existem diversos 
É gerado pela comunhão com o espírito de Deus É Dado por Deus 
Todo Cristão possui apenas um fruto Podemos ter nenhum, um ou vários dons 
O fruto é desenvolvido com o tempo. A vida e a 
caminhada cristã fazem com que as virtudes do 
fruto se desenvolvam no Cristão. 
É recebido em sua plenitude. Não é possível 
desenvolver o dom, ele é vivenciado 
exatamente como foi dado por Deus. 
 
 
Um ponto de extrema importância é que, na carta de Paulo escrita para Corinto, Paulo deixa claro 
que o fruto do espírito é superior aos dons do espírito. 
 
Em 1 Coríntios capítulo 12, Paulo explica sobre os dons espirituais que eram muito buscados pela 
igreja de Corinto. Entretanto, Paulo termina o capítulo 12 da seguinte forma (12:31): 
 
Portanto, procurai fervorosamente os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda 
mais excelente. 
 
Após dizer isso, no capítulo 13, Paulo faz uma belíssima explanação sobre o amor, a primeira virtude 
do frutodo espírito descrita por Paulo aos Gálatas. Inclusive, ele destaca que, sem o fruto do espírito, 
os dons de nada aproveitam (13:1,2) 
 
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, eu me tornaria 
como o bronze ressoante ou um címbalo tilintante. E ainda que eu tivesse o dom da profecia, 
e entendesse todos os mistérios, e todo o conhecimento, e ainda que tivesse toda a fé, de tal 
maneira que eu pudesse remover os montes e não tivesse amor, eu nada seria. 
 
Isso nos faz crer que o fruto do espírito é um caminho mais excelente do que os dons do espírito e 
que o fruto do espírito é muito mais importante e essencial na vida do cristão do que os dons. 
Desenvolver as virtudes do fruto do espírito é demonstração maior de espiritualidade na vida do 
cristão do que a manifestação dos dons do espírito. 
 
22. Muitos dirão a mim naquele dia: ‘Senhor, Senhor! Não temos nós profetizado em teu 
nome? Em teu nome não expulsamos demônios? E, em teu nome, não realizamos muitos 
milagres?’ 
23. Então lhes declararei: Nunca os conheci. Afastai-vos da minha presença, vós que praticais 
o mal. 
(Mateus, 7) 
 
 
3. As virtudes do Fruto do Espírito 
 
3.1 Amor 
 
Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem 
o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na 
criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. 
Romanos 8:38-39 
 
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer 
não pereça, mas tenha a vida eterna. 
João 3:16 
 
Deem graças ao Senhor, porque ele é bom. O seu amor dura para sempre! 
Salmos 136:1 
 
Amados, não escrevo a vocês um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que vocês têm 
desde o princípio: a mensagem que ouviram. No entanto, o que escrevo é um mandamento novo, o 
qual é verdadeiro nele e em vocês, pois as trevas estão se dissipando e já brilha a verdadeira luz. 
1 João 2:7-8 
 
Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida com 
Cristo quando ainda estávamos mortos em transgressões - pela graça vocês são salvos. 
Efésios 2:4-5 
 
Porque nisto consiste o amor a Deus: em obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos 
não são pesados. 
1 João 5:3 
 
Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos 
pecadores. 
Romanos 5:8 
 
Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora 
vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. 
Gálatas 2:20 
 
 
3.2 Alegria 
 
Quem conheceu a Jesus, conheceu o amor, que sua primeira virtude ao mundo como fruto do 
Espirito é alegria. Quem ama de fato, tem uma transbordante alegria interior, que é muito maior do 
que um efêmero momento de felicidade baseado nas circunstâncias temporais. A alegria como fruto 
do Espírito, por vir do céu, está acima das circunstâncias terrenas. 
 
A palavra utilizada para “alegria”, no original grego, é χαρά (chara), que está relacionada com as 
palavras χάρις (charis), que é normalmente traduzida por “graça”, e χάρισμα (charisma), que 
significa tanto um presente de graça, sem custo, quanto proveniente da graça. 
 
Desde a era clássica, esses sentidos já eram correntes. Havia o sentido literal para charis e charisma, 
que denotava beleza ou charme – de onde temos a palavra “carisma”, mas também havia o sentido 
figurado, que indicava uma inclinação, uma predisposição a ser favorável a alguém. 
 
Por isso, no grego koiné, se utiliza para dizer “graça”. Mas charis era utilizada tanto para quem é 
favorável quanto para quem recebia o favor, ou seja, também significava o sentimento de ser 
contemplado pela graça, e, por extensão, de gratidão. Dessa forma, chara, que significa “alegria”, 
“deleite”, está conectada à condição de quem sente e recebe a graça. 
 
Chara aparece 59 vezes no Novo Testamento, sem contar as ocorrências também abundantes 
de charis e charisma e as ainda mais frequentes aparições do verbo χαίρω (chairó, “se alegrar”, “ser 
grato”), que deu origem àqueles termos. A alegria é um fruto do Espírito justamente por ser o seu 
dom. 
 
A salvação em Cristo e o batismo pelo Espírito Santo são sempre acompanhados de plena alegria, e 
este é o desejo do Pai, que nos deleitemos em Seus caminhos. 
Lucas 8, lemos a parábola do semeador, em que as sementes representam o Evangelho, e o solo, o 
coração dos ouvintes. Em muitos casos, recebe-se o Evangelho com alegria (v. 13: μετὰ χαρᾶς, meta 
charas), logo ele é sufocado pelos prazeres da vida (v. 14: ἡδονῶν τοῦ βίου, hedonon tou bio). A 
palavra ἡδονή (hedoné) e suas variações só aparece em quatro instâncias no Novo Testamento, 
alertando contra os prazeres deste mundo. A questão não é, como para todos os frutos do Espírito, 
o sentimento em si, mas de onde ele vem. A alegria e o prazer são desejados, mas somente aqueles 
que vêm de Deus. Isso não é uma restrição – pois como vemos, há plena abundância de alegria na 
Palavra, e está acessível a quem desejar. 
 
Na carta de Paulo aos Filipenses, Alegria (CHARA) aparece 5 vezes. (Fp 1.4). E o verbo “regozijai-
vos” (chairen) 11 vezes, como em (Fp 1.18). Isso tem todo um sentido, indica diretamente de onde 
vinha a satisfação de Paulo. Esta é a mais “alegre” carta do Novo Testamento. Do início ao final a 
alegria é a nota dominante nesta carta de Paulo, não porque ele não tinha problemas terrenos, 
pessoais ou ministeriais, mas porque Paulo escolheu andar satisfeito em Jesus e viver na abundancia 
do céu na Terra – por isto podia amar e alegrar-se sempre no Senhor. 
 
Nestes dias difíceis, a despeito das circunstâncias, escolha a alegria, porque o amor como Fruto do 
Espírito está dentro de você – apenas deixe vir para fora! 
 
 Pr. Carlito Paes 
 
Veja o que Zacarias, o profeta, diz em seu livro, capítulo 9, verso 9: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; 
exulta, ó filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei; ele é justo e traz a salvação; ele é humilde e 
vem montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho de jumenta”. 
 
Depois dessa profecia houve um período de quatrocentos anos em que não aconteceu revelação 
alguma a respeito de Jesus. Essa profecia se cumpriu literalmente quatrocentos anos depois: Jesus 
entrando em Jerusalém, montado em uma jumenta. 
 
30 versículos sobre alegria 
Salmos 4:7 
Salmos 5:11 
Salmos 9:2 
Salmos 13:5 
Salmos 16:11 
Salmos 19:8 
Salmos 30:11 
Salmos 94:19 
Salmos 119:111 
Provérbios 12:25 
Provérbios 15:13 
Provérbios 15:15 
Provérbios 17:22 
Isaías 61:10 
Jeremias 15:16 
Habacuque 3:17-18 
Sofonias 3:14-15 
Lucas 10:20 
Lucas 15:10 
João 16:24 
Atos 2:46 
Romanos 5:3-4 
Romanos 12:15 
Gálatas 5:22-23 
Filipenses 4:4 
1 Tessalonicenses 5:16-18 
Tiago 5:13 
1 Pedro 4:12-13 
3 João 4 
3.3 Paz 
 
O que é paz? 
 
A paz é um estado de tranquilidade e harmonia interior, com DEUS e com outras pessoas. A 
verdadeira paz vem de um relacionamento com DEUS, através de JESUS CRISTO. A paz é um dos 
frutos do Espirito. (GÁLATAS 5:22-23) 
 
A Bíblia fala de diferentes tipos de paz: 
 
• Paz com DEUS. 
 
Paz com Deus é andar em harmonia com Deus, deixando de lado a rebelião. O pecado nos torna 
inimigos de Deus. Não há harmonia entre Deus e o pecado. Mas quando alguém aceita Jesus como 
seu salvador, volta a ter paz com Deus. Não está mais contra Deus, mas vive para agradar a DEUS. 
(COLOSSENSES 1:21-23) 
 
• Paz interior 
 
A paz interior é a tranquilidade que vem de uma vida de paz com Deus. Quem ama Jesus não precisa 
ficar ansioso nem ter medo do futuro, porque sabe que Deus está no controle. Nas situações mais 
difíceis o crente pode encontrar uma paz que está além do entendimento. ( FILIPENSES 4:7) 
 
Outro tipo de paz interior é quando temos auto-controle. Nossa consciência, guiada pelo Espírito 
Santo, está em conflito com nossos desejos pecaminosos (Romanos 7:22-23). Quando nos 
controlamose submetemos tudo a Deus, encontramos paz interior. 
 
• Paz nos relacionamentos 
 
A Bíblia nos chama a viver em tranquilidade com outras pessoas, suportando uns aos outros em 
amor. Não podemos viver sozinhos, isolados do resto do mundo. Precisamos aprender a conviver 
bem com outras pessoas, dentro e fora da igreja (Romanos 12:18). 
 
A maioria das pessoas definiria "paz de espírito" como a ausência de estresse mental e ansiedade. A 
única vez que algo semelhante a “paz de espírito” é encontrado na Bíblia é em 2 Coríntios 2:13, onde 
Paulo diz que não encontrou “tranquilidade no espírito” porque não encontrou Tito em Trôade. A 
tradução literal dessa frase é "descanso do meu espírito". 
 
A Bíblia usa a palavra paz de várias maneiras diferentes. A paz às vezes se refere a um estado de 
amizade entre Deus e o homem. Essa paz entre um Deus santo e uma humanidade pecadora foi 
efetuada pela morte sacrificial de Cristo, “havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz” (Colossenses 
1:20). Além disso, como Sumo Sacerdote, o Senhor Jesus mantém esse estado de amizade em favor 
de todos os que “por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hebreus 7:25). 
Esse estado de amizade com Deus é um pré-requisito para o segundo tipo de paz, o que às vezes se 
refere a uma mente tranquila. É somente quando “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com 
Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1) que podemos experimentar a verdadeira 
paz de espírito que é um fruto do Espírito Santo, ou seja, Seu fruto exibido em nós ( Gálatas 5:22-
23). 
 
Isaías 26:3 nos diz que Deus nos manterá em “perfeita paz” se nossa mente “permanecer” nEle, ou 
seja, quando nossas mentes se apoiam nEle, focalizam-se nEle e confiam nEle. Nossa tranquilidade 
mental é “perfeita” ou imperfeita na medida em que “a mente permanece” em Deus, em vez de em 
nós mesmos ou em nossos problemas. A paz é experimentada quando acreditamos no que a Bíblia 
diz sobre a proximidade de Deus como no Salmo 139:1-12 e sobre Sua bondade e poder, Sua 
misericórdia e amor por Seus filhos e Sua total soberania sobre todas as circunstâncias da vida. 
Entretanto, não podemos confiar em alguém que não conhecemos, e é crucial, portanto, conhecer 
intimamente o Príncipe da Paz, Jesus Cristo. 
 
A paz é experimentada como resultado da oração. “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, 
porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações 
de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa 
mente em Cristo Jesus” (Filipenses 4:6-7). 
 
Uma mente e um coração pacíficos são experimentados como resultado do reconhecimento de que 
um Pai todo-sábio e amoroso tem um propósito em nossas provações. “Sabemos que todas as coisas 
cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu 
propósito” (Romanos 8:28). 
 
Deus pode trazer uma variedade de coisas boas, inclusive a paz, das aflições que experimentamos. 
Até mesmo a disciplina e castigo do Senhor “produz fruto pacífico aos que têm sido por ela 
exercitados, fruto de justiça” em nossas vidas (Hebreus 12:11). Eles fornecem uma nova 
oportunidade para “esperar em Deus” e eventualmente “louvá-lo” (Salmos 43:5). Eles nos ajudam a 
“confortar” os outros quando passam por provações semelhantes (2 Coríntios 1:4), e produzem 
“eterno peso de glória, acima de toda comparação” (2 Coríntios 4:17). 
 
A paz de espírito e a tranquilidade do espírito que a acompanha só estão disponíveis quando temos 
a verdadeira paz com Deus através do sacrifício de Cristo na cruz em pagamento dos nossos pecados. 
Aqueles que tentam encontrar a paz em atividades mundanas se encontrarão tristemente 
enganados. Para os cristãos, no entanto, a paz de espírito está disponível através do conhecimento 
íntimo e da total confiança no Deus que satisfaz, “em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” 
(Filipenses 4:19). 
 
Versículos sobre paz: 
 
Jó 25:2 
Salmos 4:8 
Salmos 29:11 
Salmos 34:14 
Salmos 119:165 
Provérbios 3:17 
Isaías 9:6 
Isaías 26:3 
Isaías 48:18 
Isaías 53:5 
Ezequiel 34:25 
Mateus 5:9 
Lucas 1:78-79 
Lucas 2:13-14 
João 14:27 
João 16:33 
Atos 10:36 
Romanos 5:1 
Romanos 8:6 
Romanos 12:18 
Romanos 14:17 
Romanos 15:33 
Romanos 16:20 
2 Coríntios 13:11 
Gálatas 1:3 
Gálatas 5:22 
Efésios 2:14 
Efésios 4:3 
Filipenses 4:7 
Colossenses 1:20 
Colossenses 3:15 
1 Tessalonicenses 5:13 
2 Tessalonicenses 3:16 
2 Timóteo 2:22 
 
3.4 Paciência 
 
O mundo em que vivemos é o contraponto da paciência. Vivemos em uma sociedade acelerada onde 
todas as coisas precisam ser imediatas. E isso traz uma reflexão: onde está nossa vida, as nossas 
prioridades? 
 
Tudo que afeta a nossa vida, afeta a nossa paciência. Se temos algo que é prioridade para nós, não 
conseguimos esperar e ficamos irritados e irados com qualquer coisa que nos impeça de alcançar 
nossas prioridades. A partir disso, entendemos que a impaciência revela onde estão nossa vida e 
nossa esperança. 
 
Talvez para um Cristão, o exercício da paciência se manifeste ao abrir mão do controle da sua vida e 
entregar para Cristo. Quando você consegue ignorar as prioridades carnais, entender que o seu 
propósito é viver por Cristo, todas as outras coisas se tornam menos importantes e é possível exercer 
a verdadeira paciência do fruto do espírito. 
 
O nosso principal modelo de paciência é, claro, Deus. Mesmo nós sendo incrivelmente pecadores, 
Deus tem grande paciência conosco: 
 
15. Esta declaração é fiel e digna de plena aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar 
os pecadores, dos quais eu sou o pior. 
16. Todavia, por este motivo mesmo, me foi concedida misericórdia, para que em mim, o pior 
dos pecadores, Cristo Jesus, demonstrasse toda a grandeza da sua paciência, e me tornasse 
num modelo para todos quantos haveriam de crer nele para a vida eterna. 
(1 Timóteo, 1) 
 
Na Bíblia, encontramos várias referências sobre paciência. Para muitos, quando falamos de 
paciência, a primeira lembrança que vem é a história de Jó. Até existe uma expressão popular 
“paciência de Jó”, normalmente utilizada quando uma pessoa passa por grandes períodos de 
dificuldades. 
 
A principal mensagem do livro de Jó não é sobre seu sofrimento, mas como um homem de Deus deve 
se comportar diante de um Deus santo e soberano, pacientemente entendendo e suportando o 
querer de Deus. Devemos estar certos de que, em todas as áreas da nossa vida, o Senhor é suficiente. 
 
20. Ao ouvir tudo isso, Jó levantou-se, rasgou o manto que vestia e foi raspar a cabeça. Logo 
em seguida, ajoelhou-se, encostando o rosto no chão, em sinal de humildade e adoração 
diante de Deus, 
21. e exclamou em oração: “Nu deixei o ventre de minha mãe, e nu partirei da terra. O Senho 
deu, o Senhor o tomou; louvado seja o Nome do SENHOR!” 
22. E em todas as suas atitudes Jó não errou nem pecou, e também jamais culpou a Deus por 
revés algum. 
(Jó, 1) 
 
Em Salmos, Davi escreve como não devemos nos irar contra aqueles que agem de forma perversa, 
porque isso prejudica a nós mesmos. Para Davi, esperar que o Senhor tome providências contra o 
ímpio é demonstração de paciência. Aquele que espera com paciência no Senhor recebe o Seu 
benefício. 
 
7. Aquieta-te diante do SENHOR e aguarda por Ele com paciência; não te irrites por causa da 
pessoa que prospera, nem com aqueles que tramam perversidades. 
8. Deixa a ira e abandona o furor; não te impacientes. Não te inflames, pois assim causarás 
mal a ti mesmo. 
9. Pois os malfeitores serão exterminados, mas os que depositam sua esperança no SENHOR 
herdarão a terra. 
(Salmos, 37) 
 
Em Salmos, também encontramos que as provações e as dificuldades são superadas quando 
esperamos no Senhor. Perseverar no Senhor com paciência faz com que Deus incline Seus ouvidos 
para nós e ouça o nosso clamor. Esperar e confiar em Deus é demonstração de paciência e mostra 
relacionamento íntimo com Deus. 
 
1. Depositei toda a minhaesperança no SENHOR, e Ele se inclinou para mim e ouviu meu 
clamor: 
2. tirou-me do fosso fatal, do charco lamacento, assentou meus pés sobre uma rocha e 
orientou meus passos. 
3. Em minha boca colocou uma nova canção, um cântico de louvor ao meu Deus. Que muitos 
possam compreender o que me aconteceu e venham a adquirir confiança e temor no 
SENHOR. 
(Salmos, 40) 
 
Nos evangelhos, o Senhor Jesus destaca como a paciência, na forma de perseverança, seria 
necessária para os discípulos cumprirem sua missão. Jesus explica que os discípulos seriam odiados, 
perseguidos e traídos por causa de Seu nome, mas que deveriam permanecer firmes e jamais recuar, 
perseverar com paciência. 
 
19. Na vossa paciência, possuí a vossa alma. 
(Lucas, 21) 
 
22. E sereis odiados de todos os homens por causa do meu nome; mas aquele que perseverar 
até o fim será salvo. 
(Mateus, 10) 
 
Em outro trecho, o Senhor Jesus nos ensina que a paciência é necessária para combater o pecado do 
mundo. Ele ilustra isso ao dizer que, quando alguém fizer algum mal contra você, ao invés de se irar 
contra essa pessoa, devemos ser pacientes e fazer justamente o oposto do que se espera, não 
combater o mal com o mal, mas combater o mal com o bem. 
 
38. Ouvistes o que foi dito: “Olho por olho e dente por dente”. 
39. Eu, porém, vos digo: Não resistais ao perverso; mas se alguém te ofender com um tapa 
na face direita, volta-lhe também a outra. 
(Mateus, 5) 
 
O Senhor Jesus também demonstra em vários momentos como Ele foi paciente ao cumprir a Sua 
missão e o propósito de Deus, mesmo diante de um povo incrédulo e perverso, Ele perseverou em 
Seu propósito. 
 
41. Então, declarou Jesus: “Ó geração sem fé e perversa! Até quando estarei convosco e 
sofrerei com vossa incredulidade?”. 
(Lucas, 9) 
 
No seu momento de maior sofrimento e maior dor, o Senhor Jesus demonstrou humildade e 
paciência, não se irou e se entregou para o sacrifício na cruz. Ele clamou a Deus, pediu por 
misericórdia, mas aceitou pacientemente a vontade de Deus. 
 
36. E Ele disse: Aba, Pai, todas as coisas Te são possíveis; afasta de mim esse cálice; todavia, 
não seja como eu quero, mas como tu queres. 
(Marcos, 14) 
 
46. E cerca da hora nona, bradou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? (isto é, 
Meus Deus, Meus Deus, por que tu me abandonaste?) 
(Mateus, 27) 
 
Assim como Jesus suportou a cruz e desprezou a desonra a fim de obter a alegria de juntar-se a Deus 
em Seu trono, assim também os cristãos devem correr sua corrida com paciência. 
 
1. Portanto, visto que nós também estamos rodeados de uma tão grande nuvem de 
testemunhas, deixemos de lado todo o peso, e o pecado que tão de perto nos rodeia e 
corramos com paciência a corrida que está proposta diante de nós. 
2. Olhando para Jesus, o autor e consumador da nossa fé, o qual, pela alegria que lhe foi 
proposta, suportou a cruz, desprezando a desonra, e está à destra do trono de Deus. 
(Hebreus, 12) 
 
Na carta que Paulo escreve aos Romanos, ele destaca como as tribulações ajudam a produzir 
paciência. Através da paciência, adquirimos experiência e esperança. 
 
3. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação 
produz paciência, 
4. e a paciência a experiência, e a experiência a esperança; 
5. e a esperança não nos envergonha, porque o amor de Deus está derramado em nossos 
corações pelo Espírito Santo que é dado a nós. 
(Romanos, 5) 
 
Para concluir, entendemos que a paciência não age sozinha, mas se relaciona com as outras virtudes 
do fruto do espírito. Quando somos pacientes com alguém, estamos mostrando bondade, amor, 
temperança, entre outros. Ser paciente é um fator determinante para nos tornarmos mais como 
Cristo. 
 
 
3.5 Benignidade 
 
Em algumas bíblias, vamos encontrar o termo benignidade como amabilidade. É comum confundir 
benignidade com bondade, entretanto, entendemos que a benignidade está relacionada com o 
caráter do indivíduo, enquanto a bondade consiste nas atitudes deste. 
 
A Benignidade é um dos traços do caráter de Deus. Deus a demonstra em muitos momentos, mesmo 
diante de homens tão pecadores como somos, Ele corrige os nossos erros e mostra o caminho 
correto para não voltarmos a errar. 
 
8. Misericordioso e justo é o SENHOR e, por isso, aos pecadores reensina seu caminho. 
9. Dirige os humildes na justiça e os instrui no seu caminho. 
10. Todos os caminhos do SENHOR são amor e fidelidade para os que obedecem aos preceitos 
da sua aliança. 
(Salmos, 25) 
 
A nossa própria existência é demonstração da benignidade de Deus. Quando Adão e Eva pecam 
diante de Deus, Ele os expulsa do Jardim do Eden para que não comam o fruto da árvore da vida 
porque, se eles comessem, viveriam para sempre e não teriam mais possibilidade de serem 
redimidos do pecado que cometeram. Deus aqui mostra mais uma vez que ele age fazendo o bem 
para o homem mesmo diante de um ato de rebeldia. 
 
22. Então declarou o Senhor Deus: “Eis que agora o ser humano tornou-se como um de nós, 
conhecendo o bem e o mal. Não devemos permitir que ele também estenda a sua mão e 
tome do fruto da árvore da vida e comendo-o possa viver para sempre!” 
(Gênesis, 3) 
 
Uma das maiores demonstrações da benignidade Deus foi através do sacrifício do Senhor Jesus para 
trazer a graça ao pecador, o favor que o homem não merecia. Pelo sacrifício voluntário de nosso 
Senhor Jesus, o homem que estava morto é ressuscitado e volta a ter vida na presença de Deus. 
 
4. No entanto, Deus, que é rico em misericórdia, por meio do grande amor com que nos 
amou, 
5. deu-nos vida com Cristo, estando nós ainda mortos em nossos pecados, portanto: pela 
graça sois salvos! 
6. Deus nos ressuscitou com Cristo, e com Ele nos entronizou nos lugares celestiais em Cristo 
Jesus, 
(Efésios, 2) 
 
Para os Cristãos, entendemos que a manifestação do fruto do espírito na forma de benignidade se 
dá na preocupação com o próximo, independente de quem ele seja, devemos amar o nosso próximo 
e praticar a bondade para com ele. Ainda que seja impossível, o que o cristão deve perseguir é tratar 
seu próximo como Deus o trata. A benignidade nos torna filhos de Deus. 
 
44. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; 
45. para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus, pois que Ele faz raiar o seu sol 
sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos. 
(Mateus, 5) 
 
O homem de si próprio não tem a benignidade. Se não estamos em Jesus Cristo, não conseguimos 
desenvolver o fruto do espírito e, de nós mesmos, só conseguimos praticar o pecado. Ainda que 
façamos o bem, fora de Cristo, nossas ações são egoístas e buscam satisfazer nosso interesse próprio, 
não sendo um desejo genuíno de ajudar nosso próximo. 
 
19. Pois o que pratico não é o bem que almejo, mas o mal que não quero realizar, esse eu 
sigo praticando. 
20. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o realiza, mas o pecado que reside em 
mim. 
21. Assim, descubro essa Lei em minha própria carne: quando quero fazer o bem, o mal está 
presente em mim. 
22. Pois no íntimo da minha alma tenho prazer na Lei de Deus; 
23. contudo, vejo uma outra lei agindo nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei 
da minha razão, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em todos os meus 
membros. 
24. Miserável ser humano que sou! Quem me libertará deste corpo de morte? 
25. Graças a Deus, por Jesus Cristo, nosso Senhor! De modo que, eu mesmo com a razão sirvo 
à Lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado. 
(Romanos, 7) 
 
Ainda que a maldade seja um traço do homem pecador, é possível se afastar das práticas maldosas 
e se aproximar de Deus. Cada pessoa conhece seus impulsos pecaminosos e conhece a si mesmo. Se 
direcionarmos nosso desejo para aquilo que é espiritual e buscarmos as coisas de Deus, vamos provar 
da bondade de Deus e Ele mesmo nos ajudará a desenvolver o fruto do espírito. 
 
1. Portanto, livrando-vos de toda malignidade e de todo engano,hipocrisia, inveja e toda 
espécie de maledicência, 
2. desejai o puro leite espiritual, como crianças recém-nascidas, a fim de crescerdes, por 
intermédio desse alimento para a Salvação, 
3. se é que já provastes que o Senhor é bom. 
(1 Pedro, 2) 
 
Por fim, concluímos que a benignidade é algo sobre-humano, apenas através da misericórdia de Deus 
podemos de alguma forma demonstrar em nosso caráter alguma benignidade, entendendo que 
apenas em Deus encontramos sua perfeita manifestação. 
 
1. Louvai ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre. 
(Salmos, 136) 
 
 
3.6 Bondade 
 
Para começar a falar sobre bondade, uma reflexão é importante: ninguém consegue ser bom 
tentando ser bom. 
 
Entendemos que só existe um bom, que é Deus. Ao ser chamado de “Bom mestre”, o Senhor Jesus 
explica que só existe um bom e que, ao ser chamado de bom, reconhece-se que Ele é o filho de Deus. 
 
18. Replicou-lhe Jesus: “Por que me chamas bom? Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus! 
(Marcos, 10) 
 
A Bíblia nos ensina que devemos ser gratos a Deus e louvar aos Senhor por causa da sua bondade. 
Em Salmos, vemos vários momentos em que a bondade de Deus é mencionada, sempre seguida de 
agradecimento e louvores. 
 
1. Aleluia! Dai graças ao SENHOR, porquanto Ele é bom; o seu amor dura para sempre! 
(Salmos, 106) 
 
8. Provai e vede como o SENHOR é bom. Como é feliz o homem que nele se abriga! 
(Salmos, 34) 
 
1. Rendei graças ao SENHOR porque Ele é bom, porquanto seu amor leal dura para sempre. 
(Salmos, 136) 
 
68. Tu és bom, e tudo o que fazes é muito bom; ensina-me os teus decretos! 
(Salmos, 119) 
 
9. o SENHOR é bom para com todos; e sua compaixão alcança todas as suas criaturas”. 
(Salmos, 145) 
 
A bondade de Deus é mostrada mesmo perante o homem infiel. Na infidelidade humana, Deus 
permanece fiel, porque Ele não pode negar-se a Si mesmo. Isso nos mostra que a bondade é algo 
intrínseco a Deus que Ele demonstra o tempo todo e observamos isso constantemente em nossas 
vidas. 
 
13. mas se somos infiéis, Ele, entretanto, permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo. 
(2 Timóteo, 2) 
 
O Senhor Jesus deu exemplos para os homens entenderem o que eram atos de bondade. Na parábola 
do bom Samaritano, Ele explica como a religiosidade não torna o homem bom. Ao dizer que o 
Sacerdote e o Levita passam pelo homem machucado e não tomam nenhuma ação, o Senhor Jesus 
nos faz entender que sermos religiosos e não fazer o mal não é suficiente. A misericórdia e a empatia 
demonstradas pelo samaritano são maiores do que a religiosidade, dando a ele o título de “bom”. 
 
30. Diante do que Jesus lhe responde assim: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó, 
quando veio a cair nas mãos de alguns assaltantes, os quais, depois de lhe roubarem tudo e 
o espancarem, fugiram, abandonando-o quase morto. 
31. Coincidentemente, descia um sacerdote pela mesma estrada. Assim que viu o homem, 
passou pelo outro lado. 
32. Do mesmo modo agiu um levita; quando chegou ao lugar, observando aquele homem, 
passou de largo. 
33. Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, assim 
que o viu, teve misericórdia dele. 
34. Então, aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Em 
seguida, colocou-o sobre seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. 
(Lucas, 10) 
 
Santo Agostinho em sua obra “Livre Arbítrio” tenta entender a origem do mal, mas a conclusão dele 
é de que o mal é parte daquele que o comete, ou seja, cada homem é responsável pelo mal que faz. 
Atribuir o mal que cometemos aos outros ou ao Diabo é enganarmos a nós mesmos. 
 
“O mal não poderia ser cometido sem ter algum autor. Mas caso me perguntes quem seja o 
autor, não o saberia dizer. Com efeito, não existe um só e único autor. Pois cada pessoa ao 
cometê-lo é o autor de sua má ação.” 
(Agostinho, “Livre Arbítrio”) 
 
Através dessas reflexões, a conclusão que chegamos é que a maldade é a ausência de Deus e que a 
bondade é a Sua plenitude. 
 
Para o homem que não tem Deus em sua vida, sempre falta algo. E essa falta de algo gera o mal no 
homem, por causa das paixões da carne. E isso não vem de Deus, mas vem do mundo. 
 
16. Pois tudo o que há no mundo: as paixões da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos 
bens não provém do Pai, mas do mundo. 
(1 João, 2) 
 
A “falta de algo” que o homem sente constantemente o move a agir contra outros homens e praticar 
a maldade. 
 
15. Porém, se mordeis e devorais uns aos outros, cuidado para não vos destruirdes 
mutuamente! 
(Gálatas, 5) 
 
No Jardim do Eden, quando Eva é enganada pela serpente, a estratégia do Diabo é convencer a Eva 
que falta algo para ela, de que ela não tem algo que ela precisa ter, o conhecimento do bem e do 
mal, para ser igual a Deus. Isso gera o orgulho e a cobiça nela, o que faz com que ela e seu marido 
quebrem a aliança com Deus, dando origem a natureza pecaminosa do ser humano. 
 
5. Ora, Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e vós, como 
Deus, sereis conhecedores do bem e do mal!” 
(Gênesis, 3) 
 
Quando dizemos que a bondade é a plenitude de Deus, entendemos que o homem que se aproxima 
de Deus, que é cheio do seu espírito santo e que procura ser íntimo Dele vai entender que a bondade 
não é fazer o bem ocasional e muito menos deixar de fazer o mal. Quando estamos cheios do espírito 
de Deus, temos algo para ofertar, para doar e a bondade passa a fazer parte de quem somos, não 
aquilo que fazemos. 
 
Olhando para os evangelhos, encontramos no Senhor Jesus formas que podemos expressar a 
bondade para com os outros, destacando: 
 
• Servidão 
 
13. Vós me chamais ‘Mestre’ e ‘Senhor’, e estais certos, pois Eu, de fato, o sou. 
14. Dessa maneira, se de vós Eu Sou Senhor e Mestre e ainda assim vos lavei os pés, 
igualmente vós deveis lavar os pés uns dos outros. 
15. Dei-vos um exemplo para que, como Eu vos fiz, também vós o façais. 
16. Em verdade, em verdade vos afirmo que nenhum escravo é maior do que seu senhor, 
como também nenhum enviado é maior do que aquele que o enviou. 
(João, 13) 
 
• Generosidade 
 
38. Dai sempre, e recebereis sobre o vosso colo uma boa medida, calcada, sacudida, 
transbordante; generosamente vos darão. Portanto, a medida que usares para medir o teu 
próximo, essa mesma será usada para vos medir. 
(Lucas, 6) 
 
35. Por meio de todas as minhas realizações, tenho-vos mostrado que, mediante trabalho 
árduo, devemos cooperar com os necessitados, lembrando as palavras do próprio Senhor 
Jesus: ‘É mais bem-aventurado dar do que receber’”. 
(Atos, 20) 
 
• Empatia 
 
12. Portanto, tudo quanto quereis que as pessoas vos façam, assim fazei-o vós também a 
elas, pois esta é a Lei e os Profetas. 
(Mateus, 7) 
 
35. Pois tive fome, e me destes de comer, tive sede, e me destes de beber; fui estrangeiro, e 
vós me acolhestes. 
36. Quando necessitei de roupas, vós me vestistes; estive enfermo, e vós me cuidastes; estive 
preso, e fostes visitar-me’. 
37. Então, os justos desejarão saber: ‘Mas, Senhor! Quando foi que te encontramos com 
fome e te demos de comer? Ou com sede e te saciamos? 
38. E quando te recebemos como estrangeiro e te hospedamos? Ou necessitado de roupas e 
te vestimos? 
39. Ou ainda, quando estiveste doente ou encarcerado e fomos ver-te?’ 
40. Então o Rei, esclarecendo-lhes responderá: ‘Com toda a certeza vos asseguro que, sempre 
que o fizestes para algum destes meus irmãos, mesmo que ao menor deles, a mim o fizestes’. 
(Mateus, 25) 
 
Para concluir, entendemos que se aproximar de Deus e meditar na sua bondade são caminhos para 
desenvolver essa virtude do fruto do espírito. Na palavra de Deus, vamos encontrar vários exemplos 
de Sua bondade. Nos evangelhos, o Senhor Jesus mostra aos discípulos como praticá-la. Cabe a nós 
nos aprofundarmos nas escrituras sagradas para termos melhor compreensão e colocar em prática 
nas nossas vidas. 
 
 
3.7 Fé 
 
Efésios 6:16: “Tomando sobretudo o escudo da fé,com o qual podereis apagar todos os dardos 
inflamados do maligno”, então, lembre-se a fé é o escudo contra os dardos inflamados do inimigo. 
 
Efésios 2:8,9 
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das 
obras, para que ninguém se glorie; 
 
A fé é uma qualidade que nos dá força para vencer o mal e as adversidades. 
 
Hebreus 11 
Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem. 
Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia 
que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. 
 
Mateus 21:21 
Jesus, porém, respondeu-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só 
fareis o que foi feito à figueira, mas até, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, isso 
será feito; 
 
Mateus 17:20 
Disse-lhes ele: Por causa da vossa pouca fé; pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um 
grão de mostarda direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será 
impossível. 
 
 
3.8 Brandura 
 
“A Brandura ou Mansidão de que nos fala São Paulo em Gálatas 5,23 tem precisamente por objeto 
dispor a nossa vontade para suportar as contrariedades com suavidade e sem irritação, isto é, sem 
dar mostras de impaciência e muito menos de cólera, sem deixar transparecer a menor perturbação. 
‘A caridade não se irrita’ (1 Cor 13,5).” 
 
O Fruto da Brandura, se destaca e se define melhor quando o consideramos em relação ao seu 
oposto: a ira. Parece natural no ser humano essa tendência de reagir às coisas que nos contrariam 
com um comportamento brusco e, por vezes até violento. Mas não é isso o que Jesus nos ensina. 
 
“Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!” (Mt 5,5) 
 
 
3.9 Temperança 
 
Quem pratica a temperança tem autocontrole e mostra moderação em suas paixões e 
comportamentos. Sendo assim, a temperança como um traço de caráter é um tema comum em toda 
a Bíblia, especialmente no Novo Testamento. É impossível viver uma vida piedosa e agradar ao 
Senhor sem autocontrole. 
 
O apóstolo Paulo, descreve a temperança em 1 Coríntios 9:27: “Antes subjugo o meu corpo, e o 
reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar 
reprovado”. 
 
A temperança não vem da natureza humana. Mas, é produzida pelo Espírito Santo naquele que aceita 
Cristo como seu único salvador e escolhe negar a própria carne. 
Sendo assim, buscar o que vem do alto é essencial para sermos guiados a ter domínio próprio e 
autocontrole, pois a plena temperança provém do Espírito.

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