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NULIDADES NO PROCESSO PENAL

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Todo ato processual deve ser praticado observando a Constituição Federal e o Código 
Processual Penal, os atos que forem praticados inobservando tais disposições normativas 
estão eivados de nulidades. 
 
NULIDADES ABSOLUTAS 
São aquelas que atentam contra preceitos de ordem pública, geralmente descritos na 
Constituição Federal, como a ampla defesa, o contraditório, o juízo natural e o devido 
processo legal. Tem como características: 
• prejuízo presumido: tendo em vista a gravidade que macula o ato processual; 
• arguição a qualquer momento: as nulidades absolutas podem ser arguidas a qualquer 
tempo, não incorrendo a preclusão. A única exceção é a sentença absolutória transitada em 
julgado, pois como advém do tribunal do júri, em que rege o princípio pro societate, não 
caberá revisão criminal. 
 
NULIDADES RELATIVAS 
São aquelas em que as normas infraconstitucionais são violadas, bem como, há o prejuízo 
para uma das partes do processo. Tem como características: 
• comprovação do prejuízo: necessidade de comprovar o prejuizo que está sendo alegado; 
• arguição oportuna: as nulidades relativas podem ser precluir, consequentemente serem 
convalidadas. Por esse motivo, é necessário que sejam arguidas no tempo e modo correto. 
 
PRINCÍPIOS INFORMATIVOS DAS NULIDADES 
PAS DE NULLITÉ SANS GRIEF: nenhum ato processual será declarado nulo se não houver 
prejuízo para as partes; 
 
PERMANÊNCIA DA EFICÁCIA DOS ATOS PROCESSUAIS PENAIS: os atos processuais 
permanecem válidos, até que o juiz declare sua nulidade; 
 
CAUSALIDADE NO PROCESSO PENAL: a contaminação de um ato processual gera a 
invalidação dos demais atos que lhe forem consequência ou decorrência. O juiz ao declarar a 
nulidade, deverá taxar quais atos subsequentes também estarão maculados. 
 
CONVALIDAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS: o defeito de um ato nulo é sanado, devido a 
sua convalidação. Não é aplicado as nulidades absolutas. Pode ocorrer da seguinte forma: 
• preclusão temporal: ocorre quando há a perda de um direito, devido à ausência de 
alegação no prazo determinado. 
• preclusão lógica: ocorre quando há a incompatibilidade na prática de um ato processual 
com relação a outro já praticado, como o uso do sistema presidencialista de oitiva de 
testemunhas; 
• ratificação: ocorre quando os atos processuais já praticados serão aproveitados e não 
haverá a declaração de nulidade. Há duas hipóteses, conforme art. 568 e 567 do CPP; 
• suprimento: ocorre quando eventuais omissões poderão ser supridas a qualquer tempo, 
antes da sentença. 
 
TIPICIDADE DAS FORMAS: todo ato processual possui sua forma prescrita em lei, seja na 
CF ou no CPP, portanto a inobservância dessas normas ensejara a nulidade; 
 
INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS NO PROCESSO PENAL:
não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influenciado na apuração da 
verdade substancial ou na decisão da causa. Como uma prova ilícita, mas que não é 
utilizada para fundamentar a sentença; 
 
INTERESSE NO PROCESSO PENAL: a defesa somente poderá alegar a nulidade que lhe 
interesse, bem como, também não poderá alegar a nulidade de ato que deu causa. Vale 
ressaltar que, este princípio não cabe as nulidades absolutas.

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