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Diarreia Aguda: · Frequência fecal aumentada · Normal 1x\2dias ou 3x\dia cerca de 200g ao dia. · Aumento frequencia ou volume · Evacuação frequente, com eliminação de fezes moles ou aquosas, urgência fecal ou sensação de de evacuação incompleta · Redução consistência das fezes (anormalmente liquidas, mal-formadas) Causas: · Infecção · Açucares mal absorvidos · Doença inflamatória intestinal · Colite · Funcional · Doença celíaca · Insuf pancreática · Hipertireoidismo · Isquemia · Tumor endócrino · Medicamentos Duração: Aguda – até 2 semanas ( GECA ) Gastroenterocolite aguda Persistente (Subaguda) 2 – 4 semanas Crônicas > 4 semanas 90% causa infecciosa, acompanha vômitos, febre e dor abdominal 10% medicamentos, ingestas toxicas, isquemias, alimentação inadequada Apresentação: · Variavel desde quadros simples a choque hipovolêmico\septico · Depende do agente e principalmente do hospedeiro · Causa importante de mortalidade em países subdesenvolvidos (crianças e idosos) · 1.800.000 mortes\ano Diarreia infecciosa: Ingestão de alimentos contaminados com patógenos · Carnes cruas ou mal-cozidas, arroz, maionese e paês, ovo, laticínios cru, queijo, frutos do mal e saladas mal lavadas. · Salmonella (frutos do mar, ovo, maionese) · Campylobacter · Shigella (Frangos) · E. Coli enterro-hemorragica (carne mal cozida) · Bacilus cereis · S. áureos · Listeria ( laticínios) · Vibrio · Hepatite A Exposição ocupacional – cuidadores de creche e seus familiares, cuidadores de idoso, população prisional - Rotavirus - Shigella - Giardia - Cryptosporidium Imunossuprimidos Deficiência de IgA, hipogamaglobulinemia comum, SIDA, uso de imunossupressos, idosos infecções concomitantes, clinica mais grave. SIDA \ HSH Diarreia dos viajantes: Exposição a flora diferente da habitual E. coli enterotoxigênica ou enteroagregante Início entre 3 a 14 dias da chegada Antibioticos: Pode causar diarreia por lesar flora comensal Permite a proliferação de flora patogênica Perda da capacidade de digestão de determinados alimentos Quadro clínico: Toxinas enteropatogênicas: • Pré-formadas: início precoce, acompanha vômitos e dor abdominal · =Bacillus cereus, S. aureus, Clostridium perfringens • Flora produtora de enterotoxinas: incubação por até 72h · Cólera, E. coli enterotoxigênica, Klebsiella pneumoniae, Aeromonas • Flora enteroaderente: incubação até 8 dias, geralmente sem febre ou vômitos · E. coli, Giardia, Cryptosporidium, helmintos · Giardia frequentemente faz quadros prolongados • Produtores de citotoxina: incubação variável (1-3 dias), dor importante, sangue · C. difficile, E. coli enterohemorrágica Organismos invasivos · Inflamação mínima: • Rotavírus e norovírus: incubação até 3 dias, vômitos, dor, febre, · Inflamação grave: • Shigella, E. coli enteroinvasiva, Entamoeba histolytica • Incubação entre 12h e 8 dias, dor, febre, sangue · Inflamação variável: • Salmonella, Campylobacter, Aeromonas, Vibrio parahaemolyticus, Yersinia: incubação entre 12h e 10 dias, quadro variável, geralmente com febre Outras causas: diarreia pode ser o quadro de abertura de hepatites, listeriose, legionelose, síndrome do choque tóxico, doenças inflamatórias intestinais Complicações: · Desidratação, choque hipovolêmico · Artrite reativa · Sindrome hemolítico-uremica · Sd Guillain-barré · Síndromes disabsortivas Medicamentos: · Principal causa de diarreia não infecciosa · Associação de vários medicamentos Outras causas: · Isquêmica - Pacientes >50 anos - Atentar outros fatores de risco (aterosclerose) - Dor abdominal baixa precedendo diarreia Sangramento tardio · Diverticulite - HIperproliferação bacteriana · Intoxicação - Inseticida, cogumelos, arsênico, toxina ambientais, anafilaxia por alimentos. Chlostridium difficile: · Pessoas em instituição de longa permanência ou hospitais com uso de atb: - C. dificcile – pós uso de clindamicina, ampicilina, cefalosporinas, ciprofloxacina, levofloxacina. - Forma fezes não sanguinolentas, 20 evacuações ao dia, febre, leucocitose. - Diagnostico: Diarreia >3x ao dia por pelo menos 2 dias, sem outra causa + detecção de toxina nas fezes (toxina A enterotoxina e B citotoxina) Manejo em diarreias agudas: · Anamnese cuidadosa. · Pesquisar ingestas · Pesquisar uso de medicamento associado · Pesquisar sintomas de alerta · Característica da diarreia ALTA x BAIXA e de INVASÂO x INFLAMAÇÂO Evolução: · Maioria autolimitada e leve. · Depende da gravida, duração imunidade do hospedeiro. Deve investigar: · Desidratação · Fezes com sangue · Febre > 38,5 · Duração de > 48h sem melhora · Uso recente de atb · Surto comunitário · Dor importante em pacientes acima dos 50 anos, especialmente >70 anos · Imunocomprometidos Manejo: · Diarreia leve: - Reposição hidroeletrolítica VO - Sintomáticos - Investigar persistência após retirada de possivel desencadeante · Diarreia Grave: - Reposição hidroeletrolítica EV - Sintomáticos - Cultura e pesquisa de patógenos nas fezes - Iniciar tratamento empírico até resultado. · Casos moderados - Reposição hidroeletrolítica EV ou VO - Sintomáticos - Investigar e tratar se: Febre >38,5 , presença de sangue, leucócitos fecais +, idosos ou imunocomprometidos. Antidiarreicos: · Loperamida: Diarreia não infecciosa ou sem febre · Subsalicilato de bismuto: Evitar em imunossuprimido e nefropatas, risco de encefalopatia, pode usar em diarreia do viajante. Tratamento com ATB: · Empiricos: - Ciprofloxacina - Norfloxacina - Metronidazol · Chlostridium: - Vancomicina ou metronidazol Vo por 10 – 14 dias. Investigação: · Coprocultura · Pesquisa leucócitos fecais · Cultura vírus · Parasitologico de fezes · Pesquisa toxinas · Colonoscopia sigmoidoscopia · Endoscopia com aspirado duadeal -> Giardise e doença celíaca · TC de abdome (diverticulite – doenças extraintestinais) Diarreia crônica: · Diarreia pode ser definida por: ● Aumento na frequência, peso e/ou volume das fezes · Redução na consistência (níveis 5 a 7 da escala de fezes de Bristol) · Antigamente, > 200g/dia → fezes normais · Classificação - 7 a 14 dias - aguda - 15 a 30 dias – persistente - > 30 dias - crônica Diarreia crônica: -> Persistência de evacuações com fezes amolecidas (bristol 5 a 7) e o aumento na frequência das evacuações por mais de 30 dias ou 4 semanas. Diarreia osmótica: · Presença substância não absorvíveis, alta osmolaridade, carrega grande quantidade a água para luz intestinal · Menos eletrólitos · Melhora durante a noite (falta de ingestão · Dano na mucosa do intestino delgado · Aumento lactose na luz intestinal (aumenta osmolaridade luminal) · Fermentação da lactose pela microbiota intestinal · Dor abdominal, distensão, flatulências, assadura perineal. Diarreia secretora: · Grande secreção de fluidos e eletrólitos para luz intestinal · Ausência ruptura ou invasão mucosa intestinal · Ação enterotoxinas · Ativa adenilciclase · Diarreia aquosa, volumosa, sem sangue ou leucócitos. Diarreia motora ou funcional: · Cursa com dismotilidade · Sindrome intestino irritável Esteatorréia: · Presença de gordura nas fezes Diarreia inflamatória exsudativa: · Inflamação que promove secreção de substâncias como pus, muco e sangue. · Invasão de mucosa e submucosa · Inflamação que leva exsudato a produção de subs vasoativas · Diarreia mucosaguinolenta, febre, calafrio e mal estar. Classificação da diarreia crônica: · Diarreia com fezes aquosas – pre, pós ou entérica - Pré-enterica: Sindrome intestino irritável - Enterica: Deficiência congênita de lactasse, intolerância a lactose - Pós entérica: Alergia alimentar · Diarreia com fezes esteatorreicas (gordurosas) – pre, pos ou entéricas - Pré entérica: Fibrose cística, hepatopatia crônica, desnutrição - Enterica: Doença celíaca, síndrome intestino curto - Pós entérica: linfangiectasia intestinal, linfomas · Diarreia com fezes sanguinolentas - Retocolite ulcerativa, doença de crohn, colite alérgica, infecões parasitarias, tuberculose intestinal, neoplasias. ANAMNESE · Característica da diarreia – início · Padrão (intermitente ou contínuo) · Volume· Relação com alimentação, estresse, melhora ou não com jejum, período do dia. · Sintomas associados: Dor abdominal, perca de peso, distensão abdominal, flatulências Exame físico: · Pele e mucosas secas, hipotensão, taquicardia = desidratação · Febre associada a infecção · Exame abdominal cuidadoso para excluir diverticulite. Investigação da diarreia: Deve encaminha para especialista em: · Sinais de alarme · Diarreia grave · Suspeita doença intestinal inflamatória · Diagnostico inconclusivo após investigação inicial · Falha tratamento empírico Sinais de alarme: • Idade de início após os 50 anos • Sangramento retal ou melena • Dor noturna ou diarreia • Dor abdominal progressiva • Perda de peso inexplicável, febre ou outros sintomas sistêmicos • Anormalidades laboratoriais (anemia por deficiência de ferro, proteína C reativa elevada ou calprotectina fecal) • História familiar de doença inflamatória intestinal (DII) ou câncer colorretal Principais doenças: Sindrome do intestino irritável: · Colica quadrante inferior, alteração habito intestinal causado com diarreia aquosa e episódios de constipação. · Diarreia pós prandial. · Colicas – urgência – sensação evacuação incompleta · Muco nas fezes, 2x mais comum em mulheres Critérios roma IV · Dor abdomina pelo menos 1 dia da semana associada a 2 ou mais sintomas: · Início da mudança de evacuações, da aparência, maior que 25% das evacuações foram duras, e menor de 25% fezes moles. Tratamento: · Modificações alimentares (exclusão mono, oligo e dissacarídeos fermentáveis, polióis, em alguns casos lactose e glúten) · Fibra (nos pacientes com constipação) · Exercício físico · Suporte psicológico/psiquiátrico · Sintomáticos Doença inflamatória intestinal: · Se manifesta como doença de crohn ou colite ulcerativa · Sangue, muco e pus nas fezes · Inicia entre 15 e 40 anos · Jovens pode confundir com SII · Hemograma, leucócitos fecais, VHS e calprotectina fecal · Colonoscopia Retocolite ulcerativa: · Sangramento retal · Dor, tenesmo · Diarreia sanguinolenta, perda de peso, febre e anemia Doença de crohn · Cursa com ileite · Exsudativa · Dor abdominal, diarreia, febre, fistula perianal, sangue nas fezes. · DIFERENCIAL -> Diarreia sanguinolenta é incomum. Colite microscópica: · Mais comum sexo fem, acomete todas idades, mais comum a 60 anos · Colonoscopia · Biopsia, 2 padrões, infiltrado linfocitico na lâmina própria, uso de aines. Doença celíaca: · Enteropatia sensível ao gluten, geneticamente predisposto · Diarreia crônica, fadiga, anemia ferropriva, perda de peso · Diagnostico confirmado com bipsia na 2 porção do duodeno · Associada a casos de DM1 e tereoideite de hashimoto. Intolerância a lactose: · Ingestão de lactose causa (dor abdominal, borborigmo, flatulência, náuseas e diarreia) · Indivíduos com deficiência absorve menos de 75% · Forma + comum · Exclusão ou redução do leite + ingestão de lactase. Infecções crônicas: · Cronificam devido a agentes parasitários -> Giardia
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