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TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL aulas digitadas

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Centro Universitário UNINOVAFAPI 
Coordenação do Curso de Bacharelado em Direito 
Disciplina: Teoria Geral do Direito Empresarial 
Professor: Joffre do Rêgo Castello Branco Neto 
 
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem autorização prévia e expressa do Prof. Joffre Castello Branco. 
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TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL 
 
01. Conceito e nomenclatura 
Obs: Direito Empresarial é um ramo científico do Direito? 
 
Ciência → 1) objeto de estudo próprio + 2) metodologia/método + 3) princípios (próprios 
e/ou gerais) 
 
- estudo direcionado e regrado → método 
- aplicação de um conhecimento → objeto de estudo 
 
(a) Direito Mercantil: direito consuetudinário, com caráter subjetivista/corporativista 
(corporações de ofício) e de jurisdição privada 
 
(b) Direito Comercial: direito composto por normas editadas pelo Estado (ex: Código 
Comercial Francês de 1808), jurisdição estatal aplicável a todos, regime jurídico 
autônomo em relação ao Direito Civil, orientado pela teoria dos atos de comércio 
 
(c) Direito Empresarial: caracteriza-se pela descodificação, não tem apenas os atos de 
comercio como objeto de estudo pois adota a chamada teoria da empresa: regime jurídico 
que estuda/disciplina toda a atividade econômica organizada 
 
c.1. Conceito de Direito Empresarial: “(...) ramo do Direito Privado que regula toda e 
qualquer atividade econômica organizada (empresa) e aqueles (pessoas físicas ou 
jurídicas) que as exercem profissionalmente (empresários).” (André Santa Cruz) 
 
02. Histórico 
2.1. Antiguidade 
- Não se pode falar em Direito Comercial muito menos em Direito Empresarial 
- Obs: Direito Mercantil 
2.2. Idade Média 
– Surgimento do Direito Comercial (início) 
2.3. Mercantilismo 
- Do Século XV à XVIII 
- Fortalecimento dos estados nacionais 
- Intervencionismo estatal 
- Colonialismo 
- Surgimento de codificações, exemplo: Ordenança do Comércio Terrestre -1673, 
Ordenança da Marinha – 1681 → ambas na França 
- Consolidação do Direito Comercial 
2.4. Período Moderno 
- Inglaterra: Revolução industrial 
- EUA: Independência (1776) 
- França: Revolução Francesa (1789) + Código Civil (1804) + Código Comercial (1808) 
Centro Universitário UNINOVAFAPI 
Coordenação do Curso de Bacharelado em Direito 
Disciplina: Teoria Geral do Direito Empresarial 
Professor: Joffre do Rêgo Castello Branco Neto 
 
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem autorização prévia e expressa do Prof. Joffre Castello Branco. 
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- Itália: Unificação do direito privado com o Código Civil de 1942 → surge o conceito de 
empresário 
- Consolidação da intervenção estatal 
 
03. Evolução histórica (Conforme André Santa Cruz) 
 
 
 
 
04. Evolução histórica (objetivismo e subjetivismo) 
4.1. Período subjetivo – antigo 
Idade média – comerciante é aquele inscrito em uma corporação que cria as próprias 
normas 
4.2. Período objetivo – Teoria dos Atos de Comércio 
Codificação estatal + referência é o objeto 
Centro Universitário UNINOVAFAPI 
Coordenação do Curso de Bacharelado em Direito 
Disciplina: Teoria Geral do Direito Empresarial 
Professor: Joffre do Rêgo Castello Branco Neto 
 
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Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem autorização prévia e expressa do Prof. Joffre Castello Branco. 
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Código Comercial: comerciante é definido por lei (França – 1808; Brasil – 1850) 
4.3. Período subjetivo – moderno – Teoria de Empresa 
Empresário é quem exerce atividade empresarial (Itália – 1942; Brasil – 2002) 
 
05. Teoria dos atos de comércio 
- Divisão no direito privado: direito civil + direito comercial 
- Comerciante: era que praticava com habitualidade atos considerados comerciais. Esses 
atos eram definidos por lei. 
- Rol de atos de comércio = era taxativo 
- Atos não reconhecidos como comerciais/mercantis era regidos pelo Código Civil. 
- Relação definida pelo objeto. 
- Problemática: várias atividades econômicas importantes não se enquadravam nela, 
exemplo: atividades rurais, atividade imobiliária, prestação de serviços, entre outras. 
 
06. Teoria da empresa 
- Unificação do direito privado 
- Binômio empresa/empresário 
- Exercício de atividade econômica organizada de maneira profissional = atividade 
empresarial / empresa 
- Abrange uma maior gama de atividades 
- Empresarialidade é que delimita a incidência de suas normas 
- Obs: CC/2002 - Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas 
Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. 
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se 
a exercer, responderá pelas obrigações contraídas. 
- Obs: Lei 8112/90. Art. 117. Ao servidor é proibido: 
(...) 
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não 
personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou 
comanditário; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL (p.02) 
 
Observações iniciais: 
 
 
Figura 1. Professor Giovani Magalhães 
 
Método dedutivo x Método indutivo 
M. dedutivo = “do geral para o especial” → geral = norma + especial = caso concreto 
M. indutivo = “do especial para o geral” 
 
FOTES DO DIREITO EMPRESARIAL 
 
01. FONTES PRIMÁRIAS 
1.1. Constituição Federal 
- Ordem Econômica e Financeira (art. 170 e seguintes) = regime jurídico 
1.2. Código Civil 
- Direito de Empresa e Direito Societário 
1.3. Código Comercial 
- Direito Marítimo 
1.4. Leis Comerciais (DIVERSAS) 
- Lei de Sociedades por Ações, Locação, Duplicatas, Falência, Cheques, Lei da liberdade 
econômica, etc. 
1.5. Tratados Internacionais 
- Leis Uniformes de Genebra (letra de câmbio, nota promissória e cheque) – Convenção 
de Varsóvia (transporte aéreo) 
 
02. FONTES SECUNDÁRIAS 
- Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro 
de 1942) 
Art. 4º - Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os 
costumes e os princípios gerais de direito. 
 
2.1. Analogia 
 
2.2. Costumes (usos e costumes – usos e práticas comerciais) – Requisitos: 
- Práticas reiteradas entre os comerciantes; 
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- Estarem em conformidade com os princípios da boa-fé e às máximas comerciais; 
- Não serem contrários às disposições da legislação comercial. 
 
Lei 8.934/94. Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins 
e dá outras providências. 
Art. 8º Às Juntas Comerciais incumbe: 
(...) 
VI - o assentamento dos usos e práticas mercantis. 
 
Obs: Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de 
setembro de 1942): 
Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a 
modifique ou revogue. 
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando 
seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei 
anterior. 
§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já 
existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei 
revogadora perdido a vigência. 
Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, 
os costumes e os princípios gerais de direito. 
Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às 
exigências do bem comum. 
 
 
REGIME JURIDICO DA LIVRE INICIATIVA 
(CF/88 - artigos 170 à 181) 
 
- Iniciativa privada tem papel primordial na exploração de atividades econômicas e tem 
fundamento constitucional: 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da 
justiça social, observados os seguintes princípios: 
(...) 
II - propriedade privada; 
III - função social da propriedade; 
IV - livre concorrência; 
(...) 
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis 
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. 
Parágrafo único - É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade 
econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos 
previstos em lei. 
 
- O Estado somente tem função supletiva na exploração de atividades econômicas: 
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CF/88. Art. 173 - Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta 
de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos 
da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo conforme definidos em lei. 
 
- CONCLUSÃO: ”é pressuposto jurídico do regime jurídico-comercial uma Constituição que 
adota os princípios do liberalismo ou de uma vertente neoliberal no regramento da ordem 
econômica” (Fábio Ulhoa Coelho) 
 
- LIMITAÇÕES À LIVRE INICIATIVA (art. 170 CF/88) 
I - soberania nacional; 
(...) 
III - função social da propriedade; 
IV - livre concorrência; 
V - defesa do consumidor; 
VI – defesa do meio ambiente; 
 
Curiosidade: Fontes formais x Fontes materiais 
“As fontes formais são os modos de manifestação do direito mediante os quais o jurista conhece e descreve 
o fenômeno jurídico. O órgão aplicador, por sua vez, também recorre a elas, invocando-as como justificação 
da sua norma individual.³ 
As fontes formais podem ser estatais e não estatais. As estatais subdividem-se em legislativas (leis, 
decretos, regulamentos etc.) e jurisprudenciais (sentenças, precedentes judiciais, súmulas etc.). A isso 
podemos acrescer as convenções internacionais, pelas quais dois ou mais Estados estabelecem um tratado, 
daí serem fontes formais estatais convencionais. 
As não estatais, por sua vez, abrangem o direito consuetudinário (costume jurídico), o direito científico 
(doutrina) e as convenções em geral ou negócios jurídicos. 
Essas normas jurídicas (leis, decretos, costumes, sentenças, contratos) não são, como se vê, produtoras do 
direito, mas consistem no próprio direito objetivo, que brota de circunstâncias políticas, históricas, 
geográficas, econômicas, axiológicas e sociais (fontes materiais) que se completam com um ato volitivo do 
Poder Legislativo, Executivo, Judiciário etc. (fontes formais). Daí dizer García Máynez que as fontes 
formais são os canais por onde se manifestam as fontes materiais. As fontes formais não são normas; são, 
como nos ensina R. Limongi França, formas de expressão do direito positivo. São apenas meios que traduzem 
as normas (leis, costumes, súmulas etc.) em palavras para facilitar seu conhecimento pelo jurista e sua 
aplicação pelo órgão competente. As fontes formais seriam então os processos ou meios pelos quais as normas 
jurídicas se positivam com legítima força obrigatória, ou seja, com vigência e eficácia. 
Fontes materiais ou reais são não só fatores sociais, que abrangem os históricos, os religiosos, os naturais 
(clima, solo, raça, natureza geográfica do território, constituição anatômica e psicológica do homem), os 
demográficos, os higiênicos, os políticos, os econômicos e os morais (honestidade, decoro, decência, 
fidelidade, respeito ao próximo), mas também os valores de cada época (ordem, segurança, paz social, 
justiça), dos quais fluem as normas jurídico-positivas. 
3 COELHO, Luiz Fernando. Fonte de produção e fonte de cognição. Enciclopédia Saraiva do direito, pp. 39 e 40; FRANÇA, Rubens 
Limongi. Formas e aplicação do direito positivo, p. 32; TORRÉ, Abelardo. Introducción al derecho, pp. 274-279; MÁYNEZ, 
Eduardo Garcia. Introducción al estúdio del derecho, p. 51; REALE, Miguel. Lições preliminares de direito, p. 154. 
Texto de Maria Helena Diniz In <https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/157/edicao-1/fontes-do-
direito>. 
 
Obs: Jurisprudência é fonte do Direito? 
 
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EMPRESA X EMPRESÁRIO 
 
01. EMPRESA 
1.1. NOÇÃO VULGAR/ORDINÁRIA DE EMPRESA: 
 LUGAR onde são produzidos ou comercializados bens ou serviços 
(estabelecimento) 
 INSTRUMENTO DE LUCRO para o empresário (ramo de atividade) 
 COMPLEXO DE BENS voltados para a produção (indústria) 
 INSTITUIÇÃO geradora de empregos, renda, impostos (empregador, produtor, 
contribuinte) 
 PESSOA que explora atividade empresarial (empresário, comerciante) 
 
1.2. CONCEITO JURÍDICO DE EMPRESA (DOUTRINA): 
 Wilges Bruscato: o conceito de empresa é dos mais imprecisos e sempre causou 
tormento para a doutrina. 
 Ludovico Barassi: é um “tormento da doutrina”. 
 Carnelutti: um “escabrosíssimo problema”. 
 Rocco: “serve mais para confundir do que para esclarecer as ideias”. 
 
 Alberto Asquini: a empresa representa um fenômeno multifacetário e poliédrico, que 
assume os seguintes perfis: 
- Subjetivo 
- Objetivo 
- Funcional 
- Corporativo 
 
PERFIS DA EMPRESA SEGUNDO ASQUINI: 
 
 
CC/02.Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada 
para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, 
literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão 
constituir elemento de empresa. 
 
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CC/02. Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da 
empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. (Vide Lei nº 14.195, de 2021) 
§ 1º O estabelecimento não se confunde com o local onde se exerce a atividade empresarial, que poderá ser 
físico ou virtual. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022) 
§ 2º Quando o local onde se exerce a atividade empresarial for virtual, o endereço informado para fins de 
registro poderá ser, conforme o caso, o endereço do empresário individual ou o de um dos sócios da sociedade 
empresária. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022) 
§ 3º Quando o local onde se exerce a atividade empresarial for físico, a fixação do horário de funcionamento 
competirá ao Município, observada a regra geral prevista no inciso II do caput do art. 3º da Lei nº 13.874, 
de 20 de setembro de 2019. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
CLT. Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da 
atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. 
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais 
liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, 
que admitirem trabalhadores como empregados. 
§ 2o - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, 
estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma 
sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes 
da relação de emprego. 
§ 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração 
do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das 
empresas dele integrantes. 
 
CONCLUSÃO: Empresa é um fenômeno econômico complexo que compreende a 
organização dos chamados fatores de produção: insumos, capital, trabalho e tecnologia. 
Assim: 
- Empresa → atividade econômica organizada 
- Empresário → pessoa física ou jurídica que exerce empresa profissionalmente 
 
PERFIS DA EMPRESA NO DIREITO EMPRESARIAL BRASILEIRO ATUAL: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EMPRESA X EMPRESÁRIO (cont.) 
 
02. EMPRESÁRIO 
O empresário (pessoa física ou jurídica) é o responsável pela articulação dos fatores de 
produção, bem como pelo risco da atividade econômica. 
 
2.1. REQUISITOS DO ART. 966 DO CC/2002 (REQUISITOS DE EMPRESÁRIO): 
A) Profissionalismo 
- Habitualidade 
- Pessoalidade (Pessoa física ou jurídica) 
- Monopólio de informações 
B) Atividade econômica organizada = empresa 
C)Produção ou circulação de bens ou serviços 
 
CC/02. Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada 
para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, 
literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão 
constituir elemento de empresa. 
 
2.1.1. PROFISSIONALISMO: 
1) HABITUALIDADE 
 É necessário que a atividade econômica seja exercida de modo permanente. 
 Está descartado, portanto, o exercício esporádico ou eventual da atividade econômica. 
2) PESSOALIDADE 
 É necessário que a atividade econômica seja exercida diretamente pelo próprio 
empresário (pessoa física), pela SLU (antiga EIRELI) ou pela sociedade empresária 
(pessoa jurídica). 
 O sócio de uma pessoa jurídica pode ser um investidor ou empreendedor, mas não é 
empresário. 
 Os empregados quando produzem ou circulam bens o fazem em nome do empresário. 
3) MONOPÓLIO DE INFORMAÇÕES 
 Informações que o empresário detém sobre o produto ou serviço explorados pela 
empresa. 
 Direito do Consumidor: informações sobre condições de uso, qualidade, insumos 
empregados, defeitos de fabricação, riscos potenciais à saúde ou a vida dos 
consumidores. 
 
2.1.2. ATIVIDADE ECONÔMICA ORGANIZADA 
A) Atividade econômica: 
 A atividade empresarial é econômica porque é exercida com intuito de lucro. 
 O lucro não é obrigatório, mas deve ser visado. 
B) Atividade organizada: 
 A empresa é atividade organizada porque nela se encontram articulados os 4 fatores de 
Produção: capital, mão-de-obra, insumos e tecnologia. 
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2.1.3. PRODUÇÃO OU CIRCULAÇÃO DE BENS OU SERVIÇOS 
 Produção de bens – indústria 
 Circulação de bens – comércio atacadista ou varejista 
 Produção de serviços –banco, hospital, escola, etc. 
 Circulação de serviços – agência de turismo 
 
2.2. ATIVIDADES ECONÔMICAS NÃO EMPRESARIAIS OU ATIVIDADES 
ECONÔMICAS CIVIS 
 
2.2.1. NÃO SÃO EMPRESÁRIOS OS PROFISSIONAIS INTELECTUAIS 
 CC/2002. Art. 966 (...) Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
 
2.2.2. PRODUTOR RURAL E CLUBES DE FUTEBOL (optativo) 
 CC/2002. Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, 
observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no 
Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará 
equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. 
 
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo à associação que desenvolva atividade 
futebolística em caráter habitual e profissional, caso em que, com a inscrição, será considerada 
empresária, para todos os efeitos. (Incluído pela Lei nº 14.193, de 2021) 
 
Obs: CC/2002. Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento quecontenha: 
I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens; 
II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa que poderá ser substituída pela assinatura autenticada 
com certificação digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade, ressalvado o disposto no 
inciso I do § 1º do art. 4º da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006; 
III - o capital; 
IV - o objeto e a sede da empresa. 
§ 1º Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição será tomada por termo no livro próprio do 
Registro Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem contínuo para todos os 
empresários inscritos. 
§ 2º À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão averbadas quaisquer modificações nela 
ocorrentes. 
§ 3º Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas 
Mercantis a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária, observado, 
no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código. (Incluído pela Lei Complementar nº 128, de 
2008) 
§ 4º O processo de abertura, registro, alteração e baixa do microempreendedor individual de que trata o art. 
18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 , bem como qualquer exigência para o início 
de seu funcionamento deverão ter trâmite especial e simplificado, preferentemente eletrônico, opcional para 
o empreendedor, na forma a ser disciplinada pelo Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação 
do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios - CGSIM, de que trata o inciso III do art. 2º da mesma 
Lei. (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011) 
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Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem autorização prévia e expressa do Prof. Joffre Castello Branco. 
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§ 5º Para fins do disposto no § 4º, poderão ser dispensados o uso da firma, com a respectiva assinatura 
autógrafa, o capital, requerimentos, demais assinaturas, informações relativas à nacionalidade, estado civil 
e regime de bens, bem como remessa de documentos, na forma estabelecida pelo CGSIM. (Incluído pela Lei 
nº 12.470, de 2011) 
 
 CC/2002. Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de 
empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade 
empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de 
Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os 
efeitos, à sociedade empresária. 
 
2.2.3. SOCIEDADES SIMPLES E SOCIEDADES COOPERATIVAS (SIMPLES) 
- CC/2002. Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por 
objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as 
demais. 
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; 
e, simples, a cooperativa. 
 
- Exemplo de sociedade com atividade não empresarial em lei especial: 
Lei 8.906/94 
Art. 16. Não são admitidas a registro nem podem funcionar todas as espécies de sociedades de advogados 
que apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que 
realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de 
advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar. (Redação dada pela Lei 
nº 13.247, de 2016) 
§ 1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela 
sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo. 
§ 2º O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter temporário 
deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando sua constituição. 
§ 3º É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de 
sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia. 
§ 4o A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do 
seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’. 
 
- Observação: REGISTRO 
1) Sociedades Empresárias (exemplos: empreendedor individual; empresário 
individual; empresário individual de responsabilidade limitada; sociedades empresárias 
em geral) são registradas no Registro Público de Empresas Mercantis (Junta Comercial) 
2) Sociedades simples (cooperativas e outras não empresariais) são Registradas no 
Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas 
3) Sociedades de Advogados são registradas na OAB 
 
2.3. PROIBIDOS DE EXERCER EMPRESA 
Os proibidos de exercer empresa são plenamente capazes para a prática dos atos e 
negócios jurídicos, mas o ordenamento em vigor entendeu conveniente vedar-lhes o 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13247.htm#art2
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exercício dessa atividade profissional. (Fábio Ulhoa Coelho) 
 
CC/2002. Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da 
capacidade civil e não forem legalmente impedidos. 
 
 DIREITO EMPRESARIAL 
 Falido não-reabilitado: Lei 11.101/05 – art. 102 e 181, I; 
 Condenado pela prática de crime cuja pena vede o acesso à atividade empresarial: Lei 
nº 8934/94 – Lei de Registro de Empresas, art. 35, II; 
 Leiloeiro: Decreto 21.981/1932 – art. 36 
 
 DIREITO ADMINISTRATIVO 
 Estatuto dos servidores públicos – Na União Lei 8.112/90, art. 117, X 
 Militar da ativa – Forças Armadas, Lei 6.880/80, art. 29 
 Magistratura 
 Membro do Ministério Público 
Obs: Mesma regra encontrada para servidores públicos estaduais e municipais nos seus 
respectivos estatutos 
 
 DIREITO AERONÁUTICO 
 Vedado o serviço de transporte aéreo doméstico por pessoas jurídicas estrangeiras (obs: 
essa regra não mais existe desde julho de 2019 em decorrência da Lei n°13.842, que 
extinguiu o limite de 20% à participação de capital estrangeiro em empresas aéreas 
brasileiras) 
 
 DIREITO CONSTITUCIONAL 
 É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na 
assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei - CF, art. 199, § 3º 
 Aqueles que desempenham função pública – Art. 54, II, a CF/88 
 
 DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
 Devedores do INSS (Lei nº 8212/91, art. 95, §2º, d) 
 
2.4. VANTAGENS EM SER EMPRESÁRIO (exemplos) 
 RECUPERAÇÃO JUDICIAL 
 - Negociação com os credores em juízo. 
 RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL 
 - Negociação extrajudicial com os credores. Em havendo concordância de 60% dos 
créditos de uma classe, pode-se pedir a homologação judicial do plano. 
 RESTABELECIMENTO DO FALIDO 
 - Se o patrimônio do empresário for suficiente para pagar mais de metade dos créditos 
quirografários,o empresário terá, desde logo, todas as demais obrigações extintas. 
 LINHAS DE CRÉDITO BANCÁRIA 
 BENEFÍCIO FISCAIS 
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REVISÃO: EMPRESA X EMPRESÁRIO 
 
01. EMPRESA 
1.1. PERFIL SUBJETIVO: 
 TITULAR DA EMPRESA 
 O empresário (pessoa física ou jurídica) é o responsável pela articulação dos fatores de 
produção, bem como pelo risco da atividade econômica. 
EXEMPLO DE SOCIEDADE EMPRESÁRIA 
 Pessoa Jurídica - Lei 8.934/1994. Art. 1º. O Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, 
observado o disposto nesta Lei, será exercido em todo o território nacional, de forma sistêmica, por órgãos 
federais, estaduais e distrital, com as seguintes finalidades: (...) 
 Pessoa Física – Lei 14195/2021 e CC/2002 → Sociedade Limitada Unipessoal 
- Código Civil: Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de 
suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. 
§ 1º A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas. (Incluído pela Lei nº 13.874, 
de 2019) 
§ 2º Se for unipessoal, aplicar-se-ão ao documento de constituição do sócio único, no que couber, as 
disposições sobre o contrato social. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
- Lei 14195/2021. Art. 41. As empresas individuais de responsabilidade limitada existentes na data da 
entrada em vigor desta Lei serão transformadas em sociedades limitadas unipessoais independentemente de 
qualquer alteração em seu ato constitutivo. 
Parágrafo único. Ato do Drei disciplinará a transformação referida neste artigo. 
 
Obs: CC/2002. EIRELI. Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída 
por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior 
a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. (REVOGADO pela Lei nº 14.382/2022). 
 
1.2. PERFIL OBJETIVO: 
 PATRIMONIAL 
 Empresa é um estabelecimento, um conjunto de bens corpóreos e incorpóreos reunidos 
e organizados pelo empresário, para o desenvolvimento de uma atividade econômica. 
 Código de Processo Civil: 
Art. 862. Quando a penhora recair em estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem como em 
semoventes, plantações ou edifícios em construção, o juiz nomeará administrador-depositário, 
determinando-lhe que apresente em 10 (dez) dias o plano de administração. 
 
Art. 863. A penhora de empresa que funcione mediante concessão ou autorização far-se-á, conforme o valor 
do crédito, sobre a renda, sobre determinados bens ou sobre todo o patrimônio, e o juiz nomeará como 
depositário, de preferência, um de seus diretores. 
 
1.3. PERFIL CORPORATIVO: 
 União de esforços para a consecução de um bem comum. 
 Empresa é o conjunto formado pelo estabelecimento empresarial – que compreende 
bens corpóreos e incorpóreos – e os recursos humanos utilizados na execução da 
atividade econômica a que a empresa se propõe. 
 Esta acepção está superada porque somente tem sentido a partir da ideologia fascista 
constante no Código Civil da Itália de 1942. 
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1.4. PERFIL FUNCIONAL: 
 Empresa é uma atividade econômica organizada, para a produção ou circulação de bens 
ou serviços, que se faz por meio de um estabelecimento e por vontade do empresário. 
 Critério adotado pelo Código Civil. 
 Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A): 
Art. 2º Pode ser objeto da companhia qualquer empresa de fim lucrativo, não contrário à lei, à ordem pública 
e aos bons costumes. 
§ 1º Qualquer que seja o objeto, a companhia é mercantil e se rege pelas leis e usos do comércio. 
§ 2º O estatuto social definirá o objeto de modo preciso e completo. 
§ 3º A companhia pode ter por objeto participar de outras sociedades; ainda que não prevista no estatuto, a 
participação é facultada como meio de realizar o objeto social, ou para beneficiar-se de incentivos fiscais. 
 
02. EMPRESÁRIO 
2.1. EXERCÍCIO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL 
(A) Individual 
- SLU (antiga EIRELI): Art. 1052, §2º CC/02 [Art. 980-A CC/02 (revogado)] (contrato 
social + cnpj) → registro na junta comercial. 
 
- Lei 14195/2021: Art. 41. As empresas individuais de responsabilidade limitada existentes na data da 
entrada em vigor desta Lei serão transformadas em sociedades limitadas unipessoais independentemente de 
qualquer alteração em seu ato constitutivo. 
 
- Código Civil: Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de 
suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. 
§ 1º A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas. (Incluído pela Lei nº 13.874, 
de 2019) 
§ 2º Se for unipessoal, aplicar-se-ão ao documento de constituição do sócio único, no que couber, as 
disposições sobre o contrato social. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
 
- Empresário Individual: Arts. 966 à 980 CC/02 - o empresário individual exercita a 
atividade empresarial pessoalmente, isto é, em nome próprio, sendo uma pessoa física 
ou natural que responde com seus bens pelas obrigações assumidas. Deve ser registrado 
(requerimento de empresário + cnpj) → registro na junta comercial. 
Obs: mesmo se não registrar será uma atividade empresarial de fato, permanecendo suas 
obrigações e responsabilidades 
 
Enunciado 198, III Jornada de Direito Civil: Art. 967 – A inscrição do empresário na Junta Comercial não 
é requisito para a sua caracterização, admitindo-se o exercício da empresa sem tal providência. O empresário 
irregular reúne os requisitos do art. 966, sujeitando-se às normas do Código Civil e da legislação comercial, 
salvo naquilo em que forem incompatíveis com a sua condição ou diante de expressa disposição em contrário. 
 
CC/2002. Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, 
responderá pelas obrigações contraídas. 
 
Obs: LC nº 123/06 – MEI (Tanto o empresário individual pode ser MEI quanto o SLU) 
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno 
porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o 
empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art966
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registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, 
desde que: 
 
(B) Coletiva 
- Sociedades empresárias; 
 
2.2. REGRAS SOBRE: CAPACIDADE X INCAPACIDADE CIVIL 
- Regra geral para ser empresário: CC. Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que 
estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. 
- Capacidade Civil: CC. Art. 5º. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica 
habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
(...) 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função 
deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. 
 
03. EXERCÍCIO DA ATIVIDADE 
3.1. EXEMPLO 1: 
Fonte: MAMEDE, Gladston. Manual de Direito Empresarial. São Paulo, Atlas, 2017, p. 5/6. 
 
Dona Maria cozinha bem... 
Dona Maria é uma cozinheira de mão-cheia, imbatível na culinária mineira: leitão à 
pururuca, feijão tropeiro, frango ao molho pardo, frango com quiabo, tutu, bambá de 
couve e muito mais. Um dia, a filha lhe disse: “– Mãe, a senhora devia cozinhar pra fora. Do 
jeito que cozinha bem, iria fazer um dinheirão.” Dona Maria deu de ombros, achando a ideia 
despropositada; mas aquele pensamento lhe rondou por semanas, até que decidiu que 
iria, sim, fazer dinheiro com os seus dotes culinários. 
 
(A) Trabalho autônomo (empresário de fato): Na cozinha de sua própria casa, Dona 
Maria passa a cozinhar por encomenda. Mandou fazer uns cartões e uns cartazes, 
informando que atendia a pedidos de pratos. Os interessados passavam por lá, 
encomendavam o que queriam, pagavam uma parte antecipada, para comprar os 
ingredientes, e o restante quando viessem apanhar a comida, que ia cheirando no carro 
até suas casas. Embora não saiba, Dona Maria está trabalhando como autônoma, não 
carecendo de registro; seu trabalho é regulado, basicamente, pelo Código Civil e pelo 
Código de Defesa do Consumidor. 
 
(B) Relação de emprego: Dona Maria empregou-se num restaurante de comida típica 
mineira, trabalhando como cozinheira das 18 às 24 horas, de segunda-feira a sábado. Seu 
trabalho, nessa hipótese, é regulado pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), 
devendo ter a Carteira de Trabalho assinada, recebendo salário e tendo garantidos os 
direitos assinalados na Constituição da República e na legislação trabalhista. 
 
(C) Empresário 
C.1. Empresário Individual: Dona Maria tomou suas economias – R$ 30 mil – e resolveu 
abrir um restaurante. Alugou um imóvel, comprou mesas, cadeiras, um balcão, freezer, 
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fogão industrial, pratos etc. Contratou uma ajudante, assinando-lhe a Carteira de 
Trabalho, e elaborou rotinas diárias de trabalho: limpeza e preparação do restaurante, 
compra de verduras, elaboração da comida, serviço aos clientes, limpeza dos pratos e 
instalações. Decidiu que abriria de segunda a sexta-feira, de 9 às 15 horas, elaborando um 
cardápio para cada dia: um prato feito (PF), com variações: ovo, frango, carne de porco 
ou de boi. 
Dona Maria cozinha bem... 
Empresária: [...] Procurou um advogado e o contratou para registrá-la na Junta 
Comercial, sob a firma Maria da Silva – Restauranteira, empresa cujo objeto é a produção 
e a venda de refeições, atuando sob o título de estabelecimento Restaurante da Maria 
Cozinheira (nome de fantasia), e sede no imóvel alugado. R$ 30 mil era o capital da 
empresa, devidamente escriturados por um contador. 
 
C.2. SLU: Dona Maria pode constituir uma sociedade limitada unipessoal (SLU), usando 
da licença inscrita no artigo 1.052 do Código Civil. Ela será titular da totalidade do capital 
social. Assim, o patrimônio pessoal de Dona Maria não responderá pelas obrigações da 
pessoa jurídica – a SLU, desde que não dê motivos para a desconsideração da 
personalidade jurídica. 
 
C.3. Sociedade empresária: Dona Maria propôs a sua filha montarem um restaurante; 
procuraram um advogado que elaborou um contrato social e o levou a registro na Junta 
Comercial; com o registro, criou-se uma pessoa jurídica, Maria Cozinheira Ltda., do qual 
são sócias mãe e filha; como a primeira investiu R$ 30 mil e a segunda apenas R$ 20 mil 
no negócio, Dona Maria tornou-se sócia majoritária, com 60% do capital. A partir de 
então, organizaram uma estrutura de bens e procedimentos para a atuação habitual e 
profissional no fornecimento de refeições, dando ao estabelecimento o título de 
Restaurante da Maria Cozinheira (nome de fantasia). 
 
3.2. EXEMPLO 2 
Fonte: MAMEDE, Gladston. Manual de Direito Empresarial. São Paulo, Atlas, 2017, p. 15/16. 
 
Fazenda Estadual do Estado de São Paulo × Ronaldo 
A Fazenda Estadual do Estado de São Paulo ajuizou uma execução fiscal contra a firma 
individual titularizada por Ronaldo, uma microempresa. O próprio Ronaldo, que era 
advogado, embargou a execução, mas foi vencido. Apelou ao Tribunal de Justiça de São 
Paulo, mas a Corte ignorou seu recurso, pois não havia nos autos uma procuração da 
firma individual para que Ronaldo a defendesse no processo: 
 
[...] “Ora, o que se verifica, no caso, é que a causa não pertine ao advogado subscritor da 
petição do recurso, enquanto pessoa física, mas sim a outra pessoa, qual seja a pessoa 
jurídica embargante e ora apelante, da qual ele participa. Não está o advogado 
defendendo direito seu, mas de outrem, que por sua natureza jurídica não tem habilitação 
legal e assim não ostenta capacidade postulatória.” 
 
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 [...] Ronaldo interpôs recurso especial – 102.539/SP – ao Superior Tribunal de 
Justiça, que lhe deu provimento: “Não é correto atribuir-se ao comerciante individual 
personalidade jurídica diferente daquela que se reconhece a pessoa física. Os termos 
pessoa jurídica, empresa e firma exprimem conceitos que não podem ser confundidos. Se 
o comerciante em nome individual é advogado, não necessita de procuração para 
defender em juízo os interesses da empresa, pois estará postulando em causa própria.” 
 
Em seu voto, o Ministro Humberto Gomes de Barros diz que o entendimento do Tribunal 
Paulista “gera-se no velho engano que leva à confusão de conceitos entre firma individual 
e pessoa jurídica. Ora, o termo firma provém do latim firmare (assegurar). Hoje, através 
de metáfora, passou à nossa língua, com o significado de assinatura (que dá firmeza ao 
conteúdo de determinado documento). No Direito Comercial, onde a assinatura reveste-
se de valor fundamental, o termo passou a exprimir o nome pelo qual o comerciante se 
faz conhecer em seus negócios. 
 
 [...] J. Silva pode ser a firma do comerciante José Silva. A adoção de firma individual não 
significa que tenha o comerciante adotado outra personalidade. Ele apenas adotou o que,no jargão militar, chama-se nome de guerra. [...] No recorrente, o status de advogado 
confunde-se com o de empresário comercial (comerciante), em uma só pessoa.” É 
diferente quando alguém é sócio de uma sociedade empresária, já que é ela, a sociedade, 
e não ele, o sócio, quem exerce a atividade empresarial. 
 
 [...] Assim, disse Barros, o Tribunal não poderia exigir a procuração do comerciante, 
outorgando poderes ao advogado, já que são ambos a mesma pessoa, o que traduziria a 
figura absurda do contrato consigo mesmo. “Primeiro, porque a empresa individual não 
é sociedade. Por isto, não se há de falarem pessoa física do sócio, distinta da pessoa 
jurídica. Segundo, porque, no comércio individual, a pessoa física do comerciante titular 
da firma responde pelas dívidas e obrigações com o seu patrimônio individual. 
Tanto que, em caso de quebra, o comerciante individual considera-se falido. Terceiro, 
porque se o advogado, o titular da firma e o empresário confundem-se em uma só pessoa, 
não há lugar para cogitar-se em mandato ou procuração.” 
 
3.3. EXEMPLO 3: 
Fonte: MAMEDE, Gladston. Manual de Direito Empresarial. São Paulo, Atlas, 2005, p. 13. 
 
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS x José 
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pediu o desconto no benefício mensal do 
segurado José das contribuições por ele devidas à Previdência Social. José se defendeu, 
alegando que a lei só permite o desconto de contribuições devidas pelo segurado e não 
pela empresa. Por meio do Recurso Especial 227.393/PR, a matéria foi submetida à 
Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça, que decidiu: 
 
“Tratando-se de firma individual há identificação entre empresa e pessoa física, posto 
não constituir pessoa jurídica, não existindo distinção para efeito de responsabilidade 
entre a empresa e seu único sócio. Pode ser descontado dos benefícios auferidos pelo 
sócio o valor das contribuições devidas pela empresa individual.” 
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O Ministro Garcia Vieira declarou em seu voto que, como no caso concreto, o segurado 
executado é empresário individual e não foram localizados bens da empresa, o INSS 
requereu a penhora de parte de seus benefícios, tendo o pedido sido indeferido pelo 
juiz sob o fundamento de que a lei só permite o desconto de contribuições devidas pelo 
segurando e não pela empresa. 
 
... Acontece que, por se tratar de firma individual, há identificação entre empresa e 
pessoa física porque as firmas individuais não constituem pessoas jurídicas e não existe 
distinção para efeito de responsabilidade entre a empresa e seu titular. “Este é sempre 
responsável pelos atos de sua empresa individual. Assim, podem ser descontadas dos 
benefícios do recorrido as contribuições previdenciárias devidas por sua empresa 
individual, indistintamente.” 
• Lei nº 8.213/1991: 
Art. 115. Podem ser descontados dos benefícios: 
I - contribuições devidas pelo segurado à Previdência Social; 
 
04. CONCLUSÃO 
Estão sujeitos ao regime jurídico empresarial: 
- Empresário individual: pessoa física que exerce atividade empresarial. Tem obrigações 
típicas de pessoa jurídica (CNPJ, Declaração de IR de PJ). (Código Civil, arts. 966 a 980) 
- Sociedade limitada unipessoal (SLU): pessoa jurídica (Código Civil, art. 1.052) 
- Sociedade empresária: pessoa jurídica que exerce atividade empresarial coletivamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REGISTRO EMPRESARIAL 
 
01. Introdução 
 
CC/02. Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas 
Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. 
 
Enunciado 199 das Jornadas de Direito Civil: A inscrição do empresário ou sociedade empresária é 
requisito delineador de sua regularidade, e não de sua caracterização. 
 
Enunciado 198, III Jornada de Direito Civil: Art. 967 – A inscrição do empresário na Junta 
Comercial não é requisito para a sua caracterização, admitindo-se o exercício da empresa sem tal 
providência. O empresário irregular reúne os requisitos do art. 966, sujeitando-se às normas do 
Código Civil e da legislação comercial, salvo naquilo em que forem incompatíveis com a sua 
condição ou diante de expressa disposição em contrário. 
 
CC/2002. Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a 
exercer, responderá pelas obrigações contraídas. 
 
- Empresa atividade econômica organizada 
- Empresário pessoa física ou jurídica que exerce empresa profissionalmente 
 
02. Legislação específica sobre registro 
- Lei 8.934/94: Artigos 1º à 3º, 5º a 7º 
 
Art. 1º O Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, observado o disposto 
nesta Lei, será exercido em todo o território nacional, de forma sistêmica, por órgãos federais, 
estaduais e distrital, com as seguintes finalidades: (Redação dada pela Lei nº 13.833,de 
2019) 
I - dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas 
mercantis, submetidos a registro na forma desta lei; 
II - cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no País e manter 
atualizadas as informações pertinentes; 
III - proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu cancelamento. 
 
Art. 2º Os atos das firmas mercantis individuais e das sociedades mercantis serão arquivados no 
Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, independentemente de seu objeto, 
salvo as exceções previstas em lei. 
 
Art. 3º Os serviços do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins serão 
exercidos, em todo o território nacional, de maneira uniforme, harmônica e interdependente, pelo 
Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis (Sinrem), composto pelos seguintes 
órgãos: 
I - o Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração, órgão central do Sinrem, com 
as seguintes funções: (Redação dada pela Lei nº 13.833,de 2019) 
a) supervisora, orientadora, coordenadora e normativa, na área técnica; e (Redação dada pela 
Lei nº 13.833,de 2019) 
b) supletiva, na área administrativa; e (Redação dada pela Lei nº 13.833,de 2019) 
II - as Juntas Comerciais, como órgãos locais, com funções executora e administradora dos 
serviços de registro. 
 
Art. 5º Haverá uma junta comercial em cada unidade federativa, com sede na capital e jurisdição 
na área da circunscrição territorial respectiva. 
 
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Conforme a Lei 9.610/98,é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem autorização prévia e expressa do Prof. Joffre Castello Branco. 
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Art. 6º As juntas comerciais subordinam-se, administrativamente, ao governo do respectivo ente 
federativo e, tecnicamente, ao Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração, nos 
termos desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.833, de 2019) 
 
Art. 7º As juntas comerciais poderão desconcentrar os seus serviços, mediante convênios com 
órgãos públicos e entidades privadas sem fins lucrativos, preservada a competência das atuais 
delegacias. 
 
- Artigos 1.150 à 1.154 Código Civil 
 
Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de 
Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro 
Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se 
a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária. 
 
Art. 1.151. O registro dos atos sujeitos à formalidade exigida no artigo antecedente será requerido 
pela pessoa obrigada em lei, e, no caso de omissão ou demora, pelo sócio ou qualquer interessado. 
§ 1º Os documentos necessários ao registro deverão ser apresentados no prazo de trinta 
dias, contado da lavratura dos atos respectivos. 
§ 2º Requerido além do prazo previsto neste artigo, o registro somente produzirá efeito 
a partir da data de sua concessão. 
§ 3º As pessoas obrigadas a requerer o registro responderão por perdas e danos, em caso de 
omissão ou demora. 
 
Art. 1.152. Cabe ao órgão incumbido do registro verificar a regularidade das publicações 
determinadas em lei, de acordo com o disposto nos parágrafos deste artigo. 
§ 1º Salvo exceção expressa, as publicações ordenadas neste Livro serão feitas no órgão oficial da 
União ou do Estado, conforme o local da sede do empresário ou da sociedade, e em jornal de 
grande circulação. 
§ 2º As publicações das sociedades estrangeiras serão feitas nos órgãos oficiais da União e do 
Estado onde tiverem sucursais, filiais ou agências. 
§ 3º O anúncio de convocação da assembléia de sócios será publicado por três vezes, ao menos, 
devendo mediar, entre a data da primeira inserção e a da realização da assembléia, o prazo mínimo 
de oito dias, para a primeira convocação, e de cinco dias, para as posteriores. 
 
Art. 1.153. Cumpre à autoridade competente, antes de efetivar o registro, verificar a 
autenticidade e a legitimidade do signatário do requerimento, bem como fiscalizar a observância 
das prescrições legais concernentes ao ato ou aos documentos apresentados. 
Parágrafo único. Das irregularidades encontradas deve ser notificado o requerente, que, se for o 
caso, poderá saná-las, obedecendo às formalidades da lei. 
 
Art. 1.154. O ato sujeito a registro, ressalvadas disposições especiais da lei, não pode, antes do 
cumprimento das respectivas formalidades, ser oposto a terceiro, salvo prova de que este o 
conhecia. 
Parágrafo único. O terceiro não pode alegar ignorância, desde que cumpridas as referidas 
formalidades. 
 
- Observação: REGISTRO 
1) Sociedades Empresárias (exemplos: empreendedor individual; empresário individual; empresário 
individual de responsabilidade limitada; sociedades empresárias em geral) são registradas no Registro Público 
de Empresas Mercantis (Junta Comercial) 
2) Sociedades simples (cooperativas e outras não empresariais) são Registradas no Cartório de Registro Civil 
de Pessoas Jurídicas 
3) Sociedades de Advogados são registradas na OAB 
 
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03. Atos de registro 
Art. 32 da Lei 8.934/94 
(a) Matrícula = é registro de alguns profissionais específicos (auxiliares do 
comércio - dos leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, 
trapicheiros e administradores de armazéns-gerais;). Junta comercial nesse 
caso funcionando como órgão regulador dessas profissões. 
(b) Arquivamento = é o ato de registro dos atos constitutivos (contrato social e 
afins) da empresa (empresário individual, SLU/EIRELI e sociedade 
empresária) 
Obs: Averbação = é o registro de alteração de ato constitutivo já registrado (ex: 
aditivo contratual) 
(c) Autenticação (art. 1.181 CC) = é o registro dos instrumentos de escrituração 
contábil (livros empresariais) tanto das empresas como dos agentes auxiliares 
do comércio 
 
04. Regras sobre atos de registro 
a) Art. 1.153 pú CC + art. 40 da Lei 8.934/94 = cumprimento e analise de 
formalidades 
b) Art. 29 da Lei 8.934/94 = acesso à informação – publicidade dos atos 
c) Art. 36 da Lei 8.934/94 + art. 1.151, §§1º e 2º CC = data de eficácia dos atos – 
prazo de 30 dias para ingressar com o requerimento de arquivamento 
 
05. Ausência de registro 
- Art. 60 da Lei 8934/94 → manter o arquivamento ativo → Revogado em 2021: 
burocracia desnecessária 
 
 
 
Obs: Exercício da atividade empresária de fato 
- De forma individual = empresário irregular (responsabilidade ilimitada) 
- Na forma de sociedade = sociedade comum (responsabilidade solidária e 
ilimitada) 
 
06. Do sistema nacional de registro de empresas mercantis – Lei 8934/94 (DREI + 
Juntas Comerciais) 
 
 
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Lei 8934/94. Art. 4º O Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (Drei) da 
Secretaria de Governo Digital da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo 
Digital do Ministério da Economia tem por finalidade: (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 
2019) 
I - supervisionar e coordenar, no plano técnico, os órgãos incumbidos da execução dos serviços 
de Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; 
II - estabelecer e consolidar, com exclusividade, as normas e diretrizes gerais do Registro Público 
de Empresas Mercantis e Atividades Afins; 
III - solucionar dúvidas ocorrentes na interpretação das leis, regulamentos e demais normas 
relacionadas com o registro de empresas mercantis, baixando instruções para esse fim; 
IV - prestar orientação às Juntas Comerciais, com vistas à solução de consultas e à observância 
das normas legais e regulamentares do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades 
Afins; 
V - exercer ampla fiscalização jurídica sobre os órgãos incumbidos do Registro Público de 
Empresas Mercantis e Atividades Afins, representando para os devidos fins às autoridades 
administrativas contra abusos e infrações das respectivas normas, e requerendo tudo o que se 
afigurar necessário ao cumprimento dessas normas; 
VI - estabelecer normas procedimentais de arquivamento de atos de firmas mercantis individuais 
e sociedades mercantis de qualquer natureza; 
VII promover ou providenciar, supletivamente, as medidas tendentes a suprir ou corrigir as 
ausências, falhas ou deficiências dos serviços de Registro Público de Empresas Mercantis e 
Atividades Afins; 
VIII - prestar colaboração técnica e financeira àsjuntas comerciais para a melhoria dos serviços 
pertinentes ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; 
IX - organizar e manter atualizado o cadastro nacional das empresas mercantis em 
funcionamento no País, com a cooperação das juntas comerciais; 
X - instruir, examinar e encaminhar os pedidos de autorização para nacionalização ou instalação 
de filial, de agência, de sucursal ou de estabelecimento no País por sociedade estrangeira, 
ressalvada a competência de outros órgãos federais; (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021) 
XI - promover e elaborar estudos e publicações e realizar reuniões sobre temas pertinentes ao 
Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins. (Redação dada pela Lei nº 
13.833,de 2019) 
XII - apoiar a articulação e a supervisão dos órgãos e das entidades envolvidos na integração para 
o registro e a legalização de empresas; (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) 
XIII - quanto à integração para o registro e a legalização de empresas: (Incluído pela Lei nº 
14.195, de 2021) 
a) propor planos de ação e diretrizes e implementar as medidas deles decorrentes, em articulação 
com outros órgãos e entidades públicas, inclusive estaduais, distritais e municipais; (Incluída 
pela Lei nº 14.195, de 2021) 
b) (VETADO); (Incluída pela Lei nº 14.195, de 2021) 
c) (VETADO); e (Incluída pela Lei nº 14.195, de 2021) 
d) propor e implementar projetos, ações, convênios e programas de cooperação, em articulação 
com órgãos e com entidades públicas e privadas, nacionais e estrangeiras, no âmbito de sua área 
de competência; (Incluída pela Lei nº 14.195, de 2021) 
XIV - quanto ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, propor os planos 
de ação, as diretrizes e as normas e implementar as medidas necessárias; (Incluído pela Lei nº 
14.195, de 2021) 
XV - coordenar as ações dos órgãos incumbidos da execução dos serviços do Registro Público de 
Empresas Mercantis e Atividades Afins; (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) 
XVI - especificar, desenvolver, implementar, manter e operar os sistemas de informação relativos 
à integração para o registro e para a legalização de empresas, em articulação com outros órgãos e 
observadas as competências destes; e (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) 
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XVII - propor, implementar e monitorar medidas relacionadas com a desburocratização do 
registro público de empresas e destinadas à melhoria do ambiente de negócios no País. (Incluído 
pela Lei nº 14.195, de 2021) 
Parágrafo único. O cadastro nacional a que se refere o inciso IX do caput deste artigo 
será mantido com as informações originárias do cadastro estadual de empresas, 
vedados a exigência de preenchimento de formulário pelo empresário ou o fornecimento 
de novos dados ou informações, bem como a cobrança de preço pela inclusão das 
informações no cadastro nacional. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
 
 
Lei 8934/94. Art. 6º. As juntas comerciais subordinam-se, administrativamente, ao 
governo do respectivo ente federativo e, tecnicamente, ao Departamento Nacional de 
Registro Empresarial e Integração, nos termos desta Lei. 
 
07. Competência das Juntas Comerciais 
 
 
 
08. Registro do empresário individual 
- Art. 967 e 968 CC 
 
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da 
respectiva sede, antes do início de sua atividade. 
 
Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha: 
I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens; 
II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa que poderá ser substituída pela assinatura 
autenticada com certificação digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade, 
ressalvado o disposto no inciso I do § 1 o do art. 4 o da Lei Complementar n o 123, de 14 de 
dezembro de 2006 ; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
III - o capital; 
IV - o objeto e a sede da empresa. 
§ 1º Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição será tomada por termo no livro 
próprio do Registro Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem contínuo 
para todos os empresários inscritos. 
§ 2º À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão averbadas quaisquer 
modificações nela ocorrentes. 
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§ 3º Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar ao Registro Público de 
Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade 
empresária, observado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código. (Incluído 
pela Lei Complementar nº 128, de 2008) 
§ 4º O processo de abertura, registro, alteração e baixa do microempreendedor individual de que 
trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 , bem como qualquer 
exigência para o início de seu funcionamento deverão ter trâmite especial e simplificado, 
preferentemente eletrônico, opcional para o empreendedor, na forma a ser disciplinada pelo 
Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de 
Empresas e Negócios - CGSIM, de que trata o inciso III do art. 2º da mesma Lei. (Incluído pela 
Lei nº 12.470, de 2011) 
§ 5º Para fins do disposto no § 4º, poderão ser dispensados o uso da firma, com a respectiva 
assinatura autógrafa, o capital, requerimentos, demais assinaturas, informações relativas à 
nacionalidade, estado civil e regime de bens, bem como remessa de documentos, na forma 
estabelecida pelo CGSIM. (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESCRITURAÇÃO DOS LIVROS EMPRESARIAIS 
 
01. Previsão legal 
- Art. 1179 e seguintes do CC/02: 
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de 
contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em 
correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço 
patrimonial e o de resultado econômico. 
§ 1º Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos 
interessados. 
§ 2º É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 
970. 
 
- Atualmente existe apenas um livroobrigatório no Direito Empresarial brasileiro como 
um todo: trata-se do chamado Livro Diário (Art. 1.180 do CC): 
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode 
ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica. 
Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o 
lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico. 
 
- Obs: Micro empresas e empresas de pequeno porte devem ter livro caixa: 
LC 123/2006. Art. 26. As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo 
Simples Nacional ficam obrigadas a: 
I - emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, de acordo com instruções 
expedidas pelo Comitê Gestor; 
II - manter em boa ordem e guarda os documentos que fundamentaram a apuração dos 
impostos e contribuições devidos e o cumprimento das obrigações acessórias a que se 
refere o art. 25 desta Lei Complementar enquanto não decorrido o prazo decadencial e 
não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes. 
§ 1º O MEI fará a comprovação da receita bruta mediante apresentação do registro de 
vendas ou de prestação de serviços na forma estabelecida pelo CGSN, ficando dispensado 
da emissão do documento fiscal previsto no inciso I do caput, ressalvadas as hipóteses 
de emissão obrigatória previstas pelo referido Comitê. 
§ 2º As demais microempresas e as empresas de pequeno porte, além do disposto 
nos incisos I e II do caput deste artigo, deverão, ainda, manter o livro-caixa em 
que será escriturada sua movimentação financeira e bancária. 
 
Obs: - LIVRO DIÁRIO: registra as operações da empresa, no seu dia-a-dia, por isso o 
nome. 
Obs: - LIVRO CAIXA: contém o registro de todos os recebimentos e pagamentos 
efetuados, realizadas no ano calendário. 
 
Portanto, de acordo com a legislação vigente, a manutenção da escrituração contábil regular é 
obrigatória a toda entidade, independentemente do tipo de tributação. Considera-se exceção a tal 
regra apenas o micro empreendedor individual, conforme legislação abaixo: Lei complementar 
123/2006, Art 18-A. 
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O Livro Razão é complementar ao Livro Diário, já o Livro Caixa é o auxiliar do Livro Diário; 
Todos os livros devem ser preenchidos em ordem cronológica (dia, mês e ano); Nenhum dos livros 
pode conter rasuras, borrões, sinais, setas, anotações, linhas ou folhas em branco. 
 
 
 
02. Regras para escrituração regular 
 
 
 
Súmula 439 do STF. Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária 
quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação. 
 
03. Escrituração Irregular 
- Efeito Penal: Lei nº 11.101/2005 (LFRE) Art. 178 
Art. 178. Deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois da sentença que 
decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar o plano de recuperação 
extrajudicial, os documentos de escrituração contábil obrigatórios: 
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais 
grave. 
 
- Efeito Civil: CC, art.1.192, p.ú → confissão ficta 
- Outros: perda do acesso a créditos de bancos oficiais, participação em Licitações, etc. 
 
04. Balanços Obrigatórios – Art. 1.179 CC 
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Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de 
contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em 
correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço 
patrimonial e o de resultado econômico. 
 
- Balanço patrimonial: apura o ativo e o passivo (que compreende todos os bens, débitos 
e créditos da empresa). 
CC. Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a 
situação real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições 
das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo. 
Parágrafo único. Lei especial disporá sobre as informações que acompanharão o balanço 
patrimonial, em caso de sociedades coligadas. 
 
- Balanço de resultado econômico – DRE: apura o resultado, ou seja, a conta dos lucros 
e perdas. 
CC. Art. 1.189. O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros 
e perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, na forma 
da lei especial. 
 
 
 
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PREPOSTOS DO EMPRESÁRIO 
 
01. Fundamentação Legal 
- Arts. 1.169 à 1.178 CC 
 
02. Gerente x Contabilista x Auxiliares 
 
 
 
03. Responsabilidade dos prepostos 
 
 
 
Obs: Carta de preposição para representar em Juízo 
 
 
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NOME EMPRESARIAL 
 
01. Conceito e previsão legal 
Conforme os art. 1.155 a 1.168 do CC, considera-se NOME EMPRESARIAL a FIRMA ou 
RAZÃO SOCIAL e a DENOMINAÇÃO adotada pela empresa. O nome empresarial tem 
proteção jurídica. 
 
Nome Empresarial Firma ou razão social (espécie) 
ou 
Razão Social 
(gênero) Denominação 
 
 
02. Espécies 
 
FIRMA – Apresenta o nome civil do empresário individual ou dos sócios da sociedade 
empresarial, em que poderá ser completo ou abreviado o nome e, se quiser, incluir o 
gênero da atividade. Ex: Armarinho José Bernardo & Cia. (Art.

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