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Desenho Técnico Arquitetônico - Apostila

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DESENHO TÉCNICO 
ARQUITETÔNICO
Fabiana Galves
Mahlmann
Concepções arquitetônicas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer o processo projetual como um ato criativo.
 � Avaliar a importância da relação entre projeto e cliente.
 � Contrastar as formas clássicas de expressão e a introdução de novas 
tecnologias na produção de projetos arquitetônicos.
Introdução
Hoje em dia, encontra-se diferentes formas de concepções arquitetônicas. 
Em muitos lugares, percebe-se a mistura de várias linguagens e estilos 
que fazem parte do dia a dia, apresentando desde simples soluções até 
projetos bem complexos os quais atendam às necessidades dos usuários 
a que se propõe.
A concepção arquitetônica antecede a um projeto arquitetônico, e 
nela existem várias etapas. Neste capítulo, você verá cada uma delas, que 
vão desde um estudo da região, a sua criação, as técnicas a serem desen-
volvidas até a sua viabilidade legal, para depois ser executada uma obra.
Processo projetual, um ato criativo 
O projeto arquitetônico é um processo de criação do profissional, no qual ele 
deve apresentar uma solução para um desafio que lhe foi proposto, a qual pro-
porcione o resultado desejado pelo seu cliente. Esse projeto visa buscar a melhor 
utilização dos espaços, a qualidade de vida e a funcionalidade dos ambientes. 
Uma construção é concebida por meio do projeto arquitetônico, em que é 
realizada uma análise com as informações disponíveis, verificando o programa 
de necessidades, os condicionantes físicos e a viabilidade econômica. Após 
U N I D A D E 1
joliveira
Rectangle
joliveira
Rectangle
esse levantamento e o estudo da região, serão desenvolvidos a criação, a 
compatibilização e a coordenação dos projetos; o conjunto de plantas, cortes, 
fachadas e detalhamentos; e todos os desenhos técnicos necessários para a 
execução desse empreendimento. 
O projeto arquitetônico é a materialização da ideia para a resolução de 
um problema com o processo de criação do profissional, sempre baseado na 
solicitação do cliente e na legislação vigente do local onde ele será edificado. 
Muitas vezes, cabe ao profissional orientar ao cliente a viabilidade do que 
ele almeja com a realidade, pois existem situações em que a solicitação se 
torna inviável, seja pela legislação ou por questões técnicas. Para Betina 
Conte Cornetet, Daniela Giovanni e Manuel Pires (2016) o conceito de projeto 
arquitetônico é:
O projeto arquitetônico consiste no conjunto de documentos necessários 
para representar previamente, através de desenhos e textos, a configuração 
arquitetônica do edifício ou ambiente que se pretende construir. Essa docu-
mentação deve ser elaborada com base nas condições levantadas do terreno 
(ou edificação existente, se for o caso), no programa de necessidades elaborado 
para atender às demandas do cliente, nas condicionantes legais e em outros 
itens que possam ser particularmente importantes em cada caso (CORNETET; 
GIOVANNI; PIRES, 2016, p. 43).
A representação formal de uma ideia, até a sua materialização, gera um 
longo caminho a ser percorrido, chamado de projetual. A concepção formal 
do projeto é a solução de um problema, mas podem surgir os seguintes ques-
tionamentos: por onde começar? Como fazer? Qual linha seguir? Alguns 
profissionais seguem linhas e conceitos pré-definidos de arquitetura de deter-
minados arquitetos, estilos e épocas, porém, isso não é uma regra, pois tudo 
muda de acordo com as solicitações dos clientes. 
O projeto arquitetônico é o conjunto de documentos e desenhos, que após aprovado 
dará a condição de materializações de um empreendimento; seu desenvolvimento 
trata-se de um longo processo que elabora um sistema com várias etapas.
Concepções arquitetônicas2
O ponto de partida de um projeto é uma consequência de diversos fatores, 
por exemplo, as condições topográficas da região, em que será realizada uma 
avaliação do terreno, o clima do local determinado para a sua execução; o 
programa de necessidade, observando qual a exigência dos futuros usuários; 
um estudo da região onde esse empreendimento será edificado e a sua neces-
sidade, essa etapa também é conhecida como briefing e pode ser realizada por 
meio de conversas, pesquisas ou com a aplicação de questionários já focados 
nas possibilidades a serem desenvolvidas na região. 
Após a etapa do briefing, o profissional responsável irá desenvolver alguns 
croquis com as ideias iniciais e, em seguida, começará a elaboração do ante-
projeto, atendendo às solicitações pesquisadas sem esquecer as necessidades 
do usuário (cliente) e do empreendedor (construtor), no qual serão desenvol-
vidos todos os projetos obedecendo os condicionantes necessários para o seu 
progresso e o que o plano diretor da cidade prevê para aquele endereço, pois 
as construções devem ser realizadas de acordo com a legislação vigente do 
município em que se situam. A identificação do local e o seu entorno auxiliam 
e contribuem na criação desse novo espaço, pois apresentam as viabilidades e 
limitações do endereço, induzindo, assim, ao tipo e uso do projeto.
A criação de um projeto arquitetônico é um processo longo e bem complexo, 
pois envolve uma junção de questões técnicas com criatividade, proporcio-
nado a satisfação do cliente. Entre os condicionantes que devem atender às 
necessidades e exigências dos usuários nas questões qualitativas, encontra-se 
os físicos, os técnicos, os legais e os econômicos.
 � Condicionantes físicos: há a localização geográfica, a planimetria, a 
altimetria, a orientação solar e as dimensões. 
 � Condicionantes técnicos: são analisados o conforto ambiental (orien-
tação solar, ventilação, acústica e visual) e a acessibilidade. 
 � Condicionantes legais: deve-se observar tudo o que é previsto no plano 
diretor do município onde situa-se o empreendimento, verificando as 
possibilidades construtivas, as normas e as restrições da região.
 � Condicionantes econômicos: deve atender à relação custo-benefício. 
Você conhecerá a seguir as etapas que devem ser seguidas neste processo 
de criação.
 � Levantamento de dados: são as pesquisas e investigações do terreno 
e da região onde se pretende executar o empreendimento.
3Concepções arquitetônicas
 � Estudos preliminares: são os esboços iniciais do projeto e o lançamento 
de croquis para o desenvolvimento do anteprojeto.
 � Anteprojeto: são as primeiras concepções, nas quais as dimensões 
e características do empreendimento serão definidas. Nessa etapa, é 
elaborado o projeto com o desenvolvimento das plantas baixas de cada 
pavimento, a volumetria, a planta de cobertura e as instalações gerais.
 � Projeto legal: é a delimitação do problema por meio das exigências 
da prefeitura local.
 � Projeto executivo: contempla todas as informações necessárias à im-
plementação do projeto na obra. É o desenvolvimento detalhado do 
anteprojeto e dos projetos complementares (elétrico, hidráulico, estru-
tural, telefônico, TV a cabo, ar-condicionado, etc.) que são necessários 
para a sua elaboração.
Após essas definições, o projeto arquitetônico poderá ser desenvolvido com 
todos os projetos, plantas, cortes, fachadas e detalhamentos necessários para 
sua execução, atendendo às necessidades e aos desejos do cliente. 
Relação entre projeto e cliente 
A relação entre o cliente e o projeto arquitetônico é de extrema importância, 
pois muitas vezes pode ser o que definirá o sucesso ou não do projeto. Saber 
ouvir esse cliente e os seus desejos, o que ele busca e imagina, bem como o 
que a legislação permite, é um grande desafio a ser enfrentado pelo profissional 
ao criar o espaço solicitado, pois existem casos em que a pessoa imagina algo 
inviável ou sem permissão de acordo com o plano diretor para aquele endereço.
Portanto, caberá ao profissional argumentar com o cliente que, tecnica-
mente, não é viável a criação do espaço desejado de acordo com a legislação 
vigente e apresentar outras soluções queatendam às suas necessidades, de 
maneira tranquila e segura para ele. Ambos devem ter uma relação bem trans-
parente para o perfeito desenvolvimento do projeto e da sua materialização. 
O ponto de partida de uma obra é o projeto arquitetônico, no qual o profis-
sional deve buscar todas as informações que envolvem o local da construção, 
as permissões e as limitações do plano diretor; verificar as necessidades e os 
desejos do cliente; e cruzar esses pontos para o seu desenvolvimento, mostrando 
a ele o embasamento para esse projeto ser seguido.
O arquiteto deve observar que, hoje, as construções se baseiam em sus-
tentabilidade, acessibilidade, funcionalidade, orientação solar, racionalização 
Concepções arquitetônicas4
do espaço, entre outros. A preocupação com esses fatores mostra que o pro-
fissional está atualizado e poderá proporcionar um projeto diferenciado de 
acordo com as novas tecnologias. Ele precisa sempre mostrar ao cliente o seu 
conhecimento e as características que lhe diferenciam dos demais colegas 
de profissão, gerando uma grande satisfação. Porém, cada um possui as suas 
características e particularidades próprias, que são a sua marca profissional, 
então, o cliente também deve ter noção do que ele busca ao contata-lo. 
O cliente deve passar ao profissional todas as suas solicitações, ideias 
e desejos, gerando um programa de necessidades que será o ponto inicial 
para o desenvolvimento do projeto; por isso, a comunicação entre ambos é 
fundamental para um relacionamento tranquilo e o progresso do trabalho. Já 
o profissional, ao informa-lo, precisa saber se comunicar utilizando termos 
e palavras que sejam de fácil entendimento, pois o cliente pode não ter o 
conhecimento técnico, então, ele deve explicar os procedimentos e as ideias 
para depois apresentar os termos técnicos que forem necessários. Na ordem 
inversa, nem sempre o cliente terá o entendimento que se deseja. 
Para o perfeito desenvolvimento de um projeto, deve-se considerar a es-
colha de um bom profissional e um bom cliente, pois o primeiro precisa ter 
a capacidade técnica e o segundo, saber o que espera e deseja desse serviço. 
Existem situações em que poderão ser encontrados excelentes arquitetos, 
porém, como eles ainda não têm muita experiência, não terão as mesmas 
oportunidades dos que já estão há muito tempo no mercado, mas que deixam 
a desejar. Portanto, todo cuidado é importante nessa relação para que ela 
tenha 100% de sucesso, pois um cliente satisfeito será um cartão de visitas 
para o profissional. Ser acessível ao seu cliente, saber se comunicar, ouvi-lo 
e cumprir prazos são alguns pontos que o arquiteto deve sempre estar atento 
na hora do atendimento.
Após o primeiro contato entre cliente e arquiteto, no qual acontece a en-
trevista inicial, o profissional definirá as etapas, os condicionantes e as fases 
do projeto arquitetônico, os quais são bem importantes para o sucesso do 
trabalho e para que a sua materialização seja da maneira idealizada pelos dois.
Formas clássicas de expressão e novas 
tecnologias
Hoje em dia, é muito comum encontrar diferentes estilos arquitetônicos 
em um mesmo projeto e, partir disso, surgem as perguntas: qual a melhor 
opção e o melhor estilo? A arquitetura Clássica ou a Moderna? A Clássica 
5Concepções arquitetônicas
é sempre muito marcada na arquitetura grega, com os templos e palácios 
dos governantes, em que as estruturas mais nobres eram construídas na 
Acrópole das cidades.
A arquitetura Clássica é considerada imponente, sendo que, na Grécia, ela 
mostrava força e poder com os grandes pilares presentes nas edificações. Hoje 
em dia, alguns clientes desejam esse tipo de arquitetura no seu projeto, buscando 
o tradicional com os traços marcantes, mas é importante que o arquiteto, ao 
cria-lo, pense muito bem na sua solução interna para atender às solicitações 
e novas tecnologias. Para Simon Unwin, o conceito de arquitetura é:
A Arquitetura é uma aventura mais bem explorada pelo desafio de praticá-la. 
Porém, como em qualquer disciplina criativa, a aventura da arquitetura pode 
se inspirar na análise daquilo que outros fizeram e, por meio dessa análise, 
tentar entender as maneiras que eles encontraram para alcançar os desafios 
(UNWIN, 2009, p. 3).
O uso de novas tecnologias nos projetos tem desempenhado um papel 
fundamental na arquitetura contemporânea, porque hoje, existem diferentes 
tipos de arquitetura, sendo possível encontrar edificações clássicas, antigas, 
contrastando com o moderno, contemporâneo. Em alguns lugares, já se uti-
liza dois ou mais tipos em um mesmo projeto, no qual alguns construtores 
mantêm edificações antigas, fazendo a sua revitalização, e constroem junto as 
novas, supermodernas, criando uma bela composição arquitetônica. As novas 
tecnologias nas construções atuais têm justificativa em fatores importantes, 
como a exigência do próprio mercado e a redução do tempo de construção, 
visando ao enxugamento dos cronogramas físicos financeiros, à demanda 
por materiais que proporcionem eficiência energética e conforto térmico e, 
principalmente, à valorização do valor agregado dos imóveis.
Dessa forma, o estilo arquitetônico foi mudando, bem como a maneira de 
se projetar e desenhar esses projetos. No começo, as graficações aconteciam 
com pranchas de papel, grafite (lápis) ou nanquim; e com o avanço das tec-
nologias e dos softwares, o desenho realizado por meio do computador, com 
programas específicos para essa finalidade, foi se aprimorando. Hoje em dia, 
os projetos são realizados de maneira muito mais rápida e dinâmica com os 
diversos programas de computação gráfica, nos quais visualiza-se o projeto 
completo, todas as plantas, detalhes, perspectivas e, inclusive, a imagem em 
realidade virtual, em que o cliente conseguirá ver o espaço como se estivesse 
dentro dele, mostrando como ele será depois de pronto. Na Figura 1, você verá 
um exemplo de desenho à mão livre.
Concepções arquitetônicas6
Figura 1. Desenho à mão livre e novas tecnologias.
Fonte: Paixão (2018, documento on-line).
O planejamento e a utilização de materiais inovadores têm sido o diferencial 
para obtenção de melhores resultados nos novos projetos, os quais exigem 
que o profissional realize um estudo bem detalhado do que é possível ser 
edificado e do que o cliente deseja, pois existem condicionantes que devem 
ser conhecidos com o intuito de seu projeto ser o mais eficiente possível. Entre 
esses fatores, pode-se citar:
 � adensamento urbano;
 � aumento da circulação de veículos e do tempo de deslocamento;
 � ação de fatores climáticos;
 � projeto do plano de prevenção e proteção contra incêndios (PPCI);
 � conforto acústico;
 � conforto térmico.
Considerando estes fatores, as tipologias construtivas, atualmente, mostram 
uma preocupação muito grande com as questões de sustentabilidade, acessibi-
lidade, infraestruturas, segurança e conforto dos futuros usuários do projeto.
Ao longo dos anos, percebe-se uma mudança bem visível na arquitetura, 
por exemplo, antigamente, as residências eram enormes, pois a vida das pes-
7Concepções arquitetônicas
soas acontecia dentro desses espaços, no qual elas passavam mais tempo, e 
os eventos sociais eram realizados lá, o que não ocorre nos dias atuais. Hoje, 
é comum as pessoas utilizarem suas casas como dormitórios apenas; já os 
eventos sociais acontecem na infraestrutura dos condomínios ou em locais 
públicos. Esse estilo de vida e os condicionantes econômicos e sociais con-
tribuíram muito para as alterações dos aspectos construtivos e arquitetônicos 
das construções.
Portanto, conclui-se que o projeto arquitetônico é quando cliente e pro-
fissional conseguem desenvolver um trabalho, trocar informações corretas e 
materializar uma ideia ou concepção em algo real. Trata-se de um processo 
de criação profissional, baseado no que o cliente deseja e no que a legislação 
permite para aquele endereço. Saber ouvir o cliente e entender as suas neces-
sidades e desejos é também extremamenteimportante para o desenvolvimento 
do projeto que ele deseja.
1. Quais os condicionantes que 
devem atender às necessidades e 
exigências dos usuários nas questões 
qualitativas para a realização de 
um projeto arquitetônico?
a) Condicionantes físicos, 
condicionantes técnicos, 
condicionantes legais e 
condicionantes ergonômicos.
b) Condicionantes físicos, 
condicionantes técnicos, 
condicionantes legais e 
condicionantes econômicos.
c) Condicionantes ergonômicos, 
condicionantes técnicos, 
condicionantes legais e 
condicionantes econômicos.
d) Condicionantes físicos, 
condicionantes técnicos, 
condicionantes ergonômicos e 
condicionantes econômicos.
e) Condicionantes físicos, 
condicionantes ergonômicos, 
condicionantes legais e 
condicionantes econômicos.
2. Nos condicionantes físicos, quais os 
pontos que serão analisados para o 
desenvolvimento de um projeto?
a) A localização geográfica, 
a planimetria, a altimetria 
e as dimensões.
b) A localização geográfica, a 
planimetria, a altimetria, a 
orientação solar e as dimensões.
c) A legislação, a planimetria, 
a altimetria, a orientação 
solar e as dimensões.
d) A localização geográfica, 
a legislação, a orientação 
solar e as dimensões.
e) A planimetria, a altimetria, a 
ventilação e as dimensões.
3. As etapas que devem ser seguidas 
no processo de criação de um 
projeto, conforme a ordem prevista 
para o seu desenvolvimento, são:
Concepções arquitetônicas8
a) anteprojeto, levantamento de 
dados, estudos preliminares, 
projeto legal e projeto executivo.
b) estudos preliminares, 
anteprojeto, projeto legal, 
levantamento de dados 
e projeto executivo.
c) anteprojeto, estudos 
preliminares, levantamento 
de dados, projeto legal 
e projeto executivo.
d) estudos preliminares, 
anteprojeto, levantamento de 
dados e projeto executivo.
e) levantamento de dados, estudos 
preliminares, anteprojeto, projeto 
legal e projeto executivo.
4. Os projetos atualmente exigem que 
o profissional realize um estudo bem 
detalhado do que é possível ser 
edificado e do que o cliente deseja, 
pois existem condicionantes que 
devem ser conhecidos com o intuito 
de ele ser o mais eficiente possível. 
Entre estes fatores, pode-se citar:
a) adensamento urbano; aumento 
da circulação de veículos e do 
tempo de deslocamento; ação 
de fatores climáticos; projeto do 
plano de prevenção e proteção 
contra incêndios (PPCI); conforto 
acústico; e conforto térmico.
b) adensamento urbano; aumento 
da circulação de veículos e 
do tempo de deslocamento; 
projeto do PPCI; conforto 
acústico; e conforto térmico.
c) adensamento urbano; 
aumento da circulação de 
veículos e do tempo de 
deslocamento; ação de fatores 
climáticos; conforto acústico; e 
conforto térmico. 
d) adensamento urbano; aumento 
da circulação de veículos e do 
tempo de deslocamento; ação 
de fatores climáticos; projeto 
do PPCI; e conforto acústico.
e) adensamento urbano; ação 
de fatores climáticos; projeto 
do PPCI; conforto acústico; 
e conforto térmico.
5. Uma construção é concebida, 
inicialmente, por meio do projeto 
arquitetônico, em que é realizada 
uma análise com as informações 
disponíveis, verificando: 
a) o programa de necessidades, 
os condicionantes físicos, 
a viabilidade econômica, 
o levantamento e o 
estudo da região.
b) os condicionantes físicos, 
a viabilidade econômica, 
o levantamento e o 
estudo da região.
c) o programa de necessidades, 
os condicionantes físicos, 
o levantamento e o 
estudo da região.
d) o programa de necessidades, 
os condicionantes físicos, 
a viabilidade econômica 
e o levantamento.
e) o programa de necessidades, 
a viabilidade econômica, 
o levantamento e o 
estudo da região.
9Concepções arquitetônicas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 6492. Representação de Projetos 
de Arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT,1994.
BORGES, A. C. Prática das Pequenas Construções. 6. ed. São Paulo: Blucher, 2010. v. 2.
BORGES, A. C. Prática das Pequenas Construções. 9. ed. São Paulo: Blucher, 2009. v. 1.
CAROL, F. J.; GOMES, A. R.; CAROL, F. J. R. Noções de Arquitetura e Representação Gráfica. 
São Paulo: UNIP, 2012.
CORNETET, B.C.; GIOVANINI, D.; PIRES, M. (Org.). Arquitetura. Porto Alegre: SAGAH, 2016.
CORONA, E.; LEMOS, C. A. C. Dicionário da arquitetura brasileira. 2. ed. São Paulo: 
Companhia das Artes, 1998.
FREIRE, W. J.; BERALDO, A. L. Tecnologias e Materiais Alternativos de Construção. Cam-
pinas: Unicamp, 2013.MONTENEGRO, G. A. Desenho arquitetônico. 2. ed. São Paulo: 
Edgard Blücher, 1978.
PAIXÃO, L. Curso de perspectiva a mão livre para arquitetos. 2018. Disponível em: <ht-
tps://www.aarquiteta.com.br/curso-perspectiva-a-mao-livre-arquitetos/>. Acesso 
em: 25 abr. 2018. 
THOMAZ, E. Tecnologia, Gerenciamento e Qualidade na Construção. São Paulo: Pini, 2001.
UNWIN, S. Analysing Architecture. 3. ed. Abingdon: Routledge, 2009.
Leitura recomendada
VAN LENGEN, J. Manual do Arquiteto Descalço. Jandira: B4, 2014.
Concepções arquitetônicas10
tps://www.aarquiteta.com.br/curso-perspectiva-a-mao-livre-arquitetos/
Materiais e instrumentos 
de desenho
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer os materiais e os instrumentos para realização de dese-
nhos técnicos.
 � Identificar a utilização de materiais e instrumentos adequados para 
o desenho técnico.
 � Avaliar a importância da utilização dos materiais e instrumentos na 
realização de desenho técnico.
Introdução
Na arquitetura, a figura humana e a utilização de elementos textuais são 
pontos importantes na concepção dos projetos. Esses fatores proporcio-
nam uma real compreensão das proporções e das dimensões do projeto.
A elaboração de um projeto arquitetônico envolve muitas etapas e 
maneiras de expressar a sua concepção, seja pelo modo manual, com os 
equipamentos e materiais técnicos ou pelos métodos modernos, com os 
equipamentos eletrônicos e softwares de última geração.
O processo de criação é desenvolvido a partir de uma solicitação 
para um problema ou um desafio, por meio de desenhos, plantas e 
detalhamentos em pranchas, que serão utilizadas depois para a sua 
materialização.
Neste capítulo, você verá as etapas nas quais irá reconhecer, identificar 
a utilização e avaliar a importância dos materiais no desenvolvimento do 
desenho técnico.
Características do desenho técnico
O desenvolvimento de um projeto arquitetônico ocorre por meio de diversas 
etapas, desde suas primeiras ideias, seguindo para o desenvolvimento dos 
problemas e até chegar ao projeto, que será a referência na construção. Para que 
o profissional desenvolva um projeto, são necessários instrumentos técnicos, 
materiais específicos que irão fornecer as informações necessárias e auxiliar 
nessa criação. O projeto arquitetônico é um documento, com informações 
técnicas relativas a uma obra.
O método tradicional do desenho técnico utiliza lápis (grafite); caneta 
nanquim; réguas; esquadros; compassos; escalímetros; papel (pranchas) 
em diferentes tamanhos, tipos e gramaturas (espessuras); entre outros. O 
profissional deve ter o conhecimento sobre os materiais e as técnicas de 
desenho necessárias para o processo de criação manual. Embora, atualmente, 
todo o processo seja realizado com o uso de softwares próprios para esse 
segmento da arquitetura, esse conhecimento é necessário também para a 
aplicação virtual. 
Os croquis servem como um estudo, uma avaliação do que o profissional 
começou a pensar para atingir o seu objetivo, atendendo ao que foi solicitado 
pelo seu cliente. Mesmo com as mudanças tecnológicas que vem ocorrendo, 
em que os instrumentos manuais foram alterados para softwares, não podemos 
esquecer que os elementos do desenho técnico mantêm as mesmas caracte-
rísticas e a representação gráfica realizada por meio dos softwares deverá 
transmitir todas as informações necessárias para a materialização do projeto.
Para que todos os profissionais consigam entender e ler o desenho técnico, 
desde a sua criaçãoaté a materialização, eles devem “falar” a mesma lingua-
gem, portanto, existem as normas técnicas, cuja função é determinar as regras 
e os conceitos da representação gráfica do projeto. O projeto arquitetônico é 
o conjunto de documentos e desenhos que, após aprovado, dará a condição 
de materializações de um empreendimento.
O desenvolvimento do projeto arquitetônico é um longo processo, envolvendo 
várias etapas. Podemos definir as etapas de um projeto da seguinte maneira:
1. definição do programa de necessidades do projeto;
2. levantamento/visita ao local;
3. estudo preliminar;
4. anteprojeto;
5. projeto legal;
6. projeto executivo.
Materiais e instrumentos de desenho2
Essa é a estruturação simplificada de um projeto arquitetônico, mas é ne-
cessário sempre entender que cada projeto é único e individual, podendo haver 
variações nesse processo de criação. A criação de um projeto arquitetônico 
envolve uma junção de questões técnicas com criatividade, proporcionado a 
satisfação do cliente.
Materiais e instrumentos adequados para o 
desenho técnico
O desenho é uma forma de comunicação utilizado desde o início das ci-
vilizações. Em sua evolução, os desenhos foram mudando, por meio deles 
foram sendo traduzidas as características das pessoas, as ideias que queriam 
transmitir e as sensações. Isso possibilitou o surgimento do desenho técnico, 
com a intenção de representar objetos e construções, o mais fiel possível ao 
que foi materializado. 
Segundo Francis Ching (2012), os materiais e equipamentos proporcionam 
que o trabalho seja prazeroso. Embora a mão e a mente controlem o desenho 
acabado, materiais e equipamentos de qualidade tornam o ato de desenhar 
agradável, facilitando, em longo prazo, a obtenção de um trabalho de qualidade 
(CHING, 2012).
O desenho técnico segue normas internacionais, sob a supervisão da In-
ternational Organization for Standardization (ISO), para a sua representação, 
mas cada país também tem as suas próprias normas adaptadas e regidas 
pela ISO. No Brasil, as normas são editadas pela Associação Brasileiras de 
Normas Técnicas (ABNT), e a norma brasileira (NBR) que regulamenta a 
representação de projetos de arquitetura é a NBR nº 6.492. Nessa norma, 
estão todas as determinações para esses desenhos, sua criação e execução 
(ASSOCIAÇÃO..., 1994). Segundo Schuler e Mukay (2018), a normatização 
do desenho por meio da NBR é essencial, pois:
A normatização para desenhos de arquitetura tem a função de estabelecer 
regras e conceitos únicos de representação gráfica, assim como uma simbologia 
específica e pré-determinada, possibilitando ao desenho técnico atingir o ob-
jetivo de representar o se quer tornar real (SCHULER; MUKAY, 2018, p. 03).
Para o desenvolvimento das etapas de um projeto, precisamos de alguns 
materiais específicos. A seguir, você verá a descrição de cada um desses 
materiais. 
3Materiais e instrumentos de desenho
Os lápis ou lapiseiras permitem o lançamento de ideias e concepções, 
proporcionando a colocação de diferentes tipos de traços e espessuras, cada um 
com um significado. O desenho a lápis pode apresentar diferentes espessuras 
e tons de traço (Figura 1), e é classificado por letras, números, ou ambos, de 
acordo com o grau de dureza do grafite (também chamado de “mina”). O grafite 
apropriado para cada uso varia conforme a combinação de números e letras.
 � Grau do grafite: varia de 9H (extremamente duro) a 6B (extremamente 
macio). 
 � Tipo e acabamento do papel (grau de aspereza): quanto mais áspero for 
um papel, mais duro deverá ser o grafite utilizado. 
 � Superfície de desenho: quanto mais dura for a superfície, mais macio 
deverá ser o grafite. 
 � Umidade: condições de alta umidade tendem a aumentar a dureza 
aparente do grafite.
 Figura 1. Lápis para desenho realista.
Fonte: Desenho e Pintura (2018a, documento on-line).
Atualmente, as lapiseiras são mais utilizadas do que os lápis pela sua 
praticidade, também devem ser observados a espessura (normalmente de 
0,5 mm e a de 0,9 mm) e o grau de dureza do grafite. Tanto os lápis como as 
lapiseiras podem gerar desenhos com uma excelente qualidade. 
A borracha deve ser macia, limpa e de boa qualidade para evitar danificar 
a superfície do desenho. O esquadro, como você pode observar na Figura 2, 
é um conjunto de duas peças de formato triangular-retangular, com ângulos 
de 30°, 45°, 60° e 90°. São utilizados para o traçado de linhas verticais e 
outros ângulos, combinados também com a régua paralela, para a execução 
dos desenhos.
Materiais e instrumentos de desenho4
Figura 2. Esquadro para desenho técnico.
Fonte: Desenho e Pintura (2018b, documento on-line).
O escalímetro é o instrumento de forma triangular usado para a marcação 
de medidas na escala do desenho. Não deve ser utilizado para o traçado de 
linhas, como a régua. Veja exemplos de escalímetros e régua na Figura 3.
Figura 3. Réguas e escalímetros.
Fonte: Brito (2013, documento on-line); Ching (2017, p. 12)
5Materiais e instrumentos de desenho
O compasso é o instrumento utilizado para traçar circunferências ou arcos. 
Tem um formato triangular, uma ponta uma agulha (também conhecida como 
a ponta seca) e um grafite na outra extremidade. Segurando o compasso pela 
parte superior com os dedos indicador e polegar, imprime-se um movimento 
de rotação até completar a circunferência. 
Os gabaritos, representados na Figura 4, são peças com elementos vazados, 
que permitem a reprodução desses nos desenhos. Para curvas de raio variável 
usa-se a “curva francesa”. 
Figura 4. Exemplo de gabarito.
Fonte: Ching (2017, p. 9).
A régua paralela tem como objetivo o traçado de linhas horizontais paralelas 
entre si no sentido do comprimento da prancheta, e serve de base para o apoio 
dos esquadros para traçar linhas verticais ou com determinadas inclinações. 
A régua paralela deve ser um pouco menor do que o tamanho da prancheta. 
A prancheta, demonstrada na Figura 5, é uma mesa, normalmente em ma-
deira, com inclinação do seu tampo, onde se fixam os papéis para os desenhos.
Materiais e instrumentos de desenho6
Figura 5. Mesa para desenho técnico com régua paralela.
Fonte: Desenho e Pintura (2018c, documento on-line).
O desenho técnico é apresentado dentro de prancha/papel padronizadas, 
com margens e selos, em que constam todas as informações do que está contido 
na prancha. A folha na qual o projeto arquitetônico será apresentado chama-se 
prancha. Essas pranchas devem seguir os tamanhos determinados pela ABNT 
nº 10.068, conforme apresentado na Figura 6 (ASSOCIAÇÃO..., 1987). 
Figura 6. Norma ABNT nº 10.068.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (1987, p. 02).
7Materiais e instrumentos de desenho
A partir da prancha A0, obtém-se múltiplos e submúltiplos (a folha A1 
corresponde à metade da A0). 
Qualquer prancha é apresentada dobrada no formato A4, e pode ser en-
caixada em uma pasta neste tamanho, normalmente exigida para os arquivos 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994). 
As escalas são um recurso de representação gráfica que permite reprodu-
zir, proporcionalmente, objetos em diferentes tamanhos em relação as suas 
dimensões reais. No desenho técnico, as dimensões dos objetos ou constru-
ções podem ser mantidas, reduzidas ou aumentadas, sempre mantendo a sua 
proporção original. 
A escala natural é aquela em que as dimensões representadas no desenho 
técnico são exatamente as mesmas do objeto real. É indicada por uma abre-
viatura da palavra escala (ESC) seguida por 1:1 (lê-se um para um). Na escala 
de redução, as dimensões representadas no desenho técnico são menores que 
as do objeto real, por exemplo, ESC 1:20, o que significa que as dimensões 
no desenho técnico são 20 vezes menores que as dimensões reais do objeto. 
A escala de ampliação é a escala em que as dimensões representadas no 
desenho técnico são maiores que as do objeto real, por exemplo, ESC 2:1, em 
que as dimensões no desenho técnico são duas vezes maiores que as dimensões 
reais do objeto.
Umacota pode indicar: comprimentos, larguras, alturas e profundidades; 
raios e diâmetros; ângulos; coordenadas; etc. Uma cota indica as medidas de 
um projeto. Ao cotar um projeto, deve-se observar para que sejam marcadas 
as cotas parciais e as cotas totais do projeto, as medidas que são realmente 
necessárias para deixar a comunicação mais clara e rápida. 
No desenho arquitetônico, são gerados os documentos necessários para 
as construções, obedecendo as normas técnicas. Ler e interpretar um projeto 
arquitetônico não é difícil, aquelas grandes folhas de papel, conhecidas como 
pranchas, expressam a representação gráfica de uma edificação, por meio 
de símbolos e representações que indicam a presença de vários elementos 
construtivos.
Importância da utilização dos materiais e 
instrumentos na realização de desenho técnico
O mais importante é entender a filosofia das tendências modernas que acom-
panham não só a indústria da construção, mas também os demais setores 
econômicos ou sociais nos dias atuais, como o consumo consciente, a economia 
Materiais e instrumentos de desenho8
e a otimização dos recursos naturais, a sustentabilidade, a saúde e a segurança 
aos trabalhadores e usuários de bens e serviços, a humanização dos processos, 
entre outras. Segundo Firmino (2000), os avanços tecnológicos trouxeram 
muitas mudanças em vários segmentos:
Os profundos e continuados avanços tecnológicos, em todas as esferas da 
sociedade contemporânea vêm proporcionando novas formas de produção, 
novos padrões de vida, isto é, uma profunda transformação na reprodução da 
própria sociedade, denunciando urgentes necessidades para a compreensão 
de diversos fenômenos trazidos por estas transformações, e em especial os 
responsáveis por novas características na configuração espacial (FIRMINO, 
2000, p. ix).
Lembre-se que, se tratando de tecnologia de materiais e processos, o estudo 
e a atualização constantes são requisitos fundamentais para o aprimoramento 
do conhecimento necessário ao exercício de qualquer profissão.
A importância da utilização dos materiais e instrumentos disponíveis 
para a realização do desenho técnico é imprescindível, pois um projeto ar-
quitetônico é um desenho de precisão, devendo ser fiel ao que será executado 
quando o projeto se materializar. O uso de novas tecnologias nos projetos tem 
desempenhado um papel fundamental na arquitetura contemporânea. Com 
a redução do tempo de execução do processo manual para o processo com o 
uso de computadores (softwares gráficos), o profissional consegue apresentar 
ao seu cliente um projeto em um período de tempo muito menor. 
O projeto arquitetônico é considerado complexo, pois envolve muitos 
fatores no seu desenvolvimento, criando situações em que decisões devem 
ser tomadas de maneira rápida, proporcionando uma continuidade no seu 
processo. Segundo SILVA (1998), a definição para projeto arquitetônico é a 
seguinte: “Projeto arquitetônico é uma proposta de solução para um particular 
problema de organização do entorno humano, através de uma determinada 
forma construível, bem como a descrição desta forma e as prescrições para 
sua execução” (SILVA, 1998, p. 39).
Sabemos que um projeto arquitetônico visa buscar uma melhor utilização 
dos espaços, qualidade de vida e funcionalidades dos ambientes, ou seja, é a 
materialização da ideia para a resolução de um problema com o processo de 
criação do profissional. 
A linguagem gráfica exige o conhecimento do profissional para que seja 
representado de maneira correta para o perfeito desenvolvimento e mate-
rialização do projeto. Utiliza-se o conjunto de linhas, números, símbolos e 
indicações normalizadas internacionalmente, ou seja, em qualquer lugar é 
9Materiais e instrumentos de desenho
possível realizar a leitura de qualquer projeto. O desenho técnico é definido 
como uma linguagem gráfica universal, de acordo com normas que servem 
para padronizar os projetos. Veja um exemplo de representação gráfica de 
um projeto na Figura 7.
Figura 7. Representação gráfica digital de um objeto arquitetônico, caracterizando o tipo 
de superfície dos materiais e simulando o desempenho frente à luz.
Fonte: Payssé (2006) apud Vecchia e Silva (2007, documento on-line). 
Podemos concluir, então, que o uso dos materiais e instrumentos para a 
realização dos projetos arquitetônicos é extremamente importante e necessário, 
pois somente com esses recursos é que o projeto poderá ser desenvolvido de 
maneira técnica e precisa. Seja com o uso dos materiais e instrumentos manuais 
ou por meio de computação gráfica, o profissional deverá ter o entendimento 
dos instrumentos utilizados para desenvolver seu projeto da melhor maneira 
e atendendo às solicitações do seu cliente.
Materiais e instrumentos de desenho10
1. O desenvolvimento de um projeto 
é um processo de várias etapas. 
Quais das seguintes alternativas 
apresenta as etapas de uma 
estrutura simplificada de um 
projeto arquitetônico? 
a) Definição do programa de 
necessidades do projeto; 
levantamento/visita ao local; 
estudo preliminar; projeto 
legal; projeto executivo.
b) Levantamento/visita ao local; 
estudo preliminar; anteprojeto; 
projeto legal; projeto executivo.
c) Definição do programa de 
necessidades do projeto; 
levantamento/visita ao local; 
estudo preliminar; anteprojeto; 
projeto legal; projeto executivo.
d) Definição do programa de 
necessidades do projeto; 
levantamento/visita ao local; 
estudo preliminar; anteprojeto; 
projeto executivo.
e) Definição do programa de 
necessidades do projeto; 
levantamento da região por 
meio de sistemas de GPS, 
sem a visita no local; estudo 
preliminar; anteprojeto; projeto 
legal; projeto executivo.
2. O desenho técnico segue normas, 
que no Brasil são editadas pela 
ABNT. Qual é a norma que 
regulamenta a representação 
projetos de arquitetura?
a) Representação Projetos 
de Arquitetura NBR 
nº 16.280:2015. 
b) Representação Projetos de 
Arquitetura NBR nº 9050:2015.
c) Representação Projetos de 
Arquitetura NBR nº 15575:2013. 
d) Representação Projetos de 
Arquitetura NBR nº 13532:1995.
e) Representação Projetos de 
Arquitetura NBR nº 6492:1994.
3. A correta utilização das 
lapiseiras proporciona clareza 
na demonstração das ideias e 
no traçado das representações 
técnicas. Sobre essa questão, 
assinale a alternativa correta.
a) Os grafites da série B conferem 
um traço mais fino e limpo 
para o desenho técnico.
b) Os desenhos a grafite não 
são de boa qualidade, por 
isso, os projetos devem ser 
entregues com representações 
feitas em computador.
c) Quanto mais áspero for um 
papel, mais macio deverá 
ser o grafite utilizado.
d) O desenho a lápis ou lapiseira 
permite o lançamento de 
ideias e concepções, mas não 
proporciona a colocação de 
diferentes representações 
de materiais, tipos de traços 
e espessuras, todos tem 
o mesmo significado.
e) O desenho a lápis é classificado 
por meio de letras, números, 
ou ambos, de acordo com 
o grau de dureza do grafite 
(também chamado de “mina”).
4. Na escala de ampliação, as 
dimensões representadas no 
desenho técnico são maiores 
que as do objeto real, e ela serve 
quando o profissional deseja mostrar 
11Materiais e instrumentos de desenho
algum detalhe importante do 
projeto que a ampliação irá auxiliar. 
Para representarmos um objeto 
15 vezes maior do que as suas 
dimensões reais, qual a descrição 
utilizada para esse desenho?
a) ESC 1:15.
b) ESC 15:1.
c) ESC 1:15.
d) ESC 1,5:1.
e) ESC 1:150.
5. Ao apresentar um projeto 
arquitetônico as pranchas deverão 
ser padronizadas de acordo 
com as normas e com todas as 
informações necessárias para sua 
compreensão. Entre as informações 
técnicas que devem estar presentes 
nessas pranchas podemos citar:
a) conjunto de plantas, cortes, 
fachadas, detalhamentos, 
orientação geográfica, 
cotas e áreas.
b) conjunto de plantas, cortes, 
fachadas, detalhamentos, 
orientação geográfica, cotas, 
áreas e representação carros.
c) conjunto de plantas, cortes, 
fachadas, detalhamentos,orientação geográfica, 
cotas, áreas e representação 
de figura humana.
d) conjunto de plantas, cortes, 
fachadas, detalhamentos, 
orientação geográfica, 
cotas, áreas e vegetação 
prevista e existente.
e) conjunto de plantas, cortes, 
fachadas, detalhamentos, 
orientação geográfica 
e representação de 
figura humana. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492. Representação de projetos 
de arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT,1994.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10068. Folha de desenho - 
Leiaute e dimensões - Padronização. Rio de Janeiro: ABNT,1987.
BRITO, N. Materiais que todo estudante de arquitetura deve ter. 02 ago. 2013. Disponível 
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CHING, F. Desenho técnico para arquitetos. 2. ed. Porto Alegre, 2012.
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DESENHO E PINTURA. Esquadro para desenho técnico. 2018b. Disponível em: <https://
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Materiais e instrumentos de desenho12
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FIRMINO, R. J. Espaços inteligentes: o meio técnico-científico-informacional e a cidade 
de São Carlos (SP). 2000. 267 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – 
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SCHULER, D.; MUKAY, H. Noções gerais de desenho técnico. Cascavel: FAG, 2018.
SILVA, E. Uma introdução ao projeto arquitetônico. 2. ed. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 1998.
VECCHIA, L. R. F.; SILVA, A. B. A. Representação gráfica digital durante o desenvolvimento 
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Leituras recomendadas
BRAIDA, F.; FIGUEIREDO, J. Proporções, escalas e medidas. 2013. Disponível em: 
<http://www.ufjf.br/estudodaforma/files/2013/05/UFJF_DISCIPLINAS_ESTUDOda-
FORMA_20122_AULA08a_Propor%C3%A7%C3%B5es-escalas-e-medidas_v00.pdf>. 
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CORNETET, B. C.; PIRES, D. G. M. (Org.). Arquitetura. Porto Alegre: SAGAH, 2016.
FREIRE, W. J.; BERALDO, A. L. (Coord.) Tecnologias e materiais alternativos de construção. 
3. ed. Campinas: Unicamp, 2013.
MONTENEGRO, G. A. Desenho arquitetônico. 4. ed. São Paulo: Blücher, 2001.
STOTT, R. A escala humana no desenho de arquitetura: do Modulor à desconstrução do 
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13Materiais e instrumentos de desenho
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https://www.desenhoepintura.com.br/mesa-para-desenho-tecnico-com-regua-
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http://www.ufjf.br/estudodaforma/files/2013/05/UFJF_DISCIPLINAS_ESTUDOda-
https://www.archdaily.com.br/br/784336/a-
http://www.vidjaya.com.br/unicapital/Cad-EngCivil-
Símbolos e convenções 
gráficas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer a tipologia de traços/linhas dos desenhos técnicos.
 � Usar a letra técnica.
 � Explicar a importância de símbolos e convenções gráficas no desenho 
técnico.
Introdução
O uso de símbolos e convenções gráficas em arquitetura tem a função 
de padronizar as representações dos elementos arquitetônicos, a fim de 
que a leitura de um desenho técnico seja clara para todos os envolvi-
dos — desde o projetista até o mestre de obras. Nesse tipo de desenho, 
existem normas que regulamentam a maneira de representar as partes 
de um projeto, bem como a especificação de quais tipos de linhas e 
espessuras se deve utilizar. 
Neste capítulo, você estudará os diferentes tipos de traços dos dese-
nhos técnicos e compreenderá como o uso da escrita é essencial para a 
inserção de informações adicionais no projeto. Por fim, você será capaz 
de reconhecer os principais símbolos e convenções gráficas utilizados 
em arquitetura, além da sua importância no desenho técnico.
Desenho técnico: tipologia das linhas
Para representar graficamente seus projetos arquitetônicos, alguns arquitetos 
podem realizar os desenhos à mão, embora esse método esteja quase em 
desuso, ou utilizar os programas computacionais (como AutoCAD, Revit 
ou ArchiCAD). Independentemente da ferramenta escolhida, o projetista 
deverá usar metodologias e procedimentos do desenho técnico. Para garantir 
a compreensão universal dos elementos arquitetônicos representados, serão 
aplicados conceitos e indicações escritas normalizados internacionalmente. 
Segundo Kubba (2015) e Ching (2017), nesses desenhos, utiliza-se linhas de 
diversos tipos e espessuras.
 � Linhas de contorno: servem para delimitar a forma dos objetos, as 
mudanças de plano e elemento arquitetônico. A espessura da linha, 
também chamada de peso da linha, possui variação conforme o objeto 
representado e a profundidade. Por exemplo, as paredes têm espessura 
mais grossa; as esquadrias e divisórias apresentam espessura média; 
já as cotas e os objetos em vista, espessura mais fina.
 � Linhas tracejadas ou pontilhadas: compostas de traços curtos (ou 
pontos) próximos uns dos outros, indicam elementos que não estão 
visíveis no desenho. Por exemplo, as projeções de telhados e cobertu-
ras, os reservatórios enterrados ou a continuação dos degraus de uma 
escada acima de 1,20 m.
 � Linhas de eixo: indicam, literalmente, o eixo geométrico de uma 
composição arquitetônica, ou uma fachada que apresenta simetria. 
Por exemplo, no projeto estrutural, podem ser indicados os eixos dos 
pilares; e em uma planta de locação do edifício, localizam-se os eixos 
das paredes ou o eixo de uma escada.
 � Linhas de grade: indicam um sistema regular ou radial de linhas com 
espessura fina. Por exemplo, a malha de um projeto arquitetônico; a 
indicação dos módulos utilizados para um projeto, em uma planta de 
forro; a localização em grade das luminárias etc.
 � Linhas de divisa: compostas de traço e ponto, indicam os limites do 
terreno e suas divisas.
 � Linhas de interrupção: trata-se de “[...] segmentos relativamente longos 
unidos por traços curtos em zigue-zague, são usadas para cortar uma 
parte de um desenho”, de acordo com Ching (2017, p. 19). Podem ser 
utilizadas em todas as representações arquitetônicas, como plantas 
baixas, cortes, fachadas e detalhamentos.
 � Linhas de instalação: indicam a infraestrutura existente que abastece 
o terreno ou incide sobre ele. Consiste em segmentos de reta longos 
separados pela letra correspondente à instalação, geralmente, abasteci-
mento de água “A”, instalações elétricas “E” e instalações de gás “G”.
Símbolos e convenções gráficas2
O peso das linhas, ou a espessura, é dado pelo elemento arquitetônico 
representado e pela sua posição em relação ao plano. Por exemplo, quando 
se visualiza um corte (Figura 1), alguns elementosestão mais próximos do 
observador e outros mais distantes; e quanto maior for essa distância, mais 
fina será a representação da linha — inclusive, poderão ser utilizados tons 
de cinza para objetos mais distantes. A Figura 2 apresenta um resumo das 
espessuras utilizadas na representação arquitetônica.
Figura 1. Exemplo de corte.
Figura 2. Espessuras aplicadas na representação arquitetônica. (a) Linhas grossas: elementos 
estruturais e alvenaria; (b) linhas médias: elementos leves, como esquadrias ou divisórias; (c) 
linhas finas ou muito finas: linhas auxiliares, contornos observados em vista. 
3Símbolos e convenções gráficas
Qualidade do traçado
A qualidade das linhas envolve os aspectos referentes à definição, nitidez e 
consistência do que é representado. Quando se trata de desenhos técnicos 
feitos à mão, eles devem receber especial atenção do projetista, pois desenhos 
manuais podem ter variações no traçado, encontro das linhas e sobreposição. 
Já nos desenhos digitais, esses aspectos são equacionados devido à precisão 
proporcionada pelo programa computacional. Nem sempre o que é observado 
na tela corresponde ao resultado na impressão, por isso, o arquiteto deve 
verificar a qualidade do desenho após a sua impressão.
No desenho técnico, observam-se as normas técnicas sempre antes de iniciar a 
graficação, para que o projeto arquitetônico siga os padrões estabelecidos e seja 
compreendido integralmente por todos. 
Acesse o site do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), em que estão indicadas 
as principais normas que todo projetista deve conhecer.
https://goo.gl/Nj9b7v
Utilização de letras no desenho técnico
O uso de letras em desenhos técnicos serve para informar algo que não consta 
nele, como nome dos ambientes, alguma especificação, discriminação de área, 
tipos de materiais, entre outros. Dificilmente esse desenho apresentará uma 
boa comunicação visual se não estiverem presentes as tipologias gráficas, 
porque é necessário incluir informações como adicionais (KUBBA, 2015). 
Mesmo que, atualmente, boa parte deles sejam elaborados pelo computador, 
o projetista capaz de traçar letras à mão livre valoriza seus croquis e estudos, 
os quais em geral são desenvolvidos desse modo, agregando valor estético e 
estilo aos desenhos (KUBBA, 2015; CHING, 2017). 
Além disso, deve-se observar a uniformidade entre as letras (sua altura, 
proporção, espessura das linhas e espaçamento) e, em geral, o uso dessas letras 
em caixa alta para identificação dos ambientes nos desenhos arquitetônicos, 
com dimensões apropriadas conforme a escala utilizada.
Símbolos e convenções gráficas4
https://goo.gl/Nj9b7v
Norma Brasileira nº 8.402/1994: escrita técnica
A norma técnica que formaliza as condições para as letras utilizadas nos 
desenhos é a Norma Brasileira (NBR) nº 8.402/1994, execução de caractere 
para escrita em desenho técnico. Entre as suas exigências estabelecidas para 
escrita estão legibilidade, uniformidade e adequação à reprodução. De acordo 
com ela, o projetista poderá utilizar letras verticais e inclinadas, do estilo 
representado na Figura 3, é recomendável sem serifa — do tipo bastão, como 
as fontes Arial e Helvética. As letras devem ser claramente distintas entre si, 
observando o espaçamento adequado entre os caracteres para permitir maior 
legibilidade (ASSOCIAÇÃO..., 1994a).
Figura 3. Forma de escrita vertical e inclinada.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1994a, p. 3–4).
Símbolos e convenções gráficas
Os símbolos no desenho técnico servem para identificar determinado elemento 
geométrico (diâmetro Ø e raio R), representar cota de nível e elementos ar-
quitetônicos (como portas, janelas, orientação do prédio — posição do norte, 
etc.). Veja a representação na Figura 4.
Figura 4. (a) Cota de nível em planta baixa; (b) Cota de nível em corte.
5Símbolos e convenções gráficas
Eles também podem indicar algum trecho do desenho que será detalhado, 
por exemplo, quando há um círculo identificando uma área específica, signi-
fica que ela será apresentada posteriormente em uma escala maior, com mais 
informações (KUBBA, 2015). 
Sem a utilização de símbolos e convenções gráficas, o desenvolvimento 
e a interpretação de projetos arquitetônicos seriam muito complicados, por-
que eles auxiliam na síntese das informações apresentadas, conferindo uma 
maior clareza ao desenho técnico. É comum o uso de normas técnicas que 
padronizam essa utilização, facilitando a comunicação dos elementos que 
se pretende representar. Alguns arquitetos e engenheiros costumam realizar 
alterações nos símbolos utilizados, por isso, colocam junto aos desenhos as 
legendas com o significado de cada um deles. 
Entre os símbolos mais utilizados em arquitetura, pode-se citar a indicação 
do norte nas pranchas, que serve para indicar a orientação solar e os ventos 
predominantes, veja a Figura 5. Os símbolos de materiais representam o ma-
terial do qual é constituído determinado elemento arquitetônico, por exemplo, 
alvenaria, madeira, aço, concreto etc. Para entender os símbolos e as convenções 
gráficas mais importantes para o projeto arquitetônico, observe as Figuras 6, 
7 e 8, que facilitam a visualização de elementos-chave da construção, como 
portas, janelas e paredes. Existe também uma ampla variedade de símbolos 
dos projetos complementares, os quais incluem instalações elétricas, hidros-
sanitárias e climatização, regulamentados por normas técnicas específicas.
Figura 5. Símbolo de indicação do norte.
Fonte: Kubba (2015, p. 170).
Símbolos e convenções gráficas6
Figura 6. Tipos de portas representadas em planta baixa.
Figura 7. Tipos de janelas representadas em planta baixa.
Figura 8. Tipos de paredes representadas em planta baixa.
Fonte: Kubba (2015, p. 172).
7Símbolos e convenções gráficas
O artigo teórico “Arquitetura e representação gráfica: considerações históricas e aspectos 
práticos”, do professor Airton Cattani, trata do projeto arquitetônico graficado como 
documento de trabalho e compreensão por parte dos trabalhadores no canteiro de 
obras. Acesse o link a seguir para ler o artigo completo. 
https://goo.gl/V5d8VP
Norma Brasileira nº 10.126/1998: cotagem em desenho 
técnico
Esta norma estabelece regras para a cotagem, que corresponde à representação 
gráfica no desenho da característica do elemento, por meio de linhas, símbolos, 
notas e valor numérico em determinada unidade de medida. As cotas são 
compostas de linhas de cota, linhas auxiliares, limites e valor de cota, como 
você pode visualizar na Figura 9. O projetista deve realizar a cotagem correta 
dos elementos arquitetônicos quando estiver desenhando, para que todas as 
dimensões importantes sejam graficadas.
Figura 9. Componentes da cota.
Símbolos e convenções gráficas8
https://goo.gl/V5d8VP
Norma Brasileira nº 6.492/1994: representação gráfica 
em projetos de arquitetura
Esta norma trata da representação de projetos de arquitetura, cujos elementos 
básicos são gráficos (plantas de situação, implantação, cortes ou seções, 
fachadas ou elevações, detalhes ou ampliações, escala) e escritos (memoriais, 
especificações, planilha de áreas, lista de materiais etc.). No Quadro 1, você 
pode ver os símbolos mais importantes que constam nessa norma. 
Símbolo Significado Símbolo Significado
Linha de 
indicação e 
chamadas
Linha de 
silhueta
Linha de 
interrupção
Tipos de letras 
e números
Escala gráfica Indicação 
do norte
Indicação de 
chamadas
Indicação 
do acesso
Indicação 
do sentido 
de rampas 
ou escadas
Inclinação de 
caimentos 
de pisos
Inclinação de 
telhados em 
planta baixa
Quadro 1. Símbolos arquitetônicos
(Continua)
9Símbolos e convenções gráficas
(Continuação)
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (1994b).
Símbolo Significado Símbolo Significado
Cota de nível 
em planta 
baixa
Cota de nível 
em corte
Marcação de 
coordenadas 
(modulação 
em planta 
baixa)
Marcação 
do corte em 
planta baixa
Numeração 
e título dos 
desenhos
Designação 
de esquadriasQuadro 1. Símbolos arquitetônicos
A NBR nº 6.492/1994 padroniza as formas de representação arquitetônica, 
o que faz todos os materiais produzidos nesta área apresentarem a mesma 
linguagem gráfica, facilitando a compreensão de todos e a legibilidade do 
desenho arquitetônico (ASSOCIAÇÃO..., 1994b).
Um exemplo do que acontece, muitas vezes, em escritórios de arquitetura é a impressão 
de plantas baixas para a obra indicando as cotas das paredes prontas (tijolo, chapisco, 
emboço e reboco), o que dificulta a leitura de quem estiver executando, pois a pessoa 
deverá descontar o valor dos revestimentos e considerar somente a distância de tijolo 
a tijolo (também chamada de medida osso). Para que isso não ocorra, é importante 
considerar qual o propósito do desenho apresentado (aprovação na prefeitura, refe-
rência para o canteiro de obras, etc.) e verificar quais dimensões devem ser mostradas 
no desenho a fim de atender seu objetivo.
Símbolos e convenções gráficas10
1. Sobre a utilização de símbolos e 
convenções gráficas no desenho 
técnico, é possível afirmar que:
a) as diferenças na representação 
de símbolos e convenções 
gráficas em desenhos à 
mão e digitais existem.
b) as normas que estabelecem uma 
padronização de como deverão 
ser representados os elementos 
arquitetônicos não existem.
c) a escolha da tipologia 
de letra para acrescentar 
informações no projeto 
arquitetônico é facultativa.
d) as espessuras das linhas, também 
chamadas de peso das linhas, 
variam conforme o objeto que 
se pretende representar.
e) os tipos de linhas mais 
utilizados são as de eixo 
geométrico e as de grade.
2. Você recebeu o seguinte projeto de 
um escritório para avaliar os símbolos 
e as convenções gráficas utilizados.
Entre os números 1 e 5, 
escolha o que apresenta a 
representação gráfica correta 
para o símbolo utilizado.
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
3. A espessura, ou peso das linhas, em 
um desenho técnico depende do 
elemento arquitetônico que está 
sendo representado graficamente. 
A seguir, estão identificados alguns 
elementos e a espessura da linha 
utilizada para desenhá-los. De 
acordo com a padronização utilizada, 
qual alternativa apresenta a relação 
correta entre espessura e elemento? 
a) Linha fina: esquadria.
b) Linha fina: parede.
c) Linha média: parede.
d) Linha média: projeção 
do telhado.
e) Linha grossa: estrutura 
ou paredes.
4. A letra técnica é utilizada no 
desenho para informar e descrever 
elementos arquitetônicos no projeto. 
Sobre ela, é possível afirmar que: 
a) deve-se observar a uniformidade 
no traçado das letras, utilizando 
proporções adequadas entre 
caracteres e espaçamentos.
b) é possível utilizar quaisquer 
tipologias de letra para 
pranchas de projeto; e no 
desenho técnico de plantas, 
cortes, fachadas e detalhes, 
somente a letra tipo bastão.
c) é dispensável em alguns 
casos, porque determinadas 
graficações apresentam todas 
as informações representadas 
por meio de plantas, cortes, 
fachadas e detalhes.
d) a Norma Brasileira (NBR) nº 
8.402/1994 trata somente 
do uso de letras verticais.
e) é recomendado o uso 
de letras com serifa.
11Símbolos e convenções gráficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492. Representação de projetos 
de arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994b.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8402. Execução de caracter 
para escrita em desenho técnico – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1994a.
CHING, F. D. K. Representação gráfica em arquitetura. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2017.
KUBBA, S. A. A. Desenho técnico para construção. Porto Alegre: Bookman, 2015. (Série 
Tekne).
Leituras recomendadas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10126. Cotagem em desenho 
técnico - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1998.
CATTANI, A. Arquitetura e representação gráfica: considerações históricas e aspectos 
práticos. Arqtexto, n. 09, p. 110-123, 2006. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/
handle/10183/22249>. Acesso em: 21 maio 2018.
CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL. Disponível em: <http://
www.caubr.gov.br/>. Acesso em: 21 maio 2018.
5. Sobre os símbolos e as 
convenções gráficas utilizados 
na representação gráfica em 
arquitetura, é possível afirmar que: 
a) a indicação da posição do norte 
pode ser dispensada em alguns 
tipos de projeto de arquitetura.
b) a ausência de normas técnicas 
referentes aos símbolos de 
instalações complementares 
gera dificuldade de leitura 
destes projetos.
c) a norma que trata da 
representação gráfica em 
arquitetura corresponde 
a NBR nº 10.126/1998.
d) os símbolos das cotas de 
nível variam conforme sua 
representação gráfica em 
planta baixa ou corte.
e) os materiais diferentes podem 
ser representados com a mesma 
hachura no mesmo desenho, 
desde que indicado em legenda.
Símbolos e convenções gráficas12
http://www.lume.ufrgs.br/
http://www.caubr.gov.br/
Normas técnicas e 
convenções gráficas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Nomear as principais normas técnicas necessárias ao desenvolvimento 
de projetos de arquitetura.
 � Identificar a NBR nº 6.492 como a norma responsável pela represen-
tação de projetos de arquitetura.
 � Avaliar a aplicabilidade das normas e das convenções gráficas perti-
nentes ao desenho técnico.
Introdução
Existem normas técnicas que regulamentam os aspectos pertinentes aos 
projetos de arquitetura, desde a representação gráfica até a construção 
das edificações, a fim de garantir sua qualidade, segurança, acessibilidade 
e normalidade. A boa execução de um edifício garante sua durabilidade 
e estabilidade, para garantir isso existem normas específicas que tratam 
de todos os elementos que compõem um projeto, regulamentando, por 
exemplo, as construções e os materiais. Como a linguagem da arquitetura 
é gráfica, é necessário que todos envolvidos consigam compreender 
integralmente os projetos. Com essa finalidade, a norma brasileira (NBR) 
nº 6.492, trata da representação gráfica de projetos de arquitetura, sendo 
essencial para os profissionais da área (ASSOCIAÇÃO..., 1994).
Neste capítulo, você estudará as principais normas técnicas que regu-
lamentam os projetos de arquitetura, compreenderá a importância e os 
aspectos tratados na NBR nº 6.492 — norma responsável pela represen-
tação gráfica de projetos — e acompanhará a aplicação dessas normas 
no desenho técnico por meio de exemplos práticos. 
Projeto de arquitetura: normas técnicas
A regulamentação dos projetos de arquitetura por meio de normas técnicas é 
realizada com o propósito de oferecer ao profissional as condições exigidas 
para garantir a qualidade dos projetos. Segundo o Conselho de Arquitetura 
e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), as principais normas técnicas tratam dos 
parâmetros de qualidade, segurança, acessibilidade e normalidade que todos 
os arquitetos e urbanistas devem conhecer. A seguir você verá algumas das 
normas brasileiras e suas aplicações.
NBR nº 16.280:2015 — reforma em edificações
Trata dos aspectos que regulamentam as reformas de edificações, conside-
rando as áreas privativas dos edifícios. O desenvolvimento desta norma é 
decorrente da má gestão de obras nas edificações que, muitas vezes, oferecem 
risco aos seus usuários, devido às intervenções que podem levar ao colapso 
das edificações. 
Em outras palavras, o mau planejamento e execução de reformas oferece 
perigo às pessoas e deve ser regulamentado. A NBR nº 16.280:2015 exige 
o aval de um arquiteto ou engenheiro em reformas que alterem o projeto 
original de arquitetura, como troca de piso, revestimentos, troca de esqua-
drias ou fachada-cortina, instalações elétricas, de gás ou de ar-condicionado 
(ASSOCIAÇÃO..., 2015).
NBR nº 9.050:2015 — acessibilidade a edificações, 
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos 
As condições de acessibilidade a todas as pessoas, no que se refere aos projetos 
de arquitetura, são estabelecidas nesta norma técnica (desde o mobiliário 
até a edificação,conforme Figura 1). A norma considera os diversos tipos 
de condições de mobilidade das pessoas e as necessidades individuais no 
desenvolvimento dos parâmetros indicados. Esses parâmetros discorrem 
sobre alturas de equipamentos, acesso às edificações (rampas, desníveis e 
dimensionamento de ambientes), sanitários, sinalização dos espaços, entre 
outros (ASSOCIAÇÃO..., 2015). 
Normas técnicas e convenções gráficas2
Figura 1. Exemplo de representação gráfica de uma escada.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015, p. 15).
NBR nº 15.575:2013 — edificações habitacionais 
(desempenho)
Esta norma está organizada em seis partes, as quais correspondem aos ele-
mentos construtivos de uma edificação, apresentando exigências quanto à 
segurança, habitabilidade e sustentabilidade aplicadas à construção. Assim, 
assuntos como desempenho mecânico, conforto térmico, desempenho lumí-
nico, manutenção, funcionalidade, durabilidade, entre outros fundamentais 
à construção civil, são abordados detalhadamente. A NBR nº 15.575 está 
dividida da seguinte forma:
1. Parte 1: requisitos gerais;
2. Parte 2: requisitos para os sistemas estruturais;
3. Parte 3: requisitos para os sistemas de pisos;
4. Parte 4: requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e 
externas; 
5. Parte 5: requisitos para os sistemas de coberturas;
6. Parte 6: requisitos para os sistemas hidrossanitários (ASSOCIAÇÃO..., 
2013).
3Normas técnicas e convenções gráficas
ABNT NBR 16636-1:2017 — elaboração e 
desenvolvimento de serviços técnicos especializados 
de projetos arquitetônicos e urbanísticos
Estabelece parâmetros para a construção de edificações novas e existentes 
(ampliação, modificação), discorre sobre as etapas do projeto de arquitetura 
e sobre as informações necessárias para compreensão do projeto e seus 
elementos. Ainda, especifica os elementos que fazem parte da edificação, 
bem como seus componentes, por exemplo, fundações, estruturas, coberturas, 
forros, vedações, paredes, esquadrias e proteções, revestimentos e acabamentos 
(ASSOCIAÇÃO..., 2017).
NBR nº 6.492:1994 — representação de projetos de 
arquitetura
O objetivo desta norma é regulamentar o desenho técnico de arquitetura, 
ou seja, a representação gráfica dos símbolos utilizados no projeto. Ainda, 
discorre sobre os tipos de papéis, seus formatos e os dobramentos das folhas, 
as escalas mais utilizadas em projeto, a letra técnica, os tipos de linhas e as 
indicações de fachadas. Neste capítulo, será tratado em detalhes os aspectos 
que envolvem a NBR nº 6.492, em razão da sua importância nos projetos 
arquitetônicos (ASSOCIAÇÃO..., 1994).
Além das normas técnicas mencionadas, existem outras que tratam de aspectos 
específicos da representação gráfica de projetos de arquitetura, como a NBR nº 
8.402:1994 – Escrita técnica; e a NBR nº 10.126:1998 – Cotagem em desenho técnico. 
O arquiteto deve manter-se informado sobre essas regulamentações para que seus 
projetos apresentam a qualidade técnica necessária para uma boa compreensão.
Normas em projetos de arquitetura
A NBR nº 6.492 consiste na norma técnica responsável pelo estabelecimento 
de regras na representação gráfica de projetos de arquitetura. Está organizada 
Normas técnicas e convenções gráficas4
de forma a tratar sobre dos seguintes aspectos: condições gerais do papel a 
ser utilizado para projetos; técnicas utilizadas para representação gráfica; 
fases do projeto de arquitetura; e tipos de linhas, letras, números, símbolos 
e convenções gráficas utilizadas em projetos de arquitetura. Cabe destacar 
que a norma não regulamenta o projeto legal, pois este critério compete às 
legislações municipais ou estaduais onde o arquiteto irá aprovar o projeto. No 
Quadro 1 você pode ver um resumo da NBR nº 6.492
Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Normas Técnicas (1994).
Condições 
gerais Técnicas
Fases do 
projeto
Representação 
gráfica
- Papel
- Formatos
- Selo
- Dobramento 
de cópias de 
desenho
- Sistema de 
reprodução 
gráfica
- Desenho à 
mão livre
- Desenho por 
instrumento
- Estudo 
preliminar
- Anteprojeto
- Projeto 
executivo
- Projeto as 
built (como 
construído)
- Tipos de linha
- Tipos de letras 
e números
- Escalas
- Símbolos e 
convenções 
gráficas
Quadro 1. Quadro síntese da NBR 6492
Em seu livro “Exercícios de Arquitetura: aprendendo a pensar como um arquiteto”, o 
autor Simon Unwin apresenta uma série de exercícios práticos para mostrar como 
ocorre o processo criativo em arquitetura, é um livro excelente para aqueles que estão 
começando a compreender o que é projetar, suas bases e procedimentos.
Normas técnicas: aplicabilidade 
Os motivos para você considerar e seguir as normas técnicas no projeto de 
arquitetura são inúmeros e relevantes, por exemplo, a valorização do projeto 
5Normas técnicas e convenções gráficas
arquitetônico por considerar aspectos testados e padronizados pela Associa-
ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Ainda, podemos mencionar as 
questões contratuais entre projetista e incorporadores, os quais estabelecem 
que as construções serão feitas dentro da boa técnica, garantida por meio da 
observância das normas técnicas. Atualmente, a lei que instituiu o CAU con-
sidera infração ao Código de Ética profissional a não observância às normas 
técnicas.
A importância do uso das convenções gráficas estabelecidas pela NBR 
nº 6.492:1994 — Representação de projetos de arquitetura é fundamental 
para o projeto arquitetônico, desde a concepção até a execução. Imagine que o 
arquiteto desenhou uma linha contínua (representando uma mudança de nível 
ou limite de um espaço) para representar um beiral de um telhado, no qual 
utilizamos a linha tracejada. Esse erro pode incorrer em problemas durante a 
construção, portanto, é fundamental estar atento à graficação e, sempre que 
possível, revisar o material desenvolvido para garantir sua adequação à NBR 
nº 6.492 (ASSOCIAÇÃO..., 1994).
Na profissão de arquiteto, a correta representação dos projetos em dese-
nhos 2D é de fundamental importância para todo o processo de concepção, 
detalhamento e execução. Uma simples linha tracejada — que representa algo 
que está em projeção — que apareça contínua no desenho, passa a representar 
algum elemento que esteja em vista ou mesmo cortado, o que faz uma grande 
diferença na interpretação.
A aplicabilidade das normas técnicas e convenções gráficas pertinentes 
ao desenho arquitetônico garante uma série de vantagens para o arquiteto. 
A uniformidade do desenho por meio das regras estabelecidas pelas normas 
técnicas contribui para a facilidade de execução da obra, por promover uma 
melhor leitura do que está graficado. A padronização beneficia a replicação 
dos desenhos, com menor possibilidade de erros. Existem várias instituições 
no âmbito nacional e internacional que desenvolvem normas sobre os mais 
variados temas, entre elas a organização europeia International Organization 
for Standardization (ISO), a americana American National Standards Institute 
(ANSI) e a brasileira ABNT. 
Normas técnicas e convenções gráficas6
No site do CAU, você poderá se informar sobre as 
cinco normas mais relevantes de Arquitetura. Acesse 
o link ou o código a seguir. 
https://goo.gl/Nj9b7v
Pense na importância de um escritório de arquitetura apresentar uma padronização 
na representação dos seus projetos. Uma das vantagens disso é a melhora da rotina 
do escritório, pois, mesmo que entre um novo funcionário, rapidamente ele poderá 
incorporar o padrão utilizado pelos seus colegas. Além disso, a padronização facilita 
a leitura dos projetos para outros colaboradores externos, como os responsáveis 
pelo projeto estrutural e execução da obra, por meio do uso de uma linguagem 
compreendida por todos envolvidos na construção civil.
1. Considerando as principais 
normas técnicas em arquitetura e 
urbanismo, selecione a alternativa 
que apresenta todos os parâmetros 
abordados nessas regulamentações.
a) Parâmetros de qualidade da 
representação gráficados 
projetos arquitetônicos.
b) Parâmetros de segurança 
e acessibilidade dos 
projetos arquitetônicos.
c) Parâmetros de qualidade dos 
aspectos construtivos dos 
projetos de arquitetura.
d) Parâmetros de normalidade 
(aspectos recorrentes à profissão 
do arquiteto) e acessibilidade 
dos projetos arquitetônicos.
e) Parâmetros de qualidade 
(representação gráfica e aspectos 
construtivos), segurança, 
acessibilidade e normalidade 
(aspectos recorrentes à 
profissão do arquiteto).
2. As normas técnicas servem para 
garantir a qualidade dos projetos 
de arquitetura em diversos âmbitos 
da construção, desde o desenho 
7Normas técnicas e convenções gráficas
https://goo.gl/Nj9b7v
técnico, até a segurança dos 
usuários das edificações. Qual 
das normas a seguir regulamenta 
a acessibilidade a edificações, 
mobiliário e equipamentos urbanos?
a) NBR nº 9.050:2015.
b) NBR nº 16.280:2015.
c) NBR nº 6.492:1994.
d) NBR nº 15.575:2013.
e) NBR nº 8.196:2000.
3. A NBR nº 6.492:1994 trata da 
representação gráfica de projetos 
de arquitetura e discorre sobre 
vários aspectos pertinentes ao 
desenho. Sobre essa norma, 
é correto afirmar que:
a) possui um item específico para 
aprovação de projeto legal.
b) estabelece como as fases 
do projeto arquitetônico 
anteprojeto e projeto executivo.
c) além de regulamentar a 
representação gráfica dos 
projetos de arquitetura, trata 
das condições gerais do 
desenho, técnicas utilizadas 
e fases do projeto.
d) possui um item específico 
quanto ao uso de escalas, 
o qual trata dos tamanhos 
de folhas a serem utilizados 
para desenvolver o 
projeto de arquitetura.
e) apresenta um item específico 
para indicar como se 
devem dobrar as folhas de 
desenho, porém não trata 
dos formatos das folhas.
4. Padronizar e normalizar o desenho 
técnico em arquitetura tem como 
propósito a aplicação de um 
conjunto de regras que garantem 
a boa qualidade da graficação, 
bem como a execução do projeto 
arquitetônico e a legibilidade do 
que foi projetado, permitindo 
sua reprodução inúmeras vezes 
com poucos erros. Sobre a 
padronização da representação 
dos projetos, é correto afirmar que:
a) confere poucas melhorias 
na comunicação entre 
arquiteto e responsável 
pela execução da obra.
b) a ABNT é a responsável 
por padronização e 
desenvolvimento das normas 
técnicas no país, fornecendo 
as diretrizes para o progresso 
tecnológico brasileiro.
c) não existe obrigatoriedade 
para o arquitetos no 
cumprimento das exigências 
estabelecidas pelas NBRs.
d) o CAU não considera infração 
o descumprimento dos 
parâmetros estabelecidos pelas 
NBRs pertinentes à arquitetura.
e) o conjunto de normas 
brasileiras que tratam do 
desenho técnico abrange 
apenas questões referentes à 
representação de desenho.
5. Considerando a NBR nº 6.492, 
sobre a representação de 
projetos de arquitetura, qual das 
alternativas a seguir apresenta 
parâmetros existentes e 
regulamentado pela norma?
a) Símbolos e convenções gráficas.
b) Especificação dos elementos da 
edificação e seus componentes.
c) Condições de acessibilidade 
às edificações.
d) Parâmetros de desempenho 
da edificação habitacional.
e) Requisitos para a 
gestão da reforma.
Normas técnicas e convenções gráficas8
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492. Representação de projetos 
de arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050. Acessibilidade a edi-
ficações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575. Edificações habitacio-
nais — Desempenho. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16280. Reforma em edifica-
ções — Sistema de gestão de reformas — Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16636-1. Elaboração e desenvol-
vimento de serviços técnicos especializados de projetos arquitetônicos e urbanísticos. 
Parte 1: Diretrizes e terminologia. Rio de Janeiro: ABNT, 2017.
Leituras recomendadas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8402. Execução de caracter 
para escrita em desenho técnico – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10126. Cotagem em desenho 
técnico – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1998.
CHING, F. D. K. Representação gráfica em arquitetura. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2017.
UNWIN, S. Exercícios de arquitetura: aprendendo a pensar como um arquiteto. Porto 
Alegre: Bookman, 2013.
9Normas técnicas e convenções gráficas
Atividades à mão livre
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar os desenhos à mão livre como ferramentas do processo 
criativo.
 � Reconhecer os princípios do desenho à mão livre.
 � Reproduzir desenhos de linhas à mão livre.
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar como o desenho à mão livre pode auxiliar 
na prática de representação gráfica, além de compreender que o desenho 
não é apenas uma expressão artística, mas também uma ferramenta que 
permite explorar e desenvolver ideias e projetos.
Relação entre desenho e processo criativo
Considerando todos os avanços constantes das tecnologias de representação 
gráfica, o desenho à mão livre ainda é a forma mais intuitiva de registrar algo 
que observamos, ideias ou experiências. O desenho não é apenas uma expressão 
artística, é também uma ferramenta que permite explorar e desenvolver suas 
ideias e projetos. Dessa forma, você pode perceber que existe uma relação 
direta entre o desenho e o processo de criação (CHING, 2017).
Segundo Ching (2012), o desenho é um processo de ver, imaginar e re-
presentar imagens. Por meio do canal sensorial da visão, que é o sentido no 
qual nos apoiamos para as atividades cotidianas, temos contato com o mundo. 
O ver colabora na habilidade de desenhar, assim como o desenhar fortalece 
nossa visão. Todos os dados que percebemos através dos olhos são processados 
na nossa mente até encontrar um significado, criando, assim, as imagens que 
representamos ao desenhar. Portanto, o desenhar é mais que uma habilidade, 
é a construção das imagens que estimulam nossa imaginação, assim como o 
imaginar alimenta nosso desejo de desenhar. Por fim, o representar, no caso, 
o desenho, é a forma gráfica que vemos a nossa frente ou imaginamos, um 
meio natural de expressão. Sendo assim, podemos concluir que o desenhar 
é um processo dinâmico e criativo capaz de exteriorizar as percepções do 
mundo visual que nos cerca.
Na arquitetura e na engenharia, o desenho à mão livre, croqui ou esboço 
é um dos mais importantes instrumentos para a habilidade de visualização, 
pois permite, de maneira rápida, a troca ideias com outros membros da equipe 
de projeto (GIESECKE et al., 2002).
Durante o projeto, o desenho pode ser utilizado tanto para mostrar algo 
que já existe como para apresentar ou desenvolver uma ideia, desde o início 
até a proposta final (CHING, 2012).
Fundamentos do desenho à mão livre
Para você aprender a desenhar e utilizar o desenho de forma eficiente em seus 
projetos, são necessários alguns conhecimentos e habilidades fundamentais, 
como traçar linhas de espessuras diferentes e desenhar formatos diversos.
Uma das informações que você precisa saber refere-se aos materiais exis-
tentes para desenho. A principal vantagem do desenho à mão livre é que ele 
requer apenas lápis, papel e borracha, ou seja, folhas normais ou quadriculadas, 
cadernos ou blocos são úteis para tarefas de campo. Existem também diversos 
tipos de canetas esferográficas, hidrográficas e marcadores. É preciso que 
você escolha o tipo ideal, que melhor se adapte ao seu objetivo.
As lapiseiras são as mais utilizadas, e são fabricadas para grafites de 
0,3 mm, 0,5 mm, 0,7 mm e 0,9 mm. Cada espessura é utilizada para o tipo de 
linha que você desejar fazer. Lápis comuns também são eficientes, baratos e 
facilitam o traçado de linhas espessas ou finas, de acordo com o modo como

Outros materiais