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5 2 Valores Tonais

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Prévia do material em texto

Valores Tonais
Apresentação
Os valores tonais, as variações entre claro e escuro, são o principal elemento utilizado na 
representação de luz e sombra. São fundamentais para gerar o efeito de volume nos objetos, sem 
eles não seria possível representar a tridimensionalidade nos desenhos.
A descoberta da utilização de claro e escuro na história da arte modificou radicalmente os 
parâmetros de representação que se conheciam até então. No desenvolvimento de jogos, os 
valores estão presentes principalmente em seus gráficos e interfaces. A correta representação 
desses elementos é essencial para a compreensão e apresentação dos ambientes, personagens e 
outros elementos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá o que é luz e sombra e de que forma a sua 
aplicação confere volumetria aos elementos, além de conhecer as técnicas de aplicação desses 
efeitos nos jogos digitas.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer o uso de luz e sombra como elemento básico para produzir volumetria.•
Identificar a fonte de luz e a luz refletida dos objetos.•
Aplicar as técnicas de sombra própria e sombra projetada.•
Desafio
O primeiro passo para iniciar o trabalho de iluminação no desenho é a definição da fonte de luz. Em 
termos gerais, considera-se como fonte a luz natural (sol) ou luz artificial (luminárias). Pode-se 
também utilizar uma combinação dos dois tipos de fontes, vindas de direções variadas.
Você, arquiteto, precisa desenvolver uma perspectiva de uma residência para apresentar ao cliente. 
Uma das exigências do cliente foi o entendimento do efeito da luz do sol sobre a casa. O pedido 
deixou o estagiário do escritório curioso com o projeto, pois ele ainda não tem prática com luz e 
sombra.
Você fez um estudo preliminar com formas geométricas que demonstra os efeitos de luz e sombra 
sobre a volumetria para mostrar os seus efeitos ao estagiário. Ao posicionar uma fonte de luz 
próxima aos elementos, são criados efeitos de luz e sombra sobre eles. Dentre os efeitos gerados, 
os mais impactantes são o brilho, a luz refletida, a sombra própria, a sombra projetada e o meio-
tom, e você utilizou todos em seu estudo, como pode ser observado na imagem a seguir:
Para a melhor compreensão do seu estagiário, indique para ele os efeitos e em quais pontos eles 
podem ser observados na imagem, identificando também o posicionamento da fonte de luz.
Infográfico
A influência do posicionamento da fonte de luz resulta nas variações de ângulos de reflexão. Isso 
também permite os diversos efeitos de sombra nos objetos. As sombras são as representações do 
efeito que a iluminação gera sobre os objetos. Elas são fundamentais para o delineamento das 
formas e a representação de profundidade.
No Infográfico a seguir, você verá de que forma a reflexão da luz causa pontos de sombreamento 
no desenho.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/f6124f28-04bc-446c-b4a0-a49b7c50ae5f/03a8d221-0d2e-4b43-b02d-ee2e77206bb5.jpg
Conteúdo do livro
Existem basicamente dois tipos de sombras: as sombras próprias e as sombras projetadas. As 
sombras próprias são aquelas geradas nas próprias faces do objeto, seja por ausência de luz, seja 
por interferência de outros objetos. As sombras projetadas consistem naquelas em que o objeto 
produz sobre outras faces, como superfícies de apoio ou objetos adjacentes, por exemplo.
Assim como é o caso de vários outros conteúdos, para saber mais sobre o uso de luz e sombra nos 
jogos digitais podemos recorrer à literatura de outras disciplinas. O uso de valores tonais para 
representar ambientes e cenários, por exemplo, remete bastante à atividade da arquitetura.
Portanto, acompanhe a leitura do capítulo Luz e sombra da obra Desenho Artístico, direcionado ao 
projeto arquitetônico, que complementa a base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
DESENHO 
ARTÍSTICO
Juliana Wagner
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB-10/2147
W133d Wagner, Juliana.
 Desenho artístico / Juliana Wagner, Carla Andrea Lopes
 Allegretti, Diana Scabelo da Costa Pereira da Silva Lemos; 
 [revisão técnica: Sabrina Assmann Lücke]. – Porto Alegre: 
 SAGAH, 2017.
 168 p. il. ; 22,5 cm
 ISBN 978-85-9502-241-6
 1. Arquitetura – Desenhos. I. Alegretti, Carla Andrea
 Lopes. II. Lemos, Diana Scabelo da Costa Pereira da Silva. 
 III.Título.
CDU 744.43
Revisão técnica:
Sabrina Assmann Lücke
Arquiteta e Urbanista 
Mestra em Ambiente e Desenvolvimento 
com ênfase em Planejamento Urbano
DA_Impressa.indd 2 01/12/2017 10:39:43
Luz e sombra
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer o uso de luz e sombra como elemento básico para pro-
duzir volumetria
 � Definir a fonte de luz e a luz refletida dos objetos
 � Aplicar as técnicas de sombra própria e sombra projetada
Introdução
Neste capítulo, você irá estudar o conceito e a aplicação de luz e sombra 
nos desenhos. Luz e sombra são os elementos básicos para gerar o efeito 
de volume nos objetos, sem eles não é possível representar a tridimen-
sionalidade nos desenhos. 
A descoberta da utilização de claro e escuro na história da arte mo-
dificou radicalmente os parâmetros de representação que se conheciam 
até então. Na arquitetura, a luz e a sombra são basicamente elementos 
que fazem parte de sua constituição. A correta representação desses 
elementos é essencial para compreensão e apresentação dos estudos 
arquitetônicos.
Conceito de luz e sombra
Para transformar um desenho linear, bidimensional, em um desenho tridimen-
sional, é imprescindível que você utilize os efeitos de luz e sombra. Assim como 
quando observamos elementos reais, nossos olhos só conseguem distinguir 
as dimensões de profundidade. 
Caso um objeto esteja sob luz intensa por todos os lados, ficará totalmente 
iluminado e sem contraste, caso não esteja sob nenhuma fonte de luz, ficará 
completamente escuro e também não será possível perceber sua volumetria.
Ao olhar para os objetos, o que você enxerga é a reflexão da luz sobre 
as superfícies. A reflexão pode variar conforme a fonte luminosa, o tipo de 
DA_U2_C06.indd 95 01/12/2017 16:59:27
material das superfícies e as interferências dos demais objetos no fluxo de luz. 
As sombras visíveis representam, na verdade, a ausência de luz.
A utilização dos efeitos de luz e sombra foi a base que modificou radical-
mente a arte na história. Na arte antiga, como a dos egípcios (veja a Figura 
1), os desenhos não possuíam esses elementos na sua composição, portanto, 
o resultado eram desenhos sem profundidade, em duas dimensões e com
aparência pouco realista.
Figura 1. Ilustração egípcia em que é possível perceber a ausência de profundidade e 
variação de tons sombreados na técnica utilizada.
Fonte: Vectomart/Shutterstock.com.
No Renascimento europeu, principalmente nas obras de Leonardo da 
Vinci, começam a ser valorizados os efeitos de luz e sombra nas artes. Nesta 
época, surge o termo chiaroscuro, que significa claro e escuro em italiano. 
Esta geração de artes renomadas ficou marcada pela utilização da luz em suas 
Luz e sombra96
DA_U2_C06.indd 96 01/12/2017 16:59:27
obras. Leonardo da Vinci desenvolveu uma técnica conhecida como sfumato, 
que significava o tratamento das sombras sem linhas ou fronteiras, em forma 
de degrade e esfumaçadas. Essa técnica gerava um efeito bem mais leve das 
sombras na pintura e foi muito importante principalmente para as tonalidades 
em rostos. Você pode observar isso na Figura 2.
Figura 2. Monalisa, de Leonardo da Vinci. Pintura com trabalho de sombreamento usando 
a técnica sfumato.
Fonte: Oleg Golovnev/Shutterstock.com. 
Após a consolidação da importância de luz e sombra como elementos bási-
cos na arte, no século XVI, alguns artistas levaram aexperiência realista da luz 
para outro nível. Durante a época Barroca, os artistas passaram a utilizar esses 
efeitos para demonstrar as emoções das cenas. O uso do contraste extremo, 
com sombras bem escuras e os pontos claros muito iluminados, geraram cenas 
97Luz e sombra
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muito expressivas. Essa tendência foi chamada de “Tenebrismo”. Observe o 
uso de luz e sombra como expressão de sentimentos de forma dramática na 
Figura 3.
Figura 3. Madona de Loreto, arte de Caravaggio (1604).
Fonte: Renata Sedmakova/Shutterstock.com.
Assim como ocorreu ao longo da história da arte, o importante ao realizar 
um desenho é buscar o equilíbrio entre os contrastes, procurando atribuir a 
volumetria real dos objetos, mas sem pesar demais. 
Luz
O primeiro passo para iniciar o trabalho de iluminação no desenho é a defini-
ção da fonte de luz. Em termos gerais, podemos considerar como fonte a luz 
Luz e sombra98
DA_U2_C06.indd 98 01/12/2017 16:59:29
natural (sol) ou a luz artificial (luminárias). É possível também utilizar uma 
combinação dos dois tipos de fontes, vindas de direções variadas.
Conforme o tipo e a posição da fonte de luz, as áreas claras e as sombras 
ficarão adequadas para cada situação específica. No caso de optar pelo uso 
de iluminação natural, você deve atentar para gerar uma luz mais difusa no 
ambiente, pois o índice de reflexão será maior. Excetua-se dessa situação 
casos em que a luz natural esteja adentrando o ambiente por um orifício muito 
pequeno, o que deixará a luz focada internamente. Na Figura 4 você pode 
observar exemplos de luz forte e luz difusa.
Figura 4. Demonstração dos efeitos com luz forte e luz difusa sobre os objetos.
Fonte: Ching (2012, p. 52).
A luz natural vinda do alto cria sombras paralelas aos objetos; já a luz 
artificial, que ilumina de forma focada e limitada, cria sombras divergentes. 
A observação de objetos reais sob a incidência de diversas posições e tipos de 
luz é fundamental para a compreensão e melhor aplicação desses conceitos. 
Na Figura 5 são apresentados diferentes exemplos da incidência da luz sobre 
objetos.
99Luz e sombra
DA_U2_C06.indd 99 01/12/2017 16:59:30
Figura 5. Exemplos de direcionamento da fonte de luz sobre os objetos.
Fonte: Ching (2012, p. 53).
Em termos gráficos, a incidência de luz é a ausência de preenchimento, ou seja, é 
importante que, quanto maior for o contraste entre as faces adjacentes no desenho, 
mais iluminada seja a parte clara. 
Luz e sombra100
DA_U2_C06.indd 100 01/12/2017 16:59:31
Neste momento do desenho, a orientação é demarcar a posição da fonte de 
luz, o tipo de fonte que será utilizada e traçar suavemente no desenho a direção 
que ela fará sobre os objetos. Após este lançamento, é possível avaliar os trechos 
que deverão ficar sem preenchimento, nos quais a luz incidirá diretamente. 
Já devem ser avaliados, também, os locais onde o desenho ficará sombreado. 
Além da ausência de preenchimento, é indicado utilizar a borracha para 
valorizar ainda mais as áreas claras, gerando mais contraste. No desenho, a 
borracha é tão importante quanto o lápis. Observe a iluminação da Figura 6.
Figura 6. Desenho de cena interna com iluminação artificial. Observe os trechos mais 
claros próximos às luminárias, além do formato de sombreamento resultante deste tipo 
de iluminação.
Fonte: Doyle (2002, p. 122).
101Luz e sombra
DA_U2_C06.indd 101 01/12/2017 16:59:33
Quando um objeto está sobre uma superfície, deve-se analisar os efeitos de reflexão 
gerados por essa superfície de apoio. O trecho do objeto que estiver próximo à super-
fície terá uma área iluminada, mesmo que seja na zona de sombreamento, em razão 
da reflexão. No exemplo da Figura 7, você pode ver que a parte inferior da esfera está 
iluminada por um degrade feito com lápis.
Figura 7. Esfera sobre superfície. A fonte de luz está posicionada em um ponto superior 
e à esquerda do objeto. 
Fonte: Egle Lipeikaite/Shutterstock.com.
Sombras
As sombras são a representação do efeito que a iluminação gera sobre os 
objetos. Elas são fundamentais pelo delineado das formas e a representação 
de profundidade.
Existem basicamente dois tipos de sombras: as sombras próprias e as 
sombras projetadas. As sombras próprias são aquelas geradas nas próprias 
faces do objeto, seja por ausência de luz ou por interferência de outros objetos. 
As sombras projetadas consistem naquelas que o objeto produz sobre outras 
faces, como superfícies de apoio ou objetos adjacentes.
Além desses dois tipos de sombra, temos também outros elementos, como 
reflexos, luz plena e meia sombra. Os reflexos são produzidos pela incidência 
de luz em objetos ou superfícies vizinhas e tornam a sombra da face que recebe 
a luz mais clara, portanto, devem ser considerados no desenho. 
Luz e sombra102
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Já as zonas de transição entre as áreas de sombra e a as áreas iluminadas 
são chamadas de meia sombra ou meio tom. No desenho a meia sombra, esta 
deve ser representada com menos intensidade, gerando um degrade entre a 
zona clara e a sombra própria do objeto.
A presença ou não destes elementos varia muito conforme o tipo de cena, 
os objetos existentes e o tipo de iluminação. Por isso, as sombras devem ser 
avaliadas e desenvolvidas em cada situação específica. Na Figura 8 você pode 
ver exemplos de luz e sombra.
Figura 8. Ilustração que demonstra os efeitos de luz e sombra no objeto (sugestão de 
desenho para reprodução).
Para iniciar o trabalho de sombreamento, a sugestão é lançar formas ge-
ométricas simples em um papel, preferencialmente mais espesso e poroso. 
Utilize um lápis macio, o grafite 4B, por exemplo, para facilitar a graficação 
das sombras.
103Luz e sombra
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Após desenhar as formas básicas e definir o posicionamento e a direção 
da fonte de luz, você deve estudar o formato que as sombras terão nos objetos 
e as sombras projetadas. A melhor forma de compreender o funcionamento 
das sombras é iniciando com desenhos de observação, no qual o desenho será 
uma reprodução da realidade. Pratique esse exercício com os mesmos objetos 
e a fonte de luz posicionada em locais diferentes, pois, assim, será possível 
analisar o impacto que a luz gera no conjunto de objetos.
As sombras podem ser lançadas com o uso da técnica de hachuras paralelas 
e cruzadas, nas quais o escurecimento é feito utilizando linhas. Podem também 
ser feitas com movimentos circulares contínuos. 
Outra técnica bastante utilizada é o sombreamento misto, no qual se aplicam 
rabiscos de grafite sobre o papel e, em seguida, os esfumaça, utilizando os 
dedos, um papel macio ou com o auxílio de esfuminho. A ideia de esfumar 
auxilia no desenvolvimento do degrade entre as tonalidades. Caso utilize 
algum método com tracejado de linhas, elas devem ser espaçadas ao longo 
da sombra, para suavizar até chegar ao ponto de claridade total.
Você precisa estar atento para não pesar demais nas sombras, deixando o 
desenho desequilibrado. O ideal é trabalhar lentamente, sobrepondo as man-
chas para escurecer aos poucos, evitando os excessos. As sombras próprias 
tendem a ser mais claras que as projetadas, porém isso não é uma regra e deve 
ser avaliada em cada caso. Observe, a seguir, os exemplos apresentados nas 
Figuras 9, 10 e 11.
Figura 9. Desenho de figuras geométricas. Observar os pontos de claridade, sombra 
própria e sombra projetada. As sombras, especialmente as projetadas, foram esfumadas 
para uma maior uniformidade. 
Fonte: Oana_Unciuleanu/Shuterstock.com.
Luz e sombra104
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Você pode perceber, na Figura 9, que os trechos imediatos onde os objetos 
encontram na superfície de apoio possuem uma linha bem intensa de sombra, 
pois é um local que praticamente não recebe incidência de luz.
Figura 10. Cubo cujo sombreamento próprio e projetado foi feito utilizando a técnica de 
hachuras.
Fonte: Risovanna/Shutterstock.com.Figura 11. Croqui feito com grande contraste entre claro e escuro, gerando um desenho 
bastante expressivo. 
Fonte: Rana Hasanova/Shutterstock.com.
105Luz e sombra
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A utilização de luz e sombra nos desenhos de arquitetura é indispensável, 
pois são fundamentais para a compreensão das volumetrias e profundidades, 
além da relação entre elementos das edificações. As técnicas citadas servem 
como exercícios iniciais para o treinamento da percepção das relações entre 
claro e escuro e para desenvolver os métodos de desenho que serão mais 
adequados para cada um.
Luz e sombra106
DA_U2_C06.indd 106 01/12/2017 16:59:38
CHING, F. Desenho para arquitetos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.
DOYLE, M. E. Desenho a cores: técnicas de desenho de projeto para arquitetos, paisa-
gistas e designers de interiores. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
Leituras recomendadas
CORTOPASSI, L. Claro-escuro. [S.l.]: Tudo sobre Pintura, 2012. Disponível em: <http://
lucianocortopassipordentrodapintura.blogspot.com.br/2012/11/claro-escuro-luciano-
-cortopassi.html>. Acesso em: 11 nov. 2017.
PORTO, G. Tenebrismo. [S.l.]: InfoEscola, c2006-2017. Disponível em: <https://www.
infoescola.com/movimentos-artisticos/tenebrismo/>. Acesso em: 12 nov. 2017.
WIKIPÉDIA. Sfumato. [S.l.: s.n.], 2017. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/
Sfumato>. Acesso em: 12 nov. 2017. 
Conteúdo:
 
Dica do professor
O arranjo de valores tonais não auxilia apenas a definir volumes e conferir realismo aos jogos 
digitais. A relação entre luz e sombra serve também como artifício de design, se utilizado para 
compor levels e desafios. É essencial que o desenvolvedor conheça muito bem a influência da luz e 
sombra, por exemplo, em ambientes construídos. Esse conhecimento permite tomar partido da luz 
para valorizar certos elementos e criar contrastes dentro de um espaço. Quer saber como isso 
funciona?
Acompanhe no vídeo a seguir!
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/f4d6780b4d92aef1f741f1483d0933bc
Exercícios
1) Luz e sombra são elementos considerados técnicas:
A) opcionais, inseridas conforme a necessidade estética da imagem a ser construída.
B) estruturais, é a partir do uso da luz e sombra que a ideia inicial do projeto é representada 
graficamente.
C) essenciais, uma vez que é a partir de seu uso que é possível simular profundidade e compor 
as imagens de modo realista.
D) ultrapassadas, pois não permitem que os objetos sejam dimensionados.
E) opcionais, é a partir de seu uso que a ideia inicial do projeto é representada graficamente.
2) Ao iniciar a representação da luz em uma imagem, devemos iniciar pela:
A) representação da claridade, utilizando a borracha para intensificar a clareza do foco de luz.
B) definição dos pontos de origem da fonte de luz, possibilitando definir os ângulos de 
representação da luminosidade.
C) representação das sombras no entorno dos objetos.
D) definição da intensidade e tonalidades escuras que serão utilizadas na representação da 
luminosidade.
E) escolha da escala de representação das sombras, juntamente com a definição do único foco 
de luz.
3) Preencha as lacunas da frase de acordo com as opções abaixo: A luminosidade natural é 
representada __________, enquanto a luminosidade artificial é _____________.
A) 1) de modo difuso 2) representada também de modo difuso, porém com mais suavidade
B) 1) de modo focado 2) de modo difuso
C) 1) de modo predominantemente focado 2) de modo completamente focal
D) 1) de modo focado 2) representada também de modo difuso, porém com maior intensidade
E) 1) de modo predominantemente difuso 2) de modo focado
4) O sombreamento é:
A) a técnica considerada padrão-ouro para representação fidedigna das dimensões do desenho.
B) o resultado da incidência da luz sobre os objetos, sendo representada pela luminosidade a 
partir do uso da cor branca.
C) a única técnica existente para representar volumetrias e dimensões em uma figura.
D) uma técnica que pode ser expressa tanto pela sombra projetada quanto pela sombra própria 
do objeto.
E) a região de transição do desenho, onde são utilizados os tons mais escuros.
5) A sombra pode ser representada por técnicas como:
A) hachuras e esfumados.
B) o uso da borracha nas zonas claras, destacando a luminosidade que se deseja representar.
C) pontilhismo hachurado.
D) a sobreposição de manchas com uso de lápis coloridos aquareláveis.
E) o pontilhamento paralelo.
Na prática
Atualmente, diversos projetos de jogos digitais são pensados, desenvolvidos e finalizados em 
softwares específicos. No entanto, é importante lembrar da praticidade oferecida por protótipos e 
estudos feitos à mão. Mais do que isso, se um estudo ou asset foi feito à mão e finalizado 
digitalmente ou se foi inteiramente desenhado à mão ou de forma digital, o uso dos valores tonais é 
imprescindível e funciona também para conferir diferentes níveis de realismo.
Como exemplo, veja a seguir em quais situações os efeitos de luz e sombra conferem, na prática, 
essa relação de realismo a projetos arquitetônicos.
Veja na imagem a seguir!
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/ad631504-00ea-4606-9a0f-274c7ac81f73/84905d22-55db-41b8-98d2-7880efd21c28.jpg
 
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Dicas de Sombreamento no Desenho Realista
Veja por meio do vídeo o que significa um desenho ficar sem volume e de que forma a técnica de 
luz e sombra deve ser aplicada para solucionar o problema.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Acompanhe por meio do vídeo Luz e Sombra, sombreamento 
solto, um tutorial sobre como treinar a técnica de luz e sombra 
com o simples desenho de observação de uma maçã.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Aprofunde os seus conhecimentos por meio da leitura do texto 
A influência da luz no cinema, especialmente no 
Expressionismo Alemão e veja como a técnica de luz e sombra é 
também aplicada no cinema de forma a criar contrastes e 
composições de cenários capazes de criar efeitos sensitivos ao 
telespectador.
https://www.youtube.com/embed/qXySt5Hy0ao
https://www.youtube.com/embed/VzVJ26haYKk?rel=0
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
http://lounge.obviousmag.org/mise_en_scene_do_mundo/2014/10/faca-se-a-luz-e-assim-o-cinema-nasceu.html

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