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(
Medicina de família e comunidade
)
 (
Aspectos 
)
· É definida como a especialidade médica que presta assistência à saúde, de forma continuada, integral e abrangente, às pessoas, às suas famílias e à comunidade.
· Ela se distingue por conhecer as pessoas intimamente;
· Fornece cuidados a uma população indiferenciada por idade, gênero, doença ou sistema de órgãos; 
· Sua história pode ser dividida em quatro fases:
· Na primeira fase antes da década de 1980, não era reconhecida como uma especialidade;
· A segunda fase após 1981 quando o programa de residência foi reconhecido pelo governo federal e o nome da especialidade era Medicina Geral e Comunitária. 
· A terceira fase 1994, quando a ESF teve início e essa especialidade foi identificada como fundamental para a qualificação do profissional médico. 
· A quarta fase 2003, quando a Associação Médica Brasileira reconheceu-a como uma especialidade e mudou a denominação de Medicina Geral e Comunitária para Medicina de Família e Comunidade.
· O médico de família cuida do indivíduo no contexto da sua família e cuida da família no contexto comunitário, independentemente de raça, religião, cultura ou classe social. 
· É clinicamente competente para prestar a maior parte dos seus cuidados, levando em consideração o pano de fundo cultural, socioeconômico e psicológico.
· Visão holística;
· Continuidade da atenção;
· Atendimento centrado na pessoa atendida (estabelecer boa comunicação);
· Abordagem familiar e comunitária.
 (
Princípios da MFC 
)
· Medicina centrada no paciente;
· Compreender o contexto da doença;
· Prevenção oportuna e educação em saúde; 
· Vigilância em saúde (risco);
· Rede comunitária de cuidados;
· Gestão de recursos;
· Abordagem integral;
· Aspectos subjetivos (sentimentos/ relacionamentos);
· Ambientes diversos (domicílio/ hospital).
· Para manter seu alto nível de prática e sua resolutividade, desenvolve uma formação específica, renovada e fortalecida pela medicina baseada em evidências, pela articulação com os saberes amplos da educação, psicologia, sociologia, antropologia, comunicação social. 
· Formação que busca proximidade com as necessidades das pessoas, de suas famílias e das comunidades que constituem. 
· A MFC é uma carreira apaixonante, de grande potencial de realização profissional e altamente enriquecedora para quem a prática.
· O médico de família e comunidade tem, como seu campo principal no sistema de saúde: APS;
 (
APS
)
· É o cuidado de primeiro contato, porta de entrada da pessoa para o sistema de saúde.
· Atendimento integral;
· Função de servir e coordenar todas as necessidades de saúde da pessoa.
· Continuidade e pelo acompanhamento individual da pessoa e por problemas de saúde da comunidade. 
· É um tipo altamente personalizado de prestação de cuidado. 
 (
Processo de saúde e doença
)
· A saúde e a doença sempre fizeram parte da realidade e das preocupações humanas
· Ao longo da história, os modelos de expressão da saúde e da doença sempre estiveram vinculados aos diferentes processos de produção e reprodução das sociedades humanas
· Desde a visão mágica dos caçadores-coletores até a perspectiva individualizante do capitalismo concorrencial, a diversidade de práticas que procuram promover, manter ou recuperar a saúde tem estreita relação com as formações sociais e econômicas, os significados atribuídos e o conhecimento disponível em cada época
 (
Modelo mágico-religioso ou xamanístico
)
· As relações com o mundo natural se baseavam em uma cosmologia;
· Envolvia deuses e espíritos bons e maus;
· Religião como ponto de partida para a compreensão do mundo e de como organizar o cuidado.
 (
Modelo holístico
)
· A saúde era entendida como o equilíbrio entre os elementos e humores que compõem o organismo humano
· Um desequilíbrio desses elementos permitiria o aparecimento da doença
 (
Modelo empírico-racional (hipocrático)
)
· Hipócrates estabeleceu a relação homem/meio com o desenvolvimento de sua teoria dos humores
· Defendia que os elementos água, terra, fogo e ar estavam subjacentes a explicação sobre a saúde e a doença 
 (
Modelo de medicina científica ocidental (biomédico)
)
· O modelo biomédico focou-se, cada vez mais, na explicação da doença e passou a tratar o corpo em partes cada vez menores, reduzindo a saúde a um funcionamento mecânico
 (
Modelo sistêmico
)
· O sistema é entendido como “um conjunto de elementos, de tal forma que relacionados, que uma mudança no estado de qualquer elemento provoca mudança no estado dos demais elementos”
· Essa noção de sistema incorpora a ideia de todo, de contribuição de diferentes elementos do ecossistema no processo saúde-doença, fazendo assim um contraponto à visão unidimensional e fragmentária do modelo biomédico.
 (
Modelo da história natural das doenças
 
(modelo processual)
 
)
· Orientou a organização do cuidado por diferentes níveis de complexidade; 
· São trazidas com este modelo diferentes possibilidades de prevenção e promoção da saúde, como interromper a transmissão, evitar o caso e promover vida com qualidade.
· Busca por explicações causais do processo saúde- doença; 
· Visa ao acompanhamento do processo saúde-doença, compreendendo as inter-relações do agente causador da doença, do hospedeiro da doença e do meio ambiente e o processo de desenvolvimento de uma doença. 
· O sistema de história natural das doenças divide em dois momentos sequenciais o desenvolvimento do processo saúde-doença: pré-patogênico e patogênico
 (
Processo saúde-doença
)
· É um processo dinâmico complexo e multidimensional, que engloba dimensões biológicos, psicológicas, socioculturais, ambientais, econômicos e políticos
· O conceito de saúde vem sofrendo mudanças, por ter sido definido como “estado de ausência de doenças”; 
· Foi redefinido em 1948, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como “estado de completo bem-estar físico, mental e social”, passando de uma visão mecânica da saúde para uma visão abrangente e não estática do processo saúde-doença. 
· A definição de saúde presente na Lei Orgânica 8.080, de 19 de setembro de 1990, procura ir além da apresentada pela OMS, ao se mostrar mais ampla, pela explicitação dos fatores determinantes e condicionantes do processo saúde- doença. 
· Fatores determinantes e condicionantes de saúde
· Na 1ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizada em 1986, o conceito passou a estar relacionado à noção de promoção da saúde, que significa capacitar a comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação social no controle do processo de saúde e doença. 
· A noção de promoção da saúde no conceito da OMS significa incluir indivíduos e grupos no processo saúde-doença, de modo que possam identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente, o que significa compreender os indivíduos e grupos como agentes na promoção da saúde.
· A promoção de saúde visa:
· Acesso equitativo à saúde como direito de todos;
· Desenvolvimento de um entorno facilitador da saúde;
· Ampliação e potencialização das redes de apoio social;
· Promoção	de	atitudes afirmativas para	a saúde acompanhadas de estratégias de enfrentamento adequadas; 
· Ampliação	da noção	de construção	compartilhada do conhecimento e de difusão de informações relacionadas à saúde;
· Fortalecimento	da	noção de responsabilidade social	e civil de gestores de forma compartilhada com a sociedade organizada
 (
Princípios modernos da promoção de saúde
)
· Concepção holística
· Participação social
· Equidade
· Sustentabilidade
· Intersetorialidade
 (
Promoção de saúde x prevenção de doenças
)
· No Brasil, em 2006, o Ministério da Saúde propôs a Política Nacional de Promoção da Saúde (ALMEIDA, 2005);
· Promoção de saúde é promover a qualidade de vida e reduzir a vulnerabilidade e os riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes.
· Ações propostas pela política nacional da promoção da saúde
· Divulgação e implementaçãoda Política Nacional de Promoção da Saúde; 
· Alimentação saudável;
· Prática corporal/atividade física;
· Prevenção e controle do tabagismo;
· Redução da morbimortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas;
· Redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito;
· Prevenção da violência e estímulo à cultura de paz;
· Promoção do desenvolvimento sustentável.
· O processo saúde-doença é um dos pontos centrais para os profissionais da saúde que buscam promover a saúde, cuidando para que as pessoas possam ter, tanto quanto possível, uma boa qualidade de vida, mesmo quando as limitações se estabelecem;
· A equipe da ESF precisa ter consciência seu papel de educador em saúde e conjuntamente saber o resultado que quer atingir em cada situação. 
· Ao prestar a assistência ao indivíduo, à família ou à comunidade, há que se considerar quem é ou quem são os usuários, como se apresentam na situação de necessidade de saúde, seus direitos, deveres, valores e prerrogativas.
· Cabe	aos	profissionais	da saúde rever	sua	prática, buscando entender	que	não	basta trabalhar	com	as	doenças: é necessário compreender o indivíduo no	todo como	alguém	que vive	a experiência da necessidade, do adoecimento, carregada de valores e significados subjetivos, únicos, capazes de interferir na qualidade do cuidado prestado. Assim, resta-nos, como profissionais da saúde, enfrentar	o desafio	de construir	estratégias para conceber	a saúde no	âmbito da Atenção	Básica 	e menos punitiva na convivência com os estilos de vida individuais 
 (
Abordagem familiar
)
· CF de 1988 → ampliação do conceito de família.
· Garantiu direitos fundamentais, coletivos, individuais, sociais, políticos entre outros
· Reconheceu a igualdade entre homens e mulheres
· Garantiu direitos a educação, alimentação, moradia, lazer, trabalho, saúde, cultura, segurança
· Com a CF/1988, a família passou a ser considerada a base da sociedade, conforme esculpido no art. 226.
· A importância da família é justificada pelo fato de que esta é o ambiente no qual a pessoa nasce e, na tenra idade, aprende um conjunto de normas, regras, valores e ações apropriadas de um indivíduo dentro de uma determinada cultura.
· A família como foco da atenção é um dos atributos da atenção primária em saúde sendo necessário conhecê-la em sua dinâmica e assisti-la em suas necessidades individuais e de grupo em interação
· Reconhece-se o contexto familiar com o espaço primeiro de identificação e explicação do adoecimento de seus membros e onde este adoecimento adquire maior relevância
· Tais características tornam a família uma unidade de cuidados, devendo ser compreendida pelos profissionais de saúde em suas inter-relações, ao mesmo tempo em que é uma unidade prestadora de cuidados, podendo tornar-se uma parceira de serviços de saúde no cuidado de seus membros
· É na família que se dá os primeiros cuidados permitindo que o indivíduo não só desenvolva o corpo biológico, mas também sua inserção social a família é um espaço de cuidados, de transmissão de cultura e de socialização 
· O conceito de família torna-se mais elástico, uma vez que extrapola a família nuclear, estendendo-se aos parentes, que estão fora da família elementar, e aos vizinhos
· A inclusão da família como foco de Atenção Primária à Saúde (APS) pode ser ressaltada como um dos avanços, como contribuição da Estratégia de Saúde da Família (ESF) para modificar o modelo de cuidado em saúde.
· A ESF aborda a família como centro de cuidado;
· (
Quando abordar as famílias?
)E por isso as ferramentas de abordagem familiar promovem a aproximação entre o profissional e as famílias.
· A equipe deve realizar uma análise crítica do que é possível fazer ou não;
· Ter em vista as necessidades familiares e a capacidade da equipe de trabalho intervir favoravelmente no processo de autoconhecimento e crescimento das famílias
· Não são todas as famílias que devem ser abordadas com profundidade e/ou de forma constante;
· Cabe à equipe conhecer sobre esta metodologia de trabalho e cada um destes instrumentos para fazer a escolha daquele que o auxiliará mais em cada caso recebido.
· Torna-se necessário a apropriação pelos profissionais de saúde de algumas ferramentas específicas para abordar familiares. São elas:
· Olhar sistêmico
· Tipos de famílias
· Ciclo vital
· Estrutura familiar
· Dinâmica familiar e conferência familiar
· Olhar sistêmico:
· O pensamento sistêmico foca-se nas relações;
· Todo o contexto social, econômico, e político influenciam no bem estar do indivíduo e da família.
· Contexto interpessoal do problema;
· Quem faz parte deste sistema familiar
· Há pessoas importantes para a pessoa ou família que não estão presentes
· Tipos de família
· Na prática da AD, os profissionais se deparam com variadas composições familiares;
· As diversas conjunturas podem gerar variadas formas de conflito, tendo em mente que as pré-concepções dos profissionais de saúde não devem influenciar no tratamento do usuário.
· Além das famílias ditas convencionais, há pelo menos mais nove tipos:
· Família nuclear de duas gerações, unidas pelo matrimônio e com seus filhos biológicos;
· Famílias extensas, incluindo três ou quatro gerações;
· Famílias adotivas temporárias;
· Famílias adotivas bi-raciais ou multiculturais;
· Casais que podem morar separadamente;
· Famílias monoparentais, chefiadas por pai ou mãe;
· Casais homossexuais com ou sem crianças;
· Famílias resultantes de divórcios anteriores com ou sem filhos do casamento anterior e várias pessoas vivendo juntas, sem laços legais, mas com forte compromisso mútuo.
· Ciclo vital
· Representa as várias etapas pelas quais as famílias passam e os desafios/ tarefas a cumprir em cada etapa, desde a sua constituição em uma geração até a morte dos indivíduos que a iniciaram
· O estudo do ciclo vital permite que o profissional da AD perceba os entraves que a família está atravessando, seja por uma crise previsível ou não
· Estrutura familiar
· Entendida como a quantidade de pessoas que moram na casa e suas respectivas funções; A partir de uma entrevista sobre a estrutura familiar levantam-se os pontos “fortes” e “fracos”, onde a família pode cooperar e onde o profissional deverá trabalhar com a família para a melhor assistência
· Sistema conjugal: casal formado pela união de duas pessoas;
· Sistema parental: envolve a educação dos filhos e funções de
· Sistema fraterno (ou filial): sistema composto por similares, sendo o primordial aquele composto entre os irmãos, podendo ser constituído também por amigos e primos.
· De acordo com as estruturas familiares, observa-se a dinâmica familiar e suas interrelações que se mostram através de seus limites, papéis e padrão de comunicação;
· Limites ou fronteiras: espera-se que estes sejam claros e flexíveis porem pode ocorrer disfuncionalidades quando estes são muito rígidos ou emaranhados.
· Papéis: cada integrante do sistema familiar representa papéis em sua vida, entre eles estão: de homem, empregado, empregador, pai, marido, amigo, irmão, filho, torcedor...
· Comunicação: comunicação não verbal, percebidas por gestos, ações, olhares, entre outros; e a comunicação verbal (que diz respeito à fala).
· Transgeracionalidade: deve-se observar a família nuclear e a trigeracional (avós, pais e filhos), avaliando padrões de repetição, segredos e rituais que possam estar enraizados entre as gerações
· Dinâmica familiar - genograma/ ecomapa
· O genograma permite identificar, de maneira mais rápida a dinâmica familiar com criação de vínculo entre profissional e a família/indivíduo. Baseia-se no modelo do heredograma, mostrando graficamente a estrutura e o padrão de repetição das relações familiares;
· O genograma é como uma foto de um determinado momento e pode ser refeito quando ocorrem mudanças significativas;
· As equipes da ESF têm condições de identificar pontos de conflito que podem dificultar suas ações de promoção de saúde e realizar os devidos encaminhamentos.
· A vantagem do genograma é que apresenta um modo sucinto e universalde representação do grupo familiar, compreensível por todos que o conhecem, evitando textos longos e muitas vezes pouco precisos e operacionais na descrição do grupo familiar.
· Além disso, podem empregar esse instrumento para identificar a presença de problemas de saúde, pessoas que necessitem de cuidados especiais e outros pontos de interesse para suas intervenções
· Enquanto o genograma identifica as relações e ligações dentro do sistema multigeracional da família, o ecomapa identifica as relações e ligações da família e de seus membros com o meio e a comunidade onde habitam.
· Complementar ao genograma, o ecomapa consiste na representação gráfica dos contatos dos membros da família com os outros sistemas sociais, das relações entre a família e a comunidade.
· No ecomapa, a família apresenta-se dentro de um círculo, enquanto que os contatos da família com a comunidade ou com pessoas e grupos significativos, são representados em círculos externos.
 (
Outros instrumentos de abordagem familiar
)
· O instrumento é formado pelas cinco perguntas respondidas de com as seguintes opções: "Quase sempre", "Às vezes", e "Raramente”.
· “Estou satisfeito com a atenção que recebo da minha família quando algo está me incomodando?”
· “Estou satisfeito com a maneira que a minha família discute as questões de interesse comum e compartilha comigo a resolução dos problemas?”
· “Sinto que minha família aceita meus desejos de iniciar novas atividades ou de realizar mudanças em meu estilo de vida?”
· “Estou satisfeito com a maneira com que a minha família expressa afeição e reage em relação aos meus sentimentos de raiva, tristeza e amor?”
· “Estou satisfeito com a maneira com que eu e a minha família passamos o tempo juntos?”
· O escore é obtido através das respostas, as quais têm a seguinte
· pontuação: 2 pontos para "Quase sempre", 1 ponto para "Às vezes", e 0 para "Raramente".
· 7 a 10 altamente funcional, não necessita de intervenção .
· 4 a 6 moderadamente disfuncional, intervenção pela própria equipe.
· 0 a 3 severamente disfuncional, intervenção específica de terapeutas familiares.
· Inclusão demandada: Eu gosto que as pessoas me chamem para participar de suas conversas. ( ) Maioria das pessoas ( ) Muitas pessoas ( ) Algumas pessoas ( ) Poucas pessoas ( ) Uma ou duas pessoas ( ) Ninguém
· Inclusão oferecida: Quando as pessoas estão fazendo coisas juntas, eu tendo a me juntar a elas. ( ) Normalmente ( ) Às vezes ( ) Ocasionalmente ( ) Raramente ( ) Nunca
· Controle demandado: Eu deixo outras pessoas controlarem minhas ações. ( ) Normalmente ( ) Às vezes ( ) Ocasionalmente ( ) Raramente ( ) Nunca
· Controle oferecido: Eu tento que as outras pessoas façam as coisas a minha maneira. ( ) Normalmente ( ) Às vezes ( ) Ocasionalmente ( ) Raramente ( ) Nunca
· Intimidade demandada: Eu gosto que as pessoas se tornem próximas, íntimas. ( ) Normalmente ( ) Às vezes ( ) Ocasionalmente ( ) Raramente ( ) Nunca
· Intimidade oferecida: Eu tento ter relações mais íntimas com as outras pessoas. ( ) Maioria das pessoas ( ) Muitas pessoas ( ) Algumas pessoas ( ) Poucas pessoas ( ) Uma ou duas pessoas ( ) Ninguém
· Inclusão (Qual é o meu papel? Como sou parte da família?)
· Controle (Quem está envolvido no processo de decisão? Como?)
· Intimidade (Tenho dividido meus sentimentos? Com quem?).
· Ainda que cada caso tenha que ser entendido de forma singular, podem ser sugeridas questões como:
· Como sente a mudança do seu papel na família após o adoecimento?
· Você se sente suficientemente envolvido na decisão familiar?
· Você está confortável para compartilhar sentimentos?
· A utilização das ferramentas para a abordagem familiar visando o entendimento das situações encontradas e o fortalecimento do vínculo aumentará a eficácia das ações na APS;
· (
Saúde da criança
)Essas ferramentas e entendimentos sobre as famílias facilitam a compreensão de alguns agravos a saúde que muitas vezes são entendidos como não colaboração, descaso ou incapacidade;
· Caderneta da criança;
· SSVV;
· Dados antropométricos;
· Exame físico da criança;
· Alimentação / aleitamento;
· Preenchimento das consultas e avaliação de acordo com a idade;
· Gráficos de crescimento;
· Marcos do desenvolvimento;
· Calendário de vacinas;
· Orientações gerais;
· Agendar próxima consulta.
 (
Caderneta da criança
)
· Toda criança nascida em maternidades pública ou privada no Brasil tem direito a receber gratuitamente a Caderneta de Saúde da Criança que deve ser devidamente preenchida e orientada pelo profissional por ocasião da alta hospitalar;
· A Caderneta é um documento importante para acompanhar a saúde, crescimento e desenvolvimento da criança do nascimento até os 9 anos de idade. 
· A primeira parte da caderneta é irecionada a família e cuidadores da criança. Contém informações e orientações sobre saúde, direitos da criança e dos pais, registro de nascimento, amamentação e alimentação saudável, vacinação, crescimento e desenvolvimento, sinais de perigo de doenças graves, prevenção de violências e acidentes, entre outros.
· (
Atribuição dos MSFC e generalista
)A segunda parte da Caderneta é destinada aos profissionais de saúde, com espaço para registro de informações importantes relacionadas à saúde da criança. Contém, também, os gráficos de crescimento, instrumentos de vigilância do desenvolvimento e tabelas para registro de vacinas aplicadas.
· Realizar atenção à saúde da criança sob sua responsabilidade;
· Realizar consultas de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil e atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações, etc.);
· Preencher o Cartão da Criança, ensinando aos pais/responsáveis como interpretá-lo, enfatizando a importância do mesmo;
· Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
· Encaminhar para o pediatra as crianças com alterações no crescimento e/ou desenvolvimento, conforme protocolo;
· Encaminhar, quando necessário, crianças a outros pontos de atenção, respeitando fluxos locais, mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário.
· Contribuir, realizar e participar das atividades de educação permanente de todos os membros da equipe sobre a saúde da criança;
· (
Crescimento e desenvolvimento
)Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS.
· Crescimento é sinônimo de desenvolvimento?
· Não. 
· Crescimento: Aumento da massa corporal;
· Desenvolvimento: Aquisição de habilidades progressivamente mais complexas
· Crescimento
· Aumento do tamanho corporal
· Cessa com o término do aumento em altura (crescimento linear)
· Processo dinâmico e contínuo. Da concepção até o final da vida
· Fatores intrínsecos: genéticos
· Fatores extrínsecos: ambientais
· Desenvolvimento
· Transformação complexa, contínua, dinâmica e progressiva
· (
Aspectos do crescimento e desenvolvimento
)Inclui alem do crescimento, maturação, aprendizagem e aspectos psíquicos e sociais 
· O melhor método de acompanhamento do crescimento infantil é o registro periódico do peso, da estatura e do IMC da criança na Caderneta de Saúde da Criança.
· O conceito de desenvolvimento é amplo e refere-se a uma transformação complexa, contínua, dinâmica e progressiva, que inclui, além do crescimento, maturação, aprendizagem e aspectos psíquicos e sociais.
 (
Consultas de puericultura
)
· O Ministério da Saúde recomenda sete consultas de rotina no primeiro ano de vida (na 1ª semana, no 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º mês e 12º mês), além de duas consultas no 2º ano de vida (no 18º e no 24º mês) e, a partir do 2º ano de vida, consultas anuais, próximas ao mês do aniversário.
· Acompanhamento do Crescimento x Desenvolvimento
· Baixa complexidade tecnológica
· Elevada eficácia na prevenção de problemas nutricionais
· Vigilância em saúde
· Promoção de hábitos saudáveis de vida
· Parâmetros para avaliar o crescimento de crianças menores de 10 anos
· Perímetro cefálico (de zero a 2 anos);
· Pesopara a idade (de zero a 2 anos, de 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos);
· Comprimento/estatura para a idade (de zero a 2 anos, de 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos);
· Índice de massa corporal (IMC) para a idade (de zero a 2 anos, de 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos).
· Peso
· Considerado o melhor e mais sensível indicador das condições de saúde e de nutrição da criança, pois reflete crescimento ósseo, de tecido adiposo e retenção hídrica;
· Na primeira semana de vida pode perder 10% do peso, recuperando o peso de nascimento até 15 dias de vida.
· Comprimento
· Comprimento: deitado
· Estatura: em pé
· Régua Antropométrica Horizontal: criança deitada até 2 anos;
· Antropômetro horizontal.
· Avaliação transversal x longitudinal
· O registro dos dados antropométricos de uma criança: avaliação transversal
· O traçado do canal de crescimento da criança: avaliação longitudinal
 (
Aspectos do desenvolvimento de 0 a 10 anos
)
 (
Imunização
)
 (
Saúde do adolescente
)
· Adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta;
· Caracterizado pelos impulsos do desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e social e pelos esforços do indivíduo em alcançar os objetivos relacionados às expectativas culturais da sociedade em que vive;
· O Ministério da Saúde segue como definição de adolescência a prescrita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que caracteriza o período de 10 e 19 anos e compreende como juventude a população dos 15 a 24 anos; 
· O Estatuto da Juventude define juventudes a partir de faixas etárias. Dos 15 a 17 anos são adolescentes-jovens; dos 18 a 24 anos de jovens-jovens e entre os 25 a 29 anos são denominados jovens-adultos
· O termo puberdade deriva do latim pubertate e significa idade fértil; a palavra pubis (lat.) é traduzida como pelo, penugem.
· A puberdade expressa o conjunto de transformações somáticas da adolescência. 
· Aceleração (estirão) e desaceleração do crescimento ponderal e estatural, que ocorrem em estreita ligação com as alterações puberais.
· Modificação da composição e proporção corporal, como resultado do crescimento esquelético, muscular e redistribuição do tecido adiposo.
· Desenvolvimento de todos os sistemas do organismo, com ênfase no circulatório e respiratório.
· Maturação sexual com a emergência de caracteres sexuais secundários, em uma sequência invariável, sistematizada por Tanner (1962).
 (
IMAN
)
· Visando preencher uma lacuna na capacitação do profissional de saúde no atendimento a adolescentes na atenção básica, em 2005 a Organização Pan-Americana da Saúde criou a Estratégia de Integração de Manejo dos Adolescentes e suas Necessidades (Iman). 
· Trata-se de um conjunto de algoritmos e textos que tem por objetivo oferecer informações rápidas e concisas para que os profissionais possam prestar um atendimento integral aos adolescentes de ambos os sexos, com idades entre 10 a 19 anos.
· Pode ser usado em uma Unidade Básica de Saúde ou em um departamento ambulatorial hospitalar de referência.
· Objetivos propostos pela estratégia do IMAN:
· Perguntar; 
· Observar; 
· Avaliar, determinar ou diagnosticar; 
· Tratar; 
· Acompanhar; 
· Aconselhar ou orientar. 
 (
Situações de risco e/ou de baixa 
resiliência
 individual e familiar
)
· Adolescentes que residem em áreas de risco ambiental, risco à saúde e com estatísticas de maior violência. 
· Que vivem em famílias sem referências significativas, passando por processos de desestruturação de vínculos e/ou por processos de fragilidade econômica.
· Que estejam sofrendo ou em risco de sofrer violência doméstica.
· Que estejam com dificuldades escolares significativas, tendendo à evasão escolar. 
· Que já tenham iniciado vida sexual sem o necessário apoio dos serviços de saúde.
· Que estejam vivenciando situação de gravidez não planejada.
· Que já apresentaram alguma doença sexualmente transmissível e/ou HIV. 
· Que tenham riscos nutricionais, ou seja: obesidade, dislipidemias, desnutrição, anemias carenciais, bulimia, anorexias etc. 
· Que esteja em sofrimento mental com destaque às situações de depressão, risco de suicídio, alta ansiedade, impulsividade, manias, oscilações de humor significativas etc.
· Que estejam envolvidos com substâncias psicoativas lícitas e/ou ilícitas, 
· tendendo ao abuso, à dependência química e/ou ao envolvimento com o tráfico.
· Que fogem com frequência de casa, tendendo a se estruturar nas ruas.
· Que exercem qualquer forma de trabalho não prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
· (
Puberdade precoce x tardia
)Que estejam sendo vítimas de exploração sexual ou que tenham sofrido abuso sexual 
· Sexo feminino: 
· É considerado precoce qualquer sinal de maturação sexual antes dos 8 anos de idade.
· No caso da puberdade atrasada, considera-se tardia a telarca e pubarca que ocorrem em idades superiores a 13 e 14 anos, respectivamente, e a menarca em idades maiores de 16 anos. 
· Sexo masculino: 
· É considerada	puberdade precoce, quando ocorre o aumento do volume testicular e dos pelos pubianos antes dos 9 anos de idade.
· A puberdade atrasada refere-se à persistência do estágio pré-puberal após a idade cronológica de 16 anos. 
 (
Baixa estatura
)
· Estatura	de	dois	desvios padrões	abaixo	da média ou	abaixo	do	3º percentil são considerados de baixa estatura.
· 20%	têm	baixa	estatura patológica	e	80%	restantes serão	divididos entre os de baixa estatura constitucional e familiar. 
· (
Hirsutismo
)Aqueles com estatura de três desvios padrões abaixo da média têm baixa estatura, certamente, patológica.
· Trata-se do aparecimento anormal de pelos no corpo feminino, em quantidade excessiva.
· (
Ginecomastia
)CONDUTA: Acompanhar os casos em que a experiência clínica sugere que estejam dentro dos critérios de normalidade (constitucionais). Referenciar para serviço especializado aquelas condições que exijam atenção especial.
· Aumento visível ou palpável da glândula mamária do adolescente do sexo masculino. Pode ser uni ou bilateral, aparecendo em torno dos 13 e 14 anos, durante o estirão puberal, regredindo, naturalmente, em 12 a 18 meses.
· (
Micropênis
)CONDUTA: Diferenciar de obesidade e lipoma. Nas circunstâncias em que houver necessidade de se fazer um diagnóstico diferencial mais acurado, deve-se referenciar para serviço especializado.
· Considera-se micropênis sempre que, em qualquer idade, o tamanho peniano for menor que 1,9 cm, medido da base até a ponta e esticado.
· (
Alimentação/nutrição
)CONDUTA: Considerando a amplitude dos fatores etiológicos, deve- se referenciar para serviço especializado. Oferecer suporte psicológico.
· Preferir	sempre	alimentos naturais	e	comida caseira a produtos	prontos para consumo e evitar produtos ultraprocessados; 
· Aumentar o consumo de frutas, legumes e verduras; 
· Evitar substituir refeições por lanches; 
· Evitar a omissão do café da manhã; 
· Evitar realizar refeições assistindo televisão/ computador/celular/tablet; 
· Prática de atividade física associada a alimentação saudável
 (
Desenvolvimento psicossocial
)
· Transformações corporais;
· Desenvolvimento da socialização;
· Grupo de companheiros;
· Desenvolvimento cognitivo;
· (
Violência
)Desenvolvimento da identidade;
· Violência no lar;
· Violência sexual;
· Sinais de alerta;
· Papel da equipe frente as violências.
 (
Uso de 
dorgas
)
· Prevenção da dependência farmacológica;
· Problemas/necessidades decorrentes do uso abusivo de drogas
· USO ABUSIVO – todo consumo de droga que causa dano físico, psicológico, econômico, legal ou social ao indivíduo que a usa ou a outros afetados pelo seu comportamento.
· INTOXICAÇÃO	–	mudanças no	funcionamento	fisiológico, psicológico,	afetivo, cognitivo ou de todos eles como consequência do consumo excessivo. 
· DEPENDÊNCIA – estado emocional e físico caracterizado pela necessidade urgente da substância, seja pelo seu efeito positivo, ou para evitar o efeito negativo associado a sua ausência.
· Álcool; 
· Tabagismo; 
· Inalantes; 
· Maconha; 
· Cocaína/crack;· Anabolizantes. 
 (
Consulta do adolescente
)
· O reconhecimento de adolescentes como sujeitos de direitos trazem princípios fundamentais que devem ser observados na prática e na relação de profissionais de Saúde com esse grupo populacional.
· Acolhimento;
· Autonomia;
· Privacidade;
· Confidenciabilidade e sigilo;
· QUEBRA DE SIGILO: Adolescentes devem ser informados sobre as situações que requerem quebra de sigilo, ou seja, sempre que houver risco à vida ou outros riscos relevantes tanto para a pessoa quanto para terceiros. Por exemplo, em situações como violência sexual, ideia de suicídio, informação de homicídios e outros.
 (
Saúde mental
)
· Durante a adolescência, alguns transtornos da saúde mental podem ocorrer e devem ser detectados precocemente para uma intervenção eficaz. Alguns problemas envolvem também doenças sistêmicas e, portanto, faz-se necessária uma abordagem multidisciplinar para um manejo adequado.
· CAPSi - Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenil → Criado em 2002 → Finalidade: atender casos de maior gravidade e ordenar a demanda em saúde mental infantil e juvenil. Equipe mínima: psiquiatra, neurologista ou pediatra com formação em Saúde Mental infantil, um enfermeiro, e outros profissionais de nível superior (entre: psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, pedagogo) e cinco profissionais de nível médio.
· Depressão;
· Violência autoinfligida/suicídio;
· (
Saúde da mulher 
)Distúrbios alimentares: Anorexia/ Bulemia/ Obesidade.
· Pré-natal;
· Puerpério;
· Consulta ginecológica;
· Climatério.
· Menopausa.
· Mulher: marcada por fases importantes que englobam nascimento, infância, adolescência, primeira menstruação, primeira relação sexual, gravidez, parto, pós-parto, amamentação e menopausa. 
· Maioria da população brasileira (50,77%);
· Principais usuárias do SUS.
· Evolução do papel da mulher ao longo da história
· No Brasil, a saúde da mulher foi incorporada às políticas nacionais de saúde nas primeiras décadas do século XX, sendo limitada, nesse período, às demandas relativas à gravidez e ao parto. 
· Década de 30, 50 e 70: os programas materno –infantis, traduziam uma visão restrita sobre a mulher, baseada no seu papel social de mãe e doméstica. 
· Década de 80 a 90: muitos movimentos feministas foram para as ruas, o que incentivou a criação do PAISM, que foi influenciado pelas características da nova política de saúde o SUS. 
· 2001: foi criado a NOAS –Norma Operacional de Assistência à Saúde que amplia as responsabilidades dos municípios e regionaliza a atenção a saúde. 
· 2003: foi criado medidas que visaram a redução da mortalidade materna. 
· 2004: foi criado a PNAISM -Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher. 
· 2006: foi criado o Pacto pela Saúde que tinha o objetivo de controlar o câncer de colo uterino e mama, reduzi a mortalidade materna e a promoção de saúde incentivando hábitos saudáveis. 
· Em 1984, o Ministério da Saúde elaborou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), marco na história –reivindicações do movimento de mulheres.
 (
Atenção ao pré-natal de baixo risco
)
 (
O que fazer após a confirmação da gestação?
)
· Anotar	os achados, procedimentos e condutas na ficha de	pré-natal e na caderneta da gestante;
· Orientações como: sequência das consultas, visitas domiciliárias, grupos operativos, nome do hospital de referência;
· Deverão ser fornecidos: calendário de vacinas, solicitação dos exames	de rotina, caderneta da gestante. 
· Caso aconteça algum fator de risco que justifique a mudança da maternidade isso também deverá constar no cartão.
· Fatores de risco que permitem o pré-natal pela atenção primária
· Idade; 
· Ocupação; 
· Situação familiar, conjugar e não aceitação da gravidez; 
· Baixa escolaridade; 
· Condições ambientais 
· desfavoráveis; 
· Altura; 
· IMC; 
· Gestação anterior com restrição de crescimento, RN pré-termo ou malformado; 
· Macrossomia fetal;
· Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas; 
· Intervalo interpartal; 
· Nuliparidade e multiparidade; 
· Cirurgia uterina anterior; 
· Três ou mais cesarianas; 
· Ganho de peso atual inadequado; 
· Infecção urinária na gestação atual; 
· Anemia na gestação atual. 
 (
Anamnese
)
· Data precisa da última menstruação (DUM);
· Regularidade dos ciclos;
· Uso de anticoncepcionais;
· Paridade;
· Intercorrências clínicas, obstétricas e cirúrgicas;
· Detalhes de gestações prévias; 
· Hospitalizações anteriores;
· Uso de medicações;
· História prévia de doença sexualmente transmissível;
· Exposição ambiental ou ocupacional de risco;
· Reações alérgicas;
· História pessoal ou familiar de doenças hereditárias/malformações;
· Gemelaridade anterior;
· Fatores socioeconômicos;
· Atividade sexual; 
· Uso de tabaco, álcool ou outras drogas lícitas ou ilícitas;
· História infecciosa prévia; 
· Vacinações prévias; 
· História de violências. 
· Na pesquisa de sintomas relacionados à gravidez também deverá ser questionada a existência de náuseas, vômitos, dor abdominal, constipação, cefaleia, síncope, sangramento ou corrimento vaginal, disúria, polaciúria e edemas
· História clínica
· Identificação;
· Dados socioeconômicos;
· Sexualidade;
· Gestação atual.
· Antecedentes pessoais, familiares;
· Antecedentes ginecológicos, obstétricos;
· Exame físico geral
· Inspeção da pele e das mucosas;
· Sinais vitais: aferição do pulso, frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura axilar, P.A; 
· Palpação da tireoide , região cervical, supraclavicular e axilar (pesquisa de nódulos ou outras anormalidades);
· Ausculta cardiopulmonar;
· Exame do abdome;
· Exame dos membros inferiores;
· Determinação do peso/altura/IMC;
· Avaliação do estado nutricional e do ganho de peso gestacional;
· Pesquisa de edema (membros, face, região sacra, tronco). 
· Exame físico específico (gineco-obstétrico)
· Palpação obstétrica;
· Medida e avaliação da altura uterina;
· Ausculta dos batimentos cardiofetais;
· Registro dos movimentos fetais;
· Teste de estímulo sonoro simplificado (Tess); 
· Exame clínico das mamas;
· Exame ginecológico (inspeção dos genitais externos, exame especular, coleta de material para exame colpocitopatológico, toque vaginal).
· Exames complementares
· *Se houver indicação clínica (necessidade), são solicitados os exames citopatológico e parasitológico de fezes. 
· **Por causa do alto grau de miscigenação da população brasileira, todas as gestantes devem ser rastreadas para doença falciforme. 
· *De acordo com o protocolo de Saúde da Mulher da atenção básica do Ministério da Saúde (BRASIL, 2016), o coombs indireto deve ser solicitado a partir da 24ª semana e repetido a cada 4 semanas, se negativo. 
· Gestograma: Colocando a seta sobre o dia e o mês correspondentes a DUM, será indicada a idade gestacional em semanas (IG) e a data provável do parto (DPP).
· Idade gestacional 
· DHEG: Doença hipertensiva da gestação
· Avaliação nutricional:
· BAIXO PESO (BP): investigue a história alimentar, a hiperêmese gravídica, as infecções, as parasitoses, as anemias e as doenças debilitantes. Dê a orientação nutricional, visando à promoção do peso adequado e de hábitos alimentares saudáveis. Remarque a consulta em intervalo menor do que o fixado no calendário habitual. Caso necessário, é interessante discutir o caso com os profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf).
· SOBREPESO E OBESIDADE (S E O): investigue a obesidade pré-gestacional, casos de edema, polidrâmnio, macrossomia e gravidez múltipla. Dê orientação nutricional à gestante, visando à promoção do peso adequado e de hábitos alimentares saudáveis, ressaltando que, no período gestacional, não se deve perder peso, pois é desejável mantê-lo. Remarque a consulta em intervalo menor do que o fixado no calendário habitual. Caso necessário, é interessante discutir o caso com os profissionais do Nasf. 
 (
Puerpério
)
· É o período do ciclo gravídico-puerperal e que as modificações locaise sistêmicas, provocadas pela gravidez e parto no organismo da mulher retornam a situação do estado pré-gravídico
· Inicia-se imediatamente após o parto (de 1 a 2 horas após a saída da placenta) e tem seu término imprevisto, havendo variabilidade na duração entre as mulheres
· Atentar para:
· Aparecimento de febre; 
· Sangramento vaginal exagerado; 
· Dor ou infecção nos pontos da cesárea ou da episiotomia;
· Tonturas muito frequentes; 
· Mamas empedradas e doloridas.
· Aspectos fisiológicos
· O processo de regressão uterina se desenrola em ritmo acelerado; 
· Nas 12 horas após o parto a altura uterina atinge cerca de 12 cm, a partir do 3º dia regride 1cm/ dia. 
· No 10º dia pós -parto o fundo uterino está em nível da sínfise púbica. 
· A espessura das paredes (4-5 mm após o parto) volta ao normal em 5-6 semana.
· A vagina tem a aparência edemaciada e arroxeada, voltando a aparência doestado anterior à gestação por volta da 3ª semana, nas mulheres que amamentam.
· Já aquelas que não amamentam, alterações acontecem em torno da 6ª semana.
· Lóquios:
· Lóquio vermelho (lochiarubra): 2-3 dias pós-parto;
· Lóquio serosanguinolento(lochiafusca): 3-5 dias pós-parto;
· Lóquio amarelo (lochiaflava): 5-15 dias pós-parto;
· Lóquio alvos (lochiaalba): 15 dias pós parto até o final.
· TEMPERATURA: pode haver elevação da temperatura, durante as primeiras 24h do pós parto, de até 38 °C, que é atribuída ao esforço e à desidratação do parto ou à invasão de germes e produtos tóxicos locais na circulação materna através das pequenas soluções de continuidade existentes no canal de parto.
· Uma elevação acima de 38 °C, por duas vezes nos primeiros 10 dias após o parto, ( excluindo as primeiras 24h), é considerada complicação puerperal. 
· PULSO: pode ocorre queda da frequência cardíaca para 50-60 nos primeiros 8 dias após o parto, atribuída ao aumento brusco do retorno venoso. 
· RESPIRAÇÃO: há retorno do padrão respiratório costoabdominalpor causa da descompressão do diafragma, consequente ao esvaziamento uterino.
· PRESSÃO ARTERIAL: a queda da pressão sanguínea pode estar relacionada à perda excessiva de sangue, enquanto uma elevação é sugestiva de hipertensão gravídica.
· Verificar SSVV (temperatura, frequência cardíaca, pressão arterial); 
· Examinar mamas, verificando a presença de ingurgitamento, sinais inflamatórios, infecciosos ou cicatrizes que dificultem a amamentação; 
· Examinar abdômen, verificando a condição do útero e se há dor à palpação. O fundo uterino, no 10º dia após o parto encontra-se próximo a sínfise púbica;
· Examinar períneo e genitais externos (verificar sinais de infecção, presença e características de lóquiosem relação a cor e odor);
· Observar e avaliar a mamada para garantia do adequado posicionamento e pega da aréola, pois o posicionamento errado do bebê, além de dificultar a sucção, comprometendo a quantidade de leite ingerido, é uma das causas mais frequentes de problemas nos mamilos;
· Em caso de ingurgitamento mamário, mais comum entre o terceiro e o quinto dia pós-parto, orientar quanto à ordenha manual, armazenamento e a possibilidade de doação do leite excedente a um banco de leite humano;
· Verificar possíveis intercorrências: alterações emocionais, hipertensão, febre, dor em baixo ventre ou nas mamas, presença de corrimento com odor fétido, sangramentos intensos;
· O puerpério é um período de grande transformação tanto orgânica quanto emocional, por isso a atenção a mulher e ao recém-nascido (RN) no pós-parto imediato e nas primeiras semanas após o parto é fundamental para a saúde materna neonatal
 (
Climatério
)
· Metabolismo ósseo:
· As mudanças na massa e arquitetura óssea costumam ser mais evidentes nas regiões da coluna e do colo do fêmur.
· O sintoma mais comum da osteoporose da coluna é a lombalgia, e os sinais mais representativos, perda de altura e cifose; 
· A queda de estrogênio faz diminuir a atividade dos osteoblastos e aumenta a atividade dos osteoclastos, instala a osteopenia e a osteoporose (que se caracteriza por fragilidade esquelética, baixa massa óssea e qualidade óssea alterada). 
· Terapia Hormonal (TH)
· Deve ser indicada em situações particulares; 
· Forma individualizada e com decisão compartilhada com a mulher; 
· Quando os sintomas transitórios do climatério não alcançarem controle adequado com terapias não medicamentosas ou não hormonais; 
· Houver prejuízo importante da qualidade de vida dela devido a tais sintomas. 
· Os riscos associados ao uso da TH devem ser criteriosamente avaliados devendo a mulher ser acompanhada na Atenção Primária, mesmo que a prescrição tenha sido realizada por médico especialista.
· Deve ser feita avaliação inicial criteriosa pelo(a) médico(a) assistente com seguimento regular com avaliação clínica e exames complementares de acordo com a terapêutica escolhida.
· 
· 
 (
Rastreamento CA de mama
)
· (
Fatores de risco
)O câncer de mama é o segundo tipo mais comum entre as mulheres no Brasil
· História familiar; 
· Idade (>50 anos); 
· Menarca precoce; 
· Menopausa tardia; 
· Primeira gravidez após os 30 anos; 
· Nuliparidade; 
· Associação do uso de contraceptivos orais; 
· Obesidade;
· Terapia de reposição hormonal; 
· Álcool e sedentarismo; 
· Exposição à radiação. 
· O tabagismo não é considerado fator de risco para câncer de mama. 
· A prática de atividade física é considerada um fator protetor. 
· A amamentação também é considerado fator de proteção.
 (
Rastreamento CA de útero
)
· 99% das mulheres com câncer do colo do útero apresentam HPV. 
· PREVENÇÃO PRIMÁRIA: vacina, uso de preservativo e combate ao tabagismo. 
· PREVENÇÃO SECUNDÁRIA: diagnóstico precoce e rastreamento.
· Realização do exame citopatológico em situações especiais, conforme disposições do protocolo:
· Em caso de histerectomia subtotal (com permanência do colo do útero), deve seguir rotina de rastreamento.
· Em caso de histerectomia total: não se faz mais rastreamento, pois a possibilidade de encontrar lesão é desprezível.
 (
Câncer de colo do útero
)
· Afecção progressiva iniciada com transformações intraepiteliais progressivas;
· Podem evoluir para um processo invasor no período que varia de 10 a 20 anos;
· Lesões pré-invasivas (pré-malignas), que levam muitos anos para se desenvolver neoplasia intraepitelial cervical (NIC).
 (
Sintomas do estágio invasor 
)
· Sangramento vaginal (espontâneo, após o coito ou esforço); 
· Leucorreia; 
· Dor pélvica; 
· Podem estar associados com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados.
 (
Resultados anormais do 
citopatológico
)
· Atipias de significado indeterminado; 
· Lesão intraepitelial de baixo grau; 
· Lesão intraepitelial de alto grau; 
· Lesão intraepitelial de alto grau, não podendo excluir microinvasão; 
· Carcinoma epidermoideinvasor; 
· Adenocarcinoma in situ ou invasor. 
· De acordo com cab nº13 (controle dos cânceres do colo do útero e da mama), diante desses resultados anormais, deve-se fazer o seguimento, conforme orientação abaixo:
 (
Saúde do homem
)
· Implantar e/ou estimular nos serviços de saúde, públicos e privados, uma rede de atenção à saúde do homem que garanta linhas de cuidado, na perspectiva da integralidade;
· Fortalecer a assistência básica no cuidado com o homem, facilitando e garantindo o acesso e a qualidade da atenção necessária ao enfrentamento dos fatores de risco das doenças e dos agravos à saúde; 
· Formar e qualificar os profissionais da rede básica para o correto atendimento à saúde do homem; 
· Promover na população masculina, conjuntamente com o Programa Nacional de IST/Aids, a prevenção e o controle das doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV;
· Incentivar o uso de preservativo como medida de dupla proteção da gravidez inoportuna e das IST/Aids;
· Promover a atenção integral à saúde do homem nas populações indígenas, negras, quilombolas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, trabalhadores rurais, homens com deficiência, em situação de risco, em situação carcerária,entre outros, desenvolvendo estratégias voltadas para a promoção da equidade para distintos grupos sociais;
· Ampliar, através da educação, o acesso dos homens às informações sobre as medidas preventivas contra os agravos e enfermidades que os atingem; 
· Incluir o enfoque de gênero, orientação sexual, identidade de gênero e condição étnico-racial nas ações educativas; 
· Estimular, na população masculina, através da informação, educação e comunicação, o autocuidado da saúde.
· O câncer de próstata é a segunda causa mais comum de morte por câncer entre os homens no Brasil, representando aproximadamente 1% dos óbitos masculinos, com uma taxa anual de 12 óbitos por 100.000 homens. 
· ESSE CÂNCER É RARO ANTES DOS 50 ANOS E A INCIDÊNCIA AUMENTA COM A IDADE. 
 (
Política Nacional de Humanização
)
· Lançada em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH) visa colocar em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde e proporcionar mudanças nos modos de gerir e de cuidar. 
· A PNH estimula a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários, para construírem processos coletivos de enfrentamento de relações de poder, trabalho e afeto que, em muitas circunstâncias, resultam em atitudes e práticas desumanizadoras, que inibem a autonomia e a corresponsabilidade dos profissionais da área de saúde em seu trabalho e dos usuários no cuidado de si (BRASIL,2013).
 (
Princípios
)
· Transversalidade: a PNH deve se fazer presente e estar inserida em todas as políticas e programas do SUS
· Indissociabilidade entre atenção e gestão: decisões da gestão interferem diretamente na atenção a saúde
· Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e dos coletivos: qualquer mudança na gestão e atenção é mais concreta se construída com a ampliação da autonomia e da vontade das pessoas envolvidas, que compartilham responsabilidades
 (
Diretrizes
)
· Acolhimento
· Gestão participativa e cogestão
· Ambiência 
· Clínica ampliada e compartilhada
· Valorização do trabalhador
· Defesa dos direitos dos usuários
· O HumanizaSUS, como também é conhecida a Política Nacional de Humanização, aposta na inclusão de trabalhadores, de usuários e de gestores na produção e na gestão do cuidado e dos processos de trabalho. 
 (
Diretrizes Gerais para a 
implementação
 da PNH
)
· Ampliar o diálogo entre os profissionais, entre os profissionais e a população, entre os profissionais e a administração, promovendo a gestão participativa.
· Implantar, estimular e fortalecer Grupos de Trabalho de Humanização com plano de trabalho definido.
· Estimular práticas resolutivas, racionalizar e adequar o uso de medicamentos, eliminando ações intervencionistas desnecessárias.
· Reforçar o conceito de clínica ampliada: compromisso com o sujeito e seu coletivo, estímulo a diferentes práticas terapêuticas e corresponsabilidade de gestores, trabalhadores e usuários no processo de produção de saúde
· Sensibilizar as equipes de saúde em relação ao problema da violência intrafamiliar (criança, mulher e idoso) e quanto à questão dos preconceitos (sexual, racial, religioso e outros) na hora da recepção e dos encaminhamentos.
· Adequar os serviços ao ambiente e à cultura local, respeitando a privacidade e promovendo uma ambiência acolhedora e confortável.
· Viabilizar a participação dos trabalhadores nas unidades de saúde por meio de colegiados gestores.
· Implementar um sistema de comunicação e de informação que promova o autodesenvolvimento e amplie o compromisso social dos trabalhadores de saúde.
· (
Acolhimento com classificação de risco
)Promover ações de incentivo e valorização da jornada integral ao SUS, do trabalho em equipe e da participação em processos de educação permanente que qualifiquem a ação e a inserção dos trabalhadores na rede SUS. 
· É um processo dinâmico, por meio do qual se identificam os pacientes que necessitam de tratamento prioritário e mais rápido, em virtude de maior risco e vulnerabilidade.
 (
Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica não transmissível (DCNT)
)
· DOENÇAS CARDIOVASCULARES (DCV): doença coronariana isquêmica (infarto do miocárdio), acidente vascular cerebral, doença hipertensiva e insuficiência cardíaca congestiva.
· CÂNCER;
· DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS: as mais comuns são: asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), estados alérgicos, hipertensão pulmonar, além de algumas doenças relacionados ao processo de trabalho.
· DIABETES;
· DOENÇAS MENTAIS.
 (
PORTARIA Nº 483, DE 1º DE ABRIL DE 
2014
)
· Alguns dos Princípios e diretrizes para a organização da Rede de Atenção a Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas
· Acesso e acolhimento aos usuários com doenças crônicas;
· Humanização da atenção;
· Respeito	às	diversidades etnico-raciais,	culturais, sociais e religiosas	e	aos hábitos e cultura locais;
· Modelo	de	atenção centrado no	usuário	e realizado	por equipes multiprofissionais
· Articulação entre os diversos serviços e ações de saúde;
· Atuação territorial, com definição e organização da rede de atenção à saúde das pessoas com doenças crônicas nas regiões de saúde;
· Monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços por meio de indicadores de estrutura, processo e desempenho que investiguem a efetividade e a resolutividade da atenção;
· Articulação interfederativa entre os diversos gestores de saúde;
· Participação e controle social dos usuários sobre os serviços; 
· Autonomia dos usuários, com estratégias de apoio ao autocuidado;
· Equidade, a partir do reconhecimento dos determinantes sociais da saúde;
· Formação profissional e educação permanente, por meio de atividades que visem à	aquisição	de conhecimentos, habilidades e atitudes dos profissionais de saúde para qualificação do cuidado;
· Regulação articulada entre todos os componentes da rede de atenção à saúde das pessoas com doenças crônicas.
· O usuário com doenças crônicas é, usualmente, um grande frequentador da USF, buscando-a por diversas razões: renovação de receitas, consulta de acompanhamento, verificação da pressão e/ou glicemia, atendimento para agudização de sua condição crônica, entre outras;
· Os protocolos clínicos baseados em evidências são muito úteis ao recomendar o que fazer em cada situação, a exemplo dos CAB. 
· Acolher adequadamente uma consulta de demanda espontânea implica responder à necessidade atual e organizar (programar) o acompanhamento de sua condição crônica.
· De modo geral, a ocorrência de uma situação aguda deve ser avaliada investigando:
· Uso das medicações prescritas, utilizadas, doses, horários;
· Alimentação (recente, eventuais exageros ou dieta muito restritiva);
· Atividade física (realização recente, muito intensa);
· Uso de álcool, tabaco e outras drogas;
· Episódios de conflitos e outros estresses emocionais.
 (
Tabagismo
)
· É considerado, pela OMS, a principal causa de morte evitável em todo o mundo.
· O tabaco é um fator de risco para seis das oito principais causas de morte no mundo (doença isquêmica do coração, AVC, infecção respiratória baixa, DPOC, tuberculose, câncer de pulmão, brônquios e traqueia) e mata uma pessoa a cada seis segundos (WHO, 2008).
· (
Uso de álcool
)O tratamento do fumante está entre as intervenções médicas que apresentam a melhor relação custo-benefício, com custo inferior ao tratamento da HAS, da dislipidemia e do infarto (INCA, 2001).
· Em pessoas que já apresentam HAS, o consumo excessivo de álcool pode dificultar o controle da doença. A diminuição do consumo de álcool reduz discretamente a pressão arterial.
· O abuso de álcool pode trazer prejuízos aos tratamentos das doenças crônicas.
· Além dos efeitos da bebida em si, usuários que abusam de álcool costumam ter dificuldade para uso regular das medicações.
· Na	elaboração de	planos de cuidados	desses usuários, o uso adequado das medicações deve ser enfatizado, esclarecendo as dúvidas e os reais riscos à saúde do uso e do não uso das medicações.
· Importante ressaltar que episódios de consumo excessivode álcool podem levar a descompensações agudas das doenças crônicas, sendo fundamental avaliar nesses casos a pressão arterial e a glicemia desses usuários.
 (
Alimentação saudável
)
· O estilo de vida é claramente um dos maiores responsáveis pela morbidade e pela alta prevalência das doenças crônicas.
· Orientação nutricional é útil na prevenção para o retardo das complicações associadas às condições crônicas, integrando o conjunto de medidas de autocuidado e educação em Saúde (BUSE et al., 2007; SANTOS et al., 2009; SBD, 2005).
· As modificações na alimentação são reconhecidas como um recurso para o controle glicêmico e redução do risco das doenças cardiovasculares(COPPELL et al., 2010).
· A orientação da alimentação saudável na APS compõe o conjunto de ações para promoção de saúde e, também, como tratamento para o controle e prevenção de agravos nas doenças crônicas como diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica e obesidade.
· A alimentação está relacionada diretamente a alguns fatores que interferem na prevenção e/ou controle das doenças crônicas e seus agravos. São eles:
· Excesso de peso;
· Dislipidemia;
· Mau	controle	glicêmico e padrão	alimentar	com consumo excessivo de gordura saturada;
· (
Atividade física e práticas corporais
)Pouca ingestão de frutas e vegetais;
· Os níveis de sedentarismo vêm crescendo em muitos países, trazendo um impacto na prevalência de doenças e agravos não transmissíveis e no estado geral de saúde da população mundial;
· Pessoas com níveis insuficientes de atividade física possuem de 20% a 30% maior risco de morte por qualquer causa, contabilizando um total de mortalidade próximo a 3,2 milhões de pessoas a cada ano
· Os inativos ou sedentários possuem ainda risco 30% a 50% maior de desenvolver HAS. 
· O sedentarismo é estimado como a principal causa de 21% a 25% de câncer de mama e de colo, 27% de diabetes e 30% de doenças isquêmicas do coração (WHO, 2010).
· Nesse sentido, a atividade física regular está associada à diminuição do risco de desenvolver condições crônicas como diabetes, hibertensão arterial, câncer de colo e retal, câncer de mama e depressão
· Com isso, a adoção de um estilo de vida ativo, com hábitos mais saudáveis, é considerada prevenção primária para as doenças crônicas e contribui para o controle de diversas doenças.
· (
Metas
)Em 2011, o Ministério da Saúde lançou o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011- 2022, com o objetivo de promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção e o controle das DCNT e seus fatores de risco, além de fortalecer os serviços de saúde voltados às doenças crônicas.
· Reduzir	a	mortalidade prematura	(30-69	anos)	por	DCNT em	2%	ao ano.
· Reduzir a prevalência de tabagismo em 30%. 
· Reduzir o consumo abusivo de bebidas alcoólicas em 10%. 
· Deter o crescimento da obesidade em adultos.
· Aumentar o consumo recomendado de frutas e hortaliças em 10%. 
· Aumentar	a	prevalência	da prática	de	atividade	física no	tempo	livre em 10%. 
· Aumentar a cobertura de mamografia em mulheres de 50-69 de idade anos nos últimos dois anos para 70%. 
· Aumentar a cobertura de Papanicolau em mulheres de 25-64 de idade nos últimos três anos para 85%. 
 (
Saúde Mental
)
· Transtornos mentais
· Sinônimos: doenças mentais, transtornos psiquiátricos ou psíquicos, etc; 
· Condições de anormalidade, sofrimento ou comprometimento de ordem psicológica, mental ou cognitiva;
· Representa um significativo impacto na vida do paciente
· Desconforto emocional, distúrbio de conduta e enfraquecimento da memória. 
· Transtornos mentais estão frequentemente associados ao sofrimento ou incapacidade significativos, que afetam atividades sociais, profissionais ou outras atividades importantes (NASCIMENTO, 2015). 
· Existem diversos transtornos mentais, com apresentações diferentes. Eles geralmente são caracterizados por uma combinação de pensamentos, percepções, emoções e comportamento anormais, que também podem afetar as relações com outras pessoas (OPAS, 2018).
· Atualmente, considera-se que a doença mental é causada por uma interação complexa de fatores, incluindo:
 (
Resolução N° 8, de 14 de agosto de 
2019
)
· Estabelece as Diretrizes para o Fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS); 
· Dispõe sobre soluções preventivas de violação e garantidoras de direitos aos portadores de transtornos mentais e usuários problemáticos de álcool e outras drogas. 
· Considera-se como componentes da RAPS os seguintes pontos de atenção:
 (
CAPS I
)
· Atende pessoas de todas as faixas etárias;
· Prioritariamente intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes;
· Relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida.
· Indicado para Municípios ou regiões de saúde com população ↑ de quinze mil habitantes.
 (
CAPS II
)
· Atende prioritariamente pessoas com intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes;
· Relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida.
· (
CAPS III
)Indicado para Municípios ou regiões de saúde com população ↑ de setenta mil habitantes.
· Atende prioritariamente pessoas com intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes;
· Relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida
· Proporciona serviços de atenção contínua, com funcionamento 24h, incluindo feriados e finais de semana, ofertando retaguarda clínica e acolhimento noturno a outros serviços de saúde mental, inclusive CAPS AD; 
· (
CAPS AD
)Indicado para Municípios ou regiões de saúde com população ↑ de cento e cinquenta mil habitantes.
· Atende pessoas de todas as faixas etárias, que apresentam intenso sofrimento psíquico decorrente do uso de crack, álcool e outras drogas.
· (
CAPS AD III
)Indicado para Municípios ou regiões de saúde com população ↑ de setenta mil habitantes.
· Atende pessoas de todas as faixas etárias que apresentam intenso sofrimento psíquico decorrente do uso de crack, álcool e outras drogas.
· Serviços de atenção contínua, com funcionamento 24 horas, incluindo feriados e finais de semana, ofertando retaguarda clínica e acolhimento noturno.
· (
CAPS i
)Indicado para Municípios ou regiões de saúde com população ↑ de cento e cinquenta mil habitantes.
· Atende crianças e adolescentes;
· Prioritariamente intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes;
· Relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida.
· (
CAPS AD IV
)Indicado para municípios ou regiões de saúde com população ↑ de setenta mil habitantes.
· Atende adultos ou crianças e adolescentes, com quadros graves e intenso sofrimento decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.
· Serviços de atenção contínua, com funcionamento 24horas, incluindo feriados e finais de semana; e ofertar assistência a urgências e emergências, contando com leitos de observação.
· (
Equipe multiprofissional de atenção 
especializada em saúde mental
)Indicado para Municípios ou regiões com população ↑ quinhentos mil habitantes e capitais de Estado.
 (
Competências da equipe multiprofissional de atenção especializada em saúde mental
)
 (
Atenção domiciliária
)
· A atenção domiciliar no SUS é gerida pela Portaria GM/MS 825/2016
· A AD é indicada para pessoas que, estando em estabilidade clínica, necessitam de atenção à saúde em situação de restrição ao leito ou ao lar de maneira temporária ou definitivaou em grau de vulnerabilidade na qual a atenção domiciliar é considerada a oferta mais oportuna para tratamento, paliação, reabilitação e prevenção de agravos, tendo em vista a ampliação de autonomia do usuário, família e cuidador. 
· A determinação da modalidade está atrelada às necessidades de cuidado peculiares a cada caso, em relação à periodicidade indicada das visitas, à intensidade do cuidado multiprofissional e ao uso de equipamentos.
· A divisão em modalidades é importante para a compreensão do perfil de atendimento prevalente, e, consequentemente, para adequado planejamento e gestão dos recursos humanos, materiais necessários, e fluxos intra e intersetoriais.
· A AD será organizada em três modalidades: 
· I - Atenção Domiciliar 1 (AD 1); - atenção primária
· II - Atenção Domiciliar 2 (AD 2); - SAD
· III - Atenção Domiciliar 3 (AD 3). - SAD
· Fica facultado à EMAD Tipo 2 prestar assistência apenas na modalidade AD 2, caso não possua condições técnicas e operacionais para a execução da modalidade AD 3.
· Ao usuário em AD acometido de intercorrências agudas será garantido atendimento, transporte e retaguarda para as unidades assistenciais de funcionamento 24 (vinte e quatro) horas/dia, previamente definidas como referência para o usuário.
· Requisitos para habilitação do SAD:
· I - população municipal igual	ou superior	a 20.000 (vinte	mil) habitantes,	com	base na população	mais	recente estimada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); 
· II - hospital de referência no Município ou região a qual integra;
· III - cobertura de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) habilitado e em funcionamento.
 (
Vigilância em saúde
)
· A vigilância em saúde tem por objetivo a observação e análise permanentes da situação de saúde da população, articulando-se em um conjunto de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo-se a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde
· (
Vigilância em saúde ambiental
)Entende-se por Vigilância em Saúde o processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise de dados e disseminação de informações sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública, incluindo a regulação, intervenção e atuação em condicionantes e determinantes da saúde, para a proteção e promoção da saúde da população, prevenção e controle de riscos, agravos e doenças.
· Conjunto de ações e serviços que propiciam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de promoção à saúde, prevenção e monitoramento dos fatores de riscos relacionados às doenças ou agravos à saúde.
 (
Vigilância em saúde do trabalhador
)
· Conjunto de ações que visam promoção da saúde, prevenção da morbimortalidade e redução de riscos e vulnerabilidades na população trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham nas doenças e agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento, de processos produtivos e de trabalho.
 (
Vigilância epidemiológica
)
· Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças, transmissíveis e não-transmissíveis, e agravos à saúde. 
 (
Vigilância sanitária
)
· Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços do interesse da saúde. Abrange a prestação de serviços e o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo e descarte.
 (
Previne Brasil
)
· O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) foi instituído pela portaria de nº 1.654 GM/MS do dia 19 de julho de 2011 e foi produto de um importante processo de negociação e pactuação das três esferas de gestão do SUS;
· Soluções para viabilizar um desenho do Programa para permitir a ampliação do acesso e melhoria da qualidade da Atenção Básica em todo o Brasil.
· O principal objetivo do Programa era induzir a ampliação do acesso e a melhoria da qualidade da atenção básica, com garantia de um padrão de qualidade comparável nacional, regional e localmente de maneira a permitir maior transparência e efetividade das ações governamentais direcionadas à Atenção Básica em Saúde. 
· Desde dezembro de 2019 o PMAQ foi extinto, passando a prevalecer o Programa Previne Brasil, instituído pela Portaria nº 2.979, de 12 de novembro de 2019, que estabelece o novo modelo de financiamento de custeio da Atenção Primária à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 
· A proposta tem como princípio a estruturação de um modelo de financiamento focado em aumentar o acesso das pessoas aos serviços da Atenção Primária e o vínculo entre população e equipe, com base em mecanismos que induzem à responsabilização dos gestores e dos profissionais pelas pessoas que assistem.
· O Previne Brasil equilibra valores financeiros per capita referentes à população efetivamente cadastrada nas equipes de Saúde da Família (eSF) e de Atenção Primária (eAP), com o grau de desempenho assistencial das equipes somado a incentivos específicos, como ampliação do horário de atendimento (Programa Saúde na Hora), equipes de saúde bucal, informatização (Informatiza APS), equipes de Consultório na Rua, equipes que estão como campo de prática para formação de residentes na APS, entre outros tantos programas.
· O financiamento federal de custeio da Atenção Primária à Saúde (APS) será constituído por:
· Esses recursos são transferidos na modalidade fundo a fundo, de forma regular e automática, aos Municípios, ao Distrito Federal e aos Estados e repassados pelo Bloco de Custeio das Ações e Serviços Públicos de Saúde.
· *O valor per capita será definido anualmente em ato do Ministro da Saúde.
· O cálculo para a definição dos incentivos financeiros da capitação ponderada deverá considerar:
· O cálculo será baseado no quantitativo da população cadastrada por eSF e eAP, com atribuição de peso por pessoa, considerando os critérios de vulnerabilidade socioeconômica, perfil demográfico e classificação geográfica.
· O cálculo do incentivo financeiro do pagamento por desempenho será efetuado considerando: 
· Para o pagamento por desempenho deverão ser observadas as seguintes categorias de indicadores:
· O cálculo para a definição dos recursos financeiros para incentivo para ações estratégicas deverá considerar :
· O incentivo para ações estratégicas contemplará o custeio das seguintes ações, programas e estratégias:
· I - Programa Saúde na Hora; 
· II - Equipe de Saúde Bucal (eSB); 
· III - Unidade Odontológica Móvel (UOM); 
· IV - Centro de Especialidades Odontológicas (CEO); 
· V - Laboratório Regional de Prótese Dentária (LRPD); 
· VI - Equipe de Consultório na Rua (eCR); 
· VII - Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF); 
· VIII - Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR); 
· IX - Microscopista; 
· X - Equipe de Atenção Primária Prisional (eAPP); 
· XI - Custeio para o ente federativo responsável pela gestão das ações de Atenção Integral à Saúde dos Adolescentes em Situação de Privação de Liberdade; 
· XII - Programa Saúde na Escola (PSE); 
· XIII - Programa Academia da Saúde; 
· XIV- Programas de apoio à informatização da APS; 
· XV - Incentivo aos municípios com equipes de saúde integradas a programas de residência uniprofissional ou multiprofissional na Atenção Primária à Saúde; 
· XVI - Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (ACS); 
· XVII - outrosque venham a ser instituídos por meio de ato normativo específico. 
· Principais disposições sobre a suspensão da transferência dos incentivos financeiros para a APS:
· No caso de irregularidades, o incentivo financeiro da capitação ponderada será suspenso, de acordo com o disposto na Política Nacional de Atenção Básica – PNAB. Essa suspensão será aplicada proporcionalmente de acordo com a irregularidade praticada por cada eSF e eAP;
· Nos casos de irregularidade em que haja verificação de ocorrência de fraude ou informação irregular de cumprimento de metas e indicadores, haverá suspensão de 100% (cem por cento) da transferência de pagamento por desempenho por equipe.
· Indicadores previne brasil para 2022:
· 1 - Proporção de gestantes com pelo menos 6 (seis) consultas pré-natal realizadas, sendo a 1ª (primeira) até a 12ª (décima segunda) semana de gestação. 
· 2 - Proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV. 
· 3 - Proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado. 
· 4 - Proporção de mulheres com coleta de citopatológico na APS. 
· 5 - Proporção de crianças de 1 (um) ano de idade vacinadas na APS contra Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B, infecções causadas por haemophilus influenzae tipo b e Poliomielite inativada. 
· 6 - Proporção de pessoas com hipertensão, com consulta e pressão arterial aferida no semestre. 
· 7 - Proporção de pessoas com diabetes, com consulta e hemoglobina glicada solicitada no semestre. 
· Indicadores do pagamento por desempenho: 
· I. proporção de gestantes com pelo menos seis consultas pré-natal realizadas, sendo a 1ª até a 20ª semana de gestação; 
· II. proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV; 
· III. proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado; 
· IV. cobertura de exame citopatológico; 
· V. cobertura vacinal de poliomielite inativada e de pentavalente; 
· VI. percentual de pessoas hipertensas com pressão arterial aferida em cada semestre; 
· VII. percentual de diabéticos com solicitação de hemoglobina glicada
· Estratégicas contempladas para inclusão de novos indicadores a partir da disponibilidade orçamentária:
· I. ações multiprofissionais no âmbito da atenção primária à saúde; 
· II. ações no cuidado puerperal; 
· III. ações de puericultura (crianças até 12 meses); 
· IV. ações relacionadas ao HIV; 
· V. ações relacionadas ao cuidado de pessoas com tuberculose; 
· VI. ações odontológicas; 
· Estratégicas contempladas para inclusão de novos indicadores a partir da disponibilidade orçamentária: 
· VII. ações relacionadas às hepatites; 
· VIII. ações em saúde mental; 
· IX. ações relacionadas ao câncer de mama; 
· X. indicadores globais de avaliação da qualidade assistencial e experiência do paciente, com reconhecimento e validação internacional e nacional (PDRQ-9 – Questionário de Avaliação da Relação Médico-Paciente) e o Net Promoter Score (NPS – Escala de Satisfação da Pessoa).

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