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¹ Graduada em Biomedicina pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix (CEUNIH). E-mail: Fabienne.1997.felix@gmail.com ² Orientadora do CEUNIH. E-mail: gabriela.ferreira7@izabelahendrix.metodista.br ³ Professora de apoio. E-mail: katiaduartevital@gmail.com CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IZABELA HENDRIX Fabienne Michelline de Souza Felix Felix1, Kamila Soares1, Marcela Xavier Coelho1, Tamara Fernandes Marques1, Thais Amanda Mendes Pereira1, Gabriela Rossi Ferreira 2, Kátia Vidal 3 EFEITOS NOCIVOS DA RADIOTERAPIA EM PADRÕES BIOQUÍMICOS E HEMATOLÓGICOS NO PACIENTE ONCOLÓGICO HARMFUL EFFECTS OF RADIOTHERAPY ON BIOCHEMICAL AND HEMATOLOGICAL PATTERNS ON THE ONCOLOGICAL PATIENT mailto:Fabienne.1997.felix@gmail.com mailto:gabriela.ferreira7@izabelahendrix.metodista.br mailto:katiaduartevital@gmail.com ¹ Graduada em Biomedicina pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix (CEUNIH). E-mail: Fabienne.1997.felix@gmail.com ² Orientadora do CEUNIH. E-mail: gabriela.ferreira7@izabelahendrix.metodista.br ³ Professora de apoio. E-mail: katiaduartevital@gmail.com RESUMO É fato que o câncer é um problema que acomete muitas pessoas ao redor do mundo, sendo um problema de saúde pública também está entre as doenças mais fatais no Brasil. As células normais para se transformar em células cancerígenas sofrem mutação no seu DNA, essas alterações podem levar a um processo de apoptose, uma morte celular programada ou uma necrose, uma morte celular não programada que pode gerar dano no tecido dos órgãos, caso contrário essas células podem se desenvolver para tumores e se tornarem benignos ou malignos. O câncer benigno é resultado de células de crescimento lento, ou seja, demorado e com baixa divisão celular; enquanto o câncer maligno é resultado de uma divisão rápida e desordenada de células podendo ter perca de suas funções e podendo invadir outros órgãos e causando metástase. Nesse periódico vai ser abordado o tema de como as células cancerígenas e normais se comportam diante do tratamento de radioterapia, tendo como base os exames bioquímicos e hematológicos e as alterações nesses mesmos exames. O hemograma é composto pelo eritrograma que é o exame das células vermelhas, ou seja, as hemácias; o leucograma que é o exame das células brancas, ou seja, os leucócitos; e o plaquetograma que é o exame que olha o índice de plaquetas e coagulação do paciente. O exame bioquímico é muito vasto, tendo como uns de seus temas de pesquisa os marcadores tumorais, que são substâncias liberadas pelos órgãos que caem na corrente sanguínea. E para concluir sobre o período, uns dos temas centrais é a radioterapia, que é um exame realizado em pacientes com câncer que tem como base o uso da radiação ionizante. PALAVRAS-CHAVE: Câncer, Radioterapia, Radiação, Hematologia, Bioquímica ABSTRACT It is a fact that cancer is a problem that affects many people around the world, being a public health problem is also among the most fatal diseases in Brazil. Normal cells to become cancer cells undergo mutation in their DNA, these changes can lead to a process of apoptosis, a programmed cell death or a necrosis, an unscheduled cell death that can generate tissue damage in organs, otherwise these cells can develop into tumors and become benign or malignant. Benign cancer is the result of slow-growing cells, i.e., slow and with low cell division; while malignant cancer is the result of a rapid and disordered division of cells that may have loss of their functions and may invade other organs and cause metastasis. In this journal we will discuss mailto:Fabienne.1997.felix@gmail.com mailto:gabriela.ferreira7@izabelahendrix.metodista.br mailto:katiaduartevital@gmail.com ¹ Graduada em Biomedicina pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix (CEUNIH). E-mail: Fabienne.1997.felix@gmail.com ² Orientadora do CEUNIH. E-mail: gabriela.ferreira7@izabelahendrix.metodista.br ³ Professora de apoio. E-mail: katiaduartevital@gmail.com how cancerous and normal cells behave during the radiotherapy treatment, based on the biochemical and hematological exams and the changes in these exams. The CBC is composed of the erythrogram, which is the examination of the red cells, i.e. the RBCs; the WBC, which is the examination of the white cells, i.e. the WBCs; and the plateletogram, which is the examination that looks at the patient's platelet count and coagulation. The biochemical examination is very wide-ranging, with one of its research topics being tumor markers, which are substances released by organs that enter the bloodstream. And to conclude on the period, one of the central themes is radiotherapy, which is an examination performed on cancer patients based on the use of ionizing radiation. KEYWORDS: Cancer, Radiotherapy, Radioation, Hematology, Biochermist. INTRODUÇÃO Câncer é uma doença que acomete vários brasileiros, sendo um termo muito amplo que abrange mais de 100 tipos de doenças malignas diferentes que tem em comum o crescimento anormal e desordenado das células, que pode invadir órgãos e tecidos. Essas células dividem-se rapidamente se espalhando pelo corpo, sendo então agressivas e difíceis de controlar, determinando assim a formação de tumores, dos quais podem ser classificados em benignos ou malignos (Luis Felipe Ribeiro Pinto, 2020). As doenças cancerígenas são diferenciadas em relação aos vários tipos de células do corpo, sendo assim quando o câncer começa no tecido epitelial, também chamado de pele ou mucosa, são denominados carcinomas; se o ponto de partida é o tecido epitelial glandular, e nomeado adenocarcinoma; e se o ponto de partida for os tecidos conjuntivos, também chamados de ossos, músculo ou cartilagem, são chamados de sarcomas . Outras características que diferem os tipos de câncer é a questão da velocidade, ou seja, quão rápido uma célula cancerígena se multiplica e a sua capacidade de penetrar tecidos e/ou órgãos vizinhos estando perto ou distantes, conhecido como metástase (Gustavo Francisco de Souza e Mello, 2019). A doença ocorre a partir de uma mutação genética, ou seja, uma alteração no DNA de uma célula normal e sadia, que passa a receber instruções erradas de como deve se comportar e realizar a sua atividade. As alterações dessas células podem ocorrer por conta de genes especiais, denominados proto-oncogeneses, que inicialmente são inativos em células normais. mailto:Fabienne.1997.felix@gmail.com mailto:gabriela.ferreira7@izabelahendrix.metodista.br mailto:katiaduartevital@gmail.com ¹ Graduada em Biomedicina pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix (CEUNIH). E-mail: Fabienne.1997.felix@gmail.com ² Orientadora do CEUNIH. E-mail: gabriela.ferreira7@izabelahendrix.metodista.br ³ Professora de apoio. E-mail: katiaduartevital@gmail.com Quando os proto-oncogenes são ativados eles se tornam oncogenes e são responsáveis por tornar as células normais em células cancerígenas. Podemos também citar os Genes supressores do tumor que são genes normais que retardam a divisão celular, reparam erros do DNA ou indicam quando as células devem morrer (processo conhecido como apoptose ou morte celular programada). Quando os genes supressores do tumor não funcionam corretamente, as células podem se desenvolver fora de controle, o que pode levar ao câncer. Normalmente impede que a célula se divida rapidamente, assim como um freio impede que um carro ande muito rápido. Quando algo dá errado com o gene, como uma mutação, a divisão celular pode sair fora de controle. Uma diferença importante entre oncogenes e genes supressores do tumor é que os oncogenes resultam da ativação de proto-oncogenes, enquanto que os genes supressores do tumor provocam câncer quando eles são inativados. Alterações herdadas do gene supressor do tumor foramencontradas em algumas síndromes cancerígenas hereditárias causando certos tipos de câncer, em determinadas famílias. Entretanto, a maioria das mutações de genes supressores do tumor é adquirida, não herdada. Por exemplo, anormalidades do gene TP53 (que codifica a proteína p53) foram encontradas em mais de metade dos cânceres humanos. (Rafael Aliosha Kaliks, 2015) O processo de formação do câncer é denominado de carcinogênese ou oncogênese, e em geral, acontece lentamente, podendo levar anos para que uma célula cancerígena possa se multiplicar e dar origem a um tumor visível . Os efeitos cumulativos de diferentes agentes cancerígenos são responsáveis pelo início, promoção, a forma como ele progride e inibição do tumor. A carcinogênese é determinada por essa exposição a esses agentes, em uma certa frequência e um período de tempo, e pela interação entre eles, devem ser consideradas também as características individuais que facilitam e dificultam a instalação do dano celular, esse progresso tem três etapas: iniciação, promoção e progressão (Luis Felipe Ribeiro Pinto, 2020). Na iniciação, os genes são afetados por carcinógenos, que causam alterações em alguns de seus genes, as células estão geneticamente alteradas, mas ainda não é possível detectar um tumor clinicamente. Eles são "preparados", ou seja, "iniciados" para a ação de um segundo grupo de agentes que atuará na próxima etapa (Gustavo Francisco de Souza e Mello, 2019). Na segunda etapa, promoção, as células geneticamente alteradas, ou "iniciadas", sofrem de carcinógenos classificados como oncopromotores (Gustavo Francisco de Souza e Mello, 2019). A célula iniciada é lenta e gradualmente transformada em uma célula maligna, para que essa transformação ocorra, é necessário contato prolongado e contínuo com o carcinógeno, e a mailto:Fabienne.1997.felix@gmail.com mailto:gabriela.ferreira7@izabelahendrix.metodista.br mailto:katiaduartevital@gmail.com ¹ Graduada em Biomedicina pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix (CEUNIH). E-mail: Fabienne.1997.felix@gmail.com ² Orientadora do CEUNIH. E-mail: gabriela.ferreira7@izabelahendrix.metodista.br ³ Professora de apoio. E-mail: katiaduartevital@gmail.com suspensão do contato com os promotores muitas vezes interrompe o processo nesta fase. Certos componentes dos alimentos, bem como a exposição excessiva e prolongada aos hormônios, são exemplos de fatores que contribuem para a transformação de células iniciadas em células malignas. Já na progressão, terceira etapa da carcinogênese, há multiplicação descontrolada e irreversível de células alteradas, nesta fase, o câncer já está instalado, evolui até que apareçam os primeiros sintomas clínicos da doença (Gustavo Francisco de Souza e Mello, 2019). Fatores que favorecem o início ou progressão da carcinogênese são chamados de aceleradores de coagulação ou carcinógenos, a exemplo podemos citar o tabaco, que é um cancerígeno completo porque contém ingredientes que atuam em três estágios da carcinogênese (Gustavo Francisco de Souza e Mello, 2019). O câncer apresenta determinadas características que o permite sobrevivência, como a multiplicação celular desordenada e descontrolada. As células se dividem mais rapidamente do que as células normais, e o crescimento celular torna-se contínuo, as células em excesso gradualmente matam as células do tecido de origem e todo o corpo doente. Há também por parte destas células a capacidade de estímulo a neoangiogênese, para nutrir o tumor, mantendo- o em condição de crescimento (Luis Felipe Ribeiro Pinto, 2020). As células tumorais malignas, têm a capacidade de se desprender do tumor e se mover e inicialmente, invadir tecidos adjacentes, alcançando o interior de um vaso sanguíneo ou linfático e se espalhando por eles, atingindo órgãos distantes do local onde o tumor se formou, dando origem as metástases, dependendo do tipo de célula cancerosa, algumas metastatizam mais rápido e mais cedo, outras muito lentamente ou nem metastatizam. Por fim as células cancerosas geralmente são menos especializadas em suas funções do que suas contrapartes normais, quando as células cancerosas substituem as células normais, os tecidos afetados perdem função, por exemplo, a invasão dos pulmões causa alterações respiratórias e a invasão do cérebro pode causar alterações neurológicas (Luis Felipe Ribeiro Pinto, 2020). O tratamento de câncer pode ser realizado através de cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea (Gustavo Francisco de Souza e Mello, 2019). Sendo necessário, em casos variados combinar mais de uma modalidade dependendo do estadiamento do câncer (Gustavo Francisco de Souza e Mello, 2019). A radioterapia é um procedimento que utiliza radiação ionizante, que é um tipo de energia para destruir as de células cancerosas (Liz Almeida, 2019). A radiação não é visível e a maior parte mailto:Fabienne.1997.felix@gmail.com mailto:gabriela.ferreira7@izabelahendrix.metodista.br mailto:katiaduartevital@gmail.com ¹ Graduada em Biomedicina pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix (CEUNIH). E-mail: Fabienne.1997.felix@gmail.com ² Orientadora do CEUNIH. E-mail: gabriela.ferreira7@izabelahendrix.metodista.br ³ Professora de apoio. E-mail: katiaduartevital@gmail.com das vezes, o paciente não sentirá nada durante a aplicação e alguns casos, a radioterapia pode ser usada em conjunto com a quimioterapia (Liz Almeida, 2019), e como citado anteriormente, a utilização desse tipo de tratamento dependerá do tipo de tumor e do estadiamento (Liz Almeida, 2019). Devido a possibilidade de efeitos colaterais durante o tratamento, o paciente fará uma consulta de acompanhamento com o médico uma vez por semana, além de consultas de enfermagem. A radioterapia é realizada por meio de um acelerador linear, o médico, por meio de exame de imagem, determina a área a ser irradiada e as marcações são realizadas na pele para que a radiação alcance apenas a área demarcada, em alguns casos pode ser feito um molde de plástico, de forma que o paciente permaneça na mesma posição durante a aplicação, nesses casos, a marcação é feita no molde plástico (Liz Almeida, 2019). Dependendo da localização do tumor, a radioterapia é realizada de duas maneiras mais comumente, a radioterapia externa ou teleterapia e a Braquiterapia (Liz Almeida, 2019). Na radioterapia externa ou teleterapia, a radiação é emitida pelo aparelho, que fica afastado do paciente, direcionado para a área a ser tratada, com o paciente deitado e as aplicações são geralmente diárias (Liz Almeida, 2019); já na braquiterapia, os aplicadores são colocados pelo médico em contato com a área a ser tratada e a radiação é emitida do dispositivo para os aplicadores, o procedimento é realizado na clínica uma ou duas vezes por semana e pode exigir anestesia (Liz Almeida, 2019). METODOLOGIA Essa pesquisa foi desenvolvida dentro dos pressupostos do método de revisão bibliográfica explorativa e descritiva sobre o tema proposto, tendo como base a pesquisa sobre o câncer e o tratamento através da radioterapia. A pesquisa foi realizada em um conjunto de dados sobre o tema abordado e qualificando as informações em função do bom aproveitamento de dados. RESULTADOS E DISCUSSÃO O princípio da radioterapia é destruir células cancerígenas, a radiação usada na radioterapia é denominada radiação ionizante porque forma íons e deposita energia nas células teciduais por onde passa. Essa energia então depositada no tecido das células tem como função matar células cancerígenas causando alterações e danificações no seu material genético, bloqueando então sua capacidade de se multiplicar e disseminar ainda mais o câncer pelo organismo do paciente. Embora a radiação danifique tanto as células normais quanto as células cancerígenas, o foco da radiação é maximizar, ou seja, aumentar e ter como alvoa dose de radiação nas células cancerígenas anormais enquanto minimiza a exposição a radiação às células normais, que às vezes está no caminho das células anormais e acabam sendo afetadas. As células normais tem mailto:Fabienne.1997.felix@gmail.com mailto:gabriela.ferreira7@izabelahendrix.metodista.br mailto:katiaduartevital@gmail.com ¹ Graduada em Biomedicina pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix (CEUNIH). E-mail: Fabienne.1997.felix@gmail.com ² Orientadora do CEUNIH. E-mail: gabriela.ferreira7@izabelahendrix.metodista.br ³ Professora de apoio. E-mail: katiaduartevital@gmail.com uma grande capacidade de reparação e podem voltar a exercer a sua função rapidamente se forem afetadas (Francismeire Fernandes, 2018). Durante o tratamento de câncer através da radioterapia é inevitável que a exposição à radioterapia acometa somente as células neoplásicas, sendo assim podendo também acabar acometendo as células normais, podendo induzir lesões reversível ou irreversíveis nas organelas e nas membranas celulares, como polimorfismo, gerando lesões na função de reprodução e reparação celular (Fernando José Figueiredo Agostinho D’Abreu Mendes, 2016). Alguns agentes químicos podem modificar a resposta de células, tecidos e organismos devido às radiações ionizantes. Para que os agentes químicos sejam efetivos, eles devem estar presentes no momento da irradiação, assim como o oxigênio. Substâncias como pirimidinas halogenadas e a vitamina K, por exemplo, são capazes de rádio sensibilizar o tecido irradiado (DOWD, 1994). Para produzir energia, precisa-se que se queime O2, com isso é liberado uma enorme substância tóxica para o corpo do paciente que são os radicais livres, porém, eles são neutralizados pelos antioxidantes naturais presentes nos alimentos ingeridos pelos mesmos. Quando a produção de radicais livres é gerada em uma quantidade maior do que o antioxidante é capaz de inibir, o corpo gera estresse oxidativo, que é capaz de gerar envelhecimento celular e causar tumores. A radioterapia consiste em enviar níveis de radiação que vai direto no DNA da célula cancerígena para que ela não possa se reproduzir, e isso acaba gerando estresse oxidativo que na radioterapia é usado como inibidor das células neoplásicas (Fernando José Figueiredo Agostinho D’Abreu Mendes, 2016). O processo radioterapêutico pode causar alterações nas taxas sanguíneas produzidas pela medula óssea. Quando se tem baixo nível de glóbulos vermelhos pode significar a presença de anemia e glóbulos brancos a presença de infecção. Pesquisas mostram que a viabilidade de linfócitos do sangue periférico pode ter relação com a disfagia, um dos efeitos da radioterapia. A gravidade dos efeitos está associada à sua sensibilidade às radiações. Após a interação da radiação ionizante com o meio, pode haver a formação de diversos íons, e em seguida vão ocorrer efeitos químicos em que há quebra de moléculas que compõem a matéria. O produto final da interação da radiação com as moléculas de água e oxigênio é a formação de radicais livres e íons reativos nocivos a molécula de ácido desoxirribonucleico, ocasionando a morte celular (caso os danos radio induzidos não sejam reparados). Os efeitos biológicos tem relação com efeitos que podem retardar a divisão celular e têm possibilidade que esses efeitos sejam transmitidos para gerações celulares posteriores. (Heberton Ferreira, 2012). Em células sanguíneas, no período de março de 2004 a outubro de 2004, foram selecionados 101 pacientes com idade acima de 21 anos, de ambos os sexos, portadores de câncer nas áreas de cabeça e pescoço, tórax e pelve, com áreas de tratamento superior a 100 cm², com dose diária de radiação variando de 180 cGy a 200 cGy, em cinco frações semanais, e com dose total de 4.500 cGy a 5.000 cGy(7–9), durante cinco semanas. Foram analisadas neste estudo, a contagem de leucócitos, eosinófilos, neutrófilos, linfócitos, monócitos e plaquetas, que são as células descritas como sensíveis à radiação, em que é esperada diminuição nos seus valores em consequência da radioterapia. Os eritrócitos não foram analisados, por não se esperar diminuição nos seus valores, devido à capacidade dessas células em aumentar a sua proliferação, liberando células maduras para o sangue periférico, mantendo seus valores nos limites da normalidade. Analisando as médias de contagem de cada célula sanguínea ao longo do tempo de tratamento, foi constatado que os linfócitos apresentaram a maior queda, de 53,5%, se comparado com o valor apresentado antes do início do tratamento. Os leucócitos mostraram queda de 26,8%, que se encontra dentro dos valores de redução esperados visto que nesses mailto:Fabienne.1997.felix@gmail.com mailto:gabriela.ferreira7@izabelahendrix.metodista.br mailto:katiaduartevital@gmail.com ¹ Graduada em Biomedicina pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix (CEUNIH). E-mail: Fabienne.1997.felix@gmail.com ² Orientadora do CEUNIH. E-mail: gabriela.ferreira7@izabelahendrix.metodista.br ³ Professora de apoio. E-mail: katiaduartevital@gmail.com trabalhos a diminuição observada foi de 14% a 30%. Nos neutrófilos, a queda foi de 19,4%, e os autores relataram redução de neutrófilos entre 14% e 28%. As plaquetas caíram em 14,6%, o que convém com o percentual de 12%, descrito nos estudos realizados anteriormente. Os dados encontrados no estudo, assim como os da literatura, demonstraram que os linfócitos são as células sanguíneas periféricas mais sensíveis à radiação. (Maria do Socorro de Mendonça, 2008). Em conclusão deste estudo, a maior queda na contagem dos leucócitos e plaquetas foram registradas a partir da terceira semana e, principalmente, na quarta semana após iniciada a radioterapia. A monitoração semanal da contagem dos leucócitos e plaquetas dos pacientes portadores de câncer submetidos ao tratamento por radioterapia externa convencional não parece ser necessária. No entanto, a solicitação de leucócitos e plaquetas, antes do início da radioterapia e na quarta semana durante o tratamento, é recomendado. (Divaldo de Almeida Sampaio, 2008). Os efeitos causados nos padrões bioquímicos através da radioterapia são muitos, por isso, é citado neste artigo um efeito causado na produção de saliva, através do tratamento do câncer de cabeça e pescoço. A saliva também é capaz de sofrer alterações qualitativas através da radioterapia, tendo como diminuição a atividade da amilase, diminuição da capacidade tampão e de regulação do pH, tendo como consequência a acidificação. Pode ocorrer também diversas alterações nos eletrólitos como o cálcio, potássio, sódio e fosfato, desta forma, os pacientes que foram expostos a radioterapia são muito mais suscetíveis à doença periodontal, como cáries, infecções bucais causadas por bactérias e fungos. As alterações causadas sofridas pelas glândulas salivares incluem degeneração acinosa e adiposa, além de fibrose com acentuada redução na produção e fluxo salivar, por conta de as glândulas salivares estarem incluídas no campo de radiação. Na glândula irradiada, o arranjo celular dos ductos é substituído por remanescentes do tecido conjuntivo frouxo e fibroso moderadamente infiltrado com linfócitos e plasma celular. (Freitas, 2011). CONSIDERAÇÕES FINAIS Considera-se com base nos estudos apresentados nesse artigo, que o tratamento por radioterapia no combate ao câncer, por mais que traga benefícios como casos de retardação no desenvolvimento do câncer ou até mesmo numa possível cura sobre a doença, por ser um processo muito abrasivo ao corpo humano ele acarreta em diversos efeitos colaterais como mencionado na metodologia do trabalho, e pelo fato de que atualmente os dois tratamentos utilizados para atacar o câncer se dá pelo uso da quimioterapia ou da radioterapia, o paciente oncológico se vê sem outra opção alternada a essas. Os testes mostram que além da utilizaçãoda radiação, na radioterapia também é necessário o uso de alguns produtos químicos, afim de melhorar o desempenho do efeito da radio, o que acarreta em ainda mais efeitos colaterais. Novos tratamentos para combater o câncer e que não resultem em tantos efeitos colaterais são extremamente necessários, mesmo com toda dificuldade a respeito desse assunto, as pesquisas para encontrar novos meios de tratamento são de suma importância, pois somente a descoberta de um novo tratamento que não utilize de meios que resultam em tantos efeitos colaterais para que assim possamos ter um tratamento mais tranquilo para essa doença que afeta tantas pessoas. REFERÊNCIAS NBC IZABELA HENDRIX. https://www.metodista.br/revistas/revistas- izabela/index.php/ bio/article/view/2209/1197 INCA. https://www.inca.gov.br/o-que-e-cancer mailto:Fabienne.1997.felix@gmail.com mailto:gabriela.ferreira7@izabelahendrix.metodista.br mailto:katiaduartevital@gmail.com ¹ Graduada em Biomedicina pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix (CEUNIH). E-mail: Fabienne.1997.felix@gmail.com ² Orientadora do CEUNIH. E-mail: gabriela.ferreira7@izabelahendrix.metodista.br ³ Professora de apoio. E-mail: katiaduartevital@gmail.com INCA. https://www.inca.gov.br/como-surge-o-cancer ONCOGUIA. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/oncogenes-e-genes-supressores-do- tumor/8161/73/ INCA. https://www.inca.gov.br/como-se-comportam-celulas-cancerosas# INCA. https://www.inca.gov.br/tratamento INCA. https://www.inca.gov.br/tratamento/radioterapia INCA. https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/como-e-feita-radioterapia# INST. 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