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História Geral O Renascimento Cultural o renascimento cultural I CONCEITOS • O nome Renascimento sugere uma retomada de algo que já havia existido. Nesse sentido, se trata de um reencontro da Europa com as tradições clássicas (greco-romanas). Não se trata, contudo, de mera cópia do universo clássico, mas de inspirar-se naquele conjunto estético. O Renascimento representava, também, uma ruptura com a tradição medieval. • O termo Renascimento foi usado por Giorgio Vasari, em 1550, na obra “Vidas dos mais excelentes arquitetos, pintores e escultores italianos”. Foram os historiadores do Séc. XIX que ampliaram o uso do termo para a literatura, filosofia e ciência. Podemos definir o Renascimento como um despertar para o Humanismo. ELEMENTOS FAVORÁVEIS AO RENASCIMENTO • Elementos favoráveis ao Renascimento: A obra “Discurso sobre a dignidade humana”, de Giovanni Pico della Mirandola foi importante manifesto do humanismo. Sua proposta reconduzia o homem como algo diferente dos demais animais. Se estabelecia uma visão antropocêntrica. • A questão da ciência: Confiando na Razão para constituir um conhecimento sobre a natureza, o renascimento também marcou o choque entre Ciência e Igreja. É possível, ainda, observar a substituição do Teocentrismo pelo Antropocentrismo. • Individualismo x Coletivismo: Outro elemento a ser destacado a favor do Renascimento é uma mudança de mentalidade. O período medieval foi bastante destacado pela presença de uma mentalidade coletivista. O Renascimento marca um destaque sobre o Indivíduo. Artistas passam a assinar suas obras, intelectuais se destacam e mercadores enriquecem. MECENATO • A questão do mecenato: A Península Itálica enriqueceu fortemente, mas também outras regiões da Europa. Isso gerou uma rica burguesia capaz de financiar, por exemplo, obras de Arte. Eram os MECENAS. • O renascimento e suas rupturas: Destaque aos valores clássicos na Literatura. Presença de simetria e tridimensionalidade. Ideal clássico de beleza nas artes plásticas. CONTEXTO HISTÓRICO • Contexto histórico: Renascimento Comercial e Urbano. Invenção da Imprensa de Tipos Móveis. Estudiosos vindos de Constantinopla, sobretudo, para a Itália • Além do Antropocentrismo e Humanismo, podemos destacar elementos como: • Experimentalismo: Destaque ao conhecimento de base empirista, no campo científico. • Universalismo: Buscava-se o conhecimento de várias áreas distintas, criando a ideia de um Polímata. • Hedonismo: A busca pelo prazer sensorial humano. • Individualismo: Acresce valor a ideia do indivíduo na constituição do mundo. • Humanismo: O humanismo se colocava contrário à escolástica medieval e seu domínio sobre o pensamento. O pensamento humanista defendia a lógica dedutiva desenvolvida com base na observação de fenômenos humanos e naturais. o renascimento cultural II FASES DO RENASCIMENTO CULTURAL • O Trecento (Séc. XIV): Nessa fase temos o rompimento com os modelos estéticos medievais, sendo a fase inicial do Renascimento. Dante Alighieri (1265- 1321), na literatura com “A Divina Comédia”. Francesco Petrarca (1304- 1374), no campo da poesia e romance. Giotto di Bondone (1266-1337), nas artes plásticas. • O Quattrocento (Séc. XV): Fase marcada por forte presença do paganismo greco-romano, valeu-se também do aperfeiçoamento da imprensa, com Johannes Gutenberg. • Visto como uma fase de ouro da Renascença, destacam-se nomes como: • Sandro Botticelli (1445-1510), destacado na pintura. Filippo Brunelleschi (1377-1446), no campo da Arquitetura e Escultura. Leonardo Da Vinci (1452-1519), polímata, destacado também no campo da pintura. La Gioconda (Monalisa) – Da Vinci: Sediada no Museu do Louvre, em Paris, La Gioconda seria o retrato de Lisa Gherardini, esposa de Francesco del Giocondo, comerciante Florentino. • O Cinquecento (Séc. XVI): Representa, sobretudo, a fase de expansão do Renascimento para além da Península Itálica. Observa-se a fusão de elementos pagãos e cristãos. Rafael Sanzio (1483- 1520), no campo da pintura. Michelangelo Buonarroti (1475-1564), na pintura e na escultura. Niccolò Machiavelli (1469- 1527), na filosofia política e dramaturgia. • Países Baixos: No que seria os atuais Bélgica e Holanda, desfrutavam de maior liberdade política e religiosa e contavam com uma rica burguesia mercantil. Jan van Eyck (1390-1441); Hieronymus Bosch (1450-1516); Pieter Bruegel (1525- 1569). • Da Holanda, destaca-se também Erasmo de Rotterdam (1466-1536), frade agostiniano autor de “O elogio da loucura” (1511). • Inglaterra: O renascimento transitou entre os reinados de Henrique VIII e de Elizabeth I. O Renascimento Inglês notabilizou-se por ser, sobretudo, literário, científico e filosófico, destacando nomes como: William Shakespeare (1564-1616). Christopher Marlowe (1564-1593). Thomas Morus (1478-1535). Francis Bacon (1561-1626). • França: No renascimento francês foi importante o reinado de Francisco I (1515- 1547), reinado no qual serviu, inclusive, o florentino Leonardo Da Vinci. O Rei chegou a fundar, em 1530, o Collège de France, para o debate filosófico e ensino linguístico. Destacam-se as obras de François Rabelais (1494-1553) e Michel de Montaigne (1533-1592) na literatura e ensaísmo e, destacando-se as peças satíricas de Rabelais, “Pantagruel” (1532) e "Gargantua" (1534). • Portugal e Espanha: O Renascimento Ibérico foi muito impactado, por exemplo, pelo controle da Igreja naquela região, notabilizando-se a obra literária, sobretudo. Luís de Camões (1524-1580), autor de “Os Lusíadas”. Gil Vicente (1465- 1536), destacando-se no teatro satírico. Miguel de Cervantes (1547-1616), autor de “Don Quixote de La Mancha”.
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