Buscar

NRs

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 99 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 99 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 99 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

NR’s
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-regulamentadoras-nrs
NR-6: Equipamento de Proteção Individual
NR-6: Equipamento de Proteção Individual
 
São apresentadas a seguir, a definição e aplicações conceituais acerca do tema equipamento de proteção individual, partindo da matriz normativa NR-6.
 
Definição 
Equipamento de Proteção Individual - EPI é todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho, composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
O uso deste tipo de equipamento só deverá ser feito quando não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade laboral, ou seja, quando as medidas de proteção coletiva não forem viáveis, eficientes e suficientemente capazes de atenuar os riscos, bem como quando não oferecerem a completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e relacionadas às práticas desenvolvidas na atividade laboral.
Por outro lado, existem também os equipamentos de proteção coletiva - EPC que são dispositivos utilizados no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger os trabalhadores dos riscos inerentes aos processos, tais como o enclausuramento acústico de fontes de ruído, a ventilação dos locais de trabalho, a proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos, a sinalização de segurança, dentre outros.
Assim, podemos dizer que o EPC sempre estará presente e nas circunstâncias em que não forem suficientemente capazes de promover ao trabalhador segurança, o EPI será obrigatório.
 
Características  
As características dos EPIs estão discriminadas na NR-06. Basicamente, elas existem porque eles precisam seguir um determinado padrão para que cumpram o seu papel, ou seja, o equipamento de proteção individual deve estar em total acordo com os riscos e condições de trabalho a que o trabalhador esteja exposto.
Isso significa dizer que, OBRIGATORIAMENTE, devem contar com características que atendam a essas necessidades, do contrário, poderá colocar em risco a sua eficácia no ambiente de trabalho.
Adequação às normas de fabricação é outra característica fundamental. Saber se foi realmente fabricado conforme as recomendações ou normas técnicas vigentes é responsabilidade do empregador que adquire o equipamento. Via de regra, isso é verificado a partir de testes que verificam se o material é capaz de evitar acidentes de trabalho e garantir maior segurança ao trabalhador.
Em alguns casos, o processo de verificação se dá pela conferência de certificados do fabricante, geralmente indicado por agências regulamentadoras.
É importante que os EPIs, atendam as necessidades de ergonomia e produtividade, ou seja, não basta simplesmente que previnam acidentes, mas também é importante que melhorem a capacidade laborativa do trabalhador, aumentando o seu desempenho e produtividade.
Outra característica, muitas vezes ignorada, é a formatação do layout (desenho) do ambiente, possibilitando ao trabalhador executar suas funções de maneira confortável, sem diminuir a qualidade e seu bem-estar.
Por fim, a aderência em relação a gravidade do risco, de modo que o EPI esteja em acordo com a gravidade do risco a que ele se propõe minimizar. Por exemplo, se o trabalhador desenvolve uma atividade que o expõe a ruídos, não faria sentido que lhe seja oferecido um equipamento de proteção para a cabeça. O EPI deve atuar para minimizar o risco exposto, não havendo possibilidade de equivalências.
 
EPI – Equipamentos de Proteção Individual: Aspectos Gerais
É importante também verificar a qualidade do EPI, com o objetivo de analisar se ele realmente é capaz de minimizar a gravidade do risco.
A - Origem
Embora os historiadores digam que os EPIs surgiram há séculos e que mesmo sem essa nomenclatura e regras definidas, seu conceito já era algo ligado as nossos ancestrais, eles decolaram na Revolução Industrial, sobretudo, por causa do surgimento das metalúrgicas, mineradoras e fundições.
Desse modo, a revolução industrial e também alguns fenômenos datados na Primeira Grande Guerra se apresentam como eventos transformadores para a evolução dos EPIs, pois, foram nesses cenários que os riscos ficaram evidenciados e partir daí nasce, ainda com muita timidez, alguns valores que mais tarde o mundo conheceria como cultura de conscientização para necessidade de proteção do trabalhador.
Fruto de estudos desenvolvidos por sociólogos e antropólogos, o balanço entre guerra e indústria, mostrou que grande parte da incapacitação humana acontecia no trabalho, o que levou à elaboração de medidas preventivas.
No Brasil, podemos protagonizar Getúlio Vargas, por ser o incentivador do crescimento da Indústria de Base e, com ele, os riscos ocupacionais. Isso motivou a criação do Ministério do Trabalho, em 26 de novembro de 1930, que passou a ser o órgão regulamentador de normas dessa natureza.
Todavia, essa evolução não foi rápida, seu progresso ocorria em passos lentos e marcados por eventos historicamente distantes.
1943 – APÓS 13 ANOS DE DISCUSSÃO, NASCEU A CLT, COM O INTUITO DE UNIFICAR A LEGISLAÇÃO TRABALHISTA BRASILEIRA;
1966 – CRIOU-SE A FUNDACENTRO, COM O OBJETIVO DE ESTUDAR E AVALIAR OS PRINCIPAIS PROBLEMAS TRABALHISTAS, ASSIM COMO APONTAR POSSÍVEIS SOLUÇÕES;
1978 – FORAM APROVADAS AS NORMAS REGULAMENTADORAS DE SEGURANÇA NO TRABALHO, AS FAMOSAS NRs.
B - Quem adquire
A responsabilidade de adquirir os equipamentos de proteção individual é da empresa, porém, se trata de uma via de mão dupla, pois a empresa tem a prerrogativa de cobrar do funcionário o valor do equipamento se ficar caracterizado o mau uso. Todavia, essa cobrança só será possível se o funcionário for previamente avisado e a empresa deve possuir termos de uso com essas especificações por escrito, assinado pelo funcionário.
Do contrário, pode ser considerado um abuso por parte da empresa e um desconto irregular para o funcionário. Lembrando que é usual que essa cobrança ocorra após a segunda compra fora do período de troca, prezando por uma tolerância. Assim, ao elaborar o orçamento, é importante considerar ao menos um terço acima do necessário para cobrir eventuais trocas.
C – Conservação
Ao falar em conservação, obrigatoriamente, essa matéria deve ser encarada como uma via de mão dupla, pois é de responsabilidade tanto do empregador, quanto do empregado, manter o estado de conservação do EPI para que ele atenda a finalidade proposta, qual seja, minimizar a exposição aos riscos durante o exercício de uma atividade laboral.
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, GRATUITAMENTE, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e
c) para atender a situações de emergência.
Em caso de haver particularidades, ou seja, situações extraordinárias, elas devem ser atendidas, levando em consideração cada atividade profissional, e observado o disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I desta NR.
6.4.1 As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no ANEXO I, desta NR, sejam considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora elencados, deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as conclusões submetidas àquele órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação.
6.5 Compete ao Serviço Especializadoem Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, nas empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.
D - Obrigações do empregador
É da natureza do empregador assumir o risco da atividade desenvolvida por sua empresa e, portanto, assume também os ônus decorrentes do exercício dessa atividade em questão. Em contrapartida, por explorar a atividade, também é quem goza dos resultados (lucro). Assim, ressaltamos que para que a empresa tenha alta produtividade, bom desempenho e diminuição de riscos ligados à atividade desenvolvida, os empregadores são submetidos a uma série de obrigações. São elas:
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; 
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada; e
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.
E - Obrigações do empregado
Os empregados, por outro lado, devem atender aos padrões estabelecidos na política das empresas (criados com base na legislação vigente). É importante ressaltar que, se o empregado não estiver enquadrado nesses padrões, caso venha a se acidentar, a responsabilidade da empresa pode ser afastada por negligência de conduta do funcionário.
O ideal é que haja sempre supervisão das atividades e reforço contínuo quanto aos procedimentos de segurança, que configuram as obrigações do empregado. São elas:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
F - Certificado de aprovação 
A certificação nos casos dos EPIs não simboliza apenas uma boa referência de mercado, reputação da empresa fabricante, mas uma obrigatoriedade para comercialização. Ou seja, é um atestado de qualidade do produto e um requisito para sua utilização.
Para fins de comercialização, o Certificado de Aprovação concedido aos EPI terá validade:
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;
b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o caso;
Embora esses prazos sejam os mais usuais, em algumas exceções, o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante justificativa, poderá estabelecer prazos especiais, sempre em função da atividade desenvolvida.
 
 
 
Atividade extra
Ler o texto: “ ANEXO I - LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL"
Link para a atividade :
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/nr/nr6.htm
 
Referências Bibliográficas
BARSANO, Paulo Roberto; BARBOSA, Rildo Pereira; SOARES, Suerlane Pereira da Silva. Equipamento de Segurança. São Paulo: Editora Érica, 2013.
JUNIOR, Cosmo Palasio de Moraes. Manual de Segurança e Saúde No Trabalho: Normas Regulamentadoras – NRs: Principais Legislações Trabalhistas Aplicáveis à Área de Segurança e Saúde no Trabalho. São Paulo: Difusão Editora, 2016.
PEREIRA, Alexandre Demetrius. Tratado de Segurança e Saúde Ocupacional: Aspectos Técnicos e Jurídicos – VOL. 1. São Paulo: Saraiva, 2014.
OLIVEIRA, Uanderson Rébula de. Cartilha de Equipamento de Protoção Individual. São Paulo: Saraiva, 2017.
BRASIL, Portaria MTb n.º 3.214 de 08 de junho de 1978 disponível < https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-06.pdf> acesso em 15/01/2021.
Observação: este site inclui um sistema de acessibilidade. Pressione Control-F11 para ajustar o site aos deficientes visuais que usam um leitor de tela; Pressione Control-F10 para abrir um menu de acessibilidade.
· Pressione Enter para acessar acessibilidade para cegosque usam leitores de tela
· Pressione Enter para Navegação pelo Teclado
· Pressione Enter para acessar o menu de acessibilidade
NR-9: PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
NR-9: PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
 
São apresentadas a seguir, a definição e aplicações conceituais acerca do tema de programa de prevenção de riscos ambientais, partindo da matriz normativa NR-9.
Definição e aplicação
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, através da Norma Regulamentadora 9 da Portaria 3.214/78, foi implantado pela Secretaria de Segurança do Trabalho.
O programa tem como objetivo principal a tomada de ações para garantir a saúde, segurança e integridade dos trabalhadores no ambiente de trabalho, nos locais em que haja a presença de riscos ambientais. Segundo a NR-9, estes riscos ambientais incluem agentes químicos, biológicos e físicos. Dessa forma, a NR-9 estabelece todas as condições do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, um dos documentos mais importantes que devem ser apresentados pelas empresas.
Para atender às regulamentações da NR-9, a empresa precisa implementar o PPRA no espaço físico e também em todos os métodos de trabalho. O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é essencial para garantir um ambiente mais confortável e seguro para todos os profissionais, uma vez que identifica, analisa e ajusta todos os riscos a que o funcionário pode estar exposto.
A falta da NR-9 nas empresas pode acarretar graves problemas, como multas pesadas aplicadas pelo Ministério do Trabalho e até mesmo suspensão por tempo indeterminado das atividades na empresa. A implementação do PPRA independe do número de trabalhadores ou do grau de risco, ele é OBRIGATÓRIO em todas as empresas e instituições, independentemente da sua área de atuação, bastando haver apenas a contratação de no mínimo um trabalhador regido pela CLT, para a empresa ser obrigada a desenvolver o programa.
A – Estrutura do PPRA
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura:
a. Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;
b. Estratégia e metodologia de ação;
c. Forma do registro, manutenção e divulgação dos dados; e
d. Periodicidade e forma de avaliação da eficácia do PPRA.
Sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, as etapas acima mencionadas deverão ser realizadas. Trata-se de uma análise crítica do PPRA para avaliação de sua eficácia e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de normas, metas e prioridades.
A NR-9 ainda prevê que o PPRA deverá estar descrito em um documento-base, contendo todos os aspectos estruturais mencionados. O documento-base e suas alterações e complementações deverão ser apresentados e discutidos na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a Norma Regulamentadora 5.
B - Responsabilidades
Todas as empresas que têm pelo menos um empregado contratado em regime da CLT estão dentro da obrigatoriedade de implementar o PPRA.
De acordo com a Norma Regulamentadora 9, a elaboração do PPRA é de responsabilidade do empregador, sendo necessário a indicação de um profissional de segurança que tenha capacidade para criar e implementar o programa. Normalmente, quem realiza esse trabalho é o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), entretanto, qualquer pessoa pode ser indicada.
Além disso, o empregador possui algumas outras responsabilidades, podemos citar:
a. Assegurar o cumprimento do PPRA;
b. Garantir a permanência do programa e a continuidade das atividades relacionadas a ele;
c. Indicar uma pessoa responsável pelo programa.
Todavia, as responsabilidades não são apenas dos empregadores. Os trabalhadores precisam seguir algumas regras em relação à implementação e cumprimento do PPRA, como veremos a seguir:a. Colaborar e participar da implementação e execução do PPRA;
b. Seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA;
c. Informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores.
 
C – Informações gerais
Os riscos ambientais que devem ser monitorados e minimizados por meio do PPRA são classificados como agentes físicos, biológicos, ergonômicos, químicos e de acidentes no ambiente de trabalho, sendo que sua exposição pode causar danos à saúde dos colaboradores. 
 Por agentes físicos podemos citar as vibrações, os ruídos em grande escala e temperaturas extremas. Os agentes biológicos são os fungos, bactérias e insetos que podem estar presentes no ambiente de trabalho. Os agentes ergonômicos são os movimentos repetitivos, os movimentos errados, a má postura do colaborador e o excesso de trabalho e de esforço. Os agentes químicos são os gases, vapores, poeira e neblinas. Por fim, os agentes de acidente de trabalho são as máquinas pesadas, as ferramentas e equipamentos antigos, as ferramentas e equipamentos com defeito, as correntes elétricas e animais perigosos.
É neste sentido que o PPRA deve reconhecer e antecipar os riscos que podem ser causados em seus colaboradores, sendo de essencial importância a criação de metas e de avaliação e controle. A adoção de medidas de controle e avaliação da eficácia deverão ser executadas sempre que necessário e, pelo menos uma vez ao ano
 
 
 
 
Atividade extra
Ler o texto: “Norma Regulamentadora 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais”
Link para a atividade: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr9.htm
 
Referências Bibliográficas
NOGARINI, Eliana Cristina Mariano. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais: PPRA – Auto Mecânica Mariano: Relatório. Portugal: Novas Edições Acadêmicas, 2017.
VERÍSSIMO, Cabral. NR-9 Programa de Proteção de Riscos. Joinville: Clube dos Autores, 2018.
BAPTISTA, Aline T.; BELUCI, Natália C. L.; MANTOVANI, Daniel. Aplicação da Prevenção de Riscos em Instituição de Ensino de Pesquisa: Aplicação do PPRA. Portugal: Novas edições Acadêmicas, 2018.
SALIBA, Tuffi Messias. Manual Prátivo de Higiene Ocupacional e PPRA: Avaliação e Controle dos Riscos Ambientais. São Paulo: LTR, 2005.
BRASIL, Portaria MTb nº 3.214, de 08 de junho de 1978 disponível < http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/LEGIS/CLT/NRs/NR_9.html > acesso em 18/01/2021.
Observação: este site inclui um sistema de acessibilidade. Pressione Control-F11 para ajustar o site aos deficientes visuais que usam um leitor de tela; Pressione Control-F10 para abrir um menu de acessibilidade.
· Pressione Enter para acessar acessibilidade para cegosque usam leitores de tela
· Pressione Enter para Navegação pelo Teclado
· Pressione Enter para acessar o menu de acessibilidade
NR-10: Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
NR-10: Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
 
São apresentadas a seguir, a definição e aplicações conceituais acerca do tema de segurança em instalações e serviços em eletricidade, partindo da matriz normativa NR-10.
1. Objetivos e medidas de controle
A Norma Regulamentadora nº10, que trata de Instalações e Serviços em Eletricidade, foi aprovada pela Portaria nº3.214 de 1978, entretanto, sofreu alterações através da publicação da Portaria MTE nº598, de 07 de dezembro de 2004.
A presente Norma Regulamentadora tem como objetivo principal estabelecer os requisitos e condições mínimas para garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores que estejam, direta ou indiretamente, interagindo com instalações elétricas e serviços com eletricidade. De acordo com a NR-10, suas diretrizes deverão ser aplicadas em todas as fases, incluindo as etapas previstas das instalações elétricas.
Para que as empresas estejam de acordo com a NR-10, é fundamental que em todas as intervenções em instalações elétricas sejam adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, através de técnicas de análise de risco, com o objetivo de garantir a segurança e a saúde no trabalho.
Destaca-se que as medidas de controle adotadas devem estar em conjunto com as demais iniciativas da empresa, no âmbito da preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente de trabalho. Além disso, é imprescindível que as empresas mantenham esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção.
Nesse seguimento, ressalta-se que os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW, devem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, além dos esquemas citados anteriormente, no mínimo: conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes; documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos; especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR; documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados; resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva; certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; e relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações e cronogramas de adequações.
O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade. Ressalta-se que os documentos técnicos previstos neste prontuário devem ser elaborados por um profissional legalmente habilitado.
Para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, é fundamental que em todos os serviços executados em instalações elétricas estejam previstas as medidas de proteção coletivas aplicáveis, mediante procedimentos que compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança, caso nenhuma das medidas possam ser adotadas, é imprescindível a utilização de outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento automático.
Caso as medidas de proteção coletiva sejam tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR-6, que trata sobre a utilização de equipamento de proteção individual. Nesse sentido, as vestimentas devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas, sendo vedada a utilização de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades.
 
2. Segurança em projetos: construção, montagem, operação e manutenção
Para que o trabalho seja efetuado com a melhor qualidade possível, de forma a viabilizar a saúde no ambiente de trabalho, bem como aumentar a segurança dos trabalhadores, é fundamental que os projetos sejam realizados de uma forma segura, além de também proporcionar aos trabalhadores iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, a fim de garantir um bom ambiente de trabalho.
Nesse sentido, os projetos de instalações elétricas devem, obrigatoriamente, especificar dispositivos de desligamento de circuitos que possuam recursos para impedimento de reenergização, para sinalização de advertência com indicação da condição operativa, além disso, o projeto, na medida do possível, deve prever a instalação de dispositivo de seccionamento de ação simultânea, que permita a aplicação de impedimento de reenergização do circuito.É imprescindível que seja respeitado o espaço de instalação, além de que os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como: comunicação, sinalização, controle e tração elétrica devem ser identificados e instalados separadamente, salvo quando o desenvolvimento tecnológico permitir compartilhamento, respeitadas as definições de projetos.
O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, logo, todo projeto deve prever condições para adoção de aterramento temporário. Além disso, o projeto das instalações elétricas deve ficar à disposição dos trabalhadores autorizados, das autoridades competentes e de outras pessoas autorizadas pela empresa e deve ser mantido atualizado, além de que o projeto elétrico deve atender ao que dispõe as Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança no Trabalho e ser assinado por um profissional legalmente habilitado.
Por fim, é fundamental a adoção de todos os procedimentos necessários para que as instalações elétricas sejam construídas, montadas, operadas, reformadas, ampliadas, reparadas e inspecionadas de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e dos usuários. Por conta disso, nos trabalhos e nas atividades relacionadas com o presente tema, devem ser adotadas medidas preventivas destinadas ao controle de riscos adicionais.
Assim, nos locais de trabalho que contenham instalações elétricas, só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica já existente, sendo válido destacar que aqueles que possuem isolamento elétrico devem estar adequados às tensões envolvidas. Para que a segurança e saúde dos trabalhadores sejam respeitadas, é fundamental que as instalações elétricas sejam mantidas em condições seguras de funcionamento e seus sistemas sejam inspecionados e controlados periodicamente.
 
3. Instalações elétricas: energizadas e desernegizadas
Para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, as intervenções em instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 Volts em corrente alternada ou superior a 120 Volts em corrente contínua, somente podem ser realizadas por trabalhadores que atendam os requisitos de habilitação, qualificação, capacitação e autorização. Nesse sentido, os trabalhadores que atendem esses requisitos devem receber treinamento de segurança para trabalhos com instalações elétricas energizadas, de acordo com o estabelecido pelo Anexo III da NR-10.
Os trabalhos que exigem o ingresso na zona controlada devem ser realizados mediante procedimentos específicos respeitando as distâncias previstas no Anexo II da NR-10. Nesse sentido, os serviços realizados em instalações energizadas devem ser imediatamente suspensos na iminência de ocorrência que possa colocar os trabalhadores em perigo.
Por fim, sempre que alguma inovação tecnológica for implementada, devem ser elaboradas análises de risco, desenvolvidas com circuitos desenergizados e, respectivos procedimentos de trabalho, bem como o responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível.
Somente serão consideradas instalações desenergizadas as instalações elétricas que obedeçam os seguintes requisitos: seccionamento, impedimento de reenergização, constatação da ausência de tensão, instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos, proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada e a instalação da sinalização de impedimento de reenergização.
Para que haja a reenergização da instalação, é fundamental que seja respeitada a seguinte sequência de procedimentos: retirada de ferramentas, utensílios e equipamentos, retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo de reenergização, remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais, remoção da sinalização de impedimento de reenergização e, por fim, destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento.
 
4. Tipos de trabalho
A. Alta tensão
Para garantir a segurança dos trabalhadores, todos aqueles que intervenham em instalações elétricas energizadas com alta tensão, que exerçam suas atividades dentro dos limites estabelecidos como zonas controladas e de risco, devem atender aos requisitos de habilitação, qualificação, capacitação e autorização. Nesse sentido, os trabalhadores devem receber treinamento de segurança, específico em segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas proximidades.
Os serviços que envolvem alta tensão, bem como aqueles executados no Sistema Elétrico de Potência não poderão ser realizados de forma individual e somente poderão ser realizados mediante ordem de serviço específica para data e local, assinada por superior responsável pela área. Antes de iniciar o trabalho, o superior imediato e a equipe devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança em eletricidade aplicáveis ao serviço.
Além disso, a fim de viabilizar a segurança dos trabalhadores, a intervenção em instalações elétricas energizadas em alta tensão dentro dos limites estabelecidos como zona de risco, somente pode ser realizada mediante a desativação, também conhecida como bloqueio, dos conjuntos e dispositivos de religamento automático do circuito, sistema ou equipamento. Destaca-se que os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes, destinados ao trabalho em alta tensão, devem ser submetidos a testes elétricos ou ensaios de laboratório periódicos.
Por fim, Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em alta tensão, bem como aqueles envolvidos em atividades no Sistema Elétrico de Potência devem dispor de equipamento que permita a comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de operação durante a realização do serviço.
B. Incêndio e Explosão
Em respeito à integridade física dos trabalhadores, bem como à saúde e segurança, as áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas de proteção contra incêndio e explosão, de acordo com a NR-23.
Todos os equipamentos utilizados, bem como materiais, peças, dispositivos e sistemas destinados a aplicações em instalações elétricas em ambientes com atmosferas potencialmente explosivas, devem ser avaliados no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.
É imprescindível que os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática tenham proteção específica e dispositivos de descarga elétrica. Nesse sentido, as instalações elétricas realizadas em áreas classificadas ou sujeitas a risco de incêndio ou explosão devem ser feitas para garantir a segurança do trabalhador, nesse seguimento, devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.
 
5. Permissões do trabalhador
Para que o trabalhador exerça a atividade de forma segura, é fundamental que a empresa estabeleça um sistema de identificação que permita a qualquer tempo conhecer a abrangência de autorização de cada trabalhador, nesse sentido, os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem ter essa condição consignada no sistema de registro de empregado da empresa, como também os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem ser submetidos à exame de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas, realizado em conformidade com a NR-7 e registrado em seu prontuário médico.
Para manter as boas condições de trabalho, bem como a segurança dos trabalhadores, será necessário a realização de treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas, bemcomo deverá ser realizado um treinamento de reciclagem bienal ou sempre que ocorrer uma das seguintes situações: troca de função ou mudança de empresa,  retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a três meses e, por fim, modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos, processos e organização do trabalho.
Por fim, destaca-se que os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento específico de acordo com o risco envolvido.
A. Habilitação
Considera-se profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe.
B. Qualificação
Considera-se trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino.
C. Capacitação
Considera-se trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições, simultaneamente:  receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado e trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.
D. Autorização
Considera-se trabalhador autorizado todos aqueles qualificados ou capacitados e os profissionais habilitados, com anuência formal da empresa.
 
6.  Procedimentos do trabalho
Os serviços realizados em instalações elétricas devem ser planejados e realizados de acordo com procedimentos de trabalho específicos e adequados, sendo válido destacar que os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço especificas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho a serem adotados. 
Além disso, os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base técnica, competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações finais. Bem como toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado e em condições de exercer a supervisão e condução dos trabalhos.
Por fim, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho, a equipe deve realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no local, de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço.
A. Sinalização de segurança
Para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao disposto na NR-26 - Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre outras, as situações a seguir: identificação de circuitos elétricos; travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos; restrições e impedimentos de acesso; delimitações de áreas; sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação de cargas; sinalização de impedimento de energização; e identificação de equipamento ou circuito impedido.
B. Situação de emergência
A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas atividades, disponibilizando os meios para a sua aplicação, bem como as ações de emergência que envolvam as instalações ou serviços com eletricidade devem constar no plano de emergência da empresa.
Nesse sentido, os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e prestar primeiros socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardiorrespiratória, assim como devem estar aptos a manusear e operar equipamentos de prevenção e combate a incêndio existentes nas instalações elétricas.
C. Responsabilidades
As responsabilidades são solidárias aos contratantes e contratados envolvidos, sendo responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores informados sobre os riscos que estarão expostos ao realizar as atividades, bem como instruí-los quanto aos procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem adotados.
A empresa deverá, obrigatoriamente, propor e adotar medidas corretivas para evitar a ocorrência de acidentes de trabalho.
Nesse sentido, o trabalhador deve zelar pela sua saúde e segurança e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho, bem como responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde e, por fim, comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas.
 
 
 
Atividade extra
Ler o texto: “ ANEXO I – ZONA DE RISCO E ZONA CONTROLADA
Link para a atividade: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr10_anexoI.htm
 
 
Referências Bibliográficas
BARROS, Benjamim Ferreira de; PINHEIRO, Sônia Regina; GEDRA, Ricardo Luis; BORELLI, Reinaldo; GUIMARÃES, Elaine Cristina de Almeida. NR-10: Guia Prático de Análise E Aplicação. São Paulo: Editora Érica, 2017.
CAVALIN, Geraldo; CERVELIN, Severino. Instalações Elétricas Prediais. São Paulo: Editora Érica. 2017.
ESTEVES, Árina Aline de Antoni Amantéa. NR-10. Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Bauru/SP: Viena. 2014.
SENAI, SP. NR 10: Segurança em Instalação e Serviços em Eletricidade: Reciclagem. São Paulo: Editora Senai, 2018.
Observação: este site inclui um sistema de acessibilidade. Pressione Control-F11 para ajustar o site aos deficientes visuais que usam um leitor de tela; Pressione Control-F10 para abrir um menu de acessibilidade.
· Pressione Enter para acessar acessibilidade para cegosque usam leitores de tela
· Pressione Enter para Navegação pelo Teclado
· Pressione Enter para acessar o menu de acessibilidade
NR-12: Máquinas e Equipamentos
NR-12: Máquinas e Equipamentos
 
São apresentadas, a seguir, a definição e aplicações conceituais acerca do tema de máquinas e equipamentos, partindo da matriz normativa NR-12.
Definição 
A Norma Regulamentadora 12 foi criada em 1978, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, e tem como objetivo garantir que máquinas e equipamentos sejam seguros para o uso do trabalhador. A NR-12 exige informações completas sobre todo o ciclo de vida de máquinas e equipamentos, incluindo transporte, instalação, utilização e até mesmo sua eliminação ao final da vida útil.
Dentre as 36 normas reguladoras existentes, a Norma Regulamentadora 12 é a mais extensa e uma das mais importantes da Consolidação de Leis Trabalhistas, tendo passado por várias atualizações com o decorrer dos anos, conforme ocorria o desenvolvimento da indústria nacional, sendo que a última alteração ocorreu com a Portaria nº 916, do Ministério da Economia, em julho de 2019.
A – Princípios Gerais
A Norma Reguladora 12 nasceu da necessidade de adoção de medidas de segurança no ambiente de trabalho, a fim de proteger a saúde do empregado durante o labor. Assim, esta norma estabeleceu que é responsabilidade do empregador adotar todas as medidas de segurança cabíveis para a proteção e uso dos equipamentos no ambiente de trabalho.
Com efeito, o direito à saúde advém do artigo 6º, da Constituição Federal, sendo considerada como um direito fundamental ao cidadão. Este direito fundamental deve ser assegurado em todos os ambientes, inclusive o ambiente de trabalho, tendo em vista a possibilidade de ocorrer acidente de trabalho em decorrência do exercício do labor.
A Norma Reguladora 12 visa a manutenção dos direitos e dignidade do trabalhador dentro de seu ambiente de trabalho, de modo que possa realizá-lo com segurança.
Desta forma, podemos afirmar que a Norma Reguladora 12 criou as medidas de proteção em cima de três pilares: medidas de proteção coletiva; medidas de proteção administrativa ou de organização de trabalho e; medidas de proteção individual.
Não obstante, os objetivos da Norma Reguladora 12 são: manter a segurança do trabalhador; realizar melhorias das condições de trabalho em prensas e similares, injetoras, máquinas e equipamentos de uso geral, e demais anexos e; fazer com quemáquinas e equipamentos sejam intrinsecamente seguros.
B – Arranjos físicos, instalações, meios de acesso permanente e manutenção
Os arranjos físicos podem ser conceituados como planejamento da organização estrutural das instalações da empresa, ou seja, o posicionamento do recurso. É um processo de construção de um ambiente de trabalho mais produtivo, confortável e seguro, garantindo um melhor desempenho dos funcionários. Ainda, um arranjo físico também fornece um ambiente de trabalho mais seguro.
Um arranjo físico inadequado pode comprometer a qualidade do trabalho, além de influenciar na produtividade do trabalho, sendo prejudicial como um todo.
A Norma Reguladora 12 descreve como deve ocorrer o planejamento do arranjo físico, determinando as medidas mínimas de proteção para a preservação da saúde e integridade física dos funcionários, tais como: demarcação de máquinas e equipamenos para melhor circulação, manutenção de áreas de circulação desobstruídas, armazenamento correto de materiais, sinalização adequada e limpeza dos ambientes.
Quanto aos meios de acesso, estes são de extrema importância, pois são considerados os meios pelos quais os funcionários e demais pessoas irão acessar o local das máquinas e equipamentos, por exemplo, por meio de elevadores, rampas, entre outros. Para estes acessos, a NR-12 estabelece ângulos de lances dos acessos, sendo eles de 0ºC a 20ºC, sendo que as rampas também devem possuir estes mesmos ângulos.
Vejamos a disposição da NR-12 sobre os meios de acesso permanente:
12.64. As máquinas e equipamentos devem possuir acessos permanentes fixados e seguros a todos os seus pontos de operação, abastecimento, inserção de matérias-primas e retirada de produtos trabalhados, preparação, manutenção e intervenção consistente.
12.64.1. Consideram-se meios de acesso elevadores, rampas, passarelas, plataformas ou escadas de degrau.
12.64.2. Na impossibilidade técnica de adoção dos meios previstos no subitem 12.64.1., poderá ser utilizada escada fixa tipo marinheiro.
12.64.3. Nas máquinas e equipamentos, os meios de acesso permanentes devem ser localizados e instalados de modo a prevenir riscos de acidente e facilitar o seu acesso e utilização dos trabalhadores. (BRASIL, NR 12)
Quanto à manutenção das máquinas e equipamentos, os mesmos devem passar por manutenções preventivas e corretivas, de forma periodica e determinada pelo fabricante, obedecendo as normas oficiais vigentes.
As instalações elétricas das máquinas e equipamentos devem ser projetadas e mantidas de modo a prevenir, por meios seguros, os perigos de choques elétricos, incêndio, explosão e outros tipos de acidentes, conforme previsto na NR.
Por fim, as manutenções preventivas que objetivam a redução de acidentes, devem ser planejadas e efetuadas por um profissional legalmente habilitado.
C – Dispositivos de partida, acionamento e parada de dispositivos elétricos e pressurizados
Os dispositivos de partida são um controle mecânico para o acionamento de máquinas, o qual está definidos pela NR-12. Ainda, o dispositivo de parada também é um controle mecânico que irá pausar determinada máquina ou equipamento de trabalho.
De acordo com a NR-12, estes dispositivos não podem se localizar em zonas perigosas, assim como também podem ser acionados por terceiros em caso de emergência.
Conforme prevê a NR-12:
12.24. Os dispositivos de partida, acionamento e parada da máquina devem ser projetados, selecionados e instalados de modo que:
a) Não se localizem em suas zonas perigosas;
b) possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador;
c) impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por qualquer outra forma acidental;
d) não acarretem riscos adicionais; e
e) não possam ser burlados.
12.25. Os comandos de partida ou acionamento das máquinas devem possuir dispositivos que impeçam seu funcionamento automático ao serem energizados. (BRASIL, NR 12)
                 O dispositivo deve impedir o acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou qualquer outra forma acidental. Não obstante, esses dispositivos não podem causar riscos adicionais e também não podem ser burlados.
Nos dispositivos de acionamento, não pode haver comando que faça com que a máquina trabalhe automaticamente. E, os dispositivos devem estar sob monitoramento de segurança, deve possuir sistemas que diminuam a ocorrência de um acidente.
Já quanto aos dispositivos de pressurização, estes devem possuir medidas adicionais de proteção para diminuir os impactos mecânicos e outros agentes agressivos. Para a diminuição de tal impacto, devem ser utilizadas mangueiras, tubulações e demais componentes pressurizados.
D- Sistemas de Segurança e parada de emergência, sinalização e manuais
Os sistemas de segurança são necessários nas zonas de perigo das máquinas e equipamentos, sendo caracterizados por proteções fixas, móveis e dispositivos de segurança interligados que garantam a proteção à saúde e à integridade física dos funcionários.
O sistema de segurança irá variar de acordo com a máquina e equipamento, entretanto, todos devem atender os seguintes requisitos: possuir categoria de segurança conforme as normas técnicas vigentes; estar sob responsabilidade técnica de um profissional legalmente habilitado; não pode ocorrer a neutralização ou burla do sistema de segurança; o sistema deve manter a máquina e/ou equipamento em vigilância automática e contínua e; devem possuir conformidade técnica do sistema de comando com o sistema que é integrado.
Ainda, a NR-12 proíbe nas máquinas e equipamentos:
12.21. São proibidas nas máquinas e equipamentos:
a. A utilização de chave geral como dispositivo de partida e parada;
b. A utilização de chaves tipo faca nos circuitos elétricos; e
c. A existência de partes energizadas expostas de circuito que utilizam energia elétrica.
12.22. As baterias devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança:
a) localização de modo que sua manutenção e troca possam ser realizadas facilmente a partir do solo ou de uma plataforma de apoio;
b) constituição e fixação de forma a não haver deslocamento acidental; e
c) proteção do terminal positivo, a fim de prevenir contato acidental e curto-circuito.
12.23. Os serviços e substituições de baterias devem ser realizados conforme indicação constante do manual de operação. (BRASIL, NR 12)
Ainda, os sistemas de segurança deverão observar as características próprias de cada máquina, realizando uma prévia análise de riscos prevista nas normas técnicas oficiais vigentes, além de estar sob a responsabilidade técnica de um profissional legalmente habilitado.
Nos casos de parada da máquina, o sistema de segurança deve manter o estado da máquina seguro, de modo a não prejudicar a saúde do trabalhador. Ainda, as máquinas só podem operar quando o sistema de segurança estiver fechado.
Quanto à parada de emergência, as máquinas e equipamentos devem ser equipados com um dispositivo de parada de emergência, o qual deve ser utilizado para evitar situações de risco. Este dispositivo não deve ser utilizado da mesma forma que um dispositivo de início ou parada.
Destaque-se que a utilização da parada de emergência é excepcional, somente nos casos necessários, sendo que a NR-12 preceitua a necessidade de utilizar uma chave juntamente com o dispositivo de parada.
As máquinas e equipamentos devem possuir uma sinalização de segurança, assim como as instalações em que se encontram, buscando advertir terceiros sobre os riscos a que estão expostos. A sinalização compreende a utilização de cores, símbolos, inscrições, sinais luminosos, entre outros. A sinalização deve ser adotada em toda vida útil da máquina.
Conforme prevê a NR-12:
12.116. As máquinas e equipamentos, bem como as instalações em que se encontram, devem possuir sinalização de segurança para advertir os trabalhadores e terceiros sobre os riscos a que estão expostos, as instruções de operação e manutenção e outras informações necessárias para garantir a integridade física e a saúde dos operadores.
[...]12.117. A sinalização de segurança deve conter:
a) ficar destacada na máquina ou equipamento;
b) ficar em localização claramente visível; e
c) ser de fácil compreensão.  (BRASIL, NR 12)
Por fim, as máquinas e equipamentos devem possuir manual de instrução que deve estar juntamente com elas, sendo fornecido pelo fabricante, com as informações sobre a utilização da máquina e sua segurança.
Os manuais devem ser escritos em língua portuguesa, ser claros, objetivos, sem ambiguidades, contradições ou obscuridades. Os manuais também devem conter informações sobre as máquinas e equipamentos, além de informações sobre o fabricante.
 
 
 
 
Atividade extra
 
Ler o texto: “Segurança do trabalho em utilização de equipamentos de qualquer natureza”
Link para a atividade: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr12.htm
 
Referências B​ibliográficas
SANTOS JR., Joubert Rodrigues do; ZANGIROLAMI, Márcio José. Segurança em Máquinas e Equipamentos. São Paulo: Érica, 2015.
CAMISASSA. Mara Queiroga. Segurança e Saúde no Trabalho – NRS 1 A 37. São Paulo: Método, 2019.
VIEIRA. Valmir Inácio. Os Acidentes do Trabalho na Nova NR-12. São Paulo: LTR, 2016.
SHERIQUE. Jaques. NR-12: Passo a Passo Para Implantação. São Paulo: LTR, 2016.
BRASIL, 09 de junho de 2006. disponível <https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-916-de-30-de-julho-de-2019-208028740> acesso em 15/01/202.
 Observação: este site inclui um sistema de acessibilidade. Pressione Control-F11 para ajustar o site aos deficientes visuais que usam um leitor de tela; Pressione Control-F10 para abrir um menu de acessibilidade.
· Pressione Enter para acessar acessibilidade para cegosque usam leitores de tela
· Pressione Enter para Navegação pelo Teclado
· Pressione Enter para acessar o menu de acessibilidade
NR-13: Caldeiras e Vasos de Pressão
NR-13: Caldeiras e Vasos de Pressão
 
São apresentadas a seguir, a definição e aplicações conceituais acerca do tema de caldeiras, vasos de pressão e suas tubulações, partindo da matriz normativa NR-13.
 
1. Disposições gerais
A Norma Regulamentadora nº13, que trata sobre Caldeiras e Vasos de Pressão foi aprovada pela Portaria nº3.214 de 1978, contudo, sofreu alterações através da publicação da Portaria MTE nº594 de 28 de abril de 2014.
A presente Norma Regulamentadora tem como objetivo principal estabelecer os requisitos mínimos para gestão da integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão e suas tubulações de interligação nos aspectos relacionados à instalação, inspeção, operação e manutenção, visando a saúde e segurança dos trabalhadores. Sendo fundamental destacar que cabe ao empregador adotar as medidas previstas nesta NR.
Será considerado condição de risco grave e iminente (RGI) o não cumprimento de qualquer item previsto nesta NR que possa causar acidente ou doença relacionada ao trabalho, com lesão grave à integridade física do trabalhador, especialmente a operação de equipamentos abrangidos por esta NR sem dispositivos de segurança ajustados com pressão de abertura igual ou inferior à pressão máxima de trabalho admissível, o atraso na inspeção de segurança periódica das caldeiras, ausência de dispositivo operacional de controle do nível de água de caldeira, bem como outros estabelecimentos previstos nesta NR.
No que diz respeito à inspeção de segurança periódica das caldeiras, esta poderá ser postergada em até 6 meses do prazo previsto para a sua realização, caso ocorra motivo de força maior e com justificativa formal do empregador, acompanhada por análise técnica e respectivas medidas de contingência para mitigação de riscos, elaborada por Profissional Habilitado ou por grupo multidisciplinar por ele coordenado. Caso ocorra a postergação, o empregador deve comunicar ao sindicato de trabalhadores da categoria predominante no estabelecimento a sua justificativa formal.
A análise técnica e respectivas medidas de contingência para mitigação de riscos serão elaboradas por Profissional Habilitado, que é aquele que tem competência legal para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades referentes ao projeto de construção, acompanhamento de operação e da manutenção, inspeção e supervisão de caldeiras, vasos de pressão e tubulações.
É imprescindível que todos os reparos ou alterações em equipamentos abrangidos por esta NR estejam compatíveis com os códigos de projeto e pós-construção e as prescrições do fabricante no que se refere a: materiais, procedimentos de execução, procedimentos de controle de qualidade e qualificação e certificação profissional.
O Profissional Habilitado, de forma substitutiva aos códigos de projeto, poderá utilizar tecnologias de cálculo ou procedimentos mais avançados.
Os projetos de alteração ou reparo (PAR) devem ser concebidos previamente nas seguintes situações: sempre que as condições de projeto forem modificadas e sempre que forem realizados reparos que possam comprometer a segurança. Nesse sentido, o PAR deve ser concebido ou aprovado pelo Profissional Habilitado, deve determinar materiais, procedimentos de execução, controle de qualidade e qualificação de pessoal e, por fim, ser divulgado para os empregados do estabelecimento que estão envolvidos com o equipamento.
Todas as intervenções que exijam mandrilhamento ou soldagem em partes que operem sob pressão, devem ser objetos de exames ou testes para controle de qualidade, ademais, os sistemas de controle e segurança das caldeiras e dos vasos de pressão devem ser submetidos à manutenção preventiva ou preditiva, assim, o empregador tem a obrigação de garantir que os exames e testes em caldeiras, vasos de pressão e tubulações sejam executados em condições de segurança para seus executantes e demais trabalhadores envolvidos.
Caso ocorra vazamento, incêndio ou explosão envolvendo equipamentos abrangidos nesta NR, que tenha como consequências, a morte de trabalhador(es), acidentes que implicaram em necessidade de internação hospitalar de trabalhador(es) e eventos de grande proporção, o empregador deverá comunicar ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego e ao sindicato da categoria profissional predominante no estabelecimento. Nesse sentido, os trabalhadores devem interromper suas tarefas, exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou de outras pessoas, sendo necessária a comunicação ao superior hierárquico.
Por fim, é dever dos empregadores a garantia aos trabalhadores do direito de interromper suas atividades e diligenciar de imediato as medidas cabíveis para controle dos riscos.
 
2. Caldeiras
 
Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, projetando conforme códigos pertinentes, executando-se refervedores e similares. Nesse sentido, é possível encontrar três tipos de categorias de caldeiras, sendo: categoria A, que são aquelas cuja pressão de operação é igual ou superior a 1960 kPa (19,98 kgf/cm2); categoria C, que são aquelas cuja pressão de operação é igual ou inferior a 588 kPa (5,99 kgf/cm2) e o volume interno é igual ou inferior a 100 l (cem litros) e, por fim, categoria B, que são todas aquelas que não se encaixam na categoria A ou C.
Para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, é imprescindível que as caldeiras possuam os seguintes itens: válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior a Pressão Máxima de Trabalho Admitida (PMTA), considerados os requisitos do código de projeto relativos a aberturas escalonadas e tolerâncias de calibração; instrumento que indique a pressão do vapor acumulado; injetor ou sistema de alimentação de água independente do principal que evite o superaquecimento por alimentação deficiente, acima das temperaturas de projeto, de caldeiras de combustível sólido não atomizado ou com queima em suspensão; sistema dedicado de drenagem rápida de água em caldeiras de recuperação de álcalis, com ações automáticas após acionamento pelo operador e, por fim,sistema automático de controle do nível de água com intertravamento que evite o superaquecimento por alimentação deficiente.
Ademais, todas as caldeiras devem possuir afixada em seu corpo, de forma visível, placa de identificação indelével com as seguintes informações: nome do fabricante; número de ordem dado pelo fabricante da caldeira; ano de fabricação; pressão máxima de trabalho admissível; pressão de teste hidrostático de fabricação; capacidade de produção de vapor; área de superfície de aquecimento; código de projeto e ano de edição, bem como deverá possuir, além da placa de identificação, a categoria da caldeira.
Além disso, para que a instalação seja efetuada com sucesso, toda caldeira deve possuir no estabelecimento em que for instalada o prontuário da caldeira, fornecido por seu fabricante, contendo as seguintes informações:
- Código de projeto e ano de edição;
- Especificação dos materiais;
- Procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final;
- Metodologia para estabelecimento da PMTA;
- Registros da execução do teste hidrostático de fabricação;
- Conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da vida útil da caldeira;
- Características funcionais;
- Dados dos dispositivos de segurança;
- Ano de fabricação;
- Categoria da caldeira;
- Registro de Segurança
- Projeto de Instalação
- PAR
- Relatórios de inspeção
- Certificados de calibração dos dispositivos de segurança.
Em relação ao Registro de Segurança, destaca-se que este deverá ser constituído por livro de páginas numeradas, pastas ou sistema informatizado com confiabilidade equivalente a onde serão registradas: todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de segurança da caldeira e as ocorrências de inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária, devendo constar a condição operacional da caldeira, o nome legível e assinatura de Profissional Habilitado (PH) e do operador de caldeira presente na ocasião da inspeção. Nesse sentido, caso a caldeira venha a ser inadequada para uso, o Registro de Segurança deverá conter as informações necessárias a respeito de sua inadequação, bem como receber encerramento formal.
O Profissional Habilitado terá responsabilidade sobre o projeto de instalação de caldeiras a vapor, sendo fundamental que a instalação garanta a saúde, segurança e integridade física dos trabalhadores. Nesse sentido, a instalação de caldeiras deve ser realizada em casa de caldeiras ou em local específico para tal fim, denominado área de caldeiras.
Caso a instalação ocorra em área aberta, é fundamental que a área de caldeiras preencha os seguintes requisitos: estar afastada de, no mínimo, 3 m (três metros) de:
- Outras instalações do estabelecimento;
- De depósitos de combustíveis, excetuando-se reservatórios para partida com até 2000 l (dois mil litros) de capacidade;
- Do limite de propriedade de terceiros;
- Do limite com as vias públicas;
- Dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente desobstruídas, sinalizadas e dispostas em direções distintas;
- Dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da caldeira, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas;
- Ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes da combustão, para fora da área de operação atendendo às normas ambientais vigentes;
- Dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;
- Ter sistema de iluminação de emergência caso opere à noite.
Por outro lado, caso a instalação da caldeira ocorra em ambiente fechado, a casa de caldeiras deve preencher os seguintes requisitos:
- Constituir prédio separado, construído de material resistente ao fogo, podendo ter apenas uma parede adjacente a outras instalações do estabelecimento, porém com as outras paredes afastadas de, no mínimo, 3 m (três metros) de outras instalações, do limite de propriedade de terceiros, do limite com as vias públicas e de depósitos de combustíveis, excetuando-se reservatórios para partida com até 2000 l (dois mil litros) de capacidade;
- Dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente desobstruídas, sinalizadas e dispostas em direções distintas;
- Dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas;
- Dispor de sensor para detecção de vazamento de gás quando se tratar de caldeira a combustível gasoso;
- Não ser utilizada para qualquer outra finalidade;
- Dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da caldeira, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas;
- Ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes da combustão, para fora da área de operação, atendendo às normas ambientais vigentes;
- Dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes e ter sistema de iluminação de emergência.
Entretanto, caso o estabelecimento não atender aos requisitos trabalhados, deverá ser elaborado um projeto alternativo de instalação, com medidas complementares de segurança, que permitam a atenuação dos riscos, sendo necessária a comunicação prévia à representação sindical dos trabalhadores predominantes do estabelecimento.
Para viabilizar a compreensão dos trabalhadores, toda caldeira deve possuir manual de operação atualizado, em língua portuguesa, em local de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo:
- Procedimentos de partidas e paradas;
- Procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;
- Procedimentos para situações de emergência;
- Procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio ambiente.
Nesse sentido, para garantir a segurança dos trabalhadores, os instrumentos e controles de caldeiras devem ser mantidos calibrados e em boas condições operacionais. Destaca-se também que toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob operação e controle de operador de caldeira, que será a pessoa que satisfizer o disposto no item A do Anexo I desta NR.
As caldeiras devem ser submetidas a inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária, a inspeção de segurança inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da entrada em funcionamento, no local de operação, devendo compreender exame interno, seguido de teste de estanqueidade e exame externo.
As caldeiras devem obrigatoriamente ser submetidas a Teste Hidrostático (TH) em sua fase de fabricação, com comprovação por meio de laudo assinado por PH, e ter o valor da pressão de teste afixado em sua placa de identificação.
A inspeção de segurança periódica, constituída por exames interno e externo, deve ser executada nos seguintes prazos máximos:
- 12 (doze) meses para caldeiras das categorias A, B e C;
- 15 (quinze) meses para caldeiras de recuperação de álcalis de qualquer categoria;
- 24 (vinte e quatro) meses para caldeiras da categoria A, desde que aos 12 (doze) meses sejam testadas as pressões de abertura das válvulas de segurança.
Entretanto, estabelecimentos que possuam Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos - SPIE, conforme estabelecido no Anexo II, podem estender seus períodos entre inspeções de segurança, respeitando os seguintes prazos máximos:
- 24 (vinte e quatro) meses para as caldeiras de recuperação de álcalis;
- 24 (vinte e quatro) meses para as caldeiras das categorias B e C;
- 30 (trinta) meses para caldeiras da categoria A;
- 40 (quarenta) meses para caldeiras especiais conforme, definição no item 13.4.4.6.
Ao completar 25 (vinte e cinco) anos de uso, na sua inspeção subsequente, as caldeiras devem ser submetidas a uma avaliação de integridade com maior abrangência para determinar a sua vida remanescente e novos prazos máximos para inspeção, caso ainda estejam em condições de uso. Ademais, as válvulas de segurança instaladas em caldeiras devem ser inspecionadas periodicamente conforme segue:
- pelo menos 1 (uma) vez por mês, mediante acionamento manual da alavanca, em operação, para caldeiras das categorias B e C, excluídas as caldeiras que vaporizem fluido térmicoe as que trabalhem com água tratada;
- as válvulas flangeadas ou roscadas devem ser desmontadas, inspecionadas e testadas em bancada, e, no caso de válvulas soldadas, feito o mesmo no campo, com uma frequência compatível com o histórico operacional das mesmas, sendo estabelecidos como limites máximos para essas atividades os períodos de inspeção estabelecidos para caldeiras de categorias A e B.
É fundamental estabelecer que a inspeção de segurança deve ser realizada sob a responsabilidade técnica de PH, ademais, imediatamente após a inspeção da caldeira, deve ser anotada no seu Registro de Segurança a sua condição operacional, e, em até 60 (sessenta) dias, deve ser emitido o relatório, que passa a fazer parte da sua documentação, podendo este prazo ser estendido para 90 (noventa) dias em caso de parada geral de manutenção.
Por fim, em todos os presentes temas que serão abordados neste estudo, as recomendações decorrentes da inspeção devem ser registradas e implementadas pelo empregador, com a determinação de prazos e responsáveis pela execução.
 
3. Vasos de pressão
Considera-se vasos de pressão os equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou externa, diferente da atmosférica. Nesse sentido, os vasos de pressão são classificados em categorias segundo a classe de fluido e o potencial de risco.
a) Os fluidos contidos nos vasos de pressão são classificados conforme descrito a seguir:
Classe A:
- Fluidos inflamáveis;
- Fluidos combustíveis com temperatura superior ou igual a 200 ºc (duzentos graus celsius);
- Fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 (vinte) partes por milhão (ppm);
- Hidrogênio;
- Acetileno.
Classe B:
- Fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200 ºC (duzentos graus Celsius);
- Fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 (vinte) partes por milhão (ppm).
Classe C:
- Vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido.
Classe D:
- Outro fluido não enquadrado acima.
b) Quando se tratar de mistura deverá ser considerado para fins de classificação o fluido que apresentar maior risco aos trabalhadores e instalações, considerando-se sua toxicidade, inflamabilidade e concentração.
c) Os vasos de pressão são classificados em grupos de potencial de risco em função do produto P.V, onde P é a pressão máxima de operação em MPa e, V o seu volume em m3, conforme segue:
Grupo 1 - P.V = 100
Grupo 2 - P.V < 100 e P.V = 30
Grupo 3 - P.V < 30 e P.V = 2,5
Grupo 4 - P.V < 2,5 e P.V = 1
Grupo 5 - P.V < 1
d) Vasos de pressão que operem sob a condição de vácuo devem se enquadrar nas seguintes categorias:
- Categoria I: para fluidos inflamáveis ou combustíveis;
- Categoria V: para outros fluidos.
A fim de garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, os vasos de pressão devem ser dotados dos seguintes itens:
- Válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior à PMTA, instalado diretamente no vaso ou no sistema que o inclui, considerados os requisitos do código de projeto relativos a aberturas escalonadas e tolerâncias de calibração;
- Meios utilizados contra o bloqueio inadvertido de dispositivo de segurança quando este não estiver instalado diretamente no vaso;
- Instrumento que indique a pressão de operação, instalado diretamente no vaso ou no sistema que o contenha.
Assim como as caldeiras trabalhadas acima, todo vaso de pressão deve ter afixado em seu corpo, em local de fácil acesso e bem visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações:
- Fabricante;
- Número de identificação;
- Ano de fabricação;
- Pressão máxima de trabalho admissível;
- Pressão de teste hidrostático de fabricação;
- Código de projeto e ano de edição.
Também é fundamental constar a categoria do vaso, sendo imprescindível o estabelecimento onde estiver instalado o vaso, possuir a seguinte documentação atualizada: Prontuário do vaso de pressão a ser fornecido pelo fabricante, contendo as seguintes informações:
- Código de projeto e ano de edição;
- Especificação dos materiais;
- Procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final;
- Metodologia para estabelecimento da PMTA;
- Conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da sua vida útil;
- Pressão máxima de operação;
- Registros documentais do teste hidrostático;
- Características funcionais, atualizadas pelo empregador sempre que alteradas as originais;
- Dados dos dispositivos de segurança, atualizados pelo empregador sempre que alterados os originais;
- Ano de fabricação;
- Categoria do vaso, atualizada pelo empregador sempre que alterada a original;
- Registro de Segurança
- Projeto de Instalação
- Projeto de alteração ou reparo
- Relatórios de inspeção
- Certificados de calibração dos dispositivos de segurança, onde aplicável.
Para garantir o manuseio e a segurança dos trabalhadores, todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos os drenos, respiros, bocas de visita e indicadores de nível, pressão e temperatura, quando existentes, sejam facilmente acessíveis.
Nesse sentido, quando os vasos de pressão forem instalados em ambientes fechados, a instalação deve satisfazer os seguintes requisitos:
- Dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente desobstruídas, sinalizadas e dispostas em direções distintas;
- Dispor de acesso fácil e seguro para as atividades de manutenção, operação e inspeção, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas;
- Dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas;
- Dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;
- Possuir sistema de iluminação de emergência.
Caso o estabelecimento não puder atender aos requisitos anteriores, deve ser elaborado um projeto alternativo de instalação com medidas complementares de segurança que permitam a atenuação dos riscos.
É imprescindível que todo vaso de pressão enquadrado nas categorias I ou II deve possuir manual de operação próprio ou instruções de operação contidas no manual de operação de unidade onde estiver instalado, em língua portuguesa, em local de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo:
- Procedimentos de partidas e paradas;
- Procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;
- Procedimentos para situações de emergência;
- Procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio ambiente.
Ademais, para garantir a segurança dos trabalhadores, os instrumentos e controles de vasos de pressão devem ser mantidos calibrados e em boas condições operacionais. Nesse sentido, os vasos de pressão devem ser submetidos a inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária. A inspeção de segurança inicial deve ser feita em vasos de pressão novos, antes de sua entrada em funcionamento, no local definitivo de instalação, devendo compreender exames externos e internos.
Para garantir a validade dos vasos, estes devem obrigatoriamente ser submetidos a Teste Hidrostático em sua fase de fabricação, com comprovação por meio de laudo assinado por Profissional Habilitado, e ter o valor da pressão de teste afixado em sua placa de identificação. Na falta de comprovação documental de que o Teste Hidrostático tenha sido realizado na fase de fabricação, se aplicará o disposto a seguir:
- Para equipamentos fabricados ou importados a partir da vigência desta NR, o TH deve ser feito durante a inspeção de segurança inicial;
- Para equipamentos em operação antes da vigência desta NR, a critério do PH, o TH deve ser realizado na próxima inspeção de segurança periódica. 
O Registro de Segurança deve conter a data da instalação do vaso de pressão a partir da qual se inicia a contagem do prazo para a inspeção de segurança periódica. Sendo fundamental que a inspeção de segurança periódica constituída por exames externos e internos, obedeça aos seguintes prazos máximos estabelecidos a seguir:
- Para estabelecimentos que não possuam SPIE, conforme citado no Anexo II:
	Categoria do Vaso
	Exame Externo
	Exame Interno
	I
	1 ano
	3 anosII
	2 anos
	4 anos
	III
	3 anos
	6 anos
	IV
	4 anos
	8 anos
	V
	5 anos
	10 anos
 
- Para estabelecimentos que possuam SPIE, conforme citado no Anexo II, consideradas as tolerâncias nele previstas:
	Categoria do Vaso
	Exame Externo
	Exame Interno
	I
	3 anos
	6 anos
	II
	4 anos
	8 anos
	III
	5 anos
	10 anos
	IV
	6 anos
	12 anos
	V
	7 anos
	a critério
 
É fundamental que os vasos de pressão que não permitam acesso visual para o exame interno ou externo por impossibilidade física devem ser submetidos alternativamente a outros exames não destrutivos e metodologias de avaliação da integridade, a critério do PH, baseados em normas e códigos aplicáveis à identificação de mecanismos de deterioração. Ademais, os vasos de pressão com temperatura de operação inferior a 0 ºC (zero grau Celsius) e que operem em condições nas quais a experiência mostre que não ocorre deterioração, devem ser submetidos ao exame interno a cada 20 (vinte) anos e exame externo a cada 2 (dois) anos.
Além disso, destaca-se que a inspeção de segurança deve ser realizada sob a responsabilidade técnica de PH. Nesse sentido, imediatamente após a inspeção do vaso de pressão, deve ser anotada no Registro de Segurança a sua condição operacional, e, em até 60 (sessenta) dias, deve ser emitido o relatório, que passa a fazer parte da sua documentação, podendo este prazo ser estendido para 90 (noventa) dias em caso de parada geral de manutenção.
 
4. Tubulações
As empresas que possuem tubulações e sistemas de tubulações enquadradas nesta NR, devem possuir um programa e um plano de inspeção que considere, no mínimo, as variáveis, condições e premissas descritas abaixo:
a) os fluidos transportados;
b) a pressão de trabalho;
c) a temperatura de trabalho;
d) os mecanismos de danos previsíveis;
e) as consequências para os trabalhadores, instalações e meio ambiente trazidas por possíveis falhas das tubulações.
É imprescindível que as tubulações ou sistemas de tubulação devem possuir dispositivos de segurança conforme os critérios do código de projeto utilizado, ou em atendimento às recomendações de estudo de análises de cenários de falhas. Nesse sentido, destaca-se que as tubulações ou sistemas de tubulação devem possuir indicador de pressão de operação, conforme definido no projeto de processo e instrumentação.
Para que seja válida a utilização, todo estabelecimento que possua tubulações, sistemas de tubulação ou linhas deve ter a seguinte documentação devidamente atualizada:
- Especificações aplicáveis às tubulações ou sistemas, necessárias ao planejamento e execução da sua inspeção;
- Fluxograma de engenharia com a identificação da linha e seus acessórios;
- PAR
- Relatórios de inspeção
Para garantir a segurança no trabalho, bem como viabilizar a saúde dos trabalhadores, os dispositivos de indicação de pressão da tubulação devem ser mantidos em boas condições operacionais. Ademais, é fundamental que as tubulações de vapor e seus acessórios sejam mantidas em boas condições operacionais, de acordo com um plano de manutenção elaborado pelo estabelecimento.
Sempre viabilizando a segurança e a saúde dos trabalhadores, é fundamental que seja realizada inspeção de segurança inicial nas tubulações, bem como as tubulações devem ser submetidas à inspeção de segurança periódica.
O programa de inspeção pode ser elaborado por tubulação, linha ou por sistema, a critério de Profissional Habilitado, e, no caso de programação por sistema, o intervalo a ser adotado deve ser correspondente ao da sua linha mais crítica, sendo responsabilidade do Profissional Habilitado as inspeções periódicas das tubulações, devem ser constituídas de exames e análises que permitam uma avaliação da sua integridade estrutural de acordo com normas e códigos aplicáveis.
No caso de risco à saúde e à integridade física dos trabalhadores envolvidos na execução da inspeção, a linha deve ser retirada de operação. Sendo necessária a realização de inspeção extraordinária nas seguintes situações:
- Sempre que a tubulação for danificada por acidente ou outra ocorrência que comprometa a segurança dos trabalhadores;
- Quando a tubulação for submetida a reparo provisório ou alterações significativas, capazes de alterar sua capacidade de contenção de fluído;
- Antes da tubulação ser recolocada em funcionamento, quando permanecer inativa por mais de 24 (vinte e quatro) meses.
Por fim, a inspeção periódica de tubulações deve ser executada sob a responsabilidade técnica de PH. Sendo válido destacar que após a inspeção será necessário a emissão de um relatório de inspeção. O prazo para emissão desse relatório é de até 30 dias para linhas individuais e de até 90 dias para sistemas de tubulação.
 
 
 
Atividade extra
 
Ler o texto: “ ANEXO I – CAPACITAÇÃO DE PESSOAL
Link para a atividade: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr13.htm
 
Referências Bibliográficas
CAMISASSA, Mara Queiroga. Segurança e Saúde no Trabalho – NRs 1 a 37. São Paulo: Método, 2019.
PEREIRA, Alexandre Demetrius. Tratado de Segurança e Saúde Ocupacional – Aspectos técnicos e jurídicos. Volume III. São Paulo: Saraiva, 2017.
RODRIGUES, Marcos. L. M. NR-13 Comentada: Atualizada Pela Portaria 594 e Com os Comentários do Autor e do Grupo Tripartite. [S.I]: Simplíssimo, 2016.
VERÍSSIMO. Cabral. NR-13: Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações. São Paulo: Clube de Autores, 2018.
 
 Observação: este site inclui um sistema de acessibilidade. Pressione Control-F11 para ajustar o site aos deficientes visuais que usam um leitor de tela; Pressione Control-F10 para abrir um menu de acessibilidade.
· Pressione Enter para acessar acessibilidade para cegosque usam leitores de tela
· Pressione Enter para Navegação pelo Teclado
· Pressione Enter para acessar o menu de acessibilidade
NR-17: Ergonomia
NR-17: Ergonomia
 
São apresentadas a seguir, a definição e aplicações conceituais acerca do tema ergonomia, partindo da matriz normativa NR-17.
 
Conceito e características
A NR-17 regulamenta a ergonomia no trabalho pautando-se em três objetivos principais, sendo eles o conforto, a redução de lesões e o aumento da produtividade. Ela se aplica às atividades que envolvem movimentos repetitivos, longos períodos de pé ou sentado e levantamento de cargas.
O chamado risco ergonômico pode ser a origem de inúmeras doenças ocupacionais graves. Sendo assim, um ambiente de trabalho que falhe em oferecer adequação ergonômica colabora para o adoecimento dos trabalhadores. É por isso que a NR-17 foi elaborada que tem por objetivo principal melhorar a qualidade de vida.
O objetivo central da NR-17 é definir parâmetros e procedimentos que assegurem as melhores condições de ambiente aos trabalhadores, preservando a segurança, conforto e favorecendo os melhores níveis de desempenho nas tarefas cotidianas. Em suma, a ergonomia visa melhorar as condições de trabalho e fazer com que todas as atividades da empresa sejam desempenhadas com maior qualidade.
 
Aplicação
De acordo com as regras básicas da NR-17, as condições de trabalho nas empresas abrangem aspectos associados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos utilizados, às condições no ambiente de trabalho e aos métodos e formas de organização do trabalho.
Neste sentido:
17.1 Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
17.1.1 As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. (BRASIL, NR-17)
Segundo estabelecido, as empresas ficam responsáveis por analisar as questões ergonômicas do trabalho considerando as características do ambiente, o tipo de função exercida e as características psicofisiológicas dos trabalhadores, tornando possível a adaptação do trabalhador ao ambiente no qual está inserido.

Continue navegando