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8-Legislação e Normatização Aplicada

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Legislação e Normatização Aplicada / Legislação e Normatização Aplicada - E…
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São apresentadas a seguir, a estrutura e funcionamento do direito do trabalho, tratando-se da com-
petência para julgamento da matéria e definições acerca da matéria laboral no âmbito contratual.
Definição 
O trabalho sempre permeou a história da humanidade, entretanto, o labor passou a ser legislado no
século XX, com a chegada dos imigrantes europeus do período pós-guerra, os quais trouxeram a
ideologia de igualdade.
Na década de 30, Getúlio Vargas criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, sendo promo-
vidos diversos decretos de caráter trabalhista. A partir deste momento, o direito do trabalho passou a
ser incluído na Constituição Federal brasileira, sendo que a cada nova constituição era incluída uma
nova característica, por exemplo, na Constituição Federal de 1934, foi estabelecido o salário mínimo,
a isonomia salarial, a jornada de oito horas, a proteção do trabalho das mulheres e dos menores, o
descanso semanal não remunerado, as férias remuneradas, a liberdade sindical, entre outros
diretos.
Com o decorrer da história da sociedade brasileira, os direitos trabalhistas foram avançando, assim
como também retroagiram durante o período da ditadura militar. Com a Constituição Federal de
1988, os direitos trabalhistas estão inseridos dentro dos direitos fundamentais do cidadão, artigo 7º
da Constituição Federal, sendo elencados todos os direitos e deveres dos trabalhadores.
Quanto à natureza jurídica, o direito do trabalho está inserido dentro do direito privado, uma vez que
o direito romano colocava o direito trabalhista dentro do direito civil, além do fato que as relações de
trabalho envolvem em sua grande maioria dois particulares.
Por fim, podemos definir o direito do trabalho como um conjunto de normas jurídicas aplicáveis às
relações interpessoais decorrentes do trabalho ou eventualmente fora dele.
A – Competência para julgamento da matéria
A competência para julgamento da matéria trabalhista é definida pelo artigo 114, da Constituição Fe-
deral, o qual cria a Justiça do Trabalho, que poderá julgar as seguintes matérias:
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
I – As ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da ad-
ministração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;Próxima
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/legislacao-e-normatizacao-aplicada/legislacao-e-normatizacao-aplicada-estrutura-e-funcionamento-do-direito-do-trabalho
II – As ações que envolvam exercício do direito de greve;
III – As ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e en-
tre sindicatos e empregadores;
IV – Os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver
matéria sujeita à sua jurisdição;
V – Os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no
art. 102, I, “o”;
VI – As ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
VII – As ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho;
VIII – A execução de ofício das contribuições sindicais previstas no artigo 195, I, a e II, e seus acrés-
cimos legais, decorrentes da sentença que proferir; e
IX – Outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
Desta forma, todas as contendas que decorrerem da relação de emprego deverão ser discutidas na
Justiça do Trabalho, tratando-se de uma justiça autônoma e destinada a solucionar as controvérsias
trabalhistas.
 
B – Relações laborais
O vínculo empregatício, também chamado de relações de emprego/laborais, podem ser regidos por
diversos diplomas, a depender do tipo de relação laboral existente.
A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), determina em seu artigo 3º, caput, que “considera-se
empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário”.
Da análise do artigo 3º, da CLT, podemos encontrar alguns requisitos para que esteja configurada a
relação de emprego, sendo elas: pessoa física, pessoalidade, não eventualidade, subordinação e
onerosidade.
Quanto à pessoa que realiza o trabalho, apenas a pessoa física pode ser o empregado, não sendo
considerada como relação laboral o serviço contratado para uma pessoa jurídica. A pessoalidade diz
respeito ao caráter personalíssimo do trabalho, ou seja, outra pessoa não poderá realizar o trabalho
Próxima
do empregado, sendo apenas este que pode realizá-lo. A não eventualidade também é conhecida
como eventualidade, sendo a frequência com que o empregado realiza aquele trabalho. A subordi-
nação trata da hierarquia seguida pelo empregado na relação de emprego, sendo que este deve
cumprir as ordens dadas por seu chefe. Por fim, a onerosidade diz respeito à remuneração do traba-
lho, o qual deve ser sempre remunarado ao empregado.
O empregador é definido pelo artigo 2º, da CLT, dispondo “considera-se empregador a empresa, in-
dividual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a
prestação pessoal de serviço”.
Os riscos da atividade econômica são utilizados na definição do empregador, e devem ser entendi-
dos como os riscos que o empregador deverá arcar ao exercer a sua atividade econômica, assu-
mindo os riscos de seus lucros, ou até mesmo de suas perdas econômicas decorrentes do trabalho.
Ainda, o artigo 2º, § 2º, da CLT, traz o conceito de grupo econômico, sendo definido: “sempre que
duas ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem
sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma
sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações de-
correntes da relação de emprego”.
Assim, quando as empresas atuam em conjunto, ou tenham a mesma direção ou coordenação, são
empresas consideradas como um grupo econômico. Desta forma, caso o empregado requeira na
Justiça do Trabalho o pagamento de sua verba salarial, ele pode pedir a todas as empresas do
grupo econômico, pois estas respondem solidariamente pelas dívidas trabalhistas.
 
C – Questões salariais e alterações contratuais
De acordo com a Constituição Federal, artigo 7º, o trabalho deverá ser remunerado como a contra-
prestação dos serviços prestados pelo empregado, sendo que a onerosidade do trabalho é um re-
quisito legal para que esteja configurado o vínculo empregatício.
O artigo 457, da CLT, define salário como: “compreende-se na remuneração do empregado, para to-
dos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contrapres-
tação do serviço, as gorjetas que receber”. Ainda, o § 1º, do mesmo artigo preceitua que: “integram
o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, porcentagens, gratifica-
ções ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.
Ainda, o artigo 7º, IV, da Constituição Federal, estabelece o direito ao salário mínimo, devendo ser
capaz de atender as necessidades básicas do empregado e sua família. Não obstante, cada catego-
ria de emprego possui um piso salarial, sendo um valor determinado pela categoria, ou atividade
econômica, previsto em acordo coletivo, norma coletiva ou dissídio.
Próxima
Quanto às questões contratuais, o contrato de trabalho poderá ser acordado oralmente ou por es-
crito, determinando-se qual será o tipo de relação contratual a ser seguida.
O artigo 443, da CLT, dispõe que: “o contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou
expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para pres-
tação de trabalho intermitente.
Conforme dispõe o artigo 444, da CLT, “as relações contratuais de trabalhopodem ser objeto de livre
estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao
trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades
competentes”.
Desta forma, o empregado e o empregador podem convencionar sobre as cláusulas de trabalho, en-
tretanto, não pode ser mudado os direitos fundamentais estabelecidos ao trabalhor na Constituição
Federal, uma vez que as normas constitucionais estão acima da CLT, assim, o contrato de trabalho
não pode contrariá-las.
É lícita a alteração dos contratos de trabalho, sendo que a alteração só será lícita se possuir mútuo
consentimento, e não resultar em prejuízo ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula contra-
tual, nos termos do artigo 468, da CLT.
Por fim, o artigo 469, da CLT, estabelece que é vedado ao empregador transferir o empregado, sem
sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato. Não obstante, a transferência é
lícita quando ocorrer a extinção do estabelecimento empresarial.
 
D- Cessação do contrato laboral
Os artigos 477 e seguintes, da CLT, tratam sobre a cessação do contrato laboral, estipulando como
esta extinção deverá ocorrer em cada caso. Primeiramente, com a cessação do contrato laboral, o
empregador deverá anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado, comunicar a
dispensa aos órgãos competentes, além de realizar o pagamento das verbas trabalhistas (art. 477,
da CLT).
A extinção do contrato de trabalho poderá se dar, inicialmente, mediante acordo entre o empregador
e empregado, sendo que, neste caso serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: o aviso prévio
pela metade; indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, também pela
metade; e as demais verbas trabalhistas em sua integralidade.
Ainda, a cessação do contrato laboral pode ocorrer mediante justa causa, sendo conceituada como
um ato do empregado que justifique a sua demissão. Neste caso, não será devido o pagamento de
aviso prévio e multa ao FGTS.
Próxima
O artigo 482, da CLT, define como justa causa:
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
a) Ato de improbidade;
b) Incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando consti-
tuir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
d) Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da
execução da pena;
e) Desídia no desempenho das respectivas funções;
f) Embriaguez habitual ou em serviço;
g) Violação de segredo da empresa;
h) Ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) Abandono de emprego;
j) Ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físi-
cas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
k) Ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superio-
res hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
l) Prática constante de jogos de azar; e
m) Perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em de-
corrência de conduta dolosa do empregado. 
Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devida-
mente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional.
Desta forma, caso o empregado tenha realizado qualquer um destes atos, ele será demitido por
justa causa, e não fará jus ao recebimento do aviso prévio indenizatório, mas somente às verbas tra-
balhistas devidas.
Próxima
Não obstante, também pode ocorrer a extinção do contrato de trabalho sem a justa causa, neste
caso, o empregador terá que pagar o aviso prévio indenizatório, as multas decorrentes da extinção
do contrato de trabalho, além de todas as verbas trabalhistas devidas ao empregado.
 
E – Direito coletivo do trabalho
O direito coletivo do trabalho é um ramo inserido no direito do trabalho, sendo definido por Gustavo
Garcia como: “Segmento do direito do trabalho que regula a organização sindical, a negociação co-
letiva, os instrumentos normativos decorrentes, a representação dos trabalhadores na empresa e a
greve.
Desta forma, o direito coletivo do trabalho irá incidir sobre o conjunto todo das relações trabalhistas,
assim, não irá incidir sobre uma relação individual, mas abrangerá o coletivo como um todo, abran-
gendo todos os trabalhadores de um mesmo segmento.
A Constituição Federal dispõe sobre o direito coletivo do trabalho como um direito fundamental
quando o estipula na livre associação sindical, garantindo que a criação de sindicatos é livre, autô-
noma e independente, não necessitando de autorização estatal.
Ainda, a Constituição Federal também prevê o direito de greve, sendo que este direito deve ser re-
gulado por lei própria.
Os dissídios coletivos envolvem os trabalhadores representados pelos sindicatos, que reivindicam
seus direitos trabalhistas, contra os empresários, que também podem se organizar em um sindicato
para defender os interesses econômicos de sua categoria.
Esse dissídio resultará em uma ação ajuizada perante a Justiça do Trabalho, por um sindicato de
trabalhadores, pela empresa, ou pelo Ministério Público do Trabalho, para discutir os direitos traba-
lhistas de toda uma classe empregatícia, sendo que a sentença irá incidir sobre todos os trabalhado-
res representados pelo sindicato ou MPT.
 
 
Atividade extra
Nome da atividade: Ler o texto: “Dos elementos caracterizadores da relação de emprego”
Link para a atividade: https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/9540/Dos-elementos-caracterizado-
res-da-relacao-de-emprego
Próxima
 
 
 
Referências Bibliográficas
BARROS, Benjamin Ferreira de; RODRIGUES, José Eduardo; SANTOS, Rosângela Helena
Pereira dos. NR-33 Guia Prático e Análise e Aplicações. São Paulo: Érica, 2012.
MANUS, Pedro Paulo Teixeira. Direito do Trabalho. 16ª ed. São Paulo: Atlas, 2015.
BASILE, Cesar Reinaldo Offa. Sinopses Jurídicas V27 – Direito do Trabalho. 9ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2019.
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. 10ª ed. São Paulo: Saraiva,
2018.
 Estranhou essa explicação?
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31/08/2021 Exercícios - Legislação e Normatização Aplicada - NR-6: Equipamento de Proteção Individual
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Legislação e Normatização Aplicada / Legislação e Normatização Aplicada - …
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A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de
conservação e funcionamentos, em quais circunstâncias? Assinale a alternativa correta.
I – Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do
trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho. 
II – Sempre que a estrutura encontrada dentro da empresa respeitar todas as normas de ergonomia. 
III – Sempre quando as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas. 
IV – Sempre que for necessário atender a situações de emergência. 
V – Sempre que as medidas da infraestrutura do estabelecimento comercial forem seguras.
 Estranhou esse gabarito?
Juliana Mayra
sugeriu uma solução
Item 6.3 da NR-6:
6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito
estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: 
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; 
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, 
c) para atender a situações de emergência.
Boa solução? 0 0
a I e II
b Apenas I está correta
c I, II, e III
d I, III e IV
e ApenasV está correta
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https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/legislacao-e-normatizacao-aplicada/legislacao-e-normatizacao-aplicada-nr-6-equipamento-de-protecao-individual
31/08/2021 Exercícios - Legislação e Normatização Aplicada - NR-6: Equipamento de Proteção Individual
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João Ricardo Gomes de Sousa
sugeriu uma solução
A proteção individual do trabalhador deve ser sempre a ultima opção a ser adotada visto a premissa que
o empregador tem por obrigação oferecer um ambiente de trabalho seguro ao seus colaboradores.
Boa solução? 0 0
Ana Cristina Julio do Carmo
sugeriu uma solução
Item 6.3 da NR-6:
6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito
estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: 
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; 
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, 
c) para atender a situações de emergência.
Boa solução? 0 0
Ana Paula Souza Goularte
sugeriu uma solução
A empresa deve fornecer EPI´s adequados sempre que necessário para realizar a atividade com toda a
segurança necessária para evitar acidentes.
Boa solução? 0 0
Joao Batista de Carvalho
sugeriu uma solução
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, GRATUITAMENTE, EPI adequado ao risco, em perfeito
estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e
c) para atender a situações de emergência.
Boa solução? 0 0
Jonnathan Vinicius Lopes SilvaVoltar Próxima
31/08/2021 Exercícios - Legislação e Normatização Aplicada - NR-6: Equipamento de Proteção Individual
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/legislacao-e-normatizacao-aplicada/legislacao-e-normatizacao-ap… 3/5
sugeriu uma solução
Segundo o próprio item 6.3 da NR
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Aluno do Descomplica
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O EPI é utilizado nos casos em que a medida de ordem geral não atende completamente aos requisitos
necessários para oferecer um ambiente livre de riscos aos funcionários.
Boa solução? 0 0
Humberto Porto da Silveira
sugeriu uma solução
Item 6.3 da NR6
Boa solução? 0 0
Nathani Eduarda de Andrades Feldens
sugeriu uma solução
6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito
estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa prote ção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; (206.002-7/I4)
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, (206.003-5 /I4)
c) para atender a situações de emergência. (206.004-3 /I4)
Boa solução? 0 0
Michelle da Silva Coelho Moraes
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6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito
estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
Boa solução? 0 0
Michelle da Silva Coelho Moraes
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31/08/2021 Exercícios - Legislação e Normatização Aplicada - NR-6: Equipamento de Proteção Individual
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/legislacao-e-normatizacao-aplicada/legislacao-e-normatizacao-ap… 4/5
6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito
estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: 
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção 
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; 
c) para atender a situações de emergência.
Boa solução? 0 0
Augusto Corrêa de Moraes
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Ambientes que não ofereçam risco não é necessário fornecer o EPI.
Boa solução? 0 0
Aluno do Descomplica
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Analisando as questões em relação a nr6.
Boa solução? 0 0
Nelson Luiz Tortato Junior
sugeriu uma solução
Item 6.3 da NR-6:
6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito
estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: 
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; 
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, 
c) para atender a situações de emergência.
Boa solução? 0 0
Felipe Vasconcelos Cavalcante
sugeriu uma solução
Sempre que a estrutura encontrada dentro da empresa respeitar todas as normas de ergonomia, não tem
a necessidade de dar o EPI, nesse caso específico. 
Sempre que as medidas da infraestrutura do estabelecimento comercial forem seguras, também não tem
a necessidade de dar EPI’s para o colaborador.
Boa solução? 0 0Voltar Próxima
31/08/2021 Exercícios - Legislação e Normatização Aplicada - NR-6: Equipamento de Proteção Individual
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/legislacao-e-normatizacao-aplicada/legislacao-e-normatizacao-ap… 5/5
Página 1
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31/08/2021 Exercícios - Legislação e Normatização Aplicada - NR-9: PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/legislacao-e-normatizacao-aplicada/legislacao-e-normatizacao-ap… 1/4
Legislação e Normatização Aplicada / Legislação e Normatização Aplicada - …
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NR-9: PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
 
São apresentadas a seguir, a definição e aplicações conceituais acerca do tema de programa de
prevenção de riscos ambientais, partindo da matriz normativa NR-9.
Definição e aplicação
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, através da Norma Regulamentadora 9 da
Portaria 3.214/78, foi implantado pela Secretaria de Segurança do Trabalho.
O programa tem como objetivo principal a tomada de ações para garantir a saúde, segurança e inte-
gridade dos trabalhadores no ambiente de trabalho, nos locais em que haja a presença de riscos
ambientais. Segundo a NR-9, estes riscos ambientais incluem agentes químicos, biológicos e físi-
cos. Dessa forma, a NR-9 estabelece todas as condições do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais, um dos documentos mais importantes que devem ser apresentados pelas empresas.
Para atender às regulamentações da NR-9, a empresa precisa implementar o PPRA no espaço fí-
sico e também em todos os métodos de trabalho. O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
é essencial para garantir um ambiente mais confortável e seguro para todos os profissionais, uma
vez que identifica, analisa e ajusta todos os riscos a que o funcionário pode estar exposto.
A falta da NR-9 nas empresas pode acarretar graves problemas, como multas pesadas aplicadas
pelo Ministério do Trabalho e até mesmo suspensão por tempo indeterminado das atividades na em-
presa. A implementação do PPRA independe do número de trabalhadores ou do grau de risco, ele é
OBRIGATÓRIO em todas as empresas e instituições, independentemente da sua área de atuação,
bastando haver apenas a contratação de no mínimo um trabalhador regido pela CLT, para a em-
presa ser obrigada a desenvolver o programa.
A – Estrutura do PPRA
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura:
a. Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;
b. Estratégia e metodologia de ação;
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https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/legislacao-e-normatizacao-aplicada/legislacao-e-normatizacao-aplicada-nr-9-ppra-programa-de-prevencao-de-riscos-ambientais31/08/2021 Exercícios - Legislação e Normatização Aplicada - NR-9: PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/legislacao-e-normatizacao-aplicada/legislacao-e-normatizacao-ap… 2/4
c. Forma do registro, manutenção e divulgação dos dados; e
d. Periodicidade e forma de avaliação da eficácia do PPRA.
Sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, as etapas acima mencionadas deverão ser
realizadas. Trata-se de uma análise crítica do PPRA para avaliação de sua eficácia e realização dos
ajustes necessários e estabelecimento de normas, metas e prioridades.
A NR-9 ainda prevê que o PPRA deverá estar descrito em um documento-base, contendo todos os
aspectos estruturais mencionados. O documento-base e suas alterações e complementações deve-
rão ser apresentados e discutidos na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a Norma
Regulamentadora 5.
B - Responsabilidades
Todas as empresas que têm pelo menos um empregado contratado em regime da CLT estão dentro
da obrigatoriedade de implementar o PPRA.
De acordo com a Norma Regulamentadora 9, a elaboração do PPRA é de responsabilidade do em-
pregador, sendo necessário a indicação de um profissional de segurança que tenha capacidade
para criar e implementar o programa. Normalmente, quem realiza esse trabalho é o Serviço Especi-
alizado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), entretanto, qualquer
pessoa pode ser indicada.
Além disso, o empregador possui algumas outras responsabilidades, podemos citar:
a. Assegurar o cumprimento do PPRA;
b. Garantir a permanência do programa e a continuidade das atividades relacionadas a ele;
c. Indicar uma pessoa responsável pelo programa.
Todavia, as responsabilidades não são apenas dos empregadores. Os trabalhadores precisam se-
guir algumas regras em relação à implementação e cumprimento do PPRA, como veremos a seguir:
a. Colaborar e participar da implementação e execução do PPRA;
b. Seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA;
c. Informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam impli-
car riscos à saúde dos trabalhadores.
 
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31/08/2021 Exercícios - Legislação e Normatização Aplicada - NR-9: PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/legislacao-e-normatizacao-aplicada/legislacao-e-normatizacao-ap… 3/4
C – Informações gerais
Os riscos ambientais que devem ser monitorados e minimizados por meio do PPRA são classifica-
dos como agentes físicos, biológicos, ergonômicos, químicos e de acidentes no ambiente de traba-
lho, sendo que sua exposição pode causar danos à saúde dos colaboradores. 
 Por agentes físicos podemos citar as vibrações, os ruídos em grande escala e temperaturas extre-
mas. Os agentes biológicos são os fungos, bactérias e insetos que podem estar presentes no ambi-
ente de trabalho. Os agentes ergonômicos são os movimentos repetitivos, os movimentos errados, a
má postura do colaborador e o excesso de trabalho e de esforço. Os agentes químicos são os ga-
ses, vapores, poeira e neblinas. Por fim, os agentes de acidente de trabalho são as máquinas pesa-
das, as ferramentas e equipamentos antigos, as ferramentas e equipamentos com defeito, as cor-
rentes elétricas e animais perigosos.
É neste sentido que o PPRA deve reconhecer e antecipar os riscos que podem ser causados em
seus colaboradores, sendo de essencial importância a criação de metas e de avaliação e controle. A
adoção de medidas de controle e avaliação da eficácia deverão ser executadas sempre que neces-
sário e, pelo menos uma vez ao ano
 
 
 
 
Atividade extra
Ler o texto: “Norma Regulamentadora 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais”
Link para a atividade: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr9.htm
 
Referências Bibliográficas
NOGARINI, Eliana Cristina Mariano. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais: PPRA – Auto
Mecânica Mariano: Relatório. Portugal: Novas Edições Acadêmicas, 2017.
VERÍSSIMO, Cabral. NR-9 Programa de Proteção de Riscos. Joinville: Clube dos Autores, 2018.
Próxima
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr9.htm
31/08/2021 Exercícios - Legislação e Normatização Aplicada - NR-9: PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/legislacao-e-normatizacao-aplicada/legislacao-e-normatizacao-ap… 4/4
BAPTISTA, Aline T.; BELUCI, Natália C. L.; MANTOVANI, Daniel. Aplicação da Prevenção de Riscos
em Instituição de Ensino de Pesquisa: Aplicação do PPRA. Portugal: Novas edições Acadêmicas,
2018.
SALIBA, Tuffi Messias. Manual Prátivo de Higiene Ocupacional e PPRA: Avaliação e Controle dos
Riscos Ambientais. São Paulo: LTR, 2005.
BRASIL, Portaria MTb nº 3.214, de 08 de junho de 1978 disponível <
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/LEGIS/CLT/NRs/NR_9.html > acesso em 18/01/2021.
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31/08/2021 Exercícios - Legislação e Normatização Aplicada - NR-10: Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
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Legislação e Normatização Aplicada / Legislação e Normatização Aplicada - …
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NR-10: Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
 
São apresentadas a seguir, a definição e aplicações conceituais acerca do tema de segurança em
instalações e serviços em eletricidade, partindo da matriz normativa NR-10.
1. Objetivos e medidas de controle
A Norma Regulamentadora nº10, que trata de Instalações e Serviços em Eletricidade, foi aprovada
pela Portaria nº3.214 de 1978, entretanto, sofreu alterações através da publicação da Portaria MTE
nº598, de 07 de dezembro de 2004.
A presente Norma Regulamentadora tem como objetivo principal estabelecer os requisitos e condi-
ções mínimas para garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores que estejam, direta ou indire-
tamente, interagindo com instalações elétricas e serviços com eletricidade. De acordo com a NR-10,
suas diretrizes deverão ser aplicadas em todas as fases, incluindo as etapas previstas das instala-
ções elétricas.
Para que as empresas estejam de acordo com a NR-10, é fundamental que em todas as interven-
ções em instalações elétricas sejam adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de
outros riscos adicionais, através de técnicas de análise de risco, com o objetivo de garantir a segu-
rança e a saúde no trabalho.
Destaca-se que as medidas de controle adotadas devem estar em conjunto com as demais iniciati-
vas da empresa, no âmbito da preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente de traba-
lho. Além disso, é imprescindível que as empresas mantenham esquemas unifilares atualizados das
instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e
demais equipamentos e dispositivos de proteção.
Nesse seguimento, ressalta-se que os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW, de-
vem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, além dos esquemas citados anterior-
mente, no mínimo: conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança
e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes; do-
cumentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e
aterramentos elétricos; especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferra-
mental, aplicáveis conforme determina esta NR; documentação comprobatória da qualificação, habi-
litação, capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados; resultados dosPróxima
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testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e
coletiva; certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; e relatório téc-
nico das inspeções atualizadas com recomendações e cronogramas de adequações.
O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo empregador ou
pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores
envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade. Ressalta-se que os documentos técnicos pre-
vistos neste prontuário devem ser elaborados por um profissional legalmente habilitado.
Para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, é fundamental que em todos os serviços exe-
cutados em instalações elétricas estejam previstas as medidas de proteção coletivas aplicáveis, me-
diante procedimentos que compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica e, na sua im-
possibilidade, o emprego de tensão de segurança, caso nenhuma das medidas possam ser adota-
das, é imprescindível a utilização de outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das
partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimenta-
ção, bloqueio do religamento automático.
Caso as medidas de proteção coletiva sejam tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar
os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados às ati-
vidades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR-6, que trata sobre a utilização de equipa-
mento de proteção individual. Nesse sentido, as vestimentas devem ser adequadas às atividades,
devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas, sendo vedada
a utilização de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades.
 
2. Segurança em projetos: construção, montagem, operação e manutenção
Para que o trabalho seja efetuado com a melhor qualidade possível, de forma a viabilizar a saúde no
ambiente de trabalho, bem como aumentar a segurança dos trabalhadores, é fundamental que os
projetos sejam realizados de uma forma segura, além de também proporcionar aos trabalhadores
iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, a fim de garantir um bom ambiente de
trabalho.
Nesse sentido, os projetos de instalações elétricas devem, obrigatoriamente, especificar dispositivos
de desligamento de circuitos que possuam recursos para impedimento de reenergização, para sina-
lização de advertência com indicação da condição operativa, além disso, o projeto, na medida do
possível, deve prever a instalação de dispositivo de seccionamento de ação simultânea, que permita
a aplicação de impedimento de reenergização do circuito.
É imprescindível que seja respeitado o espaço de instalação, além de que os circuitos elétricos com
finalidades diferentes, tais como: comunicação, sinalização, controle e tração elétrica devem ser
identificados e instalados separadamente, salvo quando o desenvolvimento tecnológico permitir
compartilhamento, respeitadas as definições de projetos. Próxima
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O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, logo, todo projeto deve prever
condições para adoção de aterramento temporário. Além disso, o projeto das instalações elétricas
deve ficar à disposição dos trabalhadores autorizados, das autoridades competentes e de outras
pessoas autorizadas pela empresa e deve ser mantido atualizado, além de que o projeto elétrico
deve atender ao que dispõe as Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança no Trabalho e
ser assinado por um profissional legalmente habilitado.
Por fim, é fundamental a adoção de todos os procedimentos necessários para que as instalações
elétricas sejam construídas, montadas, operadas, reformadas, ampliadas, reparadas e inspeciona-
das de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e dos usuários. Por conta disso,
nos trabalhos e nas atividades relacionadas com o presente tema, devem ser adotadas medidas
preventivas destinadas ao controle de riscos adicionais.
Assim, nos locais de trabalho que contenham instalações elétricas, só podem ser utilizados equipa-
mentos, dispositivos e ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica já existente,
sendo válido destacar que aqueles que possuem isolamento elétrico devem estar adequados às ten-
sões envolvidas. Para que a segurança e saúde dos trabalhadores sejam respeitadas, é fundamen-
tal que as instalações elétricas sejam mantidas em condições seguras de funcionamento e seus sis-
temas sejam inspecionados e controlados periodicamente.
 
3. Instalações elétricas: energizadas e desernegizadas
Para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, as intervenções em instalações elétricas com
tensão igual ou superior a 50 Volts em corrente alternada ou superior a 120 Volts em corrente contí-
nua, somente podem ser realizadas por trabalhadores que atendam os requisitos de habilitação,
qualificação, capacitação e autorização. Nesse sentido, os trabalhadores que atendem esses requi-
sitos devem receber treinamento de segurança para trabalhos com instalações elétricas energiza-
das, de acordo com o estabelecido pelo Anexo III da NR-10.
Os trabalhos que exigem o ingresso na zona controlada devem ser realizados mediante procedi-
mentos específicos respeitando as distâncias previstas no Anexo II da NR-10. Nesse sentido, os ser-
viços realizados em instalações energizadas devem ser imediatamente suspensos na iminência de
ocorrência que possa colocar os trabalhadores em perigo.
Por fim, sempre que alguma inovação tecnológica for implementada, devem ser elaboradas análises
de risco, desenvolvidas com circuitos desenergizados e, respectivos procedimentos de trabalho,
bem como o responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando verificar
situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja
possível.
Somente serão consideradas instalações desenergizadas as instalações elétricas que obedeçam os
seguintes requisitos: seccionamento, impedimento de reenergização, constatação da ausência dePróxima
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tensão, instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos,
proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada e a instalação da sinalização de
impedimento de reenergização.
Para que haja a reenergização da instalação, é fundamental que seja respeitada a seguinte sequên-
cia de procedimentos: retirada de ferramentas, utensílios e equipamentos, retirada da zona contro-
lada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo de reenergização, remoção do aterra-
mento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais, remoção da sinalização de im-
pedimento de reenergização e, por fim, destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de
seccionamento.
 
4. Tipos de trabalho
A. Alta tensão
Para garantir a segurança dos trabalhadores, todos aqueles que intervenham em instalações elétri-
cas energizadas com alta tensão, que exerçam suas atividades dentro dos limites estabelecidos
como zonas controladas e de risco, devem atender aos requisitos de habilitação, qualificação, capa-
citaçãoe autorização. Nesse sentido, os trabalhadores devem receber treinamento de segurança,
específico em segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas proximidades.
Os serviços que envolvem alta tensão, bem como aqueles executados no Sistema Elétrico de Po-
tência não poderão ser realizados de forma individual e somente poderão ser realizados mediante
ordem de serviço específica para data e local, assinada por superior responsável pela área. Antes
de iniciar o trabalho, o superior imediato e a equipe devem realizar uma avaliação prévia, estudar e
planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas de forma a atender os princípios técnicos bá-
sicos e as melhores técnicas de segurança em eletricidade aplicáveis ao serviço.
Além disso, a fim de viabilizar a segurança dos trabalhadores, a intervenção em instalações elétricas
energizadas em alta tensão dentro dos limites estabelecidos como zona de risco, somente pode ser
realizada mediante a desativação, também conhecida como bloqueio, dos conjuntos e dispositivos
de religamento automático do circuito, sistema ou equipamento. Destaca-se que os equipamentos,
ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes, destinados ao trabalho
em alta tensão, devem ser submetidos a testes elétricos ou ensaios de laboratório periódicos.
Por fim, Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em alta tensão, bem como aqueles
envolvidos em atividades no Sistema Elétrico de Potência devem dispor de equipamento que per-
mita a comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de operação
durante a realização do serviço.
B. Incêndio e Explosão
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Em respeito à integridade física dos trabalhadores, bem como à saúde e segurança, as áreas onde
houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas de proteção contra incêndio e ex-
plosão, de acordo com a NR-23.
Todos os equipamentos utilizados, bem como materiais, peças, dispositivos e sistemas destinados a
aplicações em instalações elétricas em ambientes com atmosferas potencialmente explosivas, de-
vem ser avaliados no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.
É imprescindível que os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade
estática tenham proteção específica e dispositivos de descarga elétrica. Nesse sentido, as instala-
ções elétricas realizadas em áreas classificadas ou sujeitas a risco de incêndio ou explosão devem
ser feitas para garantir a segurança do trabalhador, nesse seguimento, devem ser adotados disposi-
tivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecor-
rentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.
 
5. Permissões do trabalhador
Para que o trabalhador exerça a atividade de forma segura, é fundamental que a empresa estabe-
leça um sistema de identificação que permita a qualquer tempo conhecer a abrangência de autoriza-
ção de cada trabalhador, nesse sentido, os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalações
elétricas devem ter essa condição consignada no sistema de registro de empregado da empresa,
como também os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem ser submeti-
dos à exame de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas, realizado em conformi-
dade com a NR-7 e registrado em seu prontuário médico.
Para manter as boas condições de trabalho, bem como a segurança dos trabalhadores, será neces-
sário a realização de treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elé-
trica e as principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas, bem como deverá
ser realizado um treinamento de reciclagem bienal ou sempre que ocorrer uma das seguintes situa-
ções: troca de função ou mudança de empresa, retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade,
por período superior a três meses e, por fim, modificações significativas nas instalações elétricas ou
troca de métodos, processos e organização do trabalho.
Por fim, destaca-se que os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento
específico de acordo com o risco envolvido.
A. Habilitação
Considera-se profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente qualificado e com registro
no competente conselho de classe.
B. Qualificação Próxima
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Considera-se trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico na área
elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino.
C. Capacitação
Considera-se trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições, simultaneamente:
 receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado e tra-
balhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.
D. Autorização
Considera-se trabalhador autorizado todos aqueles qualificados ou capacitados e os profissionais
habilitados, com anuência formal da empresa.
 
6. Procedimentos do trabalho
Os serviços realizados em instalações elétricas devem ser planejados e realizados de acordo com
procedimentos de trabalho específicos e adequados, sendo válido destacar que os serviços em ins-
talações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço especificas, aprovadas por trabalha-
dor autorizado, contendo, no mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de
trabalho a serem adotados. 
Além disso, os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo, campo de aplicação,
base técnica, competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orienta-
ções finais. Bem como toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado e em condições
de exercer a supervisão e condução dos trabalhos.
Por fim, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho, a equipe deve realizar uma avalia-
ção prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no local, de forma a
atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço.
A. Sinalização de segurança
Para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, nas instalações e serviços em eletricidade
deve ser adotada sinalização adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação,
obedecendo ao disposto na NR-26 - Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre outras,
as situações a seguir: identificação de circuitos elétricos; travamentos e bloqueios de dispositivos e
sistemas de manobra e comandos; restrições e impedimentos de acesso; delimitações de
áreas; sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação de
cargas; sinalização de impedimento de energização; e identificação de equipamento ou circuito
impedido.
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B. Situação de emergência
A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas atividades, dispo-
nibilizando os meios para a sua aplicação, bem como as ações de emergência que envolvam as ins-
talações ou serviços com eletricidade devem constar no plano de emergência da empresa.
Nesse sentido, os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e prestar pri-
meiros socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardiorrespiratória,assim
como devem estar aptos a manusear e operar equipamentos de prevenção e combate a incêndio
existentes nas instalações elétricas.
C. Responsabilidades
As responsabilidades são solidárias aos contratantes e contratados envolvidos, sendo responsabili-
dade dos contratantes manter os trabalhadores informados sobre os riscos que estarão expostos ao
realizar as atividades, bem como instruí-los quanto aos procedimentos e medidas de controle contra
os riscos elétricos a serem adotados.
A empresa deverá, obrigatoriamente, propor e adotar medidas corretivas para evitar a ocorrência de
acidentes de trabalho.
Nesse sentido, o trabalhador deve zelar pela sua saúde e segurança e a de outras pessoas que
possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho, bem como responsabilizar-se junto
com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive quanto aos
procedimentos internos de segurança e saúde e, por fim, comunicar, de imediato, ao responsável
pela execução do serviço as situações que considerar de risco para sua segurança e saúde e a de
outras pessoas.
 
 
 
Atividade extra
Ler o texto: “ ANEXO I – ZONA DE RISCO E ZONA CONTROLADA
Link para a atividade: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr10_anexoI.htm
 
 
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Referências Bibliográficas
BARROS, Benjamim Ferreira de; PINHEIRO, Sônia Regina; GEDRA, Ricardo Luis; BORELLI, Rei-
naldo; GUIMARÃES, Elaine Cristina de Almeida. NR-10: Guia Prático de Análise E Aplicação. São
Paulo: Editora Érica, 2017.
CAVALIN, Geraldo; CERVELIN, Severino. Instalações Elétricas Prediais. São Paulo: Editora Érica.
2017.
ESTEVES, Árina Aline de Antoni Amantéa. NR-10. Segurança em Instalações e Serviços em Eletri-
cidade. Bauru/SP: Viena. 2014.
SENAI, SP. NR 10: Segurança em Instalação e Serviços em Eletricidade: Reciclagem. São Paulo:
Editora Senai, 2018.
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Legislação e Normatização Aplicada / Legislação e Normatização Aplicada - …
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NR-12: Máquinas e Equipamentos
 
São apresentadas, a seguir, a definição e aplicações conceituais acerca do tema de máquinas e
equipamentos, partindo da matriz normativa NR-12.
Definição 
A Norma Regulamentadora 12 foi criada em 1978, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, e tem
como objetivo garantir que máquinas e equipamentos sejam seguros para o uso do trabalhador. A
NR-12 exige informações completas sobre todo o ciclo de vida de máquinas e equipamentos, in-
cluindo transporte, instalação, utilização e até mesmo sua eliminação ao final da vida útil.
Dentre as 36 normas reguladoras existentes, a Norma Regulamentadora 12 é a mais extensa e uma
das mais importantes da Consolidação de Leis Trabalhistas, tendo passado por várias atualizações
com o decorrer dos anos, conforme ocorria o desenvolvimento da indústria nacional, sendo que a
última alteração ocorreu com a Portaria nº 916, do Ministério da Economia, em julho de 2019.
A – Princípios Gerais
A Norma Reguladora 12 nasceu da necessidade de adoção de medidas de segurança no ambiente
de trabalho, a fim de proteger a saúde do empregado durante o labor. Assim, esta norma estabele-
ceu que é responsabilidade do empregador adotar todas as medidas de segurança cabíveis para a
proteção e uso dos equipamentos no ambiente de trabalho.
Com efeito, o direito à saúde advém do artigo 6º, da Constituição Federal, sendo considerada como
um direito fundamental ao cidadão. Este direito fundamental deve ser assegurado em todos os am-
bientes, inclusive o ambiente de trabalho, tendo em vista a possibilidade de ocorrer acidente de tra-
balho em decorrência do exercício do labor.
A Norma Reguladora 12 visa a manutenção dos direitos e dignidade do trabalhador dentro de seu
ambiente de trabalho, de modo que possa realizá-lo com segurança.
Desta forma, podemos afirmar que a Norma Reguladora 12 criou as medidas de proteção em cima
de três pilares: medidas de proteção coletiva; medidas de proteção administrativa ou de organização
de trabalho e; medidas de proteção individual.
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Não obstante, os objetivos da Norma Reguladora 12 são: manter a segurança do trabalhador; reali-
zar melhorias das condições de trabalho em prensas e similares, injetoras, máquinas e equipamen-
tos de uso geral, e demais anexos e; fazer com que máquinas e equipamentos sejam intrinseca-
mente seguros.
B – Arranjos físicos, instalações, meios de acesso permanente e manutenção
Os arranjos físicos podem ser conceituados como planejamento da organização estrutural das insta-
lações da empresa, ou seja, o posicionamento do recurso. É um processo de construção de um am-
biente de trabalho mais produtivo, confortável e seguro, garantindo um melhor desempenho dos fun-
cionários. Ainda, um arranjo físico também fornece um ambiente de trabalho mais seguro.
Um arranjo físico inadequado pode comprometer a qualidade do trabalho, além de influenciar na
produtividade do trabalho, sendo prejudicial como um todo.
A Norma Reguladora 12 descreve como deve ocorrer o planejamento do arranjo físico, determi-
nando as medidas mínimas de proteção para a preservação da saúde e integridade física dos funci-
onários, tais como: demarcação de máquinas e equipamenos para melhor circulação, manutenção
de áreas de circulação desobstruídas, armazenamento correto de materiais, sinalização adequada e
limpeza dos ambientes.
Quanto aos meios de acesso, estes são de extrema importância, pois são considerados os meios
pelos quais os funcionários e demais pessoas irão acessar o local das máquinas e equipamentos,
por exemplo, por meio de elevadores, rampas, entre outros. Para estes acessos, a NR-12 estabe-
lece ângulos de lances dos acessos, sendo eles de 0ºC a 20ºC, sendo que as rampas também de-
vem possuir estes mesmos ângulos.
Vejamos a disposição da NR-12 sobre os meios de acesso permanente:
12.64. As máquinas e equipamentos devem possuir acessos permanentes fixados
e seguros a todos os seus pontos de operação, abastecimento, inserção de maté-
rias-primas e retirada de produtos trabalhados, preparação, manutenção e inter-
venção consistente.
12.64.1. Consideram-se meios de acesso elevadores, rampas, passarelas, plata-
formas ou escadas de degrau.
12.64.2. Na impossibilidade técnica de adoção dos meios previstos no subitem
12.64.1., poderá ser utilizada escada fixa tipo marinheiro.
12.64.3. Nas máquinas e equipamentos, os meios de acesso permanentes devem
ser localizados e instalados de modo a prevenir riscos de acidente e facilitar o seu
acesso e utilização dos trabalhadores. (BRASIL, NR 12)
Próxima
Quanto à manutenção das máquinas e equipamentos, os mesmos devem passar por manutenções
preventivas e corretivas, de forma periodica e determinada pelo fabricante, obedecendo as normas
oficiais vigentes.
As instalações elétricas das máquinas e equipamentos devem ser projetadas e mantidas de modo a
prevenir, por meios seguros, os perigos de choques elétricos, incêndio, explosão e outros tipos de
acidentes, conforme previsto na NR.
Por fim, as manutenções preventivas que objetivam a redução de acidentes, devem ser planejadas
e efetuadas por um profissional legalmente habilitado.
C – Dispositivos de partida, acionamento e parada de dispositivos elétricos e
pressurizados
Os dispositivos de partida são um controle mecânico para o acionamento de máquinas, o qual está
definidos pela NR-12. Ainda, o dispositivo de parada também é um controle mecânico que irá pausar
determinada máquina ou equipamento de trabalho.
De acordo com a NR-12, estes dispositivos não podem se localizar em zonas perigosas, assimcomo também podem ser acionados por terceiros em caso de emergência.
Conforme prevê a NR-12:
12.24. Os dispositivos de partida, acionamento e parada da máquina devem ser
projetados, selecionados e instalados de modo que:
a) Não se localizem em suas zonas perigosas;
b) possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa
que não seja o operador;
c) impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por qual-
quer outra forma acidental;
d) não acarretem riscos adicionais; e
e) não possam ser burlados.
12.25. Os comandos de partida ou acionamento das máquinas devem possuir dis-
positivos que impeçam seu funcionamento automático ao serem energizados.
(BRASIL, NR 12)
Próxima
 O dispositivo deve impedir o acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou
qualquer outra forma acidental. Não obstante, esses dispositivos não podem causar riscos adicio-
nais e também não podem ser burlados.
Nos dispositivos de acionamento, não pode haver comando que faça com que a máquina trabalhe
automaticamente. E, os dispositivos devem estar sob monitoramento de segurança, deve possuir
sistemas que diminuam a ocorrência de um acidente.
Já quanto aos dispositivos de pressurização, estes devem possuir medidas adicionais de proteção
para diminuir os impactos mecânicos e outros agentes agressivos. Para a diminuição de tal impacto,
devem ser utilizadas mangueiras, tubulações e demais componentes pressurizados.
D- Sistemas de Segurança e parada de emergência, sinalização e manuais
Os sistemas de segurança são necessários nas zonas de perigo das máquinas e equipamentos,
sendo caracterizados por proteções fixas, móveis e dispositivos de segurança interligados que ga-
rantam a proteção à saúde e à integridade física dos funcionários.
O sistema de segurança irá variar de acordo com a máquina e equipamento, entretanto, todos de-
vem atender os seguintes requisitos: possuir categoria de segurança conforme as normas técnicas
vigentes; estar sob responsabilidade técnica de um profissional legalmente habilitado; não pode
ocorrer a neutralização ou burla do sistema de segurança; o sistema deve manter a máquina e/ou
equipamento em vigilância automática e contínua e; devem possuir conformidade técnica do sistema
de comando com o sistema que é integrado.
Ainda, a NR-12 proíbe nas máquinas e equipamentos:
12.21. São proibidas nas máquinas e equipamentos:
a� A utilização de chave geral como dispositivo de partida e parada;
b� A utilização de chaves tipo faca nos circuitos elétricos; e
c� A existência de partes energizadas expostas de circuito que utilizam energia elétrica.
12.22. As baterias devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança:
a) localização de modo que sua manutenção e troca possam ser realizadas facil-
mente a partir do solo ou de uma plataforma de apoio;
b) constituição e fixação de forma a não haver deslocamento acidental; e
c) proteção do terminal positivo, a fim de prevenir contato acidental e curto-circuito.
12.23. Os serviços e substituições de baterias devem ser realizados conforme indi-
cação constante do manual de operação. (BRASIL, NR 12)Próxima
Ainda, os sistemas de segurança deverão observar as características próprias de cada máquina, re-
alizando uma prévia análise de riscos prevista nas normas técnicas oficiais vigentes, além de estar
sob a responsabilidade técnica de um profissional legalmente habilitado.
Nos casos de parada da máquina, o sistema de segurança deve manter o estado da máquina se-
guro, de modo a não prejudicar a saúde do trabalhador. Ainda, as máquinas só podem operar
quando o sistema de segurança estiver fechado.
Quanto à parada de emergência, as máquinas e equipamentos devem ser equipados com um dis-
positivo de parada de emergência, o qual deve ser utilizado para evitar situações de risco. Este dis-
positivo não deve ser utilizado da mesma forma que um dispositivo de início ou parada.
Destaque-se que a utilização da parada de emergência é excepcional, somente nos casos necessá-
rios, sendo que a NR-12 preceitua a necessidade de utilizar uma chave juntamente com o disposi-
tivo de parada.
As máquinas e equipamentos devem possuir uma sinalização de segurança, assim como as instala-
ções em que se encontram, buscando advertir terceiros sobre os riscos a que estão expostos. A si-
nalização compreende a utilização de cores, símbolos, inscrições, sinais luminosos, entre outros. A
sinalização deve ser adotada em toda vida útil da máquina.
Conforme prevê a NR-12:
12.116. As máquinas e equipamentos, bem como as instalações em que se en-
contram, devem possuir sinalização de segurança para advertir os trabalhadores e
terceiros sobre os riscos a que estão expostos, as instruções de operação e manu-
tenção e outras informações necessárias para garantir a integridade física e a
saúde dos operadores.
[...]
12.117. A sinalização de segurança deve conter:
a) ficar destacada na máquina ou equipamento;
b) ficar em localização claramente visível; e
c) ser de fácil compreensão. (BRASIL, NR 12)
Por fim, as máquinas e equipamentos devem possuir manual de instrução que deve estar junta-
mente com elas, sendo fornecido pelo fabricante, com as informações sobre a utilização da máquina
e sua segurança.
Próxima
Os manuais devem ser escritos em língua portuguesa, ser claros, objetivos, sem ambiguidades,
contradições ou obscuridades. Os manuais também devem conter informações sobre as máquinas e
equipamentos, além de informações sobre o fabricante.
 
 
 
 
Atividade extra
 
Ler o texto: “Segurança do trabalho em utilização de equipamentos de qualquer natureza”
Link para a atividade: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr12.htm
 
Referências B ibliográficas
SANTOS JR., Joubert Rodrigues do; ZANGIROLAMI, Márcio José. Segurança em Máquinas e Equi-
pamentos. São Paulo: Érica, 2015.
CAMISASSA. Mara Queiroga. Segurança e Saúde no Trabalho – NRS 1 A 37. São Paulo: Método,
2019.
VIEIRA. Valmir Inácio. Os Acidentes do Trabalho na Nova NR-12. São Paulo: LTR, 2016.
SHERIQUE. Jaques. NR-12: Passo a Passo Para Implantação. São Paulo: LTR, 2016.
BRASIL, 09 de junho de 2006. disponível <https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-916-de-30-
de-julho-de-2019-208028740> acesso em 15/01/202.
 
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http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr12.htm
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NR-13: Caldeiras e Vasos de Pressão
 
São apresentadas a seguir, a definição e aplicações conceituais acerca do tema de caldeiras, vasos
de pressão e suas tubulações, partindo da matriz normativa NR-13.
 
1. Disposições gerais
A Norma Regulamentadora nº13, que trata sobre Caldeiras e Vasos de Pressão foi aprovada pela
Portaria nº3.214 de 1978, contudo, sofreu alterações através da publicação da Portaria MTE nº594
de 28 de abril de 2014.
A presente Norma Regulamentadora tem como objetivo principal estabelecer os requisitos mínimos
para gestão da integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão e suas tubulações de
interligação nos aspectos relacionados à instalação, inspeção, operação e manutenção, visando a
saúde e segurança dos trabalhadores. Sendo fundamental destacar que cabe ao empregador adotar
as medidas previstas nesta NR.
Será considerado condição de risco grave e iminente (RGI) o não cumprimento de qualquer item
previsto nesta NR que possa causar acidente ou doença relacionada ao trabalho, com lesão grave à
integridade física do trabalhador, especialmente a operação de equipamentos abrangidos por esta
NR sem dispositivos de segurança ajustados com pressão de abertura igual ou inferior à pressão
máxima de trabalho admissível, o atraso na inspeção de segurança periódica das caldeiras, ausên-
cia de dispositivo operacional de controle do nível de água de caldeira, bem como outros estabeleci-
mentos previstos nesta NR.
No que diz respeito à inspeção de segurança periódica das caldeiras,esta poderá ser postergada
em até 6 meses do prazo previsto para a sua realização, caso ocorra motivo de força maior e com
justificativa formal do empregador, acompanhada por análise técnica e respectivas medidas de con-
tingência para mitigação de riscos, elaborada por Profissional Habilitado ou por grupo multidisciplinar
por ele coordenado. Caso ocorra a postergação, o empregador deve comunicar ao sindicato de tra-
balhadores da categoria predominante no estabelecimento a sua justificativa formal.
A análise técnica e respectivas medidas de contingência para mitigação de riscos serão elaboradas
por Profissional Habilitado, que é aquele que tem competência legal para o exercício da profissão dePróxima
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/legislacao-e-normatizacao-aplicada/legislacao-e-normatizacao-aplicada-nr-13-caldeiras-e-vasos-de-pressao
engenheiro nas atividades referentes ao projeto de construção, acompanhamento de operação e da
manutenção, inspeção e supervisão de caldeiras, vasos de pressão e tubulações.
É imprescindível que todos os reparos ou alterações em equipamentos abrangidos por esta NR es-
tejam compatíveis com os códigos de projeto e pós-construção e as prescrições do fabricante no
que se refere a: materiais, procedimentos de execução, procedimentos de controle de qualidade e
qualificação e certificação profissional.
O Profissional Habilitado, de forma substitutiva aos códigos de projeto, poderá utilizar tecnologias de
cálculo ou procedimentos mais avançados.
Os projetos de alteração ou reparo (PAR) devem ser concebidos previamente nas seguintes situa-
ções: sempre que as condições de projeto forem modificadas e sempre que forem realizados repa-
ros que possam comprometer a segurança. Nesse sentido, o PAR deve ser concebido ou aprovado
pelo Profissional Habilitado, deve determinar materiais, procedimentos de execução, controle de
qualidade e qualificação de pessoal e, por fim, ser divulgado para os empregados do estabeleci-
mento que estão envolvidos com o equipamento.
Todas as intervenções que exijam mandrilhamento ou soldagem em partes que operem sob pres-
são, devem ser objetos de exames ou testes para controle de qualidade, ademais, os sistemas de
controle e segurança das caldeiras e dos vasos de pressão devem ser submetidos à manutenção
preventiva ou preditiva, assim, o empregador tem a obrigação de garantir que os exames e testes
em caldeiras, vasos de pressão e tubulações sejam executados em condições de segurança para
seus executantes e demais trabalhadores envolvidos.
Caso ocorra vazamento, incêndio ou explosão envolvendo equipamentos abrangidos nesta NR, que
tenha como consequências, a morte de trabalhador(es), acidentes que implicaram em necessidade
de internação hospitalar de trabalhador(es) e eventos de grande proporção, o empregador deverá
comunicar ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego e ao sindicato da categoria profis-
sional predominante no estabelecimento. Nesse sentido, os trabalhadores devem interromper suas
tarefas, exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e imi-
nentes para sua segurança e saúde ou de outras pessoas, sendo necessária a comunicação ao su-
perior hierárquico.
Por fim, é dever dos empregadores a garantia aos trabalhadores do direito de interromper suas ativi-
dades e diligenciar de imediato as medidas cabíveis para controle dos riscos.
 
2. Caldeiras
 
Próxima
Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior à
atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, projetando conforme códigos pertinentes, execu-
tando-se refervedores e similares. Nesse sentido, é possível encontrar três tipos de categorias de
caldeiras, sendo: categoria A, que são aquelas cuja pressão de operação é igual ou superior a 1960
kPa (19,98 kgf/cm2); categoria C, que são aquelas cuja pressão de operação é igual ou inferior a
588 kPa (5,99 kgf/cm2) e o volume interno é igual ou inferior a 100 l (cem litros) e, por fim, categoria
B, que são todas aquelas que não se encaixam na categoria A ou C.
Para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, é imprescindível que as caldeiras possuam os
seguintes itens: válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior a
Pressão Máxima de Trabalho Admitida (PMTA), considerados os requisitos do código de projeto re-
lativos a aberturas escalonadas e tolerâncias de calibração; instrumento que indique a pressão do
vapor acumulado; injetor ou sistema de alimentação de água independente do principal que evite o
superaquecimento por alimentação deficiente, acima das temperaturas de projeto, de caldeiras de
combustível sólido não atomizado ou com queima em suspensão; sistema dedicado de drenagem
rápida de água em caldeiras de recuperação de álcalis, com ações automáticas após acionamento
pelo operador e, por fim, sistema automático de controle do nível de água com intertravamento que
evite o superaquecimento por alimentação deficiente.
Ademais, todas as caldeiras devem possuir afixada em seu corpo, de forma visível, placa de identifi-
cação indelével com as seguintes informações: nome do fabricante; número de ordem dado pelo fa-
bricante da caldeira; ano de fabricação; pressão máxima de trabalho admissível; pressão de teste
hidrostático de fabricação; capacidade de produção de vapor; área de superfície de aquecimento;
código de projeto e ano de edição, bem como deverá possuir, além da placa de identificação, a cate-
goria da caldeira.
Além disso, para que a instalação seja efetuada com sucesso, toda caldeira deve possuir no estabe-
lecimento em que for instalada o prontuário da caldeira, fornecido por seu fabricante, contendo as
seguintes informações:
- Código de projeto e ano de edição;
- Especificação dos materiais;
- Procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final;
- Metodologia para estabelecimento da PMTA;
- Registros da execução do teste hidrostático de fabricação;
- Conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da vida útil da caldeira;
- Características funcionais;
Próxima
- Dados dos dispositivos de segurança;
- Ano de fabricação;
- Categoria da caldeira;
- Registro de Segurança
- Projeto de Instalação
- PAR
- Relatórios de inspeção
- Certificados de calibração dos dispositivos de segurança.
Em relação ao Registro de Segurança, destaca-se que este deverá ser constituído por livro de pági-
nas numeradas, pastas ou sistema informatizado com confiabilidade equivalente a onde serão regis-
tradas: todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de segurança da caldeira
e as ocorrências de inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária, devendo constar a
condição operacional da caldeira, o nome legível e assinatura de Profissional Habilitado (PH) e do
operador de caldeira presente na ocasião da inspeção. Nesse sentido, caso a caldeira venha a ser
inadequada para uso, o Registro de Segurança deverá conter as informações necessárias a respeito
de sua inadequação, bem como receber encerramento formal.
O Profissional Habilitado terá responsabilidade sobre o projeto de instalação de caldeiras a vapor,
sendo fundamental que a instalação garanta a saúde, segurança e integridade física dos trabalhado-
res. Nesse sentido, a instalação de caldeiras deve ser realizada em casa de caldeiras ou em local
específico para tal fim, denominado área de caldeiras.
Caso a instalação ocorra em área aberta, é fundamental que a área de caldeiras preencha os se-
guintes requisitos: estar afastada de, no mínimo, 3 m (três metros) de:
- Outras instalações do estabelecimento;
- De depósitos de combustíveis, excetuando-se reservatórios para partida com até 2000 l (dois mil
litros) de capacidade;
- Do limite de propriedade de terceiros;
- Do limite com as vias públicas;
Próxima
- Dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente desobstruídas, sinalizadas e dis-
postas emdireções distintas;
- Dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da caldeira, sendo que,
para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas;
- Ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes da combus-
tão, para fora da área de operação atendendo às normas ambientais vigentes;
- Dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;
- Ter sistema de iluminação de emergência caso opere à noite.
Por outro lado, caso a instalação da caldeira ocorra em ambiente fechado, a casa de caldeiras deve
preencher os seguintes requisitos:
- Constituir prédio separado, construído de material resistente ao fogo, podendo ter apenas uma pa-
rede adjacente a outras instalações do estabelecimento, porém com as outras paredes afastadas
de, no mínimo, 3 m (três metros) de outras instalações, do limite de propriedade de terceiros, do li-
mite com as vias públicas e de depósitos de combustíveis, excetuando-se reservatórios para partida
com até 2000 l (dois mil litros) de capacidade;
- Dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente desobstruídas, sinalizadas e dis-
postas em direções distintas;
- Dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas;
- Dispor de sensor para detecção de vazamento de gás quando se tratar de caldeira a combustível
gasoso;
- Não ser utilizada para qualquer outra finalidade;
- Dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da caldeira, sendo que,
para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas;
- Ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes da combus-
tão, para fora da área de operação, atendendo às normas ambientais vigentes;
- Dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes e ter sistema de iluminação de
emergência.
Entretanto, caso o estabelecimento não atender aos requisitos trabalhados, deverá ser elaborado
um projeto alternativo de instalação, com medidas complementares de segurança, que permitam a
Próxima
atenuação dos riscos, sendo necessária a comunicação prévia à representação sindical dos traba-
lhadores predominantes do estabelecimento.
Para viabilizar a compreensão dos trabalhadores, toda caldeira deve possuir manual de operação
atualizado, em língua portuguesa, em local de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo:
- Procedimentos de partidas e paradas;
- Procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;
- Procedimentos para situações de emergência;
- Procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio ambiente.
Nesse sentido, para garantir a segurança dos trabalhadores, os instrumentos e controles de caldei-
ras devem ser mantidos calibrados e em boas condições operacionais. Destaca-se também que
toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob operação e controle de operador de caldeira,
que será a pessoa que satisfizer o disposto no item A do Anexo I desta NR.
As caldeiras devem ser submetidas a inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária, a
inspeção de segurança inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da entrada em funciona-
mento, no local de operação, devendo compreender exame interno, seguido de teste de estanquei-
dade e exame externo.
As caldeiras devem obrigatoriamente ser submetidas a Teste Hidrostático (TH) em sua fase de fabri-
cação, com comprovação por meio de laudo assinado por PH, e ter o valor da pressão de teste afi-
xado em sua placa de identificação.
A inspeção de segurança periódica, constituída por exames interno e externo, deve ser executada
nos seguintes prazos máximos:
- 12 (doze) meses para caldeiras das categorias A, B e C;
- 15 (quinze) meses para caldeiras de recuperação de álcalis de qualquer categoria;
- 24 (vinte e quatro) meses para caldeiras da categoria A, desde que aos 12 (doze) meses sejam
testadas as pressões de abertura das válvulas de segurança.
Entretanto, estabelecimentos que possuam Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos - SPIE,
conforme estabelecido no Anexo II, podem estender seus períodos entre inspeções de segurança,
respeitando os seguintes prazos máximos:
- 24 (vinte e quatro) meses para as caldeiras de recuperação de álcalis;
Próxima
- 24 (vinte e quatro) meses para as caldeiras das categorias B e C;
- 30 (trinta) meses para caldeiras da categoria A;
- 40 (quarenta) meses para caldeiras especiais conforme, definição no item 13.4.4.6.
Ao completar 25 (vinte e cinco) anos de uso, na sua inspeção subsequente, as caldeiras devem ser
submetidas a uma avaliação de integridade com maior abrangência para determinar a sua vida re-
manescente e novos prazos máximos para inspeção, caso ainda estejam em condições de uso.
Ademais, as válvulas de segurança instaladas em caldeiras devem ser inspecionadas periodica-
mente conforme segue:
- pelo menos 1 (uma) vez por mês, mediante acionamento manual da alavanca, em operação, para
caldeiras das categorias B e C, excluídas as caldeiras que vaporizem fluido térmico e as que traba-
lhem com água tratada;
- as válvulas flangeadas ou roscadas devem ser desmontadas, inspecionadas e testadas em ban-
cada, e, no caso de válvulas soldadas, feito o mesmo no campo, com uma frequência compatível
com o histórico operacional das mesmas, sendo estabelecidos como limites máximos para essas ati-
vidades os períodos de inspeção estabelecidos para caldeiras de categorias A e B.
É fundamental estabelecer que a inspeção de segurança deve ser realizada sob a responsabilidade
técnica de PH, ademais, imediatamente após a inspeção da caldeira, deve ser anotada no seu Re-
gistro de Segurança a sua condição operacional, e, em até 60 (sessenta) dias, deve ser emitido o
relatório, que passa a fazer parte da sua documentação, podendo este prazo ser estendido para 90
(noventa) dias em caso de parada geral de manutenção.
Por fim, em todos os presentes temas que serão abordados neste estudo, as recomendações decor-
rentes da inspeção devem ser registradas e implementadas pelo empregador, com a determinação
de prazos e responsáveis pela execução.
 
3. Vasos de pressão
Considera-se vasos de pressão os equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou ex-
terna, diferente da atmosférica. Nesse sentido, os vasos de pressão são classificados em categorias
segundo a classe de fluido e o potencial de risco.
a) Os fluidos contidos nos vasos de pressão são classificados conforme descrito a seguir:
Classe A:
Próxima
- Fluidos inflamáveis;
- Fluidos combustíveis com temperatura superior ou igual a 200 ºc (duzentos graus celsius);
- Fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 (vinte) partes por milhão (ppm);
- Hidrogênio;
- Acetileno.
Classe B:
- Fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200 ºC (duzentos graus Celsius);
- Fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 (vinte) partes por milhão (ppm).
Classe C:
- Vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido.
Classe D:
- Outro fluido não enquadrado acima.
b) Quando se tratar de mistura deverá ser considerado para fins de classificação o fluido que apre-
sentar maior risco aos trabalhadores e instalações, considerando-se sua toxicidade, inflamabilidade
e concentração.
c) Os vasos de pressão são classificados em grupos de potencial de risco em função do produto P.V,
onde P é a pressão máxima de operação em MPa e, V o seu volume em m3, conforme segue:
Grupo 1 - P.V = 100
Grupo 2 - P.V < 100 e P.V = 30
Grupo 3 - P.V < 30 e P.V = 2,5
Grupo 4 - P.V < 2,5 e P.V = 1
Grupo 5 - P.V < 1
d) Vasos de pressão que operem sob a condição de vácuo devem se enquadrar nas seguintes
categorias: Próxima
- Categoria I: para fluidos inflamáveis ou combustíveis;
- Categoria V: para outros fluidos.
A fim de garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, os vasos de pressão devem ser dotados
dos seguintes itens:
- Válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura ajustada em valor

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