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Seja bem-vindo (a) em nosso percurso formativo, que vai abordar o Atendimento Educacional Especializado (AEE) para o Transtorno do Espectro Autista (TEA)!
Este curso está distribuído em três módulos de estudo, aprofundando a temática, oferecendo subsídios teóricos e sugestões de como construir uma prática mais inclusiva e assertiva para educandos com TEA. 
Durante a leitura do material, incluímos hiperlinks com vídeos de aprofundamentos ou esclarecimentos, ou indicativo de textos que complementam o que foi apresentado. Ao término de cada seção ou subseção dos módulos, serão propostas atividades reflexivas e de consolidação da aprendizagem. Da mesma maneira, ao final de cada módulo temos sugestões de textos e vídeos que podem aprofundar conceitos e discussões e ampliar seu olhar sobre os conteúdos apresentados.  
Acompanha, no fechamento de cada módulo, um questionário com perguntas de múltipla escolha sobre os conteúdos abordados, para que você possa avaliar o seu percurso e sua compreensão sobre tudo que foi estudado.
Ao concluir este curso você receberá um certificado, mas esperamos que o objetivo maior de sua presença neste percurso seja aprender cada vez mais sobre o outro, qualificando sua prática pedagógica. Para tanto, disponha-se a estudar os 3 módulos disponibilizados, realizar as reflexões propostas e a avaliação. Na medida do possível, veja o conteúdo extra de cada módulo. Ou seja, procure tirar o maior proveito desta oportunidade
MÓDULO 1 – Atendimento Educacional Especializado (AEE) 
Neste módulo, conheceremos os aspectos sobre a legislação basilar do AEE e os direitos das pessoas com TEA, como aspectos facilitadores dos processos inclusivos e a identificação dos papéis de cada um nessa engrenagem. Pautar o/a profissional do AEE como articulador/a de propostas e práticas no espaço escolar e “agente ponte” entre o aluno/aluna com TEA e os professores regentes das diferentes séries.
PARA REFLETIR
· Qual a concepção de Educação Especial que embasa a sua prática?
 
· Você consegue identificar de onde vem a concepção que algumas pessoas têm sobre a deficiência?
1.1 PARADIGMAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL/INCLUSIVA
Você conhece a história da Educação Especial no mundo e no Brasil? Sabe que já passamos por distintos momentos em que diferentes paradigmas embasaram cada momento histórico?
Durante muitos anos, a Educação Especial teve teoria e prática centradas em uma visão clínico-médica, paradigma dominante, reforçando as características biológicas do indivíduo em detrimento das questões pedagógicas. Essa visão, que ainda persiste na atualidade e em diferentes espaços sociais, faz circular no ambiente escolar quadros normativos sobre a pessoa com TEA. 
PARA REFLETIR
Como será que sua escola pensa a Educação Especial? 
Como os professores pensam a educação e a inclusão? 
Essas percepções são importantes para seu trabalho? 
Segundo Beyer (2005), na educação, “predominam as imposições sociais hegemônicas ditadas pelos grupos que se consideram balizadores dos critérios de normalidade” (p.17). Nesse paradigma, é por meio de processos de compensação que tem antes de tudo a função de aproximar as pessoas com TEA dos parâmetros destacados para a normalidade, que a educação pode acontecer.
Nesse movimento, percebe-se uma impotência da educação, que fica engessada frente à perspectiva médica. Para que a educação possa retomar seu papel, buscando qualificar os processos educacionais, não podemos pautar nossas práticas pedagógicas nesse paradigma clínico-médico, mas, buscar conhecer um modelo socioantropológico, onde a premissa não é a normatividade e sim o acolhimento às diferenças e as diferentes formas que cada ser humano tem de se organizar no mundo (SKLIAR, 1997).
PRECISAMOS PENSAR
com que concepção se alia a Educação Especial?
Você se lembra dessas perspectivas? O esquema, a seguir, mostra um pequeno resumo. 
Na sequência, veja uma explicação do esquema que você viu acima:
Em uma proposta de Educação Especial/Inclusiva centrada na medicina, com uma visão clínico-médica, a base do trabalho é um modelo corretivo, ou seja, que busca a correção da deficiência, a adequação do comportamento em uma tentativa de normatização do indivíduo. A metodologia é descontextualizada, não levando em consideração saberes anteriores, vivências e desejos, refletindo em exercícios e tarefas que se sustentam na ideia da falta, ou seja, da necessidade de ensinar aquilo que o indivíduo não consegue fazer, para que a falta desapareça. Não há propostas de ampliação das relações e aprendizagens, elas são realizadas por etapas, da mais fácil para a mais difícil. 
Em uma proposta centrada na Pedagogia, a base das ações busca o desenvolvimento do indivíduo na íntegra. Para isso as atividades e práticas são significativas e levam em conta as experiências e desejos dos indivíduos, partindo sempre das possibilidades de cada um. As dificuldades serão trabalhadas, mas não de forma única; as possibilidades têm um destaque maior nessa proposta. Aqui, serão acolhidas as diferentes maneiras de aprender de cada pessoa, vistas como ferramentas pedagógicas e valorizadas como partes de cada indivíduo.
ATIVIDADE REFLEXIVA DE CONSOLIDAÇÃO DE APRENDIZAGEM.
Propomos que você faça um levantamento sobre a instituição na qual você atua, elencando as percepções dos profissionais a respeito do que pensam sobre deficiência, educação, inclusão e aprendizagem. A partir do levantamento desses dados, possa buscar esclarecer a qual perspectiva teórica sua instituição escolar está vinculada. Será que predomina um pensamento clínico-médico ou uma perspectiva pedagógica? Ou circulam concepções a respeito das duas perspectivas? Essa atividade irá auxiliar na construção da proposta de trabalho do AEE, identificando quais caminhos precisam ser percorridos para qualificar as propostas pedagógicas.
1.2 O APORTE LEGAL PARA A EDUCAÇÃO DAS PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
PARA REFLETIR
· Você sabe que existem legislações no Brasil que garantem os processos inclusivos?
 
· Em algum momento, você já analisou cada uma dessas legislações?
 
· Quais dessas legislações se voltam para o indivíduo com transtornos do espectro autista?
 
· Mediador ou profissional de apoio? Quem é esse profissional na escola?
A legislação brasileira ampara e sustenta a Educação Inclusiva através de diversos mecanismos legais. Desde a Constituição Federal de 1988, que assegura o direito de todas as pessoas com deficiência à educação (BRASIL, 1988) até os dias atuais, diversos novos mecanismos se destacam como importantes. Quando aponta em seu artigo 206: “I: - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”, a Constituição afirma que não exclui nenhum aluno do país. Em premissa, somente a Constituição Federal garantiria o acesso dos alunos e alunas com TEA às escolas. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996), em seu capítulo V, ratifica esse direito e a necessidade de serviços de apoio ao processo inclusivo. Outras normativas surgiram, especificando como esse direito de acesso e permanência com apoio especializado deve se efetivar nos espaços escolares.
Destacamos a Resolução n.º 04/2009, que institui as diretrizes para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica. Essa resolução determina a existência de um AEE e afirma que esse tem função complementar ou suplementar ao ensino e que deve disponibilizar, nos espaços educacionais ou Centros de Atendimento, recursos para a acessibilidade e estratégias pedagógicas que eliminem as barreiras à aprendizagem dos estudantes com deficiência (BRASIL, 2009).
Os alunos com TEA fazem parte do público-alvo a ser atendido pelo professor do AEE, direito esse também garantido pela Lei Berenice Piana, Lei n.º 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtornos do Espectro Autista. Berenice Piana é mãe de um rapaz diagnosticado com TEA e se tornou militante brasileira na causa do autismo. É coautora da lei 12.764, sancionada em 2012,que leva seu nome, como homenagem a sua militância e persistência. 
Para os efeitos legais, por meio dessa legislação, a pessoa com Transtorno do Espectro Autista é considerada pessoa com deficiência, assegurando todos os direitos e benefícios aos indivíduos e suas famílias. A lei institui e garante o direito a um acompanhante especializado, no ensino regular, caso seja comprovada a necessidade.
O direito ao profissional de apoio escolar é especificado e orientado pela Nota Técnica n.º 24/2013, que deve ser adotado pelos sistemas de ensino como recurso à melhoria dos processos inclusivos e se justifica quando for identificada e comprovada a necessidade do educando, visando a acessibilidade para a comunicação e atenção aos cuidados pessoais de alimentação, higiene e locomoção, quando o estudante com TEA ainda não realiza essas atividades com autonomia e independência, possibilitando o seu desenvolvimento pessoal e social.
Cabe destacar que a presença de um profissional de apoio escolar em sala de aula não substitui a importância da intervenção do professor regente e nem do atendimento no AEE. Essa mediação deve estar articulada às atividades pedagógicas, de socialização e apoio na higiene e alimentação, que ocorrem no cotidiano da sala de aula comum e do AEE. A necessidade desse apoio deve ser constantemente avaliada pela equipe multiprofissional, pelo corpo docente, pelo profissional do AEE e família, para que não acabe se tornando uma barreira à inclusão, em vez de um recurso de acessibilidade, ao proteger o estudante, realizando as suas tarefas, sem buscar a autonomia e independência
Cabe aqui um destaque à formação que precisa ter um professor de AEE: esta se encontra descrita na legislação brasileira. A Resolução CNE/CEB n.º4 de 2009, em seu artigo 12, afirma que o professor de AEE deve ter formação inicial que o habilite para o exercício da docência e formação específica para a Educação Especial.
ATIVIDADE REFLEXIVA DE CONSOLIDAÇÃO DE APRENDIZAGEM.
Existem diferentes recursos tecnológicos que podem auxiliar no estudo da legislação ou qualquer outra temática, que podem ser compartilhados com os profissionais de sua escola. Pensando assim, escolhemos uma ferramenta chamada PADLET, gratuita, na qual você deve organizar as diferentes legislações apontadas nessa sessão, por meio de pequenas informações.
 
Você já conhece o Padlet? Se não, veja o tutorial, abaixo, para saber como ele funciona.
Apresentamos um exemplo construído no padlet, intitulado “Legislação básica do AEE em TEA”, criado por nós para ilustrar o que estamos propondo que você realize. Com essa atividade, você vai aprofundar o estudo sobre os aportes legais do AEE para o atendimento do TEA. 
 
Acesse a atividade para você complementar com as legislações existentes sobre o TEA.
1.3 O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO PARA O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
PARA REFLETIR
· Será que só as abordagens comportamentais funcionam na escola?
 
· AEE para o Transtorno do Espectro Autista? Qual sua função? O que preciso saber?
· Afinal, você sabe tudo o que envolve o trabalho do AEE? Quanto de comprometimento profissional esse atendimento demanda? Vamos ver agora um pouco sobre isso?
· É sabido que na área do TEA existe um discurso que indica que as abordagens comportamentais são as mais adequadas no atendimento a esses indivíduos, sendo que essas têm a centralidade no estudo do comportamento e na aquisição de habilidades sociais. Contudo, cabe ressaltar que o papel da escola não é realizar “tratamento terapêutico'', mas propor experiências em que a pessoa com TEA possa realizar aprendizagens prazerosas que deem suporte para o avanço das questões cognitivas.
· A escola não é um espaço individual. A escola é, antes de tudo, um espaço coletivo, onde as relações sociais são o pano de fundo para a construção de aprendizagens.  Dessa forma, as propostas pedagógicas para os alunos e alunas que apresentam o transtorno devem levar em conta essas relações no coletivo, lembrando de acolher as subjetividades.
· 
· Precisamos reforçar, no cotidiano das escolas, a importância da educação inclusiva, que propicia a elaboração de novas organizações curriculares, novas concepções sobre o outro nas quais a reflexão, a flexibilização, os ajustes e o redimensionamento de práticas pedagógicas se tornam pontos essenciais para a democratização do acesso e a permanência de todas as pessoas com TEA na escola.
· Entendemos o AEE como uma ferramenta importante nos processos inclusivos, pois é representado por um profissional com formação (inicial ou continuada) em Educação Especial ou Pós-graduação na área, que traz em sua bagagem conhecimento específico sobre o público-alvo da Educação Especial, respeitando as singularidades de cada indivíduo. Da mesma maneira, a formação em serviço desse profissional é necessária e precisa ser contínua para que possa dar conta das diferentes demandas apresentadas em seu cotidiano e na relação com professores e famílias. 
· Você conseguiu perceber a importância que esse espaço de apoio representa para os alunos e alunas com TEA e para os professores? Quem atua nesse espaço? 
· Agora, vamos tratar sobre o profissional do AEE, que atende alunos com TEA na Sala de Recursos Multifuncionais. Por todo o amparo legal visto até aqui, percebemos o importante papel que esse profissional tem na tessitura dos processos inclusivos e na relação próxima que o mesmo precisa construir com os professores da classe comum e com os mediadores que se encontram no espaço escolar. 
· Muita responsabilidade, não é? Exige que haja preparação, estudo e o desenvolvimento de um trabalho colaborativo.
· O foco na educação dos indivíduos com TEA não deve estar somente nos resultados: a aprendizagem organizada e significativa e os objetivos alcançados. Depreendemos que o processo de aprendizagem é o foco do profissional do AEE. No processo, ele vai poder apreender características e nuances do desenvolvimento que não se destacam somente com o foco no resultado. Compreendendo as diferenças no aprender, poderemos lidar melhor com alguns casos em que os resultados podem demorar para aparecer. Ao olharmos para o processo como um todo, será possível perceber o avanço dos alunos e alunas com TEA nas suas construções subjetivas e cognitivas.
Qual o papel do profissional do AEE no atendimento ao TEA? 
As atribuições são destacadas no esquema que segue, como a própria lei já aponta.
Explicação do esquema acima: 
Esse profissional deve identificar as necessidades de cada aluno que chega ao atendimento, destacando, por meio  de uma avaliação pedagógica, o nível de sua aprendizagem, suas potencialidades, dificuldades, maneira de comunicação, entre tantos outros aspectos, que serão aprofundados no terceiro módulo deste curso. 
O elaborar se refere à construção de um plano de ação para o trabalho com o discente no AEE. Assim como, construir um plano de ação colaborativamente com os professores das turmas das classes regulares, para que o educando tenha garantido seu acesso ao conhecimento. 
Depois dos dois primeiros passos, cabe ao profissional a tarefa de organizar essas informações, de modo que qualquer professor tenha acesso, registrando de forma objetiva e dando apoio para que os demais professores realizem o mesmo tipo de registro em cada nível educacional que atuam. Aqui, cabe também a função de identificar quais tipo de recursos pedagógicos podem auxiliar os processos de aprendizagem do discente, tais como software, recursos e equipamentos tecnológicos, mobiliário, abafadores de som, recursos sensoriais, PECS (Sistema de Comunicação por Troca de Imagens), entre outros, garantindo a transversalidade das ações da educação especial no ensino regular. 
A função de disponibilizar diz respeito à orientação aos professores sobre quais materiais são mais acessíveis para a aprendizagem, bem como a oferta de formação continuada sobre os aspectos que envolvem o TEA, usando da metodologia do estudo de caso para a individualização das propostas e para o acompanhamento do uso dasinformações disponibilizadas que dão suporte aos diversos planejamentos, fomentando o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos e eliminando as barreiras no processo de ensino e aprendizagem
Esse profissional do AEE se ocupa também da orientação sobre postura, manejos adequados, formas possíveis de mediação, antecipação de rotinas, organização de atividades, quando necessário, condições de alimentação e o acompanhamento dos profissionais de apoio escolar (conforme consta na Lei Brasileira de Inclusão), quando presentes. Os profissionais do AEE, muitas vezes, são pontes entre o aluno e os professores.
A orientação aos profissionais de apoio escolar precisa ser estabelecida de forma colaborativa com os professores de turmas e disciplinas, pois esse recurso humano não pode assumir a posição dos docentes, mas, antes, auxiliar no contato com o aluno e nas atividades educacionais.  
O AEE assume o papel de uma unidade integradora no espaço escolar, o que é fundamental para a inclusão dos indivíduos com TEA na escola e na sociedade, pois vai elaborando estratégias para que esses indivíduos desenvolvam todo seu potencial, respeitando sempre sua individualidade e fazendo a tessitura entre escola e família, indivíduo e professores, indivíduo e conhecimento.
O profissional do AEE tem diferentes tarefas que necessitam ser cumpridas em seu cotidiano. Algumas dessas tarefas são gerais e independem do tipo de deficiência que o AEE atende. No entanto, quando falamos em alunos com TEA, a legislação ampara ações específicas, como as que constam na Nota Técnica 24/2013.
    A ação fundamental do AEE para o TEA é difundir na escola a necessidade de um planejamento que não tenha como foco de trabalho as estereotipias e os comportamentos, por vezes, desorganizados mediante a uma exposição sensorial intensa ou resultado de frustrações por diversos motivos. Dessa maneira, propomos uma experiência escolar que visa à construção de processos de significação dessas experiências.
· Identificar e detalhar quais são as competências de comunicação e linguagem desenvolvidas pelo indivíduo, organizando estratégias que acolham as diferentes formas de expressão.
· Estabelecer um trabalho em rede, buscando interlocução com a área clínica quando o estudante estiver submetido a tratamento terapêutico, realizando trocas sobre o desenvolvimento e estratégias de ação, sempre referendando o espaço coletivo da escola e os aspectos da inclusão.
· Realizar a flexibilização mediante as diferenças de desenvolvimento emocional, social e intelectual dos estudantes com transtorno do espectro autista, auxiliando os professores da escola na compreensão do significado da flexibilização, possibilitando experiências diversificadas no aprendizado e na vivência entre os pares.
· Construir, em colaboração com os professores da escola, o Plano de Desenvolvimento Individualizado (PDI) que oferecerá suporte para a construção do Plano do Atendimento Educacional Especializado (PAEE) e do Plano Educacional Individualizado (PEI) e que orientará os professores das diferentes turmas e disciplinas.
Plano de AEE do estudante com transtorno do espectro autista contempla: 
· a identificação das habilidades e necessidades educacionais específicas; 
· a definição e a organização das estratégias, serviços e recursos pedagógicos e de acessibilidade; 
· o tipo de atendimento conforme as necessidades de cada estudante;
· o cronograma do atendimento e a carga horária individual ou em pequenos grupos.
Abaixo, apresentamos um pequeno esquema para auxiliar na visualização das ações, funções e interlocuções do professor do AEE:
Explicação do quadro: O professor especialista do AEE deve atender aos alunos primordialmente na sala de recursos multifuncionais, após identificar suas necessidades e potencialidades, construindo, em conjunto com os professores da escola, o PDI, e, após seu plano de trabalho, o PAEE. 
Em relação aos professores, deve definir, implementar, liderar e apoiar a implementação de estratégias de flexibilização, orientar a adequação curricular, bem como os procedimentos didáticos pedagógicos e práticas alternativas, difundindo e estimulando o trabalho colaborativo. 
Para as famílias, o AEE precisa ser um espaço de escuta, troca de experiências e construção de objetivos comuns que atendam também às suas necessidades. Além da necessária construção de redes, que nada mais é do que o constante contato com os outros profissionais que atendem o aluno, qualificando as informações e registrando o avanço coletivo das ações. 
Destacamos que o AEE é um importante serviço de apoio, garantido em lei como um direito que colabora para o desenvolvimento integral do indivíduo com TEA. Portanto, cabe ao grupo de profissionais zelar pela frequência do aluno a esse espaço pedagógico tão importante, esclarecendo à família sobre o mesmo e sua contribuição para o desenvolvimento do indivíduo.
ATIVIDADE REFLEXIVA DE CONSOLIDAÇÃO DE APRENDIZAGEM.
Nuvem De Palavras: por meio dessa Nuvem de Palavras, busque produzir um texto ligando palavras e conceitos, como se fosse um pequeno resumo de suas aprendizagens neste módulo. Ao fazer essas tessituras você retoma conceitos e informações, além de sistematizar seu conhecimento e sua aprendizagem. Quem sabe, futuramente, você utilize sua produção para uma formação de professores? Boa sorte! Nos vemos no próximo módulo.
Formação Continuada em Educação Especial
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO:
TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)
SUMÁRIODICAS DE
ACESSIBILIDADE
Atividades de revisão de conteúdo - MÓDULO 1
Agora, vamos revisar tudo o que trabalhamos no Módulo 1.
1
As Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) são espaços onde se realiza o Atendimento Educacional Especializado AEE. Sobre este tema, analise as afirmativas a seguir:
· O AEE pode ocorrer fora do espaço escolar, em centros de atendimento. Assim, a aprendizagem do aluno com deficiência, matriculado no ensino básico, será garantida com o processo pedagógico adaptado e a interlocução entre os atendimentos.
· O AEE desenvolve um atendimento flexível com crianças, jovens e adultos com deficiência, facilitando a inclusão na escola regular.
· Todos os professores que trabalham em classes regulares podem atuar em serviço de apoio pedagógico especializado, pois não há uma formação específica exigida.
Estão corretas apenas:
a
I, II e III.
b
Apenas a I e a III.
c
Apenas a II e a III.
d
Apenas a I e a II.
e
Todas estão incorretas.
2
São funções básicas do professor de AEE fornecer à direção, aos coordenadores e aos professores esclarecimentos a respeito do modo peculiar de aprendizagem dos alunos com deficiência, bem como das singularidades avaliativas desses alunos, por meio de 4 eixos básicos. Qual letra não corresponde a esses eixos?
a
Identificar
b
Disponibilizar
c
Elaborar
d
Organizar
e
Formatar
3
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) tem como função complementar ou suplementar a formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem. A elaboração e a execução do Plano de Desenvolvimento Individualizado são de competência:
a
dos diretores das escolas que oferecem o AEE em colaboração com os coordenadores pedagógicos, repassando aos professores os modelos de adequação dos conteúdos e atividades.
b
do psicopedagogo responsável pela orientação dos professores nas salas de recursos multifuncionais, ouvindo sempre os professores das classes regulares, bem como os familiares dos alunos com deficiências que participam do programa de AEE.
c
dos professores das classes de ensino regular, ouvindo sempre os coordenadores pedagógicos, a direção da escola, os professores que atuam nas salas de recursos multifuncionais, bem como os pais ou responsáveis dos alunos que participam do AEE.
d
dos professores que atuam no AEE, em articulação com os demais professores do ensino regular, com a participação das famílias e em interface comos demais serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros necessários ao atendimento.
e
dos coordenadores pedagógicos, com apoio de psicólogos, assistentes sociais e pedagogos sociais que apresentem experiência no atendimento educacional de alunos com deficiência e suas famílias.
4
A legislação nacional prevê um compromisso com a inclusão e busca garantir oportunidades para que cada criança possa exercer a sua singularidade e construir sua autonomia. O respeito a esses direitos requer do professor do AEE:
a
Conhecer a legislação em vigor e participar de sua efetivação com propostas democráticas, atentas à seleção de conteúdo das atividades didático-pedagógicas e às relações com as crianças.
b
Considerar que a exclusão está na origem da sociedade e que, portanto, não há como superá-la já que a escola é parte da sociedade e reproduz os mesmos princípios que aprende com ela.
c
Organizar os conteúdos mais fáceis e de simples elaboração para que o trabalho com estas crianças seja realizado sem a necessidade de o professor pensar as suas diferenças.
d
Conhecer as leis em vigor que tratam das necessidades especiais na educação de algumas crianças, mas constatar que a sua aplicação e fiscalização cabem aos Ministérios da Educação e da Saúde.
e
Que o professor planeje suas atividades didáticas com prioridades para os alunos que não apresentam problemas de natureza especial, para que eles não sejam prejudicados com a inclusão.
5
Considerando as atribuições do professor do atendimento educacional especializado (AEE), é correto afirmar: 
a
As adaptações em sala de aula e na casa do aluno com deficiência física devem ser planejadas e executadas pelo professor do AEE.
b
As atividades avaliativas realizadas em sala de aula com os alunos da educação especial devem ser planejadas pelo professor do AEE.
c
É atribuição do professor do AEE fazer o diagnóstico clínico dos alunos da educação especial.
d
O professor do AEE deve estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares.
e
O professor do AEE deve evitar contato com os professores de sala de aula comum, incentivando dessa forma que tais professores assumam o trabalho pedagógico com os alunos da educação especial.
6
O atendimento educacional especializado (AEE), segundo o decreto 7.611/2011, tem função: 
a
substitutiva
b
segregadora
c
discriminatória
d
preventiva e corretiva.
e
complementar ou suplementar.
7
A educação inclusiva não privilegia uma determinada metodologia de ensino, mas uma busca contínua de um modelo educacional que tente eliminar todas as maneiras de exclusão. Assim sendo, é correto afirmar que: 
a
O aluno deve estar completamente pronto para se adaptar a turma de ensino regular.
b
A escola necessita se atualizar em relação aos conceitos de aprendizagem, currículo e avaliação.
c
Os projetos educacionais inclusivos podem ser concebidos a partir de um modelo único.
d
Mesmo o aluno demonstrando que não tem condições de acompanhar a forma como a escola se organiza, existe a viabilidade de um trabalho individual, sem que este esteja na sala de aula regular e frequente somente o AEE.
e
O mais relevante no processo de inclusão escolar é discutir qual o espaço em que deve acontecer a educação dos alunos e não o desenvolvimento de formas efetivas para desenvolver e proporcionar a aprendizagem para eles.
8
Em uma proposta centrada na medicina, com uma visão clínico-médica, diversas são as ações pedagógicas. Entre as ações abaixo, qual NÃO se baseia na visão clínico-médica. 
a
O trabalho pedagógico pauta-se na correção da deficiência.
b
As propostas direcionadas a pessoa com deficiência pautam-se na adequação do comportamento em uma tentativa de normatização do indivíduo.
c
As propostas pedagógicas levam em conta a subjetividade de cada indivíduo.
d
São oferecidos aos indivíduos exercícios e tarefas que trabalhem suas dificuldades, aquilo que ele não consegue realizar.
e
As atividades são descontextualizadas, sem levar em conta os desejos e saberes anteriores.
9
A Lei n.º 12.764 de 27 de dezembro de 2012, institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtornos do Espectro Autista. Sobre essa legislação, analise se estão corretas as afirmativas a seguir:
· Os alunos com TEA fazem parte do público-alvo a ser atendido pelo professor do AEE. Para os efeitos legais, por meio dessa legislação a pessoa com Transtorno do Espectro Autista é considerada pessoa com deficiência, assegurando todos os direitos e benefícios aos indivíduos e suas famílias. 
· A lei institui e garante o direito a um acompanhante especializado (ou profissional de apoio escolar) se comprovada a necessidade no ensino regular.
·  Sobre o acompanhante, podemos afirmar que a função deste é atender às necessidades de locomoção, alimentação, higiene e responsabilizar-se pelas questões pedagógicas e de aprendizagem do indivíduo.
Estão corretas apenas:
a
Todas estão corretas.
b
Apenas a I e a II estão corretas.
c
Apenas a II e a III estão corretas.
d
Todas estão incorretas.
10
Quando falamos sobre as funções do professor de AEE que atende os alunos e alunas com TEA, pautamos a importância de 4 aspectos: identificar, elaborar, organizar e disponibilizar. Sobre essas funções, assinale qual alternativa NÃO está correta.
a
Identificar as necessidades de cada aluno com TEA, destacando através de uma avaliação pedagógica o nível de sua aprendizagem, suas potencialidades, dificuldades e maneiras de comunicação
b
O elaborar se refere a construção de um plano de ação para o trabalho com esse discente no AEE, assim como também construir um plano de forma colaborativa com os professores das turmas das classes comuns, para que o indivíduo tenha garantido seu acesso ao conhecimento.
c
A tarefa de organizar refere-se ao organizar, passo a passo, todas as atividades que serão disponibilizadas ao indivíduo que apresenta o TEA. As atividades são repassadas aos professores para que sejam aplicadas em sala de aula comum.
d
A função de disponibilizar diz respeito à orientação aos professores sobre quais materiais são mais acessíveis para a aprendizagem, bem como a oferta de formação continuada sobre os aspectos que envolvem o TEA. Auxiliando os professores de diferentes disciplinas e níveis a realizar a individualização das propostas, de acordo com as características de aprendizagem de cada indivíduo.
e
A tarefa de organizar refere-se às informações que fazem parte do resultado da avaliação pedagógica realizada, de forma que qualquer professor tenha acesso, para que possam organizar seus planejamentos, realizando também seus registros sobre o desenvolvimento do indivíduo.
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Respondidas 0 de 10 questões
Parabéns! Você chegou ao final do módulo 1 do curso sobre Atendimento Educacional Especializado: Transtorno do Espectro Autista! 
Esperamos que tenha aproveitado os conteúdos estudados. Siga em frente, até o próximo módulo, para ampliar os seus conhecimentos!
Gabarito 
1 d
2 e
3 d
4 a
5 d
6 e
7 b
8 c
9 b
10 c

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