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O serviço social e o processo histórico de garantia de direitos no Brasil

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O serviço social e o processo histórico de 
garantia de direitos no Brasil 
APRESENTAÇÃO
Seja bem-vindo!
Para uma análise do processo de implantação e consolidação dos direitos sociais no Brasil, faz-s
e necessário um resgate das forças que convergem em determinado momento histórico, possibili
tando os avanços na conquista e manutenção desses direitos. O estabelecimento das políticas de 
trabalho, a instituição da política de previdência social e a promulgação da Constituição Federal 
de 1988 são alguns dos marcos de nossa história que puderam ser concretizados em meio a movi
mentos de forças contraditórias e que até hoje seguem se moldando aos interesses do Estado e d
o mercado.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá como se deu o processo de implementação das polít
icas sociais no Brasil, bem como quais movimentos políticos e sociais permitiram esses avanços 
e os desafios para a manutenção dessas conquistas frente a um cenário de destruição do aparelho 
estatal.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer o processo de constituição de direitos no Brasil.•
Relacionar o processo de desenvolvimento da profissão com os direitos socialmente conqu
istados.
•
Descrever o papel do assistente social em um Estado Democrático e de Direitos.•
DESAFIO
Em 1931 foi criado o Departamento Nacional de Trabalho e, em 1932, é declarada a jornada de 
oito horas para o comércio e a indústria. O universo feminino também passa a ser atendido pelas 
legislações do trabalho, que começam a regulamentar a proibição do trabalho noturno e a iguald
ade salarial entre homens e mulheres.
O que se percebe, no entanto, é que, mesmo após 86 anos de aprovação dessas medidas, ainda se 
constata a desigualdade salarial entre homens e mulheres que exercem as mesmas funções como 
sendo uma realidade em nosso país.
Suponhamos que você seja contratado(a) para atuar como Assistente Social em uma empresa on
de ocorra essa discriminação entre os gêneros. Cite quais estratégias você poderá utilizar para tra
balhar essa questão, promovendo uma mudança na cultura da instituição.
INFOGRÁFICO
A Assembleia Nacional Constituinte promulgou a Constituição Brasileira de 1934, em 16 de jul
ho desse ano, durante o governo do presidente Getúlio Vargas. Foi a segunda Constituição do p
eríodo republicano, redigida e promulgada num contexto de reivindicações, principalmente da cl
asse média e da elite de São Paulo, logo após a Revolução Constitucionalista de 1932. 
Neste Infográfico, você verá algumas das principais características desse importante documento.
CONTEÚDO DO LIVRO
Leia o capítulo O serviço social e o processo histórico de garantia de direitos no Brasil, da obra 
Fundamentos teóricos e metodológicos do serviço social (III e IV), que mostra a instauração de 
uma estrutura de direitos sociais no Brasil desde o início do século XX até a contemporaneidad
e. Nele você verá os desafios colocados ao trabalho dos profissionais que atuam no combate às d
esigualdades sociais apresentadas em meio a um cenário de precarização das políticas e abandon
o estatal.
Boa leitura.
 
O Serviço Social e o processo 
histórico de garantia de 
direitos no Brasil
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deverá apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer o processo de constituição de direitos no Brasil.
  Relacionar o processo de desenvolvimento da profissão com os direitos 
socialmente conquistados.
  Descrever o papel do assistente social em um Estado democrático 
e de direito.
Introdução
Neste capítulo, iremos apresentar um breve histórico sobre a temática de 
avanços e retrocessos que culminaram na instauração de uma estrutura 
de direitos sociais no Brasil desde a década de 1930 até os dias atuais. A 
consolidação das leis trabalhistas, a instituição da política de previdência 
social e a promulgação da Constituição Federal de 1988 são alguns dos 
marcos de nossa história que puderam ser concretizados em meio a 
movimentos de forças contraditórias e, que até hoje, seguem se moldando 
aos interesses do Estado e do mercado. 
Por fim, traremos algumas reflexões que consideramos importantes 
para o combate às desigualdades sociais apresentadas na contempora-
neidade e o fortalecimento das políticas sociais que possam promover 
o acesso das classes sociais mais necessitadas como forma de suscitar 
a inclusão social e o enfrentamento das expressões da questão social.
Os direitos sociais no Brasil, avanços, retrocessos 
e os desafios na contemporaneidade 
Os direitos sociais no Brasil, enquanto política de Estado, passam a ter um 
maior destaque no início da década de 1930, especialmente no contexto urbano 
do país. Desde os primórdios da chamada Era Vargas as pautas relacionadas 
às questões trabalhistas e sociais passam a receber atenção especial das li-
deranças do país. Ocorre nesse período a elaboração de uma nova legislação 
que culminaria na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1934. Outras 
mudanças no ventre da legislação social ocorrem até o ano de 1945, porém, 
cabe salientar que esse processo se deu num cenário de pouca, ou quase nula, 
participação política. 
Em contraponto à ortodoxia liberal característica da Primeira República 
(1889-1930), o grupo que assumira o poder em 1930 propunha a adoção de 
ampla legislação social baseada nas correntes positivistas, inspiradas no 
pensamento de Augusto Comte (1798-1857), e ficaram conhecidos como 
positivistas brasileiros. 
No que se refere à questão social, Comte dizia que o principal objetivo da 
política moderna era incorporar o proletariado à sociedade por meio de me-
didas de proteção ao trabalhador e a sua família. O positivismo afastava-se 
das correntes socialistas ao enfatizar a cooperação entre trabalhadores e 
patrões e ao buscar a solução pacífica dos conflitos. Ambos deviam agir de 
acordo com o interesse da sociedade, que era superior aos seus. Os operários 
deviam respeitar os patrões, os patrões deviam tratar bem os operários. Os 
positivistas ortodoxos brasileiros seguiram ao pé da letra essa orientação 
(CARVALHO, 2008, p. 111).
Em 1931 foi criado o Departamento Nacional do Trabalho (DNT) e em 
1932 é declarada a jornada de oito horas para o comércio e a indústria. O 
universo feminino também passa a ser atendido por meio das legislações do 
trabalho, que passam a regulamentar sobre a proibição do trabalho noturno 
e a igualdade salarial entre homens e mulheres. Em 1932 ocorre a regulação 
do trabalho de menores e criada a carteira de trabalho, que viria a se tornar 
um importante instrumento de registro para a garantia de direitos da classe 
trabalhadora. Alguns segmentos da classe trabalhadora obtiveram o direito 
de férias, que foi regulamentado entre os anos de 1933 e 1934. É promulgada 
a Constituição de 1934, que determina ao governo a competência de regular 
sobre as relações de trabalho efetivando, dentre outros benefícios, a criação 
do salário mínimo que deveria ser pago aos trabalhadores com a finalidade 
O Serviço Social e o processo histórico de garantia de direitos no Brasil2
de atender às necessidades básicas da vida de um trabalhador chefe de 
família (CARVALHO, 2008).
O autor também trata da questão previdenciária e relata os grandes avanços 
na área da previdência, que ocorrem a partir do ano de 1933 com a criação do 
Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Marítimos (IAPM), que viriam a gerir 
as antigas Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPs). Nesta nova configuração, 
os Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAPs), diferente das CAPs que eram 
vinculadas às empresas, eram subdivididos por categorias profissionais como: 
marítimos, comerciários, bancários e etc. Os IAPs continuam por ser criados 
por todo o país abarcando outras categorias como os bancários e comerciários 
em 1934, os industriários em 1936 e os empregados em transportes e cargas 
e da estiva em 1938. Os recursos dos institutos provinhamdo governo, dos 
trabalhadores e dos patrões. Dentre os diferentes IAPs haviam variações 
com relação aos benefícios concedidos. Todos concediam aposentadoria por 
invalidez e pensão para dependentes, no entanto, alguns mais ricos como o 
instituto dos bancários concediam muitos outros benefícios como aposentadoria 
por tempo de trabalho e auxílios relacionados à área da saúde. Outro destaque 
se dá para o instituto dos industriários, que em 1938 já possuía mais de um 
milhão de inscritos.
Em meio a todo avanço trazido pelas legislações do período descrito, 
também cabe destaque alguns aspectos negativos que ficaram pendentes 
nesses documentos. Algumas categorias de trabalhadores acabaram por 
serem excluídas desse sistema como os autônomos, os domésticos e os rurais. 
Estes segmentos, por não serem sindicalizados, acabaram por ficar de fora 
da política de previdência recém-implantada pelo governo federal. Essa 
política de reformas implantadas pós 1930 tinha a política social como uma 
concepção de privilégio e não enquanto direito social. Como direito social, 
deveria ser concebida de maneira a beneficiar a todos igualitariamente, da 
forma que foi produzida, os beneficiários se restringiram apenas aos que o 
governo decidiu por atender. Estes, não por acaso, eram as classes de tra-
balhadores que se encontravam vinculadas à estrutura sindical corporativa 
organizada pelo próprio governo. Sobre essas práticas, o sociólogo brasileiro 
Wanderley Guilherme dos Santos caracteriza essa política social como sendo 
uma “cidadania regulada”, ou seja, uma cidadania limitada pelo governo e 
com determinadas restrições políticas.
[...] por cidadania regulada entendo o conceito de cidadania cujas raízes 
encontram-se, não em um código de valores políticos, mas em um sistema 
de estratificação ocupacional, e que, ademais, tal sistema de estratificação 
3O Serviço Social e o processo histórico de garantia de direitos no Brasil
é definido por norma legal. Em outras palavras, são cidadãos todos aqueles 
membros da comunidade que se encontram localizados em qualquer das 
ocupações reconhecidas e definidas em lei. A extensão da cidadania se faz, 
pois, via regulamentação de novas profissões e/ou ocupações, em primeiro 
lugar, e mediante a ampliação do escopo dos direitos associados a estas pro-
fissões, antes que por extensão aos valores inerentes ao conceito de membros 
da comunidade (SANTOS, 1979, p. 103). 
O primeiro decreto sobre sindicalização veio à tona no ano de 1931. Nele 
a relação dos sindicatos com o governo se estendia para além da função de 
órgãos consultivos e técnicos. O decreto determinava que o governo deveria 
manter delegados dentro dos sindicatos, estes deveriam assistir às reuniões 
e acompanhar as atividades desenvolvidas nessas agremiações enviando, 
de forma trimestral, relatórios ao governo. A proteção do Estado junto aos 
trabalhadores sindicalizados, apesar de não ser uma situação ideal, equilibrava 
em favor dos trabalhadores a situação de confronto existente entre patrões 
e trabalhadores. Não por acaso, a legislação de 1931 foi elaborada por uma 
equipe de advogados que tinham envolvimento ativo em defesa dos direitos 
trabalhistas e sociais. Esses profissionais entendiam que somente uma legis-
lação protetora poderia trazer algum equilíbrio significativo nas relações de 
trabalho da época (CARVALHO, 2008).
Apesar de todo o avanço vivido nesse período, uma categoria de traba-
lhadores em especial ficou de fora dessas políticas: o trabalhador rural. A 
legislação trabalhista que envolvia esse segmento só chegaria ao campo du-
rante os governos militares anos mais tarde. Essa lacuna encontrada em um 
momento de propagação de leis e direitos sociais e trabalhistas se deu em 
razão da enorme influência política e econômica que blindava os grandes 
proprietários rurais. Os trabalhadores domésticos também foram esquecidos 
muito em razão do receio dos governos em desagradar a classe média urbana 
(CARVALHO, 2008, p. 123). Vale destacar que com relação a esta categoria, 
somente no ano de 2015, por meio da Lei Complementar nº 150 de 01/06/2015 
é que ocorreriam avanços significativos com relação aos direitos trabalhistas 
dessa classe. Os motivos pelos quais ocorreu tal morosidade na promulgação 
de legislação efetiva são os mesmos que vedaram quaisquer iniciativas em 
benefício dos trabalhadores domésticos ainda na década de 1930.
Outro segmento em que ocorreram avanços significativos nesse período foi 
na área da educação, em especial o ensino superior. Conforme Rossato (2005), 
ocorre um expressivo processo de expansão do ensino superior no período 
que compreende os anos entre 1930 e 1945. O crescimento das Instituições de 
Ensino Superior (IES) se expressa nos números correspondentes à criação de 
O Serviço Social e o processo histórico de garantia de direitos no Brasil4
novas instituições, que em 1930 eram 86, chegando a 181 instituições em 1945. 
Isso representa um aumento de 95 IES que foram criadas nesse intervalo de 
tempo. Antes disso, no período relativo ao ano de 1808 até 1890, existiam no 
país apenas 14 estabelecimentos, entre 1890 a 1930 surgiram 72 novas escolas. 
Pode-se, portanto, visualizar o salto quantitativo vislumbrado na Era Vargas, 
no que se refere ao crescimento do ensino superior no Brasil, no período de 15 
anos inauguraram-se mais IES do que toda a soma de instituições que foram 
criadas em 122 anos.
Cunha (2000) trata da regulação do ensino superior, quando se estabele-
ceram os padrões de organização dessas instituições em todo o Brasil. Desse 
processo surge o Estatuto das Universidades Brasileiras através da promul-
gação do Decreto nº 19.851, em 11 de abril de 1931 e a criação do Ministério 
da Educação e Saúde Pública. Dessa iniciativa, surgem as bases que iriam 
delimitar o perfil das universidades brasileiras vindouras e a regulação das 
já existentes. O perfil centralizador do Estado, característica do governo 
da época, contribuiu para o surgimento de novas IES através da regulação, 
porém, isto viria permeado por um processo de fiscalização e nomeação, por 
parte do governo, dos mais altos cargos integrantes do corpo universitário. 
Exemplificando, Fávero (2006, p. 27) discorre:
Ao instituir a Universidade do Brasil, a Lei n° 452/37, que a criou, não faz re-
ferência ao princípio de autonomia em suas disposições gerais. Essa inferência 
procede quando se analisa o art. 27, o qual dispõe que tanto o reitor como os 
diretores dos estabelecimentos de ensino, seriam escolhidos pelo presidente 
da República, dentre os respectivos catedráticos e nomeados em comissão. 
Por outro lado, torna-se expressamente proibida, aos professores e alunos da 
universidade, qualquer atitude de caráter político-partidário ou comparecer 
a atividades universitárias com uniforme ou emblema de partidos políticos. 
Essas determinações não seriam de estranhar, considerando o contexto em 
que elas são elaboradas. 
O Ministério da Educação foi criado em 1930, logo após a chegada de Getúlio Vargas 
ao poder. Com o nome de Ministério da Educação e Saúde Pública, a instituição 
desenvolvia atividades pertinentes a vários ministérios, como saúde, esporte, educação 
e meio ambiente. Até então, os assuntos ligados à educação eram tratados pelo 
Departamento Nacional do Ensino, ligado ao Ministério da Justiça.
5O Serviço Social e o processo histórico de garantia de direitos no Brasil
É visto que o governo Vargas trouxe novos ares à educação no país em 
todos os níveis. Foram conferências, assembleias, simpósios e reuniões que 
culminaram na redação final em que se fundamentou o capítulo II, Da Educação 
e da cultura, da Constituição de 16 de julho de 1934. Conforme Azevedo (1963), 
a Carta de 1934 assegura medidas para a regulação de uma política nacional 
sobre a educação, atribuindo competências privativas à União e aos estados. 
Outro fator determinante é a criação dos Conselhos Nacional e Estaduais de 
Educação que determinam a aplicação de no mínimo 10%das receitas dos 
municípios nessa área e nunca menos que 20% de aplicação por parte dos 
estados para a manutenção e desenvolvimento dos sistemas educativos. É nesse 
período que surgem as primeiras iniciativas de busca pela democratização do 
acesso ao ensino reconhecendo a educação como “um direito de todos” (art. 
149) e instituindo a liberdade de ensino e a gratuidade em todos os seus graus, 
a fim de promover o acesso a todas as camadas da população. Determina-se 
a criação de fundos especiais de educação, os quais se aplicariam na forma 
de assistência sob bolsas de estudo para alunos necessitados.
Essa seria uma das primeiras iniciativas institucionalizadas pelo Estado 
com o objetivo de promover a inclusão de pessoas de todas as classes sociais 
nos diversos níveis de ensino no país. Esse fenômeno pode ser visualizado de 
forma mais acentuada no ensino secundário, em que uma maior abrangência 
populacional com a diversidade social passa a frequentar as escolas da época. 
Azevedo (1963, p. 684-685) cita o crescimento visualizado no número de 
alunos matriculados à época sendo de 40 mil em 1930 para 160 mil em 1936, 
um aumento de quatro vezes, num período de seis anos em um país cuja 
população passou nesse mesmo período de 34 para 38 milhões.
Em 1932, um grupo de intelectuais preocupado em elaborar um programa de política 
educacional amplo e integrado lança o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, 
redigido por Fernando de Azevedo e assinado por outros conceituados educadores, 
como Anísio Teixeira. O manifesto propunha que o Estado organizasse um plano geral 
de educação e definisse a bandeira de uma escola única, pública, laica, obrigatória 
e gratuita. Nessa época, a igreja era concorrente do Estado na área da educação. Foi 
em 1934, com a nova Constituição Federal, que a educação passa a ser vista como 
um direito de todos, devendo ser ministrada pela família e pelos poderes públicos. 
De 1934 a 1945, o então ministro da Educação e Saúde Pública, Gustavo Capanema 
Filho, promove uma gestão marcada pela reforma dos ensinos secundário e univer-
sitário. Nessa época, o Brasil já implantava as bases da educação nacional. Até 1953, 
foi Ministério da Educação e Saúde. Com a autonomia dada à área da saúde, surge o 
Ministério da Educação e Cultura, com a sigla MEC. 
Fonte: Brasil (2018).
O Serviço Social e o processo histórico de garantia de direitos no Brasil6
Desenvolvimento da profissão e sua relação 
com direitos socialmente conquistados 
e o papel do assistente social 
Os dados demonstram a importância de ações que tenham como norte a demo-
cratização do acesso, a bens, a serviços e às políticas, até então, e ainda hoje, 
muitas vezes formuladas e executadas sob interesse das classes dominantes 
em detrimento das maiorias quantitativas da população.
Avançando até os governos militares pós 1964, podemos dizer que à medida 
que se cerceavam os direitos civis e políticos constataram-se alguns avanços 
com relação aos direitos sociais. Em 1966 foi criado o Instituto Nacional de 
Previdência Social (INPS). Este viria com a finalidade de extinguir as IAPs, 
unificando o sistema previdenciário com exceção do funcionalismo público, 
civil e militar que ainda mantivera seus próprios institutos. As contribuições 
foram estabelecidas em 8% do salário do trabalhador, que seriam descontados 
mensalmente pela empresa da folha de pagamento de cada trabalhador. Os 
benefícios de pensão, aposentadoria e assistência médica também foram uni-
formizados. Em 1971 foi criado o Fundo de Assistência Rural (FUNRURAL), 
que passou a incluir os até então afastados trabalhadores rurais da política de 
previdência social. O FUNRURAL obtinha recursos em separado do INPS, 
estes, eram obtidos por meio de um imposto colocado sobre a comercialização 
de produtos rurais pago pelos consumidores e por meio de um imposto também 
colocado sobre as folhas de pagamentos de empresas urbanas.
Todos esses custos, é claro, acabavam sendo repassados aos consumidores. 
A distribuição desses benefícios foi colocada a cargo dos sindicatos rurais 
ocasionando uma sobrecarga dessas organizações que, com isto, vieram a 
perder combatividade política para com os governos militares. Com a ampliação 
das políticas de assistência ao meio rural, esse eleitorado passou servir como 
palanque de campanha para todos os governos militares que viriam dali para 
diante. Sem a oneração dos proprietários rurais com a previdência rural e com 
a pauta da reforma agrária colocada na gaveta do governo, não poderia de ser 
diferente tal apoio ao governo em exercício (CARVALHO, 2008, p. 171-172).
Ainda foi criado em 1966 o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 
(FGTS), que viria a funcionar como uma espécie de seguro desemprego da-
queles que por motivos de desligamento de determinada empresa poderiam 
sacar tal benefício que havia sido arrecadado durante o período de contrato 
ativo. Com o objetivo de facilitar a compra de habitação pela população de 
menor renda, foi criado o Banco Nacional de Habitação (BNH) e instituído o 
Ministério da Previdência e Assistência Social, em 1974.
7O Serviço Social e o processo histórico de garantia de direitos no Brasil
Em 1988 ocorre o grande marco dos direitos sociais no Brasil, a promulga-
ção da Constituição de 1988. Dentre os direitos sociais alcançados pela carta 
magna podemos citar: a fixação em um salário mínimo como sendo o limite 
inferior a ser pago pelas pensões e aposentadorias; pagamento de pensão de 
um salário mínimo para pessoas com deficiência e todos os maiores de 65 
anos independente de terem contribuído para a previdência e; a introdução da 
licença-paternidade que concede aos pais licença de cinco dias do trabalho 
por ocasião de nascimento dos filhos, dentre outros.
Frente às medidas concebidas pela Constituição de 1988 percebe-se a 
melhoria de alguns indicadores básicos de qualidade de vida. A mortalidade 
infantil caiu de 73 mortes para mil crianças nascidas vivas em 1980 para 39,4 
em 1999. A expectativa de vida subiu de 60 para 67 anos no mesmo período. 
Carvalho (2008) ressalta que o progresso mais importante nesse período se deu 
na educação fundamental, setor este decisivo para o alcance da cidadania. O 
analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais caiu de 25,4% em 1980 para 
14,7% da população em 1996. Ocorreram índices de crescimento também 
relacionados à escolarização de crianças de 7 a 14 anos que eram de 80% em 
1980 chegando a 97% em 2000.
Nos debates que antecederam a promulgação da Constituição Brasileira de 1988, várias 
associações da sociedade civil estiveram presentes. De um lado, estavam aquelas 
que se identificavam com os interesses da educação pública, que se opunham aos 
grupos privatistas. Sua luta procurava assegurar verbas públicas, exclusivamente, para 
as instituições públicas governamentais. Esse grupo posicionava-se a favor do ensino 
público laico e gratuito em todos os níveis. De outro lado, os grupos ligados ao setor 
privado, interessados em obter acesso às verbas públicas e diminuir a interferência 
do Estado nos negócios educacionais. 
A Constituição Federal estabeleceu um mínimo de 18% da receita anual, resultante 
de impostos da União, para a manutenção e o desenvolvimento do ensino; assegurou, 
também, a gratuidade do ensino público nos estabelecimentos oficiais em todos 
os níveis e criou o Regime Jurídico Único, estabelecendo pagamento igual para as 
mesmas funções e aposentadoria integral para funcionários federais. Em seu artigo 
207, reafirmou a indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão em 
nível universitário, bem como a autonomia das universidades. 
Fonte: Oliven (2002, p. 36). 
O Serviço Social e o processo histórico de garantia de direitos no Brasil8
Ainda sobre a Constituição de 1988, com relação à previdência social, 
destacamos enquanto ação positiva a elevação da aposentadoria dos traba-
lhadores rurais para o piso de um salário mínimo. Também cabe destaque 
a implantação do Benefício dePrestação Continuada (BPC) para idosos e 
pessoas com deficiência. Quanto às problemáticas encontradas, a principal 
está relacionada aos benefícios previdenciários. Carvalho (2000, p. 207) 
apresenta da seguinte forma:
[...] A necessidade de reduzir o déficit nessa área (aposentadorias) foi usada 
para justificar reformas no sistema que atingem negativamente sobretudo 
o funcionalismo público. Foi revogado o critério de tempo de serviço, que 
permitia aposentadorias muito precoces, substituindo por uma combinação 
de tempo de contribuição com idade mínima. Foram também eliminados 
os regimes especiais que permitiam aposentadorias com menor tempo de 
contribuição. O problema do déficit anda persiste, e, diante das pressões no 
sentido de reduzir o custo do Estado, pode-se esperar que propostas mais 
radicais como a da privatização do sistema previdenciário voltem ao debate. 
Em meio a isso, ocorre em 1979 o III Congresso Brasileiro de Assisten-
tes Sociais (CBAS). Este determina que o posicionamento ético-político da 
categoria profissional deverá pautar-se no compromisso para com os setores 
populares e as classes sociais mais necessitadas. A partir disso, em um cenário 
de reorganização política da sociedade civil, que lutava em defesa da demo-
cratização e da ampliação dos direitos civis e sociopolíticos, um novo projeto 
profissional de ruptura se materializa, por meio da organização dos valores 
ético-políticos da profissão, que rompe em definitivo com o tradicionalismo 
do serviço social e busca referencial nas bases marxistas (BARROCO, 2006). 
O processo de redemocratização da década de 1980 proporciona a emer-
gência de uma nova postura profissional. Esta atua por vias da militância 
político-profissional, articulada pelos movimentos nacionais de sindicalização 
profissional que se alia aos movimentos de luta dos trabalhadores daquele 
período. Esses eventos nacionais de reivindicação de direitos sociais e de luta 
em prol do estado democrático revelam uma categoria pautada nos princípios 
críticos da sociedade e que toma parte em meio a estas lutas. O assistente 
social insere-se na divisão sociotécnica do trabalho enquanto parte da classe 
trabalhadora e cidadão demandante de direitos e de políticas. Isso faz com 
que a formação profissional receba novos direcionamentos passando a contar 
com um novo currículo, que se baseia em uma formação crítica e que passa a 
orientar o trabalho profissional voltado para as classes subalternas. 
9O Serviço Social e o processo histórico de garantia de direitos no Brasil
Sobre isto, Barroco (2006, p. 170-171) afirma que foi sob a influência de 
Gramsci que ocorreram processos de reinterpretação das possibilidades de 
ruptura, o que influenciaria na criação do novo Currículo de Serviço Social, 
em 1982, e na elaboração do Código de Ética de 1986. Esses dois documentos 
são considerados marcos de um projeto ético-político de compromisso com 
as classes subalternas e que direcionam a formação e a prática profissional 
comprometidas com essas classes. Ao colocar-se nas funções do intelectual 
orgânico, o assistente social encontra sua identidade profissional atuando 
como educador e organizador da população no processo de construção 
de uma nova hegemonia pautada na luta pelos direitos da população, em 
especial daqueles mais precarizados. Nesse momento, ao invés de seguir 
contribuindo na reprodução da ideologia dominante, o serviço social busca 
difundir a ideologia das classes trabalhadoras para a construção de uma 
nova hegemonia.
Nos anos 1990, com a ampliação do processo de globalização neoliberal, 
ocorre a crescente destruição da estrutura de responsabilidade social do Estado. 
Privatizam-se serviços públicos e empresas estatais, destruindo as legislações 
de proteção social e do trabalho. O desemprego, o subemprego, o empobreci-
mento da população, além da repressão aos movimentos sociais são algumas 
das consequências desse modelo político-econômico. Com índices de miséria 
similares aos países mais pobres do mundo e por meio de ações promovidas 
por uma elite conservadora e reacionária, o país retoma práticas ultrapassa-
das de “combate” à questão social. Propostas e programas governamentais 
pautados em apelos ético-morais buscam envolver a sociedade em nome da 
“solidariedade” e da “responsabilidade social” para promover o combate às 
expressões da questão social. Isto promove uma modernização às práticas 
filantrópicas que desresponsabilizam ainda mais o Estado, possibilitando o 
crescimento do terceiro setor (BARROCO, 2006, p. 179).
Naquele período e, ainda hoje, os maiores desafios concentram-se nas 
questões que se relacionam com a desigualdade social que assola o país. Faz-se 
necessário compreendermos as problemáticas relacionadas às expressões da 
questão social na contemporaneidade para que, a partir dessa compreensão, o 
profissional de serviço social possa formular, implementar e viabilizar direitos 
sociais por meio das políticas sociais que se apresentam disponíveis. A questão 
social na contemporaneidade se reproduz por meio da globalização econômica 
e das regulações impostas pelo mercado neoliberal altamente controlado pelos 
oligopólios e as grandes nações detentoras do poderio econômico. No Brasil, 
essa situação apresenta-se de forma ainda mais grave atingindo a todos os 
O Serviço Social e o processo histórico de garantia de direitos no Brasil10
setores e classes sociais. O que temos no país hoje é um sistema de desmonte 
das políticas de proteção social e a destruição das normas trabalhistas em 
favor do capital e das leis de mercado (PIANA, 2009).
De acordo com Iamamoto (2001, p. 28 apud PIANA, 2009, p. 52) “[...] o 
Serviço Social tem como tarefa decifrar as formas e expressões da questão 
social na contemporaneidade e atribuir transparência às iniciativas voltadas 
à sua reversão ou enfrentamento imediato”. Sendo assim, o cenário que se 
apresenta diante de nós profissionais de serviço social é um cenário de pre-
carização das instituições, em especial do Estado, no que tange à temática 
de garantia e avanços dos direitos sociais já adquiridos. Faz-se necessário a 
defesa do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e das políticas sociais 
que trabalham em benefício das classes sociais mais necessitadas. Somente 
por meio de processos que promovam a inclusão social desses indivíduos é 
que poderemos promover uma possível emancipação política, econômica e 
social, trazendo o resgate da dignidade humana e promovendo as transfor-
mações societárias que são necessárias para a construção de uma sociedade 
mais justa e igualitária.
A construção do Sistema Único da Assistência Social (SUAS) está expresso no princípio 
constitucional do direito socioassistencial como proteção de seguridade social, regulado 
pelo Estado como seu dever e direito de todo cidadão, exigindo que se tenha como 
ponto de partida, unidade de concepção quanto ao âmbito e conteúdo da política 
social sobre o paradigma do direito e da cidadania. O avanço é que essa perspectiva 
exige a necessária ruptura com o paradigma conservador que organiza a assistência 
social por projetos sociais focalistas e seletivos; pela fragmentação de serviços por 
segmentos sociais; pela privatização da concepção da política de assistência social 
repassando a responsabilidade para organizações não governamentais; prevalência 
do princípio de subsidiaridade, benemerência e filantropia e a operacionalização 
das ações de assistência social através de agentes isolados da sociedade civil sem 
desenvolver articulação em rede. 
O Sistema Único de Assistência Social é o elemento fundamental para implementação 
da Política Nacional de Assistência Social, pois estabelece procedimentos técnicos e 
políticos em termos de organização e prestação das medidas socioassistenciais, além da 
nova processualidade em relação à gestão e ao financiamento das ações organizadas 
no âmbito dessa política pública.
Fonte: Sousa et al. (2013).
11O Serviço Social e o processo históricode garantia de direitos no Brasil
AZEVEDO, F. A cultura brasileira: introdução ao estudo da cultura no Brasil: 4. ed. 
Brasília, DF: UnB, 1963.
BARROCO, M. L. S. Ética e serviço social: fundamentos ontológicos. 4. ed. São Paulo. 
Cortez, 2006.
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 10. ed. Rio de Janeiro: Civili-
zação Brasileira, 2008.
CUNHA, L. A. Ensino Superior e Universidade no Brasil. In: LOPES, E. M. T.; FARIA FI-
LHO, L. M.; VEIGA, C. G. (Org.). 500 anos de educação no Brasil. 2. ed. Belo Horizonte: 
Autêntica, 2000. p. 151-204.
FÁVERO, M. L. A. A universidade no Brasil: das origens à Reforma Universitária de 
1968. Educar, n. 28, p. 17-36, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/er/n28/
a03n28.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2018.
PIANA, M. C. A construção do perfil do assistente social no cenário educacional. São 
Paulo: UNESP, 2009.
ROSSATO, R. Universidade: nove séculos de história. Passo Fundo: UPF, 2005.
SANTOS, W. G. Cidadania e Justiça: a política social na ordem brasileira. Rio de Janeiro: 
Campus, 1979.
Leituras recomendadas
BRASIL. Ministério da Educação. Apresentação. 2018. Disponível em: <http://portal.
mec.gov.br/institucional/historia>. Acesso em: 15 jul. 2018.
BRASIL. Norma Operacional Básica NOB/SUAS: construindo as bases para a implanta-
ção do Sistema Único de Assistência Social. Brasília, DF: SUAS, 2005. Disponível em: 
<http://www.assistenciasocial.al.gov.br/sala-de-imprensa/arquivos/NOB-SUAS.pdf>. 
Acesso em: 15 jul. 2018.
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Legislação e Resoluções sobre o Trabalho do/a 
Assistente Social. Brasília, DF: CFESS, 2011. Disponível em: <http://www.cfess.org.br/
arquivos/LEGISLACAO_E_RESOLUCOES_AS.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2018.
OLIVEN, A.C. Histórico da educação superior no Brasil. In: INSTITUTO INTERNACIONAL 
PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR NA AMÉRICA LATINA E NO CARIBE. A educação superior 
no Brasil. Porto Alegre: Unesco, 2002. Disponível em: <http://flacso.redelivre.org.br/
files/2013/03/1109.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2018.
O Serviço Social e o processo histórico de garantia de direitos no Brasil12
SOUSA, M. M. F. et al. A Assistência social como política pública de direito: avanços 
e desafios na efetivação dos direitos sociais. In: JORNADA INTERNACIONAL DE PO-
LÍTICAS PÚBLICAS. 6., São Luís, 2013. Artigos... São Luís: UFMA, 2013. Disponível em: 
<http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2013/JornadaEixo2013/anais-eixo8-
-direitosepoliticaspublicas/aassistenciasocialcomopoliticapublicadedireito.pdf>. 
Acesso em: 15 jul. 2018.
13O Serviço Social e o processo histórico de garantia de direitos no Brasil
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
A Assistência Social, como política de Seguridade Social, é uma conquista que sempre se renov
a, e é assim que deve ser. E mais, é uma conquista que se projeta para o futuro a cada passo que 
dá. O Sistema Único de Assistência Social (SUAS) representa uma nova forma de organizar e g
erir a Assistência Social brasileira. Planejado e executado pelos governos federal, estaduais, do 
Distrito Federal (DF) e municipais, em estreita parceria com a sociedade civil, garante a Assistê
ncia Social devida a milhões de brasileiros, em todas as faixas etárias.
Acompanhe, nesta Dica do Professor, uma breve descrição de como surgiu e como se efetiva o S
UAS.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
NA PRÁTICA
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), em 
2013 o Brasil superou 7 milhões de matrículas no Ensino Superior. Um crescimento de 81% entr
e os anos de 2013 a 2012. A ampliação das matrículas, porém, não significa a democratização d
o acesso ao Ensino Superior. O processo de ampliação ocorre primeiramente para as populações 
que possuem melhores condições financeiras e sociais e assim conseguem destaque nos process
os de seleção das Instituições de Ensino Superior (IES). 
 
Para atender uma maior parcela da população, principalmente aquelas de baixa renda e que resid
em no interior dos estados, foi criado, em 2005, o Programa Universidade para Todos (ProUni), 
com o objetivo de proporcionar o acesso ao Ensino Superior por meio da concessão de bolsas de 
estudo parciais e integrais em instituições de Ensino Superior privadas e comunitárias. O progra
ma obteve avanços significativos nos últimos 10 anos, pois milhares de jovens e adultos podem 
vislumbrar a oportunidade de ingressar em uma instituição de Ensino Superior, o que antes da cr
iação do programa era algo extremamente difícil para essas populações, que eram excluídas dess
e universo.
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Veja a seguir quais são os critérios para concessão da Bolsa ProUni.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professo
r:
SUAS
Para saber mais sobre o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), veja o documento a segui
r, publicado em 2009 pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
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Direitos sociais na Constituição cidadã: um balanço de 21 anos
O artigo a seguir apresenta um balanço dos direitos sociais previstos na Constituição de 1988, de
stacando seus avanços e limitações ao longo dos últimos 21 anos.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
O ProUni e a conclusão do Ensino Superior: novas trajetórias pessoais e profissionais dos e
gressos
Para saber mais sobre o Programa Universidade para Todos (ProUni) enquanto política pública 
de acesso à educação, leia o artigo a seguir.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/Consolidacao_Suas.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282011000100002
http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v19n73/08.pdf

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