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Conteúdo:
DESPACHO 
ADUANEIRO
Vania Mara
Almeida Copelli
 
Despacho Aduaneiro
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Definir como funciona a Nomenclatura Comum do Mercosul 
(NCM). 
 � Diferenciar o que é o Desembaraço Aduaneiro e o Despacho Adu-
aneiro. 
 � Reconhecer as Funções do Despachante Aduaneiro. 
Introdução
Olá! 
Todo o processo que abrange a liberação da mercadoria na 
alfândega e as atividades executadas pelo fiscal para que a 
mercadoria seja liberada é chamado de Desembaraço Alfan-
degário e Despacho Aduaneiro. 
Neste capítulo, você vai estudar o Desembaraço Aduaneiro e o Des-
pacho Aduaneiro e conhecer a Nomenclatura Comum do Mercosul 
(NCM).
Bons estudos!
NCM – NOMENCLATURA COMUM DO 
MERCOSUL
O Brasil faz parte do Mercosul (Mercado Comum do Sul) desde 1991. Além 
do Brasil, fazem parte Uruguai, Paraguai e Argentina (membros fundadores) 
e Venezuela (integrado desde 2012). O objetivo do Mercosul é simplicar e 
liberar a circulação de bens, mercadorias, serviços e pessoas entre os países 
do bloco. Também tem como objetivo a adoção de uma política comercial que 
seja comum a todos os respectivos países, coordenando políticas, harmoni-
zando as legislações e apresentando um conjunto coeso diante de Fóruns de 
Negociação Internacional. 
Em 1995, foi criada a TEC, que veio para estimular o comércio entre os 
países-membros do Bloco. Porém, de acordo com o MDIC (Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), o intuito da TEC foi o de 
incentivar a competitividade dos Estados e estimular o comércio entre os pa-
íses do Bloco. Conforme Kume e Piani (2003), a “TEC pode ser utilizada 
para minimizar custos do desvio de comércio, resultando na substituição 
das importações vindas do resto do mundo, através das compras originárias 
dos parceiros do bloco”. É válido ressaltar que os países que fazem parte do 
Bloco (Mercosul) optam por utilizar uma tarifa comum para todos os pro-
dutos vindos de fora do Bloco e tarifa menor para os produtos comerciali-
zados dentro do Mercado Comum, sendo produzidos em determinados paí-
ses-membros. A TEC representa uma alíquota para ser aplicada em produtos 
estrangeiros que entram no Mercosul. A Nomenclatura Comum do Mercosul 
(NCM) tem como base o Sistema Harmonizado.
00 00 00 0 0
Subitem 
(8º dígito 
da NCM)
Item (7º dí-
gito da NCM)
Subposição 
(6 primeiros 
dígitos do SH)
Posição (4 
primeiros dí-
gitos do SH)
Capítulo (2 
primeiros 
dígitos do SH)
ESPECIFICAÇÃO DA NCM:
Exemplo: Código NCM – 0104.10.11 – Animais reprodutores de raça 
pura, da espécie ovina, prenhe ou com cria ao pé.
Toda mercadoria deve ser expressa em seis dígitos, sendo os dois primeiros 
correspondentes ao número do capítulo no qual está inserida a mercadoria. 
O terceiro e o quarto dígitos correspondem à posição na qual a mercadoria 
se encontra dentro do capítulo. O quinto dígito indica a subposição simples 
e o sexto dígito, a subposição composta, ambos utilizados para dar maior 
especificidade do item. São indicativos apenas os títulos das seções, dos ca-
pítulos e dos subcapítulos. É importante ressaltar que somente se classificam 
na mesma posição da mercadoria completa se apresentarem as características 
essenciais do artigo acabado ou completo.
SEÇÃO I à
Animais vivos 
e produtos do 
reino animal
CAPÍTULO 01 à Animais vivos
POSIÇÃO 0104 à
Animais vivos 
das espécies 
ovina e caprina
SUBPOSIÇÃO 0104.10 à Ovinos
ITEM 0104.10.1 à
Reprodutores 
de raça pura
SUBITEM 0104.10.11 à
Prenhe ou com 
cria ao pé
ESTE CÓDIGO É RESULTADO DOS SEGUINTES DESDOBRAMENTOS:
Fonte. Adaptado de Invest & Export Brasil, 2016.
Constatamos que as regras aplicáveis à interpretação da NCM são as mesmas 
relativas ao SH. O art. 94 menciona que a alíquota aplicável para o cálculo do 
imposto é a correspondente ao posicionamento da mercadoria na Tarifa Externa 
Comum, sendo na data da ocorrência do fato gerador, ocorrendo a identificação 
da classificação fiscal segundo a Nomenclatura Comum do Mercosul. Porém, 
no parágrafo único consta que, para fins de classificação das mercadorias, a 
interpretação do conteúdo de desdobramentos e posições será feita com obser-
vância nas regras gerais para interpretação das respectivas regras gerais com-
plementares, das notas complementares e, subsidiariamente, das notas explica-
tivas do Sistema Harmonizado de codificação e designação das mercadorias, 
conforme a Organização Mundial das Aduanas.
Existem outros detalhamentos que, por sua vez, são publicados pela Organi-
zação Mundial das Alfândegas (OMA) para atualizar e explicar posições do SH, 
recebendo o nome de Notas Explicativas do Sistema Harmonizado de Desig-
nação e Codificação de Mercadorias. Está em vigor desde 20 de março de 2012 
a Instrução Normativa (IN) da Receita Federal do Brasil (RFB). Temos que a IN 
aprova a tradução das atualizações das Notas Explicativas do Sistema Harmoni-
zado de Designação e Codificação de Mercadorias decorrentes de atualizações 
publicadas pela OMA, servindo para atualizar, incluir, ou simplesmente para 
elucidar alguns aspectos da classificação. Vejamos o exemplo abaixo:
POSIÇÃO 01.02.
1. Primeiro parágrafo. Itens 1) a 7) 
nova redação:
2. Os bovinos domésticos: 
esta categoria compreende 
os bovinos do gênero BOS, 
divididos nos quatro subgêneros 
seguintes: BOS, Bibos, Novibos e 
Poephagus. 
a) O boi comum (BOS Taurus), o 
boi de bossa ou boi-zebu (BOS 
Indicus) e o boi Watusi .
b) Os bois asiáticos do gênero 
Bibos, tais como o Gauro (Bibos 
gaurus), o Gaial (Bibos frontalis) 
e o Banteng (Bibos Sondaicus 
ou pos javanicus).
c) Os animais do subgênero 
Poephagus, tais como os laquês 
do Tibete (Bos Grunniens). 
Verificamos que existem atualmente mais de 200 países utilizando o SH 
e 98% do Comércio Mundial adota seus códigos. A atualização ocorre a cada 
cinco anos, revisando o sistema, retirando e incluindo códigos. Ou seja, a 
NCM é uma lista de produtos, códigos e alíquotas (TEC) e tem como base o 
SH.
DESEMBARAÇO ADUANEIRO E DESPACHO 
ADUANEIRO 
a) Desembaraço Aduaneiro: refere-se a qualquer processo de importação ou 
exportação que envolve a liberação ou a entrada de mercadorias do território 
brasileiro. Na importação, o governo federal entende que esse ato trata-se de 
finalização da operação. No Desembaraço Aduaneiro, existe a verificação 
de documentos e dados declarados do exportador, a fim de confirmar que a 
importação esteja de acordo com a determinação da legislação. O funciona-
mento do Desembaraço Aduaneiro ocorre assim que o pedido é feito pelo im-
portador e chega à alfândega, entrando, por sua vez, em uma lista de espera, 
tendo como primeiro passo a conclusão da conferência aduaneira, que tem por 
finalidade a identificação de irregularidade. Estando tudo certo, inicia-se o 
Desembaraço Aduaneiro. O mesmo é feito pelo SISCOMEX, que acompanha 
, contempla o registro e controla todas as operações de Comércio Exterior. 
Com o Desembaraço já cadastrado, o respectivo pedido é expedido e entregue 
ao importador, indo junto o comprovante de importação, que, por sua vez, 
documenta se o pedido está regular, cabendo ao importador apresentar:
 � Comprovante de pagamento do ICMS.
 � Documento que comprova o pagamento da taxa do Departamento de 
Marinha Mercante, quando a mercadoria tem um transporte marítimo.
 � Documento a respeito do conhecimento de carga.
Vale-se ressaltar que todo este processo abrange o desembaraço alfande-
gário, ou seja, liberação da mercadoria na alfândega.
Temos os Canais de Desembaraço, que representam todo o procedimento, 
que passa pela escolha de um canal de parametrização, ocorrendo no mo-
mento do registro no SISCOMEX, e tem a seleção feita de forma randônica 
em horários definidos previamente nos aeroportos e portos. Existem três tipos 
de canais de parametrização, que são:
 � Verde: não existe verificação no canal por parte da Receita Federal.
 � Amarelo: realizada somente uma análise dosdocumentos do processo 
registrado.
 � Vermelho: é feita análise documental e física dos produtos declarados.
Existem alguns tipos de mercadorias que serão desembaraçadas, como:
 � Mercadorias sendo alvo de apreensão que foi anulada por decisão judi-
cial não transitada em julgado, não tendo garantia prévia.
 � Mercadorias que são consideradas nocivas à saúde, ao meio ambiente, 
à segurança pública ou produtos que não cumprem controles sanitários, 
fitossanitários e zoossanitários.
 � Mercadorias que tenham exigência de crédito tributário de atendimento 
pendente, com exceção havendo a prestação de garantia nos casos que 
são autorizados pelo Ministério da Fazenda.
Desta forma, verificamos que o Desembaraço Aduaneiro refere-se a um 
procedimento um pouco complexo, porém obrigatório, garantindo que a mer-
cadoria esteja condizente com a legislação.
b) Despacho Aduaneiro: são atividades executadas pelo fiscal, com o 
intuito de a mercadoria ser liberada, mediante a verificação e a exatidão dos 
dados pelo importador em relação à mercadoria importada. Pode ser definido 
também como um procedimento fiscal no qual o exportador desembaraça a 
respectiva mercadoria para o exterior, seja definitivo ou não (arts. 438 e 443 
do Regulamento Aduaneiro aprovado pelo Decreto 91.030, de 5 de março de 
1985). Durante o Despacho Aduaneiro, o exportador, de posse do Registro 
de Embarcação (RE) deferido, dá entrada na Solicitação de Despacho (SD) 
junto à Secretaria da Receita Federal (SRF), através da SISCOMEX. Vale 
ressaltarmos que a mercadoria deve estar plenamente disponível em Recinto 
Alfandegado, acompanhada das seguintes documentações:
 � Primeira via da Nota Fiscal (em casos de embarques marítimos ou aé-
reos).
 � Primeira via da Nota Fiscal com as originais do Conhecimento de Em-
barque e do Manifesto Internacional de Carga (MIC) – exportação via 
terrestre, fluvial ou lacustre.
Esses respectivos documentos são conferidos com os dados do RE, caso 
a SRF faça a determinação de verificação da mercadoria física. Após esse 
processo, temos o início do despacho, com autorização de trânsito, embarque 
ou transposição de fronteira. Ocorre no final a fiscalização, chamada de aver-
bação, sendo registrada eletronicamente no SISCOMEX. Verifica-se que 
desde 1994, tendo a publicação da Instrução Normativa SRF 28, um Des-
pacho Aduaneiro de Exportação contém um ou mais RE, em que se referem, 
cumulativamente:
 � Ao mesmo local de embarque.
 � À mesma repartição fiscal para despacho.
 � Às operações com o mesmo enquadramento, ou seja, mesmo código 
(ex: exportação financiada, etc).
 � Às mercadorias negociadas na mesma moeda e na mesma condição de 
venda.
 � Ao mesmo exportador, mercadorias exportadas para um mesmo des-
tino de país. 
Logo após o desembaraço pela SRF, ocorre a emissão do Comprovante de 
Exportação (CE), documento que faz a comprovação do embarque da merca-
doria para o exterior, tendo força legal com fins administrativos, cambiais e 
fiscais.
Termos que são utilizados no Despacho Aduaneiro:
 � Trânsito Aduaneiro: ocorre quando a unidade de despacho se difere do 
embarque. Operação de transporte com suspensão de mercadoria do 
local de origem ao local de embarque e suspensão de tributos.
 � Unidade de Embarque: local da SRF onde ocorre a saída física da mer-
cadoria.
 � Recintos Alfandegados de Zona Primária: locais destinados à movi-
mentação e ao depósito, sob controle aduaneiro, de mercadorias com 
destino à exportação.
 � Zona Secundária: refere-se a parte restante do território aduaneiro, in-
cluídas as águas territoriais e o espaço aéreo.
 � Zona Primária: refere-se aos portos e aeroportos alfandegados, assim, 
também a área adjacente aos pontos de fronteira alfandegados.
 � Unidade de Despacho: refere-se ao estabelecimento da SRF respon-
sável pela verificação de documentos de carga do sistema, sendo con-
ferência física e desembaraço da mercadoria. 
Despachos Aduaneiros Especiais: 
Pode-se importar e exportar com suspensão de tributos, por meio dos me-
canismos de Regime Aduaneiro Especial. Existem três tipos de modalidades 
na exportação:
a) Trânsito Aduaneiro na Exportação: ocorre o transporte da merca-
doria pelo território nacional, tendo suspensão de tributos, no total controle da 
autoridade aduaneira. O regime é concedido pela SRF, podendo ser aplicado 
no transporte da mercadoria nacional ou ser aplicado no transporte da mer-
cadoria nacional ou mesmo nacionalizada, sendo verificada ou despachada 
especificamente para exportação, no embarque ou armazenamento espe-
cificamente em área alfandegada para posterior embarque, ou podendo ser 
conduzido em veículo destinado ao exterior. Vale ressaltar que o prazo para 
suspensão conta-se desde o desembaraço do trânsito aduaneiro até o referente 
momento de certificação da mercadoria chegada ao destino.
b) Exportação Temporária: ocorre a saída de mercadorias do país, estando 
vinculadas à reimportação no prazo máximo de dois anos. Refere-se a casos 
de beneficiamento, transformação, elaboração, conserto, reparo, montagem, 
além de produtos que são destinados a feiras e eventos. Vale ressaltar que, 
quando a mercadoria retorna, serão exigidos os respectivos tributos inci-
dentes sobre o material empregado na execução de serviço ou sobre o valor 
do produto agregado.
c) Entreposto Aduaneiro na Exportação: a concessão também é feita pela 
SRF, possibilitando o depósito de mercadorias que serão exportadas em de-
terminado local, tendo suspensão do pagamento de tributos e controle fiscal 
no prazo de um ano, com prorrogação de igual período. Em casos especiais, 
pode chegar a até três anos. Esgotado o prazo, com tolerância de mais 45 dias, 
deverá o exportador ter a opção de iniciar o despacho da mercadoria, reinte-
grando-a ao seu estoque ou recolhendo os tributos que são suspensos. Não 
sendo feito todo o procedimento, a mercadoria pode ser considerada abando-
nada, levando à perda.
FUNÇÕES DO DESPACHANTE ADUANEIRO 
Verificamos que o Despachante Aduaneiro e também seus ajudantes exercem 
atos que são relacionados com o respectivo procedimento fiscal de Despacho 
Aduaneiro, sendo mencionado basicamente no art. 1º do Decreto 646, de 
09.02.1992, regulamento atual do art. 5º do Decreto-Lei 2.472, de 01.09.1988. 
As atividades estavam previstas no art. 560, que consta no Regulamento Adu-
aneiro baixado com o Decreto 91.030, de 05.03.1985.
O Despachante Aduaneiro tem como principal função a formulação da 
chamada Declaração Aduaneira, conceito moderno limitado pelas Conven-
ções de Kyoto e das Nações Unidas e absorvido pelas principais legislações 
aduaneiras do mundo, dentre elas a da União Europeia e a do Mercosul. Con-
siste na propositura da destinação que venha a ser dada aos bens, submetidos 
no controle aduaneiro, tendo como afirmativa os requisitos legais que são es-
tabelecidos no regime pretendido e também no cumprimento das respectivas 
obrigações derivadas da Declaração. Vale ressaltar que esta Declaração, de 
importância administrativa e fiscal, tem como exigência que prevejam as res-
ponsabilidades dela decorrentes dirigidas aos importadores, aos exportadores 
e aos profissionais atuantes no procedimento fiscal pertinente, sendo devida-
mente credenciados. Constatamos que no Brasil os Despachantes Aduaneiros 
agem mediante procuração.
A legislação aduaneira, embora não tenha explicitamente incorporado, de-
termina que a atividade de Despachante Aduaneiro seja exercida pelo próprio 
interessado, diretamente pelos seus empregados com vínculo empregatício ou 
seus dirigentes exclusivos. Os documentos são preparados e assinados pelos 
Despachantes Aduaneiros, que servem de base ao Despacho Aduaneiro, na 
exportação e na importação, em que é verificado o enquadramento tarifário 
da mercadoria, sendo providenciado o pagamento de impostos de importação, 
produtos industrializados (mediante débito automático), imposto sobre circu-
lação de mercadorias, fretes marítimo, ferroviário e rodoviário,demurrage, 
etc.
Os Despachantes Aduaneiros atuam perante vários órgãos públicos vin-
culados a inúmeros Ministérios do governo (Indústria, da Fazenda, Saúde e 
outros). Eles firmam termos de responsabilidades ou assumem compromissos 
com o intuito de regularizar a tramitação dos despachos. Formalizam e as-
sinam petições, buscando interesses de exportadores e importadores, ofe-
recendo impugnações, contestações e recursos diante de setores dos órgãos 
fiscais de competência, sob os mais diversos fundamentos. 
Os Despachantes Aduaneiros exercem uma atividade que, por sua vez, 
exige o conhecimento na área aduaneira e de direito tributário, administra-
tivo, comercial, marítimo e outros. Observamos que todo o procedimento 
fiscal de Despacho Aduaneiro é sempre regido pelo regulamento próprio, 
constando no Decreto 91.030, de 05.03.1985. Para acessar o SISCOMEX, o 
Despachante Aduaneiro possui “senha especial”, na qualidade de profissional 
qualificado, sendo pessoa física, estando atrelado a esse Sistema e à parte 
operacional do procedimento fiscal de Despacho Aduaneiro perante autori-
dades competentes. É um profissional identificado pelos Órgãos fiscaliza-
dores. O governo, ao longo dos anos, vem prestigiando os Despachantes Adu-
aneiros e seus ajudantes, tendo em vista tornar esta atividade uma profissão 
regularizada por Lei (Decreto-Lei 2.472, de 01.09.1988, art. 5º), tornaram-se 
categoria de profissionais liberais, recebendo honorários, os quais são pagos 
através dos órgãos de classe de jurisdição de trabalho. Ressaltamos que o 
ingresso no Registro dos Despachantes Aduaneiros ocorre mediante reque-
rimento de qualquer Ajudante de Despachante Aduaneiro, tendo pelo menos 
“dois anos de inscrição no referente registro”, visando à garantia da qualidade 
e conhecimento na área por parte dos profissionais responsáveis pelo Des-
pacho Aduaneiro.
A Lei 2,472/88, art. 5º, § 3º, estabeleceu o exercício das atividades profis-
sionais dos Despachantes Aduaneiros, tendo como exigência que não podem 
ser investidos na função sem que antes tenham sido Ajudantes de Despa-
chantes Aduaneiros, com os quais mantém vínculo técnico e um estágio de no 
mínimo dois anos de atuação.
Referência
ROJAS, Pablo. Introdução à Logística Portuária e Noções de Comércio Exterior. Porto 
Alegre: Bookman, 2014.
NYEGRAY, João Alfredo Lopes. Legislação Aduaneira, Comércio Exterior e Negócios In-
ternacionais. Curitiba : InterSaberes, 2016.
MINERVINI, Nicola. O Exportador: ferramentas para atuar com sucesso no Mercado In-
ternacional / Nicola Minervini. 5.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall , 2008.
MINERVINI,Nicola. O Exportador. 6.ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil,2012.
http://5.ed/
http://6.ed/
 
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:

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