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www.grupogen.com.br http://gen-io.grupogen.com.br N I Raven Biologia Vegetal www.grupogen.com.br http://gen-io.grupogen.com.br G|S|R|L|F|M|U O GEN | Grupo Editorial Nacional reúne as editoras Guanabara Koogan, Santos, Roca, LTC, Forense, Método e Forense Universitária O GEN-IO | GEN – Informação Online é o repositório de material suplementar dos livros dessas editoras BIOLOGY OF PLANTS, EIGHTH EDITION First published in the United States by W.H. FREEMAN AND COMPANY, New York Copyright © 2013, 2005, 1999, 1993 by W.H. Freeman and Company All Rights Reserved. Publicado originalmente nos Estados Unidos por W.H. FREEMAN AND COMPANY, New York Copyright © 2013, 2005, 1999, 1993 by W.H. Freeman and Company Todos os Direitos Reservados. ISBN: 978-1-4292-1961-7 Direitos exclusivos para a língua portuguesa Copyright © 2014 by EDITORA GUANABARA KOOGAN LTDA. Uma editora integrante do GEN | Grupo Editorial Nacional Travessa do Ouvidor, 11 Rio de Janeiro – RJ – CEP 20040-040 Tels.: (21) 3543-0770/(11) 5080-0770 | Fax: (21) 3543-0896 www.editoraguanabara.com.br | www.grupogen.com.br | editorial.saude@grupogen.com.br Reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, em quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição pela Internet ou outros), sem permissão, por escrito, da EDITORA GUANABARA kOOGAN LTDA. Capa e projeto gráfico: Blake Logan Editoração eletrônica: Anthares Imagem da capa: Haags Gemeentemuseum, The Hague, Netherlands/The Bridgeman Art Library International 4 Biologia Vegetal Botânica | Introdução C A P Í T U L O 1 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Quais critérios você utilizaria para determinar se certa entidade é uma forma de vida? Resposta: Quatro critérios caracterizam os seres vivos: a orga- nização celular e as capacidades de crescer, de se reproduzir e de passar as suas características para as gerações subsequentes. 4. Quais as vantagens que têm as plantas terrestres em relação aos seus ancestrais aquáticos? Você pode citar alguma desvantagem em ser uma planta terrestre? Resposta: Como o oxigênio, o dióxido de carbono e os sais mi- nerais são, em geral, mais abundantes no meio terrestre do que no meio aquático, as plantas terrestres têm maior acesso a estas substâncias para utilizá-las no seu crescimento e desenvolvi- mento. A água é, entretanto, muitas vezes escassa na terra e, por isso, as plantas terrestres estão em risco muito maior de desidra- tarem do que as plantas aquáticas. 6. O conhecimento de botânica – de plantas, fungos, algas e bac- térias – é a chave para o nosso entendimento de como o mundo funciona. De que maneira esse entendimento é importante para resolver os problemas presentes e futuros? Resposta: O conhecimento de botânica nos ajuda, por exem- plo: 1. a utilizar melhor plantas e algas como alimento para sustentar o aumento da população humana; 2. a desenvolver plantas cultivadas que podem crescer em condições de deple- ção do ozônio, aquecimento global e poluição; 3. a controlar bactérias e fungos que causam doenças; e 4. a preservar espé- cies ameaçadas de extinção. Capítulo 2 | Composição Molecular das Células Vegetais 5 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Que vantagem a planta tem em armazenar energia em alimentos como frutanos, em vez de amido? Ou então, como óleos, em vez de amido ou frutanos? Resposta: Dentro da célula da planta, os frutanos podem ser ar- mazenados em concentrações muito mais altas do que o amido. A vantagem dos óleos é que, em média, eles contêm mais energia por grama do que os carboidratos, tais como amido e frutanos. 4. Que aspecto estrutural todos os aminoácidos têm em comum? Que parte de um aminoácido determina sua identidade? Resposta: Todos os aminoácidos têm um grupo amino, um grupo carboxila e um átomo de hidrogênio, cada um ligado a um átomo de carbono central. A identidade do aminoácido é determinada pela estrutura do grupo “R”, também ligado ao carbono central. 6. A coagulação da clara do ovo, quando ele é cozido, é um exem- plo comum de desnaturação proteica. O que acontece quando uma proteína é desnaturada? Resposta: Quando uma proteína é desnaturada, a sua cadeia de polipeptídios se desdobra e a sua estrutura terciária é que- brada. 8. Acredita-se que a lignina, um constituinte da parede celular, tenha desempenhado um papel preponderante na evolução das plantas terrestres. Explique isso com base em todas as presumí- veis funções da lignina. Resposta: Como a lignina acrescenta resistência e rigidez à parede celular, a lignificação possibilitou às plantas terrestres crescerem em altura e desenvolverem sistemas de ramificação (ramos) capazes de suportar as folhas. Como a lignina imperme- abiliza a parede celular, as plantas terrestres conseguiram, com mais eficiência, transportar água para cima, a longas distâncias. Como a lignina aumenta a resistência das paredes celulares à penetração mecânica, as plantas terrestres são mais capazes de resistir à invasão pelos fungos. Composição Molecular das Células Vegetais C A P Í T U L O 2 6 Biologia Vegetal Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Quais as três características das células vegetais que as diferen- ciam das células animais? Resposta: Diferentemente das células de animais, as células de plantas têm parede celular, vacúolos e plastídios. 4. Antigamente os vacúolos eram considerados depósitos de pro- dutos de descarte das células vegetais, mas atualmente se sabe que eles desempenham muitos papéis essenciais. Indique alguns desses papéis. Resposta: Os vacúolos armazenam metabólitos primários, pro- teínas de reserva e antocianinas (pigmentos). Além disso, os vacúolos estão envolvidos na degradação de organelas e macro- moléculas, facilitando, assim, a reciclagem de elementos quími- cos no interior da célula. 6. Diferencie o retículo endoplasmático rugoso do liso, tanto estru- tural como funcionalmente. Resposta: O retículo endoplasmático (RE) rugoso consiste em cisternas com vários polissomos em sua superfície exterior, en- quanto o RE liso é, em grande parte, tubular, e faltam ribosso- mos. O RE rugoso está envolvido na síntese de proteínas e o RE liso, na síntese de lipídios. 8. Explique o processo de crescimento da parede celular e da de- posição de celulose em células que estão se alongando, empre- gando os seguintes termos: microfibrilas de celulose, complexos celulose sintase (rosetas), microtúbulos corticais, vesículas de secreção, substâncias da matriz e membrana plasmática. Resposta: No processo de crescimento da parede celular, as novas microfibrilas de celulose são sintetizadas pelos complexos de celulose sintase (rosetas) móveis na membrana plasmática. Estas rosetas são inseridas na membrana via vesículas secreto- ras, e o movimento da roseta é guiado pelos microtúbulos cor- ticais que se encontram logo abaixo da membrana. As vesículas secretoras também transportam substâncias da matriz para a pa- rede celular. 10. Em um ciclo celular típico há pontos de checagem. O que são estes pontos de checagem? Para que servem? Resposta: Há um ponto de checagem no final da fase G1 que suspende ou desencadeia a fase S do ciclo. Há também um posto de checagem, no final da fase G2, que suspende ou inicia a mitose. 12. O que é a banda da pré-prófase? Que papel ela desempenha na divisão celular das plantas? Resposta: A banda pré-prófase é uma faixa de microtúbulos que aparece durante a fase G2. A banda marca o local da placa celular nova que se formará durante a telófase. Célula Vegetal e Ciclo Celular C A P Í T U L O 3 Capítulo 4 | Movimento de Entrada e Saí da de Substâncias nas Células 7 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Ao final das Guerras Púnicas, quandoos romanos destruíram a cidade de Cartago (em 146 a.C.), diz‑se que eles semearam a terra com sal e araram. Explique, em termos dos processos fi‑ siológicos discutidos neste capítulo, por que essa ação tornaria o solo estéril para a maioria das plantas por muitos anos. Resposta: O sal deve se dissolver na água do solo, resultando em uma solução que seria altamente hipertônica para as células da maioria das plantas. Quando as sementes plantadas neste solo germinassem, as raízes perderiam muita água e ficariam plasmo‑ lisadas e as plântulas acabariam morrendo. O solo permaneceria estéril até que a chuva tivesse lavado ou retirado o sal em quan‑ tidade suficiente para evitar a plasmólise. 4. O transporte ativo secundário é significativo para as plantas, uma vez que ele permite a uma célula acumular até mesmo so‑ lutos neutros em concentrações muito mais altas do que aquelas encontradas fora das células. Usando os termos: bomba de pró‑ tons (H+‑ATPase), gradiente de prótons, cotransporte acoplado a prótons, cotransporte sacarose‑próton, transporte ativo primário e transporte ativo secundário, explique como este sistema fun‑ ciona. Resposta: Uma célula pode acumular, por exemplo, sacarose como se segue. Em primeiro lugar, uma bomba de prótons (a enzima H‑ATPase) transporta prótons ativamente para fora da célula, estabelecendo, assim, um gradiente de prótons. Este pro‑ cesso é chamado de transporte ativo primário. Em seguida, os prótons fluem passivamente para dentro da célula, e esse fluxo fornece a energia para o transporte de sacarose para dentro da célula contra seu gradiente. Este processo é chamado de trans‑ porte ativo secundário. Como o transporte de sacarose é ligado ao transporte de prótons, estes dois processos tomados em con‑ junto constituem o que é chamado de cotransporte de prótons acoplados, especificamente cotransporte de sacarose‑prótons. 6. Quais são as diferenças entre fagocitose e endocitose mediada por receptores? Resposta: A fagocitose é a ingestão de partículas relativamente grandes e sólidas, ao passo que a endocitose mediada por recep‑ tor é a ingestão de moléculas específicas pela união com recep‑ tores específicos de proteínas na membrana plasmática. 8. Faça um esquema de um plasmodesmo, com dísticos, e explique a sua estrutura. Resposta: Seu diagrama deve ser baseado principalmente na Figura 4.18. O plasmodesmo aparece como um canal revestido pela membrana plasmática, normalmente atravessado por um filamento tubular do retículo endoplasmático firmemente cons‑ trito, chamado desmotúbulo, que é contínuo com o retículo en‑ doplasmático das células adjacentes. Embora algumas moléculas possam passar pelo desmotúbulo, a maior parte do transporte via plasmodesmo é feito através do canal citoplasmático em torno do desmotúbulo. Este canal, chamado manga citoplasmática, está subdividido em canais estreitos por proteínas globulares. Estas proteínas são incorporadas na poção interna da membrana plasmática e a porção externa do desmotúbulo e são interliga‑ das por estruturas semelhantes a raios. Assim, os plasmodesmos consistem externamente em membrana plasmática, uma manga citoplasmática no meio e um desmotúbulo central. Movimento de Entrada e Saí da de Substâncias nas Células C A P Í T U L O 4 8 Biologia Vegetal Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Pelo menos quatro tipos de conversão de energia ocorrem nas células fotossintetizantes. Denomine‑os. Resposta: As células fotossintetizantes realizam a conversão de energia luminosa em energia térmica, de energia luminosa em energia elétrica, de energia elétrica em energia química e de energia química em energia térmica, para citar apenas algumas. 4. As leis da termodinâmica aplicam‑se apenas a sistemas fecha‑ dos, isto é, sistemas onde não há entrada nem saída de ener‑ gia. Um aquário é um sistema fechado? Se não é, você poderia transformá‑lo em um? Uma estação espacial, dependendo de certas características de seu projeto, pode ou não ser um sistema fechado. Quais poderiam ser essas características? A Terra é um sistema fechado? E quanto ao universo? Resposta: Um aquário não é um sistema fechado, porque a luz solar entra e gases entram e saem. Pode ser temporariamente convertido em um sistema fechado quando colocado em um re‑ cipiente opaco que é selado e isolado. No entanto, os organis‑ mos acabariam morrendo por causa da ausência de luz solar que as plantas usam para fazer a fotossíntese. Uma estação espacial pode ser convertida em um sistema fechado se for utilizado um reator nuclear para converter a matéria em energia radiante que pode ser utilizada pelas plantas para produzir alimento. A Terra não é um sistema fechado pelas mesmas razões que dizem res‑ peito ao aquário, mas o universo – porque inclui o sol como fonte de energia – é um sistema fechado. 6. Em alguns sistemas multienzimáticos, o produto final da via metabólica é mantido em equilíbrio com as necessidades da cé‑ lula pela inibição por retroalimentação. Explique. Resposta: No processo de inibição por retroalimentação (feed- back), quando o produto final de uma via metabólica se acumula em níveis excessivos, esse produto final se liga à primeira en‑ zima na via e, assim, inibe o processo. Durante o período em que a molécula do produto final está ligada à enzima, as outras enzimas na via operam a taxas reduzidas e menores quantidades de produto final são produzidas. Posteriormente, quando o au‑ mento do produto final é necessário para a célula, ele se dissocia da enzima, e a atividade de toda a via aumenta. Fluxo de Energia C A P Í T U L O 5 Capítulo 6 | Respiração 9 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Esquematize a estrutura de uma mitocôndria. Em relação à es- trutura da mitocôndria, descreva onde ocorrem as diversas etapas da quebra completa da glicose. Quais moléculas e íons atravessam as membranas das mitocôndrias durante esses pro- cessos? Resposta: Seu esboço de uma mitocôndria deve se parecer com a Figura 6.6. Os passos iniciais da quebra da glicose – glicólise – ocorre fora da mitocôndria no citoplasma. Na glicólise, a gli- cose é convertida em duas moléculas de piruvato e duas molé- culas de NADH. Estas moléculas atravessam tanto a membrana mitocondrial externa como a interna e entram na matriz, onde cada piruvato é convertido em acetil-CoA. A acetil-CoA, em seguida, entra no ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs), que também ocorre na matriz mitocondrial. NADH e FADH2 produ- zidos durante a glicólise e o ciclo do ácido cítrico doam seus elétrons para a cadeia transportadora de elétrons incorporada in- ternamente à membrana mitocondrial interna, e seus prótons são bombeados para dentro do espaço intermembranas. Finalmente, os prótons voltam através da membrana interna via o complexo ATP sintase, fornecendo a energia para a síntese de ATP. Além disso, tanto o oxigênio necessário para o processo como o di- óxido de carbono produzido na respiração atravessam as mem- branas mitocondriais interna e externa. 4. Alguns compostos químicos funcionam como agentes “desaco- pladores” quando adicionados a mitocôndrias que estão respi- rando. A passagem de elétrons através da cadeia transportadora de elétrons até oxigênio é mantida, mas ATP não é formado. Um desses compostos é o antibiótico valinomicina, conhe- cido por transportar íons K+ através da membrana interna da mitocôndria para a matriz. Outro composto, 2,4-dinitrofenol, transporta íons H+ através da membrana. Como essas duas subs- tâncias impedem a formação de ATP? Resposta: Cada uma destas substâncias interfere em um com- ponente diferente do gradiente eletroquímico que fornece a energia potencial necessária para a formação de ATP. O trans- porte de íons de K+ induzido por valinomicina a partir do espaço intermembranas para a matriz contrapõe-se ao fluxo de H+ em direção oposta causada pelo transporte de elétrons.Assim, não há acúmulo de cargas positivas no espaço intermembranas. Em certo sentido, o 2,4-dinitrofenol torna a membrana interna “per- meável” ao H+, impedindo, assim, o desenvolvimento do gra- diente de concentração necessária de H+. Respiração C A P Í T U L O 6 10 Biologia Vegetal Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Qual a relação entre o espectro de absorção de um pigmento e o espectro de ação de um processo que depende deste mesmo pigmento? Resposta: O espectro de absorção de um pigmento demonstra os comprimentos de onda da luz que o pigmento absorve em maior quantidade, e o espectro de ação demonstra a eficiência relativa dos diferentes comprimentos de onda de luz para um processo específico que requer luz. 4. O que é fotofosforilação e qual é a relação entre este processo e a membrana do tilacoide? Resposta: A fotofosforilação refere-se à formação de ATP, como consequência do gradiente de prótons que resulta do fluxo de elétrons dependente da luz. Os carreadores de elétrons da cadeia de transporte de elétrons na fotossíntese são incorpora- dos na membrana do tilacoide. O fluxo de elétrons ao longo da cadeia transportadora de elétrons leva ao bombeamento de pró- tons a partir do estroma através da membrana de tilacoide para o lúmen do tilacoide, estabelecendo, assim, um gradiente eletro- químico. Os prótons então fluem para baixo deste gradiente de volta, através da membrana do tilacoide, ao estroma via com- plexo ATP-sintase, resultando na síntese de ATP. 6. Explique de modo sucinto o papel de cada um dos seguintes complexos proteicos na fotossíntese: fotossistema II, citocromo b6/f, fotossistema I e ATP sintase. Resposta: Nos cloroplastos, as moléculas de pigmentos (clo- rofilas a e b e carotenoides) são encaixadas nos tilacoides em unidades distintas de organização chamadas fotossistemas. Essas unidades consistem em 250 a 400 moléculas de pigmen- tos e dois componentes estreitamente relacionados: o com- plexo antena e o centro de reação. O complexo antena é um grupo de moléculas de pigmentos que reúnem a energia da luz e a direcionam para o centro de reação. O centro de reação é constituí do por um complexo de proteínas e moléculas de clo- rofila que permitem que a energia de luz seja convertida em energia química. Dois tipos diferentes de fotossistemas, o fo- tossistema I e o fotossistema II, estão ligados entre si por uma cadeia transportadora de elétrons. No fotossistema I, um par de moléculas de clorofila a no centro de reação é conhecido como P700. O “P” significa pigmento e o índice “700” representa o pico de absorção ideal em nanômetros. O centro de reação do fotossistema II também contém um par especial de moléculas de clorofila a. Seu pico de absorção ideal é a 680 nanômetros, e, consequentemente, ele é chamado de P680. Em geral, os fo- tossistemas I e II trabalham juntos ao mesmo tempo e de modo contínua, mas estão separados espacialmente. O fotossistema II está localizado principalmente nos tilacoides dos grana e o fo- tossistema I, quase inteiramente nos tilacoides do estroma e nas margens dos tilacoides dos grana. No fotossistema II, a energia da luz é absorvida por molécu- las de P680 no centro de reação por transferência de energia de ressonância de uma ou mais moléculas da antena. Quando uma molécula de P680 está excitada, seu elétron energizado é transfe- rido para a molécula do aceptor primário, feofitina, uma molécula de clorofila modificada, na qual o átomo central de magnésio foi substituído por dois prótons. A feofitina passa então o elé- tron para PQA, uma plastoquinona, que está fortemente ligada ao centro da reação. Em seguida, PQA passa dois elétrons para PQB, outra plastoquinona, que capta simultaneamente até dois prótons do estroma, tornando-se, assim, reduzida a plastoquinol PQBH2. O plastoquinol une-se, então, a um conjunto de moléculas de plastoquinol móveis na porção interna lipídica da membrana do tilacoide. O plastoquinol pode agora passar dois elétrons e dois prótons (H+) para o complexo citocromo b6/f e, portanto, é oxi- dado de volta para PQB. O fotossistema II tem a capacidade única de extrair elétrons da água e usar esses elétrons para substituir os que foram perdidos pelo P680 (agora P680+) para a plastoquinona. Fotossíntese, Luz e Vida C A P Í T U L O 7 Capítulo 7 | Fotossíntese, Luz e Vida 11 Esta cisão oxidativa das moléculas da água, dependente da luz, é chamada fotólise da água. O complexo de produção de oxigênio está localizado no interior da membrana do tilacoide e os prótons são libertados para o lúmen do tilacoide. O bombeamento de pró- tons através da membrana de tilacoide e para o lúmen através do complexo citocromo b6/f gera um gradiente eletroquímico de pró- tons que dirige a síntese de ATP. Assim, a fotólise de moléculas de água contribui para a geração de um gradiente de prótons atra- vés da membrana de tilacoide –– os únicos meios pelos quais o ATP é gerado durante a fotossíntese. Os complexos ATP sintase, incorporados na membrana tilacoide, proporcionam um canal através do qual os prótons podem fluir para baixo no gradiente, de volta para dentro do estroma (ver Figura 7.12). Ao fazê-lo, a energia potencial do gradiente conduz à síntese de ATP a partir de ADP e Pi. No fotossistema I, a energia da luz excita as moléculas da antena, que passam a energia para as moléculas P700 no cen- tro de reação. Quando uma molécula de P700 é excitada deste modo, o seu elétron energizado é passado para uma molé- cula receptora primária chamada A0, uma clorofila especial com função semelhante à da feofitina do fotossistema II. Os elétrons são então levados para baixo por meio de uma ca- deia de carreadores, incluindo filoquinona (A1) e proteínas de ferro-enxofre, como a ferredoxina. A ferredoxina (Fd), uma proteína celular de ferro-enxofre, é encontrada no estroma do cloroplasto. É o receptor final de elétrons do fotossistema I. Os elétrons são transferidos da ferrodoxina para o NADP+. Isso resulta na redução de NADP+ a NADPH e oxidação da molé- cula P700. Os elétrons removidos da molécula P700 são subs- tituídos pelos elétrons que se moveram descendentemente na cadeia transportadora de elétrons do fotossistema II, e são le- vados para P700 pela plastocianina. 8. De que maneiras as plantas C4 têm vantagens sobre as plan- tas C3? Resposta: As plantas C4 mostram vantagem sobre as plantas C3 quando cultivadas em altas temperaturas, pois a faixa de tem- peratura ideal para a fotossíntese é maior nas plantas C4 do que nas C3. Além disso, as plantas C4 superam as plantas C3 quando cultivadas sob condições secas, porque as plantas C4 utilizam CO2 com mais eficiência e, portanto, podem atingir a mesma taxa de fotossíntese das plantas C3, mas com aberturas menores dos estômatos. Além disso, as plantas C4 são capazes de utilizar nitrogênio mais eficientemente do que as plantas C3. 10. Diz-se que as plantas CAM têm sabor adocicado durante o dia e azedo durante a noite. Explique por quê. Resposta: O sabor azedo à noite é devido à acumulação de ácido málico, que resulta da fixação de CO2 à noite. Durante o dia, o ácido málico é removido por descarboxilação, e a planta tem um gosto relativamente doce. Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) Reprodução Sexuada e Hereditariedade C A P Í T U L O 8 2. Faça a distinção entre quiasma e permutação; e entre complexo sinaptonêmico e sinapse. Resposta: A permutação (crossing over) é a troca dos seg‑ mentos de um cromossomo pelos segmentos correspondentes de seu cromossomo homólogo, e um quiasma é a configura‑ ção semelhante a um X, que ocorre durante a permutação. A sinapse é o emparelhamento de cromossomos homólogos, e o complexo sinaptonêmico é a proteína semelhante a um zíper que detém os cromossomas homólogos juntos durante a si‑ napse. 4. Em que aspectos a meiose difere da mitose? Resposta: A meiose difere damitose nos seguintes itens: 1) a meiose envolve duas divisões nucleares, em vez de uma, como ocorre na mitose; 2) a meiose resulta em células haploides, em vez de células diploides que se formam na mitose; 3) a meiose forma núcleos contendo combinações de genes diferentes, em vez de núcleos com genes idênticos como na mitose. 6. Por que um homozigótico recessivo é sempre usado em um cru‑ zamento‑teste? Resposta: Um homozigoto recessivo é sempre usado como um dos parentais em um cruzamento‑teste para que seus os alelos não mascarem qualquer um dos alelos do outro progenitor. 8. Uma planta de ervilha pertencente a uma linhagem pura para as características sementes lisas e verdes (RRyy) é cruzada com uma planta de linhagem pura para sementes rugosas e amarelas (rrYY). Cada parental é homozigótico para uma característica dominante e para uma característica recessiva. (a) Qual será o genótipo da geração F1? (b) Qual será o fenótipo da geração F1? (c) As sementes F1 foram plantadas e suas flores foram autopo‑ linizadas. Desenhe um diagrama de Punnett para determinar as razões dos fenótipos na geração F2. Como esses resultados são comparáveis com aqueles do experimento da Figura 8.15? Resposta: (a) O genótipo da semente na geração F1 é RrYy. (b) O fenótipo da semente na geração F1 é redonda e amarela. (c) O quadrado Punnett e os fenótipos das sementes resultantes são idênticos aos mostrados na Figura 8.15, ou seja, 9 redondas e ama‑ relas: 3 redondas e verdes: 3 rugosas e amarelas: 1 rugosa e verde. 10. Explique o que se quer dizer com herança citoplasmática e com herança materna. Resposta: Herança citoplasmática é a herança de genes loca‑ lizados no citoplasma, especificamente nos plastídios e mito‑ côndrias. Herança materna é a herança de traços determinados exclusivamente pelo parental do sexo feminino, por exemplo, quando plastídios e mitocôndrias não estão presentes em células espermáticas (gametas masculinos). Quí mica da Hereditariedade e Expressão Gênica C A P Í T U L O 9 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. A sequência de bases na direção 5’ para 3’ de uma fita de uma molécula hipotética de DNA é apresentada a seguir. Identifique a sequência de bases da fita complementar. Resposta: 5’ ‑ A ‑ A ‑ G ‑ T ‑ T ‑ T ‑ G ‑ G ‑ T ‑ T‑ A ‑ C ‑ T ‑ T ‑ G ‑ 3’ 3’ ‑ T ‑ T ‑ C ‑ A ‑ A ‑ A ‑ C ‑ C ‑ A ‑ A ‑ T ‑ G ‑ A ‑ A ‑ C ‑ 5’ 4. Faça a distinção entre: origem e replicação, bolha de replicação e forquilha de replicação. Resposta: A replicação do DNA é sempre iniciada em sequências nucleotídicas específicas, conhecidas como origem de replicação. As regiões localizadas de síntese, que formam as origens de repli‑ cação ao longo de uma molécula de DNA aparecem como “olhos” ou bolhas de replicação. Em ambas as extremidades de uma bolha em que os filamentos ou cadeias existentes estão separados e os fi‑ lamentos complementares novos estão sendo sintetizados, a molé‑ cula parece formar uma estrutura em forma de Y. Esta estrutura é conhecida como forquilha de replicação. As duas forquilhas de re‑ plicação se movem em sentidos opostos a partir da origem, assim, a replicação é dita bidirecional. A replicação prossegue ao longo do cromossomo linear à medida que cada bolha se expande bidirecio‑ nalmente até encontrar uma bolha adjacente. 6. Faça a distinção entre códons e anticódons; eucromatina e hete‑ rocromatina; íntrons e éxons. Resposta: Um códon é uma sequência de três nucleotídeos adjacentes em uma molécula de DNA ou RNAm, que forma o código de um único aminoácido ou da terminação de uma ca‑ deia polipeptídica. Um anticódon é uma sequência de três nu‑ cleotídeos na molécula de RNAt que pareia com as bases do códon do RNAm para o aminoácido carregado por esse RNAt específico; o anticódon é complementar ao códon do RNAm. A eucromatina sofre o processo de condensação e descondensa‑ ção durante o ciclo celular, e a heterocromatina permanece muito condensada ao longo do ciclo celular, incluindo a interfase. A transcrição ocorre na eucromatina e durante a interfase, quando a eucromatina é menos condensada. No estado de descondensa‑ ção, a eucromatina é acessível à polimerase de RNA e às outras moléculas necessárias para a transcrição. Interrupções não codi‑ ficadoras dentro de um gene são conhecidas como sequências in‑ tercaladas ou íntrons. As sequências codificadoras – as sequên cias que são traduzidas em proteína – são chamadas éxons. 8. Qual é o aminoácido transportado pela molécula de RNAt mos‑ trado na Figura 9.11? Consulte a Figura 9.9 e tenha em mente a natureza antiparalela das interações dos ácidos nucleicos. Resposta: O anticódon do RNAt é GAA; portanto, o códon complementar no RNAm ao qual se liga é CUU. Com base na Figura 11.4, CUU é o códon para o aminoácido leucina. Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Descreva o papel das extremidades coesivas na tecnologia do DNA recombinante. Como essas extremidades coesivas são pro- duzidas? Qual a enzima necessária para completar a sua recom- binação? Resposta: Os fragmentos com extremidades coesivas são pro- duzidos quando o DNA é cortado com uma enzima de restrição. Quando o DNA a partir de dois organismos diferentes é cortado utilizando a mesma enzima de restrição, os fragmentos resultan- tes podem ser unidos facilmente, por meio de DNA ligase, pro- duzindo, assim, uma molécula de DNA recombinante. 4. Diferencie a genômica estrutural da funcional. Resposta: A genômica estrutural trata da organização e sequên- cia da informação genética de um genoma, enquanto a genômica funcional trata das funções dos genes e seus produtos proteicos. Tecnologia do DNA Recombinante, Biotecnologia Vegetal e Genômica C A P Í T U L O 10 Processo de Evolução C A P Í T U L O 11 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Qual a diferença básica entre o conceito de evolução de Darwin e aqueles de seus predecessores? Qual foi o maior ponto fraco da teoria de Darwin? Resposta: O conceito de Darwin diferia pelo fato de conferir um papel central à variação. Darwin viu que a variação entre os indivíduos era a matéria‑prima do processo evolutivo. A prin‑ cipal fraqueza é que o seu conceito não inclui um mecanismo válido para explicar a hereditariedade. 4. Faça a distinção entre: cline e ecótipo; microevolução e macroe‑ volução; especiação alopátrica e especiação simpátrica; autopo‑ liploidia e alopoliploidia. Resposta: Cline é uma mudança gradual no fenótipo em uma espécie, muitas vezes correlacionada com alguma condição am‑ biental ou outro fator geográfico, ao passo que ecótipo é um fenótipo diferente associado a um determinado habitat. A mi‑ croevolução refere‑se à mudança de geração em geração, em pequena escala, nos alelos de uma população, enquanto a ma‑ croevolução refere‑se à origem de grupos taxonômicos acima do nível de espécie. Especiação alopátrica é a formação de espécies como resultado da separação geográfica de uma população de organismos, ao passo que especiação simpátrica é a formação de novas espécies, sem separação geográfica. Autopoliploidia é a formação de uma nova espécie, como resultado de duplicação do número de cromossomas em indivíduos da mesma espécie, ao passo que alopoliploidia é a produção de um híbrido, como resultado de um cruzamento entre as duas espécies. Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Identifique quais são categorias e quais são táxons dentre os seguintes grupos: alunos de graduação; o corpo docente da uni‑ versidade do estado; um time de futebol americano; times de beisebol da liga principal; os fuzileiros navais de um país; a fa‑ mília Robinson. Resposta: Alunos da graduação – categoria; o corpo docente da universidade – táxon; um time de futebol americano– táxon; times de beisebol da liga principal – categoria; o Corpo de Fusileiros Navais– táxon; a família Robinson– táxon. 4. Explique as vantagens das técnicas moleculares em relação à anatomia e à morfologia comparativas na avaliação das correla‑ ções filogenéticas. Resposta: Antes do advento da sistemática molecular, a clas‑ sificação por qualquer metodologia era baseada principalmente na morfologia e anatomia comparativas, mas a sistemática ve‑ getal evoluiu graças à aplicação de técnicas moleculares. As técnicas mais amplamente utilizadas são aquelas para determi‑ nar a sequência de nucleotídeos dos ácidos nucleicos – sequên‑ cias que são determinadas geneticamente. Os dados moleculares são diferentes dos dados obtidos a partir de fontes tradicionais em vários aspectos importantes: os dados moleculares são mais fáceis de quantificar, têm o potencial de fornecer muitos mais caracteres para a análise filogenética, e permitem a comparação de organismos que são morfologicamente muito diferentes. Com o desenvolvimento de técnicas moleculares, tornou‑se possí‑ vel comparar organismos ao nível mais básico do gene. Muitos genes diferentes, com diferentes taxas de alteração, podem ser utilizados para estudar a evolução em diferentes linhagens. Grande parte da variação nos genes homólogos dos diferen‑ tes grupos de organismos é devida a mutações neutras, que se acumularam a uma taxa aproximadamente constante ao longo da evolução. Esta variação não é o resultado de um processo de seleção. Em vez disso, representa as diferenças no número de alterações dos nucleotídeos que ocorreram em genes homólogos desde que as linhagens se ramificaram. Os grupos que diver‑ giram mais recentemente tendem a ter menos diferenças entre eles do que os grupos que divergiram de um ancestral comum há mais tempo. As sequências de DNA não codificador também fornecem marcadores quase neutros que refletem o passado dos eventos evolutivos. 6. O ciclo de vida de organismos que passam por meiose espórica é chamado alternância de gerações. Explique. Resposta: Na meiose espórica, os esporos haploides divi‑ dem‑se por mitose para produzir um organismo multicelular haploide que ao final produz gametas por mitose. A fusão de gametas origina um zigoto, o que resulta em um organismo di‑ ploide multicelular que produz esporos por meiose. Assim, um organismo haploide multicelular aparece em alternância com um diploide multicelular – processo chamado alternância de gerações. Sistemática | Ciência da Diversidade Biológica C A P Í T U L O 12 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. O declínio da pera é assim denominado pelo fato de causar en‑ fraquecimento lento e progressivo e, por fim, morte da pereira. Trata‑se de uma doença sistêmica caudada por fitoplasmas. O que significa “doença sistêmica” e por meio de qual via os fito‑ plasmas se locomovem dentro da árvore? Resposta: Uma doença sistêmica é aquela que afeta o corpo da planta como um todo. Os organismos semelhantes a micoplas‑ mas movem‑se passivamente ao longo da planta nos elementos de tubo crivado do floema. 4. Cite algumas respostas do hospedeiro que conferem resistência a patógenos de plantas. Resposta: Elas incluem reação de hipersensibilidade, genes do‑ minantes de resistência a vírus, resistência sistêmica adquirida e silenciamento gênico pós‑transcricional. Procariotos e Vírus C A P Í T U L O 13 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. “Os fungos são de suma importância tanto ecológica quanto eco‑ nômica.” Comente essa afirmação em termos gerais e com re‑ ferências específicas a cada um dos grandes grupos de fungos, incluindo as leveduras, os liquens e as micorrizas. Resposta: Juntamente com as bactérias heterotróficas, os fun‑ gos são os principais decompositores da biosfera. Além do seu papel benéfico na reciclagem de nutrientes, os fungos são organismos incômodos porque degradam os materiais fabricados pelo homem e causam doenças de plantas e ani‑ mais. Especificamente, os Chytridiomycota têm membros que são causadores de doenças como a mancha‑marrom do milho e a coroa‑de‑verrugas de alfafa; alguns membros dos Zygomycota formam associações endomicorrízicas e ou‑ tros são parasitos em plantas ou animais; alguns membros dos Ascomycota causam a deterioração da comida e ou‑ tros causam doenças como oídio; e alguns membros de Basidiomycota desempenham um papel central na decom‑ posição de resíduos vegetais e em doenças de plantas. Além disso, as leveduras são extremamente importantes para as indústrias de panificação e de cerveja, e, entre os membros dos deuteromicetos, alguns são importantes como agentes pa‑ togênicos e outros para a produção de queijo e pasta de soja. Os fungos também estão envolvidos em associações simbióti‑ cas, como líquens, que são importantes na sucessão vegetal e como indicadores de poluição. Os fungos ainda formam mi‑ corrizas, que beneficiam as plantas, facilitando a absorção de água e sais minerais. 4. O que os zigósporos, os ascósporos e os basidiósporos têm em comum? E os zoósporos, os conídios, os eciósporos e os uredósporos? Resposta: Zigósporos, ascósporos e basidiósporos são todos as‑ sociados à reprodução sexuada. Zoósporos, conídios, eciósporos e urediniósporos são todos esporos assexuais. 6. No ciclo de vida de um cogumelo, podem ser reconhecidos três tipos de hifas ou micélios: primário, secundário e terciário. Como esses três tipos de micélio se relacionam uns com os ou‑ tros e como se encaixam no ciclo de vida? Resposta: O micélio primário (n) funde‑se com outro micélio primário para formar um micélio secundário (n + n). Depois, o micélio secundário forma um basidioma, que é chamado mi‑ célio terciário. As células do micélio terciário diferenciam‑se, posteriormente, em basídios, nos quais ocorrem a cariogamia e a meiose, e são formados basidiósporos. Após a sua liberação, os basidiósporos germinam e dão origem a micélio primário, com‑ pletando, assim, o ciclo de vida. 8. “A simbiose mutualista mais prevalente e, provavelmente, mais importante no reino vegetal é a micorriza.” Explique. Resposta: As micorrizas ocorrem na grande maioria das plantas vasculares, tanto selvagens como cultivadas. Quando essas plan‑ tas são cultivadas na ausência de fungos micorrízicos, elas cres‑ cem muito pouco e muitas morrem de desnutrição. Os fungos micorrízicos ajudam na absorção de água e sais minerais e tam‑ bém protegem a planta contra patógenos. Em troca, os fungos recebem carboidratos e vitaminas essenciais para o crescimento. Fungos C A P Í T U L O 14 Protistas | Algas e Protistas Heterotróficos C A P Í T U L O 15 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. “Quando a situação se torna difícil, deve‑se trabalhar mais para enfrentar o desafio.” Descreva como cada um dos seguintes organismos se adapta a tempos difíceis, tais como períodos de concentração inadequada de nutrientes ou níveis impróprios de umidade: dinoflagelados, mixomicetos edictiostelídeos. Resposta: Quando os níveis de nutrientes são inadequados, os dinoflagelados formam cistos de resistência; os mixomicetos migram da área de alimentação e podem dividir‑se em pequenas massas (ou esclerócios se o habitat resseca); e os dictiostelídeos formam um pseudoplasmódio que migra para uma nova área. 4. O que organismos Karenia brevis e Gonyaulax tamarensis têm em comum? Resposta: O organismo responsável pelas marés vermelhas na Flórida (EUA) é o dinoflagelado Karenia brevis. Ele pro‑ duz dezenas de toxinas, algumas das quais estão presentes no ar. Coletivamente conhecidas como brevetoxinas, estas toxinas no ar causam problemas respiratórios em seres humanos pela constrição dos bronquíolos nos pulmões. Gonyaulax tamaren- sis é o organismo envolvido em florações da maré vermelha ao longo da costa nordeste do Atlântico, desde as províncias canadenses marítimas até o sul da região da Nova Inglaterra (EUA). Gymnodinium catenella às vezes provoca marés ver‑ melhas ao longo da costa do Pacífico,do Alasca à Califórnia, e Protogonyaulax tamarensis provoca marés vermelhas no Mar do Norte, na costa de Northumberland, no Reino Unido. Ambos pertencem a um grupo de pelo menos 40 espécies marinhas de dinoflagelados que foram identificados como produtores de substâncias tóxicas que matam aves e mamíferos, tornam o ma‑ risco tóxico e produzem uma doença tropical, causada pelo en‑ venenamento dos peixes, chamada ciguatera. 6. Identifique as doenças vegetais provocadas por cada um dos se‑ guintes oomicetos: Plasmopara viticola, Phytophthora infestans, Phytophthora ramorum e Pythium spp. Resposta: Plasmopara viticola causa o míldio em uvas, Phytophthora infestans causa a requeima da batata, e as espécies de Pythium causam o tombamento de mudas. 8. Explique por que alguns kelps têm os talos mais diferenciados entre as algas. Resposta: Alguns kelps são diferenciados em apressório, estipe e lâmina, com uma região meristemática entre o estipe e a lâ‑ mina. 10. Qual é a vantagem da geração carposporofítica diploide para as algas vermelhas? Resposta: A geração carposporofítica é considerada uma forma adicional para aumentar os produtos genéticos da reprodução se‑ xuada, quando as taxas de fertilização são baixas. 12. Diferencie as três classes de algas verdes: Chlorophyceae, Ulvophyceae e Charophyceae. Resposta: (1) Chlorophyceae e Ulvophyceae têm os sistemas simétricos de raízes flagelares associados aos corpos basais, enquanto as Charophyceae têm o sistema assimétrico de raiz flagelar muitas vezes associado a uma estrutura multiestratificada. (2) Chlorophyceae e Ulvophyceae têm a desidrogenase glicolato como enzima fotorrespiratória, enquanto as Charophyceae têm oxidase glicolato e catalase em peroxissomos. (3) As Chlorophyceae apresentam mitose fechada e têm um fuso não persistente, as Ulvophyceae também exibem mitose fechada com um fuso persistente e as Charophyceae apresentam mitose aberta e têm um fuso persistente. (4) Durante a citocinese nas Chlorophyceae, um ficoplasto está presente em algumas, uma placa celular em outras e um sulco em outras. Nas Ulvophyceae, ocorre citocinese pela formação de um sulco. Nas Charophyceae, a citocinese ocorre por forma‑ ção de um sulco em algumas e por um fragmoplasto e placa ce‑ lular em outras. Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Quais as evidências que sustentam a hipótese de uma alga verde carófita como ancestral das plantas? Resposta: Ambas Carófitas e plantas contêm cloroplastos com grana (grânulos) bem desenvolvidos, têm células móveis por flagelos que se estendem lateralmente à célula e exibem quebra do envoltório nuclear na mitose e fusos persistentes ou fragmo- plastos durante a citocinese. 4. Em sua opinião, quais das briófitas têm o esporófito mais desen- volvido? Quais delas têm o gametófito mais desenvolvido? Em cada caso, forneça as razões para sua resposta. Resposta: Embora sejam possíveis várias respostas diferentes, muitos botânicos consideram que os musgos têm os esporófitos e gametófitos mais desenvolvidos. Não só ambos contêm leptoides e hidroides (pelo menos em alguns membros), mas os gametófitos produzem rizoides multicelulares. Além disso, os esporófitos têm uma seta alongada, e alguns produzem um peristômio elaborado. 6. Descreva as modificações estruturais relacionadas com a absor- ção de água em Sphagnum. Por que o Sphagnum tem importân- cia ecológica tão grande? Resposta: Os filídios (“folhas”) de Sphagnum contêm grandes células mortas, que são perfuradas para que prontamente se tor- nem cheias de água. O Sphagnum é ecologicamente importante porque forma a turfa, que tem grandes quantidades de carbono orgânico armazenado, o qual não é prontamente decomposto em dióxido de carbono por microrganismos. Ecologistas temem que o aquecimento global provocado pelo aumento da quantidade de dióxido de carbono e outros gases na atmosfera – em grande parte devido às atividades humanas – cause oxidação de turfei- ras de carbono. Isso poderia aumentar ainda mais os níveis de dióxido de carbono e o aquecimento global. Briófitas C A P Í T U L O 16 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Os elementos de vaso e a heterosporia presentes em vários gru- pos não relacionados de plantas vasculares representam excelen- tes exemplos de evolução convergente. Explique. Resposta: Os elementos de vaso e a heterosporia surgiram em vá- rios grupos de plantas vasculares que são relacionados apenas re- motamente. No entanto, estas características eram evidentemente tão benéficas para esses vários grupos que foram selecionadas por eles. Durante longos períodos de tempo, tais características evoluí ram independentemente de tal modo que se assemelhavam entre si, mesmo que as plantas não sejam estreitamente relaciona- das. Este processo exemplifica a evolução convergente. 4. Compare o ciclo de vida de um musgo com o de uma samam- baia homosporada leptosporangiada. Resposta: Em cada ciclo de vida, os esporos são produzidos em um esporângio por meiose, e estes esporos germinam para for- mar o gametófito – um protonema seguido por um gametófito frondoso no musgo e um protalo na samambaia. O anterídio e o arquegônio são formados tanto em musgos quanto em samam- baias nos gametófitos, e o anterozoide atinge a oosfera nadando em uma película de água. Ocorre a fecundação no arquegônio, seguida de crescimento do esporófito, e, no final, a formação de esporângios. 4. Compare o ciclo de vida de um musgo com o de uma samam- baia homosporada leptosporangiada. 6. As briófitas são frequentemente referidas como “anfíbios do reino vegetal”, mas essa caracterização pode também ser apli- cada às plantas vasculares sem sementes. Você pode explicar por quê? Resposta: Como as briófitas, as plantas vasculares sem semen- tes desenvolveram adaptações para a existência na terra, mas elas ainda mantêm ligação com o ambiente aquático. A água é necessária, pois seus gametas masculinos móveis nadam para atingir as oosferas. Plantas Vasculares sem Sementes C A P Í T U L O 17 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. De que forma as Bennettitales lembram as cicadófitas? Como elas diferem das cicadófitas? Resposta: As Bennettitales lembram as cicadófitas por terem folhas semelhantes às das palmeiras. As Bennettitales diferem das cicadófitas por formarem estruturas reprodutivas semelhan‑ tes a flores que eram bissexuais em algumas espécies. 4. Tendo como modelo Pinus, faça um diagrama e dê nome aos componentes de cada um dos seguintes itens: um óvulo com um megagametófito maduro, um microgametófito maduro (grão de pólen germinado com gametas masculinos) e uma semente ma‑ dura. Resposta: O seu diagrama deve basear‑se nas porções apropria‑ das da Figura 18.17. Em particular, o desenho de um óvulo de pinheiro deve conter os tegumentos envolvendo o tecido do me‑ gagametófito indiferenciado contendo vários arquegônios, cada um com uma oosfera. O desenho do microgametófito maduro do pinheiro deverá conter o grão de pólen, a célula estéril e o tubo polínico emergindo, que contém o núcleo da célula do tubo e dois gametas masculinos. O desenho da semente madura de pi‑ nheiro deverá mostrar o envoltório seminal, o tecido do megaga‑ metófito e o embrião consistindo em ápice caulinar, cotilédones, hipocótilo, ápice da radícula e coifa. 6. Explique como os eventos da fecundação em Ephedra diferem daqueles em outras gimnospermas. Resposta: A maioria das espécies de Ephedra habita regiões áridas ou desérticas do mundo. Na maioria das outras gimnos‑ permas, apenas um dos dois gametas masculinos ou núcleos gaméticos produzido pela germinação do grão de pólen é fun‑ cional, um gameta masculino fecunda o núcleo da oosfera, e o outro degenera. Na década de 1990, foi relatado que a dupla fecundação – definida como dois eventos em um único mega‑ gametófito por dois gametas masculinosde um único tubo po‑ línico – ocorre em Ephedra. Em Ephedra, a oosfera de cada arquegônio contém dois núcleos femininos, o núcleo do óvulo e seu núcleo irmão, o núcleo do canal ventral. Cada microgame‑ tófito de Ephedra produz um único gameta masculino binucle‑ ado. Quando o tubo atinge um arquegônio, um núcleo fecunda o núcleo da oosfera e o outro pode fundir‑se com o núcleo do canal ventral. Assim, a dupla fecundação, até então considerada exclusiva para angiospermas, também ocorre em Ephedra, em‑ bora não seja a norma. No entanto, ao contrário de plantas com flores, em que a dupla fecundação produz um tecido nutritivo para o embrião chamado endosperma (além de um embrião), o segundo evento da fecundação em Ephedra produz um embrião extra, que acaba abortando. Gimnospermas C A P Í T U L O 18 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Faça um esquema com legenda, o mais completo possível, de uma flor hipógina, em que todas as partes florais estão sepa‑ radas. Resposta: O seu desenho pode ser com base na Figura 19.11A, mas para maior clareza pode se parecer com a Figura 19.6B. Deve conter sépalas, pétalas, estames (antera e filamento) e car‑ pelos (estigma, estilete e ovário contendo um ou mais óvulos). 4. Faça um esquema com a legenda completa de um gametófito masculino maduro (grão de pólen germinado) e de um gametó‑ fito feminino maduro (saco embrionário) de uma angiosperma. Compare esses gametófitos com seus correspondentes nos pi‑ nheiros. Resposta: Seus desenhos devem assemelhar‑se às partes apro‑ priadas das Figuras 19.15 a 19.17, 19.19, 19.21 e 19.22. O de‑ senho do gametófito masculino maduro deve conter o grão de pólen com o tubo polínico emergindo, o qual contém o núcleo da célula do tubo e dois gametas masculinos. Ele é muito se‑ melhante ao gametófito masculino de pinheiro com exceção da forma do grão de pólen e da ausência da célula estéril. O de‑ senho do gametófito feminino maduro de uma angiosperma deve conter os tegumentos, micrópila, três antípodas, dois nú‑ cleos polares na célula central, duas sinérgides e uma oosfera. Lembre‑se que, ao contrário do pinheiro, não estão presentes arquegônios nas angiospermas, e todo o gametófito consiste em apenas sete células e oito núcleos. Introdução às Angiospermas C A P Í T U L O 19 Evolução das Angiospermas C A P Í T U L O 20 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Com a descoberta de Archaefructus e os resultados de estudos filogenéticos moleculares indicando que Amborella é irmã de todos os outros grupos de plantas floríferas, nosso conceito da estrutura floral das angiospermas ancestrais mudou. Explique. Resposta: A mais antiga representação de uma angiosperma bem documentada no registro fóssil é Archaefructus, data de 125 milhões de anos. Archaefructus era uma pequena planta aquática herbácea com flores não vistosas, faltando o perianto (sépalas e pétalas). Seus ramos suportavam estames e carpe‑ los elevados acima da superfície da água. Os numerosos esta‑ mes podem ter atraído polinizadores. A natureza aquática desta angiosperma primitiva pode indicar que a evolução inicial das angiospermas ocorreu em ambientes abertos úmidos ou aquá‑ ticos, sujeitos a distúrbios frequentes. Tais condições teriam favorecido rápido crescimento de plantas pequenas, com um tempo de geração curto, um conjunto de recursos que ainda é característica de muitas angiospermas hoje em dia. A maioria dos botânicos pensava que as primeiras angiospermas tinham flores grandes com numerosas partes florais, dispostas em es‑ piral (em vez de radial), assemelhando‑se, assim, às flores de Magnolia. Entretanto, com a descoberta de Archaefructus e os estudos recentes de filogenias com base molecular, que colocam Amborella e as Nymphaeales como as primeiras angiospermas que surgiram, é agora claro que as plantas com característi‑ cas semelhantes às de Amborella ou de diversas angiospermas aquáticas são anteriores ao aparecimento de plantas com flores semelhantes à Magnolia por pelo menos 10 a 20 milhões anos. Amborella é uma planta arbustiva com flores pequenas em que faltam sépalas e pétalas distintas, com flores estaminadas e car‑ peladas presentes em plantas separadas, sendo imperfeitas (unis‑ sexuadas). As flores carpeladas, no entanto, contêm estames estéreis (estaminódios), uma indicação de que Amborella pode ter evoluído de ancestrais com flores perfeitas (bissexuadas). Ao contrário da grande maioria das angiospermas, o xilema de Amborella não apresenta vasos, sendo as traqueídes suas únicas células condutoras de água. O saco embrionário (gametófito fe‑ minino maduro) de Amborella é o único que tem oito células e nove núcleos. Assim, agora parece muito mais provável que as flores das angiospermas iniciais eram menores, mais simples, não vistosas e com sistemas de polinização simples. 4. Explique o que quer dizer coevolução e forneça dois exemplos envolvendo insetos e plantas diferentes. Resposta: Coevolução é a evolução simultânea de adaptações em duas ou mais populações que interagem tão estreitamente que cada uma atua como uma força seletiva forte sobre a outra. Há muitos exemplos diferentes. Em besouros, por exemplo, o sentido do olfato é mais desenvolvido do que o sentido visual, e, assim, flores polinizadas por besouro são tipicamente bran‑ cas ou de cor opaca, com odores fortes. Outro exemplo é forne‑ cido pelas abelhas, que não percebem as cores vermelhas, mas podem reconhecer padrões distintos. Assim, as flores polini‑ zadas por abelhas têm pétalas vistosas, de cores vivas, que são normalmente azuis ou amarelas, bem como “guias de mel”, que indicam a posição do néctar. 6. Faça a distinção entre frutos simples, agregados e múltiplos, e dê um exemplo de cada um. Resposta: Frutos simples desenvolvem‑se a partir de um ou vá‑ rios carpelos unidos; o tomate é um exemplo. Frutos agregados são constituídos pelos vários carpelos separados de um gineceu; um exemplo é o morango. Várias frutas consistem no gineceu de mais do que uma flor; um exemplo é o abacaxi. As Plantas e o Homem C A P Í T U L O 21 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Explique como o desenvolvimento da agricultura afetou o cres‑ cimento populacional. Resposta: Com o desenvolvimento da agricultura, os grupos de seres humanos tornaram‑se sedentários. Como consequên‑ cia, não havia mais a necessidade urgente de limitar o número de nascimentos, e a população aumentou de modo surpreen‑ dente. 4. Explique a importância de se preservar a diversidade genética das plantas agriculturáveis como salvaguarda contra patógenos. Resposta: Nas plantas cultivadas geneticamente mais unifor‑ mes, maiores são as chances de um patógeno poder causar danos generalizados. Se plantas cultivadas são geneticamente diversificadas, provavelmente apenas algumas variedades serão suscetíveis a um patógeno particular. 6. Embora muitos fármacos possam ser sintetizados em laborató‑ rio, as plantas continuam a ser importantes fontes de tais produ‑ tos. Por quê? Resposta: As plantas continuarão a ser uma importante fonte de drogas, porque elas podem fabricar esses medicamentos com baixo custo, sem a necessidade de energia adicional. Em alguns casos, a estrutura de uma das moléculas é tão complexa que a produção laboratorial é proibitivamente cara. Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Explique o que se entende por padrão apical‑basal e padrão ra‑ dial da planta. Resposta: O padrão apical‑basal consiste em um eixo com um sistema caulinar em uma das extremidades e uma raiz na outra. O padrão radial consiste em sistemas de tecidos dispostos de forma concêntrica, como revelado em uma seção transversal. 4. Como as mutações nos ajudaram a compreender o desenvolvi‑ mento do embrião? Resposta: Grandes populações de plantas de Arabidopsis tra‑ tadas por mutagênicos foram sistematicamenterastreadas para mutações que têm um efeito sobre o desenvolvimento das plantas. Quando fenótipos são alterados com sucesso, é possí‑ vel identificar os genes correspondentes que regulam o desen‑ volvimento da planta, um primeiro passo na determinação do funcionamento dos genes. Acredita‑se que um conjunto mínimo de cerca de 750 genes distintos coordena o desenvolvimento do embrião em Arabidopsis. Alguns destes genes reguladores afetam o padrão apical‑ basal do desenvolvimento do embrião e de plântulas. As mutações nestes genes removem diferentes regiões do padrão apical‑basal. Um outro grupo de genes de Arabidopsis está envolvido na determinação do padrão radial da diferenciação dos tecidos. Mutações em um destes genes, por exemplo, impedem a formação do protoderme. Ainda um outro grupo de genes regula as mudanças na forma das células, que dão ao embrião e às plântulas a sua forma alongada caracterís‑ tica. 6. Sugira por que a raiz é a primeira estrutura a emergir da se‑ mente em germinação. Resposta: O surgimento da raiz permite à plântula em desen‑ volvimento ancorar‑se no solo e absorver a água – dois eventos de importância primordial na germinação das sementes. 8. Cite alguns dos modos pelos quais o ápice caulinar emerge da semente durante a germinação. O que significa germinação epí‑ gea e germinação hipógea? Resposta: Durante a germinação: 1) o hipocótilo pode alon‑ gar‑se como um gancho que puxa a plúmula e os cotilédones para cima através do solo até a superfície aérea; 2) o epicótilo pode alongar‑se como um gancho que puxa a plúmula, mas não os cotilédones, para a superfície aérea; 3) o cotilédone pode for‑ mar um gancho que puxa o revestimento da semente e o endos‑ perma para a superfície aérea; ou 4) o coleóptilo que envolve a plúmula pode ser empurrado para cima, para a superfície aérea, deixando para trás o cotilédone. A germinação epígea ocorre quando os cotilédones são levados acima do nível do solo. A germinação hipógea ocorre quando os cotilédones permanecem sob a terra. Desenvolvimento Inicial do Corpo da Planta C A P Í T U L O 22 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Defina crescimento. Resposta: O crescimento é definido como um aumento irrever‑ sível no tamanho. 4. Como um tecido simples difere de um tecido complexo? Cite exemplos de cada um deles. Resposta: Um tecido simples é um tecido composto por um único tipo de célula, ao passo que um tecido complexo é com‑ posto por dois ou mais tipos de células. Exemplos de teci‑ dos simples são parênquima, colênquima e esclerênquima. Exemplos de tecidos complexos são xilema, floema e epiderme. 6. Qual é a relação de desenvolvimento e/ou função entre um ele‑ mento de tubo crivado e sua(s) célula(s) companheira(s)? Resposta: O elemento de tubo crivado e sua célula companheira são derivados da mesma célula‑mãe e entre eles existem várias conexões citoplasmáticas. 8. Qual é a provável função da proteína P nos elementos do tubo crivado maduros? Resposta: Os protoplastos dos elementos de tubo crivado de an‑ giospermas, com a exceção de algumas monocotiledôneas, são caracterizados pela presença de uma substância proteica, chamada “mucilagem”, e agora conhecida como proteína‑P (o “P” vem do inglês Phloem). A proteína‑P tem a sua origem no elemento de tubo crivado jovem na forma de corpos isolados chamados cor‑ pos de proteína‑P. Durante os últimos estágios de diferenciação, os corpos de proteína‑P, na maioria das espécies, alongam‑se e dispersam, e a proteína‑P é distribuída ao longo das paredes. Em tecidos floemáticos secionados, a proteína‑P normalmente se acu‑ mula nas placas crivadas como “tampões de mucilagem”. Esses tampões de mucilagem, os quais não são encontrados em células intactas, resultam dos conteúdos dos tubos crivados que são cor‑ tados. Nas placas crivadas dos elementos de tubo crivados madu‑ ros que não foram perturbados, os poros das placas são revestidos com proteína‑P, mas não ficam obliterados por ela. Alguns botâ‑ nicos acreditam que, juntamente com a calose de injúria, a proteí‑ na‑P serve para vedar os poros da placa crivada no momento da lesão, evitando, assim, a perda do conteúdo dos tubos crivados. Células e Tecidos do Corpo da Planta C A P Í T U L O 23 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Quais são as principais funções das raízes? Resposta: As principais funções das raízes são ancoragem e ab‑ sorção; duas outras funções são armazenamento e condução. 4. O que são células da borda? Cite algumas das funções atribuídas a essas células. Resposta: Células da borda são células da coifa programadas para se separarem da coifa e entre si. Após a sua liberação podem per‑ manecer vivas na rizosfera por diversas semanas e sofrem alterações na expressão de genes que lhes permitem produzir e exsudar proteí‑ nas específicas completamente diferentes das da coifa. As células da borda e seus produtos podem contribuir com até 98% do peso do ma‑ terial rico em carbono liberado no solo como exsudados radiculares. 6. Como as estrias de Caspary das células endodérmicas afetam o movimento da água e solutos através da endoderme? Resposta: As estrias de Caspary bloqueiam a água e os íons que têm origem no apoplasto e direcionam‑se para o cilindro vascu‑ lar. Assim, todas as substâncias que entram e saem do cilindro vascular devem passar pelos protoplastos das células da endo‑ derme. 8. Que característica estrutural é comum a todas as raízes de re‑ serva? Resposta: Todas as raízes tuberosas de armazenamento têm abundância de parênquima de reserva permeado por tecido vas‑ cular. Raiz | Estrutura e Desenvolvimento C A P Í T U L O 24 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Por meio de diagramas simples, legendados, compare as estru‑ turas de uma raiz e de um caule de eudicotiledôneas ao final do crescimento primário. Assuma que a raiz é triarca e o cilindro vascular do caule consiste em um sistema de feixes vasculares isolados. Resposta: O diagrama da raiz de uma eudicotiledônea deve pa‑ recer‑se com a Figura 24.15B, e o do caule de uma eudicotile‑ dônea deve parecer‑se com a Figura 25.7B. Observe que a raiz e o caule têm uma epiderme externamente ao córtex. Na raiz, entretanto, a camada mais interna do córtex está diferenciada em endoderme, e internamente a ela está o periciclo. Além disso, há um núcleo sólido de xilema trilobado no centro da raiz de eu‑ dicotiledônea, com floema localizado entre os lobos de xilema. No caule não só faltam a endoderme e o periciclo, mas os teci‑ dos vasculares são organizados em feixes dispostos em anel ao redor da medula central. 4. Como a distribuição dos estômatos difere entre as folhas de me‑ sófitas, hidrófitas e xerófitas? Resposta: Com base em suas necessidades de água ou adapta‑ ções, as plantas são comumente caracterizadas como mesófitas (plantas que necessitam de um ambiente que não é nem muito úmido, nem muito seco), hidrófitas (plantas que exigem grande quantidade de água ou crescem total ou parcialmente submersas em água), e xerófitas (plantas que estão adaptadas a habitats áridos). Os estômatos são aberturas diminutas, circundadas por células‑guarda, presentes na epiderme das folhas e dos caules, nos quais os gases penetram. O termo estômato também é usado para se referir a todo o aparelho estomático: as células‑guarda mais seu poro. Em folhas de hidrófitas que flutuam sobre a superfície da água, os estômatos podem ocorrer apenas na epiderme da face superior; as folhas submersas de hidrófitas ge‑ ralmente carecem totalmente de estômatos. As folhas de xerófi‑ tas geralmente contêm um número maior de estômatos do que o de outras plantas. Presumivelmente, estes numerosos estômatos permitem uma maior taxa de troca gasosa durante os períodos relativamente raros de abastecimento de água. Em muitas xeró‑ fitas, os estômatos estão afundados em depressões na superfícieinferior das folhas. As depressões também podem conter mui‑ tos pelos epidérmicos ou tricomas. Juntos, estes dois elementos podem servir para reduzir a perda de água a partir da folha. 6. Quais as principais funções das nervuras de maior porte e de menor porte das folhas? Resposta: O mesofilo da folha está completamente permeado por numerosos feixes vasculares, ou nervuras, que são contí‑ nuos com o sistema vascular do caule. As nervuras pequenas da folha são quase que completamente inseridas no parênquima e são chamadas nervuras de menor calibre (nervuras menores), enquanto as nervuras grandes associadas à costela são chamadas de nervuras de maior calibre (nervuras maiores). São as nervu‑ ras menores que desempenham o papel principal na coleta de fotoassimilados (compostos orgânicos produzidos pela fotossín‑ tese) a partir das células do mesofilo. Com o aumento do calibre das nervuras, elas se tornam menos estreitamente associadas es‑ pacialmente ao mesofilo e cada vez mais incorporadas nos teci‑ dos não fotossintetizantes da costela. Assim, com o aumento do tamanho das nervuras, a sua função primária muda da coleta de produtos da fotossíntese para o transporte desses produtos para fora da folha. 8. Quais são os principais eventos na iniciação e desenvolvimento de uma folha? Resposta: A evidência estrutural mais precoce na formação ini‑ cial de uma folha é a mudança na orientação da divisão celular e expansão das células fundadoras, o grupo de células a partir Sistema Caulinar | Estrutura Primária e Desenvolvimento C A P Í T U L O 25 30 Biologia Vegetal do qual os primórdios foliares e primórdios de raízes têm sua origem. Isso resulta na formação de uma protuberância foliar. Com o crescimento contínuo, cada protuberância se desenvolve em um primórdio foliar, o qual é geralmente mais achatado na superfície de frente para o meristema apical (a futura superfície superior da folha) do que no lado oposto (a futura superfície in‑ ferior). Logo após o primórdio de folha emergir da protuberân‑ cia, uma faixa diferente de células densas é formada em lados opostos (nas margens) do primórdio. A formação da lâmina é iniciada nestas faixas estreitas, denominadas “meristemas mar‑ ginais” ou “blastozonas marginais” – enquanto a região central do primórdio se diferencia na nervura central ou raque. As di‑ ferenças na duração da atividade do meristema e na quanti‑ dade de expansão dentro do plano da lâmina são responsáveis pela grande diversidade de formas da folha. Tipicamente, a folha para de crescer primeiro na ponta e, por último, na base. Em comparação com o crescimento do caule, o crescimento da maior parte das folhas é de curta duração. O tipo de crescimento restrito exibido pela folha e pelos ápices florais é chamado de‑ terminado, em contraste com o tipo de crescimento ilimitado ou indeterminado dos meristemas apicais vegetativos. 10. Qual o papel do gene LEAFY no desenvolvimento floral? Resposta: Em Arabidopsis, um gene chamado LEAFY (LFY) codifica o fator de transcrição, LFY, que atribui o destino flo‑ ral dos meristemas. Este fator de transcrição é expresso em um nível elevado durante todo o desenvolvimento dos meristemas florais jovens e ativa os genes que conferem ao primórdio do órgão floral sua identidade. Plantas com a mutação do gene LFY não formam flores. Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Por meio de esquemas simples e legendados, compare a estru‑ tura da raiz de uma eudicotiledônea lenhosa com o caule de uma eudicotiledônea lenhosa ao final do primeiro ano de cres‑ cimento. Assuma que a raiz é triarca e que o sistema vascular primário do caule consiste em feixes vasculares isolados. Resposta: Seu diagrama de uma raiz eudicotiledônea deve pare‑ cer‑se com a Figura 24.15F, e o do caule de eudicotiledônea deve parecer‑se com a Figura 26.6E. Observe que, tanto na raiz como no caule, a periderme é o tecido externo. Debaixo da periderme do caule está o córtex, mas, nas raízes, o córtex normalmente é eliminado precocemente, e ocorre uma proliferação do periciclo subjacente à periderme. Prosseguindo para dentro no caule e na raiz encontram‑se as fibras do floema primário, em seguida, o flo‑ ema secundário, o câmbio vascular, o xilema secundário e o xi‑ lema primário. Na raiz, o tecido encontrado no centro é o xilema primário, mas no caule é o parênquima medular. 4. Qual característica estrutural da madeira é responsável pela visi‑ bilidade dos anéis de crescimento? Resposta: A base estrutural para a visibilidade dos anéis de crescimento na madeira é a diferença entre a densidade da madeira produzida no início da estação de crescimento e a produzida tardiamente. O lenho inicial é menos denso, com células mais largas e de paredes mais finas do que o lenho tardio. 6. Os termos hardwood e softwood não expressam precisamente o grau de densidade ou dureza das madeiras. Explique. Resposta: Hardwood ou madeira de folhosas refere‑se sim‑ plesmente à madeira de angiospermas e softwood, à madeira de coníferas. Nenhum termo se refere à dureza, pois algumas ma‑ deiras de angiospermas são bastante macias e algumas madeiras de coníferas são muito duras. 8. Qual é a importância do cerne para a planta? Resposta: O cerne proporciona um local de armazenamento de metabólitos secundários tóxicos que de outro modo seriam inibi‑ dores para o crescimento da planta. 10. O que são nós em madeiras? Resposta: Os nós resultam de ramos recobertos pelo cresci‑ mento do tronco de uma árvore, ou seja, que se tornaram engol‑ fados pela madeira. Crescimento Secundário em Caules C A P Í T U L O 26 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. O que se entende por fruto partenocárpico? Quais são os dois hormônios vegetais usados para produzir esse tipo de fruto? Resposta: Os frutos partenocárpicos são frutos produzidos sem fecundação, e, portanto, são sem sementes. Os hormônios au‑ xina e giberelinas são usados para produzir tais frutos. 4. De que modo o etileno é um hormônio vegetal singular? Resposta: O etileno é um hidrocarboneto simples e é o único hormônio vegetal gasoso. 6. Explique como o ácido abscísico regula a abertura e o fecha‑ mento dos estômatos. Resposta: O ABA liga‑se a um receptor na membrana plasmá‑ tica das células‑guarda, que por sua vez faz com que os canais de Ca2+ se abram e íons de Ca2+ fluam para dentro da célula. Este acúmulo de Ca2+ citossólico ativa as cinases de proteínas que provocam a abertura de canais de ânions na membrana plasmática. Em consequência, os ânions, tais como Cl+ e ma‑ lato,2+ fluem do citossol para dentro da parede da célula, e o resultante da despolarização da membrana abre os canais de K+, o que provoca um efluxo de K+. Em seguida, a água segue esses íons por osmose, as células‑guarda perdem o turgor, e o poro estomático fecha. Quando o ABA é removido, os íons são transportados de volta para dentro da célula, a água entra por osmose, as células‑guarda tornam‑se túrgidas e a poro estomá‑ tico se abre. 8. Como os receptores de brassinoesteroides diferem daqueles dos outros hormônios vegetais importantes? Resposta: Os brassinoesteroides são um grupo de hormônios esteroides promotores de crescimento em plantas, que desem‑ penham papéis essenciais em uma ampla gama de processos de desenvolvimento, tais como divisão celular e alongamento das células nas raízes e nos caules, diferenciação vascular, respos‑ tas à luz (fotomorfogênese), desenvolvimento de flores e frutos, resistência a estresses e senescência. O receptor BRI1 brassino‑ esteroide (BR INSENSITIVE1) difere de todos aqueles que já foram considerados pelo fato de que contém uma região extra‑ celular envolvida no sinal de reconhecimento, uma única re‑ gião transmembrânica e uma região citoplasmática que inicia a transdução de sinal intracelular. BRI1 está associada a um cor‑ receptor quinase chamado BAK1 (BRI1 associado a quinase). Aligação do brassinoesteroide com BRI1 ativa o receptor e induz a associação com o seu correceptor, BAK1. Por transfosforila‑ ção sequencial entre BRI1 e BAK1, BRI1 torna‑se totalmente ativado e inicia uma cascata de sinalização. A cascata envolve eventos de fosforilação e desfosforilação, que conduzem à trans‑ crição de genes regulados por brassinoesteroides. Regulação do Crescimento e do Desenvolvimento | Hormônios Vegetais C A P Í T U L O 27 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Faça a distinção entre os seguintes itens: ritmo circadiano e re‑ lógio biológico; fototropismo e fotoperiodismo; tigmotropismo e movimento tigmonástico. Resposta: Ritmo circadiano é um ciclo regular de 24 h, que per‑ siste dentro de um organismo, mesmo quando todas as condições ambientais são mantidas constantes, ao passo que relógio bio‑ lógico é o mecanismo de relógio interno, que controla o ritmo. Fototropismo é o crescimento direcional de uma parte da planta, em resposta a uma fonte de luz direcional, enquanto fotoperiodismo é a resposta de uma planta a uma mudança nos comprimentos rela‑ tivos de luz e escuro. Tigmotropismo é o crescimento direcional de uma parte da planta em resposta ao contato com um objeto sólido, enquanto que movimento tigmonástico é um movimento de plantas em resposta a estimulação mecânica, em que a direção do cresci‑ mento é independente da direção do estímulo. 4. Explique como é possível que uma planta de dias longos e uma planta de dias curtos, as quais crescem em uma mesma locali‑ dade, floresçam no mesmo dia do ano. Resposta: Plantas de dias curtos florescem na primavera ou no início do outono e elas devem ter um período de luz mais curto do que o comprimento crítico. Plantas de dias longos florescem principalmente no verão, mas somente se os períodos de luz são mais longos do que um comprimento crítico. O importante não é o comprimento absoluto do fotoperíodo, mas se o fotoperíodo é mais longo ou mais curto do que um intervalo crítico. 6. Explique como o estímulo floral, que se origina nas nervuras menores das folhas fonte, exerce o seu efeito no meristema api‑ cal do sistema caulinar (gemas). Resposta: O sinal de promoção da floração, ou estímulo floral, deve ser transmitido a partir da folha para o meristema apical do sistema caulinar, onde ocorre a floração. 8. Que mecanismos são responsáveis pelos movimentos de dormir das folhas e pelo fechamento das folhas da planta dioneia? Resposta: Os movimentos násticos de ocorrência ampla são mo‑ vimentos nictinásticos, que correspondem aos movimentos para cima e para baixo das folhas em resposta aos ritmos diários de luz e escuridão. As folhas mostram‑se orientadas horizontalmente durante o dia e, verticalmente, durante a noite. À noite, os folío‑ los de folhas compostas dobram e as bordas das folhas opostas se unem. A maioria dos movimentos foliares nictinásticos resultam de mudanças no tamanho das células do parênquima nos espes‑ samentos das junções que ocorrem na base de cada folha (e, se a folha é composta, na base de cada folíolo). Este espessamento, conhecido como pulvino, é um cilindro flexível, com o sistema vascular concentrado no centro dele. Anatomicamente, todos os pulvinos consistem em um núcleo de tecido vascular cercado por um córtex volumoso de células parenquimáticas de paredes finas, cuja camada interna é uma verdadeira endoderme com estrias de Caspary. O movimento pulvinar está associado a alterações re‑ versíveis no turgor e a contrações e expansões concomitantes do parênquima em lados opostos do pulvino. As alterações de turgor e as contrações e expansão das células, chamadas células moto‑ ras, são causadas por fluxos de íons de potássio e cloro através da membrana plasmática das células motoras, seguidas por fluxos de água na mesma direção. Estas alterações estão sob o controle do relógio circadiano e fitocromo. Movimentos tigmonásticos são resultado de uma mudança rá‑ pida na pressão de turgescência em células motoras do pulvino na base de cada folha e folíolo. A perda de água através de aqua‑ porinas na membrana plasmática destas células (ver Capítulo 4) segue o efluxo de íons de cloro, potássio e cálcio das células para o apoplasto. O acúmulo de íons no apoplasto parece ser iniciado por diminuição do potencial de água provocado pelo acúmulo de sacarose no apoplasto por descarregamento do floema. As folhas‑armadilha de Dionaea (papa‑moscas) consistem em duas partes, o pecíolo relativamente largo (“pedúnculo”) e a armadilha, uma lâmina lobada mantida unida pela nervura central, que serve como a dobradiça da armadilha. A superfície superior ou interna de cada lóbulo contém três “pelos sensitivos”, que atuam como sensores mecânicos. Quando a armadilha se fecha, os dentes ao longo da margem exterior dos lobos da lâmina foliar se entrela‑ çam e servem para evitar que a presa escape. Fatores Externos e Crescimento Vegetal C A P Í T U L O 28 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Quais são os atributos dos solos de textura média que ajudam a fazer deles solos ideais para a agricultura? Resposta: Em solos argilosos, a proporção de areia, silte e ar‑ gila resultam em boa drenagem, bem como em grande retenção de nutrientes. 4. Por que a troca catiônica é importante para as plantas? Resposta: Os cátions estão normalmente ligados às superfícies coloidais das partículas de argila e húmus e, portanto, não são lixiviados pela água de percolação do solo. No processo de troca catiônica, outros cátions substituem os íons fracamente ligados, liberando‑os para a solução do solo, onde eles se tornam dispo‑ níveis para o crescimento das plantas. 6. Algumas plantas são hiperacumuladoras de alumínio, enquanto outras são resistentes ao alumínio. Explique como elas diferem entre si. Resposta: As plantas hiperacumuladoras podem acumular quan‑ tidades extraordinariamente elevadas de metais pesados (em concentrações de 100 a 1.000 vezes mais elevadas do que as não hiperacumuladoras) nos seu sistema caulinar, principalmente em folhas, sem sofrer danos fitotóxicos. As hiperacumuladoras são especialmente eficientes na desintoxicação e sequestro de metais pesados. De preferência, estes processos ocorrem em epiderme, tricomas e cutícula de folhas, os locais onde os metais pesados fariam o mínimo de danos para o aparelho fotossintético das cé‑ lulas do mesofilo. A resistência ao alumínio na maioria das espécies de plantas baseia‑se no efluxo de ânions orgânicos que se ligam ao Al3+, formando complexos que não são facilmente absorvidos pelas raízes. O efluxo de ânions, mais comumente de malato e ci‑ trato, é geralmente restrito aos ápices radiculares e requer Al3+ para desencadear a resposta. Vários genes que contribuem para a resistência a Al3+ foram identificados em ambas as espécies de cereais e não cereais. Os genes codificam proteínas ligadas à membrana plasmática, que funcionam como canais de ânions ativados por Al3+, liberando malato ou citrato. Nutrição Vegetal e Solos C A P Í T U L O 29 Respostas das questões de autoavaliação (perguntas de número par) 2. Explique como cada um dos seguintes fatores afeta a taxa de transpiração: temperatura, umidade e correntes de ar. Resposta: O aumento de temperatura resulta geralmente em aumento da taxa de transpiração, porque a taxa de evaporação da água dobra a cada aumento de 10 graus na temperatura. O aumento de umidade geralmente resulta em diminuição da taxa de transpiração, o que é proporcional à diferença de pressão de vapor entre os espaços intercelulares e a superfície da folha. O aumento da velocidade das correntes de ar geralmente resulta em aumento na taxa de transpiração, pois sopra ar para fora da superfície da folha, aumentando, assim, a diferença da pressão de vapor. 4. As membranas das pontoações são muito importantes para a se‑ gurança do transporte da água. Explique. Resposta: As membranas
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