Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aluno: Guilherme Henrique INTERTEXTUALIDADE A intertextualidade se refere à presença de elementos formais ou semânticos de textos, já produzidos, em uma nova produção textual. Em outras palavras, refere- se aos textos que apresentam, integral ou parcialmente, partes semelhantes ou idênticas de outros textos produzidos anteriormente. Essa intertextualidade pode ser indicada explicitamente no texto ou pode vir “disfarçada” pela linguagem do autor. Em todo caso, para que o sentido da relação estabelecida seja compreendido, o leitor precisa identificar as marcas intertextuais, e, em alguns casos, conhecer e compreender o texto anterior. Tipos de intertextualidade A intertextualidade ocorre também com textos visuais, como nessa releitura de de “O grito” de Edward Munch Alusão – é o ato de indicar ou insinuar um texto anterior sem, no entanto, aprofundar-se nele. Esse método de intertextualidade apresenta de forma superficial e objetiva informações, ideias ou outros dados presentes em texto ou textos anteriores. Exemplo: Para explicar o conceito de ameaça à democracia o professor faz uma alusão ao facismo da Itália. Paródia – é o tipo de intertextualidade em que se apresenta uma estrutura semelhante à de um texto anterior, mas com mudanças que interferem e/ou subvertem o sentido do texto, o qual passa a apresentar forte teor crítico, cômico e/ou sátiro. Desse modo, além de construir-se um novo texto, com semelhanças a um anterior, procura-se também evidenciar uma mudança de sentido. Exemplo: “Penso, logo existo” de Rene Descartes será “Penso, logo desisto” Paráfrase – é o processo de intertextualidade no qual o sentido do texto original é reafirmado, porém com pouca ou nenhuma semelhança estrutural. Nesse tipo, o intuito é reescrever o assunto do texto original, aproveitando principalmente os elementos semânticos já existentes, para produzir uma nova linguagem com o mesmo tema. Exemplo: “Quem não arrisca não nunca sabe” de “ Quem não arrisca não petisca” Epígrafe – é a reprodução de um pequeno trecho do texto original no início de um novo texto. Ela, comumente, vem alocada no início da página, no canto direito e em itálico. Apesar de ser um trecho “solto”, a epígrafe sempre tem uma relação com o conteúdo do novo texto. Exemplo: “Eu amo você como Icarus amava o sol, muito perto, imensurável.” Citação – é quando o autor referencia outro texto por ter pertinência e relevância com o conteúdo do novo texto. A citação pode ocorrer de forma direta, quando se copia o trecho na íntegra e o destaca entre aspas, ou pode ser indireta, quando se afirma o que o autor do texto original disse, mas explicando os conceitos com novas palavras, relacionando a abordagem com o novo conteúdo. Exemplo: Foi numa medonha noite de novembro que eu observei o resultado de meus esforços. Com uma ansiedade que era quase agonia, eu reuni os instrumentos de vida ao meu redor, que eu devia infundir uma faísca de existência naquela coisa sem-vida que jazia aos meus pés. “Lembre-se que sou tua criatura; deveria ser teu Adão, mas seria mais o anjo caído, que tu expulsaste do júbilo por crime algum. Em todo lugar eu vejo alegria, da qual estou irrevogavelmente excluído. Eu era benevolente e bondoso; a miséria fez de mim um demônio. Faça-me feliz, e eu serei virtuoso.” FRANKEISTEIN- Mary Shelley Tipos de intertextualidade A intertextualidade ocorre também com textos visuais, como nessa releitura de de “O grito” de Edward Munch
Compartilhar