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45 SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE Unidade II 3 ESTRUTURA DE GESTÃO DE SEGURANÇA PREVISTA NAS NORMAS REGULAMENTADORAS 3.1 Programa de prevenção de riscos ambientais – NR 9 (PPRA) Vamos abordar o programa de prevenção de riscos ambientais, conhecido como PPRA, que fazia parte da NR 9. Um programa importante, em que se buscava fazer a análise de riscos físicos, químicos e biológicos, tanto de forma qualitativa quanto quantitativa. Esse programa pedia para que ao fazer o levantamento dos riscos ambientais, os profissionais e trabalhadores que participavam da sua elaboração tivessem a condição de identificar os riscos ambientais na fase de antecipação e reconhecimento dos riscos e, assim, determinar as medidas de controle para evitar que o risco ameaçasse a integridade física e a saúde do trabalhador. A NR 9 foi revisada e atualizada e praticamente encerrou a elaboração do PPRA a partir do novo texto, que entrará em vigor em 10 de março de 2021. Com esse novo texto, a NR 9 passa a ter o título de “Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos”. Agora o papel da NR 9 é fazer a avaliação das exposições ocupacionais a agentes de riscos físicos, químicos e biológicos quando estes tiverem sido identificados no programa de gerenciamento de riscos (PGR), o que está previsto na NR 1 em seu novo texto após a sua atualização. Dessa forma, o programa previsto na NR 9 passou a fazer parte do PGR, que se tornou um programa de gestão amplo e mais abrangente do que o antigo PPRA. Assim a NR 9 passou a ser responsável pela identificação das exposições ocupacionais dos trabalhadores em relação aos agentes de riscos físicos, químicos e biológicos, fazendo a avaliação dessas exposições e determinando as medidas de prevenção e controle que devem ser implantadas. As aplicações das medidas de prevenção estabelecidas através dessa norma devem ser adotadas em todos os setores ou postos de trabalho onde foi identificada a exposição ocupacional a esses agentes de risco. Ao se identificarem atividades e operações consideradas insalubres ou perigosas, devem-se aplicar as ações previstas pelas NR 15 – Atividades e Operações Insalubres e NR 16 – Atividades e Operações Perigosas. O procedimento para identificar a exposição ocupacional desses agentes de riscos deverá considerar os pontos a seguir conforme previsto no item 9.3.1 do novo texto da NR 9 – Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos: Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 46 Unidade II a) descrição da atividade; b) identificação do agente e formas de exposição; c) possíveis lesões ou agravos à saúde relacionados às exposições identificadas; d) fatores determinantes da exposição; e) medidas de prevenção já existente; e f) identificação dos grupos de trabalhadores expostos (BRASIL, 2020b, p. 2). Após a análise preliminar das atividades de trabalho e dos dados já existentes em relação aos riscos dos agentes físicos, químicos e biológicos, devem-se adotar medidas de prevenção. Após a avaliação qualitativa, fazer avaliação quantitativa, quando for preciso, ou seja, as medições de campo com os equipamentos necessários para quantificar o agente de risco em questão para a posterior análise, conforme a NR 15 (BRASIL, 2019b), respeitando os limites de exposição e, na busca, quando necessário, das medidas de controle e proteção coletiva. Somente por último verificar a aplicação de equipamentos de proteção individual, quando as medidas anteriores não tiverem sido suficientes para manter o ambiente salubre e seguro. Observação Todos os resultados obtidos nas avaliações e medições e todos os agentes de riscos físicos, químicos e biológicos serão incorporados ao PGR, previsto na NR 1, compondo, assim, um conjunto de ações que permita o gerenciamento ocupacional mais amplo, visando garantir controle sobre os riscos existentes no ambiente de trabalho para que não ocorram acidentes ou doenças do trabalho. Lembrete As atualizações das NRs foram feitas pelas comissões tripartites paritárias CTPP, buscando melhorar a aplicação das NRs. Em atendimento às novas realidades do mercado e do país, entrarão em vigor após um ano da sua publicação. As NRs 1, 7 e 9 entrarão em vigor em março de 2021. Já a NR 18 entrou em vigor em fevereiro de 2021. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 47 SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE As atualizações dos dois principais programas de segurança do trabalho que as empresas deveriam cumprir, o PPRA e o PCMSO, agora fazem parte de um programa mais amplo incorporado à NR 1, que é o PGR, o qual todas as empresas devem elaborar. 3.2 Organização e constituição da comissão interna de prevenção de acidentes (Cipa) – NR 5 A comissão interna de prevenção de acidentes (Cipa) é prevista na NR 5, que orienta a forma como ela deve ser composta, seu dimensionamento, as ações para o processo de eleição, o curso de formação do cipeiros e seu funcionamento. Cabe discorrer sobre a história da Cipa. Foi criada na década de 1970 com a aprovação das NRs a fim de atender a uma requisição da OIT, que orientava sobre a necessidade de haver um órgão interno nas empresas que trate das questões de segurança do trabalho junto com os trabalhadores. Podemos dizer que a primeira geração da Cipa foi meramente burocrática e apenas visava o preenchimento de documentos sem uma contribuição efetiva para melhorar as condições de trabalho, em sua maior parte. Mas a partir do momento em que passou a ser mais bem organizada e com trabalhadores mais esclarecidos sobre o seu papel e suas responsabilidades, a Cipa se tornou um canal importante de comunicação entre o “chão de fábrica” e a administração da empresa, permitindo mais agilidade na solução de problemas e na melhoria dos ambientes de trabalho, oferecendo mais segurança e qualidade de vida para todos. O objetivo principal da Cipa é a prevenção de acidentes e doenças provocadas pelo trabalho, com a constante preocupação em garantir que as atividades sejam executadas de forma segura, preservando a vida e a saúde do trabalhador. Saiba mais Para quem pretende aprofundar-se no assunto da Cipa, poderá acessar o manual à disposição no link. BRASIL. Escola Nacional da Inspeção do Trabalho (Enit). Manual Cipa: a nova NR 5. Brasília, 2016. Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/ images/Arquivos_SST/SST_Publicacao_e_Manual/CGNOR---MANUAL-DA- CIPA.pdf. Acesso em: 26 jan. 2021. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Máquina de escrever PROGRAMA CONTROLE MÉDICO/SAÚDE OCUPACIONAL Cesar Máquina de escrever PROGRAMA PREVENÇÃO RISCO AMBIENTAL Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 48 Unidade II Uma característica importante da Cipa é ela ser composta por representantes dos empregados eleitos por um processo de votação específico entre os trabalhadores e representantes da empresa, designados pelo empregador. O mandato dos membros eleitos da Cipa terá a duração de um ano, permitindo uma nova reeleição. E quem deve constituir uma Cipa? Conforme o item 5.2 da NR 5, Devem constituir a Cipa, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedadesde economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, as associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados (BRASIL, 2019a, p. 1). Para determinar o dimensionamento da Cipa, deve-se consultar o CNPJ da empresa no site da Receita Federal: Figura 10 – Site de consulta de CNPJ da Receita Federal Em seguida, na Ficha de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), será possível localizar a Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE). Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 49 SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE Figura 11 – Consulta do CNPJ no site da Receita Federal 50 Unidade II Com o CNAE em mãos, vamos consultar o Quadro II da NR 5, representado na figura a seguir. Figura 12 – Quadro II da NR 5 Figura 13 – Quadro III da NR 5 Consultando os Quadros II e III, cada CNAE está localizado em um determinado grupo. Por exemplo, no quadro anterior (representado na figura 13), temos o CNAE 05.00.3, que faz parte da atividade econômica de extração de carvão mineral e está agrupado no C-1. Em posse do grupo, já se pode consultar o Quadro I da Cipa (figura 14 a seguir) para determinar o seu dimensionamento. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 51 SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE Figura 14 Assim que o grupo for localizado, deve-se verificar a quantidade de empregados que a empresa possui para saber como dimensionar a Cipa. Por exemplo, se a empresa que citamos, de extração de carvão mineral, tiver entre 37 empregados, consultando a tabela, teremos uma Cipa composta por um representante dos trabalhadores, ou seja, eleito entre os colegas, e um indicado pela empresa. Lembrando que a Cipa tem um membro efetivo e um suplente, assim, no exemplo que demos, teremos um membro efetivo dos trabalhadores mais um suplente; e um membro efetivo do empregador mais um suplente, totalizando quatro membros. Agora que já temos o total de membros que compõem a Cipa, entre os dois indicados pelo empregador, caberá a ele designar o presidente da Cipa e, aos empregados, designar, entre os titulares, o vice-presidente da Cipa. Em seguida, deve-se indicar quem será o secretário e o seu substituto. Todo o processo eleitoral da posse dos cipeiros deve ser documentado, e os documentos armazenados de forma a ficarem à disposição da fiscalização quando solicitado. A Cipa deve ter reuniões ordinárias todo mês, cumprindo um calendário preestabelecido, sendo que essas reuniões devem ocorrer durante o expediente normal da empresa em um local adequado a essa atividade. Todas as reuniões devem ter uma ata com o conteúdo discutido, que deve ser assinada por todos os presentes, e uma cópia encaminhada para todos os membros. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 52 Unidade II Poderão ocorrer reuniões extraordinárias em situações como: • Uma denúncia de uma situação de risco grave ou iminente, necessitando que uma medida corretiva de emergência seja aplicada. • Quando ocorrer um acidente do trabalho grave ou fatal. • Quando houver solicitação expressa de uma das representações. Para os funcionários eleitos ou indicados para a Cipa, no prazo máximo de trinta dias, contados a partir da data da posse, eles deverão passar por um processo de treinamento específico. Esse treinamento deve ter um total de vinte horas distribuídas em períodos que não ultrapassem oito horas diárias e deve ser realizado na empresa durante o expediente normal. Observação A NR 5 orienta que, para os assuntos discutidos durante a reunião, devem-se obter decisões, preferencialmente, por consenso, mas, caso isso não ocorra, há um procedimento específico a ser seguido, conforme as orientações da NR, descrevendo situações que podem acontecer e como solucioná-las. Uma das grandes responsabilidades da Cipa está em elaborar o mapa de riscos ambientais. Esse mapa deve ser feito para toda a empresa, ou seja, todos os departamentos e locais da empresa devem ser analisados considerando os riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentes-tipo. Lembrete Quando falamos do PPRA, que agora será substituído pelo PGR, explicamos que eles analisam os riscos físicos, químicos e biológicos, sendo que, como estamos observando agora, no mapa de riscos elaborados pela Cipa, também fazem parte dele os riscos ergonômicos e os acidentes. Um dos assuntos importantes da Cipa é o envolvimento dos trabalhadores na elaboração do mapa de riscos; eles devem ser auxiliados a identificar os agentes de riscos presentes em seu ambiente de trabalho e as medidas preventivas utilizadas. A elaboração do mapa de riscos oferece a oportunidade ao trabalhador de observar os agentes de riscos presentes no seu ambiente de trabalho e identificar os que estão fora de controle, permitindo a adoção de medidas preventivas que garantam a sua segurança e a sua saúde. O resultado desse trabalho Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 53 SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE será um documento que deverá ficar afixado em local visível em cada setor, permitindo que todos tenham acesso a essas informações e, dessa forma, possam se conscientizar sobre os riscos a que estão expostos nesse determinado setor e a maneira correta de protegerem-se. O mapa de riscos busca uma análise qualitativa dos agentes de riscos identificados no setor e permite divulgar as informações das consequências que esse risco têm para a integridade física e a saúde do trabalhador e, também, a forma que ele deverá agir seguindo os protocolos indicados para que se mantenha em segurança. Assim, garantimos o binômio base da prevenção: o direito de saber versus o dever de informar. Após fazer um croqui ou usar uma planta do local em que o mapa de riscos está sendo elaborado, os trabalhadores deverão pontuar onde se localiza cada risco, utilizando círculos que indicarão se ele é pequeno, médio ou grande, identificado pelo tamanho desses círculos. Outra característica é usar as cores que definem cada grupo de riscos, pintando o interior desses círculos. A seguir, temos um exemplo da legenda que deve acompanhar o mapa de riscos. Figura 15 Um mapa de riscos bem elaborado permite que todos os trabalhadores, ao consultarem as informações nele, possam ter plena consciência dos riscos existentes nos seus ambientes de trabalho e das medidas de proteção adotadas, como os equipamentos de proteção coletiva e de proteção individual necessários para completar a sua proteção e garantir a sua segurança naqueles locais. A Portaria n. 25, de 29 de dezembro de 1994, em seu anexo IV, estabelece os objetivos do mapa de riscos, sendo: Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 54 Unidade II 1. O Mapa de Riscos tem como objetivos: a) reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalhador na empresa; b) possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção (BRASIL, 1994). E também orienta sobre a forma que ele deve ser elaborado, permitindo alcançar um ótimo resultado no final, pois as informações levantadas seguindo esse roteiro vão enriquecer os demais programas da empresa, bem como confirmar se as ações adotadas estão sendo adequadas e suficientes para manter os riscos sob controle: 2. Etapas de elaboração: a) conhecer o processo de trabalho no local analisado: — os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentoprofissional e de segurança e saúde; — os instrumentos e materiais de trabalho; — as atividades exercidas; — o ambiente. b) identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação da tabela. c) identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia: — medidas de proteção coletiva; — medidas de organização do trabalho; — medidas de proteção individual; — medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 55 SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE d) identificar os indicadores de saúde: — queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos; — acidentes de trabalho ocorridos; — doenças profissionais diagnosticadas; — causas mais frequentes de ausência ao trabalho: e) conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local; f) elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de círculo: — o grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada na Tabela I; — o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo; — a especificação do agente (por exemplo: químico-sílica, hexano, ácido clorídrico, ou ergonômico-repetitividade, ritmo excessivo), que deve ser anotada também dentro do círculo; — a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos diferentes de círculos (BRASIL, 1994). Observação É importante saber que existem outros formatos de Cipa para atender às necessidades específicas de alguns setores da economia, como a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes na Mineração (Cipamin), a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural (CIPATR), a Comissão de Prevenção de Acidentes no Trabalho Portuário (CPATP) e a Comissão de Saúde do Trabalhador (Comsat). Mas, basicamente, todas cumprem o mesmo objetivo. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 56 Unidade II 3.3 Programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO) – NR 7 A NR 7 apresenta o programa de controle médico de saúde ocupacional, que visa promover e preservar a saúde dos trabalhadores. Esse programa faz parte de um conjunto mais amplo de programas de prevenção que as empresas devem elaborar, sendo que o PPRA era o principal coadjuvante para elaboração do PCMSO. Com as atualizações da NR 1, o PGR passou a reger todos os demais programas de prevenção e segurança do trabalho existentes na empresa. Mesmo assim, algumas características importantes do PCMSO serão abordadas a seguir. Inicialmente, vamos falar dos exames médicos que fazem parte do PCMSO. Todos os empregados sabem que para iniciar o trabalho em uma empresa, na sua contratação, tiveram que passar por um exame médico para comprovar estarem aptos para exercer a função que vão assumir na empresa. Esse exame é conhecido por “exame admissional”, é o primeiro que deve ser feito pelo empregado. Os exames que fazem parte do PCMSO efetuam uma avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional, bem como exame físico e mental do trabalhador. De acordo com a necessidade analisada pelo médico do trabalho, alguns exames complementares poderão ser pedidos. Após ter sido considerado apto no seu exame admissional, o trabalhador poderá assumir a sua função na empresa e iniciar as suas atividades. Conforme a análise feita pelo médico, considerando o cargo e as atividades exercidas pelo trabalhador, será determinada a frequência para o exame médico periódico, atendendo o item 7.4.3.2 da NR 7 (BRASIL, 2020a), que descreve cada uma das situações, orientando sobre a frequência do exame periódico. O próximo exame admissional é o exame médico de retorno ao trabalho, que deve ser feito obrigatoriamente no primeiro dia de retorno ao trabalho do empregado que permaneceu afastado do seu posto por um período igual ou superior a trinta dias por motivo de doença ou acidente, seja ocupacional ou não, ou mesmo para as mulheres que tiveram um parto, permitindo, assim, garantir que esse empregado esteja apto a retornar a suas funções. Temos também o exame médico de mudança de função, que deve ser realizado obrigatoriamente antes da data de o empregado assumir a sua nova função. Esse exame é tão importante quanto o exame admissional, pois, ao mudar de função, as rotinas de trabalho podem ser alteradas, as atividades executadas e os riscos a que o empregado estará exposto. Por fim, temos o exame médico demissional, que deve ser realizado em até dez dias após terminado o contrato de trabalho. Esse exame é importante para garantir que não se demitirá um empregado que virtualmente possa estar doente ou uma funcionária que esteja grávida, assegurando, assim, as proteções que a lei prevê. Todos esses exames resultam em um documento conhecido como “atestado de saúde ocupacional” (ASO), que o médico deverá emitir em duas vias, permanecendo com a primeira arquivada na empresa. A segunda via deve ser entregue obrigatoriamente ao trabalhador. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 57 SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE As informações mínimas que devem fazer parte do ASO são: • nome completo do trabalhador; • número de registro da sua identidade; • função; • riscos ocupacionais específicos existentes; • registro dos procedimentos médicos aos quais o trabalhador foi submetido; • nome do médico coordenador e seu respectivo registro no conselho de classe – CRM; • conclusão, se está apto ou inapto para assumir a função que queira exercer, exerce ou exerceu; • nome do médico responsável pelo exame e uma forma de contatá-lo; • a data e a assinatura do médico encarregado do exame com o respectivo carimbo contendo a sua identificação e o número de inscrição no CRM. É importante que o médico coordenador do programa mantenha os documentos corretamente armazenados para possíveis consultas ou mesmo para o momento de uma possível transição, na qual outro colega médico assume a coordenação do PCMSO da empresa. Cabe lembrar que esse programa deve fazer parte de um conjunto maior de programas, atendendo às necessidades do PGR. O PCMSO, por fim, vai avalizar as ações preventivas que, adotadas, caso as medidas de prevenção utilizadas pela empresa não forem eficazes, serão identificadas no controle médico de saúde ocupacional, nas situações de trabalhadores adoecendo ou se acidentando no exercício da sua função. Com o novo texto apresentado na atualização da NR 7, 7.7.1 As MEI, ME e EPP desobrigadas de elaborar PCMSO, de acordo com o subitem 1.8.6 da NR-01, devem realizar e custear exames médicos ocupacionais admissionais, demissionais e periódicos, a cada dois anos, de seus empregados (BRASIL, 2020a). É importante lembrar que tão grave quanto os acidentes de trabalho são as doenças ocupacionais, pois elas geram sofrimento humano e custos para toda a sociedade, uma vez que, em muitos casos, os tratamentos são prolongados, há necessidade de reabilitação para o trabalho, muitas vezes, com limitações de atividades, ou mesmo resultam em aposentadoria especial. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 58 Unidade II Saiba mais Para se aprofundar um pouco mais sobre doenças relacionadas ao trabalho, recomendamos a leitura do Manual de procedimentos para os serviços de saúde, apresentado pelo Ministério da Saúde através do link: BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. Brasília: MS, 2001. (Série A. Normas e Manuais Técnicos. n. 114).Disponível em: http://www.fiocruz. br/biosseguranca/Bis/manuais/seguranca%20e%20saude%20no%20 trabalho/Saudedotrabalhador.pdf. Acesso em: 20 jan. 2021. 4 SEGURANÇA NOS AMBIENTES DE TRABALHO 4.1 Higiene no trabalho A questão de higiene no trabalho é muito ampla, tornando necessária sempre a consulta ou o acompanhamento de um profissional prevencionista. Vamos abordar assuntos importantes para os profissionais que atuam com segurança privada, a insalubridade e a periculosidade. Encontraremos muitos esclarecimentos sobre essas duas questões na NR 15, que trata de atividades e operações insalubres; bem como na NR 16, que trata de atividades e operações perigosas. A NR 15 apresenta os limites de tolerância para os diversos agentes de riscos físicos, químicos e biológicos aos quais o trabalhador poderá ficar exposto sem que lhe cause danos à saúde. Caso esses limites sejam ultrapassados e estando o trabalhador exposto ao agente de risco, a lei assegura-lhe a percepção de adicional conforme o grau de risco comprovado para essa exposição. O grau de risco pode ser determinado como grau máximo, médio ou mínimo, concedendo então o adicional de insalubridade, que será, respectivamente, 40%, 20% ou 10% de um salário mínimo da região em que o trabalhador se encontra. Em situações em que a exposição se faz por mais de um agente de risco, o adicional será considerado o grau mais elevado. É importante destacar que a eliminação ou a neutralização da insalubridade determinarão a cessação do pagamento desse adicional. Uma das formas utilizadas para neutralizar os agentes insalubres são os equipamentos de proteção coletiva, bem como os de proteção individual, que deverão ser adequados e apropriados ao agente de risco. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 59 SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE Cabe lembrar que a eliminação ou neutralização do agente de risco deverá ficar caracterizada através de uma avaliação pericial do órgão competente, que vai comprovar a inexistência do risco à saúde do trabalhador, caso contrário, o adicional permanecerá sendo pago. O agente de risco mais comum encontrado nos ambientes de trabalho é o agente físico ruído. No anexo 1 da NR 15, representado na figura a seguir, encontraremos a tabela com os limites de tolerância e a disposição diária conforme o nível de pressão sonora existente no local. Figura 16 – Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente Essa NR é a mais extensa de todas, pois agrega os limites de tolerância para todos os agentes de riscos físicos, químicos e biológicos que possam causar danos à saúde do trabalhador. A necessidade de comprovar a exposição ou não a esses riscos para um perito ou órgão competente demonstra a obrigação de ter conhecimentos técnicos específicos para a correta análise e interpretação de cada uma das situações. A fim de quantificar os agentes de risco e a sua intensidade, torna-se indispensável o uso de equipamentos profissionais, os quais apenas um técnico habilitado será capaz de operar corretamente para não interferir nos resultados ou na coleta de amostras que serão encaminhadas a laboratórios específicos, que emitirão um laudo técnico a ser interpretado pelo perito. O trabalhador, muitas vezes, opta por receber o adicional de insalubridade do que preservar a sua saúde, uma postura que acaba mudando somente após adquirir uma doença e sentir os impactos que Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Máquina de escrever NR15 Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 60 Unidade II ela causará em sua vida. Portanto sempre recomendamos que devemos lutar para garantir ambientes de trabalho salubres em vez de optar por pagamentos de adicional insalubridade. Quanto à questão de periculosidade, torna-se mais complicado buscar eliminar a fonte de perigo que provoca a situação de risco, pois, na maioria das vezes, ela faz parte do processo e não pode ser eliminada do local. Dessa forma, criam-se áreas classificadas onde esses materiais, produtos, equipamentos e instalações que ofereçam periculosidade ficarão alocados com o uso de barreiras físicas e controles de acesso. O acesso aos trabalhadores que terão permissão para entrar nessas áreas classificadas será limitado, e eles terão o adicional de 30%, que vai incidir sobre o seu salário. Observação Quando houver mais de um adicional ao qual o trabalhador tiver direito, ele deverá optar pelo que deseje receber, pois não se podem acumular adicionais. De forma geral, o trabalhador opta pelo que lhe oferece maior renda. Mas ao optar pelo adicional periculosidade, caso ele também faça jus ao adicional insalubridade, é conveniente que fique registrada e documentada sua exposição a uma situação insalubre, pois esta poderá lhe dar direito a uma aposentadoria especial no futuro. As atividades são as operações perigosas descritas na NR 16, sendo as seguintes: • atividades e operações perigosas com explosivos • atividades e operações perigosas com inflamáveis • atividades e operações perigosas com a energia elétrica • atividades e operações perigosas em motocicleta • atividades e operações perigosas com exposição a roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial • atividades de operações perigosas com radiações ionizantes ou substâncias radioativas (BRASIL, 2019c). Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 61 SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE Como pode-se observar, as atividades de segurança patrimonial ou pessoal estão previstas no anexo 3 dessa norma, pois as características do trabalho expõem o trabalhador a uma situação de risco de morte. A norma considera profissionais de segurança pessoal ou profissional aqueles que: • são empregados das empresas prestadoras de serviços nas atividades de segurança privada ou que integram o serviço orgânico de segurança privada devidamente registradas e autorizadas pelo Ministério da Justiça, conforme Lei n. 7.102/1983 e suas alterações posteriores; • empregados que exerçam atividade de segurança patrimonial ou pessoal em instalações metroviárias, ferroviárias, portuárias, rodoviárias, aeroportuárias e de bens públicos, contratados diretamente pela administração pública direta ou indireta. Vejamos a seguir as atividades que constam neste anexo. Quadro 1 Atividades ou operações Descrição Vigilância patrimonial Segurança patrimonial e/ou pessoal na preservação do patrimônio em estabelecimentos públicos ou privados e da incolumidade física de pessoas Segurança de eventos Segurança patrimonial e/ou pessoal em espaços públicos ou privados, de uso comum do povo Segurança nos transportes coletivos Segurança patrimonial e/ou pessoal nos transportes coletivos e em suas respectivas instalações Segurança ambiental e florestal Segurança patrimonial e/ou pessoal em áreas de conservação de fauna, flora natural e de reflorestamento Transporte de valores Segurança na execução do serviço de transporte de valores Escolta armada Segurança no acompanhamento de qualquer tipo de carga ou de valores Segurança pessoal Acompanhamento e proteção da integridade física de pessoa ou de grupos Supervisão/fiscalização operacional Supervisão e/ou fiscalização direta dos locais de trabalho para acompanhamento e orientação dos vigilantes Telemonitoramento/ telecontrole Execução de controle e/ou monitoramento de locais, através de sistemas eletrônicos de segurança Fonte: Brasil (2019c, p. 12-13). 4.2 Proteção contra incêndios (NR 23) Para analisarproteção e incêndios, devemos ir além do que apenas mencionar a NR 23, pois, após a sua última atualização, ela foi reduzida a poucas páginas, a consulta aos procedimentos foi transferida, devendo ser feita nas instruções técnicas do corpo de bombeiros. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 62 Unidade II A questão de incêndios é muito importante e ampla quando se pensa em proteger o patrimônio, pois incêndios causam grandes prejuízos materiais e de vidas humanas, além de queimaduras, inclusive em quem os combate. Alguns dados levantados nos anuários de acidentes de trabalho do Ministério do Trabalho, atual Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia, revelam que aproximadamente 30 mil acidentes causados por queimaduras graves ocorrem anualmente nos ambientes de trabalho (BRASIL, 2020c). Mais da metade dessas ocorrências são registradas como “acidente-tipo”, e, na questão de gestão de riscos, seriam situações evitáveis. Observação Queimaduras deixam sequelas graves e para o resto da vida, quando não são fatais. Os tratamentos de queimaduras são longos, geralmente, acompanhados de muito sofrimento, geram altos custos e, muitas vezes, têm resultados insatisfatórios. Para evitar essas ocorrências, torna-se evidente que devemos desenvolver sistemas de segurança contra incêndios, mas o que é considerado um “sistema contra incêndio?”. Se consultarmos a instrução técnica do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo (SÃO PAULO, 2019), vamos encontrar que o sistema contra incêndio é o conjunto de ações e recursos internos e externos à edificação e a áreas de risco que permite controlar a situação de incêndio. Podemos pesquisar em diversas outras fontes e vamos verificar, na maioria delas, que a segurança contra incêndio está sempre limitada à proteção das edificações e ao ambiente urbano. Com certeza, a questão é muito mais ampla e deve ser alvo de estudos e pesquisas que permitam aprofundar o conhecimento sobre o tema, desenvolver tecnologias e materiais mais eficientes, entre outros. Então vamos iniciar pela compreensão do que deve ser considerado um incêndio. O incêndio é o fogo sem controle. Quando está sob controle, chega até a fascinar o homem, trazer conforto, auxiliá-lo em diversas atividades e muito mais. Mas, quando está sem controle, provoca destruição, danos irreparáveis, perdas de vidas, prejuízos financeiros e impactos econômicos, sociais e ao meio ambiente. Frequentemente temos notícias de incêndios que ocorrem em florestas, reservas naturais, áreas rurais, gerando grandes prejuízos ambientais e até mesmo afetando o clima, alterando o bioma, causando diversas consequências, como diminuição dos níveis de precipitação, interrompendo o fluxo de veículos nas estradas por falta de visibilidade, como na aviação, podendo até mesmo afetar a estabilidade das aeronaves com as correntes de calor, interferindo nas atividades da população que dependia daquele ecossistema, bem como prejudicando a sua saúde e provocando doenças respiratórias em consequência da inalação dos gases e fumaça intensa (FIOCRUZ, 2013). Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 63 SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE Dessa forma, a segurança contra incêndio deve ser muito mais ampla, sendo a prática mais atualmente aceita o conjunto de medidas adotadas para impedir que o fogo se torne destrutivo. Assim, reduzimos o seu impacto e buscamos salvar vidas, bens e também proteger o meio ambiente. Para alcançar isso, devem-se implantar práticas de planejamento que abrangem não só medidas de proteção e combate, mas treinamento, educação, conscientização, pesquisas, investigações, segurança de operações, entre outras. Além disso, todas essas ações devem ser rotineiras, necessitando de práticas diárias e conhecimento capazes de encontrar soluções adequadas às diversas situações que possam ocorrer. Observação Podemos classificar os incêndios conforme a sua origem: Natural: decorrente do aquecimento solar em áreas extremamente secas, por queda de descarga atmosférica ou devido a uma erupção vulcânica. Acidental: não são intencionais ou não premeditados. Criminoso: provocados intencionalmente. Segundo Setzer e Sismanoglu (2006), nas áreas monitoradas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os focos de incêndio dos últimos trinta anos só ocorreram nas áreas nas quais há ocupação humana. São diversas as tragédias aqui no Brasil causadas por incêncio, mas podemos citar algumas que mais marcaram a população, como: • 1961: tragédia do Gran Circus Norte-Americano, Rio de Janeiro: — causa: ex-funcionário provocou por vingança; — consequência: 503 mortes (70% eram crianças). • 1972: edifício Andraus, São Paulo: — causa: provável sobrecarga do sistema elétrico; — consequência: 16 mortos, 330 feridos. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 64 Unidade II • 1974: edifício Joelma, São Paulo: — causa: curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado; — consequência: 180 mortes. • 1976: Lojas Renner, Rio Grande do Sul: — causa: provável curto-circuito; — consequência: 41 mortes, 60 feridos. • 1981: edifício Grande Avenida, São Paulo: — causa: indefinida; — consequência: 17 mortes, 53 feridos. • 1984: vazamento em Cubatão, São Paulo: — causa: vazamento de gasolina; — consequência: 93 mortes. • 1986: Andorinha, Rio de Janeiro: — causa: curto-circuito; — consequência: 21 mortes, 50 feridos. • 1996: shopping center Osasco Plaza, São Paulo: — causa: vazamento de gás; — consequência: 41 mortes, 300 feridos. • 2001: show no Canecão Mineiro, Minas Gerais: — causa: acidente durante queima de fogos; — consequência: 7 mortes, 300 feridos. • 2010: Marcopolo Ciferal, Rio de Janeiro: — causa: indefinida; — consequência: 6 mortes, 2 feridos. 65 SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE • 2013: boate Kiss, Rio Grande do Sul: — causa: queima de fogos; — consequência: 245 mortes. Há muitas outras tragédias que não ganharam tanta repercussão, mas ceifaram vidas e causaram danos irreparáveis ao meio ambiente e/ou danos patrimoniais. Dessa forma, tratar da segurança contra incêndios é importante e há necessidade de profissionais capacitados e habilitados para exercer suas funções. Muitas vezes, após grandes tragédias, torna-se comum preocupar-se com o tema e, assim, surgem novas leis e normas para tratar do assunto. Existem diversas normas que abordam essas questões, vamos citar algumas delas que devem ser de conhecimento de quem estuda o assunto. No Brasil, temos a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que é signatária da Organization for International Standardization (ISO), sendo que, quando encontramos uma norma NBR ISO, significa que a norma foi traduzida de uma norma internacional com adaptações muito pequenas. Os estados também podem criar regulamentação própria para atender a diversas situações. Os objetivos da regulamentação estadual são: a) proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em caso de incêndio; b) dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente e ao patrimônio; c) proporcionar meios de controle e extinção do incêndio; d) dar condições de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros; e proporcionar a continuidade dos serviços nas edificações e áreas de risco (ONO; VALENTIN; VENEZIA apud SEITO et al., 2008, p. 124). O estado de São Paulo, através do Decreto n. 56.819, de 2011, se refere às instruções técnicas do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo e é complementado por elas, sendo que os demais estados praticamente seguem a mesma regulamentação como referência, mudando um pouco a nomenclatura, como ocorre em Goiás e no Espírito Santo, que as chamam de “normas técnicas”; o Paraná, de “norma de procedimento técnico”; em Santa Catarina, de “instrução normativa”; mas praticamente todas têm o mesmo conteúdo.A NR 23 – Proteção contra Incêndios, promulgada em 6 de maio de 2011, diz que as medidas de prevenção contra incêndio devem estar em conformidade com a legislação estadual e as normas Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 66 Unidade II técnicas devem ser aplicáveis. Também se refere às responsabilidades do empregador, determinando que ele deva providenciar informações sobre procedimentos de abandono, dispositivos e alarmes e, por fim, orienta sobre as saídas de emergência (BRASIL, 2011). Ao analisar as NRs, podemos citar outras normas que vão tratar o controle de incêndios e explosões, como a NR 20, que se refere à Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis; a NR 33, sobre Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados, bem como a NR 16, sobre Atividades e Operações Perigosas. Também podemos citar a Nacional Fire Protection Association (NFPA), que possui normas utilizadas por vários países em todo o mundo, além do Brasil. Mas vamos aprofundar um pouco mais nosso conhecimento sobre incêndios, explicando as suas fases. Segundo Berto (1991) e Seito et al. (2008), temos três fases características: • Fase inicial: incêndio se restringe a um foco representado pela combustão do primeiro objeto ignizado. • Fase da inflamação generalizada: elevação acentuada da temperatura devido ao envolvimento simultâneo de grande quantidade de materiais combustíveis. • Fase de extinção: após terem sido consumidos em torno de 80% dos materiais combustíveis. Conforme Berto (1991), podemos observar essas fases na figura a seguir. Fase inicial Fase de inflamação generalizada 80% dos materiais combustíveis consumidos Pr od uç ão d e ca lo r Tempo Inflamação generalizada Temperatura ambiente inicial Fase de extinção Figura 17 – Fases de um incêndio Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 67 SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE Da mesma forma, as medidas de segurança contra incêndios nas edificações são classificadas de formas diferentes: • medidas de precaução ou prevenção; • medidas de proteção. Essas medidas devem atuar em conjunto para que os riscos de incêndio permaneçam em níveis aceitáveis, pois as duas se complementam. As medidas de prevenção visam evitar o início do incêndio, ou seja, controlam esse risco, já as medidas de proteção estão voltadas a proteger a vida humana e os bens materiais contra os efeitos nefastos do incêndio que já ocorre. Conforme Berto (1991), os elementos que compõem um sistema global de segurança contra incêndio são oito, apresentados no quadro a seguir. Quadro 2 Elemento do sistema global de segurança contra incêndio a serem atendidos nas edificações Definição do elemento do sistema global de segurança contra incêndio Prevenção ou precaução contra o início do incêndio O único composto por medidas de prevenção que visam controlar eventuais fontes de ignição e sua interação com materiais combustíveis. Já os demais elementos são compostos por medidas de proteção, cada qual com as características definidas Limitação do crescimento do incêndio Composto por medidas que visam dificultar, ao máximo, o crescimento do foco do incêndio, de forma que este não se espalhe pelo ambiente de origem, o que envolveria atingir materiais combustíveis que estariam no local e, assim, a temperatura se elevaria rapidamente Extinção inicial do incêndio Composto por medidas que visam facilitar a extinção do foco do incêndio, de forma que ele não se generalize pelo ambiente Limitação da propagação do incêndio Composto por medidas que visam impedir o incêndio que cresceu, de se propagar para além do seu ambiente de origem Evacuação segura do edifício Visa assegurar a fuga dos usuários do edifício de forma que todos possam sair com rapidez e em segurança. Essa evacuação deverá ser processada a partir do momento em que ocorrer a inflamação generalizada no ambiente de origem Precaução contra a propagação Visa dificultar a propagação do incêndio para outros edifícios próximos Precaução contra o colapso estrutural Visa impedir a ruína parcial ou total da edificação. As altas temperaturas, em função do tempo de exposição, afetam as propriedades mecânicas dos elementos estruturais, podendo enfraquecê-los até que provoquem a perda da estabilidade Rapidez, eficiência e segurança das operações Visa assegurar as intervenções externas para o combate ao incêndio e o resgate de eventuais vítimas. Tais intervenções devem primar pela rapidez, eficiência e segurança daqueles que a realizam. Devem ocorrer no estágio mais incipiente do incêndio, enquanto ainda não houver a propagação dele pelo edifício. Mas mesmo após essa propagação ter acontecido, continua a ser indispensável para evitar a perda de vidas humanas e o alastramento do fogo por todo o edifício, evitando o risco de colapso estrutural Fonte: Berto (1991, p. 39). Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 68 Unidade II A implantação das medidas de proteção já devem fazer parte do projeto inicial da edificação, contemplando os aspectos construtivos, além de estarem adequadas à ocupação prevista para essa edificação. Essas medidas estão separadas em duas categorias: passivas e ativas. As medidas de proteção passiva visam permitir que todos os ocupantes sejam retirados da edificação, com segurança, antes que a estrutura perca a sua integridade e possa entrar em colapso. Suas características são: • limitar o crescimento do incêndio; • limitar a propagação do incêndio; • evitar a propagação do incêndio em edificações adjacentes; • evitar o colapso estrutural; • garantir a evacuação segura da edificação; • agilizar as ações de combate a incêndio e resgate de pessoas. Já as medidas de proteção ativas são as que respondem aos estímulos provocados pelo fogo, automática ou manualmente, como: • sistema de proteção por extintores de incêndio; • sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos; • sistema de proteção por chuveiros automáticos (ou sprinklers); • sistema de alarme de incêndio; • sistema de detecção de fumaça; • sistema de sinalização de emergência; • sistema de comunicação de emergência; • sistema de iluminação de emergência; • sistema de exaustão de fumaça. Outro ponto importante é a forma como o incêndio se desenvolve e a associação ao sistema global de segurança contra incêndio, conforme apresentado por Berto (1991) no esquema a seguir. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 69 SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE Precaução contra o início do incêndio Fontes de ignição Sistema global de segurança contra incêndio Foco de incêndio Crescimento do incêndio Propagação do incêndio Extinção inicial do incêndio Evacuação segura do edifício Precaução contra o colapso estrutural Precaução contra a propagação do incêndio entre edifícios Rapidez, eficiência e segurança nas operações de combate e resgate Limitação do crescimento do incêndio Limitação da propagação do incêndio Et ap as d o de se nv ol vi m en to do in cê nd io Su bs is te m as Figura 18 – Sequência de desenvolvimento do incêndio O conhecimento em relação à forma de desenvolvimento do incêndio e como o sistema global age em cada momento são necessários para que se possa atender aos requisitos funcionais, buscando agir de maneira a: • dificultar a ocorrência do princípio de incêndio; • ocorrido o princípio do incêndio, dificultar a ocorrência da inflamação generalizada dos materiais combustíveis presentes no ambiente; • possibilitar a extinção do incêndiono ambiente de origem, antes que a inflamação generalizada ocorra; • instalada a inflamação generalizada no ambiente de origem do incêndio, dificultar a sua propagação para os outros ambientes; • permitir a fuga dos usuários do edifício; • dificultar a ida do incêndio para edifícios adjacentes; • manter o edifício íntegro, sem danos, sem ruína parcial e/ou total; • permitir operações de combate ao fogo e de resgate/salvamento de vítimas. Para melhor compreensão dos requisitos funcionais que devem ser atendidos em cada etapa de um incêndio, podemos consultar o quadro representado na figura a seguir elaborado por Berto (1991): Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 70 Unidade II Quadro 3 – Elementos do sistema global de segurança contra incêndio associados aos requisitos funcionais que visam garantir os respectivos objetivos específicos Elementos Principais medidas de prevenção e proteção contra incêndio Precaução contra o início do incêndio - Correto dimensionamento e execução de instalações de serviço - Distanciamento seguro entre fontes de calor e materiais combustíveis - Provisão de sinalização de emergência - Correto dimensionamento e execução de instalações do processo - Correta estocagem e manipulação de líquidos inflamáveis e combustíveis e de outros produtos perigosos - Manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos e instalações que podem provocar o início do incêndio - Conscientização do usuário para aprevenção do incêndio Limitação do crescimento do incêndio - Controle da quantidade de materiais combustíveis incorporados aos elementos construtivos - Controle das características de reação ao fogo dos materiais incorporados aos elementos construtivos - Controle da quantidade de materiais combustíveis trazidos para o interior do edifício Extinção inicial do incêndio - Provisão de equipamentos portáteis de combate - Provisão de sistema de hidrantes e mangotinhos - Provisão de sistema de chuveiros automáticos - Provisão de sistema de detecção e alarme - Provisão de sinalizaçãode emergência - Manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos de proteção destinados à extinção inicial do incêndio - Elaboração de planos para extinção inicial do incêndio - Treinamento dos usuários para efetuar o combate inicial do incêndio - Formação e treinamento de brigadas de incêndio Limitação da propagação do incêndio - Compartimentação horizontal - Compartimentação vertical - Controle da quantidade de materiais combustíveis incorporados aos elementos construtivos - Controle da disposição de materiais combustíveis nas proximidades das fachadas Evacuação segura do edifício - Provisão de sistema de deteção e alarme - Provisão de sistema de comunicação de emergência - Provisão de rotas de fuga seguras - Provisão de sistema de iluminação de emergência - Provisão de sinalização de emergência - Provisão de sistema de controle do movimento de fumaça - Controle das características de reação ao fogo dos materiais incorporados aos elementos construtivos - Manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos destinados a garantir a evacuação segura - Elaboração de planos de abandono do edifício - Treinamento dos usuários para a evacuação de emergência - Formação e treinamento de brigadas de evacuação de emergência Precaução contra a propagação do incêndio entre edifícios - Distanciamento seguro entre edifícios - Resistência ao fogo da envoltória do edifício - Controle das características de reação ao fogo dos materiais incorporados aos elementos construtivos (na envoltória do edifício) - Controle da disposição de materiais combustíveis nas proximidades das fachadas Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 71 SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE Elementos Principais medidas de prevenção e proteção contra incêndio Precaução contra o colapso estrutural - Resistência ao fogo dos elementos estruturais - Resistência ao fogo da envoltória do edifício - Manutenção preventiva e corretiva da proteção dos elementos estruturais e de fachada Rapidez, eficiência e segurança das operações de combate e resgate - Provisão de meios de acesso dos equipamentos de combate às proximidades do edifício - Provisão de equipamentos portáteis de combate - Provisão de sistema de hidrantes e mangotinhos - Provisão de meios de acessos seguros da brigada ao interior do edifício - Provisão de sistema de controle do movimento de fumaça - Provisão de sinalização de emergência - Manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos de proteção destinados ao combate - Elaboração de planos de combate ao incêndio - Formação e treinamento de brigadas de incêndio - Disposição na entrada do edifício de informações úteis ao combate Além dos elementos apresentados até aqui, que vão proporcionar maior segurança na prevenção de incêndios, a elaboração e um plano de emergência não podem ser descartados. Temos a NBR 15219 (ABNT, 2020), que apresenta as diretrizes de dimensionamento da brigada de incêndio considerando os recursos humanos e materiais disponíveis e a necessidade de profissionais capacitados para elaborar um plano de emergência. Outro ponto que também merece muita atenção é a formação da brigada de incêndio e, para essa questão, deve-se consultar a NBR 14276 (ABNT, 2006), que apresenta os requisitos a serem observados na formação de uma brigada de incêndio, bem como a hierarquia que deve compô-la. As classes de fogo são classificadas conforme o tipo de combustível e as suas características de queima e resíduos da sua combustão, sendo elas: • Classe A: materiais sólidos, como, papel, tecidos, madeira, carvão e pneus. • Classe B: materiais líquidos como gasolina, óleo diesel, álcool, óleos comestíveis e óleos lubrificantes. • Classe C: equipamentos elétricos energizados. • Classe D: materiais pirofóricos, como magnésio, zircônio ou titânio. • Classe F (ou K): ambientes de cozinhas comerciais e industriais. Esse conhecimento é importante na hora da escolha do agente extintor, pois eles são diferentes para cada classe de fogo. Os extintores de água pressurizada são utilizados em incêndios de classe A e nunca devem ser utilizados em incêndios associados a painéis ou redes elétricas enquanto estiverem energizados, devido ao risco de eletrocussão. Os extintores de espuma mecânica são utilizados para combater incêndios de classes A e B. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 72 Unidade II Os extintores de dióxido de carbono podem ser utilizados em classes B e C e no início de fogos de classe A. Extintores de pó químico seco podem ser utilizados em incêndios das classes A, B e C, dependendo do tipo de agente inibidor que o pó apresente para a extinção de incêndio. O pó químico à base de fosfato monoamônico é capaz de combater incêndios das classes A, B e C. Como exemplo de materiais empregados em combates a incêndios de classe D, podem ser citadas a areia e a limalha de ferro, sendo fundamental saber quais os meios apropriados de extinção para determinada substância com propriedade pirofórica. Misturas gasosas específicas são utilizadas em incêndios classe C como etileno-cloro-propano e trifluormetano ou nitrogênio, argônio e gás carbônico – popularmente, esses produtos são conhecidos como gás FM 200(1) e gás FE13(1). Esses produtos substituíram outros anteriormente utilizados, como o gás halon, por este ser agressivo à camada de ozônio. Há sistemas de extinção fixos à base de dióxido de carbono, misturas gasosas específicas ou ainda de geração de espuma, este último empregado em combate a incêndiosem tanques e reservatórios. Outro conhecimento necessário para combater um incêndio está relacionado com a química do fogo. Muitas pessoas já ouviram falar do triângulo do fogo, composto pelo combustível (material que vai queimar), comburente (oxigênio) e calor (fonte de ignição), porém existe um quarto elemento: reação em cadeia – a forma na qual a combustão se propaga de uma molécula para outra. É importante compreender esse quarto elemento, pois uma das formas de bloquear a reação em cadeia é o uso de pó químico. Toda vez que desejamos extinguir o fogo, devemos eliminar um dos elementos que permitem a combustão, dessa forma, cada procedimento tem uma finalidade específica nessa ação, sendo: • Abafamento: busca eliminar o comburente da reação. • Resfriamento: busca eliminar a fonte de ignição da reação, bem como inibir a liberação de vapores e gases inflamáveis. • Isolamento: busca remover o combustível da reação. • Quebra de reação: busca interromper a reação em cadeia. No quadro a seguir, pode-se observar melhor a aplicação de cada agente extintor e a forma como age sobre os componentes da combustão. Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar Cesar Destacar 73 SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE Quadro 4 Agente extintor Princípio de extinção Sistema de expulsão Autogeração Autoexpulsão Pressurização indireta Pressurização direta Água Resfriamento X X Soda-ácido Resfriamento X Espuma química AbafamentoResfriamento X Carga líquida Resfriamento X Espuma mecânica AbafamentoResfriamento X X Pó químico B/C Reação química X X Pó químico A/B/C Reação química, abafamento (para fogo classe A) X X Pó químico D Reação química Abafamento Resfriamento X Gás carbônico (CO2) Abafamento Resfriamento X X (A) Hidrocarbonetos halogenados Reação química Abafamento (para fogo classe A) X A – aplicável em ambientes de baixa temperatura Fonte: ABNT (1993, p. 3). Além disso, a forma de propagação do fogo deve ser considerada no momento do combate. A condução ocorre quando houver materiais que conduzirão o calor. Se calorias suficientes para outros pontos forem levadas, poderão iniciar novos focos de incêndio. A convecção se dá onde os gases aquecidos durante a combustão levam calorias suficientes por onde passam para iniciar a combustão dos materiais que estão no seu caminho. A irradiação é a energia térmica que se propaga através de ondas de calor, por exemplo, o calor do sol, que chega até nós pela irradiação. Como pudemos observar, o assunto de proteção e prevenção de incêndios é amplo e exige profissionais capacitados para atuar na elaboração dos sistemas de combate, de prevenção, de controle, entre outros pontos. Não é uma atividade para ser exercida por leigos ou curiosos do assunto. A seguir a relação de normas vigentes do comitê brasileiro de segurança contra incêndio da ABNT – CB-24. 74 Unidade II Quadro 5 Normas Objetivo ABNT NBR 5667-1:2006 – Hidrantes urbanos de incêndio de ferro fundido dúctil. Parte 1: Hidrantes de coluna Fixa os requisitos mínimos para fabricação, inspeção e recebimento de hidrantes de coluna urbanos de incêndio, de ferro fundido dúctil, para serem empregados em redes de abastecimento público de água ABNT NBR 5667-2:2006 – Hidrantes urbanos de incêndio de ferro dúctil. Parte 2: Hidrantes subterrâneos Fixa os requisitos mínimos para fabricação, inspeção e recebimento de hidrantes subterrâneos urbanos de incêndio, de ferro fundido dúctil, para serem empregados em redes de abastecimento público de água ABNT NBR 5667-3:2006 – Hidrantes urbanos de incêndio de ferro fundido dúctil. Parte 3: Hidrantes de Coluna com obturação própria Fixa os requisitos mínimos para fabricação, inspeção e recebimento de hidrantes urbanos de incêndio de coluna com obturação própria, de ferro fundido dúctil, para serem empregados em redes de abastecimento público de água ABNT NBR 6125:1992 – Chuveiro automático para extinção de incêndio Prescreve método pelo qual devem ser executados os ensaios para chuveiros automáticos para extinção de incêndio ABNT NBR 6135:1992 – Chuveiro automático para extinção de incêndio Fixa condições técnicas mínimas a que devem satisfazer os chuveiros automáticos para extinção de incêndio ABNT NBR 6479:1992 – Portas e vedadores – Determinação da resistência ao fogo Prescreve método de ensaiar e avaliar o desempenho quanto à resistência ao fogo de componentes de construção destinados ao fechamento de aberturas em paredes e lajes ABNT NBR 8222:2005 – Execução de sistemas de prevenção contra explosão de incêndio, por impedimento de sobrepressões decorrentes de arcos elétricos internos em transformadores e reatores de potência Fixa os requisitos específicos mínimos exigíveis para o projeto, instalação, manutenção e ensaios de sistemas fixos automáticos de prevenção contra explosões e incêndios por impedimento de sobrepressões decorrentes de arcos elétricos internos em transformadores e reatores de potência ABNT NBR 8660:1984 – Revestimento ao piso – Determinação da densidade crítica de fluxo de energia térmica Prescreve método para a determinação da densidade crítica de fluxo de energia térmica de revestimentos de piso expostos à energia radiante ABNT NBR 8674:2005 – Execução de sistemas fixos automáticos de proteção contra incêndio com água nebulizada para transformadores e reatores de potência Fixa os requisitos específicos mínimos exigíveis para o projeto, instalação, manutenção e ensaios de sistemas fixos automáticos de água nebulizada para proteção contra incêndio de transformadores e reatores de potência ABNT NBR 9441:1998 – Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio Fixa as condições exigíveis para elaboração de projetos, execução de instalações, operação e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio ABNT NBR 9442:1986 – Materiais de construção – Determinação do índice de propagação superficial de chama pelo método do painel radiante Prescreve o método para determinar o índice de propagação superficial de chama em materiais de construção ABNT NBR 9443:2002 – Extintor de incêndio classe A – Ensaio de fogo em engradado de madeira Prescreve método de avaliação e determinação do desempenho, durante o ensaio de fogo em engradado de madeira, do extintor, previsto para o uso no combate a fogo classe A ABNT NBR 9444:2006 – Extintor de incêndio classe B – Ensaio de fogo em líquido inflamável Prescreve o método de avaliação e determinação do desempenho, durante o ensaio de fogo em líquido inflamável, do extintor previsto para o uso no combate a fogo classe B ABNT NBR 9654:1997 - Indicador de pressão para extintores de incêndio Fixa condições exigíveis para indicadores de pressão destinados ao uso em extintores de incêndio 75 SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE Normas Objetivo ABNT NBR 9695:2006 – Pó para extinção de incêndio Fixa os requisitos mínimos para propriedades físico-químicas, bem como de desempenho, para agentes químicos na forma de pó utilizados para combate a incêndios nas classes de fogo A, B e C, para os seguintes produtos inibidores: bicarbonato de sódio (NaHCO3); bicarbonato de potássio (KHCO3); fosfato monoamônio (NH4H2PO4). Aplica-se ao controle de fabricação do pó embalado para comercialização e do pó contido em extintores de incêndio ABNT NBR 10636:1989 – Paredes divisórias sem função estrutural – Determinação da resistência ao fogo Prescreve método de ensaio, classifica e gradua quanto à resistência ao fogo, as paredes e divisórias sem função estrutural, não tratando, porém, da toxicidade dos gases emanados pelo corpo de prova durante a realização dos ensaios ABNT NBR 10720:1989 – Prevenção e proteção contra incêndio em instalações aeroportuárias Fixa condições, requisitos gerais e elencode medidas de prevenção e proteção contra incêndio em instalações aeroportuárias ABNT NBR 10721:2006 – Extintores de incêndio com carga de pó Especifica as características e os ensaios a que devem satisfazer os extintores de incêndio com carga de pó para classe de fogo BC e ABC. Aplica-se a extintores portáteis e não portáteis ABNT NBR 10897:2007 – Proteção contra incêndio por chuveiro automático Estabelece os requisitos mínimos para o projeto e a instalação de sistemas de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos, incluindo as características de suprimento de água, seleção de chuveiros automáticos, conexões, tubos, válvulas e todos os materiais e acessórios envolvidos em instalações prediais ABNT NBR 10898:1999 – Sistema de iluminação de emergência Fixa as características mínimas exigíveis para funções a que se destina o sistema de iluminação de emergência a ser instalado em edificações, ou em outras áreas fechadas sem iluminação natural ABNT NBR 11711:2003 – Portas e vedadores corta-fogo com núcleo de madeira para isolamento de riscos em ambientes comerciais e industriais Fixa os requisitos exigíveis para fabricação, instalação, funcionamento e manutenção de portas e vedadores corta-fogo, de acionamento manual e com sistemas de fechamento automático em caso de incêndio, dos tipos: portas e vedadores com dobradiças de eixo vertical; portas e vedadores de correr; portas e vedadores tipo guilhotina de deslocamento vertical e horizontal; vedadores com dobradiças de eixo horizontal e vedadores fixos ABNT NBR 11715:2006 – Extintores de incêndio com carga d’água Fixa as condições mínimas exigíveis a que devem satisfazer os extintores de incêndio com carga d’água ABNT NBR 11716:2006 – Extintores de incêndio com carga de dióxido de carbono (gás carbônico) Especifica as características e os ensaios a que devem satisfazer os extintores de incêndio com carga de dióxido de carbono. Aplica-se a extintores portáteis e não portáteis ABNT NBR 11742:2003 – Porta corta-fogo para saída de emergência Fixa condições exigíveis de construção, instalação e funcionamento de porta corta-fogo do tipo de abrir com eixo vertical, para saída de emergência ABNT NBR 11751:2006 – Extintores de incêndio com carga para espuma mecânica Fixa as condições mínimas exigíveis que devem satisfazer aos extintores de incêndio com carga para espuma mecânica ABNT NBR 11762:2006 – Extintores de incêndio portáteis com carga de halogenado Especifica as características e os ensaios a que devem satisfazer os extintores de incêndio portáteis com carga de halogenado para classes de fogo BC e ABC ABNT NBR 11785:1997 – Barras antipânico – Requisitos Fixa condições exigíveis na fabricação, segurança e funcionamento de barras antipânico destinadas a saídas de emergência ABNT NBR 11836:1992 – Detectores automáticos de fumaça para proteção contra incêndio Fixa condições técnicas mínimas, métodos de ensaios e critérios de comportamento exigíveis a detectores automáticos de fumaça do tipo pontual 76 Unidade II Normas Objetivo ABNT NBR 11861:1998 – Mangueira de incêndio – Requisitos e métodos de ensaio Fixa condições mínimas exigíveis para mangueiras de incêndio nos diâmetros nominais de 40 mm a 65 mm e no comprimento de 15 m. É aplicável a mangueiras de fibras sintéticas utilizadas em combate a incêndio. É aplicável também para comprimentos superiores ao descrito, no caso de exigência específica do consumidor ABNT NBR 12232:2005 – Execução de sistemas fixos automáticos de proteção contra incêndio com gás carbônico (CO2) em transformadores e reatores de potência contendo óleo isolante Fixa requisitos mínimos exigíveis para o projeto, instalação, manutenção e ensaios de sistemas fixos automáticos de CO2, pelo método de inundação total, com suprimento de gás em alta pressão, para proteção de transformadores e reatores de potência por abafamento ABNT NBR 12252:1992 – Tática de salvamento e combate a incêndios em aeroportos Fixa condições exigíveis quanto à atuação dos serviços de salvamento e contra incêndio de aeroportos, em casos de emergências aeronáuticas ABNT NBR 12285:1992 – Proteção contra incêndio em depósitos de combustíveis de aviação Fixa as condições exigíveis para a proteção contra incêndio em depósitos de combustíveis de aviação, no que se refere ao controle, qualidade, quantidade e distribuição dos sistemas de proteção contra incêndio. Aplica-se também ao sistema de hidrantes, carreta de hidrantes, carro servidor, carro abastecedor e gabinete de abastecimento ABNT NBR 12615:1992 – Sistema de combate a incêndio por espuma Fornece diretrizes para a elaboração de projetos de sistemas fixos, semifixos e portáteis de extinção de incêndios por meio de espuma mecânica, assim como para a instalação, inspeção, teste de aprovação, operação e manutenção dos referidos sistemas ABNT NBR 12693:1993 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio Fixa condições exigíveis para projeto e instalação de sistemas de proteção por extintores portáteis e/ou sobre rodas ABNT NBR 12779:2009 – Mangueiras de incêndio – Inspeção, manutenção e cuidados Fixa os requisitos mínimos exigíveis quanto à inspeção, manutenção e cuidados necessários para manter a mangueira de incêndio aprovada para uso ABNT NBR 12962:1998 – Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio Fixa as condições mínimas exigíveis para inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio ABNT NBR 12992:1993 – Extintor de incêndio classe C – Ensaio de condutividade elétrica Prescreve método para verificação da condutividade elétrica do extintor de incêndio classe C ABNT NBR 13231:2005 – Proteção contra incêndio em subestações elétricas de geração, transmissão e distribuição Fixa condições mínimas exigíveis para proteção contra incêndios na elaboração de projetos de implantação de subestações elétricas convencionais, atendidas e não atendidas, de sistemas de transmissão ABNT NBR 13434-1:2004 – Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 1: Princípios de projeto Fixa os requisitos exigíveis que devem ser satisfeitos pela instalação do sistema de sinalização de segurança contra incêndio e pânico em edificações ABNT NBR 13434-2:2004 – Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2: Símbolos e suas formas, dimensões e cores Padroniza as formas, as dimensões e as cores da sinalização de segurança contra incêndio e pânico utilizada em edificações, assim como apresenta os símbolos adotados ABNT NBR 13434-3:2005 – Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 3: requisitos e métodos de ensaio Define os requisitos mínimos de desempenho e os métodos de ensaio exigidos para sinalização contra incêndio e pânico de uso interno e externo às edificações, a fim de garantir a sua legibilidade e integridade 77 SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE Normas Objetivo ABNT NBR 13485:1999 – Manutenção de terceiro nível (vistoria) em extintores de incêndio Fixa as condições mínimas exigíveis para a manutenção de terceiro nível (vistoria) em extintores de incêndio ABNT NBR 13714:2000 – Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio Fixa as condições mínimas exigíveis para dimensionamento, instalação, manutenção, aceitação e manuseio, bem como as características, dos componentes de sistemas de hidrantes e de mangotinhos para uso exclusivo de combate a incêndio ABNT NBR 13768:1997 – Acessórios destinados à porta corta-fogo para saída de emergência – Requisitos Estabelece as condições exigíveis na fabricação, segurança e funcionamento de acessórios destinados a portas corta-fogo para saída de emergência ABNT NBR 13792:1997 – Proteção contra incêndio, por sistema de chuveiros automáticos, para áreas de armazenamento em geral Fixa condições mínimas exigíveis para projeto, cálculo, instalação e manutenção de sistemas de chuveiros automáticos para proteção contra incêndio deáreas de armazenamento em geral ABNT NBR 13848:1997 – Acionador manual para utilização em sistemas de detecção e alarme de incêndio Fixa condições mínimas exigíveis para acionadores manuais, para instalações, interna e externa, utilizados em sistemas e alarme de incêndio. Estes acionadores manuais são previstos para serem interligados a sistemas de detecção e alarme de incêndio com supervisão das interligações em tensão contínua até 30 Vcc ou para controle prediais até 30 Vcc e tensão alternada de 110 Vca e 220 Vca ABNT NBR 13859:1997 – Proteção contra incêndio em subestações elétricas de distribuição Fixa critérios para proteção contra incêndio em subestações elétricas de distribuição, nos tipos convencional e de uso múltiplo e compacta abrigada, subterrânea e de uso múltiplo ABNT NBR 13860:1997 – Glossário de termos relacionados com a segurança contra incêndio Define termos que devem ser adotados na normalização de segurança contra incêndio ABNT NBR 14023:1997 – Registro de atividades de bombeiros Estabelece um sistema para padronização do registro de dados dos trabalhos operacionais de bombeiros, contendo os dados mínimos necessários para o seu processamento apropriado por órgãos competentes, para fins legais e estatísticos. Aplica-se a todos os órgãos que realizam e registram as atividades desempenhadas por bombeiros, sejam estes federais, estaduais, municipais, mistos, privados ou voluntários ABNT NBR 14096:1998 – Viaturas de combate a incêndio Fixa as condições mínimas exigíveis para o projeto, construção e desempenho de viaturas de combate a incêndio. Aplica-se às viaturas novas para combate a incêndio urbano com bombeamento e apoio às operações associadas aos Corpos de Bombeiros públicos e privados. Esta viatura consiste em um veículo equipado com bomba de combate a incêndio, tanque d’água, mangueiras e equipamentos. O veículo ainda pode ser equipado com uma torre d’água opcional ABNT NBR 14100:1998 – Proteção contra incêndio – Símbolos gráficos para projeto Estabelece símbolos para serem utilizados nos projetos de proteção contra incêndio nas áreas de arquitetura, engenharia, construção e áreas correlatas, para prover detalhes sobre os equipamentos de proteção contra incêndio, combate ao fogo e meios de fuga em desenhos para projeto, construção, reforma ou certificação (aprovação). Aplica-se a equipamentos portáteis de extinção; sistemas fixos de extinção de incêndio; sistemas de hidrante; outros equipamentos variados de extinção; equipamentos de controle predial; dispositivos de alarme; sistemas de ventilação; rotas de escape e zonas de risco de incêndio e explosão ABNT NBR 14276:2006 – Brigada de incêndio – Requisitos Estabelece os requisitos mínimos para a composição, formação, implantação e reciclagem de brigadas de incêndio, preparando-as para atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de área e primeiros-socorros, visando, em caso de sinistro, proteger a vida e o patrimônio, reduzir as consequências sociais do sinistro e os danos ao meio ambiente 78 Unidade II Normas Objetivo ABNT NBR 14277:2005 – Instalações e equipamentos para treinamento de combate a incêndio – Requisitos Estabelece as condições mínimas para a padronização dos campos para treinamentos de combate a incêndio. É aplicável no treinamento de brigadas de incêndio, de bombeiros e outros profissionais inerentes à área de incêndio ABNT NBR 14349:1999 – União para mangueira de incêndio – Requisitos e métodos de ensaio Fixa os requisitos mínimos exigíveis e estabelece os métodos de ensaio para uniões tipo engate rápido de empatação interna, nos diâmetros nominais de 40 mm e 65 mm, utilizadas em mangueira de incêndio ABNT NBR 14432:2001 – Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações Estabelece as condições a serem atendidas pelos elementos estruturais e de compartimentação que integram os edifícios para que, em situação de incêndio, seja evitado o colapso estrutural. Para os elementos de compartimentação, devem ser atendidos requisitos de estanqueidade e isolamento por um tempo suficiente para possibilitar fuga dos ocupantes da edificação em condições de segurança; segurança das operações de combate ao incêndio; e minimização de danos a edificações adjacentes e à infraestrutura pública ABNT NBR 14561:2000 – Veículos para atendimento a emergências médicas e resgate Fixa as condições mínimas exigíveis para o projeto, construção e desempenho de veículos para atendimento a emergências médicas e resgate, descrevendo veículos que estão autorizados a ostentar o símbolo “estrela da vida” e a palavra “resgate”, especificações mínimas, parâmetros para ensaio e critérios essenciais para desempenho, aparência e acessórios, visando propiciar um grau de padronização para estes veículos. É objetivo também tornar estes veículos nacionalmente conhecidos, adequadamente construídos, de fácil manutenção e, quando contando com equipe profissional adequada, funcionando eficientemente no atendimento a emergências médicas e resgate ou em outros serviços móveis de emergência médica. Este veículo deverá ser montado em chassi adequado para esta aplicação. Estes veículos serão de tração traseira ou dianteira (4x2) ou tração nas quatro rodas (4x4) ABNT NBR 14608:2007 – Bombeiro profissional civil Estabelece os requisitos para determinar o número mínimo de bombeiros profissionais civis em uma planta, bem como sua formação, qualificação, reciclagem e atuação ABNT NBR 14870:2002 – Esguichos de jato regulável para combate a incêndio Estabelece as especificações mínimas, parâmetros para ensaio e critérios essenciais para projeto, desempenho e aparência, e proporciona um grau de padronização para os esguichos para combate a incêndio. Aplica-se a esguichos novos, portáteis, de jato regulável, para uso geral, para uso marítimo ou indústrias químicas, petroquímicas e de petróleo, ou para uso com mangueiras fixas a um sistema de tubulação. A menos que especificado em contrário, estes requisitos aplicam-se a esguichos básicos; esguichos de vazão constante; esguichos de vazão ajustável; esguichos de pressão constante (automático) ABNT NBR 14880:2002 – Saídas de emergência em edifícios – Escadas de segurança – Controle de fumaça por pressurização Especifica uma metodologia para manter livres da fumaça, através da pressurização, as escadas de segurança que se constituem na porção vertical da rota de fuga dos edifícios, estabelecendo conceitos de aplicação, princípios gerais de funcionamento e parâmetros básicos para o desenvolvimento do projeto ABNT NBR 14925:2003 – Unidades envidraçadas resistentes ao fogo para uso em edificações Fixa os requisitos exigíveis para unidades envidraçadas resistentes ao fogo, que contêm vidro transparente ou translúcido, para uso em edificações ABNT NBR 15219:2005 – Plano de emergência contra incêndio – Requisitos Estabelece os requisitos mínimos para a elaboração, implantação, manutenção e revisão de um plano de emergência contra incêndio, visando proteger a vida e o patrimônio, bem como reduzir as consequências sociais do sinistro e os danos ao meio ambiente 79 SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE Normas Objetivo ABNT NBR 15247:2005 – Unidades de armazenagem segura – Salas-cofre e cofres para hardware – Classificação e métodos de ensaio de resistência ao fogo Especifica os requisitos para salas-cofre e cofres para hardware resistentes a incêndios. Ela inclui um método de ensaio para a determinação da capacidade de salas-cofre e cofres para hardware para proteger conteúdos sensíveis a temperatura e umidade, e os respectivos sistemas de hardware, contra os efeitos de um incêndio. Também especifica um método de ensaio para medir a resistência mecânica a impactos (ensaio de impacto) para salas-cofre do tipo B e cofres para hardware ABNT NBR 15281:2005 – Porta corta-fogo para entrada de unidades autônomas e de compartimentos
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