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CÂNCER DE ESÔFAGO REFERÊNCIAS AULA MEDCEL + BANCO DE QUESTÕES MEDVIDEOS INTRODUÇÃO Carcinoma espinocelular (CEC) + adenoma = 95% das lesões. Até o terço médio, o mais comum é o carcinoma espinocelular, esôfago distal é adenocarcinoma. Está gradualmente ocorrendo uma mudança na epidemiologia e o adenocarcinoma está aumentando. Fatores predisponentes para CEC: megaesôfago; estenose cáustica; tilose (hiperqueratose palmo plantar); síndrome de Plummer Vinson; tabagismo/etilismo; tumores de cabeça e pescoço, ingestão de compostos nitrosos/ sílica; alimentos muito condimentados, alimentos com temperatura alta; carne vermelha; níveis baixos de zinco e selênio. OBS: etilismo é mto relacionado com o CEC (carcinoma espinocelular). Fatores relacionados ao adenocarcinoma: obesidade, DRGE, tabagismo, baixa ingestão de frutas e vegetais. EPIDEMIOLOGIA CEC ocorre mais em negros, adenocarcinoma ocorre mais em brancos. CEC é mais em esôfago médio e adenocarcinoma é mais em esôfago distal. CEC está muito relacionado com álcool e tabgismo; adenocarcinoma é uma progressão do esôfago de Barret. CARCINOMA ESPINOCELULAR Predomina no esôfago médio, pode ocorrer em esôfago inferior e cervical. Marcado por área de estreitamento anatômico, existem lesões precoces formadas por pólipos ou áreas desnudas. A cromoscopia com lugol é uma opção para ver se é maligna ou não a lesão, áreas malignas não coram com o lugol. O CEC tem comportamento agressivo, infiltra-se localmente e pega linfondo por perto. Pode ter disseminação a distância e disseminação de órgãos próximos. Quando invade via respiratória ou grandes vasos (como a aorta) não da mais para ressecar, então isso altera muito o prognóstico do paciente. A disseminação por contiguidade é principalmente para árvore traqueobrônquica, aorta e pericárdio; enquanto a disseminação hematogênica é mais para fígado, pulmão e ossos. *Esôfago cervical é do esfíncter esofágico superior até abertura torácica superior; esôfago torácico é dividido em três – o superior é da abertura torácica até veias ázigo, médio é da veia ázigo até a veia pulmonar inferior, e o inferior da margem inferior da veia pulmonar até junção esôfago gástrica. ADENOCARCINOMA Adenocarcinoma é mais manso, ocorre em pessoas mais jovens e tem comportamento fisiológico diferente. Os portadores desse tumor além de serem mais jovens, possuem melhores condições nutricionais.. a maioria ocorre na junção esofagogástrica e está associado com esôfago de Barret. Existe mudança no comportamento linfático a depender de onde o adenocarcinoma está com relação a junção esôfago gástrica. QUADRO CLÍNICO Sintomático no momento do diagnóstico. O quadro clínico é de disfagia progressiva, perda rápida de peso, odinofagia, regurgitação e anemia ferropriva. Nas fases avançadas temos erosões de artérias brônquicas ou pulmonares, fístula esofagobronquica, dor torácica, rouquidão, síndrome de Claude Bernard-Horner, lindonodos supraclaviculares (sinal de Troisier – principalmente adenocarcinoma de cárdia). DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS Entre os diagnósticos diferenciais temos estenose por esôfago, megaesôfago e divertículo faringoesofagiano. DIAGNÓSTICO Frente aos diagnósticos diferenciais, realiza-se de início a endoscopia digestiva alta (que é o primeiro exame a ser solicitado em caso de disfagia). A primeira opção na disfagia é endoscopia digestiva alta. Pelo aspecto endoscópico existem três tipos de lesão: polipoide exofítica, escavado/ulcerado; plano infiltrativo. Sempre importante fazer biópsia de úlcera. Exames contrastados são importantes por que podem sugerir tumores de até 1cm, atualmente é mais útil para mapear a topografia exata da lesão. Para diferenciar de estenose péptica, temos que ver que a margem do tumor é bem irregular, enquanto na estenose tem uma súbita redução do lúmen, que seria o sinal da maçã mordida. ESTADIAMENTO Tumor de terço médio é bem perigoso atingir a aorta. Em geral tumores de terço médio costumam atingir a árvore traqueobrônquica, a aorta e o nervo laríngeo. Os tumores mais distais costumam acometer diafragma, pericárdio e estõmago. As metástases mais distais são para fígado, pericárdio, osso e rim. Importante observar na TC o ângulo de Picus, que se fizer mais de 90° entre o esôfago e a aorta indica se tratar de uma invasão da aorta. Laringobroncoscopia também é importante para ver o comprometimento da árvore brônquica. Ultrassonografia endoscópica é a melhor acurácia para estadiamento locorregional. Propicia a biópsia linfonodal; só não da para fazer se tumor for estenosante. O PETscan é usado em vários tipo de neoplasia para avaliar metástases a distância, porém o custo é elevado. Só tem indicação se há mudança terapêutica caso tenha a metástase. TRATAMENTO Cirurgia radical ou paliativa; quimio e rádio ou rádio mais cirurgia. Vai depender do estágio do tumor e das condições do paciente. Medidas pré-operatórias: avaliação do risco nutricional, perda de peso > 20%, níveis de albumina linfopenia, avaliação subjetiva global e suporte nutricional prévio (15 dias). Critérios de ressecção cirúrgica: esofagectomia se lesão distante mais de 5 cm do cricofaringeio; possibilidde de tratamento endoscópico – tumores T1a envolvendo mucosa sem submucosa, retirando apenas a lesão em si. Caso atinja submucosa ou seja mais profundo precisa fazer esofagectomia. Tumores T1Bb até T3 são possíveis de ressecção mesmo com comprometimento linfonodal regional. T4a é passível de ressecção se conseguir tirar a peça em monobloco. T4b é tumor irressecável. TUMORES MUITO PRECOCES = RESSECÇÃO ENDOSCÓPICA T1/T2 = DIRETO PARA CIRURGIA (ESOFAGECTOMIA + LINFADENECTOMIA – MARGEM DE 8CM) T3/T4 (INVADIU TODA A ESPESSURA COM OU SEM LINFONODO/ T4 QUE AINDA DA PRA RETIRAR EM BLOCO) = TERAPIA NEOADJUVANTE DEPOIS CIRURGIA T4B = IRRESSECABILIDADE Considera-se ressecção completa do tumor (critério de cura) quando retira 4 cm de margem gástrica distal, 5 cm de margem esofágica e faz a ressecção de pelo menos 15 linfonodos. *Indicação de prótese endocsópica SE fístula traqueoesofágica. Neoadjuvancia é feita com cisplatina e 5FU em 3 ciclos, só depois que melhora a neutropenia. Faz para acabar com micromestastses ou para tornar um tumor irressecavel como ressecavel. PRATICANDO