Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

AULA 4 
DIDÁTICA E AVALIAÇÃO NA 
APRENDIZAGEM EM BIOLOGIA 
Prof. Cornélio Schwambach 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula, você será nosso convidado para refletir sobre a utilização da 
taxonomia de Bloom na etapa do ato pedagógico, que é a avaliação. Você verá 
como o conhecimento e a aplicação da taxonomia de Bloom pode colaborar na 
elaboração de provas como instrumentos que aproximam a avaliação de uma 
prática de investigação e oportuniza a aprendizagem (Trevisan; Amaral, 2015, p. 
451). 
Dentre nossos objetivos, destacamos a descrição da taxonomia de Bloom, 
a análise de sua atualização e a sua aplicação na elaboração de processos 
avaliativos em biologia. 
CONTEXTUALIZANDO 
Você já deve ter se perguntado muitas vezes sobre como elaborar uma boa 
avaliação. Também deve ter refletido após corrigir atividades e provas, e ficado 
descontente com os resultados dos alunos e com o próprio resultado, por não 
conseguir atingir os objetivos em um determinado processo. 
Imagine um conteúdo em que os alunos, de um modo geral, acabem tendo 
uma dificuldade maior; embriologia, por exemplo. Esse conteúdo geralmente 
oferece dificuldades, uma vez que a nomenclatura é muito farta e os alunos acham 
que precisam decorar todos aqueles nomes. O que você deve cobrar deles, 
exatamente? É preciso tomar alguns cuidados, pois a avaliação pode gerar uma 
tensão emocional e, consequentemente, o insucesso. Uma boa alternativa é optar 
por avaliações qualitativas, que levam em consideração os conceitos que serão 
utilizados para explicar fenômenos baseados nas informações dadas. E quanto 
ao tipo de questão a ser utilizada? Objetiva? De que modelo? Somatório, V ou F? 
Por essas indagações, entre tantas outras, é que apresentaremos nesse capítulo 
uma breve descrição da taxonomia de Bloom, que pode auxiliá-lo, e muito, na 
elaboração de uma boa avaliação. A taxonomia de Bloom foi criada com objetivo 
de facilitar o uso da avaliação no processo de ensino-aprendizagem. 
TEMA 1 – TAXONOMIA DE BLOOM 
O que é taxonomia? O termo, muito utilizado em biologia, deriva do grego 
taxis, que significa ordenação, e nomos, "sistema, norma". É possível dizer que a 
taxonomia é um sistema de classificação. A American Psychological Association 
 
 
3 
(APA), associação norte-americana de psicologia, baseada no princípio e na 
importância de utilizar o conceito de classificação como forma de estruturar e 
organizar um processo, solicitou a alguns de seus membros, em 1948, que 
montassem uma força-tarefa para discutir, definir e criar uma taxonomia dos 
objetivos de processos educacionais (Lomena, 1999). 
Segundo Bloom et al., vários pesquisadores utilizaram-se dessa 
terminologia conceitual baseada em classificações estruturadas e 
orientadas para definir algumas teorias instrucionais. Duas das inúmeras 
vantagens de se utilizar a taxonomia no contexto educacional são: 
• Oferecer a base para o desenvolvimento de instrumentos de 
avaliação e utilização de estratégias diferenciadas para facilitar, avaliar 
e estimular o desempenho dos alunos em diferentes níveis de aquisição 
de conhecimento; e 
• Estimular os educadores a auxiliarem seus discentes, de forma 
estruturada e consciente, a adquirirem competências específicas a partir 
da percepção da necessidade de dominar habilidades mais simples 
(fatos) para, posteriormente, dominar as mais complexas (conceitos). 
A Associação Norte Americana de Psicologia (American Psycological 
Association), baseada no princípio e na importância de se utilizar o 
conceito de classificação como forma de se estruturar e organizar um 
processo, solicitou a alguns de seus membros, em 1948, que 
montassem uma “força tarefa” para discutir, definir e criar uma taxonomia 
dos objetivos de processos educacionais (Lomena, 2006). 
Bloom et al. (1956) assumiu a liderança desse projeto e, junto com seus 
colaboradores – M.D. Englehart, E. J. Furst, W. H. Hill e D. Krathwohl –, 
definiu que o primeiro passo em direção à execução da responsabilidade 
a eles atribuída seria a divisão do trabalho de acordo com o domínio 
específico de desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor. Embora 
todos tenham colaborado significativamente no desenvolvimento dessa 
taxonomia, ela é conhecida como “Taxonomia de Bloom” (Ferraz; Belhot, 
2010). 
Saiba mais 
Benjamim Bloom foi um professor da Universidade de Chicago que 
concebeu uma taxonomia dos objetivos educacionais que exerceu uma 
influência muito importante nos processos de planificação e de 
avaliação. A partir dos anos [19]60, o contributo de B. S. Bloom para a 
planificação e a avaliação do ensino passou a ser matéria de estudo 
obrigatória em todos os Cursos de Formação de Professores. As suas 
principais obras foram: Stability and Change in Human 
Characteristics (1964); Human Characteristics and School Learning 
(1976); Taxonomy of Educational Objectives (1956); Handbook on 
the Formative and Summative Evaluation of Student Learning 
(1971). Benjamim Bloom escreveu alguns livros e artigos em parceria 
com J. H. Block, um outro importante teórico do ensino para a mestria. 
As principais obras de J. H. Block foram: Mastery Learning: Theory and 
Practice (1971); Schools, Society and Mastery Learning (1974); 
Mastery Learning in Classroom Instruction (1975) 
Benjamim Bloom é, provavelmente, um dos autores contemporâneos 
mais incompreendidos e mais mal lidos. A maior parte dos professores 
que criticam a teoria de Bloom nunca leram um texto de Bloom. Com 
efeito, a teoria de Bloom, inserida no paradigma comportamentalista, 
tem sido alvo de um cerrado ataque por parte dos movimentos 
pedagógicos não diretivos e libertários. Muitas dessas críticas são 
injustas porque reduzem o complexo pensamento educacional de 
Benjamim Bloom à planificação por objetivos e traçam dele apenas uma 
 
 
4 
pálida caricatura. Benjamim Bloom foi, sem dúvida, o autor que mais 
influência exerceu nas teorias da aprendizagem, na segunda metade do 
século XX. O seu legado educacional mantém uma grande atualidade. 
Por isso, merece que as suas obras sejam objeto de um estudo sério, 
criterioso e livre de preconceitos ideológicos. (Marques, s/d). 
1.1 Taxonomia de Bloom: concepção 
Benjamin e sua equipe de colaboradores definiu como primeiro passo a 
divisão do trabalho de acordo com três domínios dos objetivos educacionais. 
● Cognitivo: relacionado ao aprender, dominar um conhecimento. 
Envolve a aquisição de um novo conhecimento, do desenvolvimento 
intelectual, de habilidade e de atitudes. Inclui reconhecimento de fatos 
específicos, procedimentos padrões e conceitos que estimulam o 
desenvolvimento intelectual constantemente. Nesse domínio, os 
objetivos foram agrupados em seis categorias e são apresentados numa 
hierarquia de complexidade e dependência (categorias), do mais simples 
ao mais complexo. Para ascender a uma nova categoria, é preciso ter 
obtido um desempenho adequado na anterior, pois cada uma utiliza 
capacidades adquiridas nos níveis anteriores. As categorias desse 
domínio são: Conhecimento; Compreensão; Aplicação; Análise; Síntese; 
e Avaliação; 
● Afetivo: relacionado a sentimentos e posturas. Envolve categorias 
ligadas ao desenvolvimento da área emocional e afetiva, que incluem 
comportamento, atitude, responsabilidade, respeito, emoção e valores. 
Para ascender a uma nova categoria é preciso ter obtido um 
desempenho adequado na anterior, pois cada uma utiliza capacidades 
adquiridas nos níveis anteriores para serem aprimoradas. As categorias 
desse domínio são: Receptividade; Resposta; Valorização; 
Organização; e Caracterização; 
● Psicomotor: relacionado a habilidades físicas específicas. Bloom 
e sua equipe não chegaram a definir uma taxonomia para a área 
psicomotora, mas outros o fizeram e chegaram a seis categorias que 
incluem ideias ligadas a reflexos, percepção, habilidades físicas, 
movimentos aperfeiçoados e comunicação não verbal. Para ascender a 
uma nova categoria, é preciso ter obtido umdesempenho adequado na 
anterior, pois cada uma utiliza capacidades adquiridas nos níveis 
anteriores. As categorias desse domínio são: Imitação; Manipulação; 
Articulação; e Naturalização (Ferraz; Belhot, 2010). 
Pensando na aplicação dos conhecimentos da taxonomia de Bloom, ele é 
como um instrumento de apoio didático pedagógico especialmente relacionado 
aos problemas referentes a currículo e avaliação. Para Moretto (2010), a 
taxonomia visa possibilitar, no exame desses problemas, maior precisão, uma vez 
que a seleção de currículos e as avaliações são submetidas a juízos de valor. 
Fundamentalmente, avaliar é emitir juízo de valor após análises e/ou 
sínteses efetuadas. É uma apreciação qualitativa dos dados relevantes dos 
processos de ensino-aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões 
sobre o seu trabalho. Para Luckesi (2005), 
[...] nas trajetórias de pesquisas sobre avaliação, que iniciaram pelo 
conhecimento técnico dos instrumentos de medição de aproveitamento, 
 
 
5 
o educador avançou para o aprofundamento das questões teóricas, 
chegando à seguinte definição de avaliação escolar: um juízo de 
qualidade sobre dados relevantes para uma tomada de decisão 
(Luckesi, 2005). 
Nessa concepção, não há avaliação sem um diagnóstico que contribua 
para melhorar a aprendizagem. É nesse sentido que a taxonomia de Bloom pode 
contribuir para o estabelecimento de critérios que facilitem a objetividade e 
rompam com a subjetividade do processo avaliativo. Dentre os três domínios, o 
cognitivo é o mais utilizado, e é aquele ao qual daremos ênfase, pensando na 
aplicação de planejamento curricular e avaliação em biologia. 
1.2 Aprendizagem e taxonomia 
Sabe-se que a capacidade de aprendizagem varia de uma pessoa para a 
outra. Isso explica a diferença de rendimento entre os alunos? Por muito tempo 
acreditou-se que o fator que levava a essa diferença de desempenho estava 
relacionado a situações e variáveis existentes fora do ambiente educacional e 
que, nas mesmas condições de aprendizagem, todos apreenderiam o conteúdo 
com a mesma competência e profundidade. As pesquisas de Bloom e sua equipe 
demonstraram que, nas mesmas condições de ensino (desconsiderando as 
variáveis externas ao ambiente educacional), todos os alunos aprendiam, mas se 
diferenciavam em relação ao nível de profundidade e abstração do conhecimento 
adquirido (Bloom; Hastin; Madaus, 1971). 
Por que isso ocorre? 
Essa diferença poderia ser caracterizada pelas estratégias utilizadas 
(que levariam ao estudo de estilos de ensino e aprendizagem) e pela 
organização dos processos de aprendizagem para estimular o 
desenvolvimento cognitivo. Naquele momento, o desenvolvimento 
cognitivo e sua relação com a definição do objetivo do processo de 
aprendizagem foram à direção tomada para a definição da taxonomia 
(Bloom; Hastin; Madaus, 1971). 
Dentre as grandes contribuições da utilização da taxonomia, destaca-se a 
organização de objetivos. Antes, havia uma falta de consenso em relação a 
determinadas palavras usualmente relacionadas à definição dos objetivos 
instrucionais. Ela também possibilitou a padronização da linguagem no meio 
acadêmico, além de novas discussões sobre assuntos relacionados à definição 
de objetivos instrucionais. 
Como a taxonomia de Bloom é estruturada em níveis de complexidade 
crescente, para que um aluno adquira uma nova habilidade ele precisa ter 
 
 
6 
dominado a habilidade anterior. Isso possibilita uma organização hierárquica dos 
processos cognitivos de acordo com níveis de complexidade e objetivos do 
desenvolvimento cognitivo desejado e planejado. Outro fato que deve ser 
ressaltado é que os resultados de aprendizagem esperados são cumulativos, o 
que caracteriza uma relação de dependência entre os níveis, que devem ser 
organizados em termos de complexidade dos processos mentais. 
1.3 Níveis de organização 
A taxonomia de Bloom no domínio cognitivo apresenta seis categorias que, 
por sua vez, apresentam subcategorias com o objetivo de direcionar os objetivos 
instrucionais e estabelecer limites entre elas. Relacionados às categorias, estão 
os verbos que procuram dar suporte ao planejamento acadêmico – objetivo, 
estratégia e avaliação (Ferraz; Belhot, 2010). 
1.3.1 Domínio cognitivo 
Figura 1– Categorias do domínio cognitivo proposto por Bloom, Englehart, Furst, 
Hill e Krathwolh, que ficou conhecido como taxonomia de Bloom 
 
Fonte: Ferraz; Belhot, 2010. 
1. Conhecimento: processos que requerem que o estudante 
reproduza com exatidão uma informação que lhe tenha sido dada seja 
ela uma data, um relato, um procedimento, uma fórmula ou uma teoria. 
Corresponde a processos de memória ou recordação de dados, datas, 
classificações, definições, modelos. 
2. Compreensão: requer elaboração (modificação) de um dado ou 
informação original. O estudante deverá ser capaz de usar uma 
informação original e ampliá-la, reduzi-la, representá-la de outra forma 
ou prever consequências resultantes da informação original. 
3. Aplicação: reúne processos nos quais o estudante transporta uma 
informação genérica para uma situação nova e específica. 
4. Análise: caracterizam-se por separar uma informação em 
elementos componentes e estabelecer relações entre eles. 
 
 
7 
5. Síntese: representa os processos nos quais o estudante reúne 
elementos de informação para compor algo novo que terá, 
necessariamente, traços individuais distintivos. 
6. Avaliação: representa os processos cognitivos mais complexos. 
Consiste em confrontar um dado, uma informação, uma teoria, um 
produto etc. com um critério ou conjunto de critérios, que podem ser 
internos ao próprio objeto de avaliação, ou externos a ele. (Ferraz; 
Belhot, 2010) 
Quadro 1 – Estruturação da taxonomia de Bloom no domínio cognitivo 
 
Categoria Descrição 
 
1. 
Conhecimento 
Definição: Habilidade de lembrar informações e conteúdos previamente 
abordados como fatos, datas, palavras, teorias, métodos, classificações, 
lugares, regras, critérios, procedimentos etc. A habilidade pode envolver 
lembrar uma significativa quantidade de informação ou fatos específicos. O 
objetivo principal dessa categoria é trazer à consciência esses conhecimentos. 
Subcategorias: 1.1 Conhecimento específico: Conhecimento de terminologia; 
Conhecimento de tendências e sequências; 1.2 Conhecimento de formas e 
significados relacionados às especificidades do conteúdo: Conhecimento de 
convenção; Conhecimento de tendência e sequência; Conhecimento de 
classificação e categoria; Conhecimento de critério; Conhecimento de 
metodologia; e 1.3 Conhecimento universal e abstração relacionado a um 
determinado campo de conhecimento: Conhecimento de princípios e 
generalizações; Conhecimento de teorias e estruturas. 
Verbos: enumerar, definir, descrever, identificar, denominar, listar, nomear, 
combinar, realçar, apontar, relembrar, recordar, relacionar, reproduzir, 
solucionar, declarar, distinguir, rotular, memorizar, ordenar e reconhecer. 
2. 
Compreensão 
Definição: Habilidade de compreender e dar significado ao conteúdo. Essa 
habilidade pode ser demonstrada por meio da tradução do conteúdo 
compreendido para uma nova forma (oral, escrita, diagramas etc.) ou 
contexto. Nessa categoria, encontra-se a capacidade de entender a 
informação ou fato, de captar seu significado e de utilizá-la em contextos 
diferentes. 
Subcategorias: 2.1 Translação; 2.2 Interpretação e 2.3 Extrapolação. 
Verbos: alterar, construir, converter, decodificar, defender, definir, descrever, 
distinguir, discriminar, estimar, explicar, generalizar, dar exemplos, ilustrar, 
inferir, reformular, prever, reescrever, resolver, resumir, classificar, discutir, 
identificar, interpretar, reconhecer, redefinir, selecionar, situar e traduzir. 
3. Aplicação Definição: Habilidade de usar informações, métodos e conteúdos aprendidos 
em novas situações concretas. Issopode incluir aplicações de regras, 
métodos, modelos, conceitos, princípios, leis e teorias. 
Verbos: aplicar, alterar, programar, demonstrar, desenvolver, descobrir, 
dramatizar, empregar, ilustrar, interpretar, manipular, modificar, 
operacionalizar, organizar, prever, preparar, produzir, relatar, resolver, 
transferir, usar, construir, esboçar, escolher, escrever, operar e praticar. 
4. Análise Definição: Habilidade de subdividir o conteúdo em partes menores com a 
finalidade de entender a estrutura final. Essa habilidade pode incluir a 
identificação das partes, análise de relacionamento entre as partes e 
reconhecimento dos princípios organizacionais envolvidos; identificar partes e 
suas inter-relações. Nesse ponto é necessário não apenas ter compreendido 
o conteúdo, mas também a estrutura do objeto de estudo. 
 
 
8 
Subcategorias: Análise de elementos; Análise de relacionamentos; e Análise 
de princípios organizacionais. 
 Verbos: analisar, reduzir, classificar, comparar, contrastar, determinar, 
deduzir, diagramar, distinguir, diferenciar, identificar, ilustrar, apontar, inferir, 
relacionar, selecionar, separar, subdividir, calcular, discriminar, examinar, 
experimentar, testar, esquematizar e questionar. 
5. Síntese Definição: Habilidade de agregar e juntar partes com a finalidade de criar um 
novo todo. Essa habilidade envolve a produção de uma comunicação única 
(tema ou discurso), um plano de operações (propostas de pesquisas) ou um 
conjunto de relações abstratas (esquema para classificar informações). 
Combinar partes não organizadas para formar um “todo”. 
Subcategorias: 5.1 Produção de uma comunicação original; 5.2 Produção de 
um plano ou propostas de um conjunto de operações; e 5.3 Derivação de um 
conjunto de relacionamentos abstratos. 
Verbos: categorizar, combinar, compilar, compor, conceber, construir, criar, 
desenhar, elaborar, estabelecer, explicar, formular, generalizar, inventar, 
modificar, organizar, originar, planejar, propor, reorganizar, relacionar, revisar, 
reescrever, resumir, sistematizar, escrever, desenvolver, estruturar, montar e 
projetar. 
6. Avaliação Definição: Habilidade de julgar o valor do material (proposta, pesquisa, 
projeto) para um propósito específico. O julgamento é baseado em critérios 
bem definidos que podem ser externos (relevância) ou internos (organização) 
e podem ser fornecidos ou conjuntamente identificados. Julgar o valor do 
conhecimento. 
Subcategorias: 6.1 Avaliação em termos de evidências internas; e 6.2 
Julgamento em termos de critérios externos. 
Verbos: Avaliar, averiguar, escolher, comparar, concluir, contrastar, criticar, 
decidir, defender, discriminar, explicar, interpretar, justificar, relatar, resolver, 
resumir, apoiar, validar, escrever um review sobre, detectar, estimar, julgar e 
selecionar. 
Fonte: Ferraz; Belhot, 2010. 
1.3.2 Domínio afetivo 
Figura 2 – Níveis de domínio afetivo 
 
 
 
9 
Na hierarquia de Bloom, o domínio afetivo trata de reações de ordem 
afetiva e de empatia. É dividido em cinco níveis: 
Recepção: Percepção, Disposição para receber e Atenção seletiva 
Resposta: participação ativa, Disposição para responder e Satisfação 
em responder 
Valorização: Aceitação, Preferência e Compromisso (com aquilo que 
valoriza) 
Organização: Conceituação de valor e Organização de um sistema de 
valores 
Internalização de valores: comportamento dirigido por grupo de 
valores, comportamento consistente, previsível e característico (Bezerra, 
2011). 
1.3.3 Domínio psicomotor 
Esse domínio trata de algumas habilidades relacionadas à capacidade de 
manipular objetos, ou seja, à parte motora do indivíduo. Bloom não estabeleceu 
hierarquia. Posteriormente, Anita Harrow, em 1972, propôs uma taxonomia alguns 
níveis: 
1. Percepção: Atenção que o estudante presta a todos os 
movimentos envolvidos na ação global, suas conexões e implicações. 
2. Posicionamento: Colocar-se em posição correta e eficiente para 
executar os movimentos propriamente ditos. 
3. Execução acompanhada: O aprendiz, tendo se posicionado 
adequadamente, passa a executar os movimentos de forma ainda 
hesitante. Os movimentos são realizados imperfeita ou parcialmente. 
4. Mecanização: Ações executadas integralmente. O ciclo de 
movimentos é completo e o aprendiz coordena uma ação com as demais 
que a ela se ligam. 
5. Completo domínio de movimentos. Maestria sobre as ações que 
se constituíram objeto da aprendizagem. 
TEMA 2 – ALTERAÇÕES NA TAXONOMIA DE BLOOM 
Com o aprofundamento dos trabalhos, surgiu a necessidade de alterar a 
taxonomia de Bloom. Em 2001, um novo grupo, formado como o primeiro (a partir 
de um convite da American Psychological Association – APA), divulgou o trabalho 
realizado de revisão e atualização da taxonomia de Bloom apresentada em 1956. 
Krathwohl (2002) e Bloom et al. (1956) viram a teoria de taxonomia como 
uma ferramenta que, dentre outros pontos: 
● Padronizaria a linguagem sobre os objetivos de aprendizagem 
para facilitar a comunicação entre pessoas (docente, coordenadores 
etc.), conteúdos, competências e grau de instrução desejado; 
● Serviria como base para que determinados cursos definissem, de 
forma clara e particular, objetivos e currículos baseados nas 
necessidades e diretrizes contextual, regional, federal e individual (perfil 
do discente/curso); 
● Determinaria a congruência dos objetivos educacionais, atividade 
e avaliação de uma unidade, curso ou currículo; 
 
 
10 
● Definiria um panorama para outras oportunidades educacionais 
(currículos, objetivos e cursos), quando comparado às existentes antes 
dela ter sido escrita (Ferraz; Belhot, 2010). 
Quase meio século depois, um grupo de especialistas reunidos em 
Syracuse (Nova York) reviu os pressupostos teóricos da taxonomia de Bloom, por 
acharem que era algo necessário, já que conceitos, teorias e recursos 
educacionais sofreram um grande avanço. O relatório da revisão foi publicado em 
um livro intitulado A taxonomy for learning, teaching and assessing: a revision of 
Bloom’s taxonomy for educational objectives (Anderson et al., 2001). 
Segundo Krathwohl (2002), geralmente os objetivos declaram o que é 
esperado que os discentes aprendam e esquecem de explicitar, de forma 
coerente, o que eles deverão ser capazes de realizar com aquele 
conhecimento. Os objetivos são descritos utilizando verbos de ação e 
substantivos que procuram descrever os processos cognitivos 
desejados, por exemplo: ao final dessa unidade os alunos deverão 
lembrar (verbo) as três leis de Newton (substantivo/conteúdo), mas não 
esclarecem como será verificado se realmente lembraram e aplicaram 
esse novo conhecimento. 
A partir dessa discussão (verbo-substantivo) e da observação da prática 
educacional de como educadores definem seus objetivos gerais e 
específicos de disciplinas/cursos, Krathwohl et al. – começaram a 
perceber que mudanças na taxonomia original seriam necessárias e o 
primeiro ponto analisado estava relacionado à questão do verbo e sua 
associação direta com o objetivo cognitivo, avaliação do objetivo e 
desenvolvimento de competências. 
Ao analisar a relação direta entre verbo e substantivo os pesquisadores 
chegaram à conclusão de que verbos e substantivos deveriam pertencer 
a dimensões separadas na qual os substantivos formariam a base para 
a dimensão conhecimento (o que) e verbo para a dimensão relacionada 
aos aspectos cognitivos (como). 
Essa separação de substantivos e verbos, conhecimento e aspectos 
cognitivos, deu um caráter bidimensional à taxonomia original e 
direcionou todo o trabalho de revisão. Cada uma das partes da estrutura 
bidimensional foi nominada como Dimensão Conhecimento e Dimensão 
dos Processos Cognitivos [...] (Ferraz; Belhot, 2010). 
Figura 3 – Caráter bidimensional da "nova" taxonomia de Bloom 
 
Fonte: Ferraz; Belhot, 2010. 
 
 
 
11 
2.1 Dimensão do conhecimento 
A primeira categoria a ser revisada foi a do conhecimento que, 
originalmente,envolvia a habilidade de lembrar especificidades e generalidades 
de métodos, procedimentos, padrões e instruções, além de habilidade de achar, 
no problema proposto, sinais, dicas e pequenas informações que efetivamente 
trouxessem à consciência o aprendizado prévio adquirido – ou seja, o 
conhecimento é o que é lembrado. Assim, ele, o conhecimento, foi divido em dois 
tipos: conhecimento como processo e conhecimento como conteúdo 
assimilado. Então, em vez de três subcategorias, passaram a existir quatro: 
efetivo, conceitual e procedural e metacognição – este último tipo de 
conhecimento envolve a consciência da aprendizagem individual. 
2.2 Dimensão do processo cognitivo 
Originalmente, a taxonomia foi concebida de maneira hierárquica e 
unidimensional, e relacionava a aquisição de conhecimento com a mudança de 
comportamento observável relacionada ao objetivo previamente proposto. Essas 
mudanças podiam ser medidas em termos de atos e pensamentos. Por esse 
motivo, alterou-se a terminologia domínio cognitivo para domínio do processo 
cognitivo. O processo cognitivo pode ser entendido como o meio pelo qual o 
conhecimento é adquirido ou construído e usado para resolver problemas diários 
e eventuais (Anderson et al., 2001). 
No conhecimento do processo cognitivo, ocorreram as seguintes 
mudanças (Krathwohl, 2002): 
• Os aspectos verbais utilizados na categoria Conhecimento foram 
mantidos, mas esta foi renomeada para Lembrar; Compreensão foi 
renomeada para Entender; e Aplicação, Análise, Síntese e Avaliação, 
foram alteradas para a forma verbal Aplicar, Analisar, Sintetizar e 
Criar, por expressarem melhor a ação pretendida e serem 
condizentes com o que se espera de resultado a determinado 
estímulo de instrução; 
• As categorias avaliação e síntese (avaliar e criar) foram trocadas de 
lugar; e 
• Os nomes das subcategorias existentes foram alterados para verbos 
no gerúndio [...] (Ferraz; Belhot, 2010). 
Figura 4 – Categorização atual da taxonomia de Bloom proposta por Anderson, 
Krathwohl e Airasian no ano de 2001 
 
 
12 
 
Fonte: Ferraz; Belhot 2010. 
Quadro 2 – Processos cognitivo da taxonomia revisada 
Taxonomia revisada 
Dimensão do 
Conhecimento 
Dimensão do Processo Cognitivo 
Lembrar Entender Aplicar Analisar Sintetizar Criar 
Efetivo/ factual Objetivo 1 
Conceitual Objetivo 2 Objetivo 2 
Procedural Objetivo 3 
Metacognitivo 
 
Fonte: Ferraz; Belhot, 2010. 
TEMA 3 – APLICAÇÃO DA TAXONOMIA DE BLOOM EM BIOLOGIA 
É possível aplicar a taxonomia de Bloom em sala de aula, nas avaliações 
de biologia? Como posso utilizar essa ferramenta? 
Segundo Bloom et al. (1979, p. 23), o currículo escolar promoveria de 
fato uma educação de qualidade, quando no seu desenvolvimento 
curricular promovesse uma maior variedade de objetivos, onde as 
finalidades educacionais fossem definidas tendo em vista a organização 
das sequências de aprendizagens para proporcionar a efetiva 
continuação das experiências desenvolvidas ao longo do processo 
educativo, com um sistema de avaliação que avalie esta efetividade. 
Para Ferraz e Belhot (2010, p. 423), 
As questões avaliativas nesta perspectiva irão propor aos alunos 
resoluções de problemas, cuja solução requer habilidades específicas 
determinadas de acordo com os objetivos propostos nos planos de 
ensino e desenvolvidas durante as aulas. Para Galhardi e Azevedo 
 
 
13 
(2013, p. 238) “o mais notável na taxonomia de Bloom, é que ela permite 
ao professor se diferenciar para as necessidades específicas de cada 
aluno, exprimindo os mesmos conceitos em diferentes níveis da 
hierarquia” (Galhardi; Azevedo, 2013, p. 238). 
Ao planejar uma avaliação, considere a possibilidade de utilizar a 
taxonomia de Bloom, uma vez que a sua ordem é hierárquica, da parte da mais 
simples para a mais complexa. Ela permite ao professor diferenciar as 
necessidades específicas de cada aluno. 
3.1 Atividade prática utilizando a taxonomia 
Observe as células a seguir. 
 
Fonte: Sakurra/Shutterstock. 
Suponha que você queira elaborar uma série de perguntas sobre o 
esquema anterior seguindo o modelo da taxonomia de Bloom e os verbos de 
comando da lista a seguir. Veja nossas sugestões e lembre-se de que há uma 
hierarquia. 
 
 
 
 
 
14 
Figura 5 – Verbos de comando da taxonomia de Bloom 
 
Fonte: Elaborado com base em Jonhson; Jonhson. 
a) nomeie a estrutura a indicada pela seta; 
b) identifique as partes integrantes das duas células que são comuns; 
c) ilustre o modelo de membrana plasmática comum a ambas as células; 
d) compare a Célula 1 à Célula 2; 
e) formule uma hipótese que justifique a presença de parede celular na 
vegetal; 
f) avalie a necessidade da proximidade entre o reticulo endoplasmático 
rugoso e o núcleo da célula. 
Observação: tome muito cuidado para não fazer uso de vários verbos de 
comando na mesma pergunta, pois isso dificulta o processo de entendimento do 
aluno. Você pode, por exemplo, nomear, descrever e indicar a função da estrutura. 
Observe que nomear e indicar fazem parte da categoria conhecimento; 
descrever é integrante da categoria compreensão. Outro fato importante: se 
sua questão for discursiva e apresentar mais de um item, procure seguir os níveis 
hierárquicos de Bloom. 
3.2 Análise de questão do ENEM aplicando-se a taxonomia de Bloom 
Observe o exemplo de aplicação da análise de itens na questão do ENEM 
que transcrevemos a seguir a partir da taxonomia de Bloom. 
(ENEM 2014) Existem bactérias que inibem o crescimento de um fungo causador 
de doenças no tomateiro, por consumirem o ferro disponível no meio. As bactérias 
também fazem a fixação de nitrogênio, disponibilizam cálcio e produzem auxinas, 
 
 
15 
substâncias que estimulam diretamente o crescimento do tomateiro. (PELZER, G. 
Q. et al. Mecanismos de controle da murcha-de-esclerócio e promoção de crescimento 
emtomateiro mediados por rizobactérias. Tropical Plant Pathology, n. 2, v. 36, mar./abr. 
2011. Adaptado.) 
Qual dos processos biológicos mencionados indica uma relação ecológica de 
competição? 
a) fixação de nitrogênio para o tomateiro; 
b) disponibilização de cálcio para o tomateiro; 
c) diminuição da quantidade de ferro disponível para o fungo; 
d) liberação de substâncias que inibem o crescimento do fungo; 
e) liberação de auxinas que estimulam o crescimento do tomateiro. 
Verbo Conteúdo Contexto Conteúdo geral Dimensão do 
Conhecimento 
Dimensão 
do 
Processo 
Cognitivo 
Identificar Relação 
ecológica de 
competição 
Entre 
espécies 
presentes 
em um 
mesmo 
hábitat 
Ecologia; 
Relações 
ecológicas 
Conceitual Entender 
 
(ENEM 2017) A terapia celular tem sido amplamente divulgada como 
revolucionária, por permitir a regeneração de tecidos a partir de células novas. 
Entretanto, a técnica de se introduzirem novas células em um tecido, para o 
tratamento de enfermidades em indivíduos, já era aplicada rotineiramente em 
hospitais. 
A que técnica refere-se o texto? 
a) vacina 
b) biópsia 
c) hemodiálise 
d) quimioterapia 
e) transfusão de sangue 
Taxonomia revisada 
Dimensão do conhecimento Dimensão do Processo Cognitivo 
Lembra
r 
Compreender Aplica
r 
Analisa
r 
Avalia
r 
Cri
ar 
Factual 
Conceitual X 
 
 
16 
Procedural 
Metacognitivo 
Obs.: Nesse item, o processo cognitivo é lembrar, e o conhecimento é conceitual, 
da subcategoria conhecimento de princípios e generalizações. 
Aplicando para essa mesma questão a tabela de classificação: 
Verbo Conteúdo Contexto Conteúdo 
geral 
Dimensão do 
Conhecimento 
Dimensão do 
Processo 
Cognitivo 
Comparar Histologia e 
células 
tronco 
Aplicação da 
técnica de 
introdução 
de novas 
células 
Embrio-
histologia 
Conhecimento 
procedimental 
Entender 
Tabela 3 – Categorias e subcategorias da dimensão do conhecimento da 
taxonomia de Bloom revisada 
Categoria Subcategoria 
A) Conhecimentofactual: relacionado ao 
conteúdo básico que o discente deve dominar 
a fim de que consiga realizar e resolver 
problemas apoiados nesse conhecimento. 
Relacionado aos fatos que não precisam ser 
entendidos ou combinados, apenas 
reproduzidos como apresentados. 
A1) Conhecimento da terminologia 
A2) O conhecimento de 
detalhes específicos e elementos 
B) Conhecimento conceitual: relacionado à 
inter-relação dos elementos básicos dentro de 
uma estrutura maior que as permite andar 
juntas. Elementos mais simples foram 
abordados e agora precisam ser conectados. 
Esquemas, estruturas e modelos foram 
organizados e explicados. Nessa fase, não é a 
aplicação de um modelo que é importante, mas 
a consciência de sua existência. 
B1) Conhecimento de classificações 
e categorias 
B2) Conhecimento de princípios 
e generalizações 
B3) Conhecimento de teorias, 
modelos e estruturas 
C) Conhecimento procedimental: 
relacionado ao conhecimento de “como realizar 
alguma coisa” utilizando métodos, critérios, 
algoritmos e técnicas. 
C1) Conhecimento de habilidades e algoritmos 
específicos de um assunto 
C2) Conhecimento de técnicas de assuntos 
específicos e métodos 
D) Conhecimento metacognitivo: relacionado 
ao reconhecimento da cognição em geral e da 
consciência da amplitude e profundidade de 
conhecimento adquirido de um determinado 
conteúdo. 
D3) Conhecimento estratégico 
D4) Conhecimento sobre tarefas cognitivas, 
incluindo contextual e condicional apropriado 
D5) Autoconhecimento 
Fonte: Elaborado com base em Krathwohl, 2002. 
Tabela 4 – Categorias e subcategorias da dimensão do processo cognitivo da 
taxonomia de Bloom Revisada 
 
 
17 
Categoria Subcategoria 
Lembrar: recuperar conhecimentos relevantes 
na memória de longo prazo. 
Reconhecer 
Recordar 
Entender: determinar o significado de 
mensagens de instrução, incluindo 
comunicação oral, escrita e gráfica. 
Interpretar 
Exemplificar 
Classificar 
Resumir 
Inferir 
Comparar 
Explicar 
Identificar 
Relacionar 
Aplicar: executar, utilizar ou transpor um 
procedimento em uma determinada situação. 
Executar 
Implementar 
Analisar: quebrar o material em suas partes 
constituintes e detectar como as partes 
associam-se entre si e com a estrutura global 
ou propósito. 
Diferenciar 
Organizar 
Atribuir 
Associar 
Prever 
Avaliar: fazer julgamentos com base em 
critérios e padrões. 
Checar 
Criticar 
Criar: agregar elementos para produzir uma 
nova mensagem coerente, original ou criativa. 
Planejar 
Produzir 
Fonte: Elaborado com base em Krathwohl, 2002. 
FINALIZANDO 
Ao final desta aula, esperamos que você tenha uma clara a concepção da 
taxonomia de Bloom, e que por meio desse modelo de classificação possa aplicá-
la a processos de planejamento, execução e avaliação, uma vez que a taxonomia 
de Bloom revisada possibilita avaliar as dimensões do conhecimento e do 
processo cognitivo presentes em objetivos educacionais (Anderson et al., 2001). 
A revisão da taxonomia teve como objetivo realizar uma classificação 
baseada nos comportamentos desenvolvidos e que eram importantes nos 
processos de aprendizagem, aprofundando a sua aplicabilidade dentro do ensino 
das diferentes áreas. 
 
 
 
 
 
 
18 
LEITURA OBRIGATÓRIA 
Texto de abordagem teórica 
FERRAZ, A. P. C. M.; BELHOT, R. V. Taxonomia de Bloom: revisão teórica e 
apresentação das adequações do instrumento para definição de objetivos 
instrucionais. Gestão & Produção, São Carlos, n. 2, v. 17, p. 421-431, 2010. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
530X2010000200015>. Acesso em: 23 maio 2018. 
Texto de abordagem prática 
MANCINI, G. V.; CINTRA, E. P.; MARQUES JR., A. C. Caracterização dos itens 
de biologia do ENEM de acordo com a taxonomia de Bloom revisada: uma 
experiência com professores do Ensino Médio. In: CONGRESSO NACIONAL DE 
FORMAÇÃO DE PROFESSORES (CNFP), 3., CONGRESSO ESTADUAL 
PAULISTA SOBRE FORMAÇÃO DE EDUCADORES (CEPFE), 13. Anais... 
UNESP, 2016. 
Saiba mais 
LOURO, P. Taxonomia dos objetivos educacionais: domínio cognitivo. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=OadWxNqNveM>. Acesso 
em: 23 maio 2018. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=OadWxNqNveM
 
 
19 
REFERÊNCIAS 
ANTUNES, C. Como desenvolver as competências em sala de aula. São 
Paulo: Vozes, 2011. 
ANDERSON, L. W. et al. A taxonomy for learning, teaching and assessing: a 
revision of Bloom’s taxonomy for educational objectives. Nova York: Longman, 
2001. 
BEZERRA, L. Taxonomia de Bloom. Tecnologia & Gestão. Disponível em: 
<https://tecnologiaegestao.wordpress.com/tag/taxonomia-de-bloom/>. Acesso 
em: 23 maio 2018. 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. 
Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências da natureza, matemática e suas 
tecnologias. Brasília, 1999. 
BLOOM, B. S. Some major problems in educational measurement. Journal of 
Educational Research, n. 1, v. 38, p. 139-142, 1944. 
_____. Innocence in education. The School Review, n. 3, v. 80, p. 333-352, 1972. 
_____. Taxionomia de objetivos educacionais. 6. ed. Porto Alegre: Globo, 
1977. 
_____. What we are learning about teaching and learning: a summary of recent 
research. Principal, n. 2, v. 66, p. 6-10, 1986. 
BLOOM, B. S. et al. Taxonomy of educational objectives. New York: David 
Mckay, 1956. 262 p. v. 1. 
BLOOM, B. S.; HASTINGS, J. T.; MADAUS, G. F. Handbook on formative and 
sommative evaluation of student learning. New York: McGrawHill, 1971. 923 p. 
CAMPOS, M. C. C.; NIGRO, R. G. Didática de ciências: o ensino-aprendizagem 
como investigação. São Paulo: FTD, 1999. 
DEMO, P. Avaliação quantitativa. 6. ed. Campinas: Autores Associados, 1999. 
FERRAZ, A. P. C. M.; BELHOT, R. V. Taxonomia de Bloom: revisão teórica e 
apresentação das adequações do instrumento para definição de objetivos 
instrucionais. Gestão & Produção, São Carlos, n. 2, v. 17, p. 421-431, 2010. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
530X2010000200015>. Acesso em: 23 maio 2018. 
 
 
20 
GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 5. ed. rev. 
Campinas: Autores Associados, 2009. 
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1991. 
LOMENA, M. Benjamin Bloom. Disponível em: 
<https://www.everything2.com/?node=benjamin+bloom>. Acesso em: 23 maio 
2018. 
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem: componentes do ato pedagógico. 
São Paulo: Cortez, 2011. 
MARQUES, R. O modelo de ensino para a maestria. Disponível em: 
<http://www.eses.pt/usr/ramiro/mestria.htm>. Acesso em: 23 maio 2018. 
MORETTO, V. P. Prova: um momento privilegiado de estudo, não um acerto de 
contas. 9. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2010. 
PERRENOUD, P. et al. As competências para ensinar no século XXI: a 
formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
TREVISAN, A. L.; AMARAL, R. G. A taxionomia revisada de Bloom aplicada à 
avaliação: um estudo de provas escritas de matemática. Ciência & Educação, 
Bauru, n. 2, v. 2, p. 451-464, 2016. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v22n2/1516-7313-ciedu-22-02-0451.pdf>. Acesso 
em: 23 maio 2018.

Mais conteúdos dessa disciplina