Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Maria Elisa Martins Moura 1 Complexo Dentinopulpar Os principais componentes do complexo dentinopulpar são a dentina, formada pela dentina tubular e pré-dentina, e a polpa, dividida em camada odontoblástica, zona acelular, zona rica em células e corpo pulpar (M JÖR, 2002) 2 3 Po lp a 4 2 D=Dentina PD=Pré-Dentina CO=Camada Odontoblástica ZA=Zona Acelular ZC=Zona rica em células CP=Corpo Pulpar 5 6 Atividades Formadora e Protetora da Polpa 7 Atividades Formadora e Protetora da Polpa 8 3 Atividades Formadora e Protetora da Polpa 9 (SMITH, et al. 1995, TZIAFAS, 2004) Tipos de Dentina Terciária • Preparos cavitários rasos • Lesões de cárie incipientes 10 • Exposição pulpar • Lesões de cárie profundas • Preparos cavitários sem refrigeração 11 Esclerosamento Dentinário 12 4 13 Localização Frequência Intensidade Duração DOR 14 Inspeção Exploração Palpação Percussão II. Exame Clínico 15 Térmicos: frio e calor Elétrico Outros testes 16 5 POLPA POTENCIALMENTE REVERSÍVEL POLPA PROVAVELMENTE IRREVERSÍVEL Dor Dor - Provocada Necessita de estímulo externo (frio, calor, doce, sondagem, etc). - Espontânea Não necessita de estímulo externo primário, sugerindo tecido pulpar injuriado ou necrosado. - Momentânea Desaparece rapidamente com a remoção do estímulo. - Contínua Persiste por minutos, horas depois que o estímulo é removido. - Intermitente Dor espontânea de curta duração. - Pulsátil Pode refletir a pulsação arterial devido a áreas de pressão intrapulpar aumentada. - Reflexa Evento comum. - Em decúbito Comum, pois o aumento de pressão sangüínea cefálica causa também aumento da pressão intrapulpar.(PEREIRA; SEGALA, 2002) 17 POLPA POTENCIALMENTE REVERSÍVEL POLPA PROVAVELMENTE IRREVERSÍVEL Dor - À percussão Resposta negativa, a menos que haja trauma oclusal. Dor - À percussão Pode ocorrer nos estágios avançados de pulpite, associada à lesão periapical aguda. História Clínica Procedimento odontológico recente, como preparo cavitário, restauração, remoção de cálculos periodontais ou presença de áreas de exposição dentinária (erosão, abrasão, atrição), trauma oclusal. História Clínica Restaurações extensas em cavidades profundas resultantes de lesões muito próximas da polpa; capeamento pulpar direto ou indireto, trauma oclusal crônico; lesões periodontais crônicas, pulpite associada à lesão periapical. Cor Normal Cor Alterada Pode sofrer alteração decorrente da lise do tecido pulpar ou hemorragias intrapulpares. Radiografia Periápice negativo Pode evidenciar restaurações ou pequenas cáries. Radiografia - Periápice negativo nos estágios inicias do processo degenerativo. - Periápice Positivo nos estágios avançados do processo (lesões periapicais crônicas ou agudas).(PEREIRA; SEGALA, 2002) 18 19 (M ONDELLI, 1998) A lesão de cárie ativa é um processo dinâmico, com zonas distintas: 20 6 Zonas distintas que indicam o grau de progressão 21 (PEREIRA; SEGALA, 2002) 22 (ZACK; COHEN, 1965) 23 24 7 Restaurações com contatos exagerados transferem sobrecarga mastigatória para o dente restaurado, estimulando o periodonto e a pressão intrapulpar. O aumento da pressão intrapulpar torna o dente mais sensível às variações térmicas, principalmente ao frio. O mínimo excesso oclusal causa suficiente desconforto para motivar o retorno do paciente ao dentista. (PEREIRA; SEGALA, 2002) 25 Como minimizar o trauma oclusal: Ajustar os contatos após a confecção da restauração em: Relação cêntrica MIH Lateralidade Protrusão 26 (PEREIRA et al., 2004) 27 Fatores que Orientam as Estratégias de Proteção do Complexo Dentinopulpar 28 8 Rasa Profunda Média Profunda com exposição pulpar 1. Profundidade Cavitária 29 Dentina esclerosada é um substrato menos permeável, com túbulos dentinários parcialmente ou totalmente obliterados 2. Qualidade e Tipo de Dentina Remanescente 30 3. Idade do Paciente Paciente Jovem Paciente Idoso 31 Maria Elisa Martins Moura 32 9 33 34 35 36 10 (GARCIA et al., 2010) 37 38 To insert your own icons*: Insert >> Icons (*Only available to Office 365 subscribers) Agentes de base Agentes de forramento Agentes de selamento 01 02 03 Materiais Dentários – Complexo Dentinopulpar 39 40 11 41 42 43 44 12 Proteger a polpa das agressões externas ou estimular a formação de barreira mineralizada quando a polpa for exposta Cavidades profundas Hidróxido de cálcio MTA 45 1920 - Indicado pela primeira vez na forma de pasta. PROPRIEDADES Estimula a formação de dentina reparadora. pH alcalino. Protege a polpa contra estímulos térmicos e elétricos. Apresenta ação antimicrobiana. Alta solubilidade. 46 FORMAS DE APRESENTAÇÃO Pó (hidróxido de cálcio P.A.) Pasta (pó de Ca(OH)2 + água destilada) Cimento 47 Devem ser utilizados quando a polpa está exposta ou existe uma suspeita de que há microexposição. Pasta: hidróxido de cálcio (P.A.) + Água destilada Hidróxido de cálcio Ca2+ OH- Cauterização química superficial pH o Deposição de mineral. o Inibir a proliferação bacteriana. 48 13 Cimento: Pasta base + Pasta Catalisadora Proporção: 1:1 (por 10s) Aplicador de Hidróxido de cálcio 49 Posso aplicar a Resina composta sobre o hidróxido de cálcio? 50 Surgiu no início dos anos 90, sendo desenvolvido com o objetivo de selar as comunicações entre o exterior e interior do dente Agregado de Trióxido de Mineral 51 PROPRIEDADES Biocompatível. Estimula a formação de ponte de dentina. Atividade antimicrobiana. Doa íons hidroxila à pH (15 dias) Agregado de Trióxido de Mineral Desfavorável para a sobrevivência de bactérias 52 14 PROPRIEDADES Estimula a formação de dentina esclerosada, reparadora, assemelhando-se aos produtos à base de hidróxido de cálcio. Apresenta melhores propriedades mecânicas em comparação ao hidróxido de cálcio. Agregado de Trióxido de Mineral 53 Em perfurações resultantes de reabsorções internas e externas comunicantes. Para tratamento conservador da polpa (curetagem pulpar e pulpotomia). INDICAÇÕES Agregado de Trióxido de Mineral 54 Proteger o material de forramento. Reconstruir parte da dentina perdida ( quantidade de material restaurador). Proteção contra estímulos termoelétricos. Cavidades Médias e Profundas Óxido de zinco e Eugenol Cimento Ionômero de vidro 55 1890 – Primeiro uso da odontologia restauradora. CLASSIFICAÇÃO Tipo I – Cimentação provisória. Tipo II – Cimentação definitiva. Tipo III – Restaurações provisórias de longa duração ou bases. Tipo IV – Forramento. 56 15 INDICAÇÃO Selador de canais radiculares Base para restaurações Restaurações provisórias Cimento cirúrgico Material de moldagem funcional Contra-indicado com resinas *** 57 Espatulação 1min (Espátula 36) Tempo de trabalho 4 a 10min Reação de presa: Quelação que envolve óxido de zinco e o eugenol Matriz de Eugenolato de zinco Partículas de pó não reagidas 58 Atividade antimicrobianas. Atividade antinflamatória. Eugenol Apesar das suas baixas propriedades mecânicas, seu uso é potencialmente justificável pelas suas propriedades “terapêuticas” relacionadas a liberação do eugenol. 59 COMPOSIÇÃO Pó: sílica, alumina e fluoreto de cálcio Líquido: solução aquosa de ácidos policalcenóicos, com a inclusão de aceleradores de presa (ácido tartárico) Cimento de Ionômero de Vidro 60 16 PROPRIEDADES Menor toxicidade. Adesão à estrutura dentária. Liberação de flúor. Coeficiente de expansão térmica linear muito próximo ao da estrutura dentária. Cimento de Ionômero de Vidro 61 62 63 FATORES A SEREM OBSERVADOS: Grau de comprometimento pulpar Profundidade da lesão 64 17 Proteção Pulpar Indireta 65 FINALIDADES Bloquear os estímulos térmicos, elétricos e químicos decorrentes das restaurações e do meio bucal. Manter um ambiente cavitário apropriado para a manutenção ou recuperação da condição pulpar. Exercer ação terapêutica sobre o complexodentinopulpar. Proteção Pulpar Indireta 66 FINALIDADES Evitar ou reduzir a infiltração e o crescimento de bactérias sob as restaurações Interagir com as restaurações, melhorando suas propriedades de selamento cavitário Dissipar as forças de condensação durante a inserção de materiais compactáveis Proteção Pulpar Indireta 67 Proteção Pulpar Indireta 68 18 Proteção Pulpar Indireta 69 Proteção Pulpar Indireta 70 Proteção Pulpar Indireta 71 Ocorre tipicamente em pacientes jovens, com lesões de cárie aguda, de rápida evolução. Indicado em lesões profundas com risco de exposição pulpar. Tratamento Expectante 72 19 73 74 Tratamento Expectante 1ª Sessão 1) Anamnese e diagnóstico (Radiografia). 2) Acesso a cavidade. 3) Remoção da dentina cariada superfial. 4) Limpeza da cavidade. 5) Aplicação de pasta de hidróxido de cálcio. 6) Vedamento da cavidade com CIV. 7) Radiografia. 8) Proservação por 45-60. 75 1) Definição do prognóstico. 2) Remoção da material provisório e avaliação da dentina remanescente. 3) Forramento da região mais profunda com Cimento Hidróxido de cálcio + Base de CIVMR 4) Restauração definitiva. Tratamento Expectante 2ª Sessão 76 20 Qual a diferença entre o capeamento pulpar indireto e o tratamento expectante? 77 FATORES A SEREM OBSERVADOS: Grau de comprometimento pulpar Extensão da perfuração Tempo de exposição 78 OBJETIVOS 79 80 21 90 dias 81 82 83 84 22 85 Obrigada. mariaelisa_martins@hotmail.com 86
Compartilhar