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UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DOM BOSCO - UNDB 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
DIÓGENES CARVALHO TÔRRES 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA DEPRECIAÇÃO DO ORÇAMENTO EM OBEDIÊNCIA A LEI DE 
DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO): um estudo de caso da obra Residencial 
Jomar Moraes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís 
2018 
 
 
DIÓGENES CARVALHO TÔRRES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA DEPRECIAÇÃO DO ORÇAMENTO EM OBEDIÊNCIA A LEI DE 
DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO): um estudo de caso da obra Residencial 
Jomar Moraes 
 
 
Monografia parcial apresentada ao Curso de 
Graduação em Engenharia Civil, da Unidade de 
Ensino Superior Dom Bosco – UNDB, como 
requisito para obtenção da primeira nota (P1) da 
disciplina de TCC II. 
 
Orientador: Prof. Esp. Murilo Reis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís 
2018 
 
 
DIÓGENES CARVALHO TÔRRES 
 
 
 
ANÁLISE DA DEPRECIAÇÃO DO ORÇAMENTO EM OBEDIÊNCIA A LEI DE 
DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO): um estudo de caso da obra Residencial 
Jomar Moraes 
 
 
Monografia parcial apresentada ao Curso de 
Graduação em Engenharia Civil, da Unidade de 
Ensino Superior Dom Bosco – UNDB, como 
requisito para obtenção da primeira nota (P1) da 
disciplina de TCC II. 
 
Orientadora: Prof. Esp. Murilo Reis. 
 
 
 
 
Aprovado em ____/____/_____ 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
__________________________________________________ 
Prof. Esp. Murilo Reis (Orientador) 
Unidade de Ensino Superior Dom Bosco - UNDB 
 
 
__________________________________________________ 
1º Examinador 
Unidade de Ensino Superior Dom Bosco - UNDB 
 
 
__________________________________________________ 
2º Examinador 
Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Torres, Diógenes Carvalho 
 Análise da depreciação do orçamento em 
obediência a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): um 
estudo de caso da obra Residencial Jomar Moraes. /Diógenes 
Carvalho Tôrres.__ São Luís, 2018. 
 222f. 
 Orientador (a): José Murilo Moura dos Reis. 
 Monografia (Graduação em Engenharia Civil) - 
Curso de Engenharia de Civil - Unidade de Ensino Superior Dom 
Bosco. 
 l. Orçamentação 2. Reajuste 3. Pagamentos I. 
Título 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Combati o bom combate, completei a carreira, 
guardei a fé. 
2 Tm 4:6 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
É inevitável citar o nome de Deus em meus agradecimentos, pois ele 
sempre se fez presente e o que seria de mim sem a fé que tenho nele. 
É muito difícil encontrar palavras que consigam expressar realmente o que 
eu quero dizer e da mesma forma é muito difícil lembrar o nome de todos aqueles que 
merecem o meu agradecimento. 
Por isso, a todos aqueles que do seu modo, desde um simples aperto de 
mão ou um sorriso, ajudaram com o seu companheirismo a minha trajetória até aqui. 
A todos da Construtora Escudo pela parceria e contribuição na construção 
desta nova carreira 
Aos meus pais, pelo amor, educação e formação que me deram. 
A minha madrinha, Cely, que enquanto esteve viva, foi o meu alicerce e 
minha segunda mãe. 
Ao meu irmão pelo companheirismo e pela alegria de tê-lo sempre ao meu 
lado. 
A minha esposa, Talyta, que soube ser paciente nos momentos em que tive 
de me fazer ausente. 
A minha filha, Maria Clara, que hoje é o que mais importa e quem faz valer 
a pena qualquer sacrifício sem me fazer medir esforços. 
Aos meus amigos, que na maior parte das vezes ajudaram nessa trajetória. 
A todos os professores da UNDB que foram muito importantes na minha 
formação acadêmica, em especial a Professor Murilo Reis, que dentro das suas 
possibilidades e do seu profissionalismo impecável, soube me orientar apesar das 
minhas dificuldades. 
Estou agradecendo agora e serei sempre grato a todos. 
 
 
 
RESUMO 
 
O desenvolvimento das atividades na construção civil é visto como um 
reflexo do desenvolvimento e um indicador do crescimento de um país, ao mesmo 
tempo a construção civil é influenciadora da economia e influenciada pela mesma. De 
fato é um setor que gera muita renda para a nação acompanhada de desenvolvimento 
social. Em virtude do desenvolvimento, se faz necessário que aconteçam as obras 
financiadas pelos governos e neste cenário é preciso que sejam cumpridas as leis 
existentes. Neste trabalho será analisado o orçamento de uma obra de grande porte 
com prazo de execução superior a dois anos a qual recebeu os pagamentos de suas 
medições com o preço original licitado congelado por todo este período, sem qualquer 
tipo de reajuste, obedecendo as leis e os contratos firmados com os contratantes. Este 
estudo de caso não tem a intenção de questionar a legislação e tampouco julgá-la, 
mas procura dimensionar o quanto é onerado nos custos de uma empresa ao se 
assumir esse tipo de compromisso. Aqui são adotadas duas metodologias de reajuste 
de preço para serem aplicadas ao decorrer da obra de acordo com o pedido de 
medições, a primeira metodologia utiliza a atualização dos preços aplicando os índices 
do INCC disponibilizados pela Fundação Getúlio Vargas e a segunda metodologia faz 
a atualização adotando os preços da tabela SINAPI disponibilizados no site da Caixa 
Econômica Federal. Dessa forma foram encontrados três valores distintos que 
representam o valor pago ao final da execução e os valores corrigidos após a 
incidência dos reajustes consecutivos e ao final observou-se que os valores 
encontrados com a aplicação dos índices do INCC foram superiores aos valores 
reajustados pelo SINAPI. 
 
Palavras-chave: Orçamentação. Reajuste. Pagamentos. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The development of civil construction activities is seen as a reflection of 
development and an indicator of the growth of a country, while civil construction is 
influencing the economy and influenced by it. In fact it is a sector that generates a lot 
of income for the nation accompanied by social development. Due to development, it 
is necessary that works financed by governments take place and in this scenario it is 
necessary to comply with existing laws. This work will analyze the budget of a large 
construction project with an execution period of more than two years, which received 
the payments of its measurements with the original bid price frozen for the whole 
period, without any adjustment, obeying the laws and regulations. contracts with the 
contractors. This case is not intended to question legislation or judge it, but seeks to 
measure how much it is burdened on a firm's costs by undertaking such a commitment. 
Here two price readjustment methodologies are adopted to be applied throughout the 
work according to the request for measurements, the first methodology uses the 
update of the prices applying the INCC indices provided by the Getúlio Vargas 
Foundation and the second methodology makes the update adopting the prices of the 
SINAPI table available on the Caixa Econômica Federal website. In this way, three 
distinct values were found that represent the value paid at the end of the execution and 
the values corrected after the incidence of the consecutive readjustments and at the 
end it was observed that the values found with the application of the INCC indexes 
were higher than the values readjusted by SINAPI . 
Keywords: Budgeting. Readjustment. Payments. 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Figura 1 – Composição de um insumo ................................................. 34
Figura 2 – Objetivo do PAC Rio Anil ..................................................... 43
Figura 3 – Implantação do Residencial Jomar Moraes ........................ 44
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
 
Gráfico 1 – Valores para a medição 1 .................................................... 54
Gráfico 2 – Evoluçãodas medições ...................................................... 55
Gráfico 3 – Distanciamento dos valores ................................................ 55
Gráfico 4 – Ônus da empresa ................................................................ 56
Gráfico 5 – Descolamento das curvas ................................................... 66
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 – Índices adotados para a metodologia do INCC ................... 61
Tabela 2 – Orçamento primário ............................................................ 62
Tabela 3 – Orçamento complementar .................................................. 63
Tabela 4 – Custo total de construção por medição ............................... 64
Tabela 5 – Valores acumulados ........................................................... 64
Tabela 6 – Representativos da defasagem .......................................... 67
 
 
 
 
LISTA DE ABREVEATURAS 
 
 
AAUQ – Areia Asfalto Usinado a Quente 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. 
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
BDI – Benefícios e Despesas Indiretas. 
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CAEMA – Companhia de Água e Esgotos do Maranhão 
CBMMA – Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão 
CEF – Caixa Econômica Federal 
CEMAR – Companhia Energética do Maranhão S.A. 
COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
CPRB – Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta 
EPI – Equipamento de Proteção Individual 
ETE – Estação de Tratamento de Esgotos 
FCK – Feature Compression Know 
FGV – Fundação Getúlio Vargas 
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
IGP – Índice Geral de Preços 
INCC – Índice Nacional da Construção Civil 
ISS – Imposto Sobre Serviços 
MP – Medida Provisória 
PAC – Programa de Aceleração do Crescimento 
PIS – Programa de Integração Social 
PPP – Parceria Público-Privada 
PVC – Polyvinyl chloride 
SECID – Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento 
Urbano 
SEMA – Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos 
Naturais 
 
 
SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da 
Construção Civil 
SINDUSCON – Sindicato das Indústrias da Construção Civil 
TCPO – Tabela de Composições de Preços para Orçamentos 
TCU – Tribunal de Contas da União 
TSD – Tratamento Superficial Duplo 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 15
2 ORIGEM DAS LICITAÇÕES .................................................................... 18
2.1 Origem das licitações no Brasil ......................................................... 19
3 MODALIDADES DE LICITAÇÃO ............................................................. 22
3.1 Concorrência ........................................................................................ 22
3.2 Tomada de preços ............................................................................... 23
3.3 Convite .................................................................................................. 24
3.4 Leilão .................................................................................................... 25
3.5 Concurso .............................................................................................. 26
3.6 Pregão ................................................................................................... 27
4 TIPOS DE LICITAÇÕES .......................................................................... 29
4.1 Menor preço ......................................................................................... 29
4.2 Melhor técnica ...................................................................................... 29
4.3 Técnica e preço .................................................................................... 30
4.4 Maior lance ou oferta ........................................................................... 30
5 CONTRATAÇÕES SEM LICITAÇÃO ...................................................... 31
5.1 Dispensa de licitação .......................................................................... 31
5.2 Inexigibilidade ...................................................................................... 31
6 ORÇAMENTAÇÃO DE OBRAS ............................................................... 32
6.1 Custos diretos ...................................................................................... 33
6.2 Custos indiretos .................................................................................. 35
6.3 Benefícios e despesas indiretas - BDI ............................................... 35
6.4 Encargos Sociais ................................................................................. 37
6.5 Desoneração ........................................................................................ 39
6.6 Curva ABC de insumos ....................................................................... 40
7 OBRAS PÚBLICAS ................................................................................. 42
7.1 Programa de aceleração do crescimento – PAC .............................. 42
7.2 PAC Rio Anil ......................................................................................... 43
8 RESIDENCIAL JOMAR MORAES ........................................................... 44
8.1 Infraestrutura ....................................................................................... 45
8.2 Supraestrutura ..................................................................................... 45
 
 
8.3 Vedações .............................................................................................. 45
8.4 Cobertura .............................................................................................. 45
8.5 Impermeabilização ............................................................................... 46
8.6 Tratamentos ......................................................................................... 46
8.7 Revestimentos, acabamentos e pinturas .......................................... 46
8.8 Esquadrias ........................................................................................... 47
8.9 Fechaduras ........................................................................................... 47
8.10 Batentes .............................................................................................. 47
8.11 Corrimãos ........................................................................................... 47
8.12 Instalações elétricas .......................................................................... 47
8.13 Instalações hidrossanitárias ............................................................. 48
8.14 Louças e metais ................................................................................. 48
8.15 Terraplanagem ................................................................................... 48
8.16 Água potável ...................................................................................... 49
8.17 Instalações de combate a incêndio .................................................. 50
8.18 Esgotamento sanitário ...................................................................... 50
8.19 Drenagem e águas pluviais ............................................................... 50
8.20 Pavimentação, guias, sarjetas e sarjetões ...................................... 51
8.21 Passeio público ................................................................................. 51
8.22 Energia e iluminação ......................................................................... 51
8.23 Antena coletiva .................................................................................. 52
8.24 Telefone ..............................................................................................52
8.25 Paisagismo ......................................................................................... 52
9 INCC ......................................................................................................... 53
10 SINAPI .................................................................................................... 57
11 METODOLOGIA ..................................................................................... 58
12 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS 
FUTUROS ................................................................................................... 67
12.1 Conclusão .......................................................................................... 67
12.2 Recomendações para trabalhos futuros ......................................... 67
APÊNDICES ................................................................................................ 70
 
15 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Levando-se em consideração a velocidade com a qual os índices 
econômicos variam, faz-se necessário analisar os impactos do congelamento do 
preço de um produto ou serviço contratado por um período de um ano, haja visto o 
alto montante que é colocado sobre esse risco, pois além mutações comerciais nesse 
período podem haver mutações políticas que afetem diretamente o desenvolvimento 
de um planejamento com cronograma físico-financeiro equivalente. 
O cenário econômico no qual uma empresa se encontra não será o mesmo 
cenário após transcorrer o prazo de um ano, prazo mínimo para que seja considerado 
a elaboração do reajuste em um orçamento licitado em obediência a Lei de Licitações 
e Contratos. 
Com a obrigação de se atender a Lei de Licitações (Lei 8.666/1993) as 
empresas vencedoras de um processo licitatório são obrigadas as manter o preço 
contratado por um período mínimo de 12 meses o que acaba gerando futuramente 
uma divergência entre o valor estimado da execução e aquilo que se gasta durante a 
execução dos mesmos devido a existência de um lapso temporal que carrega consigo 
a defasagem dos preços dos itens medidos e pagos. 
A obrigação de manter o preço contratado durante todo o período da obra 
tende a afastar as empresas dos processos licitatórios e isso faz com que 
compareçam cada vez menos empresas se habilitando a participar dos processos. Já 
houveram estudos mostrando que em obras rodoviárias, por exemplo, quanto maior 
foi o número de empresas participantes da licitação, maior foi o desconto que essas 
participantes se viam obrigadas a dar para que saíssem vencedoras, assim, o reajuste 
de preços poderia ser pensado como uma maneira de aproximar mais empresas do 
processo licitatório tornando neste caso o Estado como o mais beneficiado. 
Dessa forma, tem-se a intenção de avaliar qual o custo que seria pro Estado 
caso a obra do Residencial Jomar Moraes tivesse suas medições reajustadas após 
cada medição de acordo com o período do pagamento das mesmas. Após estes 
levantamentos de dados, qual seria o custo para o Estado e para a empresa 
vencedora do certame a obediência ou não à Lei de Licitações (Lei nº 8.666/1993). 
16 
 
 
 
A Lei 8666/93 não faz diferença, obrigando que os órgãos públicos sigam 
os mesmos procedimentos para a compra de uma barra de sabão ou a construção de 
usina atômica, para dar transparência nos processos públicos fazendo com que os 
participantes dos certames licitatórios possam se garantir do direito de acompanhar 
integralmente cada etapa da execução destes. 
Por reconhecer que existe um intervalo bem representativo entre o período 
de referência do orçamento estimativo e a data de abertura das propostas, o acórdão 
19/2017 do plenário do Tribunal de Contas da União – TCU recomenda que aquela 
data-base que consta na planilha orçamentária seja usada como a data de partida 
para a contagem do período mínimo, de 12 meses, necessário para se poder fazer o 
requerimento de um reajustamento. 
Ainda que previsto em lei que os contratos possam ser reajustados pelos 
órgãos e entidades da Administração Pública, dentro do período de 12 meses existe 
gradualmente uma depreciação dos itens orçados, que é um ônus arriscado 
proveniente das altas do mercado acautelado pelas empresas vencedoras no 
momento do certame. 
De forma análoga ao entendimento do TCU quando prega que o reajuste é 
aplicado somente nas parcelas remanescentes do contrato após transcorrido um ano 
da elaboração do orçamento inicial, este trabalho tem a intenção de aferir o custo 
atualizado e compará-lo ao praticado pela contratante que leva em consideração uma 
planilha orçamentária com referência pretérita de custo no mercado. 
Por fim, acredita-se que esta pesquisa irá mostrar qual o custo que uma 
construtora assume ao participar de um processo licitatório que obviamente e 
legalmente estará embasado em todos os termos da Lei de Licitações (Lei nº 
8.666/1993). 
A elaboração de contratos entre um ente público de qualquer esfera e 
empresas privadas, de acordo com a Constituição Federal, deve obrigatoriamente 
passar por um processo licitatório sempre que o objeto do contrato seja referente à 
obras, alienações, serviços, compras e, concessão e permissão de serviços públicos. 
O procedimento adotado deve obedecer a sua lei específica - Lei de 
Licitações (Lei nº 8.666/1993). Quando ocorre o processo licitatório, é elaborado um 
contrato entre as partes, de forma que, fique acordado o cumprimento das intenções 
17 
 
 
 
da contratada assim como as da contratante, para que então se estabeleça um 
vínculo, conforme versa a Lei nº 8.666/1993, art. 2º, parágrafo único: “todo e qualquer 
ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja 
um acordo de vontade para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações 
recíprocas, seja qual for a denominação utilizada". 
No tocante às modalidades de licitação previstas em lei, têm-se: concurso, 
tomada de preços, convite, leilão, concorrência e pregão, sendo esta última 
regulamentada através da medida provisória nº 2.026/2000, a qual foi posteriormente 
convertida em Lei de nº. 10.520/2002. 
Durante a fase de instrução do processo, podem haver algumas falhas de 
projeto ou especificações que tornam o objeto contratado inexequível, o que acaba 
acarretando em processos litigiosos durante ou após o final do contrato. 
Outro problema comumente enfrentado pelos licitados é o atraso 
corriqueiro nos pagamentos das medições, devido ao fato de órgãos públicos 
contratarem serviços sem o devido planejamento, a preços além daqueles que são 
capazes de honrar, gerando cada vez mais um endividamento maior da máquina 
pública, visto que o licitante não é obrigado a comprovar a disponibilidade do recurso 
financeiro. 
Desta forma, os custos previstos inicialmente, ganham proporções maiores 
e assumem outros valores que acabam sendo arcados pela empresa licitada, pois os 
reajustes devem constar no edital da licitação e, só podem ocorrer após um ano 
contados a partir da data da proposta ou um ano após a data base de referência para 
a elaboração do orçamento do processo. 
Não se discute a legalidade destas situações, mas sim as consequências 
financeiras que a licitada tem por obrigação aceitar por conta deste instrumento, sendo 
afetada diretamente por estes. 
O reajuste seria ainda uma via de ‘mão dupla’ pois beneficiaria tanto os 
órgãos públicos quanto as empresas vencedoras do processo licitatório, haja vista 
que, durante o prazo de cumprimento do contrato, existem valores de insumos que 
estão sempre oscilando. Sendo assim, dependendo do valor orçado no mês de 
referência, os pagamentos das medições subsequentes acompanhariam estas 
variações. 
18 
 
 
 
2 ORIGEM DAS LICITAÇÕES 
 
A necessidade de se criar um procedimento para a contratação de serviços 
e aquisição de bens de forma objetiva e lisa levou os antigos governantes a pensarem 
em uma maneira de fazê-lo bemparecido com o que hoje conhecemos como licitação, 
tendo sofrido algumas melhorias e alterações mas ainda assim permanecendo as 
suas intenções e seus princípios originais. 
Através de relatos históricos acredita-se que o processo licitatório que 
temos hoje é fruto de uma evolução que ocorre desde os tempos da Europa Medieval, 
quando se faziam necessários a aquisição de bens, os quais poderiam ser produtos, 
obras ou serviços que a administração pública não possuía capacidade para suprir 
as necessidades de seu Estado e desta forma folhetos eram distribuídos avisando que 
os particulares que se interessassem deveriam comparecer em local e hora marcados 
para discutirem sobre os interesses do Estados e dos possíveis contratados. 
Na ocasião, chamada de “Vela e Pregão”, acendia-se uma vela e então os 
participantes fariam os lances até o momento em que a chama da vela se extinguisse 
por si só ou a vela chegasse até o final, quando se verificaria qual teria sido o 
interessado a fazer o último lance com o menor preço, o qual era pronunciado como 
vencedor da disputa por se mostrar mais vantajoso economicamente aos olhos do 
monarca detentor do poder de tomada das decisões no âmbito da administração 
pública e político. 
Fez-se então necessária a criação de uma metodologia mais burocratizada 
a fim de proteger o Estado dos interesses do clero e da nobreza e das mazelas que 
os acompanhavam como favorecimento de amigos ou parentes em detrimento de 
pessoas mais qualificadas com méritos, subornos acompanhados de vantagens, 
empreguismo e tratamentos diferenciados. Aparece então a licitação com suas regras 
claras e exigências bem definidas que serviam de escudo para o Estado tentando se 
livrar dos atos de corrupção. 
‘[...] desde a antiguidade romana há notícias da existência de regras para 
disciplinar a alienação de despojos de guerra (vem daí o nome "hasta" 
pública) e realização de obras públicas, e mesmo na Idade Média, quando na 
Europa ocidental era conhecido o sistema 'vela e pregão', no qual os 
construtores faziam suas propostas enquanto ardia uma vela, adjudicando-
19 
 
 
 
se ao melhor preço quando esta se apagava.’ (ARAÚJO NETTO, 2012, p. 
27). 
 
2.1 Origem das licitações no Brasil 
 
O verbete licitação, diferente do que muitos pensam, não vem do termo 
lícito, mas sim do latim “Licitatione” que tem o significado de arrematar algo em leilão. 
No Brasil pode-se dizer que suas iniciativas foram introduzidas a mais de cento e 
cinquenta e seis anos a através do Decreto nº 2.926 de 14 de maio de 1862. 
Historicamente o primeiro texto que tratou sobre licitações no Brasil foi o 
Decreto nº 2.296/1862. Este foi uma espécie de regulamento para as arrematações 
dos serviços a cargo do então Ministério da Agricultura, Comércio, e Obras públicas. 
O artigo primeiro versava que deveriam ser publicados anúncios convidando 
concorrentes, sendo fixado o prazo de quinze dias a seis meses para apresentação 
das propostas, segundo a importância e valor do objeto. 
No mesmo decreto já se cogitava o fornecimento de amostras de objetos, 
porém, quem deveria disponibilizar as amostras era o próprio órgão licitante, o qual 
também deveria disponibilizar as plantas e demais detalhes técnicos aos interessados 
pelas obras. Para se ter acesso aos orçamentos era imprescindível a permissão do 
Ministro, a qual era estendida a todos interessados. 
Neste mesmo interim, os concorrentes deveriam apresentar fiador idôneo 
ou caução como condição necessária para a participação no certame. Os 
interessados deveriam se apresentar na data estipulada nos anúncios para serem 
inscritos em um livro destinado a este propósito e após isso eram sorteadas as 
posições em que cada concorrente apresentaria oralmente a sua proposta. 
Até então, nota-se vasta semelhança com o pregão presencial, modalidade 
muito utilizada atualmente. Divergindo no que tange à ausência de uma segunda 
oportunidade para oferecimento de uma nova proposta ou a conhecida rodada de 
lances. Nesse caso a sorte era determinante, haja vista que, quem por último 
apresentasse a proposta levava vantagem sobre os demais concorrentes. 
Havia ainda a previsão de modificações e aditivos nos serviços, desde que 
não ultrapassassem um quinto do valor do contrato, caso em que o contratante 
poderia requerer a rescisão do contrato. 
20 
 
 
 
Com o passar do tempo, percebeu-se que o decreto era uma lei incompleta 
e que não abrangia todos os órgãos e esferas governamentais, porém, dali, ainda que 
indiretamente, já eram delineadas as bases para as legislações posteriores. 
Após algumas modificações no Decreto Nº 2.926/1862, foi promulgado o 
Decreto Lei Nº 4.536/1922, que organizava o Código de Contabilidade da União. 
Ademais, outros decretos regularam a matéria, mas o primeiro Estatuto das Licitações 
e Contratos Administrativos surgiu com o Decreto-Lei nº 2.300 de 21/11/1986. 
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, novos rumos foram 
dados a Administração Pública, e a partir de então, a Licitação passou a ser tratada 
como um princípio constitucional, nascendo aí obrigatoriedade do Estado a usar o 
processo licitatório como única forma de contratação, sendo também uma forma de 
garantir a observância dos preceitos legais, podendo ser caracterizado como crime a 
ausência de obediência a essas normas. 
O Artigo 37, inciso XXI da Constituição prevê a obrigatoriedade do uso da 
licitação para aquisições e contratações públicas que forem regulamentadas pela Lei 
Federal 8.666 de 21/06/1993, que vigora até hoje. Neste interim, várias outras leis e 
decretos vieram somar para o Estatuto das Licitações, e novas são criadas para 
garantir maior eficiência e segurança nas contratações públicas. 
O artigo 3º da Lei 8.666/93 estabelece que: 
“A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da 
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a 
promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e 
julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da 
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade 
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento 
objetivo e dos que lhes são correlatos.” 
A redação do artigo mencionado foi dada pela Lei 12.349 de 15/12/2010, 
que foi a última grande mudança da Lei que visa entre outros objetivos, dar maior 
espaço para medidas que privilegiem o produto nacional e a sustentabilidade. 
Cotidianamente, contamos com as modalidades de licitação criadas pela 
Lei e descritas no artigo 22, que são: concorrência, tomada de preços, convite, 
concurso e leilão. São previstas também na Lei a dispensa e a inexigibilidade de 
licitação, conforme critérios legais, descritos nos artigos 24 e 25. 
 
21 
 
 
 
Por fim, a grande revolução na licitação veio com a Lei 10.520 de 
17/07/2002 com a criação do pregão, onde há a inversão de fases, primeiramente há 
a disputa de preços e depois a habilitação apenas do vencedor. 
 
22 
 
 
 
3 MODALIDADES DE LICITAÇÃO 
As licitações podem ser classificadas em modalidades a quais caracterizam 
os procedimentos que irão ditar as regras do processo licitatório. Cada modalidade 
requer uma complexidade maior de análise e simultaneamente os valores máximos 
serão diferentes. Ainda inerente às classificações das modalidades estão o prazo de 
divulgação do instrumento convocatório e quem serão os licitantes interessados aptos 
a participar que sejam do ramo pertinente ao objeto que está em licitação. 
As modalidades de licitação são esclarecidas principalmente em dois 
artigos, 22 e 23, da Lei Geral de Licitações e Contratos Administrativos. As 
modalidades de licitação são únicas e não podem ser combinadas entre si, dessa 
forma fica claro que a lei proíbe a criação de novas modalidades de licitações que não 
sejam aquelas já descritas. 
As modalidadesde licitação criadas pela Lei nº 8.666/1993 foram 
Concorrência, Tomada de preços, Convite, Leilão e Concurso. As três primeiras se 
diferem basicamente pelo valor máximo do objeto que está sendo licitado. 
Anos se passaram após a criação da Lei nº 8.666/1993 quando através de 
uma medida provisória foi criada uma sexta modalidade com o nome de Pregão. 
Posteriormente esta medida provisória passou por uma regulamentação quando 
passou-se a ser a Lei n° 10.520/2002, conhecida como a Lei do Pregão. 
 
3.1 Concorrência 
 
Esta é a primeira modalidade na qual as obras e serviços se enquadram 
quando tiverem o valor acima de R$ 1.500.000,00(um milhão e quinhentos mil reais) 
e demais serviços com valores acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil 
reais). Sendo o seu limite um valor mínimo, esta modalidade se aplica para licitações 
de todos os valores. 
O prazo de divulgação do instrumento convocatório para a modalidade 
concorrência é de no mínimo 30 dias úteis anteriores a data de abertura das propostas 
quando o critério de julgamento for menor preço. Terá um prazo mínimo de 45 dias 
úteis anteriores a data de abertura das propostas quando o critério de julgamento for 
melhor técnica ou técnica e preço. 
23 
 
 
 
O artigo 22, inciso 1º da Lei 8.666/93 disciplina in verbis “§ 1º Concorrência 
é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de 
habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação 
exigidos no edital para execução de seu objeto.”. 
Quando o artigo cita a palavra “QUAISQUER” ele deixa livre a participação 
de qualquer pessoa interessada independentemente de cadastro prévio nos órgãos 
de licitação que estejam elaborando o processo. 
A habilitação das empresas para o processo licitatório deverá ser feita 
preliminarmente, com exceção dos contratos de PPP’s (parcerias público-privadas, 
concessão de serviços públicos e serviços de publicidade executados por agências 
de propagandas. 
Nas duas primeiras exceções poderá ocorrer primeiro a fase de julgamento 
das propostas para então partir-se para a fase de habilitação do vencedor, sendo 
assim um processo invertido de habilitação. Na terceira exceção esse processo de 
inversão passa a ser obrigatório. 
 
3.2 Tomada de preços 
 
Esta é a segunda modalidade, utilizada nas contratações consideradas de 
médio valor conforme os termos da Lei 8.666/93, que tem como limite o valor de R$ 
1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) e valor máximo de R$ 650.000,00 
(seiscentos e cinquenta mil reais) para os outros casos que sejam diferentes. 
Primeiramente a fase externa da tomada de preços começa com a 
publicação do edital que é o instrumento convocatório para esta modalidade. O prazo 
para a publicação é de no mínimo 15 dias úteis anteriores a data de abertura das 
propostas quando o critério de julgamento for menor preço. Terá um prazo mínimo de 
30 dias úteis anteriores a data de abertura das propostas quando o critério de 
julgamento for melhor técnica ou técnica e preço. 
Normalmente no início do ano os órgãos responsáveis pelos processos 
licitatórios realizam o cadastramento de empresas daquelas áreas que se tem o 
conhecimento que deverão surgir necessidades de algum tipo de contratação. Estes 
licitantes demonstrarão que tem condição de habilitação neste cadastramento prévio, 
24 
 
 
 
obtendo assim um certificado de registro cadastral que servirá para apresentar nas 
licitações que ocorrerem durante o ano. 
Podem participar da licitação aqueles que se encontrarem cadastrados 
podendo se estender a participação a demais interessados não cadastrados que 
assim se manifestarem. 
‘§ 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados 
devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas 
para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das 
propostas, observada a necessária qualificação.’ (Lei 8.666/1993 – art. 22, “§ 
2º). 
Neste caso, só poderão participar da tomada de preços os interessados em 
participar da licitação que já estiverem estar cadastrados nos órgãos ou então, podem 
se cadastrar nos mesmos desde que reúna as condições de habilitação e comprovar 
em até 03 dias antes do dia do recebimento das propostas para julgamento, para que 
sejam avaliados anteriormente se estes atendem as condições mínimas exigidas para 
o cadastramento. 
 
3.3 Convite 
 
A terceira modalidade de licitação tem como limite o valor de R$ 150.000,00 
(cento e cinquenta mil reais), dez vezes menor que a segunda modalidade, para obras 
e serviços e engenharia. O valor máximo diminui em uma proporção diferente para de 
R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) para os outros casos que sejam diferentes. 
É facultado ao órgão que esteja responsável pela elaboração da licitação 
que faça o convite a pelo menos 03 empresas, para que estas apresentem suas 
propostas, sendo que em algumas situações devidamente justificadas, quando não 
houver manifestação de interesse desse número mínimo de 03 empresas licitantes ou 
limitações do mercado. 
Ainda assim essa convocação deverá ser estendida, no quadro de avisos 
da administração pública, aos demais interessados cadastrados que manifestem 
intenção de participar com antecedência de no máximo 24(vinte e quatro) horas do 
início do processo publicado. 
O prazo de divulgação do instrumento convocatório neste caso é de no 
mínimo 5 dias úteis anteriores a data de abertura das propostas. 
25 
 
 
 
Diferente dos outros modelos licitatórios, que fazem a convocação através 
de um edital, neste se utiliza uma Carta Convite que é entregue aos participantes. 
‘§ 3° Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo 
pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em 
número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em 
local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais 
cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu 
interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação 
das propostas. ’ (Lei 8.666/1993- art. 22, § 3º). 
Estas três primeiras modalidades podem ter ser valores limites aumentados 
em casos de consórcios públicos aumentando-se então até 200% quando o consórcio 
for composto por até 03 entes e até 300% quando o consórcio for composto por mais 
de 03 entes. 
Outrossim nos casos em que couber a licitação na modalidade de convite, 
fica a cargo da administração pública a contratação através da modalidade Tomada 
de Preços ou Concorrência. Da mesma forma a administração pública pode se utilizar 
da modalidade Concorrência quando o valor da licitação permitir que seja feito através 
de uma Tomada de Preços. 
Organizando-se em conjuntos, seria como dizer que a modalidade Convite 
está contida na modalidade Tomada que preço que por sua vez também está contida 
na modalidade Concorrência. 
 
3.4 Leilão 
 
Esta modalidade está prevista no artigo 22, parágrafo 5º da Lei 8.666/93 e 
serve geralmente para venda de bens, sejam eles bem móveis considerados 
inservíveis para a administração pública ou produtos que tenham sido apreendidos ou 
empenhados. As regras e exigências para a habilitação das participantes devem 
constar no corpo do edital, o qual deverá estar fixado em local público assim como os 
pagamentos por parte dos vencedores ou punições e multas nos casos de desistência 
ou inadimplemento. 
De regra geral pode-se dizer que para a venda de bens móveis a 
modalidade a ser utilizada será o Leilão e para a venda de bens imóveis a modalidade 
utilizada será a Concorrência. 
26 
 
 
 
Em exceção deve-se observar que se os bens imóveis forem adquiridos 
pela administração pública em virtude de procedimento judicial ou em virtude de dação 
em pagamento poder-se-á utilizar excepcionalmente a modalidade de leilão. 
‘§ 5º – Leilão é a modalidade de licitaçãoentre quaisquer interessados para 
a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos 
legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis 
prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor 
da avaliação.’ (Lei 8.666/1993- art. 22, § 5º). 
Para a venda de bens móveis, inservíveis para a administração pública, o 
bem público que até então é de uso especial deverá ser desafetado, ou seja, será 
retirado do mesmo a destinação pública e este será transformado em m bem público 
dominical, sem destinação pública, que passará por uma avaliação prévia para se 
descobrir o seu valor de mercado e então, mediante leilão, possa ser vendido ao 
particular interessado que oferecer maior lance ou oferta. 
A venda de bens legalmente apreendidos pelo poder público, que 
normalmente tem origem numa atividades criminosas, utiliza a modalidade leilão 
dando assim legalidade e regularizando a situação do objeto leiloado. 
 
3.5 Concurso 
 
Esta modalidade tem a finalidade de contratação de serviços de natureza 
criativa, na qual se necessita de um determinado grau intelectual para a execução 
satisfatória do objeto do contrato, sendo então escolhido para a contratação de 
trabalhos técnicos, científicos ou artísticos. 
Comumente utilizado para a contratação de projetos arquitetônicos, esta 
modalidade também se aplica para outros trabalhos técnicos, científicos e artísticos. 
No edital que deverá ser publicado o mínimo de 45 dias de antecedência constará o 
prêmio ou remuneração ao vencedor, cujo deverá ceder os direitos de uso do seu 
trabalho para a administração pública. 
A administração pública abre um concurso solicitando a elaboração do 
objeto de natureza intelectual e então uma comissão técnica irá avaliar de forma 
qualitativa. 
27 
 
 
 
Qualquer interessado pode participar do concurso sem que seja necessário 
cadastramento prévio desde que o interessado seja habilitado intelectualmente para 
a elaboração do trabalho desde que cumpra os requisitos exigidos no edital. 
Uma comissão especial será criada para o julgamento dos trabalhos 
apresentados e esta comissão deverá ser formada por profissionais de reputação 
ilibada com notório reconhecimento de seus conhecimentos sobre a matéria e não 
necessariamente servidores públicos. 
Enquanto nas outras modalidades a entrega do objeto se faz após o 
processo licitatório, nesta o objeto do concurso é entregue antes, para que seja 
avaliado e declarado o vencedor. Também é de se observar que nas outras 
modalidades os valores são propostos pelos licitantes, na maioria dos casos sendo 
escolhidas aquelas propostas de menor valor, já nesta o valor pago é feito na forma 
de premiação e este valor é fixo e definido anteriormente no edital. 
Os critérios de avaliação devem estar contidos no edital publicado pela 
imprensa oficial promovendo um prazo mínimo de 45 dias úteis antecessores sendo 
que o edital deve indicar o local onde poderá ser obtido o regulamento pelos 
interessados. 
 
3.6 Pregão 
Durante muito tempo se discutiu se poderia existir uma modalidade que não 
estivesse na Lei 8.666/1993 porque no art. 22, parágrafo 6º desta referia lei, diz que 
não é possível outras modalidades que não sejam aquelas prevista no mesmo artigo 
e o pregão foi inserido na legislação por meio de medida provisória e essa MP era 
aplicada apenas à União. Com a conversão em lei, foi inserido que toda a 
administração pública está sujeita ao pregão. 
Para a contratação apenas de bens e serviços comuns esta modalidade, 
diferente das demais, é instituída pela Lei nº 10.520/2002, podendo ser realizada 
presencialmente ou eletronicamente através da internet com o uso de sistemas do 
governo que dão acesso em tempo real aos valores dos lances feitos. Menos 
burocratizados que as demais modalidades, nesta as fases de habilitação e análises 
das propostas são invertidas e somente o licitante que tenha ofertado a melhor 
proposta terá a sua documentação analisada. 
28 
 
 
 
Por se tratar de uma modalidade na qual o objeto não exige técnica, o tipo 
de licitação deverá ser sempre o de Menor Preço. 
Isso se deve ao princípio base desta modalidade que é a contratação de 
bens e serviços comuns, os quais não precisam de análise minuciosa das suas 
características e somente o preço ofertado já é o bastante para a comparação e 
definição daquele que seja o mais vantajoso, devendo apenas apresentarem entre si 
as mesmas características de qualidade e desempenho. 
Em conjunto com as modalidades previstas na Lei 8.666/1993, a 
modalidade Pregão se apresenta como opção para todas as modalidades daquela lei 
por não possuir valor limite para a contratação, mas somente o quesito menor preço 
pode ser critério na avaliação das propostas. 
 Há a possibilidade da inversão das fases de habilitação e classificação 
além de que as empresas não são obrigadas a estarem cadastradas no órgão pois as 
documentações poderão ser entregues após a fase de classificação sendo analisada 
somente daquele tido como vencedor. 
 
 
29 
 
 
 
4 TIPOS DE LICITAÇÕES 
Tipos de licitações são diferentes de Modalidades de Licitações. Os tipos 
são os critérios que a administração irá utilizar para definir e selecionar proposta que 
cumpra com o seu interesse. 
Os tipos de licitação que mais se aplicam quando são avaliadas as 
propostas mais vantajosas são menor preço, melhor técnica, técnica e preço e maior 
lance ou oferta. Eles têm por objetivo a intenção de serem critérios diretos para que 
os membros componentes da banca apliquem os princípios da impessoalidade e 
imparcialidade. 
 
4.1 Menor preço 
 
De acordo com o cumprimento das exigências feitas no edital, é escolhido 
de forma direta aquela proposta que apresentar o menor valor. 
Vale ressaltar que nem sempre o critério do menor preço se identifica com 
a exigência legal da contratação mais vantajosa, pois caso não seja viável a 
comparação estritamente objetiva entre os bens e serviços ofertados pelos 
concorrentes, a escolha pelo critério de menor preço tende a criar a pior contratação 
possível. 
 
4.2 Melhor técnica 
 
Este critério de julgamento das propostas somente poderá ser 
preponderante para a escolha da melhor proposta somente quando a natureza dos 
serviços contratados forem predominantemente intelectuais. 
Neste tipo o licitante deve apresentar um envelope de proposta técnica 
contendo a descrição das técnicas e metodologias utilizadas para a execução do 
objeto da licitação obedecendo as exigências contidas no edital. A banca analisará os 
documentos entregues pelos licitantes e a eles atribuem notas que variam de 0 a 10, 
devidamente justificadas. 
 
30 
 
 
 
4.3 Técnica e preço 
 
Semelhante ao tipo melhor técnica, porém com a definição do vencedor 
através de uma média ponderada cuja os pesos de cada item já se encontram 
previamente elencados em edital. 
A contratação de bens e serviços de informática deverá utilizar 
obrigatoriamente o tipo técnica e preço. 
 
4.4 Maior lance ou oferta 
 
Existe uma pequena diferença entre os termos “lance” e “oferta” uma vez 
que o primeiro é verbal e está relacionado à modalidade de leilão, aquela proposta de 
quem dá mais, e o segundo termo está relacionado à apresentação de propostas em 
um envelope lacrado, como no caso da modalidade concorrência. 
Esta situação acontece quando a administração pública está vendendo um 
produto, gerando assim uma receita. 
 
31 
 
 
 
5 CONTRATAÇÕES SEM LICITAÇÃO 
 
5.1 Dispensa de licitação 
 
A administração pública sempre que quiser contratar a execução de uma 
obra, contração de serviços, fornecimento de bens ou mesmo a própria alienação de 
bens, devem instaurar um procedimento prévio, ressalvadas as hipóteses previstas 
em lei. A Lei 8.666/1993 indica situações em que o administrador público poderá 
contratar sem antes licitar. 
Nas hipótesesde dispensa de licitação existe uma competição, nessas 
situações haverá mais de uma pessoa interessada em executar a obra, em prestar o 
serviço, em fornecer o bem. 
Licitação nem sempre representará a melhor alternativa para a contratação 
de um serviço, pois em alguns casos, a administração pública já tem conhecimento 
de qual pessoa física ou jurídica oferece melhor custo benefício. 
 
5.2 Inexigibilidade 
 
Nas hipóteses de inexigibilidade, ao contrário da dispensa de licitação, não 
haverá uma competição, daí porque não se justifica a licitação. 
Neste caso a administração pública faz a opção por contratar determinada 
pessoa física ou jurídica por considerar que um dos competidores apresenta 
qualidades particulares e peculiares que satisfazem a administração pública em grau 
elevado que faz com que os demais licitantes possíveis sejam descartados. 
 
 
32 
 
 
 
6 ORÇAMENTAÇÃO DE OBRAS 
 
Não existe uma norma que possa definir em minúcias a forma correta nem 
um roteiro para a elaboração de um orçamento de obra de forma que é necessário um 
determinado grau de conhecimento e experiência, por parte do orçamentista, daquele 
tipo de obra ao qual se refere o orçamento que esteja sendo elaborado. 
O orçamento bem feito de uma obra tem grande importância pois este faz 
uma previsão aproximada de qual o valor deverá ser investido para a execução do 
objeto, e dessa forma a ganhará grandes possibilidades de possuir um início e 
principalmente um fim haja visto que de nada adianta uma obra iniciada que seja 
paralisada por falta de recursos antes da mesma se dar por finalizada, sendo então 
orçamento uma ferramenta essencial para a análise da viabilidade. 
No caso de obras públicas é extremamente necessário que o seja 
elaborado um orçamento correto, de qualquer que seja a natureza da obra, para se 
evitar que a obra fique inacabada por falta de recursos gerando posteriormente ainda 
mais prejuízos para os cofres públicos e consequentemente para toda a população de 
seu país uma vez que é ela quem paga os impostos que são utilizados para financiar 
as obras. 
Ainda que se tenha total conhecimento do tipo de obra que se está orçando, 
é improvável que este orçamento consiga, ao final da obra, traduzir com total precisão 
o valor do investimento necessário para a sua conclusão pois durante o decorrer da 
obra podem existir várias ocorrências que acarretarão em acréscimos substanciais no 
valor final. 
A exemplo de fatores que podem influenciar para o aumento do valor da 
obra podem ser citados greves de ônibus, que minimamente gerarão atrasos dos 
funcionários aos postos de trabalho, dias de chuvas intensas que inviabilizam 
determinadas etapas que são executadas a céu aberto. 
Ao se precificar um serviço considera-se um determinado valor para cada 
um dos insumos de sua composição mas com o passar do tempo estes insumos 
tendem a sofrer variações nos seus valores, geralmente para montantes maiores. 
Ocorre também que aparecem problemas derivados dos projetos que 
juntamente com o caderno de especificações devem discriminar os serviços a serem 
33 
 
 
 
executados. Uma vez que os projetos deficientes poderão ocorrer durante a obra 
necessidades de readequações ou alterações de e consequentemente os orçamentos 
também sofrerão alterações. 
Se tratando de obras públicas a Lei de Licitações (Lei 8.666/1993) permite 
que uma licitação seja realizada somente com um projeto básico e com isto acaba 
ficando deficitário o processo de orçamentação devido ao fato de um projeto básico 
não conter detalhadamente todas as peças técnicas necessárias para servir de 
embasamento na elaboração de um orçamento com melhor aproveitamento gerando 
então os aditivos. 
Ao se terminar o orçamento de uma obra obtém-se uma relação de serviços 
com suas composições que servirão também para o dimensionamento do canteiro de 
obras além de classificar quais serão os custos diretos, como materiais e 
equipamentos, e os custos indiretos da obra, como materiais de segurança ou salários 
administrativos, assegurando então o custo global. 
Assim o orçamento será composto três grupos sendo eles os custos 
diretos, custos indiretos e BDI. 
 
6.1 Custos diretos 
 
Com a intensificação da concorrência entre as empresas estas se veem 
cada vez mais desconfortáveis em repassar os aumentos de preços dos seus custos 
de produção aos seus clientes. 
Os custos diretos de uma obra são aqueles que podem ser facilmente 
identificados e claramente relacionados com a execução de cada um dos serviços. De 
maneira geral pode-se dizer que os custos diretos serão todos aqueles custos já 
elencados nas composições unitárias de cada serviço. 
 
 
34 
 
 
 
Figura 1 – Composição de um insumo 
 
Fonte: TCPO 13, p. 95. 
Para que se consiga executar um serviço será necessário que se 
verifiquem os materiais aplicados neste serviço de acordo com o caderno de 
especificações, a mão-de-obra empregada para a aplicação destes materiais e os 
equipamentos necessários alguns procedimentos. 
Nos custos da mão-de-obra farão parte os salários dos funcionários, os 
encargos sociais e os encargos complementares. 
Nos custos dos equipamentos serão verificados os custos horários para a 
utilização de cada tipo de equipamento observando a depreciação destes, o valor do 
investimento deste equipamento, o consumo de combustível e gasto com manutenção 
devido ao uso e em algumas situações o valor pago ao operador do equipamento. No 
caso de aluguel de equipamentos majoritariamente ocorre do valor ser pago por uma 
unidade de tempo, com ou sem operador incluso e com ou sem reparo incluso, mas 
também podem ser feitos contratos de aluguel por empreitada, quando paga-se pelo 
serviço executado pelo locador ou através de um leasing que é quando se aplica uma 
taxa relacionada ao valor do equipamento sendo que o locatário poderá fazer a 
aquisição do equipamento posteriormente. 
 
35 
 
 
 
6.2 Custos indiretos 
 
Os custos indiretos são todos aqueles custos da obra que não são serviço 
propriamente ditos. Estes são relacionados através de estimativas e associações de 
forma aproximada sendo necessário a análise de diferentes critérios para então alocá-
los a cada um dos serviços. 
Ao se verificar as composições de custos dos serviços percebe-se que 
serão necessários alguns outros itens não elencados na composição mas que 
também consumirão recursos financeiros, podendo estes serem utilizados através de 
aquisição ou locação. 
Por serem variáveis e particulares de cada obra e inerentes à gestão de 
cada empresa, os custos diretos dificilmente serão os mesmos para duas empresas 
distintas de forma que é importante que a empresa tenha em seu banco de dados os 
índices reais praticados em suas obras passadas a fim de que os valores adotados 
sejam mais aproximados daquilo que será executado. 
A administração local da obra é um exemplo de custo indireto, pois o 
almoxarife, o engenheiro, o técnico de segurança entre outros não estão envolvidos 
diretamente na execução dos serviços mas são necessários para que os serviços se 
desenvolvam de forma correta. Os salários destes funcionários não estão nos custos 
diretos da obra. 
A mobilização e desmobilização de equipamentos são custos que devem 
ser previstos para a execução da obra porém estes custos também não fazem parte 
dos custos diretos. 
Portanto a quantificação dos custos indiretos deve ser elaborada com um 
olhar minucioso para o tipo de obra, o local na qual ela está sendo executada e a 
gestão da empresa para a mesma. 
 
6.3 Benefícios e despesas indiretas - BDI 
No BDI estão inclusas as despesas indiretas e o lucro da empresa. Para a 
composição das despesas indiretas podem estar inclusos a administração central, os 
riscos, o seguro e recursos em garantia, as despesas financeiras e os impostos que 
incidem sobre a nota fiscal da obra 
36 
 
 
 
“Art. 125 O custoglobal de obras e serviços de engenharia contratados e 
executados com recursos dos orçamentos da União será obtido a partir de 
composições de custos unitários, previstas no projeto, menores ou iguais à 
mediana de seus correspondentes no Sistema Nacional de Pesquisa de 
Custos e Índices da Construção Civil - SINAPI, mantido e divulgado, na 
internet, pela Caixa Econômica Federal e pelo IBGE, e, no caso de obras e 
serviços rodoviários, à tabela do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias - 
SICRO, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou 
que não possam ser considerados como de construção civil. 
§ 7º O preço de referência das obras e serviços de engenharia será aquele 
resultante da composição do custo unitário direto do sistema utilizado, 
acrescido do percentual de Benefícios e Despesas Indiretas - BDI, 
evidenciando em sua composição, no mínimo: 
I - taxa de rateio da administração central; 
II - percentuais de tributos incidentes sobre o preço do serviço, excluídos 
aqueles de natureza direta e personalística que oneram o contratado; 
III - taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento; e 
IV - taxa de lucro.” 
(Lei nº 12.465, de 12 de Agosto de 2011 – art. 125) 
No caso, as despesas geradas pela administração central deverão ser 
rateadas entre todas as obras gerando assim uma despesa que não aparece na 
composição de custo do serviço. 
Os riscos correspondem a uma taxa representativa com a intenção de se 
prever algumas ocorrências durante a obra e que por sua natureza imprevisível não 
puderam ser orçadas. 
Em alguns contratos o contratante faz a exigência de se fazer um seguro 
da obra e em outras situações exige que seja feito um depósito de recursos em 
garantia que só poderão ser reavistos no final da obra e sendo assim esse montante 
deverá ficar reservado para que seja feito essa garantia ou seguro. 
As despesas financeiras representam uma porcentagem que o valor 
aplicado na obra estaria rendendo em uma aplicação ou investimento correspondendo 
ao prejuízo desde o dia no qual ocorreu a retirada do dinheiro no banco, do 
desembolso, até o dia em que a empresa receberá o pagamento de suas medições 
após a conclusão dos serviços, havendo então um bloqueio de parte dos rendimentos 
daquele que seria o capital de giro e fluxo de caixa da empresa. 
A principal intensão de uma empresa ao realizar uma obra é a obtenção de 
lucro e o cálculo do BDI está justamente para que a remuneração pelos serviços 
executados seja feita de forma satisfatória para a empresa. 
 
37 
 
 
 
O Acórdão 2.369/2011-TCU-Plenário dita que o cálculo do BDI deverá ser 
feito através da fórmula: 
𝐵𝐷𝐼
1 𝐴𝐶 𝑆 𝑅 𝐺 1 𝐷𝐹 1 𝐿
1 𝐼
1 
 
Onde: 
𝐴𝐶= taxa de administração central 
𝑆 = taxa de seguros 
𝑅 = taxa de riscos 
𝐺 = taxa de garantias 
𝐷𝐹 = taxa de despesas financeiras 
𝐿 = taxa de lucro/remuneração 
𝐼 = taxa de incidência de impostos (PIS, COFINS, ISS e CPRB) 
 
A importância do bom orçamento se faz presente pois uma vez que 
calculado o BDI erroneamente, ou até mesmo os custos diretos e indiretos, isto 
acarretará na diminuição dos lucros da empresa. 
 
6.4 Encargos Sociais 
Sempre que se contrata um trabalhador alguns impostos começam a incidir 
sobre o salário deste gerando assim um custo adicional para a mão-de-obra além do 
primário. Alguns encargos são fixados por lei de modo que um percentual sobre o 
salário do funcionário porém a maioria só pode ser calculada através do 
reconhecimento do perfil dos funcionários por um modelo estatístico e das atividades 
executadas pela empresa. 
Existem encargos que devem ser pagos mensalmente como o INSS para 
a previdência social que pode variar em torno de 28,00% dependendo da localidade 
e do grau de risco da empresa contratante e o FGTS que é pago para o fundo de 
garantia e corresponde a 8,00% da remuneração dos trabalhadores, ou seja, 
mensalmente já se deve contar com esse somatório igual a 36,00% incidindo sobre o 
salário do funcionário. 
38 
 
 
 
Além dos recolhimentos mensais existem as provisões, ou pagamentos 
provisionados, que não necessariamente serão pagos todos os meses mas que 
devem ser recolhidos para usar posteriormente quando for necessário a exemplo das 
férias mais um terço. Todo trabalhador após completar doze meses de trabalho na 
empresa passa a ter direito a um mês de férias e nesse mês ele irá receber além do 
salário normal o mesmo receberá o adicional de um terço que para fins de provisão 
resulta em um recolhimento de 11,11%. 
O décimo terceiro salário é outra provisão que seve ser paga anualmente 
podendo ser parcelado entre novembro e dezembro e representa um custo mensal de 
8,33%. O FGTS Indenização corresponde ao valor de 4,00% é utilizado quando se 
demite um funcionário sem justa causa pois nessa situação deve-se ao funcionário a 
indenização correspondente a 50% do valor recolhido no fundo de garantia. 
Algumas situações de abstenção do trabalhador são vistas como faltas 
legais, como o alistamento militar, doação de sangue, exame vestibular e por exemplo, 
e devem der incluídas nas provisões mas seus valores irão variar dependendo dos 
perfis de funcionários contratados. Outra questão que também variável é licença 
paternidade, aplicada obviamente aos trabalhadores homens, quando este tem um 
filho e pode ficar afastado da empresa, o mesmo acontece para as mulheres no caso 
da licença maternidade. Esses benefícios são importantíssimos para a 
fundamentação da nossa sociedade mas prejudicam fortemente a produção de uma 
empresa e portanto devem ser contabilizados os custos para isso. 
Devido ao fato das obras serem periódicas, com datas programadas para 
início e término, devem ser verificados os custos indenizatórios. O aviso prévio 
indenizado via de regra corresponde a um mês de trabalho do profissional, e 
corresponde a um valor que o empregador deverá pagar ao funcionário ao romper o 
contrato de trabalho firmado entre ambos mas dependendo do tempo de trabalho do 
funcionário que esteja sendo demitido esta indenização pode corresponder a até 90 
dias de aviso prévio para o limite de 20 anos trabalhados na mesma empresa. 
Os trabalhadores têm direto a alguns outros benefícios que não são 
necessariamente considerados como encargos sociais mas sim como encargos 
complementares a exemplo do vale transporte, que leva em consideração em seu 
cálculo se o trabalhador usa ou não o transporte público, nesse caso a variação do 
39 
 
 
 
custo do vale transporte para a empresa está em função do salário do trabalhador e 
qual o valor o mesmo gasta para fazer esse transporte público sendo assim uma 
incógnita que varia com o perfil do funcionário. 
O vale refeição será contabilizado considerando o valor de uma refeição, a 
quantidade de funcionários e o percentual que o trabalhador contribui para isso, 
ficando a cargo da empresa através de acordos definir esses valores para que possam 
ser inseridos nos custos da obra. 
As assistências médicas, odontológica e eventualmente seguros de vida 
podem ser fornecidos pelas empresas assim como o padrão destas assistências 
também podem variar, e assim sendo o cálculo destes valores poderá ser feito de 
forma particular para cada empresa. 
Os uniformes e os EPI’s devem ser fornecidos pela empresa e dependem 
da situação e da realidade da empresa e sendo assim o seu custo irá variar 
considerando o tempo de uso de cada equipamento ocorrendo então apenas uma 
previsão estimada que deverá ser transformada em um percentual. 
 
6.5 Desoneração 
 
A desoneração é uma sistemática na qual o empregador substitui o 
recolhimento de 20% sobre a folha de pagamento para o INSS por a passa a pagar 
um percentual sobre o seu faturamento. 
No setor da construção civil esta desoneração se tornou uma vantagem 
para as empresas que possuam uma receita muito elevada com o pagamento de 
funcionários, quando os 20% recolhidos para oINSS são maiores que a porcentagem 
fixada pela lei. Nos casos de obras em que o gasto com material e equipamentos é 
muito maior que o gasto com funcionários, geralmente é inviável para a empresa que 
faça a opção pela desoneração. 
A atividade da construção civil nem sempre tem direito a desoneração do 
INSS. A lei nº 12.546 de 14 de dezembro de 2011 instituiu a Contribuição 
Previdenciária sobre a Receita Bruta - CPRB também conhecido como a desoneração 
da folha de salário e segundo este, as empresas enquadradas nessa sistemática 
40 
 
 
 
deixam de recolher aquela contribuição de 20% da parte patronal sobre a sua folha 
de salários e passam a recolher um percentual sobre o seu faturamento. 
A partir de dezembro de 2015 esse regime se tornou facultativo, ou seja, a 
empresas indicadas na referida lei passam a ter o direito de optar pelo recolhimento 
tradicional ou pelo recolhimento sobre a receita bruta. 
Na lei supracitada constam duas regras observadas pelas empresas que 
são critérios fundamentais para permitir ou não o enquadramento neste regime. 
Primeiramente é necessário que a atividade principal da empresa, através do seu 
CNAE, esteja listado dentro dos códigos permitidos de desoneração previstos em lei, 
e posteriormente é verificado se tal atividade foi aquela de maior faturamento no ano 
anterior, para que então seja possível a empresa optar pelo regime de desoneração 
da folha de salários. 
Por força de outra regra constante da Lei 12.546/2011 a base de cálculo 
para a CPRB será a receita bruta da empresa relativa a todas as suas atividades, ou 
seja, podendo optar e escolhendo o regime de desoneração em um determinado ano, 
todas as receitas desta empresa neste referido ano ficam sujeitas a tributação do INSS 
inclusive aquelas que se refiram a códigos de atividade CNAE que estejam fora das 
previsões da lei para a aplicação da desoneração. No início do ano a empresa deve 
optar pela desoneração ou não e esta escolha será mantida durante todo o ano, com 
o pagamento da DARF sobre a receita bruta do ano anterior. Para o setor da 
construção civil se aplica a alíquota de 4,5% 
 
6.6 Curva ABC de insumos 
 
Depois que se faz um orçamento é gerada uma lista de materiais e 
quantidade de materiais que serão utilizados nesta obra, sendo elencados em forma 
de relatório quais serão os itens mais relevantes na planilha, sendo discriminados os 
percentuais representativos de cada item de forma simples e acumulados. 
O termo ABC representa as faixas de classificação das representações dos 
valores dos serviços na obra orçada. A faixa “A” enquadra os serviços que 
representam até 50% dos valores dos serviços, a faixa “B” enquadra os serviços que 
41 
 
 
 
representam de 50% até 80% dos valores dos serviços e a faixa “C” são os demais 
serviços. 
A análise da Curva ABC é importante para se verificar quais serão os 
serviços, mão-de-obra ou materiais mais relevantes nos quais é necessária uma 
atenção maior para um caso de controle de obra ou para que seja feita uma alteração 
de especificações dos serviços pois mesmo que os desvios sejam pequenos nesses 
itens, gerarão impactos grandes no valor global. 
 
42 
 
 
 
7 OBRAS PÚBLICAS 
 
Obras públicas quase sempre consideradas pelas empresas do nosso país 
como sinônimos de problemas, algumas vezes por questões de corrupção, outras 
vezes por questões de projetos e planejamentos deficientes e outras vezes também 
por questões monetárias mas vale lembrar que nem todas as obras públicas são de 
fato feitas por meios corruptos. 
É comum encontrar no ramo da construção civil empresas que tenham 
aversão a obras públicas devido as inúmeras dificuldades que se travam durante o 
processo executivo deste tipo de investimento, todavia essas empresas deixam de 
participar das obras mais caras executadas no país que são as obras financiadas pelo 
governo e atualmente no Brasil grande parte das obras públicas que ainda estão 
acontecendo são decorrentes dos investimentos realizados através do Programa de 
Aceleração do Crescimento – PAC. 
 
7.1 Programa de aceleração do crescimento – PAC 
 
O Programa de Aceleração do Crescimento criado pelo governo federal em 
2007 era uma estratégia para o crescimento econômico do Brasil a qual utilizava-se 
de algumas políticas monetárias com foco em um crescimento acelerado para os 
quatro anos vindouros prioritariamente para as áreas de infraestrutura, em áreas como 
recursos hídricos, transporte, habitação, energia e saneamento. 
Criado pela governo vigente no ano de sua criação, o PAC tinha a intenção 
de mostrar pra o cidadão brasileiro as iniciativas que o governo tinha para acelerar 
sua gestão de maneira a entregar benefícios ao povo mais rapidamente sempre 
usando os recursos dos impostos e dos tributos tentando se equiparar ao crescimento 
econômico mundial, particularmente os países classificados até então com 
subdesenvolvidos e em desenvolvimento, que estava ocorrendo a taxas muito 
superiores daquele baixo crescimento da economia brasileira, abaixo até mesmo de 
países vizinhos da América do Sul. 
O maior volume de recursos aplicados adviria dos orçamentos das estatais, 
principalmente Petrobras e Eletrobrás e especialmente de linhas de financiamento que 
43 
 
 
 
seria colocadas a disposição da iniciativa privada para contratação através de 
operações do BNDES, Banco do Brasil e Banco do Nordeste. 
Medidas fiscais de longo prazo foram criadas e entre estas foram adotadas 
as desonerações monetárias para alguns setores econômicos, entre eles os setores 
da construção civil e infraestrutura. 
 
7.2 PAC Rio Anil 
 
O projeto PAC Rio Anil foi uma derivação do programa executado no 
Maranhão, mais precisamente em São Luís, sua capital. 
O objetivo principal foi a remoção das famílias que habitavam de forma 
precária as margens do Rio Anil com intervenções que inicialmente se estenderiam 
desde o bairro Camboa até o bairro Alemanha. 
 
Figura 2 – Objetivo do PAC Rio Anil 
Fonte: SECID. 
 
Dentre as obras de construção de habitação popular previstas para esse 
programa se encontra o Residencial Jomar Moraes, com a construção de 1.104 
unidades habitacionais, centro comunitário, praças e quadras esportivas. Esta obra 
tem por finalidade contemplar as famílias que moravam em palafitas às margens do 
Rio Anil ocupando irregularmente estas áreas de mangue. 
44 
 
 
 
8 RESIDENCIAL JOMAR MORAES 
 
Construído em um lote antes denominado Sítio Piranhenga, inserido na 
malha urbana próximo aos bairros Parque dos Nobres e Coroadinho, os 1.104 
apartamentos possuem a mesma área de aproximados 46,00m² sendo que 34 
unidades são destinadas àqueles com locomoção reduzida, idosos ou cadeirantes. 
Estes apartamentos se encontram distribuídos em 33 blocos de 04 pavimentos com 
32 unidades e 02 blocos de 03 pavimentos com 24 unidades. 
 
Figura 3 – Implantação do Residencial Jomar Moares 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
O empreendimento é dotado de toda a infraestrutura necessária para a boa 
qualidade da futura população que ali residirá. O traçado viário permite o acesso de 
linhas de transporte público e promove a acessibilidade através dos acessos e 
calçadas mais largas. 
Implantado em uma área total de 80.000,00 m², o empreendimento terá as 
seguintes áreas destinadas à implantação de equipamentos públicos e de uso comum: 
 
 Saúde, Educação e Cultura, 10.420,98 m²; 
 Área Verde e Recreação, 12.731,75 m²; 
 Reserva Urbana, 800,00 m²; 
 Áreas Comerciais, 2.658,48 m². 
 
45 
 
 
 
O abastecimento de água será realizado por meio de poço profundo e 
reservatório. A solução de esgotamento sanitário consiste na construção de rede 
coletora em todo o residencial e o tratamento através de uma Estação de Tratamento 
de Esgotos - ETE, dimensionada para receber todo efluente gerado. A operação e 
manutenção de todo o sistema, será de responsabilidade da Companhiade Água e 
Esgoto do Maranhão (CAEMA). 
 
8.1 Infraestrutura 
 
As fundações dos blocos de apartamentos foram executadas com radier de 
concreto protendido e espessura de 15cm. 
 
8.2 Supraestrutura 
 
A estrutura foi executada em alvenaria de bloco estrutural cerâmico, com 
as lajes do pavimento executada em concreto armado de FCK (resistência) indicada 
no projeto estrutural. Seguindo o projeto estrutural, onde se fez necessário, os blocos 
foram preenchidos com graute. As escadas foram construídas com concreto armado 
em lances únicos. 
 
8.3 Vedações 
 
As vedações, devida a natureza do projeto estrutural, foram executadas em 
bloco estrutural cerâmico com 14 centímetros de espessura sem considerar o 
revestimento. 
 
8.4 Cobertura 
 
A estrutura da cobertura foi composta por terças, caibros e ripas de 
madeira. A fixação das terças e demais peças foram através de chumbamento nas 
empenas de alvenaria e os pontaletes apoiados sobre peças de madeira distribuindo 
a carga sobre a paredes. No cobrimento do telhado de duas águas com inclinação de 
46 
 
 
 
30% foram usadas telhas cerâmicas tipo capa/canal sem a previsão se coleta de água 
pluvial por sistemas de calhas. 
 
8.5 Impermeabilização 
 
O radier foi executado com lona plástica na interface solo/radier e sobre o 
radier foi executado um contrapiso em argamassa de cimento e areia com 
impermeabilizantes. O revestimento externo do térreo, os baldrames e as três 
primeiras fiadas de alvenaria do térreo foram executados em argamassa de cimento 
e areia com impermeabilizantes. A área de serviço e o banheiro recebeu argamassa 
polimérica com tela estruturante. Os reservatórios foram impermeabilizados com 
manta asfáltica. 
 
8.6 Tratamentos 
 
As junta entre esquadrias assim como as juntas entre alvenaria e estrutura 
de concreto armado tiveram a aplicação de silicone de cura neutra em todos os vãos. 
 
8.7 Revestimentos, acabamentos e pinturas 
 
Nos pisos foram utilizados piso cerâmico branco 35x35cm e rodapé 
cerâmico de 6cm. Nas portas de entrada dos apartamentos foram utilizadas soleiras 
de mármore branco. As paredes do pavimento térreo foram rebocadas com cimento e 
areia, pintura pva nas áreas secas e revestimento cerâmico branco 35x35cm até 
1,50m de altura. O teto foi regularizado com gesso e recebeu posteriormente pintura 
pva. Nos pavimentos tipo as paredes das áreas secas foram emassadas com gesso 
e pintadas com tinta pva. 
Na quadra gramada foi plantada grama batatais, cercada com mureta de 
alvenaria e alambrado de tela de arame galvanizado até a altura de 3,70m. O 
playground recebeu lastro de areia. O centro comunitário teve suas paredes 
rebocadas com argamassa de cimento e areia, pintadas com tinta pva e piso em 
cerâmica branca 35x35cm. 
47 
 
 
 
8.8 Esquadrias 
 
As portas das áreas privativas são de madeira do tipo semi-oca 
industrializada com 1 folha de abrir. As portas de acesso dos blocos são de alumínio 
tipo veneziana e vidro liso incolor e duas folhas de abrir. 
As janelas foram confeccionadas em alumínio com duas folhas de correr 
simultâneas, vidro liso incolor com caixilho e fecho acoplados. 
 
8.9 Fechaduras 
 
Foram instaladas fechaduras em latão cromado, com maçaneta tipo 
alavanca, externa fixa, chave em cilindro espelho de chave separado, linha comercial. 
 
8.10 Batentes 
 
Os batentes das portas dos apartamentos foram executados em madeira, 
com acabamento em verniz, fixados com espuma expansiva, parafuso e bucha. As 
guarnições foram confeccionadas com o mesmo material e tiveram o mesmo 
acabamento envernizado. 
 
8.11 Corrimãos 
 
Os corrimãos foram executados em perfis metálicos de seção tubular com 
7,5cm, cantos boleados e fixados com grapas. 
 
8.12 Instalações elétricas 
 
Foram contemplados no projeto elétrico das unidades habitacionais 01 
ponto de telefone e 01 de campainha, 01 ponto de interfone, 01 ponto de antena e 08 
pontos tomadas de uso geral e 04 pontos de tomada de uso específico, e 1 ponto de 
iluminação com seu respectivo interruptor em cada cômodo. 
 
48 
 
 
 
8.13 Instalações hidrossanitárias 
 
Nas unidades habitacionais foram instalados nos banheiros 04 pontos de 
água fria e 04 pontos de esgoto. Na cozinha foram instalados 02 pontos de água fria 
e 01 de esgoto. Na área de serviço foram instalados 02 ponto de água fria e 03 pontos 
de esgoto. 
No centro comunitário foram instalados 06 pontos de água fria e 06 pontos 
de esgoto. 
 
8.14 Louças e metais 
 
A pia da cozinha, bancada e cuba, foram confeccionadas em mármore 
sintético nas dimensões de 1,20x0,50m com válvula, sifão em plástico e torneira em 
metal cromado. 
O lavatório do banheiro é do tipo suspenso sem coluna, em louça branca, 
fixados na parede com parafusos, arruelas e buchas. 
O vaso sanitário é do tipo bacia e caixa acoplada em louça branca. 
O tanque de lavar roupa é confeccionado em mármore sintético, com 
volume de 20 litros, com válvula, sifão em plástico e torneira em metal cromado. 
 
8.15 Terraplanagem 
 
Previamente foi executado um serviço de sondagem do tipo à percussão 
com determinação do Perfil Geotécnico e Geológico do sub-solo com informação da 
resistência da penetração do solo (NSPT).O acompanhamento topográfico esteve 
presente em todas as etapas da obra, procedendo à locação, marcação de offsets, 
verificação e conferência de cotas e alinhamentos definidos em projeto. A execução 
dos serviços topográficos foi feita a partir de dados fornecidos pelos projetos, 
utilizando-se referências locais e obedecendo ao RN considerados nos projetos. Os 
serviços topográficos foram documentados e arquivados. Foram realizados ensaios 
de umidade ótima e controle do grau de compactação para os aterros previstos nos 
49 
 
 
 
serviços de terraplenagem. Não foram necessárias medidas preventivas quanto à 
estabilidade do solo em edificações vizinhas devida a natureza do solo existente. 
Serão utilizados trator de esteiras, retroescavadeiras, escavadeiras, 
motoniveladoras, caçambas, caminhão pipa, rolo compactador liso e rolo compactador 
pé de carneiro. 
Se necessário, haverá contratação de serviços de empréstimo de solo e 
bota-fora, oriundos de jazidas devidamente legalizadas e autorizadas pela SEMA, com 
distância de transporte média de 3 KM. 
Será realizada a limpeza do terreno com remoção de espessura média de 
raspagem da camada vegetal superficial de 15 cm. 
 
8.16 Água potável 
 
O sistema de abastecimento de água é composto de captação através de 
poço artesiano, tratamento através de filtração e cloração, reservação em reservatório 
de compensação, cisterna e caixas d’água em cada prédio, com rede de distribuição 
em pvc pba. A captação é através de poço profundo, com potabilidade de acordo com 
as normas da ANVISA, preservando a vida útil do lençol freático de acordo com o 
projeto de poço artesiano e devidamente autorizado pela CAEMA. 
O sistema tem o tratamento de água através de filtração e cloração 
equipamentos instalados, junto ao poço, a adução e o recalque serão realizados por 
bomba submersa até o reservatório de compensação (exclusivo do loteamento), que 
possui capacidade para atender somente o loteamento em questão. 
O sistema possui um reservatório de compensação, que receberá adução 
do poço, alimentando a rede de distribuição que por sua vez alimentará as cisternas 
e caixas d’água de cada bloco. Os tubos e conexões são fabricados em pvc pba e 
com juntas elásticas. Reservatório de compensação foi executado em concreto 
armado. 
Reservatório superior de cada bloco foi confeccionado em alvenaria 
estrutural e impermeabilizado. 
Foram executadas as ligações domiciliares com tomada de água da rede, 
através de ramal predial, com montagem e instalação de cavalete, com a instalação 
50 
 
 
 
do hidrômetro fornecido pela construtora obedecendo o projeto de abastecimento de 
água. 
 
8.17 Instalações decombate a incêndio 
 
Derivando da rede de abastecimento foi apresentado junto ao CBMMA, 
aprovado e executado um sistema de implantação de hidrantes 
 
8.18 Esgotamento sanitário 
 
A coleta do esgoto será feita através de ramal predial que interligará os 
prédios a rede de coleta, que destinará os efluentes para a Estação Elevatória de 
Esgoto que recalcará para ponto de lançamento final conforme projeto. 
Os serviços de topografia relativos ao esgotamento sanitário serão 
realizados com a locação da rede através de marcos e offsets. 
Será utilizado tubos e conexões em PVC reforçado vinilfort com juntas 
elásticas. 
Na execução dos poços de visita e de inspeção será realizada escavação 
manual, lastros e lajes de fundo em concreto armado, alvenaria em bloco de concreto 
simples, revestimento com argamassa de cimento e areia no traço 1:5, com aditivo de 
impermeabilização, reaterro compactado e colocação de tampão em ferro fundido 
A declividade mínima da rede e a distância máxima entre poços de 
inspeção atenderão os requisitos contidos no projeto de esgotamento sanitário. 
Ponto de lançamento final será conforme projeto 
Ligações Domiciliares Conforme o projeto de esgotamento sanitário. 
 
8.19 Drenagem e águas pluviais 
 
Os arruamentos internos receberam rede de drenagem mista (superficial e 
tubular) através de meio-fio e sarjeta. Os serviços de topografia relativos à drenagem 
foram realizados com a locação da rede através de marcos e offsets. A sarjeta e meio-
51 
 
 
 
fio foram executados em concreto simples obedecendo a declividade mínima 
solicitada no projeto. 
As guias e sarjetas que serão utilizados serão executados com concreto 
moldados no local, guias e sarjetas monolíticas, com resistência mínima do concreto 
simples de 20 Mpa. 
 
8.20 Pavimentação, guias, sarjetas e sarjetões 
 
Foram realizados ensaios de umidade ótima e controle do grau de 
compactação para os aterros previstos nos serviços de pavimentação. Os serviços de 
topografia relativos à pavimentação foram realizados com a locação da rede através 
de marcos e offsets. Os pavimentos foram executados em AAUQ (Areia Asfalto 
Usinado a Quente) na espessura de 3 cm nas vias principais e TSD (Tratamento 
Superficial Duplo), nas vias secundárias. Para a pavimentação asfáltica, no pavimento 
será executado as camadas de sub-base e base na espessura de 20 cm cada, 
imprimação e revestimento asfáltico na espessura de 3 cm. 
 
8.21 Passeio público 
 
Os passeios públicos são do tipo piso cimentado na largura de 1,5 a 2,50m 
com espessura de 5 cm com juntas e declividade de seguindo as orientações dos 
projetos de arquitetura e drenagem. 
As vias de pedestre também foram executadas em piso cimentado na 
largura de 1,50m com espessura de 5 cm com juntas. O piso cimentado foi executado 
com argamassa de cimento e areia no traço de 1:6 com juntas riscadas, aplicadas 
sobre camada de matacoado. 
 
8.22 Energia e iluminação 
 
A rede de energia do loteamento é pública, tipo aérea. Os postes são 
confeccionados em concreto armado pré-moldado, com distância máxima de 40m 
52 
 
 
 
entre eles, executados pela própria CEMAR, iluminação pública com luminárias do 
tipo econômica com lâmpada vapor de mercúrio. 
Na iluminação externa estão sendo utilizadas luminárias do tipo econômica 
com lâmpada vapor de mercúrio, instaladas nos postes localizados na área interna do 
loteamento. 
 
8.23 Antena coletiva 
 
Foi instalada tubulação para antena de TV que atende os apartamentos, 
interligando o ponto em cada apartamento até a conexão geral localizada na cobertura 
de cada prédio. 
 
8.24 Telefone 
 
Foi instalada tubulação de telefone com fiação interligando o apartamento 
até a caixa de saída da Oi/Telemar conforme especificado no projeto 
 
8.25 Paisagismo 
Nas áreas permeáveis foi plantada grama tipo batatas desfiada. 
 
53 
 
 
 
9 INCC 
 
O Índice Nacional da Construção Civil é um índice de responsabilidade de 
Fundação Getúlio Vargas – FGV que tem o intuito de acompanhar e aferir o 
crescimento do custo da construção habitacional no país tomando como base 
atualmente a coleta de preços em 7 capitais nacionais, São Paulo, Rio de Janeiro, 
Belo horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília. 
Este índice é visto como um termômetro da atividade da construção civil na 
economia do país, sendo utilizado nos casos que couberem o reajuste anual de 
orçamentos licitados e contratados. 
Considerando um projeto padrão, verifica-se a composição de mão-de-obra 
e materiais do orçamento para a execução deste projeto, chamados de cesta de 
serviços, materiais e equipamentos das construções. Logo são verificados os índices 
da evolução dos custos nas sete capitais. 
Por ser calculado com base em um projeto padrão, este índice pode 
apresentar um desvio elevado em determinadas obras em virtude de aplicações de 
tecnologias diferentes, gabaritos, métodos e técnicas construtivas, materiais 
empregados e mão-de-obra especializados. 
Na elaboração do INCC, a FGV faz uma média ponderada dos valores 
coletados nas sete capitais e são subdividos em quatro categorias sendo elas mão-
de-obra, materiais, equipamentos e serviços. As categorias por sua vez também são 
subdivididas em grupos menores como no caso dos materiais que são divididos em 
acabamentos, instalações e estruturais. 
As construtoras têm o interesse de acompanhar a evolução do INCC pois 
além da fase de obra, este índice também reflete nas fases pós obra, por fazer parte 
da composição do Índice Geral de Preços (IGP), desta forma impactando nos valores 
de venda de um imóvel. 
Desta forma este trabalho vai mostrar o quanto um valor orçado para uma 
obra de grande porte pode se afastar dos valores realmente gastos durante a 
execução se considerada a veracidade dos índices publicados pela FGV. 
No caso específico da obra do Residencial Jomar Moraes, por questões 
contratuais exigidas pelo Ministério das Cidades, o valor contratado deverá se manter 
54 
 
 
 
congelado do início ao final da obra gerando assim ônus que a empresa deverá 
assumir por todo esse período. 
Sem nenhum tipo de reajuste, logicamente durante a execução, o valor 
orçado se afasta deste outro valor se atualizado fosse e para aferir estas discrepâncias 
será utilizado o acompanhamento por medição. 
A Fundação Getúlio Vargas divulga a tabela do INCC com sua evolução 
mensal e assim é possível de se obter a partir do mês de referência, no caso deste 
trabalho o mês de março de 2016. 
 
Gráfico 1 – Valores para a medição 01 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
A primeira medição ocorre 6 meses após a elaboração do orçamento-base 
já com um INCC acumulado de 4,89%. Este percentual incide apenas nos itens pagos 
em cada medição assim como no saldo de cada item incidirá o índice acumulado até 
a data em questão. 
Gradativamente as medições acontecem com o transcorrer da obra e 
inevitavelmente devido às cláusulas contratuais as diferenças entre valores medidos 
e valores atualizados sem acumulam gerando progressivos prejuízos à vista da 
construtora que se vê obrigada a acautelar os riscos provenientes da inflação 
R$2.881.922,56 
R$2.994.086,29 
R$112.163,73 
1
1ª MEDIÇÃO
DIFERENÇA VALOR CORRIGIDO VALOR MEDIDO
55 
 
 
 
resguardando a administração pública de assumirem os custos e os efeito financeiros 
que possam impactar sobre o montante devido. 
 
Gráfico 2 – Evolução das medições 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
Gráfico 3 – Distanciamento dos valores 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
Pode-se verificar que na medição 07 houve uma desaceleração no INCC 
chegando a causar uma deflação, porém não foi o suficiente para que os valores 
medidos e corrigidos se equiparassem. 
0,0%
1,0%
2,0%
3,0%
4,0%
5,0%
6,0%
7,0%
8,0%
9,0%
10,0%
 R$‐
 R$500.000,00
 R$1.000.000,00
 R$1.500.000,00
 R$2.000.000,00
 R$2.500.000,00
 R$3.000.000,00
 R$3.500.000,00
 R$4.000.000,00R$4.500.000,00
 R$5.000.000,00
M
ed
iç
ão
 0
1
M
ed
iç
ão
 0
2
M
ed
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ão
 0
3
M
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ão
 0
4
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ão
 0
5
M
ed
iç
ão
 0
6
M
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iç
ão
 0
7
M
ed
iç
ão
 0
8
M
ed
iç
ão
 0
9
M
ed
iç
ão
 1
0
M
ed
iç
ão
 1
1
M
ed
iç
ão
 1
2
M
ed
iç
ão
 1
3
M
ed
iç
ão
 1
4
M
ed
iç
ão
 1
5
M
ed
iç
ão
 1
6
M
ed
iç
ão
 1
7
M
ed
iç
ão
 1
8
Medições vs. INCC
VALOR MEDIDO INCC
 R$‐
 R$1.000.000,00
 R$2.000.000,00
 R$3.000.000,00
 R$4.000.000,00
 R$5.000.000,00
 R$6.000.000,00
M
ed
iç
ão
 0
1
M
ed
iç
ão
 0
2
M
ed
iç
ão
 0
3
M
ed
iç
ão
 0
4
M
ed
iç
ão
 0
5
M
ed
iç
ão
 0
6
M
ed
iç
ão
 0
7
M
ed
iç
ão
 0
8
M
ed
iç
ão
 0
9
M
ed
iç
ão
 1
0
M
ed
iç
ão
 1
1
M
ed
iç
ão
 1
2
M
ed
iç
ão
 1
3
M
ed
iç
ão
 1
4
M
ed
iç
ão
 1
5
M
ed
iç
ão
 1
6
M
ed
iç
ão
 1
7
M
ed
iç
ão
 1
8
Medido vs. Corrigido
VALOR MEDIDO VALOR CORRIGIDO
56 
 
 
 
Gráfico 4 – Ônus da empresa 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
Com o INCC acumulado de 9,30% até a medição 18, que se encontra 
distante do final da obra, é calculada com base no índice da Fundação Getúlio Vargas 
- FGV uma defasagem nos valores que geram a diferença próxima de R$ 
4.000.000,00(quatro milhões de reais) mostrando a consequência do congelamento 
do orçamento quando este não sofre nenhuma recomposição para o seu reequilíbrio 
físico-financeiro. 
O INCC é coletado em apenas 7 capitais nacionais e devido aos 
regionalismos e a outros itens já citados, este índice no caso de uma obra realizada 
no Maranhão pode não traduzir satisfatoriamente com completa dimensão os valores 
que seriam remanescentes. 
 
 
R$‐
R$10.000.000,00 
R$20.000.000,00 
R$30.000.000,00 
R$40.000.000,00 
R$50.000.000,00 
R$60.000.000,00 
R$70.000.000,00 
M
e
d
iç
ão
 0
1
M
e
d
iç
ão
 0
2
M
e
d
iç
ão
 0
3
M
e
d
iç
ão
 0
4
M
e
d
iç
ão
 0
5
M
e
d
iç
ão
 0
6
M
e
d
iç
ão
 0
7
M
e
d
iç
ão
 0
8
M
e
d
iç
ão
 0
9
M
e
d
iç
ão
 1
0
M
e
d
iç
ão
 1
1
M
e
d
iç
ão
 1
2
M
e
d
iç
ão
 1
3
M
e
d
iç
ão
 1
4
M
e
d
iç
ão
 1
5
M
e
d
iç
ão
 1
6
M
e
d
iç
ão
 1
7
M
e
d
iç
ão
 1
8
Diferença
VALOR MEDIDO ACUMULADO VALOR REAJUSTADO ACUMULADO
57 
 
 
 
10 SINAPI 
 
O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil 
– SINAPI é um sistema de responsabilidade da Caixa Econômica Federal – CEF e do 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – (IBGE) que tem por finalidade informar 
ao setor da construção civil os custos e índices dos insumos pertencentes às 
atividades deste setor econômico com um grau de detalhamento elevado de modo 
que o SINAPI passou a ser reconhecido como referência para a orçamentação pública 
após o Decreto nº 7.983, de 08 de abril de 2013. 
‘Art. 3º O custo global de referência de obras e serviços de engenharia, exceto 
os serviços e obras de infraestrutura de transporte, será obtido a partir das 
composições dos custos unitários previstas no projeto que integra o edital de 
licitação, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes nos custos 
unitários de referência do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices 
da Construção Civil – SINAPI, excetuados os itens caracterizados como 
montagem industrial ou que não possam ser considerados como de 
construção civil. 
Parágrafo único. O SINAPI deverá ser mantido pela Caixa Econômica Federal 
– CEF, segundo definições técnicas de engenharia da CEF e de pesquisa de 
preço realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.’ 
(Decreto n° 7.983/2013 - art. 3°) 
Com vista a ampliar a precisão da defasagem orçamentária gerada pelo 
congelamento do valor global será utilizado a metodologia de reajuste de preços 
aplicados concomitantemente em todas as medições. 
A metodologia de atualização de preços utilizada na elaboração do SINAPI 
permite concluir que este é um processo que permite considerar as particularidades 
pertinentes a cada obra. No sistema SINAPI os custos são atualizados mensalmente 
através de pesquisa realizada pelo IBGE com preços de mercado em todas as capitais 
nacionais para cerca de cinco mil composições. 
O SINAPI, desta forma, responde a contento o inquérito sobre as sequelas 
da manutenção de valor global de um orçamento até a conclusão por conseguir aferir 
as alterações de valores que acontecem nos custos de produção. 
 
 
 
58 
 
 
 
11 METODOLOGIA 
 
Este trabalho tem a intenção de aferir os custos da execução de uma obra 
de grande porte com os custos referenciados mensalmente pelo INCC e SINAPI a fim 
de se obter o custo que uma empresa pode arcar ao se propor uma obra com o 
congelamento de preços durante todo o período de sua execução. 
Para tanto é preciso que se faça um acompanhamento mensal, ou por 
medições, de acordo com o desembolso do agente financiador, para que se 
quantifique os percentuais dos itens que serão pagos e paralelamente se atualize os 
preços dos mesmos fazendo o relacionamento dos valores que estão sendo pagos 
com os valores congelados assim como dos valores “devidos” caso houvesse um 
reajuste a cada medição. 
Ao se dividir o valor da cesta de um determinado mês pelo valor da cesta 
referente ao mês anterior poderá se encontrar o índice de reajuste. Este índice reflete 
o quanto a cesta básica de serviços coletada pela FGV teve o seu valor alterado, 
podendo ocorrer uma inflação, como na maioria das situações, ou uma deflação como 
ocorrido entres os meses de março e abril de 2017, quando o aferido para este último 
mês foi de 0,999188, ou seja, 99,9188% do valor referente ao mês de março de 2017. 
Para o cálculo dos fatores de correção que se utilizaria para o INCC é 
necessário que se utilize a tabela fornecida pela FGV e se encontre para cada 
medição o índice total acumulado. Para se obter o índice total acumulado basta que 
se multiplique os índices dos reajustes desde o mês de referência, neste caso março 
de 2016 até o mês da medição em questão. 
 
59 
 
 
 
 
Quadro 1 – Índices de reajuste pelo INCC 
 
Fonte: Adaptado FGV, 2018. 
 
Até o presente foram realizadas 18 medições as quais se pôde verificar o 
avanço da execução da obra do Residencial Jomar Moraes. 
O SINAPI é atualizado mensalmente porém o mesmo só disponibiliza a 
tabela de um referido mês entre os dias 10 e 20 do mês seguinte, devido aos 
Mês de 
Refefência
Valor da Cesta 
(R$)
Indice de 
Reajuste
Indice de 
Reajuste 
Acumulado
03/2016 658,149 1 1
04/2016 660,853 1,004108492 1,004108492
05/2016 662,089 1,00187031 1,005986486
06/2016 672,156 1,015204904 1,021282415
07/2016 679,469 1,010879915 1,03239388
08/2016 681,23 1,00259173 1,035069566
09/2016 683,764 1,003719742 1,038919758
10/2016 684,955 1,001741829 1,040729379
11/2016 686,118 1,001697922 1,042496456
12/2016 688,61 1,003632028 1,046282833
01/2017 690,614 1,00291021 1,049327736
02/2017 694,258 1,005276464 1,054864476
03/2017 696,782 1,003635536 1,058699474
04/2017 696,216 0,999187694 1,057839486
05/2017 697,117 1,001294139 1,059208477
06/2017 706,596 1,013597431 1,073610991
07/2017 708,135 1,002178048 1,075949367
08/2017 710,954 1,003980879 1,080232592
09/2017 711,971 1,001430472 1,081777835
10/2017 713,354 1,001942495 1,083879182
11/2017 715,318 1,002753191 1,086863309
12/2017 716,287 1,001354642 1,08833562
01/2018 718,303 1,002814514 1,091398756
02/2018 719,332 1,001432543 1,092962232
60 
 
 
 
procedimentos internos de pesquisa, aferição e publicação dos itens pertencentes a 
sua base de dados. 
Para a aplicação dos valores reajustados do SINAPI em um orçamento cujo 
a quantidade de cada insumo fora levantada no início do mês, consequentemente só 
seria possível que se utilizasse o mês de referência de dois meses antecedentes, 
podendo acontecer assim que, para este estudo, um mesmo mês de referência do 
SINAPI se aplique em duas medições distintas. 
 
Quadro 2 – Datas dos levantamentos 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
Como mostrado na Tabela02, na oitava e nona medições devido à data de 
realização dos levantamentos para a entrada do pedido de medições, foi necessário 
que se utilizasse o mesmo mês de referência, traduzindo que para este período, neste 
estudo, considerou-se a estagnação dos preços. 
O INCC é publicado pela FGV sempre dentro dos últimos sete dias de cada 
mês, mas para efeito comparativo entre as duas metodologias adotadas, os índices 
referentes ao INCC aplicado nos reajustes das medições foram utilizados seguindo os 
mesmos índices adotados para o SINAPI. 
Nº DA 
MEDIÇÃO
MÊS DE REF. 
SINAPI
DATA DO 
LEVANTAMENTO
01 SET/16 31/10/2016
02 OUT/16 30/11/2016
03 NOV/16 30/12/2016
04 DEZ/16 30/01/2017
05 JAN/17 01/03/2017
06 FEV/17 31/03/2017
07 MAR/17 30/04/2017
08 ABR/17 31/05/2017
09 ABR/17 08/06/2017
10 MAI/17 30/06/2017
11 JUN/17 01/08/2017
12 JUL/17 01/09/2017
13 AGO/18 01/10/2017
14 SET/17 01/11/2017
15 NOV/17 30/12/2017
16 DEZ/17 31/01/2018
17 JAN/18 01/03/2018
18 FEV/18 02/04/2018
61 
 
 
 
Tabela 1 – Índices adotados para a metodologia do INCC 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
Neste estudo foi mantida a estrutura primária do orçamento original 
referente à execução da obra do Residencial Jomar Moraes e de forma complementar 
foram criadas as planilhas referentes a cada uma das medições. 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18
03/2016 1,00000000
04/2016 1,004108492
05/2016 1,00187031
06/2016 1,015204904
07/2016 1,010879915
08/2016 1,00259173
09/2016 1,003719742
10/2016 1,001741829
11/2016 1,001697922
12/2016 1,003632028
01/2017 1,00291021
02/2017 1,005276464
03/2017 1,003635536
04/2017 0,999187694
05/2017 1,001294139
06/2017 1,013597431
07/2017 1,002178048
08/2017 1,003980879
09/2017 1,001430472
10/2017 1,001942495
11/2017 1,002753191
12/2017 1,001354642
01/2018 1,002814514
02/2018 1,001432543
Mês 
Referência
Índices p/ 
reajuste
MEDIÇÕES
1
,0
8
0
2
3
2
5
9
2
1
,0
8
1
7
7
8
1
,0
8
6
8
6
3
3
0
9
1
,0
8
8
3
3
5
6
2
1
,0
9
1
3
9
8
7
5
6
1
,0
9
2
9
6
2
2
3
2
1
,0
5
8
6
9
9
4
7
4
1
,0
5
7
8
3
9
4
8
6
1
,0
5
7
8
3
9
4
8
6
1
,0
5
9
2
0
8
4
7
7
1
,0
7
3
6
1
0
9
9
1
1
,0
7
5
9
4
9
3
6
7
1
,0
3
8
9
1
9
7
5
8
1
,0
4
0
7
2
9
3
7
9
1
,0
4
2
4
9
6
4
5
6
1
,0
4
6
2
8
2
8
3
3
1
,0
4
9
3
2
7
7
3
6
1
,0
5
4
8
6
4
4
7
6
62 
 
 
 
Tabela 2 – Orçamento primário 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
O primeiro passo foi fazer a atualização dos preços de todos os serviços 
listados para o mês de referência da medição, neste estudo relacionados na coluna 
“R$ SINAPI”. 
Consequentemente calcularam-se os custos de cada serviço adotando os 
valores atualizados do SINAPI, neste estudo relacionados na coluna “Custo Proposto 
Total Reajust.”. 
Na sequência aplicaram-se os índices de medição individuais referentes a 
cada um dos serviços, neste estudo relacionados na coluna “Percentual Medido”. 
Dessa forma pôde-se aferir o valor pelo qual a empresa poderia ter sido 
paga caso a medição em questão tivesse o seu preço atualizado para o último mês 
de referência disponível do SINAPI até a data do levantamento dos dados, neste 
estudo relacionados na coluna “Valor Devido* SINAPI Reajust.”. 
Como os valores de todas as medições foram sempre referentes ao mês 
de março de 2016, foi necessário que constasse na planilha complementar o valor das 
medições reais, neste estudo relacionados na coluna “Valor Pago”. 
mar/16
SINAPI
Item Unidade
Quantidade 
Aprovada
INSUMO / 
COMPOSIÇÃO
Código
Custo Aprovado 
SINAPI
Custo Aprovado Total
1 SERVIÇOS PRELIMINARES E GERAIS 4.563.365,33
1.16 Administração Local 
1.16.1 Engenheiro       h/Uh 10.559,85 Composição 90779 105,80 1.117.232,13
1.16.2 Mestre de Obra h/Uh 21.120,05 Composição 90780 27,34 577.422,17
1.16.3 Encarregados h/Uh 52.799,95 Composição 90776 16,96 895.487,15
1.16.4 Almoxarife          h/Uh 10.559,85 Composição 90766 11,32 119.537,50
1.16.5 Técnico Edificações h/Uh 21.120,05 Composição 88255 22,66 478.580,33
1.16.6 Aux. Almoxarife h/Uh 10.559,85 Insumo 6121 7,29 76.981,31
1.16.7 Apontador h/Uh 31.679,90 Composição 90767 7,42 235.064,86
1.16.8 Técnico Segurança h/Uh 10.559,85 Composição 88255 22,66 239.286,20
1.16.9 Estagiários h/Uh 5.279,75 Insumo 34786 13,26 70.009,49
1.17 Movimentação, Transporte e Limpeza Permanente de Obra
1.17.1 Manipulador Telescopico h/Uh 8.764,70 Proponente Proponente 86,00 753.764,20
2 INFRA ESTRUTURA 3.695.405,29
2.1 Trabalhos com terra 303.013,60
2.1.3 Escavação manual campo aberto em solo exceto rocha até 2m de profundidade m³ 3.341,45 Composição 79478 29,15 97.403,27
2.1.4 Reaterro apiloado de valas com material da obra. m³ 831,60 Composição 74015/1 13,85 11.517,66
2.1.5 Bota‐fora de material excedente DMT até 10km m³xkm 16.632,00 Composição 72875 1,25 20.790,00
2.1.6 Locação da Obra m² 29.413,30 Composição 74077/3 3,96 116.476,67
2.1.7 Regularização e compactação da Base do Bloco  m2 17.325,00 Composição 5622 3,28 56.826,00
2.2 Fundações e outros serviços 3.392.391,70
2.2.1 Concreto Usinado FCK 30 mpa  m3 2.870,00 Composição 74157/4 412,11 1.182.755,70
2.2.2 Armação  CA‐60 / 50 para fundação kg 36.505,00 Composição 92916 8,42 307.372,10
2.2.3 Forma de Tábua ‐ tábua 0,23cm m2 1.594,25 Composição 74076/1 34,42 54.874,09
2.2.4 Lastro em Concreto Magro m3 166,95 Composição 83534 391,09 65.292,48
2.2.5 Contenção p/ reaterro radier c/ tijolos cerâmicos m2 7.240,80 Composição 87475 44,61 323.012,09
2.2.6 Chapisco sobre contenção m2 14.481,60 Composição 87869 2,50 36.204,00
2.2.7 Ensaio de Resist. À Compressão Simples em concreto un 700,00 Composição 74022/30 79,16 55.412,00
2.2.8 Lona Plástica                m2 17.325,00 Composição 68053 4,01 69.473,25
2.2.9 kg 42.280,00 Composição 79504/1 30,70 1.297.996,00
Descrição 
HABITAÇÃO
Cabos de protensão 1#12,7mm CP‐190 RB‐EP (Fornec. Cabos, protensão, corte, grout e 
demais acessórios)
RESIDENCIAL JOMAR MORAES
63 
 
 
 
Sendo assim foi possível dimensionar a disparidade, entre o “Valor Pago” 
e o “Valor Devido* SINAPI Reajust.” neste estudo relacionados na coluna “Diferença 
SINAPI”. 
Ainda dentro da mesma medição, foram calculados os valores de todos os 
serviços caso estes tivessem sido pagos com os seus preços atualizados pelo índice 
do INCC, neste estudo relacionados na coluna “Valor Devido* INCC”. 
De forma semelhante ao estudo realizado para o reajuste do SINAPI, 
dimensionaram-se as disparidades entre o “Valor Pago” e o “Valor Devido* INCC”, 
neste estudo relacionados na coluna “Diferença INCC”. 
 
Tabela 3 – Orçamento complementar 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
Neste orçamento foi adotado um BDI de 18,00% e sendo assim esse 
percentual teve que ser aplicado ao somatório no final de cada coluna para se verificar 
os valores dos custos. 
Ao final foi possível mensurar os totais de cada uma das suposições 
gerando na última linha dos orçamentos o custo total de construção. 
Medição 01
set/16 1,03892
SINAPI Acumulado INCC
Item R$ Sinapi
Custo Proposto Total 
Reajust.
Percentual 
Medido
Valor Devido* SINAPI 
Reajust.
Valor Pago Diferença SINAPI Valor Devido* INCC Diferença INCC
1 825.803,82 760.560,89 65.242,93 790.161,74 29.600,85
1.16
1.16.1 111,44 1.176.789,68 16,67 196.131,61 186.205,36 9.926,26 193.452,42 7.247,07
1.16.2 30,18 637.403,11 16,67 106.233,85 96.237,03 9.996,82 99.982,55 3.745,52
1.16.3 18,68 986.303,07 16,67 164.383,84 149.247,86 15.135,99 155.056,55 5.808,69
1.16.4 12,19 128.724,57 16,67 21.454,10 19.922,92 1.531,18 20.698,31 775,40
1.16.5 23,62 498.855,58 16,67 83.142,60 79.763,39 3.379,21 82.867,76 3.104,37
1.16.6 7,59 80.149,26 16,67 13.358,21 12.830,22 527,99 13.329,57 499,35
1.16.7 11,70 370.654,83 16,67 61.775,81 39.177,48 22.598,33 40.702,25 1.524,78
1.16.8 23,62 249.423,66 16,67 41.570,61 39.881,03 1.689,58 41.433,19 1.552,16
1.16.9 13,78 72.754,96 16,67 12.125,83 11.668,25 457,58 12.122,37 454,13
1.17
1.17.1 86,00 753.764,20 16,67 125.627,37 125.627,37 0,00 130.516,75 4.889,392 445.019,24 402.275,23 42.744,00 417.931,69 15.656,45
2.1 169.181,57 129.832,56 39.349,01 134.885,61 5.053,05
2.1.3 40,29 134.627,02 54,29 73.083,24 52.876,06 20.207,18 54.933,98 2.057,92
2.1.4 15,16 12.607,06 54,29 6.843,83 6.252,44 591,39 6.495,79 243,34
2.1.5 1,02 16.964,64 54,29 9.209,38 11.286,00 ‐2.076,62  11.725,25 439,25
2.1.6 4,15 122.065,20 34,29 41.850,92 39.934,86 1.916,07 41.489,11 1.554,26
2.1.7 6,43 111.399,75 34,29 38.194,20 19.483,20 18.711,00 20.241,48 758,28
2.2 275.837,67 272.442,67 3.394,99 283.046,08 10.603,40
2.2.1 412,11 1.182.755,70 11,43 135.172,08 135.172,08 0,00 140.432,94 5.260,86
2.2.2 8,81 321.609,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.2.3 36,82 58.700,29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.2.4 398,79 66.577,99 34,29 22.826,74 22.385,99 440,75 23.257,25 871,26
2.2.5 45,76 331.339,01 34,29 113.601,95 110.747,00 2.854,94 115.057,25 4.310,25
2.2.6 2,56 37.072,90 11,43 4.236,90 4.137,60 99,30 4.298,63 161,03
2.2.7 80,80 56.560,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.2.8 4,37 75.710,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.2.9 32,12 1.358.033,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
64 
 
 
 
Tabela 4 – Custo total de construção por medição 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
De posse de todas as medições com os custos originais e atualizados pelo 
SINAPI e INCC, a fim de se conhecer o quão distante ficaram as curvas dos 
levantamentos de custos foi necessário que se reunisse em uma mesma planilha os 
valores reais pagos acumulados, os valores devidos reajustados pelo INCC 
acumulados e os valores devidos reajustados pelo SINAPI acumulados. 
 
Tabela 5 – Valores acumulados 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
Na segunda medição, observou-se que devido à queda dos preços 
principalmente dos insumos referentes a transporte de material para aterro, 
espalhamento de material e expurgo de material excedente dmt 15 km c/ caminhão 
basculante, se atualizado a metodologia adotada fosse a metodologia de reajuste pelo 
Medição 01
set/16 1,03892%
SINAPI Acumulado INCC
Item R$ Sinapi
Custo Proposto Total 
Reajust.
Percentual 
Medido
Valor Devido* SINAPI 
Reajust.
Valor Pago Diferença SINAPI Valor Devido* INCC Diferença INCC
18,00% 18,00% 18,00% 18,00% 18,00%
2.952.675,98 2.881.922,56 70.753,43 2.994.086,29 112.163,73
BDI
CUSTO TOTAL
Medição Valor Pago
Valor Pago 
Acumulado
Índice 
Acumulado INCC
Valor Devido* 
INCC
Valor Devido* 
INCC Acumulado
Valor Devido* 
SINAPI
Valor Devido* 
SINAPI 
Acumulado
01 2.881.922,56R$     2.881.922,56R$     1,038919758 2.994.086,29R$     2.994.086,29R$     2.952.675,98R$     2.952.675,98R$    
02 2.477.873,86R$     5.359.796,41R$     1,040729379 2.578.796,12R$     5.572.882,41R$     2.392.548,20R$     5.345.224,19R$    
03 579.152,72R$         5.938.949,14R$     1,042496456 603.764,66R$         6.176.647,07R$     625.989,13R$         5.971.213,31R$    
04 1.457.419,89R$     7.396.369,02R$     1,046282833 1.524.873,41R$     7.701.520,48R$     1.491.865,15R$     7.463.078,47R$    
05 1.652.996,11R$     9.049.365,14R$     1,049327736 1.734.534,67R$     9.436.055,14R$     1.707.953,16R$     9.171.031,63R$    
06 2.885.313,05R$     11.934.678,18R$   1,054864476 3.043.614,24R$     12.479.669,38R$   2.980.572,98R$     12.151.604,61R$  
07 1.938.989,10R$     13.873.667,29R$   1,058699474 2.052.806,74R$     14.532.476,12R$   2.027.276,31R$     14.178.880,92R$  
08 3.062.071,51R$     16.935.738,80R$   1,057839486 3.239.180,16R$     17.771.656,28R$   3.201.738,44R$     17.380.619,36R$  
09 3.257.004,02R$     20.192.742,82R$   1,057839486 3.445.387,46R$     21.217.043,74R$   3.424.715,78R$     20.805.335,14R$  
10 3.241.220,50R$     23.433.963,32R$   1,059208477 3.433.128,23R$     24.650.171,96R$   3.341.964,67R$     24.147.299,81R$  
11 4.503.324,01R$     27.937.287,33R$   1,073610991 4.834.818,15R$     29.484.990,12R$   4.766.592,05R$     28.913.891,86R$  
12 4.262.175,87R$     32.199.463,20R$   1,075949367 4.585.885,43R$     34.070.875,55R$   4.421.600,79R$     33.335.492,66R$  
13 4.408.158,10R$     36.607.621,30R$   1,080232592 4.761.836,05R$     38.832.711,60R$   4.557.753,66R$     37.893.246,31R$  
14 4.666.733,72R$     41.274.355,02R$   1,081777835 5.048.369,09R$     43.881.080,70R$   4.873.128,85R$     42.766.375,16R$  
15 3.719.667,78R$     44.994.022,80R$   1,086863309 4.042.770,43R$     47.923.851,12R$   3.863.209,72R$     46.629.584,88R$  
16 3.510.665,20R$     48.504.687,99R$   1,08833562 3.820.781,99R$     51.744.633,11R$   3.875.607,44R$     50.505.192,32R$  
17 3.282.273,38R$     51.786.961,37R$   1,091398756 3.582.269,08R$     55.326.902,19R$   3.503.029,01R$     54.008.221,33R$  
18 4.114.715,30R$     55.901.676,67R$   1,092962232 4.497.228,42R$     59.824.130,61R$   4.531.332,15R$     58.539.553,49R$  
65 
 
 
 
SINAPI, nesta medição haveria um desconto de R$ 85.325,65 (oitenta e cinco mil, 
trezentos e vinte e cinco reais e sessenta e cinco centavos) superando assim uma alta 
dos demais insumos com valorização inflacionada referente a sete meses, neste caso, 
de março até outubro de 2016 . 
O valor da obra está previsto para R$ 76.498.914,55 (setenta e seis 
milhões, quatrocentos e noventa e oito mil, novecentos e quatorze reais e cinquenta 
e cinco centavos e mesmo antes do final desta já se observa a realidade enfrentada 
por uma empresa ao assumir este tipo de contrato no qual os preços se mantêm 
congelados do início ao término. 
Até a décima oitava medição já foram pagos R$ 55.901.676,67(cinquenta 
e cinco milhões, novecentos e um mil, seiscentos e setenta e seis reais e sessenta e 
sete centavos. Caso as medições tivessem sido pagas utilizando a metodologia de 
reajuste pelo SINAPI, teria sido pago o montante de R$ 58.539.553,49 (cinquenta e 
oito milhões, quinhentos e trinta e nove mil, quinhentos e cinquenta e três reais e 
quarenta e nove centavos. Caso as medições tivessem sido pagas utilizando a 
metodologia de reajuste pelo INCC, teria sido pago o montante de R$ 59.824.130,61 
(cinquenta e nove milhões, oitocentos e vinte e quatro mil, cento e trinta reais e 
sessenta e um centavos). 
Durante todas as planilhas se observa que ao se adotar o INCC, se obtém 
custos mais elevados do que aqueles encontrados quando se faz o reajuste dos 
insumos pelo SINAPI. 
O SINAPI por ter a sua coleta de preços no Maranhão e mais precisamente 
em São Luís, local da obra em estudo, acaba refletindo com mais fidelidade a 
realidade dos preços praticados, haja visto que os fatores das regionalidades 
influenciam fortemente nas composições unitárias dos serviços. O INCC tem apenas 
duas capitais no Nordeste nas quais são pesquisados os custos da sua cesta básica 
de serviços, sendo elas Salvador e Recife, ainda assim muito distantes e de realidades 
distintas. 
 
66 
 
 
 
Gráfico 5 – Descolamento das curvas 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
Através do valor original da obra relacionado com o valor total pago até a 
décima oitava medição aferiu-se que a obra se encontra com 73,08% executado. 
Fazendo-se uma projeção linear é possível concluir que ao final da obra seria pago o 
montante de R$ 79.778.897,05 (setenta e nove milhões, setecentos e setenta e oito 
mil, oitocentos e noventa e sete reais e cinco centavos) utilizando-se o reajuste do 
SINAPI, um acréscimo de 4,29%. 
Da mesma forma, utilizando-se o INCC, o montante pago seria de R$ 
81.679.745,63 (oitenta e um milhões, seiscentos e setenta e nove mil, setecentos e 
quarenta e cinco reais e sessenta e três centavos), um acréscimo de 6,77%. 
 
 
 R$‐
 R$10.000.000,00
 R$20.000.000,00
 R$30.000.000,00
 R$40.000.000,00
 R$50.000.000,00
 R$60.000.000,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Valor Pago Acumulado Valor Devido* INCC Acumulado
Valor Devido* SINAPI Acumulado
67 
 
 
 
Tabela 6 – Representativos da defasagem 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
12 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS 
 
12.1 Conclusão 
 
Esta análise exploratória demonstrouos impactos do congelamento de 
preços utilizando duas metodologias de pagamento que não são previstas em lei. 
Constatou-se que ao se fazer o reajuste do preço de um determinado 
serviço aplicando-se os índices fornecidos pela Fundação Getúlio Vargas através do 
INCC obter-se-ão valores superiores àqueles reajustes aplicados com a referência do 
SINAPI. 
Ainda que possa ocorrer entre deflação entre um mês e outro, como 
ocorreu, para um prazo de execução tão extenso quanto o tratado neste estudo a 
tendência é que os preços iniciais se tornem defasados logo nas primeiras medições. 
Desta maneira, a empresa toma para si os custos do congelamento dos 
preços. Aos olhos externos, sempre que a empresa recebe uma medição, ela está 
sendo bem paga e somando lucros. Aos olhos do empresário, quando este observa 
que o justo seria receber o valor atualizado nas suas medições, aquela diferença que 
não é paga é vista como prejuízo. 
 
12.2 Recomendações para trabalhos futuros 
 
Valor Pago 
Acumulado
Valor Devido* 
INCC Acumulado
Valor Devido* 
SINAPI 
Acumulado
Medição 18 55.901.676,67R$   59.824.130,61R$   58.539.553,49R$  
% Executado 73,08% 73,08% 73,08%
Previsão de 
Valor Final
76.498.914,55R$   81.679.745,63R$   79.778.897,05R$  
% FINAL 100,00% 106,77% 104,29%
68 
 
 
 
Com o desenvolvimento da pesquisa e com a descoberta de pormenores 
durante os estudos, sugiram alguns questionamentos que poderiam dar continuidade 
a este trabalho. 
 Quais seriam as diferenças entre os orçamentos reajustados pelo SINAPI e 
INCC em uma das capitais onde são feitas as coletas de preços para a 
composição da cesta básica do INCC pela Fundação Getúlio Vargas? 
 É observado que a medida aumenta o número de participantes em um 
processo licitatório, maior é a tendência do objeto licitado ser contratado por 
um preço menor. Se assim for, quais seriam os descontos ofertados 
relacionados com a quantidade de participantes? Valeria a pena, a União 
mudar a metodologia de medição, com o intuito de atrair mais licitantes, sendo 
que os valores sofreriam reajustes, porém o valor contratado seria menor? 
 No Maranhão, além do SINAPI, é comum se observar o uso do ORSE. Quais 
seriam as discrepâncias entre orçamentos elaborados apenas com o ORSE e 
orçamentos elaborados apenas com o SINAPI? 
 
69 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Araújo Netto, Edmir. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva,2012. 
 
Boseli, Paulo. Simplificando as licitações: (inclusive o pregão). 2 ed. São Paulo: 
Edicta, 2002. 
 
BRASIL. LEI Nº 12.465, DE 12 DE AGOSTO DE 2011. Dispõe sobre as diretrizes para 
a elaboração e execução da Lei Orçamentária de 2012 e dá outras providências. 
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/lei/l12465.htm. Acesso em: 12/11/2017. 
 
BRASIL. LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, 
da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração 
Pública e dá outras providências. Disponível em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm. Acesso em: 12/11/2017. 
 
BRASIL. LEI Nº 10.192, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2001. Dispõe sobre medidas 
complementares ao Plano Real e dá outras providências. Disponível em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10192.htm. Acesso em: 
12/11/2017. 
 
BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. 
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. 
Acesso em 12/11/2017. 
 
BRASIL. DECRETO Nº 7.983, DE 8 DE ABRIL DE 2013. Disponível em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/decreto/D7983.htm. Acesso 
em 12/11/2017. 
 
PINI. TCPO: Tabelas de composições de preços para orçamentos. 13 ed. São Paulo: 
Editora PINI, 2008. 
 
PROJETO PAC RIO ANIL OBJETIVO. Disponível em: 
http://www.secid.ma.gov.br/pac/ Acesso: 22/05/18 às 20:55. 
 
70 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICES 
 
71 
 
 
 
Apêndice A – Orçamento original do Residencial Jomar Moraes 
 
 
 
72 
 
 
 
 
 
73 
 
 
 
 
 
74 
 
 
 
 
 
75 
 
 
 
 
 
76 
 
 
 
 
 
77 
 
 
 
 
 
78 
 
 
 
 
 
79 
 
 
 
Apêndice B – Medição 01 
 
 
80 
 
 
 
 
 
 
81 
 
 
 
 
 
 
82 
 
 
 
 
 
 
83 
 
 
 
 
 
 
84 
 
 
 
 
 
 
85 
 
 
 
 
 
 
86 
 
 
 
 
 
 
87 
 
 
 
Apêndice C – Medição 02 
 
 
88 
 
 
 
 
 
 
89 
 
 
 
 
 
 
90 
 
 
 
 
 
 
91 
 
 
 
 
 
 
92 
 
 
 
 
 
 
93 
 
 
 
 
 
 
94 
 
 
 
 
 
 
95 
 
 
 
Apêndice D – Medição 03 
 
 
96 
 
 
 
 
 
 
97 
 
 
 
 
 
 
98 
 
 
 
 
 
 
99 
 
 
 
 
 
 
100 
 
 
 
 
 
 
101 
 
 
 
 
 
 
102 
 
 
 
 
 
 
103 
 
 
 
Apêndice E – Medição 04 
 
 
104 
 
 
 
 
 
 
105 
 
 
 
 
 
 
106 
 
 
 
 
 
 
107 
 
 
 
 
 
 
108 
 
 
 
 
 
 
109 
 
 
 
 
 
 
110 
 
 
 
 
 
 
111 
 
 
 
Apêndice F – Medição 05 
 
 
112 
 
 
 
 
 
 
113 
 
 
 
 
 
 
114 
 
 
 
 
 
 
115 
 
 
 
 
 
 
116 
 
 
 
 
 
 
117 
 
 
 
 
 
 
118 
 
 
 
 
 
 
119 
 
 
 
Apêndice G – Medição 06 
 
 
120 
 
 
 
 
 
 
121 
 
 
 
 
 
 
122 
 
 
 
 
 
 
123 
 
 
 
 
 
 
124 
 
 
 
 
 
 
125 
 
 
 
 
 
 
126 
 
 
 
 
 
 
127 
 
 
 
Apêndice H – Medição 07 
 
 
128 
 
 
 
 
 
 
129 
 
 
 
 
 
 
130 
 
 
 
 
 
 
131 
 
 
 
 
 
 
132 
 
 
 
 
 
 
133 
 
 
 
 
 
 
134 
 
 
 
 
 
 
135 
 
 
 
Apêndice I – Medição 08 
 
 
136 
 
 
 
 
 
 
137 
 
 
 
 
 
 
138 
 
 
 
 
 
 
139 
 
 
 
 
 
 
140 
 
 
 
 
 
 
141 
 
 
 
 
 
 
142 
 
 
 
 
 
 
143 
 
 
 
Apêndice J – Medição 09 
 
 
144 
 
 
 
 
 
 
145 
 
 
 
 
 
 
146 
 
 
 
 
 
 
147 
 
 
 
 
 
 
148 
 
 
 
 
 
 
149 
 
 
 
 
 
 
150 
 
 
 
 
 
 
151 
 
 
 
Apêndice K – Medição 10 
 
 
152 
 
 
 
 
 
 
153 
 
 
 
 
 
 
154 
 
 
 
 
 
 
155 
 
 
 
 
 
 
156 
 
 
 
 
 
 
157 
 
 
 
 
 
 
158 
 
 
 
 
 
 
159 
 
 
 
Apêndice L – Medição 11 
 
 
160 
 
 
 
 
 
 
161 
 
 
 
 
 
 
 
 
162 
 
 
 
 
 
 
163 
 
 
 
 
 
 
164 
 
 
 
 
 
 
165 
 
 
 
 
 
 
166 
 
 
 
 
167 
 
 
 
Apêndice M – Medição 12 
 
 
168 
 
 
 
 
 
 
169 
 
 
 
 
 
 
170 
 
 
 
 
 
 
 
171 
 
 
 
 
 
 
172 
 
 
 
 
 
 
173 
 
 
 
 
 
 
174 
 
 
 
 
 
 
175 
 
 
 
Apêndice N – Medição 13 
 
 
176 
 
 
 
 
 
 
177 
 
 
 
 
 
 
178 
 
 
 
 
 
 
179 
 
 
 
 
 
 
180 
 
 
 
 
 
 
181 
 
 
 
 
 
 
182 
 
 
 
 
 
 
183 
 
 
 
Apêndice O – Medição 14 
 
 
184 
 
 
 
 
 
 
185 
 
 
 
 
 
 
186 
 
 
 
 
 
 
187 
 
 
 
 
 
 
188 
 
 
 
 
 
 
189 
 
 
 
 
 
 
190 
 
 
 
 
 
 
191 
 
 
 
Apêndice P – Medição 15 
 
 
192 
 
 
 
 
 
 
193 
 
 
 
 
194 
 
 
 
 
 
 
 
 
195 
 
 
 
 
 
 
196 
 
 
 
 
 
 
197 
 
 
 
 
 
 
198 
 
 
 
 
 
 
199 
 
 
 
Apêndice Q – Medição 16 
 
 
200 
 
 
 
 
 
 
201 
 
 
 
 
 
202 
 
 
 
 
203 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
204 
 
 
 
 
 
 
205 
 
 
 
 
 
 
206 
 
 
 
 
 
 
207 
 
 
 
Apêndice R – Medição 17 
 
 
208 
 
 
 
 
 
 
209 
 
 
 
 
 
 
210 
 
 
 
 
 
 
 
 
211 
 
 
 
 
 
 
212 
 
 
 
 
 
 
213 
 
 
 
 
 
 
214 
 
 
 
 
 
 
215 
 
 
 
Apêndice S – Medição 18 
 
 
216 
 
 
 
 
 
 
217 
 
 
 
 
 
218 
 
 
 
 
 
 
 
219 
 
 
 
 
 
 
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