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ANOTAÇÃO RECURSOS P1

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RECURSOS 
• CONCEITOS FUNDAMENTAIS: 
‣ JURISDIÇÃO: 
☻ é uma função, que é exercida por um poder 
(judiciário) de forma típica e tem como 
finalidade a solução de conflitos. 
☻o poder Estatal por meio da jurisdição 
soluciona os conflitos, por meio da provocação 
da parte interessada (P.I) 
☻tem-se a provocação através da P.I 
☻ o Estado utilizando-se da provocação e da 
formação do processo, ele vai se valer do 
processo para exercer a jurisdição 
☻ processo = instrumento (para o exercício do 
direito de ação) 
☻ jurisdição é uma hetero composição 
☻autocomposição: as próprias partes resolvem 
os conflitos (OBS: a autocomposição é 
importante para os recursos, pois as partes podem 
a qualquer tempo e em qualquer grau de 
jurisdição transigir/conciliar) 
☻heterocomposição: um terceiro resolve o 
conflito 
‣ COMPETENCIA: 
☻ limite dentro do qual cada órgão pode exercer 
a jurisdição 
☻ OBS: dentro dos recursos é importante a 
competência funcional 
☻competência funcional: tem-se uma divisão de 
tarefas (funções) dentro do mesmo processo 
‣ AÇÃO: 
☻direito de ação: compreende todos os direitos 
e todas as garantias inerentes ao direito de acesso 
à justiça 
☻ recurso é um desdobramento do direito de 
ação, pois ao recorrer está exercendo o direito ao 
contraditório 
‣ PROCESSO: 
☻relação jurídica triangular entre o autor, estado 
e réu 
☻por meio dele o Estado ordena os atos 
• RITOS PROCESSUAIS 
(procedimentos) 
☻proc. Comum = padrão estabelecido no código 
de processo civil 
☻proc. Especiais: previstos no CPC 
☻possibilidade de as partes negociarem 
mudanças nos procedimentos 
☻a depender do rito e da lei de regência, ter-se a 
um sistema recursal próprio 
 
• FASES DO PROCESSO 
☻postulatória: manifestações iniciais 
☻saneamento: fase que o juiz vai definir sobre o 
que vai recair a atividade probatória 
☻instrutória: produção de provas 
☻decisória: 
 
1 PRONUNCIAMENTOS 
JUDICIAIS 
☻ é necessário saber identificar o pronunciamento, 
pois se não souber atrapalha o andamento do processo, 
uma vez que, não vai ser possível identificar o recurso 
cabível para aquele processo 
☻tem caráter decisório = sentença ou decisão 
interlocutória 
☻não tem caráter decisório - despacho 
■ Sentenças (art. 203, §1°, CPC/15) 
▪ CPC/73: art. 162, §° - (“ato pelo qual o juiz 
põe termo ao processo”; reforma de 2005: 
267 ou 269) 
▪ Art. 316, CPC/ 15 (conteúdo + finalidade) 
☻põe fim a fase cognitiva 
☻extingue a execução 
■ Decisões Interlocutórias (art. 162, 
§2°; art. 203, §2°, CPC/15) 
▪ Exclusão de litisconsorte; parcial de 
mérito; indeferimento parcial na inicial; 
decadência de um dos pedidos 
☻ tudo o que não for sentença 
■ Despachos (art. 203, §3°, CPC/15) 
☻pronunciamento judicial sem caráter decisório 
= o juiz não decide nada 
☻ serve apenas para impulsionar o processo 
☻EM REGRA, não cabe recurso em despacho 
(se o juiz não decide nada não se tem o que 
impugnar), entretanto, se causar prejuízo a parte 
é possível de ser recorrível 
■ Acórdãos (art. 204, CPC/15) 
☻decisões colegiadas no tribunal 
☻ em regra, quando o processo seja no tribunal 
deve ser julgado por um colegiado, isto é, vários 
julgadores para uma causa só 
☻ cada julgador dar seu voto 
☻acordão é o entendimento/conclusão sobre 
aquele processo 
☻o acordão resume o julgamento 
■ Decisões monocráticas 
☻ decisão que o relator toma sozinho 
 
2 TEORIA GERAL DOS 
RECURSOS – ARTS. 1009 A 1014, 
CPC/15 
■ Conceito: “Remédio voluntário e 
idôneo a ensejar, dentro do mesmo 
processo, a reforma, a invalidação, o 
esclarecimento ou a integração de 
decisão judicial que se impugna” 
(Barbosa Moreira, in Comentários ao 
Código de Processo Civil) 
☻ para ser recurso precisa estar taxativamente na 
lei como tal 
☻ voluntário: só se fala em recurso quando a 
parte quer recorrer, isto é, cabe a parte escolher 
se recorre ou não da decisão 
☻ não existe recurso de oficio 
☻EFEITOS: reforma, invalidação, 
esclarecimento ou integração 
☻ o recurso prolonga o estado de litispendência 
(quando a lide ainda está passível de solução), 
impedindo o trânsito em julgado e não instaura 
processo novo 
☻não cabe recurso em coisa julgada 
☻reforma: busca-se a reforma quando se tem 
algum vicio de julgamento/ algum erro no 
julgamento do juiz na causa 
☻ invalidação: busca-se quando existi um vício 
no procedimento, como exemplo, nulidade de 
citação 
☻esclarecimento: busca-se quando a decisão é 
obscura, isto é, quando ela é de difícil 
compreensão 
☻ integração: quando se tem duas causas de 
pedir e o juiz não aprecia as duas, então, se ele 
deixa de apreciar a decisão é omissa, e se ela é 
omissa precisa ser integralizada 
(citra petita = decide menos do que deveria/ 
caracteriza um vício) 
 
▪ Correção de erro material (CPC/15) 
☻erro material: algum erro na decisão 
☻ex: na grafia do nome das partes, na 
especificação de um imóvel, ao enumerar alguma 
quantia... 
 
▪ Voluntariedade (art. 998, CPC/15) x 
Reexame necessário (art. 496, CPC/15) 
☻ voluntario: é ônus da parte escolher e caso 
ela não quiser preclui (não pode mais recorrer) 
*** recurso de oficio: para os autores é quando a 
lei condiciona a eficácia da decisão a um reexame 
da decisão pelo tribunal***(debatido por alguns 
autores) (ex: decisão que condena a fazenda 
pública, o estado do maranhão foi condenado a 
pagar 100 mil reais, e não recorre, para que essa 
decisão produza seus efeitos está sujeita a um 
duplo grau de jurisdição obrigatório) (não é um 
recurso, pois falta o elemento fundamental a 
voluntariedade, assim é apenas condição legal 
para a decisão fazer efeitos) 
 
▪ Ações autônomas 
☻as ações autônomas inauguram uma nova 
relação processual 
▪ Sucedâneos recursais 
☻ sucedâneos recursais: são todos aqueles 
instrumentos que não são nem recursos e nem 
ações autônomas, mas ele pode produzem alguns 
desses efeitos 
 
Ex: pedido de reconsideração (não é um recurso/ 
não prolonga o estado de litispendência/ também 
não é uma ação autônoma, pois é feito no mesmo 
processo), porém por meio da reconsideração 
juiz pode modificar a sua decisão 
■ Natureza Jurídica 
▪ Aspecto, elemento, modalidade ou 
prolongamento do direito de ação – 
litispendência 
☻ o direito de recorrer é conteúdo do direito de 
ação 
▪ Ação autônoma no mesmo processo – 
ou seria pretensão? 
▪ Ônus processual 
☻ônus da parte porque se ela não recorre, ela 
perde a oportunidade de recorrer e a decisão 
preclui 
■ CLASSIFICAÇÃO 
▪ Total ou parcial (art. 1002, CPC/15) 
☻ total ou parcial levam em conta a parcela da 
decisão que pode ser impugnada, analisando a 
correlação entre o que foi pedido e o que foi 
deferido 
☻total: aquele que abrange todo o conteúdo 
impugnável da decisão recorrida 
Ex1AUTOR: a parte ajuíza uma ação em face de 
uma empresa de ônibus, pois sofreu um acidente 
dentro do ônibus e no momento do acidente, teve 
uma lesão, danos estéticos e constrangimento. 
Então, pediu danos materiais, danos estéticos e 
danos morais. O juiz ao decidir acolhe A e B, mas 
não acolhe C. Assim, levando-se em 
consideração a sucumbência de C, logo só se 
pode recorrer de C, então, ou contempla C e a 
totalidade do que se perdeu ou nada. 
☻parcial: é aquele que em razão da limitação 
voluntária, não compreende a totalidade do 
conteúdo impugnável da decisão 
Ex2RÉU: como a empresa de ônibus pode recorrer 
sobre os pedidos A e B, logo um recurso total 
seria sobre A e B (tudo aquilo que ela pode 
recorrer). E, se ela OPTA por recorrer só de A 
o recurso vai ser parcial. 
☻sucumbência: é a parte que o autor pede, pode 
ser total (todos os pedidos que eu ajuizei foram 
julgados improcedentes), parcial (eu perdi parte) 
ou mínima (uma parcela quase irrelevante do 
pedido) 
OBS1: se a parte não especificar o que vai ser 
impugnado o recurso vai ser interpretado como 
totalOBS2: a relevância de saber se o recurso é parcial 
ou total é que vai delimitar qual vai ser o âmbito 
de atuação do tribunal no processo 
▪ Independente (art. 997, caput, CPC/15) 
ou subordinado (art. 997, 2°, CPC/15) 
28min 
☻independente: cada uma das partes recorre de 
forma autônoma, não importando do recurso da 
parte contrária para ser julgado 
EX: Tem-se uma sentença de parcial 
procedência, tendo sido acolhidos os pedidos A e 
B, sendo C rejeitado. Roberto (autor) e Empresa 
de Ônibus (réu). Ambas as partes tem o interesse 
recursal, pois ambas perderam em alguma 
medida. Então, como ambas tem interesse 
recursal, uma vez publicada a decisão judicial no 
diário oficial começa a correr o prazo para 
recurso (prazo comum para ambas as partes = 15 
dias). Então, dentro do prazo de 15 dias ambas as 
artes podem entrar com uma apelação. A 
empresa entra com um recurso versando sobre A 
e B, enquanto que o autor entrou versando sobre 
C, ambas no decimo quinto dia do prazo. Então, 
como cada uma entrou com o recurso dentro do 
prazo o recurso é independente. 
☻subordinado: tem a sua admissibilidade 
condicionada a do recurso principal, pois a parte 
espera a parte contrária recorrer e só depois ela 
recorre, sendo assim, de forma subordinada 
EX: A empresa de ônibus dentro do prazo de 15 
dias entra com uma apelação para impugnar os 
pedidos acolhidos (independente, pois dentro do 
prazo comum de interposição de recurso a 
empresa recorreu). Considerando que o processo 
já vai pro tribunal e quando o juiz intimar o autor 
para uma resposta para o recurso do réu no prazo 
de resposta ele vai apresentar tanto a resposta 
(contrarrazões) quanto e a apelação. Ele optou 
por recorrer somente depois da outra parte, então 
o recurso do autor está subordinado ao recurso da 
parte contraria, sendo assim se o recurso da parte 
contraria for inadmitido, tiver sido interposto 
depois do prazo comum ou haver uma desistência 
não sendo julgado, consequentemente o do 
recurso subordinado também vai sofrer as 
consequências 
Obs: a única dependência do recurso adesivo 
para o principal é em relação a admissibilidade 
Obs: não existe obrigatoriedade para recorrer de 
forma subordinada 
▪ Fundamentação livre ou vinculada 
☻livre: quando a lei não diz quais são as 
matérias que podem ser suscitadas no recurso 
Ex: apelação e agravo de instrumento (a lei não 
diz o que deve colocar no recurso/ pode se 
discutir o que quiser) 
☻ vinculada: a lei vai dizer que o recurso só é 
cabível se encontrar X vícios e, só poderá suscitar 
essas questões 
Ex: embargos de declaração, só pode entrar se for 
alegar omissão, obscuridade, contradição ou erro 
material 
Obs: se não tiver o vício o recurso é inadmitido 
▪ Ordinário ou excepcional* (STJ, RESP 
1.308.830/RS – Rel. Nancy Andrighi) 
☻ordinário: aqueles que tem por finalidade a 
discursão de interesses intersubjetivos das partes 
envolvidas no processo (STF) 
Ex: apelação = quando se entra com a apelação 
quer se rediscutir a sentença que foi desfavorável 
ao autor ou réu 
☻excepcional: extrapolam os interesses das 
partes no processo (STJ) 
Ex: Existe um entendimento do STJ - MA que o 
dono estético não é uma forma autônoma de 
dano. STJ diz que o dano estético é uma forma 
autônoma de dano a ser indenizado, ou seja, o 
tjma está dando uma interpretação diferente da 
do STJ, isto é, agora vai além do dano que o autor 
sofreu mais também a interpretação e a aplicação 
da lei federal, logo extrapola os interesses das 
partes no processo 
■ DESISTÊNCIA OU RENÚNCIA 
DO DIREITO DE RECORRER 
☻ é dado a parte recorrente desistir do recurso 
sempre que refutar achar necessário 
☻ o recurso por ser um remédio voluntário é 
suscetível de desistência a qualquer tempo pela 
parte recorrente 
▪ Desistência (art. 998, CPC/15): recurso 
é uma demanda que pode ser revogada 
pelo recorrente 
☻desistência: interpõe o recurso e dele desisti 
▪ Parcial ou total; até o início do 
julgamento (STF); por escrito ou 
sustentação oral; desnecessita 
consentimento da parte contrária ou 
homologação 
☻parcial ou total: eu entro com um recurso 
total que contempla vários capítulos da decisão 
impugnada, logo eu posso desistir de parte 
daquele recurso/ Não é obrigado desistir da 
totalidade 
☻ a lei não admite qualquer limite temporal para 
a desistência do recurso, entretanto existe 
precedentes do STF ao dispõe que: “a parte só 
pode desistir do recurso até o início de seu 
julgamento (medida adotada para evitar que o a 
parte perdedora haja de má-fé para ganhar 
tempo). Ademais, os doutrinadores criticam, 
visto que, se o recurso é voluntario, pode-se 
desistir a qualquer tempo, até depois de iniciado 
julgamento 
☻ desistência livre por escrito: protocola uma PI 
desistindo do recurso 
☻ desistência livre oral: pede a palavra e desisti 
antes que inicie o julgamento 
☻a parte contraria não precisa consentir para que 
haja a desistência do recurso 
OBS: não há pedindo de desistência do recurso, 
existe uma MANIFESTAÇÃO da parte 
interessada em desistir. Pois, pedir pressupõe que 
o pedido deve ser deferido e na desistência não 
precisa de deferindo é algo que a parte 
simplesmente manifesta 
▪ Renúncia (art. 999, CPC/15) 
☻renúncia: é um ato que antecede a 
interposição do recurso/ é abrir mão do direito de 
recorrer 
☻ quando a parte pode renunciar? R: pode 
renunciar de forma tácita – 1. Não recorreu = 
abriu mão/deixou passar o prazo; 2. 
Cumprimento voluntário da decisão; 3. Forma 
expressa = manifesta a concordância sobre a 
decisão 
■ PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS 
▪ a) Duplo grau de jurisdição 
 ‐ previsão legal 
 ☻não está previsto na constituição 
 ☻duplo grau é uma garantia constitucional 
 - finalidade 
 ☻possibilidade de devolver as decisões dos 
juízos singulares aos tribunais = forma de 
controlar as atividades dos juízes, pois se deixa-
se a decisão na mão do juiz singular a 
possibilidade de decidir em única e ultima 
estancia é atribuir muito poder em uma só 
pessoal sem a possibilidade de controle 
☻1. serve para controlar a atividade dos órgãos 
julgadores inferiores 
☻2. uniformização da jurisprudência (sistema de 
precedentes) 
 - críticas 
▪ b) Taxatividade 
 - previsão legal (art. 994, CPC/15) 
☻todo e qualquer recurso deve está 
taxativamente previsto em lei aplicável ao 
procedimento (não é necessariamente o cpc, mas 
a lei que rege o processo) 
Obs: embargos infringentes (Lei 6.830/80); 
recurso inominado (juizados especiais) 
☻não cabe recurso contra interlocutória 
Obs2: negócios processuais (art. 190, 
CPC/15)? 
☻necessariamente, o recurso tem que ser criado 
por lei federal (art. 22 da CF) 
☻ as partes não podem pactuar a criação de um 
recurso 
▪ c) Singularidade; 
unirrecorribilidade; unidade recursal 
 - regra: inadmissível mais de um 
recurso por decisão 
☻em regra, as partes só podem interpor um 
recurso para cada decisão 
 - obs: cumulação alternativa ou 
obrigatória (exceções) 
☻cumulação alternativa: vai caber um outro 
recurso para a decisão, ou seja, o recorrente pode 
optar por um ou outro. Ex: embargos de 
declaração ou apelação em uma sentença que 
tenha algum vício, como por exemplo, sentença 
omissa 
☻os embargos de declaração são cumulativos 
com os demais recursos (quem julga os embargos 
é o próprio juiz da decisão recorrida) / é possível 
embargar suscetivelmente 
☻cumulação obrigatória: a parte é obrigada a 
manejar os dois recursos possíveis sob pena de 
preclusão (não se trata de violação a 
voluntariedade, a parte continua com opção de 
recorrer ou não, mas caso não recorra com um 
dos recursos a questão preclui) 
☻a parte não é obrigada a recorrer, e se for 
recorrer não é obrigada a recorrer do dois 
☻a parte não pode primeiro recorrer de um e 
depois do julgamento querer recorrer do outro 
☻ex: sai um acordãodo TJ que viola lei federal 
e constituição federal, o STJ dá a ultima palavra 
sobre lei federal e o STF constituição, então 
interpõe os dois recursos dentro do prazo de 15 
dias, um recurso especial e extraordinário (dois 
recursos contra um acordão pq são de tribunais 
de competência diferentes) 
▪ d) Fungibilidade 
 - aproveitamento do recurso 
impróprio no lugar do próprio 
 - art. 932, parágrafo único; art. 1. 
024, §3°; art. 1.032; art. 1.033, CPC/15 
☻aproveitamento do recurso errado 
☻só se aplica quando se está diante de uma 
duvida razoável acerca do recurso cabível 
☻obs: não se aplica a fungibilidade = 1. quando 
não houver erro grosseiro, pois nessas situações 
não existe dúvidas acerca do recurso cabível e 2. 
quando se perde o prazo 
☻ex: CPC/15 o rol para interposição de agravo 
de instrumento é taxativo e a parte fora das 
hipóteses previstas em lei, recebe uma decisão 
interlocutória e entra com um agravo de 
instrumento, o tribunal inadmiti o agravo pois o 
recurso é incabível, ENTRETANTO, pode 
acontecer de ter uma hipótese do 1.115 do cpc 
que deixe a parte em duvida e para não perder o 
prazo entra com agravo, o tribunal avalia a 
situação e considerando a duvida admiti o 
recurso pela fungibilidade 
▪ e) Dialeticidade 
 - fundamentação recursal 
☻ a fundamentação do recurso deve ser 
pertinente, especifica e atual 
 - contraditório, fundamentação das 
decisões e dialeticidade 
☻ o recurso tem que dialogar com a decisão 
recorrida 
 - especifica, pertinente e atual 
▪ f) Voluntariedade 
 - recurso é ônus da parte 
▪ g) Complementariedade 
 - complementação ulterior 
☻ antes de inadmitir o recurso o tribunal deve 
facultar a parte a complementação do recurso 
depois da interposição 
☻só documentos faltantes 
☻após a interposição do recurso a sua 
complementação 
Obs: não serve o art. 922 à complementação 
da fundamentação (razões recursais). STF. 
La Turma. ARE 953221 AgR/SP, Rel. Min. 
Luiz Fux, julgado em 7/6/2016 (info 829). 
▪ h) Consumação (art. 200, CPC/15) 
☻preclusão (perda de um poder processual) = 
intempestiva: pratica o ato fora do prazo; 
consumativa: a parte perde o direito de praticar 
o ato processual porque já o praticou; lógica: não 
se pode praticar atos incontáveis 
☻o ato de recorrer se consuma com a 
interposição do recurso 
▪ i) Proibição da reformatio in pejus 
(para pior) 
☻ a interposição do recurso não pode piorar a 
situação do recorrente, isto é, o recorrente não 
pode ter sua situação agravada pelo ato de 
recorrer 
☻ex: recorrer de uma decisão ao qual foi 
condenada a pagar 10 mil e, o tribunal ao analisar 
o recurso decide a aumentar para 15 mil, não 
pode pelo principio 
Obs: questões de ordem pública; 
inconstitucionalidade de lei; apelação de 
sentença terminativa (art. 485, CPC/15); 
despesas processuais (art. 82, §2°, CPC/15) 
■ JUIZO DE ADMISSIBILIDADE E 
JUÍZO DE MÉRITO 
☻todo recurso passa por um duplo julgamento: 
1. Juízo de admissibilidade e 2. Juízo de mérito 
▪ juízo de admissibilidade antecede o 
juízo de mérito 
▪ admite-se o recurso para que o mérito 
possa ser examinado 
▪ interposição: juízo a quo 
☻a interposição do recurso é feita perante o 
órgão prolator da decisão 
☻juízo a quo: é o órgão prolator da decisão 
☻intima-se a parte recorrida para apresentar as 
contrarrazões 
☻ juízo a quo faz o processamento 
☻juízo a quo não tem competência para fazer 
analise de admissibilidade 
☻DINAMICA DO JUÍZO A QUO/ 
PROCESSAMENTO: 
1. Decisão recorrida interposta perante o 
órgão que deu a sentença 
2. Intima a parte contraria – contrarrazões 
3. Remete o recurso para o órgão 
competente para o seu julgamento 
(independente do juízo de 
admissibilidade) 
 
S → AP → CR → TJ 
 - o recurso é 
distribuído para o órgão competente 
para seu julgamento (por sorteio) 
 - órgão fracionário 
(composto por apenas uma fração dos 
membros do tribunal) 
 - 3 desembargadores 
na câmera civil 
 - o recurso ganha um 
relator 
 - órgão que julga o 
recurso = juízo ad quem 
▪ análise de admissibilidade: juízo ad 
quem 
☻ad quem: responsável pelo juízo de 
admissibilidade e de mérito do recurso 
☻o recurso só tem o mérito julgado se for 
admitido 
☻no tribunal ao distribuir o recurso entre os 
órgãos fracionários, se o recurso for destinado a 
câmera civil ela é o juízo ad quem 
▪ juízo de admissibilidade: negativo ou 
positivo; provisório ou definitivo 
☻negativou ou positivo: se conhece ou não o 
recurso 
☻ obs: quando se ler “o tribunal conheceu o 
recurso” = significa que o recurso foi admitido 
☻juízo positivo de admissibilidade: o recurso foi 
conhecido ou admitido (passa-se para a analise 
do mérito do recurso) 
☻ juízo negativo de admissibilidade: o recurso 
foi inadmitido ou não conhecido 
☻existe a possibilidade do juízo de 
admissibilidade por decisão monocrática 
▪ juízo de mérito: provimento ou não 
☻ o tribunal vai dizer se ele dá provimento ou 
nega o recurso 
■ CONDIÇÕES DE 
ADMISSIBILIDADE 
▪ a) Intrínsecos: existência do direito 
de recorrer 
☻existência ou não do direito de recorrer 
i) cabimento: previsão legal do 
recurso; adequação 
☻ a cada decisão 1 recurso cabível 
 
ii) legitimidade (art. 996, 
CPC/15) 
☻as partes envolvidas no processo 
têm legitimidade para recorrer 
☻nem toda parte legitima é 
interessada 
 
iii) interesse: necessidade-
utilidade; sucumbência ou 
gravame 
☻ parte interessada = é a que teve 
algum prejuízo 
 
iv) inexistência de fato 
impeditivo ou extintivo: 
renuncia, desistência, 
preclusão lógica, etc. 
 
☻as partes não podem ter 
manifestado interesse em não 
recorrer 
☻a parte interpõe o recurso e 
depois desisti = o tribunal não 
reconhece pela desistência 
☻preclusão lógica: interpôs o 
recurso mas cumpriu com a decisão 
▪ b) Extrínsecos: exercício do direito de 
recorrer 
☻a forma como se exerce o direito de recorrer, 
como se externaliza esse direito 
i) tempestividade (art. 1.003 
e §§, CPC/15) 
☻recurso tempestivo é o 
interposto do prazo legal 
☻o prazo pra interpor recurso: em 
regra, são de 15 dias, a exceção 
dos embargos de declaração que 
tem prazo de 5 dias 
☻o prazo começa a fluir no 
primeiro dia útil da intimação 
 
- recurso prematuro – art. 
218, §4°, CPC/15 
☻o cpc permite a pratica de ato 
processual antes do prazo 
 
- prazo em dobro – súmula 
641, STF 
☻tem a prerrogativa do prazo em 
dobro: Defensoria Pública, 
Ministério Público, Núcleo de 
Práticas Jurídicas, Fazenda 
Pública e litisconsortes com 
multiprocuradores em escritório 
de advocacia distintos 
☻ prazo em dobro só se aplica em 
processos físicos 
 
Obs: STJ. É intempestiva a 
apela protocolada, em meio 
físico, 4 minutos após o 
término do expediente forense. 
Resp 1628506/SC 
☻o recurso interposto antes do 
inicio do prazo é intempestivo 
 
ii) regularidade: forma 
segundo a qual o recurso 
deve revestir-se 
☻quando se interpõe o recurso 
deve-se cumprir os requisitos 
formais, caso não sejam 
cumpridas o recurso pode ser 
inadmitido 
☻descumpridas as regularidades 
o recurso pode ser inadmitido, 
visto que, se existir algum vício 
sanável e após sana o vício ele é 
admitido 
- ex: razões do recurso; 
peças obrigatórias do ag inst; 
divergência no REsp 
 
iii) preparo (art. 1007, 
CPC/15) 
- falha; ausência e 
insuficiência 
☻preparo é às custas do processo 
caso a parte opte por recorrer 
☻a parte beneficiaria não é 
obrigada a recolher o preparo 
☻deserção: não conhecido o 
recurso por ausência de preparo 
☻não recolhido o preparado o 
recorrente é intimado para 
recolher em dobro 
■ MÉRITO DO RECURSO 
▪ causa de pedir recursal: error in 
procedendo(vício de atividade) e error 
in iudicando (vício de juízo) 
☻pode suscitar duas causas de pedir: 1. Error in 
procedendo e 2. Error in iudicando 
▪ error in iudicando: “má-apreciação da 
questão de direito ou da questão de fato, 
ou de ambas, pedindo-se, em 
consequência, a reforma da decisão” 
(Barbosa Moreira) 
☻ocorre diante de erro de julgamento 
☻má apreciação da causa 
☻ex: juiz interpretou mal as provas ou a 
legislação aplicável 
☻vicio de julgamento conduz a reforma da 
decisão 
▪ error in procedendo: equívoco na 
condução do procedimento 
▪ pedido do recurso: “[...] reforma, a 
invalidação, o esclarecimento ou a 
integração de decisão judicial.” 
☻decisão judicial não fundamentada padece de 
nulidade/ é um vício procedimental 
☻o juiz aplicou mal as regras procedimentais 
☻ vicio de procedimento conduz a anulação da 
decisão ou reforma 
■ EFEITOS DOS RECURSOS 
▪ a) Suspensivo: não é a regra (art. 995, 
CPC/15) 
☻em regra: os recursos não são dotados de 
efeitos suspensivos 
☻está relacionado a produção de efeitos da 
decisão judicial 
☻ as decisões produzem efeitos quando as partes 
tem conhecimento, isto é, na publicação, então a 
decisão começa a fazer efeito logo após sua 
publicação no diário oficial 
☻a simples interposição não tem o condão de 
suspender a eficácia das decisões judiciais e as 
decisões produzem seus efeitos ainda que tenham 
recorrido dela 
 - ope legis (art. 1.012, CPC/15) e ope 
judicis (art. 995, p. ú.; art. 1.012, §4°) 
☻formas de ter o efeito suspensivo: 
☻open legis = decorre da lei (ex: apelação) / na 
apelação o efeito suspensivo é automático, pois 
deriva da própria lei, ao qual diz “a apelação 
suspende a eficácia da decisão judicial” 
☻open judicis = concessão do efeito suspensivo 
por decisão judicial / ex: Fulano foi condenada a 
pagar 10 mil pra sicrano, a partir do momento 
que F interpõe o recurso de apelação ela está 
suspensa 
 - caso em que a apelação não terá efeito 
suspensivo / ex: decisão de alimentos 
 - a parte teria que pedir o efeito suspensivo ao 
juiz 
OBS: EFEITO OBSTANTIVO (PRECLUSÃO 
TEMPORAL E TRÂNSITO EM JULGADO) 
 - impede o transito em julgado 
 - todos os recursos tem efeitos obstativos 
▪ b) Devolutivo: remessa/transferência 
da matéria impugnada ao órgão que 
decidirá sobre o recurso (art. 1.013, 
CPC/15) 
☻ele devolve toda matéria para reexame em 
instancia superior, para que sentença seja 
anulada, reformada, ou também, mantida 
 - extensão (dim. horizontal): o que se 
submete a reexame (tantum devolutum 
quantum appellatum) 
☻ só se devolve para o tribunal aquilo que é o 
objeto do recurso 
 - profundidade (dim. vertical): quanto 
pode reexaminar para solucionar a 
questão (art. 1.013, §1°, CPC/15 
☻o tribunal vai poder aprofundar a analise do 
recurso 
▪ c) Translativo: conhecimento de 
matérias de ofício pelo tribunal 
Obs: relação com profundidade do efeito 
devolutivo 
☻a capacidade que tem o tribunal de avaliar 
matérias que não tenham sido objeto do conteúdo 
do recurso, por se tratar de assunto que se 
encontra superior à vontade das partes 
▪ d) Expansivo: decisão mais abrangente 
do que a impugnação 
 - objetivo (capítulos ou ator 
processuais) ou subjetivo (sujeitos) 
☻objetivo: refere-se a capítulos não impugnados 
da decisão recorrida que serão atingidos pelo 
julgamento do recurso / abrange outros atos 
processuais e outros capítulos da decisão 
recorrida 
☻subjetivo: é a possibilidade de um recurso 
atingir um sujeito processual que não tenha feito 
parte do recurso 
 - ex: art. 1.005, CPC/15 
▪ e) Regressivo: autoriza órgão a quo a 
rever a decisão recorrida 
 - ex: arts. 331, 332, §3°, CPC/15 
☻o juiz pode reformar sua própria decisão e 
exerça a retratação (provocado pela interposição 
do recurso) 
☻quando o juiz se retrata o recurso perde o 
objeto 
▪ f) Substitutivo (art. 1.008, CPC/15); 
depende do mérito recursal 
☻o recurso é admitido para ser julgado, a 
decisão que examina o mérito recursal substitui a 
decisão anterior 
▪ g) Diferido – conhecimento do recurso 
depende de outro recurso 
☻dois recursos vinculados entre si e o 
conhecimento de um depende do conhecimento 
do outro 
■ RECURSO ADESIVO 
▪ Forma de interposição de alguns 
recursos (art. 997, §2º, II, CPC/15) 
Obs: rol taxativo? 
▪ Requisitos: 
i) Existência de sucumbência 
recíproca (art. 997, §1º, 
CPC/15); 
☻ambas as partes tem interesse 
recursal 
ii) Interposição de recurso por 
apenas uma das partes 
▪ Regularidade formal: observará a todas 
as exigências do principal (art. 997, §2º, 
CPC/15) 
☻ é apresentado nas contrarrazões 
☻ são duas petições; uma com as contrarrazões 
e a outra com o recurso adesivo 
☻o recurso adesivo tem que receber o preparo 
▪ Prazo: contrarrazões (art. 997, §2º, I, 
CPC/15) 
☻o prazo do recurso adesivo é o mesmo do 
recurso principal 
▪ Admissibilidade condicionada (art. 
997, §2º, III, CPC/15) 
☻ condicionada a admissibilidade do recurso 
principal 
Obs: benefícios de apenas uma das partes; 
preclusão consumativa; complementação de 
recurso pela via adesiva; fungibilidade de 
recurso principal intempestivo como adesivo 
(STJ RESP 867.042); desistência de má-fé. 
■ SUCUMBÊNCIA RECURSAL 
▪ Honorários de sucumbência e 
causalidade 
☻honorários contratuais: decorrem da prestação 
de um serviço por contrato / a parte que contratou 
que paga 
☻honorários sucumbenciais: são fixados pelo 
juiz na decisão/ a parte perdedora é quem paga 
▪ Majoração de honorários em sede 
recursal (art. 85, §11, CPC/15) 
☻Ex: a parte tem os honorários fixados em 10%, 
e se a parte perdedora apela e perde, o tribunal 
majora até o limite de 20%, é uma medida afim 
de fornecer um estimulo para as partes não 
recorrerem sem motivo 
☻é um estimulo negativo (não é uma multa e 
nem uma penalidade) 
▪ Ausência de contrarrazões e 
sucumbência recursal 
☻ainda assim o tribunal majorar os honorários 
sucumbenciais 
▪ Não há sucumbência recursal em 
Agravo Interno ou EDcl 
▪ Remessa necessária e sucumbência 
recursal 
☻também não existe honorários sucumbenciais 
em remessa necessária 
☻obs: se a ação não admite condenação em 
honorário não cabe sucumbência recursal 
 - (…) Como exemplo desta situação, 
podemos citar o mandado de segurança, 
que não admite condenação em 
honorários advocatícios (art. 25 da Lei 
no 12.016/2009, súmula 105-STJ e 
súmula 512-STF). Logo, se for 
interposto um recurso extraordinário 
neste processo, o Tribunal não fixará 
honorários recursais. STF. 1a Turma. 
ARE 948578 AgR/RS, ARE 951589 
AgR/PR e ARE 952384 AgR/MS, Rel. 
Min. Marco Aurélio, julgados em 
21/6/2016 (Info 831). 
APELAÇÃO – arts. 
1.109 a 1.014 
■ Apelação 
▪ a) Cabimento (art. 1009, CPC/15) 
 Sentenças (caput) ۔
☻dá sentença cabe apelação 
 Decisões interlocutórias não ۔
agraváveis (§1°) 
☻decisões interlocutórias não agraváveis: são 
apeláveis 
☻não começa a fluir o prazo para recurso em 
decisões não agraváveis, só depois da decisão 
☻decisões interlocutórias agraváveis: comporta 
agravo de instrumento / faz a interposição do 
recurso direto no tribunal, porém o processo 
continua no juízo de base 
☻só cabe agravo nas prevista no art.1.115 do cpc 
☻ex: a parte entra com uma ação, pedindo uma 
tutela de urgência para determinar uma 
internação hospitalar, o juiz negou a tutela 
(natureza que nega tutela é interlocutória), netão 
a parte impugnar a tutela com um recurso direto 
no tribunal 
Obs: preclusão elásticas 
☻se prolonga no processo e começa a fluir 
quando ocorre a sentença 
Obs: sentenças não apeláveis 
☻sentenças impugnadas por recursos 
inomináveis no juizado especial 
Obs: apelação pelo vencedor contra 
decisão interlocutória; contrarrazões 
com natureza recursal – contrarrazões 
das contrarrazões; recurso subordinado? 
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iudicando

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