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3 Princípios Penais Constitucionais - 2 semestre

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 OBSERVAÇÃO: PRINCÍPIOS PENAIS CONSTITUCIONAIS, SÃO PRINCÍPIOS QUE ADVÉM 
DIRETAMENTE DA CONSTITUIÇÃO; PRINCÍPIOS PENAIS, NÃO ADVÉM DA CONSTITUIÇÃO. 
 CARACTERÍSTICAS DOS PRINCÍPIOS 
 SÃO DIRIGIDOS A TODOS E PODEM SER: 
a) EXPLÍCITOS: AQUELE QUE ESTÁ ESCRITO; 
b) EXPRESSOS; 
c) IMPLÍCITOS: AQUELE QUE NÃO ESTÁ EXCRITO, MAS PODEM SER EXTRAÍDOS DA 
CONSTITUIÇÃO E/OU CÓDIGO PENAL. 
 Princípio da intervenção mínima 
 A criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para 
a prevenção de ataques contra bens jurídicos importantes. Assim, se outras 
formas de sanção ou outros meios de controle social revelarem-se suficientes 
para a tutela desse bem, a sua criminalização é inadequada e não recomendável. 
- Indaga-se: o fato pode ser suficientemente reprimido por outros ramos do 
direito? o direito penal é o mais coativo de todos, então ele deve ser o “por 
último”. Assim, se o estado não conseguir reprimir algo com outros ramos do 
direito, o direito penal é chamado a atuar. 
- Possui caráter fragmentário e subsidiário. 
→ Princípio da fragmentariedade 
- É dirigido ao legislador. Assim, o direito penal não existe para a proteção de 
todo e qualquer bem jurídico, mas sim somente para proteção daqueles bens 
jurídicos considerados mais importantes dentro da sociedade. 
- Exemplo: a fidelidade conjugal é um bem jurídico, mas não é o bem jurídico que 
merece a tutela penal, hoje o adultério não é mais considerado um crime. 
- Indaga-se: o bem jurídico está entre os mais importantes a ponto de receber a 
tutela penal? 
→ Princípio da subsidiariedade 
- Dirigido ao operador do direito. Se, no caso concreto, o problema puder ser 
equacionado por outro ramo do direito, deve-se afastar o Direito penal. 
- Indaga-se: no caso concreto, pode se afastar a aplicação do Direito Penal sem 
prejudicar a repressão ao fato? No caso concreto que vai se aferir se outros 
ramos do direito podem resolver de forma satisfatória aquele conflito, antes 
de recorrer para o direito penal, que só é admissível quando outros ramos do 
direito não conseguem solucionar os conflitos sociais. 
 Princípio da alteridade/exteriorização de fato/lesividade 
 o direito penal só pode criminalizar condutas que produzem ou possam produzir 
lesões a bens jurídicos alheios. 
- Assim, comportamentos que prejudiquem exclusivamente bens jurídicos 
próprios devem ser considerados irrelevantes penais. 
- Exemplo: o Direito Penal não tipificou como crime as condutas como a tentativa 
de suicídio ou o uso de drogas, etc. 
 Princípio da ofensividade 
 Somente pode criminalizar condutas que provoquem lesão ao bem jurídico ou, ao 
menos, exponham-no a perigo. 
 Os crimes que tangem a ameaça para o bem jurídico, são: 
a) Crimes de dano: aqueles cuja consumação somente se produz com a efetiva 
lesão do bem jurídico. 
- Exemplo: crimes de homicídio, se consuma com a morte da vítima (Art. 121, CP); 
lesões corporais, se consuma com a ofensa da integridade física ou saúde da 
vítima (art. 129, cp); e o dano, se consuma com a efetiva deterioração da coisa 
alheia (Art. 163, cp). 
b) Crimes de perigo: aqueles que se consumam com a mera exposição do bem 
jurídico tutelado a uma situação de perigo, ou seja, basta a probabilidade de 
dano. Subdividem-se em: 
 Crime de perigo abstrato ou presumido: Não se exige a comprovação da 
produção da situação de perigo, ao contrário, há presunção absoluta 
(juris et de juris) de que determinadas condutas acarretam perigo a bens 
jurídicos; 
 Crime de perigo concreto: consumam-se com a efetiva comprovação, no 
caso concreto, da ocorrência da situação de perigo. 
- Se o acusador não mostrar que a conduta do agente no caso concreto 
causou perigo determinado, não existirá o crime. 
 Princípio da individualização da pena (art. 5º, cf) 
 É a individualização da pena no momento de uma consumação. 
a) Individualização judicial: cada condenado tem direito a sua dosimetria do seu 
cálculo de pena; 
b) Individualização legislativa: para os crimes há uma previsão de uma pena mínima 
e uma pena máxima, isso faz com que no plano legislativo se esteja 
respeitando princípio de individualização da pena. 
- Assim, quando o legislador prevê pena mínima e pena máxima ele está dando 
uma margem para o juiz no caso concreto preveja uma individualização; 
c) Individualização administrativa: compete a união legislar sobre a execução 
penal, e compete ao estado, na figura do poder executivo, a administração da 
execução da pena. 
 Princípio da proporcionalidade ou razoabilidade 
 deve haver correspondência entre a gravidade do ilícito praticado e a resposta 
estatal a ele ser imposta. 
- Assim, seria desproporcional a punição em excesso. ou seja, ele proíbe que se 
puna a mais, E também proíbe que se puna a menos. 
 Princípio da humanidade ou limitação das penas 
 Não se nega que o direito penal irá punir determinadas condutas, porém não 
poderá punir de qualquer jeito. 
- Exemplo: Vedação a pena de morte. 
 Princípio da pessoalidade ou responsabilidade pessoal 
 nenhuma pena passará da pessoa do condenado. 
- Assim, esta obrigação de indenizar, por ser de natureza civil, pode passar da 
pessoa do condenado; já a pena e a multa não podem, pois ninguém poderá cumprir 
a pena no lugar da pessoa. 
 Observação: todo ilícito penal é um ilícito civil, mas nem todo ilícito civil é penal, 
como o adultério. 
 Observação: existem três tipos de pena no ordenamento jurídico, as penas 
privativas de liberdade, as penas restritivas de direito e as penas de multa. 
Lembrando que as penas privativas de liberdade podem ser crimes de reclusão e 
crimes de detenção; ou contravenções penais, que são prisões simples. 
 Princípio da responsabilidade penal subjetiva 
 ninguém pode ser punido criminalmente sem que tenha agido com dolo ou culpa. 
- Exemplo: a gestante que não sabe que está grávida de gêmeos e ingere 
intencionalmente medicamento abortivo responde por crime único de aborto, pois 
não tem dolo de cometer dois crimes de aborto, mas apenas um. 
 Se você pratica um crime sem agir dolosamente ou causando resultado 
culposamente, você não é responsabilizado criminalmente. 
 Princípio da coculpabilidade 
 Defende a ideia de que o estado, ante sua promoção de desigualdade social e 
econômica, também é responsável pela prática de determinados delitos. 
- Assim, exprime a ideia de que em casos em que o estado é culpado por determinada 
criminalidade, esses criminosos, quando de suas condenações, podem ter direito a 
uma atenuante penal. 
 Princípio do ne bis in idem 
 o agente não pode ser acusado, processado, condenado, mais de uma vez por um 
mesmo fato dentro do mesmo ramo do direito. Ou seja, o sujeito não pode ser 
acusado duas vezes pelo mesmo crime, porém pelo mesmo crime ele pode receber 
uma responsabilização penal, civil e administrativa. 
 Princípio da presunção da inocência 
 ninguém poderá ser considerado culpado antes do trânsito em julgado, ou seja, 
contra aquela sentença penal condenatória não cabe mais qualquer recurso. 
Assim, é o impedimento do cumprimento de pena antes do trânsito em julgado da 
condenação, mas não impede que haja prisão provisória ou cautelar. 
 Observação: a prisão cautelar se aplica a inocente, pois o culpado só se tem após 
o trânsito em julgado de uma condenação, e a prisão passa a ser definitiva. Assim, 
os Tipos de prisão são a Prisão provisória, para o inocente e Prisão pena, para o 
culpado quando há condenação e dessa condenação não cabe mais recurso. 
 Princípio da responsabilidade do fato 
 os tipos penais devem definir comportamentos humanos (fatos), sendo vedada a 
incriminação exclusivamente em razão de condições pessoais. 
Assim, o nosso direito penal não é do autor, pois ele não pode punir pessoas pelo 
que elas são e sim pelo que elas fazem. 
 Princípio da legalidade 
 não há crime/infração penal sem lei anteriorque o defina. Não há pena/sanção 
penal sem prévia cominação legal. 
 Observação: a infração penal decorre de duas espécies, o crime e a contravenção; 
já a sanção penal decorre de duas espécies, a pena e as medidas de segurança. 
 A doutrina desdobra o princípio da legalidade em alguns mandamentos, e o 
desrespeito deles consiste em estar desrespeitando o próprio princípio da 
legalidade. São eles: 
 Não há crime sem lei: somente pode falar sobre direito penal uma lei em sentido 
formal, ou seja, que tenha passado por todo o processo legislativo e que é 
oriunda do próprio poder legislativo. 
 Não há crime sem lei anterior (princípio da anterioridade): para que determinada 
conduta praticada por alguém seja considerada conduta criminosa, tem que 
preexistir a essa conduta uma lei que a considera criminosa. 
- Assim, a lei penal precisa ser anterior ao fato. 
 Não há crime sem lei escrita: alguns países adotam o direito consuetudinário, 
ou seja, direitos dos costumes. Assim, permitem que os costumes criem ou 
revoguem determinados crimes. 
- Algo que não acontece no brasil. Aqui os costumes apenas servem como 
auxílio interpretativo, ou seja, o que é ou não adequado para a sociedade. 
 Não há crime sem lei estrita: existe para disciplinar o emprego da analogia do 
direito penal, sendo um método de integração da lei. Assim, pega-se a lei que 
se aplica para um caso e aplica-se para outro caso para o qual não existe lei. 
O caso precisa ser semelhante. 
- Ademais, se o juiz criminal resolve fazer analogia no direito penal, o 
resultado dessa analogia ou vai ser ruim para o réu (in malam partem) ou vai 
ser bom para o réu (in bonam partem). Porém só admite a analogia para beneficiar 
o réu. 
 Não há crime sem lei certa (princípio da taxatividade): tem por finalidade 
conferir eficácia ao princípio da legalidade, vedando a aprovação de leis que 
contenham tipos penais vagos, com conteúdo impreciso, indeterminado. 
- É necessário, portanto, que a lei penal tipifique a conduta ilícita de forma 
taxativa, vale dizer, descrevendo de maneira clara e exata em que consiste o 
crime. 
 Observação: a lei penal precisa dizer exatamente que conduta está incriminando. 
 Norma pena em branco: o tipo penal, para ter aplicação necessita de 
complemento em seu preceito primário, a descrição da conduta. Assim, este 
complemento pode ser de lei ou de ato infralegal (ato administrativo, ou seja, 
abaixo da lei). 
 Observação: a previsão da pena se chama preceito secundário. Exemplo: matar 
alguém (art. 121) é preceito primário, e a pena (6 a 20 anos) é o preceito secundário. 
- A norma penal em branco pode vir a ser: 
a) Heterogênea/própria/em sentido estrito: o complemento vem de ato 
infralegal. Exemplo: crimes envoltos da lei de drogas, assim, Para aplicar 
precisa saber o que é droga e quem diz o que é droga (é um ato 
administrativo = portaria da anvisa); 
b) Homogênea/imprópria/em sentido amplo: o complemento exigido pelo 
preceito primário for vindo de lei. Se divide em: 
 Homogênea homovitelina: a lei que complementa é do mesmo ramo do 
direito; 
 Homogênea heterovitelina: a lei é de ramo do direito diferente. 
 Lei penal em branco ao avesso (imperfeita): o tipo penal, para ter aplicação 
necessita de complemento em seu preceito secundário (descrição de pena). 
Assim, este complemento somente pode ser através da lei estrita. 
 Princípio da insignificância ou bagatela 
 O direito Penal não deve se preocupar com condutas incapazes de lesar o bem 
jurídico. 
 Princípio do in dubio pro reo 
 Implica em que na dúvida interpreta-se em favor ao acusado.

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