Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Literatura Professor: Leonardo Holanda Trovadorismo O Trovadorismo foi um movimento literário que surgiu na Idade Média no século XI, na região da Provença (sul da França). Ele se espalhou por toda a Europa e teve seu declínio no século XIV, quando começou o Humanismo. Contexto Histórico Teve suas primeiras manifestações por voltar do século XII – XV. Um período da idade média. Feudalismo. Teocentrismo (igreja católica era forte). Canto e acompanhamento musical. O homem estava à mercê dos valores cristãos. Somente as pessoas da Igreja sabiam ler e tinham acesso à educação. Na Península Ibérica, o centro irradiador do Trovadorismo foi na região que compreende o norte de Portugal e a Galiza. As cantigas trovadorescas eram cantadas em galego-português, língua falada na região. Nessa época, as poesias eram feitas para serem cantadas ao som de instrumentos musicais. Geralmente, eram acompanhadas por flauta, viola, alaúde, e daí o nome “cantigas”. O cantor dessas composições era chamado de "jogral" e o autor era o "trovador". Já o "menestrel", era considerado superior ao jogral por ter mais instrução e habilidade artística, pois sabia tocar e cantar. Uma temática bastante explorada era o amor cortês, mostrado pela submissão do cavaleiro a donzela, nas novelas de cavalaria, e do trovador à dama, nas cantigas. Características Marco Inicial A literatura medieval portuguesa é dividida em dois períodos: O ano de 1189 (ou 1198) é considerado o marco inicial da literatura portuguesa. Essa é a data provável da primeira composição literária conhecida “Cantiga da Ribeirinha” ou “Cantiga de Guarvaia”. Ela foi escrita pelo trovador Paio Soares da Taveirós e dedicada a dona Maria Pais Ribeiro. Primeira Época (1198 a 1418) Segunda Época (1418 a 1527) Cantiga da Ribeirinha Cantigas Líricas Satíricas Amor Amigo Escárnio Maldizer Paixão infeliz, o amor não correspondido; O eu lírico é sempre masculino; O homem é o “coitado” (sofre de uma dor imensa) e a mulher é “formosa”; Superioridade da dama; Amor cortês, convencionalismo. Cantiga de amor Relação amorosa entre camponeses; O tema central é a saudade; O eu lírico é sempre feminino; Expõe a visão feminina do amor; O amor é real e possível; Amor natural e espontâneo. Cantiga de amizade Palavras ambíguas (de duplo sentido). INDIRETA. Ironias, trocadilhos e jogos semânticos. Criticam e ridicularizam o comportamento dos nobres. Denunciam as mulheres que não seguem o código do amor cortes. Cantiga de Escárnio Críticas de modo DIRETO, explícito, identificando a pessoa satirizada. Intenção difamatória. Linguagem ofensiva e palavras de baixo calão. Muitas vezes tratam das indiscrições amorosas de nobres e membros do clero. Cantiga de Maldizer Fim Humanismo O Humanismo, iniciado no século XV e avançado até as primeiras décadas de XVI, é considerado um período de preparação para o Renascimento. O ser humano passa a questionar o poder absoluto e centralizador exercido pela igreja. O foco estava voltado à prática do antropocentrismo, ou seja, o ser humano como o centro de tudo. Houve a retomada dos valores da Antiguidade clássica greco-romana. As produções orais deram espaço às produções escritas. O teatro também teve destaque. Características Fernão Lopes Foi considerado o cronista-mor, responsável por relatar as histórias dos reis de portugueses, dando importância, muitas vezes, ao povo. Obras: Crônica de el-Rei D. Pedro Crônica de el-Rei D. Fernando Crônica de el-Rei D. João I Garcia de Resende A poesia palaciana, já dissociada da música, apresentada na corte e com menor idealização amorosa, fez uso de formas fixa (redondilha maior e menor), da trova, do vilancete e da esparsa, o que diferenciou das cantigas trovadorescas. Obra: Cancioneiro geral Gil Vicente O teatro de Gil VIcente foi notório e considerado o marco do teatro português. Sua produção apresentou um tom moralizador, construído por meio dos valores católicos, criticando os comportamentos deploráveis, inclusive aqueles praticados por membros do clero. Obra: Auto da Barca do inferno Farsa da Inês Pereira Farsa do velho da Horta Fim
Compartilhar