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E-mail para contato jm_paula@hotmail.com IES: ESTÁCIO RIBEIRÃO PRETO Autor(es): Ana Letícia de Souza Jorge; Kauane Regina Jaques; Leiliane Cássia Moratas; Juliana Maria de Paula Avelar Palavra(s) Chave(s): Artrite Reumatoide; COVID-19; Doenças Reumáticas; Tratamento Farmacológico. Título: CONTINUIDADE DO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DOS PACIENTES COM ARTRITE REUMATOIDE DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 Curso: MEDICINA Saúde RESUMO A Artrite Reumatoide consiste em uma doença crônica; autoimune; e com processo inflamatório das articulações; a qual precisa de tratamento adequado; e se possível precoce; uma vez que causa deformidades e limitações aos indivíduos acometidos. de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas utilizado no Sistema Único de Saúde; o tratamento contempla medicamentos de Primeira; Segunda e Terceira Linha; Imunossupressores e os de tratamento sintomático; sendo escolhido o tratamento de acordo com as demandas do paciente. Problema da pesquisa: em decorrência da pandemia de COVID-19; os indivíduos com Artrite Reumatoide se sujeitaram à modificações nas atividades diárias; e nas visitas de rotina ao médico; impactando assim na terapêutica devido à dificuldade gerada para manutenção dos planos de tratamento. Ademais; um desafio clínico que pode incorrer durante o tratamento de pacientes com Artrite Reumatoide é a justaposição de sintomas entre a Artrite Reumatoide e COVID-19; como a mialgia; artralgia; febre e marcadores inflamatórios elevados; manifestações clínicas frequentes em ambos os casos. Objetivos: Observar se houve continuidade ou não do tratamento medicamento para controle Artrite Reumatoide durante a pandemia de COVID-19e posterior ao agravo da doença. Metodologia: a pesquisa é quantitativa; transversal; e de caráter descritivo. Foi realizada por meio da aplicação de um questionário via plataforma Google Forms ®; em grupos de apoio à Artrite Reumatoide na rede social Facebook ®. Os dados foram compilados em uma tabela no Microsoft Excel ® para análise e os resultados expressos em gráficos e tabelas. Resultados: Mediante a avaliação dos dados coletados por meio do formulário houve um total de 66 participantes. ao analisar se houve abandono ou não de algum tratamento medicamentoso; em decorrência do contexto pandêmico; 27% dos indivíduos alegaram que interromperam o uso de fármacos para o tratamento de Artrite Reumatoide. em contrapartida 59% dos integrantes não deixaram de utilizar os medicamentos. Entretanto; quando observados os dados que evidenciam a piora dos sintomas durante o isolamento a porcentagem é mais alta; 57,6% dos entrevistados relatam que notaram piora dos sintomas associados à patologia. Foi averiguado nos participantes que haviam contraído o Sars-Cov-2 que cerca de 58% disseram não ter contraído COVID-19. entre os que contraíram COVID-19; 33% responderam que perceberam aumento de dores relacionadas a Artrite Reumatoide e apenas 8% não relataram alteração dos sintomas. Dentre os pacientes analisados que testaram positivo para COVID-19; 42% retornaram o tratamento para Artrite Reumatoide em até um mês; 21% retornaram o tratamento em três meses e 11% retornaram o tratamento em um tempo superior há 6 meses. Conclusões: Neste estudo; observou-se que a maioria dos entrevistados não deixou de fazer uso dos medicamentos para artrite reumatoide ao longo da pandemia de COVID-19; e entre os que suspenderam ou interromperam o uso da medicação esse fato deu-se em decorrência de impossibilidade do deslocamento até centros de saúde para tratamento endovenoso; e ao impedimento de obter o medicamento; podendo ser por falta de recursos ou escassez; como evidenciado no caso da hidroxicloroquina – fármaco utilizado concomitantemente no tratamento de COVID-19. no atual estudo; não houve levantamento da terapia medicamentosa que o paciente realizava e o motivo pelo qual ele deixou de usar o medicamento. a artrite reumatoide é uma doença crônica que necessita de um tratamento longitudinal. Quando a doença não está controlada e adequadamente manejada; pode incorrer em danos articulares; gerando incapacidades em atividades do dia a dia; diminuindo a qualidade de vida; e aumentando o risco de comorbidades; e a até doenças cardiovasculares. O tratamento da doença tem como principal objetivo a remissão dela; aumentando o índice de resposta clínica e redução dos danos articulares; quando iniciado o mais breve possível após o diagnóstico. a partir disso; essas informações corroboram com os dados obtidos na pesquisa; sendo assim; houve um aumento da piora dos sintomas entre os pacientes que deixaram de usar os medicamentos para o tratamento da artrite reumatoide ao longo da pandemia. Desta forma; é possível inferir a necessidade de novos estudos para melhor caracterização dos portadores de Artrite Reumatoide no contexto pandêmico; visto ser um tema novo e pouco explorado; ou com pesquisas em andamento. para benefício da população; os dados obtidos favorecem um acompanhamento e terapêutica adequados; tanto medicamentoso quanto multidisciplinar; favorecendo então a melhor qualidade dos atendimentos dos pacientes em questão. Saúde MEDICINA XIII Seminário de Pesquisa da Estácio