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FO TO : A D EL M O F RA N ÇA ÍN D IA D O B O I B RI LH O D A IL H A Ano XXIX São Luís - MA - Brasil Maio/Junho - 2019 R$ 15,00 Ano XXIX São Luís - MA - Brasil Maio/Junho - 2019 R$ 15,00 Ano XXIXAno XXIXAno XXIX São Luís - MA - BrasilSão Luís - MA - BrasilSão Luís - MA - BrasilSão Luís - MA - BrasilSão Luís - MA - BrasilSão Luís - MA - BrasilSão Luís - MA - BrasilSão Luís - MA - BrasilSão Luís - MA - BrasilSão Luís - MA - BrasilSão Luís - MA - BrasilSão Luís - MA - BrasilSão Luís - MA - BrasilSão Luís - MA - BrasilSão Luís - MA - Brasil Maio/Junho - 2019 Maio/Junho - 2019 Maio/Junho - 2019 Maio/Junho - 2019 Maio/Junho - 2019 Maio/Junho - 2019 Maio/Junho - 2019 Maio/Junho - 2019 Maio/Junho - 2019 Maio/Junho - 2019 Maio/Junho - 2019 Maio/Junho - 2019 R$ 15,00 R$ 15,00 R$ 15,00 Ano XXIX São Luís - MA - Brasil Maio/Junho - 2019 R$ 15,00 6 Maranhão Turismo Mais que um hotel, o Rio Poty São Luis é uma superestrutura projetada para tornar a estadia de seu hóspede mais fácil, acessível e dinâmica na capital maranhense. São 142 apartamentos panorâmicos completos, com vista deslumbrante para o mar. TARRAFAS NÃO PERCA TEMPO! AGENDE AGORA MESMO SEU EVENTO eventos@riopotysaoluis.com.br eventosslz@riopotysaoluis.com.br (98) 3311 1540 • (98) 3311 1541 RioPotyHotel RioPotyHotelOficial DISPOMOS DE 08 SALAS DE EVENTOS E 01 CENTRO DE CONVENÇÕES Através dos eventos, buscamos atender as necessidades e desejos de cada cliente, com trabalho em excelência, planejamento, organização, criação, atendimento, realização e comodidade By Tarrafas Hotéis RIO POTY HOTEL SÃO LUÍS - MARANHÃO Maranhão Turismo 7 Mais que um hotel, o Rio Poty São Luis é uma superestrutura projetada para tornar a estadia de seu hóspede mais fácil, acessível e dinâmica na capital maranhense. São 142 apartamentos panorâmicos completos, com vista deslumbrante para o mar. TARRAFAS NÃO PERCA TEMPO! AGENDE AGORA MESMO SEU EVENTO eventos@riopotysaoluis.com.br eventosslz@riopotysaoluis.com.br (98) 3311 1540 • (98) 3311 1541 RioPotyHotel RioPotyHotelOficial DISPOMOS DE 08 SALAS DE EVENTOS E 01 CENTRO DE CONVENÇÕES Através dos eventos, buscamos atender as necessidades e desejos de cada cliente, com trabalho em excelência, planejamento, organização, criação, atendimento, realização e comodidade By Tarrafas Hotéis RIO POTY HOTEL SÃO LUÍS - MARANHÃO São João do Maranhão 12/19 Tambor de Crioula 24/25 32 46 40 26/27 Prefeitura de São Luís Inaugura o Museu da Gastronomia Maranhense 36/37 Entrevista com Diego Galdino Secretário de Estado da Cultura O desejo de Catirina Menestrel da Baixada Turistas são recebidos em clima de São João no Aeroporto de São Luís SU MÁ RIO FO TO : C H A RL LE S ED U A RD O FO TO : C H A RL LE S ED U A RD O Maranhão Turismo 11 CULINÁRIA, CULTURA E RELIGIOSIDADE MARCAM O SÃO JOÃO DO ESTADO DO MARANHÃO No mês de junho, um clima de magia se apodera de todo o Estado do Maranhão e, mais precisamente, da sua capital, a Ci- dade de São Luís, patrimônio cultural da humanidade. Ao longo do mês, e até mesmo antes dele e depois dele, são cultivados os três santos festeiros da Religião Católica: Santo Antônio, São João e São Pedro, todos reverenciados nos arraiais e terreiros espalhados por essa terra abençoada por Deus. As inúmeras brincadeiras praticadas nesta época do ano re- únem Bumba Meu Boi e Tambor-de-Crioula — ambos, patri- mônios culturais imateriais do Brasil —, além de cacuriá, dança do coco, dança do Lelê, dança do Péla Porco, dança portuguesa e as inúmeras quadrilhas, dentre tantas outras manifestações culturais. São incontáveis os grupos, praticamente todos eles apoiados pelos poderes públicos municipal e estadual. Geralmente, as apresentações ocorrem nos dias de Santo Antônio (santo casamenteiro), de São João (com rituais de ba- tismo dos bois), São Pedro (com procissão marítima) e São Mar- çal (grande encontro tradicional de bois de matraca, realizada no Bairro do João Paulo, na Cidade de São Luís),. Há, também, eventuais Encontro de Bois de Zabumba Encontro de Clarins — esse, no Bairro Monte Castelo, na primeira quinzena de julho. No Dia de São João, 24 de junho, é comum ver fogueiras ilu- minando a noite em vários pontos de diversas cidades por todo o Estado do Maranhão, herança de antiga tradição católica: acen- der fogueiras neste dia rememora acordo feito entre as primas Isabel (mãe de João Batista) e Maria (mãe de Jesus Cristo). A pri- meira teria acendido uma fogueira na frente de sua casa, anun- ciando a Maria o nascimento de João, daí surgindo a tradição. As guloseimas do período festivo são bolo de macaxeira (ou aipim, ou mandioca, em outras partes do Brasil), canjica, cuxá (camarão seco, farinha de mandioca, gergelim, pimenta- -de-cheiro e vinagreira, e pimenta-de-cheiro), manuê (bolo de açúcar, farinha de trigo, fubá, mandioca ou milho verde, coco ralado, leite de coco, manteias e melaço), mingau de milho, pa- monha, peixe frito, vatapá, arroz de cuxá e maria isabel , tortas de camrão e caranguejo. É relaxar e apreciar a rica culinária e a preciosidade de sons e timbres produzidas por artistas populares a partir do repinicar das matracas dos Bois da Ilha, a magia do sotaque do Boi de Zabumba, o encantamento da dança do cacuriá (em pares, com formação em círculo, o “cordão”, acompanhada por pequenos tambores, Caixas do Divino) e o mistério dos cazumbás (seres fantásticos do bumba-meu-boi), todos encenando a riqueza Cultural do Estado. Boa Leitura! Até a próxima. Revista Maranhão Turismo Coordenação Editorial e Publicidade Léa Zacheu Administrativo Financeiro Sérgio Quirino Revisão Lara Zacheu Reportagem João Zuccaratto Léa Zacheu Diagramação Renê Caldas (renecaldas0@gmail.com) Foto Capa Fotográfo - Adelmo França Fotos Charlles Eduardo Rua 10 Nº 20 São Francisco São Luís - Maranhão- Brasil CEP ‒ 65076-520 Fone: (98) 98152 0970 (Tim) / (98) 99607 3423 (Oi) (98) 98211 1426 (Tim) E-mail: revistamaturismo@gmail.com @revistamaturismo *Os anunciantes são os únicos responsáveis por todos os conceitos, conteúdos, erros, falhas, incoerências, informações, imagens, ofertas, opções, propostas, textos e similares constantes das próprias matérias promocionais, peças publicitárias e semelhantes publicadas nesta edição. FO TO : C H AR LL ES E D U AR D O CA RT A AO L EI TO R FO TO : C H A RL LE S ED U A RD O 12 Maranhão Turismo FESTAS JUNINAS SEM COMPARAÇÃO NO BRASIL São João do Maranhão Um mês de comemorações. Sai fogueira, sai quadrilha, entra grupo de Bumba Meu Boi. Festa junina diferenciada, diferente do resto do Nordeste e de todo o Brasil. Arraiais espalhados pela cidade permitem apreciar as diversas formas de apresentação. A identificação “festa junina” tem duas vertentes, oriundas da Espanha e de Portugal, países da Europa com for- te influência da religião católica. Uma, das festas dedicadas a Santo Antônio, São João e São Pedro, todas acontecen- do ao longo do mês de junho. Outra se restringe à comemoração de São João. Tanto que, nos primórdios, era chamada de “Festa Joanina”. Seja a primeira ou a segunda, são festividades trazidas para o Brasil pelos colonizadores portugue- ses. Aqui, assimilaram influências dos nativos e negros. Embora comemoradas em todo o Brasil, na Região Nordeste as festas juninas ganharam expressão especial. Região assolada por grandes secas, a população aproveita esta época para agradecer por chuvas e pedir maior far- tura nas safras — principalmente a do milho. Como no mês de junho acontece o auge da colheita deste cereal, grande parte dos bolos, doces e salgados re- lacionados às comemorações são feitos à base do grão: canjica, curau de milho verde, cuscuz, milho cozido, pamonha, e pipoca são apenas alguns exemplos. FO TO S: C H A RL LE S ED U A RD O Maranhão Turismo 13 Também no cardápio estão arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pi- nhão,bom-bocado, broa de fubá, co- cada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente e batata doce. A soma de tudo isso criou forte atrativo turístico, tanto dentro do nosso próprio País quanto lá fora. Se, ainda, a maioria dos visi- tantes é de brasileiros, é crescente a presença de europeus, asiáticos e norte-americanos. Todos buscando o Nordeste Brasileiro para vivenciar as manifestações e aproveitar praias, conhecer folclore, visitar patrimônios históricos etc. No Brasil, festa junina acontece no Arraial, retrato das pequenas vilas características do interior do País. As casas são representa- das por barracas montadas no entorno da praça onde se fixa pau-de-sebo, monta-se fogueira e ocorrem apresen- tações de dança típica. É a Quadrilha, contrabandeada de salões nobres para o chão de terra batida da Colônia. Cadenciada por música carac- terística e passos marcados, casais exibindo vestimentas da moda caipira cumprem roteiro ditado por mestre de cerimô- nias, com termos do francês. Mas, nos Municípios ao redor da Cidade de São Luís, a capital do Estado do Mara- nhão, esta tradição ganhou toque diferenciado. 14 Maranhão Turismo No Arraial, pode até ter fogueira e quadrilha. E, além de Santo Antônio, São João e São Pedro, reverencia-se São Marçal. Entretanto, os senhores das noi- tes do mês de junho são os grupos de bumba meu boi. Manifestação popular tombada como Patrimônio Imaterial Brasileiro, são mais de 500 em atuação, cada um dando toque especial à mesma narrativa de simplicidade ímpar. A lenda foi criada em torno do desejo de grávida de uma Sinha- zinha: comer a língua do Boi mais adorado pelo Fazendeiro, patrão, Amo, do seu marido, o Vaqueiro. Buscando satisfazer a mulher, e evitar filha ou filho com cara de boi ou vaca, o esposo decide agir. No meio da noite, escondido, rouba e mata o animal. E prepa- ra a iguaria para saciar a vontade da amada. Quando o Fazendeiro descobre o ocorrido, o Vaqueiro esconde-se na mata, fugindo da punição. Sabendo disso, o Amo chama os Índios vivendo as terras. FO TO S: C H A RL LE S ED U A RD O Maranhão Turismo 15 O Fazendeiro ordena aos na- tivos entrarem na floresta para buscar o fugitivo. Capturado, o Vaqueiro é colocado à frente do Amo, para ser julgado e conde- nado pelo crime. Mas o empre- gado reconhece o erro, pede perdão e se compromete trazer o Boi de volta à vida. Rezando com fé em Deus, o Vaqueiro consegue ressuscitar o Boi e este fato pas- sa a ser comemorado por todos: Amo, Boi, Índios, Sinhazinha e Vaqueiro. Há versões nas quais são acrescentados personagens para ajudar o Vaqueiro na ressur- reição: Doutor ou Pajé. Com enredo único e personagens iguais, grupos de bumba meu boi diferenciam-se por sotaques. Os mais comuns são co- res das indumentárias e cria- tividade das fantasias. Porém, na Cidade de São Luís, e por todo o seu entorno, há um bem mais marcante. É o so- taque, ou estilo, definido por características, modos de se expressar, singulares de uns e de outros. Elas podem ser assim resumidas: adereços diferenciados, instrumentos específicos, toques especiais, músicas particulares, toadas próprias e danças peculiares. 16 Maranhão Turismo Assim, com o passar dos anos e a evolução nas apre- sentações, até o momento, acabaram sendo classificados por cinco sotaques: Baixada, Costa de Mão, Matraca, Or- questra e Zabumba. Nada im- pede de, a qualquer momen- to, alguém inovar, criando novo sotaque. • Bumba Meu Boi Sotaque de Baixada O sotaque Bumba Meu Boi de Baixada exibe três as- pectos fundamentais: uma estética apurada na criação e confecção das fantasias dos brincantes; personagem cria- do por ele: Cazumba, vestido de bata, máscara e chocalho na mão; e, toadas com ritmo mais lento. • Bumba Meu Boi Sotaque de Costa de Mão O sotaque Bumba Meu Boi de Costa de Mão é tam- bém conhecido como Bum- ba Meu Boi de Cururupu. Como o próprio nome reve- la, destaca-se pelo uso das costas das mãos para vibrar instrumentos de percussão pendurados no pescoço dos músicos brincantes. FO TO S: C H A RL LE S ED U A RD O Maranhão Turismo 17 • Bumba Meu Boi Sotaque de Matraca O sotaque Bumba Meu Boi de Matraca também é conhe- cido como Sotaque da Ilha, por ter sido criado no interior da ilha na qual está abrigada a Cidade de São Luís. É assim batizado pela ênfase dada ao uso da matraca como princi- pal instrumento de percussão. • Bumba Meu Boi Sotaque de Orquestra O sotaque Bumba Meu Boi de Orquestra também se diferencia por três aspectos: vestes ricamente bordadas e bastante coloridas; incorpora- ção de instrumentos de sopro como saxofone e trompete; e, toadas impregnadas de ritmo suave, em som lírico e nostál- gico. • Bumba Meu Boi Sotaque de Zabumba O sotaque Bumba Meu Boi de Zabumba cadencia suas apresentações sob o rufar de tambores de origem africana. As toadas se desenvolvem como experiências sonoras marcadas pela forte vibração originada a partir de grandes caixas e enormes maracás. 18 Maranhão Turismo Vale a pena conhecer o São João de São Luís. Se não está presente nesse ano, aproveite para progra- mar uma visita à capital do Estado do Maranhão sem atropelos. Planeje com antecedência para usufruir pa- cotes com preços mais em conta do que em cima da hora. Pesquise na Internet, informe-se mais sobre as apresentações dos grupos de Bumba Meu Boi, vá a uma agência de via- gens e monte o passeio de acordo com suas possibilidades. Estando lá, use o todo o dia perambulando pela cidade, pois há muito para se conhecer. FO TO : W A LN N EY F O TO S Maranhão Turismo 19 Só para se ter uma ideia, são cerca de 70 atrativos turísticos apenas na área da Cidade de São Luís. O Centro Histórico é dos mais ricos, tanto em beleza quan- to em quantidade de imóveis. Um dos destaques são as fachadas de milhares de casas cobertas com azulejos. Reserve os inícios das noites para frequentar os muitos arraiais espalhados pela cidade. Há dos mais populares aos mais sofisticados. Uma boa pedida é definir a programação sotaque a sotaque. Assim, retornará casa tendo ideia completa das variações musicais. FO TO S: C H A RL LE S ED U A RD O 20 Maranhão Turismo Encontro de Grupos de Bumba Meu Boi na Capela de São Pedro Tradição com quase oito décadas A data 30 de junho, além de mar- car o final do mês e o encerramento do período das Festas Juninas, tem significado especial para os grupos de Bumba Meu Boi: trata-se do Dia de São Marçal, santo não reconhe- cido pela Igreja Católica, mas reve- renciado pelos brincantes de todas aquelas agremiações. E na Cidade de São Luís, a capital do Estado do Maranhão, existe um ritual bem es- pecial, antecipando aquele momento de devoção. Trata-se do Encontro de Grupos de Bumba Meu Boi na Capela de São Pedro, templo localizado no Bairro Madre de Deus, a Sudoeste da área urbana. Após concluir suas apresentações nos arraiais, centenas deles se diri- gem para lá, ao longo da virada do dia 28 para o dia 29, pedindo bên- çãos e proteção, pagando promessas ou agradecendo por graças alcança- das. E aguardam o raiar do Sol ao som das matracas e dos pandeirões. FO TO S: C H A RL LE S ED U A RD O Maranhão Turismo 21 Esta tradição, de estar junto do Protetor dos Pescadores, vai para completar oito décadas de existên- cia. Dali, nem todos retornam às suas casas, dando continuidade à devoção em mais duas oportunida- des. Demonstrando resistência sem parar ainda pela manhã, juntam-se à bela procissão marítima come- morativa do Dia de São Pedro — alguns, a bordo das embarcações integrantes do desfile; e, muitos, às margens do trajeto percorrido por elas. O cortejo formado por catamarãs, barcos de todas as dimensões, canoas movidas a vela , todos bastante enfeitados com bandeiras e outros motivos, seguem próximos uns dos outros, lentamente, sob o pipocardos fogos de artifício. Partem da Rampa Cam- pos Melo, no Bairro da Praia Grande, vão em direção ao Genipapeiro, cruzam a orla da Ponta d’Areia e adentram o Rio Bacanga. Nesse curso d’água, avan- çam até a barragem, de onde retornam ao local de saída. Na parte da tarde, sempre a partir das 17 horas, acontece a procissão terrestre. Ela sai da Capela de São Pedro e, devagar, percorre Rua de São Pantaleão, Rua do Passeio, Praça da Saudade e Aveni- da Rui Barbosa, voltando ao pequeno templo. Com os es- paços ao redor tomados por fiéis, missa campal fecha com chave-de-ouro as Festas de São João. FO TO S: C H A RL LE S ED U A RD O 22 Maranhão Turismo Encontro dos batalhões de Bumba Meu Boi no Dia de São Marçal Evento fecha com chave-de-ouro as comemorações pelas Festas de São João O encerramento das Fes- tas de São João, no Estado do Maranhão, acontece no dia 30 de junho, o último do mês. É um momento com significado especial para todos os grupos de bumba meu boi. Trata-se do Dia de São Marçal, santo não reconhecido pela Igreja Católica, mas reverenciado pelos integrantes de todas aquelas agremiações. E na Cidade de São Luís, a capital do Estado do Mara- nhão, um ritual especial marca esse momento. Trata-se do Encontro dos Batalhões de Bumba Meu Boi, no Bairro do João Paulo, próximo ao Centro da cidade. Dezenas de grupos convergem para lá, com os seus milhares de participantes ocupando jus- tamente a Avenida São Marçal. Essa manifestação popular, com mais de 90 anos de existência, chamada também de Bois da Ilha, foi classificada como bem cultural imaterial do Município e a data está oficializada como Dia Municipal do Brincantes de Bumba Meu Boi. FO TO S: C H A RL LE S ED U A RD O Maranhão Turismo 23 Na verdade, o primeiro encontro de grupos de bum- ba meu boi no Bairro do João Paulo ocorreu em 29 de junho de 1928. Três grupos — Boi do Sítio do Apicum, Boi da Maioba e Boi do Lugar dos Índios, este do Povoado de São José dos Índios, vindo do vizinho Município de São José de Ribamar se reuniram onde agora está a Praça Ivar Salda- nha. A apresentação aconteceu após o convite de um comer- ciante apaixonado pela cultura popular, o senhor José Pacífico de Moraes. O evento foi um sucesso, le- vando-o a se repetir ano a ano. Mas, para evitar a concorrência com as procissões marítima e terrestre em homenagem a São Pedro, realizadas no mesmo momento, o encontro mudou para o dia seguinte. Também ocorreu a alteração do espaço, em virtude do crescimento do público ali presente. Ao final, os brincantes retornam às suas casas, guardam instrumentos e vestimentas com carinho e começam a pensar no São João do próximo ano. 24 Maranhão Turismo De origem africana, a brincadei- ra é praticada durante o ano inteiro em muitos municípios maranhenses, notadamente na época do carnaval ou durante os festejos juninos, e ain- da como pagamento de promessa, festas de aniversário, despedida de amigos ou de parentes ou em louvor do santo padroeiro associada a essa manifestação, São Benedito. O Tambor de Crioula também é praticado em terreiros de Tambor de Mina e similares, possuindo caráter religioso. Antigamente, os brincantes se apresentavam com a roupa do cor- po. Há cerca de 50 anos atrás, foi “inventada” uma indumentária. As mulheres são chamadas de corei- ras e se trajam com saias rodadas, geralmente de chita, e usam blusas brancas ou rendadas, com adornos de flores na cabeça. Usam colares, brincos, pulseiras e geralmente um torço branco na cabeça. Os homens são denominados de coreiros e usam calça comum, camisas estampadas e chapéu de palha. Tambor de Crioula A manifestação cultural é uma das mais significativas do Maranhão. São utilizados três tambo- res, a princípio feitos de ma- deira (mangue ou pau d’arco, maçaranduba, dentre outras), de acordo com a região na qual a manifestação existe. A esse conjunto de tambores os brincantes denominam de parelha. O menor dos tambo- res é chamado de crivador ou pererengue, o tambor médio e denominado de meião, tam- bor do meio ou chamador, en- quanto que o maior de todos é conhecido como roncador ou rufador, que, com a ajuda de duas baquetas, percutidas con- tra o corpo do tambor, com- plementa a marcação sonora, acompanhada por composi- ções geralmente já prontas ou improvisadas na hora da apre- sentação, chamadas de toadas, que também são repetidas pe- las coreiras. FO TO S: C H A RL LE S ED U A RD O Maranhão Turismo 25 O Tambor de Crioula é uma dança circular. Após o início do toque dos tambores, uma mulher de cada vez sai do círculo em volta dos tambores e dança na frente dos tocadores numa apresentação solo que mostra o seu estilo ao dançar. Atrás deles ficam outros tocadores e acompanhantes que se revezam no toque dos tambores, engros- sando o coro das toadas e tocando palmas. Cada toque recebe o nome de marcha. Uma particularidade interessante da dança se chama punga ou umbigada, um toque dos ventres de duas mulheres dançantes, um sinal para que a mulher que está dançando saia do centro, cedendo espaço àquela que saiu da roda e se apresentará em seguida. O Tambor de Crioula é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artís- tico Nacional - IPHAN como Patrimônio Imaterial da Cul- tura Brasileira desde o ano de 2007. Manifestação cul- tural muito reverenciada em todo o Maranhão, a Lei de nº 13.248, de 12 de janeiro de 2016 instituiu o dia 18 de ju- nho como o Dia Nacional do Tambor de Crioula. 26 Maranhão Turismo En tr ev ist a Secretário de Estado da Cultura Diego Galdino “A RIQUEZA, SINGULARIDADE E DIVERSIDADE DA NOSSA CULTURA CHAMAM A ATENÇÃO DO MUNDO INTEIRO” Este ano, o São João, na ver- dade, começou ainda em maio, com a surpresa da deco- ração junina no Centro Histó- rico. A Secretaria imaginava a repercussão dessa ação? Sempre procuramos ino- var, trazendo novidades para maranhenses e turistas que estão no nosso Estado duran- te essa época tão especial. Trabalhamos com carinho e cuidado e na decoração desse ano, mas, confesso, não imaginávamos um impacto tão amplo, com repercus- são até nacionalmente. Os mosaicos de bandeirinhas invadiram as redes sociais, atraíram a população para a Praia Grande e encantaram a todos. Estamos muito felizes e já pensando em como sur- preender em 2020. Tem mais alguma surpresa para essa temporada? Sim. No arraial do IPEM, o Centro Social dos Servidores Públicos do Estado do Mara- nhão, montamos espaço para promoção das nossas casas de cultura, museus, centros de memória e bibliotecas do Maranhão. Vale muito a pena a visita. Mesmo com todas essas novi- dades, a concorrência durante as festividades juninas no Nordeste é muito grande. Dá para competir na atração de pessoas para as festividades locais? Sim, claro! A riqueza, sin- gularidade e diversidade da nossa cultura chamam a aten- ção do mundo inteiro. Neste ano, investimos em divulgação antecipada do nosso São João, em redes sociais e com peças publicitárias nos principais aeroportos do País, para fazer as pessoas se interessarem em conhecer o São João do Ma- ranhão, programando-se com antecedência para virem nos visitar nesse período. Fizemos tudo isso em parceria com a Secretaria de Comunicação e Assuntos Políticos. O que mais diferencia as fes- tividades do Estado do Mara- nhão da de outros Estados? Fazemos uma festa única, voltada para toda a família. Nossas manifestações culturais são belíssimas e só podem ser encontradas aqui. Nossos rit- mos são contagiantes e todos os eventos são muito seguros. FO TO S: C H A RL LE S ED U A RD O Maranhão Turismo 27 Além da capital, a Cidade de São Luís, onde haverá programação junina patrocinada pelo Governo do Estado? Além da Cidade de São Luís, nossa belíssima capital, teremos festividades juninas com apoio do Governodo Estado do Ma- ranhão na Cidade de Imperatriz, nosso segundo maior núcleo urbano. Mas estamos apoiando outras dezenas de Municípios com atrações culturais nesse perí- odo também. Dá para avaliar quantos grupos estarão integrados na programa- ção junina? Os credenciamentos culturais, muito bem-sucedido, mais uma vez, indicaram 600 grupos. Esta- mos montando a programação do São João do Estado do Mara- nhão de 2019 com mais de 400 deles. É possível pensar em manter equipamentos de cultura com atividades o ano inteiro? Sim. E é o que temos feito. Nossos museus, casas de cultu- ra e pontos de memória estão funcionando das terças-feiras aos domingos, abertos ao público de forma integralmente gratuita. 28 Maranhão Turismo Se Baião, Baile de Caixas, Bambaê das Caixeiras, Bumba Meu Boi, Carimbó das Caixeiras, Carimbó de Caixas, Dan- ça do Caroço, Dança do Coco, Dança do Lelê, Quadrilha, Tambor de Crioula e Valsa — além de outras manifestações populares menos conhecidas pelo Esta- do do Maranhão — são todas, pode- mos dizer, seculares, a Dança do Cacu- riá nasceu outro dia: mais precisamente, em 1972, há quase 50 anos. Foi quando a folclorista e pesquisa- dora maranhense Zelinda Lima encafifou com a ideia de enriquecer as comemo- rações das Festas de São João com mais uma brincadeira. Vai daí, ela procurou um dos maiores entendidos no tema da Cidade de São Luís. Tratava-se do senhor Alauriano Campos de Almeida, mais conhecido por “Seu Lauro”. Logo este estava encantado com a solicitação, e saiu a campo para encontrar e trazer a novidade. Ele já tinha informações sobre uma manifestação chamada Baile de Caixas, ou Carimbó de Caixas, dança de roda desenvolvida som e ao toque das cai- xeiras da Festa do Divino Espírito San- to. Viu ali solução do problema. Como os grupos envolvidos concentravam-se no Município de Guimarães, situado no litoral a Oeste da capital do Estado, viajou imediatamente para lá — interes- sado em conhecer como tudo aquilo era desenvolvido. Ritmo contagiante da Dança do Cacuriá Criada em 1972, é a caçula das manifestações populares do Estado do Maranhão FO TO S: C H A RL LE S ED U A RD O Maranhão Turismo 29 Primeiro, foi informado da práti- ca ter sido inspirada na atuação das caixeiras logo após a Derrubada do Mastro, encerramento da Festa do Divino Espírito Santo. Elas seguiam se divertindo, cantando e dançando o tal Bambaê de Caixas ou Carimbó das Caixeiras. Estas denominações variavam de acordo com a locali- dade onde eram desenvolvidas. E “Seu Lauro”, como não poderia ser diferente, se encantou com a atua- ção das mulheres. Elas começam antes, ainda du- rante o ritual de derrubamento do mastro. Conforme iam serrando o tronco, entoavam versos de duplo sentido e dançavam com rebolado muito contagiante. Além de acom- panhar de perto algumas exibições, anotou detalhes sobre vestimentas, relacionou os instrumentos neces- sários, pediu explicações sobre a forma de composição dos versos... E retornou já sabendo como aten- der ao pedido da folclorista. Não demorou muito, nascia o Cacuriá de Seu Lauro, alcançando sucesso sem igual devido, principal- mente, à dança sensual e à alegria transmitida às plateias por todos os brincantes. Ele também aprimorou o som, adicionando novos instru- mentos ao grupo de caixas: baixo, banjo, cavaquinho, flauta, percussão e violão. O mesmo aconteceu com o figurino, com roupas mais elabora- das, permitindo somar teatralidade à movimentação. Para a música, aos toques populares da Festa do Divino Espírito Santo, agregou Baião, Carimbó, Dança do Caroço e Valsa. E aproximou a assistência: as caixeiras puxam os versos, os dan- çarinos respondem executando as coreografias, permitindo ao público fazer o coro. O Cacuriá de Seu Lau- ro foi único até 1986, quando uma ex-integrante do grupo, Dona Teté, criou o Cacuriá de Dona Teté. Am- bos são sucesso até os dias atuais. 30 Maranhão Turismo Assim como a Quadrilha das Festas Juninas por todo o Brasil, a Dança do Lelê também foi importada dos nobres salões de palácios espalhados pela Eu- ropa e adaptada ao chão de terra batida das pequenas cidades do nosso interior. Apesar da origem francesa, veio com características da Península Ibérica, onde estão situados Espanha e Portugal. Aqui chegou mostrando claramente influência das culturas espanhola, francesa e portuguesa. Foi introduzida no Estado do Ma- ranhão no final do século XIX, anos 1800, pela região ao Sul da capital, a Cidade de São Luís. Mais precisamen- te, no Município de Axixá e no Muni- cípio de Rosário. E ganhou dois outros nomes: Dança do Pela Porco e Dança dos Velhos. O primeiro pelo momen- to de festa ser aproveitado para matar galinhas e pelar porcos, para servir aos convidados; o outro, por praticamente só ser dançada por idosos. Dança do Lelê ou Dança do Pela Porco ou Dança dos Velhos Apresentação folclórica tem desenvolvimento extremamente organizado A Dança do Lelê, com co- reografia diversificada, espon- tânea, e acompanhamento por música contagiante e cantoria cadenciada, lenta, repetitiva, com versos improvisados, agra- dando tanto quem dança quanto os assistentes da manifestação, obedece a um desenvolvimento extremamente organizado. Tudo acontece sob a coordenação de um Mandante e são cumpridas quatro etapas: Chorado, Dança Grande Talavera e Cajueiro. Ao som misturando banjo — ou cavaquinho —, flauta, violão, violino — ou rabeca — e pandeiro, junta-se repicar de castanholas, nítida herança castelhana. Os dançarinos vêm em filas de homens e mulheres. O lado masculino apresenta-se mais afoito, com pulos e sapa- teado, aos gritos de “Pela” ou “Lê-lê-lê”; já o lado feminino, mostra-se bem mais contido. O primeiro par é chamado Cabe- ceira de Cima; o último, Cabe- ceira de Baixo. FO TO S: C H A RL LE S ED U A RD O Maranhão Turismo 31 Em algumas oportunida- des, o homem ou a mulher do par Cabeceira de Cima acu- mula a função de Mandante, orientando sobre a execução das coreografias. A primeira parte, o Chorado, começa com cantores e músicos se apre- sentando, saudando o público presente e convidando a todos a participar da festa. Imediata- mente, as filas de dançarinos deixam a plateia e tomam o es- paço do salão, apresentando- -se distantes, uma de frente à outra. Em seguida, vem a segunda etapa, a Dança Grande, parte mais demorada da Dança do Lelê, na qual os brincantes se cortejam. Frases rimadas, ge- ralmente em tom satírico, são entoadas pelos cantores, na forma de estrofes como quatro versos. Em boa semelhança a uma outra forma de arte muito popular por todo o Nordeste Brasileiro, os desafios entre repentistas, envolvem também diálogos entre os cantadores, com um cutucando o outro. Lá pelo início da ma- drugada acontece o ter- ceiro momento da Dança do Lelê, abrindo-se a Talavera. Agora, os brin- cantes dançam de braços dados, com os cantores expressando cânticos com estrofes também de quatro versos, rimados. Sob temática com abor- dagem romântica, eles perguntam aos dançari- nos os motivos de cada um deles ter vindo e es- tar ali na festa. Como são muitos os participantes, a diversão prolonga-se por longo tempo. A derradeira compo- nente da Dança do Lelê chama-se Cajueiro. Nes- se momento, em antece- dência ao encerramento das atividades, os músi- cos são saudados, bem como os donos da casa na qual se realiza o even- to. Com coreografia, di- versificada, também em estrofes de quatro versos rimados, chegou a hora de “ajuntar castanha e entregar o caju”, dizem os brincantes, geralmen- te coincidindo com o nascer do Sol, o desper- tar do dia. É comum apresenta- ções da Dança do Lelê acontecem de acordo com as festas católicas, mas não existam datas fixas para isso. Pode ser janeiro, ocasião da Folia de Reis; maio, na Festa do Divino; junho, Festa de Santo Antônio; agos- to, Festa de São Benedi- to; dezembro,Festa de Nossa Senhora da Con- ceição — como também podem acontecer no pe- ríodo carnavalesco. Ela também pode ser apre- sentada como pagamen- to de promessa. 32 Maranhão Turismo Presente no São João do Maranhão, O melhor do Brasil! A peça “O Desejo de Catirina” é um espetáculo teatral baseado na história tragicômica mais po- pular dos folguedos maranhenses: O Auto do Bumba meu Boi. Conta a lenda que no mês de junho, a negra Catirina, grávida, de madrugada, sente um desejo muito estranho e arriscoso: o desejo de comer “um cozido de língua de boi”. Só que não era um cozido de língua de um boi qualquer. Tinha que ser a língua do boi “Mimoso”, o boizinho mais querido da fazenda e que, além de garboso e malhado, sabia dançar. O coitado do “Nêgo Chico” ainda tenta de todas as for- mas dissuadir sua amada, sugerin- do-lhe outras “iguarias” típicas de mulher grávida e desejosa. Porém, não teve jeito nem conversa. Cati- rina faz um drama e não restou se- não ao Chico, pesar e medir entre o delito e o amor, roubar o boizinho Mimoso e tirar-lhe a língua para a sua “Catitinha”. Dá-se a tragédia. O Desejo de Catirina (Adaptação livre do texto: Wilson Chagas) Entretanto, aproxima-se o dia dos festejos juninos e, du- rante os preparativos, o dono da fazenda manda buscar o seu boizinho de estimação e prepara-lo pra dançar para os convidados e descobre atra- vés de seus vaqueiros que o Mimoso sumiu e, pior: MOR- REU. Entre desmaios e des- mandos, choro e alvoroço, o Patrão inconformado, manda os vaqueiros irem à descober- ta de quem havia cometido tamanho crime. Os manda- dos retornam com a notícia de que haviam encontrado os restos mortais do Mimoso “lá pras bandas da casa do Nego Chico”. Ante a denúncia, o Patrão manda trazer o “dito cujo” já preso e amarrado para pagar por tamanha desfeita. Chegam os vaqueiros com o “Nego Chico” amarrado e que, depois de açoitado pelo chicote do Patrão, confessa o “crime de amor”. Contudo, Chico pede uma chance para tentar reparar o dano. O Patrão consente e Chico vai em busca do Ca- zumbá e implora ao espírito da floresta que ressuscite o Boi Mimoso. O Cazumbá faz uma dança-ritual e o boizinho começa a dançar. Então tudo termina em festa. Mas... aí... vem a comédia que só assis- tindo pra saber! FO TO S: D IV U LG A ÇÃ O Maranhão Turismo 33 Presente no São João do Maranhão, O melhor do Brasil! 34 Maranhão Turismo Os cinco municípios da Rotas das Emoções e São Luís, que é um dos por- tais de entrada do roteiro, estão entre os 56 municípios do Nordeste que serão contemplados pelo programa Investe Turismo, desenvolvido conjuntamente pelo Ministério do Turismo, Sebrae e Embratur e que investirá cerca de R$ 200 milhões nas cidades selecionadas para o programa em todo o país. Para o Maranhão, estão destinados R$ 2,3 milhões. A iniciativa vai levar um pacote de ações de investimentos, incentivos a novos negócios, acesso ao crédito, ma- rketing, inovação e melhoria de serviços voltados para 26 regiões turísticas dos nove estados nordestinos. A meta é unir setor público e iniciativa privada para preparar e promover a competitividade de dez rotas turísticas estratégicas de toda a macrorregião. A Rota das Emoções é um roteiro integrado que envolve 15 cidades de três estados: quatro no Piauí (Cajueiro da Praia, Ilha Grande, Luís Correia e Parnaíba) cinco no Ceará (Barroquinha, Camocim, Chaval, Cruz e Jijoca de Jeri- coacoara) e cinco no Maranhão (Araio- ses, Barreirinhas, Paulinho Neves, Santo Amaro e Tutóia). Fortaleza e São Luís são considerados os portais de entrada do roteiro por terem infraestrutura aero- portuária apropriada para receber voos nacionais e internacionais. Rota das Emoções está em programa estratégico de estimulo ao Turismo Apresentação folclórica tem desenvolvimento extremamente organizado Os grandes atrativos do ro- teiro são o Delta do Parnaíba, no Piauí, o único em mar aberto das Américas; o Parque Nacional dos Lençóis, no Maranhão, um aglomerado de dunas e lagoas de beleza singular; e Jericoaco- ara, no Ceará, local de vento e água, propício para a prática de esportes náuticos. Além dos municípios ma- ranhenses da Rota das Emo- ções, destinos como Fernando de Noronha, em Pernambuco; Maragogi, em Alagoas; Canindé de São Francisco, em Sergipe; Porto Seguro, na Bahia; Jerico- acoara, no Ceará; Luís Correia, no Piauí; São Raimundo Nonato, no Piauí; Cabedelo, na Paraíba e Parnamirim, no Rio Grande do Norte, serão beneficiados pelos investimentos. A ideia é que os projetos a serem implementados aumentem a qualidade da oferta turística das rotas selecionadas na região Nordeste. O diretor superintendente do Sebrae no Maranhão, Albertino Leal; o presidente do CDE, Raimundo Coelho;e o presidente do Sebrae Carlos Melles Para o presidente do CDE do Sebrae no Maranhão, Raimundo Coelho, o turismo é uma alternativa para garantir renda e qualidade de vida para os maranhenses O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, disse que a intenção do programa Investe Turismo é desenvolver as vocações do turismo nas rotas contempladas FO TO S: D IV U LG A ÇÃ O Maranhão Turismo 35 Em grande estilo, a jorna- lista, colunista, promoter Ilze Rangel Fofa, recebeu suas ce- lebridades e agraciados com o 13 Troféu Inside By Fofa do Jornal Extra, no dia 31/5, no Malte Show, em São Luís do Maranhão. O evento teve como mestre de cerimônias, o Comentarista, Carnavalesco, da TV Global, Milton Cunha, ao lado da jornalista mara- nhense da TV Band, Keith Al- meida. Ambos foram homena- geados com o prêmio. O Troféu Inside By Fofa, contou com diversas apresen- tações, entre um bloco e ou- tro, o tenor Jorge Duran e o violonista Thiago Cossa, dire- tamente de São Paulo, surpre- enderam a todos presentes na festa, com uma noite de galã. O Coral NAAHS, do Núcleo Joãosinho Trinta, com com al- tas habilidades , deu um show de emoção. A campeã do car- naval maranhense, Favela do Samba, levantou os foliões com a sua magia. A trilha so- nora ficou por conta dos DJs, Speto, Gáudio e Ethan Traja- no. O comando ficou até o amanhecer, com Erickson An- drade e Banda, com partici- pação especial, Rafael Rasui, Ódon e diretamente do Ceará , a Cantora Janainna. O nosso Ator Maranhense, Global, Deo Garcez, ficou muito feliz e honrado, pelo reconhecimento do Prêmio em suas cidades. A anfitriã e os convidados, ves- tem Atelie Azevedo. Confira o Glamour. 13 Troféu Inside By Fofa, em noite de galA! Álvaro Soares ( Brisamar) Léa Zacheu, Milton Cunha e Alisson Ribeiro Zequinha Santos ( blogtevejoaqui) Vanio e Leonice Azevedo Fofa com o Deputado Estadual Márcio Honaiser e o Comentarista Carnavales- co da Rede Globo Milton Cunha Serluce Chaves e Roberto Oliveira O Tenor Jorge Duran e o Violinista Thiago Cossa Marcos Davi, Programa Mundo Passaporte Luiz Henrique Pereira - Presidente do Sindehoteis Francisco Neto e Rosângela Dias O casal de empresários do ramo gráfico José e Regina Lucena Fofa com o Empresário Cultural Juninho Luang Dr. Luciano Negreiros e Conceição Lacllava Designer Cariocas do LE PROVENCE, Lidiane Silveira e Cileny Oliveira e o Designer Guilherme Riguetty Camarote Vivant da Marquês de Sapucaí Ator Global Maranhense Deo Garcez 36 Maranhão Turismo Prefeitura de São Luís inaugura Museu da Gastronomia Maranhense Equipamento cultural integra as ações para a valorização do Centro Histórico, que tem entre seus objetivos o incremento do turismo na capital e fortalecimento nos ludovicenses do sentimento de pertencimento Um dos espaços do Museu da Gastronomia Maranhense que foi inaugurado no dia 13 de junho. A gestão do prefeito Edivaldo Holanda Junior realizou mais um investimento que integra o con- junto de iniciativas executadas para a valorização do Centro His- tórico de São Luís. Com o Museu da Gastronomia Maranhense, o poder público municipaloferece à população novo espaço cultu- ral, contribuindo para fortalecer nos ludovicenses o sentimento de pertencimento e promovendo a valorização da gastronomia ma- ranhense. O Museu, que foi entregue em clima de festa, será, ainda, um espaço permanente de capacitação na área da gastronomia local. O projeto é resultado de parceria com o Ministério do Turismo e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A iniciativa integra a política de fomento ao turismo, cultura, valorização do Centro Histórico e de incentivo ao desenvolvimento da economia local. "A Prefeitu- ra entrega mais um importante elemento para valorizar a cultura local e mostrar ao mundo toda a diversidade da nossa gastronomia que é tão apreciada e as peculia- ridades das nossas tradições. Com a criação de mais este espaço, vamos ofertar à popula- ção e aos turistas mais uma alter- nativa de entretenimento cultural. Além disso, o Museu da Gastro- nomia Maranhense é mais uma iniciativa pensada para a revitali- zação do nosso Centro Histórico e para estimular a visitação à área que, por si só, já tem tanta repre- sentatividade cultural da nossa história", afirmou o prefeito Edi- valdo. FO TO S: D IV U LG A ÇÃ O Maranhão Turismo 37 O museu ocupa um dos mais belos casarões coloniais da Rua da Estrela, amplamente restaurado para contar a histó- ria da culinária maranhense aos visitantes locais e a turistas, que poderão se deleitar com os sa- bores regionais e apreciar todos os elementos que compõem a cozinha de raiz da culinária ma- ranhense. A proposta do espaço é oferecer ao visitante uma ex- periência inesquecível pelos sabores da culinária local, que encanta com o olhar e com o paladar, porque é forte, mar- cante e nobre sem ser sofisti- cada. Como cidade patrimônio cultural da humanidade, São Luís é detentora de um imen- so valor cultural e seus pratos típicos integram esse conjunto de elementos que fazem da ca- pital maranhense única nesse aspecto. Tendo como base da sua composição principalmen- te peixes, mariscos, moluscos e outros frutos do mar, além de uma variedade de produtos naturais, a culinária maranhen- se será exortada no Museu de Gastronomia para proporcionar ao visitante um mergulho pela cultura local através de seus sa- bores mais genuínos e da singu- laridade da preparação de suas iguarias. SABORES Dentre os pratos, bebidas tradicionais e representações da culinária local, o Museu da Gastronomia Maranhense destaca o cuxá e o arroz de cuxá, a torta de camarão e de caranguejo, o doce de abóbora e de buriti, além de bebidas diversificadas como sucos e licores de frutas típicas da região, como o bacuri, cupuaçu, buriti, murici, juçara, jenipapo, o guaraná Jesus, a cachaça tiquira e tudo o mais que compõe o leque de sabores da gastronomia local. No museu, estão representados também os diversos festivais gastronômicos que marcam o calendário maranhense, como a Festa da Juçara, por exemplo, que ocorre anualmente no bairro Maracanã. Assim como também os festejos populares, a exemplo do São João de São Luís e seus elementos folclóricos como o bumba meu boi, com suas variações de sotaques, ritmos, indumentárias e instrumentos musicais. O artista e turismólogo Enoque Silva (foto) assina a curadoria do mais novo equipamento turístico e cultural da cidade, o Museu da Gastronomia Maranhense. Há 40 anos atuando com trabalhos voltados à cultura ma- ranhense o turismólogo Enoque Silva, desenvolve há mais de 20 anos, a fun- ção de Programador Visual na Secretaria Municipal de Turismo de São Luís. 38 Maranhão Turismo GRANDE PÚBLICO, SEGURANÇA E DIVERSIDADE CULTURAL MARCAM O “CÂMARA JUNINA” BALUARTE POUSADA E ECOTURISMO, DE TUTÓIA, GANHA PRÊMIO BANCO DO NORDESTE Alegria, diversão, segurança e diversidade cultural foram as marcas do arraial da Câmara Municipal de São Luís, realizado dia 15 de junho no Convento das Mercês. A iniciativa da instituição em conceder o Prêmio MPE tem a finalidade de reconhecer e divulgar os casos de sucesso de empresas financiadas com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). A festa, que teve uma movimen- tação intensa, foi muito prestigiada pelos servidores da Casa e pela po- pulação de São Luís, além da presen- ça de diversos turistas que elogiaram a festividade junina promovida pela Mesa Diretora, presidida pelo verea- dor Osmar Filho (PDT). O Arraial Câmara Junina ofereceu barracas de comidas típicas com o in- tuito de servir com muita comodidade os espectadores. A Baluarte Empreendimentos Turís- ticos, em Serviços, a Bulldog Burguer, na categoria Comércio, e a Vitralux, na área de Indústria; foram as empresas eleitas pelo Prêmio Banco do Nordeste da Micro e Pequena Empresa 2019. O empresário Felipe Oliveira, que divide sociedade na Bulldog Burguer com Hamilton Macau, disse que tem a convicção de que “conseguimos crescer cinco anos em um com a união da nossa determinação de em- preender e o financiamento do Ban- co do Nordeste”. A festa contou ainda com uma vasta programação cul- tural que levou até o palco a tradição da cultura mara- nhense. Foram nove apre- sentações de Bumba Boi de sotaques de orquestra e ma- traca, que alternaram a musi- calidade em um encontro que contou com muita segurança. Acompanhado da sua es- posa, Clara Gomes, Osmar Filho recebeu autoridades políticas, os servidores da Casa, além de acolher a po- pulação ludovicense em um espaço que respirou cultura. ”Muito feliz em poder proporcionar à cidade de São Luís esse momento de en- tretenimento, de agregação presenteando a todos com um pouco da nossa cultura popular que é linda e cheia de belezas. Importante men- cionar a cooperação do go- vernador Flávio Dino e do prefeito Edivaldo”, pontuou o presidente. Deputado Federal Pedro Lucas, Vereador Raimundo Penha, o Presidente da Câmara, Vereador Osmar Filho e Vereador Marcelo Poeta O gerente da agência de Tutóia, Miércio Bruno Miranda, com os empresários Patrick Pereira e Renata Tavares (BaluarteEmpreendimentos Turísticos – Categoria Serviço) O Bulldog Burguer iniciou suas ati- vidades em 2010, em São Luís, mas foi em 2016 que o negócio deslanchou, após conseguir condições financeiras para investir na padronização, moderni- zação e ampliação dos negócios. Na categoria Indústria, a empre- sa premiada foi a Vitralux, indústria de vidros da cidade de Açailândia, gerida pelo empreendedor Djalma Sousa Cha- ves. Com forte investimento em inovação e tecnologia no maquinário, o negócio de 10 anos de existência tornou-se re- ferência na região, expandindo para ou- tros cinco Estados do Nordeste. Já na categoria Serviços, o prêmio foi para a Baluarte Empreendimentos Turísticos, que atua no setor hoteleiro e de passeios em Tutóia (leia-se Balu- arte Pousada e Ecoturismo), sob gestão dos turismólogos Patrick Pereira e Re- nata Tavares. A empresa se destaca na cidade pela infraestrutura que oferece aos turistas, prezando pela preservação ambiental e uso consciente dos recursos naturais, utilizando 100% de energia so- lar no empreendimento. FO TO : D IV U LG A ÇÃ O FO TO : D IV U LG A ÇÃ O Maranhão Turismo 39 Ufma participa da 15ª Conferência Internacional de Turismo em Atenas Paulo Trabulsi é homenageado no Dia do Choro O cavaquinho solo do Regional Tira-Teima Paulo Trabulsi foi o homenageado este ano pelas comemorações do Dia Nacional e Dia Estadual do Choro. Entre os dias 10 e 13 de ju- nho de 2019, os graduandos de Turismo da Universidade Fede- ral do Maranhão, Ravel Paixão e Etacyjara Ferreira de Araújo estão representando o Brasil e a Ufma na 15ª Conferência Internacional de Turismo em Atenas, na Grécia (www.atiner.gr/tourism). No eixo de turismo e meio-ambiente, sob o título “Parque Nacional dos Len- çóis Maranhaenses: Os impactos dos resíduos sólidos transoceânicos na paisagem turística da praia de Ca- buré,Barreirinhas - MA - Brazil” - foi o único trabalho brasileiro aprovado entre 24 em todo o mundo. Com toda uma vida dedicada a esse gênero musical, Trabulsi se diz um chorão declarado. Vindo de uma família que tem a música na veia, ele começou sua carreira musical aos 15 anos e um ano depois enve- redou pelo gênero choro quando começou a participar do Regional Tira-Teima, grupo vanguardista do choro no Maranhão. O grupo está a caminho do Jubileu de Ouro, a ser comemorado em 2023 e Paulo Trabulsi é o único remanescente da primei- ra formação. Foi ele que teve a ideia de manter o primeiro grupo de choro formal- mente organizado no estado atuando até os dias de hoje. E tudo começou lá pelas bandas do Monte Castelo, onde Trabulsi nasceu e se criou. Além dos apresentadores citados, o trabalho contou com mais três autores: a dis- cente Maria Natalia Machado Coelho, a orientadora Profes- sora Dra. Rozuila Neves Lima e a co-orientadora Professora Dra. Roselis de Jesus Barbosa Camara. A Conferência anual de turismo realizada na Grécia é de suma importância no meio acadêmico- científico mundial, reunindo diversas autoridades de renome internacional ligadas ao turismo. A trajetória é vasta. Representou o Maranhão em eventos culturais na- cionais como o Festival de Música Fenae (1998) em João Pessoa (PB), quando classificou a música Gente do Choro. No final do ano passado, o cavaquinista solo Paulo Trabul- si acompanhado dos integrantes do grupo conquistou em Curitiba o se- gundo lugar no Festival Talentos Fe- nae com o choro Expressivo. É autor de várias composições como Companheiro, Meiguice e, nos últimos tempos tem se dedicado a Um Choro para Dona Mary, em homenagem à sua mãe, obra composta para concorrer em um festival nacional. FO TO S: D IV U LG A ÇÃ O FO TO : D IV U LG A ÇÃ O 40 Maranhão Turismo Turistas são recebidos em clima de São João no aeroporto de São Luís Quem desembarca no Ae- roporto Internacional Marechal Cunha Machado, em São Luís, tem sido surpreendido com o rit- mo contagiante do Bumba-Meu- -Boi e uma decoração especial que expressa a alegria típica da tradição junina maranhense. Trata-se de ação promocional para divulgar o São João do Ma- ranhão a quem visita o estado durante essa época do ano. A ação é fruto de iniciativa da Secretaria de Estado do Turismo (SETUR) em parceria com a Se- cretaria de Estado da Cultura (SECMA) e a Prefeitura de São Luís. Para receber os turistas em clima de São João, cinco áreas do aeroporto receberam enfeites juninos e foi instalado um novo Centro de Atendimento ao Turis- mo (CAT) no terminal de desem- barque. No final do mês, turistas de outros voos também serão recepcionados no aeroporto. Logo no saguão de desem- barque, os visitantes foram re- cepcionados com música, atores caracterizados com tradicionais personagens da cultura popular maranhense e distribuição de matracas. A promoção tem por objetivo dar as boas-vindas ao turista e despertar o sentimento da festividade junina. FO TO S: D IV U LG A ÇÃ O Maranhão Turismo 41 FO TO S: A N D RÉ T EL LE S O Espaço Cultural BNDES e o Mu- seu Casa do Pontal realizaram, no dia 11 de junho, como parte da programa- ção da exposição “Fronteiras da Arte – Criadores Populares”, festejaram a abertura do ciclo junino com filme, mesa de discussão e apresentação de Bumba Meu Boi. O ponto central do evento foi o lançamento do filme “Artistas Cazumbas” – parte das atividades de pesquisa do Museu do Pontal, realizado ao longo de 2018 e 2019. O filme documenta e registra um dos principais pólos de arte popular do país, que inclui a capital e a baixada maranhense (MA). Os artistas populares abordados neste projeto são autores de Caretas/Máscaras de Cazumba (perso- nagem do Bumba Meu Boi). Neste caso específico, os artistas escultores são também brincantes da festa de Bumba Meu Boi e suas obras estão presentes na exposição “Fronteiras da Arte – Cria- dores Populares”. Artistas Cazumbas retratados no filme: Abel Teixeira (Mes- tre Abel), Raimundo de Jesus Aroucha Mendes (Nico), Raimundo Nonato (No- nato), Euzimar Meireles Gomes (Zimar) e Clemilson da Paixão Pinheiro (Bichi- nho). BUMBA MEU BOI, ARTE E FESTA Após o filme houve uma conversa com Talyene Melonio, coordenadora do Boi da Floresta (MA), que abordou o tema da renovação no campo das culturas populares, com foco no caso do Bumba Meu Boi. Por fim, fechando o evento, o grupo de Bumba Meu Boi “Brilho de Lucas” se apresentou ao público. Talyene Melonio Coordenadora do Boi da Floresta 42 Maranhão Turismo VIDEOCLIPE “ ILHA DE FÉ” HOMENAGEM À CULTURA POPULAR E ÀS BELEZAS DA CAPITAL MARANHENSE O cantor e compositor César Nascimento é o autor da música Ilha Magnética, um grande sucesso com mais de vinte anos, e que, sempre se destaca entre as músicas que melhor representam a capital maranhense e suas belezas. Agora com sua mais nova com- posição, Ilha de Fé, César presen- teia a todos com mais uma poderosa homenagem à capital maranhense. E São Luís é muito mais que uma Ilha Magnética... É também a Ilha do sincretismo religioso, na qual a fé católica mistura-se às cren- ças indígenas e aos rituais africanos, resultando em uma bela celebração de cores, ritmos e fé que é o São João maranhense, único e conta- giante. E nada melhor que uma mú- sica para explicar isso ao mundo e alavancar ainda mais o turismo; mostrando o que de melhor tem São Luís em seu São João – bumba meu boi, tambor de crioula, cacu- riá. Vatapá, camarão e cuxá. Santo Antônio e São João, São Pedro e São Marçal. Fogueira e tambor, ma- traca e mar. Elementos que unidos ao acervo arquitetônico colonial transformam nossa Ilha em um lin- do cartão postal. Essa foi a proposta de Ilha de Fé, canção de César Nas- cimento em parceria com Márcio Negócio. E para que Ilha de Fé atingisse um público ainda maior, outra par- ceria surgiu, e que reforçou ainda mais a vontade de disseminar ao mundo as belezas únicas que só São Luís possui. A canção ganhou um videoclipe patrocinado pela Fribal, que investiu para mostrar a todos a força e bele- za da cultura popular maranhense. O clipe “Ilha de Fé” conta com belas imagens do fotógrafo Meireles Jr, outro embaixador do Maranhão e responsável por diversos trabalhos que revelam as nossas belezas. O videoclipe “Ilha de Fé” possui duas versões, de 1 e 3 minutos que podem ser vistos nas redes sociais da Fribal; e mostra a forte religiosidade em torno dos santos juninos Pedro, José, João e Marçal assim como o sincretismo religioso muito forte e presente na Ilha. Ilustra também o bum- ba meu boi em seus diversos sotaques, as brincadeiras nos arraiais da Ilha, o cacuriá, o tambor de crioula e outros grupos folcló- ricos maranhenses, a sensualidade do reg- gae, a imensidão do nosso mar, a arquitetu- ra colonial e a saborosa culinária típica que completam o cenário e enredo dessa festa popular. “Entendemos que a cultura popular ma- ranhense é única e contagia a quem a ela tem acesso. Esse videoclipe é um presente da Fribal a todos, para que possam viven- ciar através do talento desses artistas, toda a riqueza e beleza do folclore maranhense. Apostamos nesse material como um incen- tivo ao turismo local, assim como fizemos ao lançar o mural assinado pelo Kobra na Península. Agora, mais uma vez nosso obje- tivo foi a valorização dos artistas populares, e que esse videoclipe desperte em todos um orgulho e um senso de maranhensidade importantes”, diz a Diretora de Marketing do Grupo Fribal Maria Fernanda Oliveira. O clipe já viralizou na internet e nos grupos de whatsapp, em especial entre ma- ranhenses radicados em outros países ou pessoas que aqui já moraram e hoje encon- tram-se em outras cidades. A emoção rela- tada é grande ao ver o clipe, e os comen- tários são unânimes: Ilha de Fé conseguiu reunir toda a magia e beleza dessaIlha, que fica ainda mais especial nos festejos juninos. O fotógrafo Meireles Jr. com a Diretora de Marketing do Grupo Fribal, Maria Fernanda Oliveira, parceiros na produção do videoclipe “Ilha de Fé” que divulga as belezas de São Luís e pode ajudar a alavancar o turismo na capital maranhense. O cantor e compositor César Nascimento; autor da canção “Ilha de Fé”. FO TO S: D IV U LG A ÇÃ O Maranhão Turismo 43 Feirinha São Luís celebra 2 anos de realização em clima junino Em dois anos mais de um milhão de pessoas já passaram pela Feirinha, programa que impactou positivamente no aumento do movimento de ludovicenses e turistas no Centro Histórico da capital e que impulsionou o comércio da região gerando emprego e renda, principalmente na agricultura familiar. A edição comemorativa de dois anos de realização da Feirinha São Luís, promovida pela Prefeitura de São Luís por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento (Semapa), aconteceu no dia 16 de junho, sendo marcada, mais uma vez, por grande participa- ção popular, demonstrando a gran- diosidade que o evento representa para a capital, como ferramenta im- pulsionadora do turismo, da economia criativa e das tradições mais genuínas da cultura ludovicense, e sendo cele- brada em junho nada melhor do que mostrar as brincadeiras típicas do pe- ríodo como bumba-beu-boi e cacuriá. "Hoje, a Feirinha é parada obrigatória de todos os que visitam nossa cidade e um dos espaços mais frequentados aos domingos pela população local. Assim, todos ganham, a cidade, a população e os pequenos empre- endimentos locais envolvidos no pro- grama", afirmou o prefeito Edivaldo, que com o programa venceu a eta- pa estadual 2019 do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor na categoria Inclusão Produtiva e Apoio ao Micro- empreendedor Individual (MEI). O programa Feirinha de São Luís consolida-se como um dos prin- cipais espaços de lazer da cidade, ponto de compras e entretenimen- to, cumprindo o seu principal obje- tivo de promover a reocupação do Centro Histórico, revitalizar os es- paços seculares da cidade e chamar moradores e turistas para conhecer e apreciar o que há de melhor das manifestações culturais maranhen- ses. É também importante ferramen- ta de incentivo à produção agrícola e ao artesanato local. Segundo o secretário municipal de Agricultura, Pesca e Abasteci- mento (Semapa), Ivaldo Rodrigues, a Feirinha São Luís revitalizou o Centro Histórico aos domingos e deu uma nova dinâmica para a ci- dade, promovendo o reavivamento dessa área. "O programa se consolida cada vez mais, e nós aprimoramos o evento a cada edição no sentido de que ele seja ainda mais atraente para população, turistas e seja bom para a cidade. Completados dois anos de realização com muito sucesso, po- demos dizer, seguramente, que o evento é uma das mais importantes ferramentas da gestão do prefeito Edivaldo, como política de geração de emprego e renda, agregando cul- tura e produção agrícola, estímulo à economia criativa, proporcionando à população e visitantes mais um es- paço de lazer, encontro de amigos e familiares", observou FO TO S: D IV U LG A ÇÃ O Prefeito Edvaldo Holanda Jr. e o Secretário da SEMAPA Ivaldo Rodrigues com os feirantes Socorro Araújo, secretária da SETUR, a primeira dama Camila Braga de Holanda, o Prefeito Edvaldo Holanda Jr., Secterário da SEMAPA Ivaldo Rodrigues e Jovita Arruda O elenco do Espetáculo Pão com Ovo, Ivaldo Rodrigues e Conceição Castro Secretária de Comunicação do Município. Companhia Encantar 44 Maranhão Turismo Governador Flávio Dino vistoria Arraial do Ipem e Vila Cultural Mais de 400 artistas e grupos. Cerca de 1.300 apresentações. É assim, com muita diversidade, incluindo atrações maranhenses e de outros Estados, que o São João do Maranhão começa. Na prática, o São João já está nas ruas e na agenda do maranhense desde o início do mês. Mas no dia 19 de ju- nho que começa a intensa temporada oficial montada pelo Governo do Ma- ranhão. São três arraiais: Ipem, Maria Ara- gão e Nauro Machado. “Vamos mos- trar para todo o Brasil a força do nosso Estado, da nossa cultura, a beleza do nosso povo, as cores do nosso São João”, disse o governador Flávio Dino, que visitou no dia 18 de junho a estru- tura do Ipem, incluindo a nova atração da festa: a Vila Junina. Trata-se de uma espécie de vila ce- nográfica que recria a fachada de oito casas de cultura do Estado, além da Igreja da Sé. São eles: Casa de Cultu- ra Josué Montello, Casa do Divino de Alcântara, Casa do Tambor de Crioula, Biblioteca Benedito Leite, Forte Santo Antônio, Museu do Reggae, Palácio dos Leões e Teatro Arthur Azevedo. “Nós inovamos com as bandeiri- nhas do Centro Histórico; e aqui no Ipem trazemos mais essa novidade”, afirmou o secretário de Estado da Cul- tura, Diego Galdino. “Divulgando es- sas casas no Arraial do Ipem, a gente consegue alavancar a visitação nesses locais”, acrescentou. O espaço foi pensado para fotos e passeios, além de mostrar o rico universo da história, tradição e cultura do povo maranhense. “Será mais um belo São João, que é uma marca da nossa cultura, da nossa população. Agradecemos por essa grande festa que o Governo do Maranhão faz na nossa cidade”, afirmou o prefeito Edivaldo Holanda Jr. Comida O Arraial do Ipem tem 29 bar- racas de comidas típicas, 11 food trucks, 11 bike food, sete cervejarias artesanais, 30 vendedores ambulan- tes e decoração especial com as fa- mosas bandeirinhas mosaicos. A estrutura tem três palcos: um principal para shows, outro para atrações folclóricas, e mais o Barra- cão do Forró, cujo palco será temá- tico com cenário simulando a facha- da do Centro Cultural do Engenho de Pindaré-Mirim. Segurança O secretário de Segurança Pú- blica do Maranhão, Jefferson Porte- la, disse que “todos os locais terão policiamento no entorno para garan- tir não só a tranquilidade de quem está nas proximidades do palco, mas também para quem está chegando e saindo”. De acordo com o secretário de Turismo, Catulé Jr, o atendimento ao turista está sendo reforçado em diversos pontos: “A expectativa é que o número de visitantes à nossa capital ultrapasse os 150 mil, então estamos preparados para recebê-los da melhor maneira possível”. Emprego e renda Além da festa e da cultura, o São João também agita a economia. “Temos dois grandes objetivos: a valorização da identidade do povo do Maranhão, representado por sua riquíssima cultura; e a ativação da economia da cultura”, afirmou o governador. “Para nós, o São João é um in- vestimento que traz um retorno sig- nificativo para a imagem do nosso Estado, pela movimentação econô- mica de uma larga cadeia que já está funcionando desde as prévias juni- nas”, acrescentou Flávio. FO TO : G IL SO N T EI XE IR A FO TO : G IL SO N T EI XE IR A FO TO : C H A RL LE S ED U A RD O Maranhão Turismo 45 Festas de São João melhoram ocupação da rede de hotéis da Cidade de São Luís As perspectivas em relação à ocupação dos hotéis da Cidade de São Luís, a capital do Estado do Maranhão, em virtude das comemorações pelo período voltado às Festas de São João são as melhores possíveis. Para o mês de junho, prevê-se 60% das unidades tomadas por tu- ristas, vindos de todo o interior ma- ranhense, regiões vizinhas, pontos variados do Brasil e, também, muitos, do exterior. E números para julho projetam resultados bem melhores, atingindo 66%. Essas informações foram repas- sadas por July Pessôa, responsável pelo setor Administrativo e Financei- ro da seccional Estado do Maranhão da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis — ABIH-MA. E traduzem uma realidade vistas nas ruas, por aqueles vivendo de atividades liga- das ao Turismo: há uma verdadeira invasão de visitantes, boa parte deles expressando-se através de nossas va- riedades de regionalismos nacionais e em idiomas os mais diversificados. Diferençasde origens, naciona- lidades e linguagens à parte, todos demonstram unanimidade com um detalhe, marca registrada do São João 2019: os mosaicos aéreos instalados sobre as ruas do Centro Histórico, construídos com bandeirinhas colori- das, os símbolos maiores das festas juninas, dando vida a personagens relacionados ao Bumba Meu Boi. Os véus coloridos pairando sobre as ca- beças das pessoas passeando sob eles geram um encantamento sem igual. Essa inovadora decoração das vias públicas gerou viralização de fotos e vídeos pelas redes sociais, criando campanha de mídia espontânea, mui- to positiva, cujos resultados imedia- tos são impossíveis de serem mensu- rados. Elas navegam no universo Web ao lado de peças com produção profissional, inclusive usando- se drones na captura de imagens aéreas, enriquecidas com a poesia e a sonoridade de muitas das mais conhecidas toadas do São João do Maranhão. FO TO S: R EP RO D U ÇÃ O 46 Maranhão Turismo MENESTREL DA BAIXADA O Maranhão possui uma diversidade cultural inigualável dentre os estados brasileiros. Prova disso é o período junino que o transforma num palco de manifesta- ções artísticas que incluem bumba-boi, tambor de crioula, cacuriá, quadrilhas, danças portuguesas e tantas outras re- presentações populares que contagiam o povo. Não há nada no Brasil que supere o patrimônio cultural maranhense, pois o São João do Maranhão traz consigo uma espécie de profecia magnetizante que fascina as pessoas e consegue reunir, numa perfeita simbiose, o profano e o sagrado, considerando o sentido não apenas popular da festança, mas também religioso. O São João é o período em que os poetas, pela obrigação de fazer toada nova, revelam com mais veemência a capacidade criativa em versos elo- quentes que falam das personagens do bumba meu boi ou de algum de seus maiores representantes que partiram para o descanso eterno, mas deixaram imortalizada sua obra cancioneira que, como hino ao sotaque, exalta e esculpe a beleza da voz barítona do cantandor aplicada a variados temas. Mantendo a tradição boieira, o po- eta e compositor Eulálio Figueiredo, através de uma bela composição, apre- senta para o São João deste ano a to- ada MENESTREL DA BAIXADA, feita em homenagem ao grande Coxinho, autor e cantador da famosa canção URRO DO BOI, sotaque da baixada maranhense, declarada por lei o Hino do Bumba-Meu-Boi do Maranhão. A composição foi gravada pelo ba- talhão do bumba-boi de Pindaré (onde Coxinho era amo e fez sua história) e interpretada pelos cantadores Chagas e Allysson Ribeiro. Como disse o com- positor Eulálio Figueiredo em seu vati- cínio poético: “Coxinho foi um grande menestrel; ele foi morar no céu, mas é o dono do troféu dos cantadores da baixada.” Isso é inegável na medida em que Coxinho será sempre lembrado como o vexilário dos grupos de Bumba-boi do Maranhão. MENESTRAL DA BAIXADA Autor: Eulálio Figueiredo Intérpretes: Chagas e Alysson Ribeiro Coxinho foi um grande menestrel; Ele foi morar no céu, Mas é o dono do troféu Dos cantadores da baixada Que nas noites enluaradas Encantavam a boiada. Quando alguém fala que não dá mais pé Pro batalhão do Bumba-boi de Pindaré, Eu sempre digo que nós somos descendentes (refrão) Do maior dos cantores da baixada maranhense. O Compositor Eulálio Figueiredo entre os Intérpretes Chagas e Allysson Ribeiro FO TO : D IV U LG A ÇÃ O Maranhão Turismo 47 Deputados participam da culminância do projeto “Teia de Sustentabilidade” e recebem homenagem O presidente da Assembleia Le- gislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB), e os depu- tados Wendell Lages (PMN) e Duarte Jr. (PCdoB) foram homenageados, no dia 17 de junho, durante a culminân- cia do projeto “Teia de Sustentabi- lidade”, desenvolvido pela 2ª Vara da Comarca de Justiça de Itapecuru- -Mirim e parceiros. Na ocasião, os parlamentares receberam a placa de reconhecimento ao incentivo e apoio dado às ações do projeto. O deputa- do Felipe dos Pneus (PRTB) também prestigiou o evento. “Esse é um projeto que vai ser- vir de modelo para outras regiões do estado. É um projeto muito bem articulado, construído pela Dra. Mi- rella, juíza local, assim como pela Dra. Carla, promotora, envolvendo outras instituições, como o Poder Legislativo, o Poder Executivo local e mostrando que, de forma articula- da, é possível envolver a sociedade e estabelecer uma relação sustentável com o uso dos recursos naturais”, afirmou Othelino Neto, que agrade- ceu a homenagem recebida. “É um projeto que muito nos en- canta e, quem o conhece, não o dei- xa mais. E esse é um dos objetivos, ir espalhando a quantidade de pessoas que se ligam a essa causa do desen- volvimento sustentável e do cuidado com o meio ambiente. Então, nes- se sentido, a união em torno desta causa, que é de todos nós, é funda- mental”, completou o presidente da ALEMA. O deputado Wen- dell Lages ressaltou que o projeto é pio- neiro no município de Itapecuru. “Graças a Deus funciona, por- que tem a união de várias pessoas e vários poderes. Esse traba- lho de preservação do meio ambiente, reci- clagem do lixo, todo esse trabalho que envolve ecologia vem sendo desenvolvido porque tem essas pes- soas que dão susten- tabilidade”, disse. “Nós só vamos transformar a realida- de em que vivemos, quando todos verda- deiramente se unirem. Essa unidade, em par- ceria com a socieda- de civil, só traz bons resultados. E aqui, em Itapecuru, temos um bom exemplo para todo o estado do Ma- ranhão”, ratificou o deputado Duarte Jr. Deputado Estadual Othelino Neto, Presidente da ALEMA recebendo homenagem Deputado Estadual Wendell Lages Desembargador Jorge Rachid e Deputado Estadual Duarte Jr. FO TO : D IV U LG A ÇÃ O 48 Maranhão Turismo Governo do Estado apresenta plano de desenvolvimento a microempreendedores do Centro Histórico Empreendedores dos mais diversos ramos de negócios que atuam no Centro Histórico vão contar com apoio do Governo do Estado para impulsionar suas atividades. Em evento no Palácio dos Le- ões, no dia 17 de junho, microem- presários do comércio e turismo acompanharam a apresentação do Plano de Ação para empreende- dores da Praia Grande. O even- to, coordenado pela Secretaria de Estado de Turismo (Setur), levou ao público oportunidades de qua- lificação e obtenção facilitada de crédito. Integrando as ações do pro- grama estadual Mais Qualificação e Turismo, a proposta é oferecer cursos de qualificação em vendas e língua estrangeira, além de ga- rantir recursos para investimen- to nos negócios, com taxas mais baixas e menos burocracia. Nesta etapa, os cursos propostos são Qualidade no Atendimento para Bares e Restaurantes, Boas Prá- ticas em Manipulação de Alimen- tos, Qualidade no Atendimento no Comércio em Geral, Informa- ções Turísticas e Mídias Sociais. Ainda, capacitação em inglês com foco no atendimento ao tu- rista e promovida em parceria com a rede de Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnolo- gia do Maranhão (IEMA). As aulas serão no prédio do IEMA que fica na Rua Portugal e terá duração de 160 horas. As capacitações são gratuitas e incluem certificação, material didático e kit participan- te. O início é previsto para o mês de agosto. “Um dos maiores atrativos da nossa ca- pital é o Centro Histórico e vamos apro- veitar este momento de grande valorização desta área pelo Governo do Estado, com ações de desenvolvimento. Temos busca- do aproximação com os empreendedores, viabilizando condições de qualificação, de crédito e ouvindo as demandas para a construção de uma política coletiva e que atenda às reais necessidades deste públi- co”, reforçou o secretário de Estado de Turismo (Setur), Catulé Junior. Na apresentação, empreendedores individuais, micro e médios empreende- dores interessados nas facilidades e van- tagens para ampliação e melhoramento dos seus ramos de atividades. A linha de crédito diferenciadaé o interesse da co- merciante Vitória Régia Melo Assunção, 68 anos. Ela ficou atenta às explicações e pretende aderir. “Estamos mudando de endereço e temos a ideia de melhorar o nosso espaço, o Comercial Patrício, e tornar um ambiente diferente e melhor para o público. Um recurso facilitado é um diferencial e tenho intenção de soli- citar”, disse. O Banco do Brasil é parceiro do Go- verno do Estado para a promoção da ini- ciativa. Na ocasião, representante da ins- tituição financeira informou os presentes das oportunidades de crédito disponíveis de acordo com a classificação do empre- endimento. Presentes ao evento ainda o comandante do Batalhão de Turismo da Po- lícia Militar (BPTur), José Maria Honório de Carvalho Filho, responsável pelas ações de segurança da área, e o secretário de Esta- do das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid), Rubens Pereira Junior. Secretários de Estado Catolé Júnior do Turismo e Rubens Pereira Junior das Cidades apresentam plano de desenvolvimento a microempreendedores Fo to : K ar lo s G er om y Maranhão Turismo 49 Igreja de São João Batista Templo de 1665 é um dos mais procurados durante as Festas Juninas Obra iniciada, desenvolvida e concluída pelo então governador da Província do Maranhão, Ruy Vaz Si- queira. Ele a entregou à população em 1665, depois de transformar a capela então existente no local no templo ainda hoje existente. E fez isso por motivo importante, na épo- ca. Apaixonado por mulher casada — crime de adultério —, temendo isso causar escândalo, fez promessa a São João Batista, com ajuda do pa- dre cuidador do rebanho do diminuto vilarejo, O mandatário acertou com o pá- roco o seguinte: se o romance proibi- do mantido por ele — o qual se com- prometia também encerrar — nunca fosse descoberto, usaria os seus re- cursos para erguer uma igreja por- tentosa no mesmo local onde já havia uma capelinha diminuta, simples, tos- ca. Assim, deduz-se o caso ter per- manecido em segredo, entregando à Cidade de São Luís belo exemplar de prédio em arquitetura neoclássica, com referências do barroco mais leve. Uma curiosidade interessante está na relação da edificação com o pro- cesso de Independência do Brasil do reino de Portugal. Isso, porque, em seu interior, repousaram, por muitos anos, os restos mortais do considera- do traidor da Inconfidência Mineira: Joaquim Silvério dos Reis. Ele delatou o movimento de libertação do País liderado por José Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes, em troca do per- dão de sua participação na insurgên- cia e de dívidas com a Coroa. No passar dos séculos, a devoção popular a São João Batista promoveu, podemos dizer, uma integração entre o profano — ou seja, do ser humano comum — com o sagrado, o perten- cente apenas a Deus. Nesse processo, acabaram reunidas crenças de três po- vos diferentes no tempo e no espaço: nossos nativos, negros africanos trazi- dos como escravos e europeus de di- versas nacionalidades — notadamente espanhóis, franceses, holandeses e, em maioria, portugueses. Devido a um lento processo de de- gradação de suas instalações externas e internas, teve de fechar para reformas no início do século XX, anos 1900. Depois de praticamente reconstruída, foi reaberta para receber celebrações e missas em 1934, sem sofrer novas in- tervenções desde então. Os trabalhos de recuperação realçaram, na parte superior de sua fachada principal, a inscrição em Latim, ali colocada em 1665 — SANCTI JOANNIS BAPTIS- TA ECCLESIA. Hoje, é dos templos católicos mais buscados no Centro Histórico da Cidade de São Luís, apesar de estar próximo dos outros considerados até mais importantes, como a Igreja da Sé. Pela sua consagração a São João Batista, acabou criando uma relação especial com os devotos integrantes das brincadeiras desenvolvidas pelos grupos de Bumba Meu Boi ao longo do período das Festas Juninas: antes de iniciá-las, passam por lá em busca de bênçãos e proteção. Apesar do aspecto externo reque- rendo revitalização, o interior mostra- -se conservado, capaz de receber os fiéis com conforto e segurança. Além do altar-mor, ao fundo, as paredes la- terais exibem imagens de outras devo- ções. À direita, estão São Luís Gonza- ga, Santo Antônio, São Sebastião, São Judas Tadeu, Santa Luzia e Santa Rita de Cássia. À esquerda, São Raimundo Nonato, Nossa Senhora Auxiliadoras e Santa Cecília. Em nicho, Nossa Se- nhora das Dores. FO TO S: C H A RL LE S ED U A RD O 50 Maranhão Turismo LITERATURA & RESGATE DA OBRA DE JOSUÉ MONTELLO Lançamento da edição especial de “Os Tambores de São Luís” ‘Mais Cultura e Turismo’ chega a Barreirinhas O livro do autor mara- nhense Josué Montelo, “Os Tambores de São Luís” é con- siderado pela crítica nacional e internacional como um dos grandes romances da litera- tura de língua portuguesa de todos os tempos, e estava es- gotado desde 1996. Para permitir que as no- vas gerações tenham acesso a essa obra épica e que narra a saga do negro brasileiro em suas lutas e dramas; acaba de ser lançada uma edição espe- cial com a obra em dois volu- mes, e que conta com o pa- trocínio da Equatorial / Cemar via Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Lençóis Maranhenses, um paraíso que atrai visitantes de todo o mundo. E é nes- se cenário que o Governo do Maranhão promove o ‘Mais Cultura e Turismo’, de 21 de junho a 20 de julho em Barreiri- nhas. Serão atrações que darão tanto continuidade aos festejos juninos como apresentarão bandas de diversos gêneros musicais com o objetivo de promover o turismo pelo Maranhão e divulgar a nossa cultura. A programação da primeira semana conta com apresentação do Boi pérola dos lençóis e banda Z18 nessa sexta, já no sábado, tem dança portuguesa Reale- za de Lisboa e a banda Raiz Tribal, e, do- mingo, dia 23, tem recreação infantil com os personagens Mickey e Minnie. A ação que acontecerá na Praça do Trabalhador no bairro Beira Rio, será às sextas-feiras, sábados e domingo, de for- ma gratuita. O projeto foi uma ini- ciativa da Casa do Autor Maranhense, e teve como coordenadores editoriais o escritor Wilson Marques e a bibliotecária Joseane Souza. Exemplares dessa edição especial já foram distribuídos às principais bibliotecas públicas, es- colares e universitárias do Estado. E alguns exempla- res estão à venda na sede da Casa de Cultura Josué Montello, à Rua das Hortas em São Luís. No evento de lança- mento da edição especial, o escritor e membro da Academia Maranhense de Letras José Neres proferiu palestra sobre a obra “Os Tambores de São Luís”. E fez questão de ressaltar que esse é “muito mais que um romance, é um verda- deiro monumento literário. E como tal, um livro que todos deviam ler”. Os representantes da Cemar Luiz Carlos Cardoso e Jeanne Pires, os coorde- nadores editoriais Joseane Souza e Wilson Marques e o escritor e membro da Academia Maranhense de Letras José Neres. A representante da Sec. Estadual de Cultura Ca- roline Veloso, responsável pela Lei Estadual de In- centivo à Cultura com a nova edição da “Os Tambores de São Luís”. Durante as 4 sema- nas dos meses de junho e julho, passarão pelo palco atrações como; Ricardo Bondim e Trio Encaixotado, Stanley e Cristian, Mistura de Ritmos, Argumento, Dança Country Bailão de Peão, Raimundi- nho Forró Pé no Chão, Grupo Lamparina, Tri- pa de Bode, George Gomes & Banda Le- genda, Fauzi Beydoun & The Soul Vibe, den- tre outras. Além da apresentação teatral do ‘Pão com Ovo’ e de recreação infantil todos os domingos. FO TO : D A N IE LL E VI EI RA FO TO : D IV U LG A ÇÃ O Maranhão Turismo 51 Maranhão Turismo 51 52 Maranhão Turismo52 Maranhão Turismo
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